Sistema de Transmissão de Dados Utilizando A Rede GSM/GPRS: Bernardo Lucas Martino
Sistema de Transmissão de Dados Utilizando A Rede GSM/GPRS: Bernardo Lucas Martino
Sistema de Transmissão de Dados Utilizando A Rede GSM/GPRS: Bernardo Lucas Martino
Viçosa, MG
2019
Bernardo Lucas Martino
Viçosa, MG
2019
Dedico este trabalho aos meus pais Eliana e Luciano, que sempre acreditaram no meu
potencial e me ajudaram a cada etapa dessa conquista. Amo vocês mais que tudo.
Agradecimentos
Agradeço a minha mãe Eliana, minha heroı́na, que me deu apoio e incentivo nas
horas difı́ceis em que o desânimo e o cansaço eram presentes, ao meu Pai Luciano que
sempre me aconselhou a cada passo dessa jornada e ao meu irmão Victor pelos momentos
de companheirismo e por sempre me fazer entender a importância da famı́lia.
Agradeço à minha namorada, Marina, por todo o seu apoio e carinho, pelas palavras
doces, pelos abraços apertados e por fazer meus dias mais alegres. Aos meus amigos de
infância: Igor, Caio, Jow, Christian, Luiz, Duduzão e Breno, agradeço pela amizade de
décadas, vocês são os melhores amigos que alguém poderia pedir.
Agradeço ao professor Pruski pela orientação, pela confiança e pelas oportunidades
que me foram oferecidas. Obrigado ao Rafael Iria pelo imenso apoio na elaboração
deste trabalho, pelas correções, pelos incentivos e por todo o aprendizado. Obrigado
aos professores Rodolpho e Brandão e aos técnicos Cristiano e Lúcio por me ajudarem na
minha formação profissional. Aos demais que me ajudaram de alguma forma a chegar até
aqui, meu muito obrigado.
“Julgue seu sucesso pelas coisas que
você teve que renunciar para conseguir.”
(Dalai Lama)
Resumo
Sistemas de telemetria automatizados são cada vez mais presentes no monitoramento
de variáveis como temperatura, radiação solar, nı́vel d’água, pH do solo, luminosidade,
velocidade do vento e umidade do ar pois possuem um custo operacional menor quando
comparados com as metodologias que necessitam de operadores para realizar medições.
Dentre as tecnologias disponı́veis hoje no mercado para a transmissão sem fio de dados,
a rede de telefonia móvel é uma das opções mais interessantes para aplicações à longas
distâncias, pois apresenta uma infra estrutura bem desenvolvida com cobertura nacional
e um baixo custo de implementação quando comparada com outras redes. Sendo assim,
o presente trabalho se baseou na hipótese de que o desenvolvimento de um sistema de
transmissão de dados utilizando a rede GSM possa constituir-se em uma importante
ferramenta para as áreas de gestão e planejamento de recursos, visto que ele permite
o monitoramento de variáveis importantes em tempo real. Dessa forma esse trabalho
teve como objetivo a criação de um protótipo de um sistema de aquisição e transmissão
automática de dados, o que acarretou no desenvolvimento de uma placa de circuito impresso,
dotada de um módulo de comunicação GSM, capaz de ler e transmitir dados de sensores
de temperatura e luminosidade via mensagens de texto SMS aos usuários do sistema, além
de um aplicativo de celular para gerenciar a obtenção dos dados. Foram realizados três
experimentos com o protótipo desenvolvido, com os quais foi possı́vel constatar que ele
conseguiu não só reconhecer automaticamente seus usuários, mas também interpretar
e executar diferentes comandos de leitura. Por fim esse trabalho descreve os custos da
construção do protótipo e faz uma análise sobre a adaptabilidade do sistema desenvolvido.
Keywords: GSM; telemetry; sensors; app; microcontroller; printed circuit board; GSM
module.
Lista de ilustrações
MS Mobile Station.
AT Attention.
CI Circuito-integrado.
GND Terra.
App Aplicativo.
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2 JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.1 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2 Objetivos Gerais e Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3 MATERIAIS E MÉTODOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.1 Desenvolvimento eletrônico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.1.1 Sensores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.1.1.1 Temperatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.1.1.2 Luminosidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.1.2 Módulo GSM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.1.3 Microcontrolador PIC18f2550 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.1.4 Dispositivos auxilares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.1.5 PCI - Apollo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.2 Comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.2.1 Microcontrolador / módulo GSM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.2.2 Modulo GSM / smartphone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.3 Desenvolvimento do aplicativo de Celular no Android Studio . . . 34
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.1 Aplicativo Android - Afrodite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.1.1 Atividade Principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.1.2 Atividade Conversões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.2 Experimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.3 Custos do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.4 Capacidade de adaptação do sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
5.1 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
5.2 Trabalhos Futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
12
1 Introdução
Sistemas capazes de aquisitar e transmitir dados sem fio se fazem cada vez mais
presentes em diversas áreas, como no telemonitoramento médico, no controle do sistema
elétrico de potência, na indústria 4.0 e estudos climáticos, uma vez que eles permitem a
automatização de diversos processos e a conectividade entre dispositivos. Esses sistemas de
telemetria automatizados visam diminuir o custo operacional das metodologias tradicionais
que necessitam de um operador para realizar medições. Um exemplo de onde essa automação
e conectividade vem crescendo no cenário nacional são as estações meteorológicas do
Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Hoje o instituto administra mais de 700
estações meteorológicas espalhadas por todo território brasileiro, que coletam dados de
variáveis climáticas como radiação, temperatura, umidade relativa do ar, dentre outras.
Apesar da grande maioria delas serem automáticas, ainda existem estações conven-
cionais [INMET 2019], pois como a automatização dessa coleta é relativamente recente
no paı́s, existem constantes discussões sobre sua confiabilidade, custo e dificuldade de
manutenção [Sentelhas et al. 1997], porque a ocorrência de falhas nesses dispositivos pode
acarretar perdas de informações ou a necessidade da utilização das estações convencionais.
Por outro lado, essa tecnologia tende a substituir o processo manual de coleta de dados
[Sousa, Antunes e Cabral 2015], tornando os sistemas telemétricos, hoje, o foco de vários
pesquisadores [Ionel, Vasiu e Mischie 2012].
Dentre as tecnologias wireless necessárias à telemetria, as mais conhecidas são
o Bluetooth, o Wi-Fi, a rede de telefonia celular (GSM/GPRS) e a comunicação via
satélite. O Bluetooh é comumente usado para aplicações de curtas distâncias, confinadas
em até 100 m, como por exemplo, para conectar periféricos (mouse, teclado e joysticks)
a um computador. Essa tecnologia ja é presente nos aparelhos celulares, o que ajuda na
simplicidade de sua utilização. Já o Wi-Fi, e mais especificamente o Wireless Local Area
Network (WLAN), é um sistema capaz de transmitir grandes quantidades de dados em
frequências elevadas, que variam entre 54 Mbps e 600 Mbps. Entretanto, ela é recomendada
para distâncias médias pois o aumento da sua área de cobertura, principalmente com o
uso de topologias de malha, representa um acréscimo significativo na complexidade da
rede [Mulla et al. 2015]. Para uma telemetria a longas distâncias a comunicação via satélite
é uma opção bem conhecida, apesar da mesma apresentar um elevado custo operacional e
de implementação [Liberalquino 2010].
A rede de telefonia celular, por sua vez, é destinada a transmissões a longas
distâncias [Mulla et al. 2015]. Ela conta com diversos serviços presentes nas tecnologias 1G,
2G, 3G e 4G, como telefonemas, mensagens de texto e acesso a internet que, gradativamente,
Capı́tulo 1. Introdução 13
vem se tornando cada vez mais atrativas [Pirotti e Zuccolotto 2009]. Apesar dela não
ser recomendada para aplicações que dependam de uma comunicação contı́nua, visto que
sua disponibilidade depende da densidade populacional nos locais da aplicação, a rede de
telefonia celular possui uma infra estrutura bem desenvolvida [Mulla et al. 2015], haja vista
que ela está presente em todos os 5570 municı́pios brasileiros com a tecnologia 2G, 5467
com a 3G e 4554 com a 4G [ANATEL 2018]. Isso proporciona a rede GSM uma cobertura
nacional e uma disponibilidade de serviços bastante interessante quando comparada com
as demais tecnologias.
O Global Systems Communications (GSM) para telefonia celular foi desenvolvido
no inı́cio da década de 80 pelo Groupe Spéciale Móbile para suplantar os diversos padrões
de telefonia existentes em cada paı́s até então. Antes de sua implementação os usuários
eram impossibilitados de transitarem internacionalmente utilizando os serviços de telefonia
móvel [Bodic 2005]. Embora o sistema tenha sido pensado inicialmente apenas para a
Europa, a rede demonstrou condições de se tornar um modelo global [Pirotti e Zuccolotto
2009, Heine e Horrer 1999]. A primeira geração (1G) do sistema, introduzida no mercado
em 1991, era caracterizada por ser analógica e sem fio, já a segunda geração, 2G, por sua
vez possuı́a tecnologia de comunicação digital, o que a possibilitava uma melhor qualidade
de voz e maior disponibilidade de serviços. Em seguida surgiu a geração 2.5G, em 2001,
também conhecida como GPRS (General Packet Radio Services) que fez com o que os
dados da rede de telefonia fossem enviados em pacotes, permitindo assim a conexão com a
Internet. No ano de 2004 a terceira geração (3G) foi introduzida no mercado possibilitando
diversas melhorias aos serviços tradicionais e também ao acesso à Internet [Bodic 2005].
Por fim, em 2013 chegou ao Brasil a quarta geração (4G), também chamada de Long-Term
Evolution (LTE), que conta com uma disponibilidade ainda maior de Internet se comparada
à tecnologia 3G [Dahlman, Parkvall e Skold 2013].
A rede GSM/GPRS é configurada de acordo com o conceito de célula pois o espectro
de frequência disponı́vel à comunicação móvel é limitado, dessa forma diversos usuários
conseguem utilizar a mesma banda de frequência simultaneamente, porque cada célula da
rede utiliza uma faixa de frequência diferente da vizinha (Figura 1). Para uma rede GSM,
quanto menor a célula, maior é a reutilização de frequência da rede e maior o custo de sua
infraestrutura [Bodic 2005, Heine e Horrer 1999].
Nessa arquitetura, cada cliente usa uma estação móvel (MS) que se comunica com a
estação transceptora base (BTS) no centro da célula por meio de ondas de rádio. O MS pode
ser um telefone celular ou um módulo GSM e é identificado através de um número único
de 15 dı́gitos chamado IMEI (INTERNATIONAL MOBILE EQUIPAMENT IDENTIFY).
Além disso, esses aparelhos também devem ser equipados com um chip SIM (Subscriber
Identity Module), cujo número de reconhecimento é chamado IMSI (International Mobile
Subscriber Identity), de forma que mesmo se o usuário trocar de terminal, o cartão SIM
Capı́tulo 1. Introdução 14
quanto a satélite, ela apresenta uma diminuição significativa de custo para as estações
meteorológicas, tornando a rede mais atrativa para essa aplicação.
16
2 Justificativa e Objetivos
2.1 Justificativa
Mediante as abordagens apresentadas, o presente trabalho se baseia na hipótese
de que o desenvolvimento de um sistema de transmissão de dados utilizando a rede GSM
possa constituir de uma importante ferramenta para as áreas de gestão e planejamento
de diferentes recursos, visto que essa tecnologia permite a obtenção de dados de variáveis
importantes em tempo real e, consequentemente, possibilita que medidas mitigadoras
possam ser tomadas com antecedência.
Objetivos específicos:
3 Materiais e Métodos
deve selecionar os sensores dos quais ele deseja obter as informações e recebe como resposta
um buffer de dados que é processado pelo aplicativo.
O desenvolvimento metodológico seguiu o mapa de processos descrito na Figura 3.
3.1.1 Sensores
Devido à facilidade de implementação, nesse trabalho foram utilizados os sensores
de luminosidade e temperatura para representar as variáveis monitoradas pelo sistema,
entretanto é importante ressaltar que o projeto desenvolvido permite a implementação de
sensores adicionais seguindo a estrutura de software descrita no decorrer desse capı́tulo.
3.1.1.1 Temperatura
Figura 4 – LM35
• Sensibilidade de 10 mV ◦C−1 .
T = 0.144Vb + 2 (3.1)
onde T é a temperatura dada em ◦C e Vb é o valor lido pelo sensor em bits. Esse método
foi escolhido devido às dificuldades encontradas no processo de calibração do sensor, além
do fato do pois sua função no ensaio era obter diferenças de temperatura.
3.1.1.2 Luminosidade
Figura 5 – LDR
R = λL−γ (3.2)
Figura 6 – Luxı́metro
Opera nas quatro bandas das operadoras de telefonia GSM (850, 900, 1800 e
1900 MHz).
Corrente máxima de 2 A.
Portas de
Conversores Protocolos de
entrada ou
TIMERS analógico/digital Comunicação
saı́da
de 10 bits. Serial
digital(I/O)
TIMER 0
Barramentos TIMER 1 Barramento A USB
Disponı́vel
A, B, C e E TIMER 2 B0 a B4 UART
TIMER 3
E3 - MCLR
C0 - LED1
A0 - LM35
Utilizado C1 - LED2 TIMER 0 UART (C6 e C7)
A1 - LDR
B6 - PGC
B7 - PGD
gravação de códigos para microcontroladores PIC. Este gravador possui um soquete tipo
Zero Insertion Force (ZIF) de 40 pinos, que contém, alem do soquete, uma pequena alavanca
que permite travar o chip. Esse soquete reduz possı́veis danos ao CI, se comparado com os
soquetes tradicionais. Além disso o gravador conta com um conector para programação
ICSP, que possibilita a gravação on board.
Para a alimentação da PCI foi utilizada a bateria UP1270E (Figura 11b) de 12 V e
7 A h, para possibilitar que o dispositivo projetado consiga operar sem a necessidade de
ser conectado à rede elétrica.
(b) Bateria
(a) K-150
Fonte: <https://www.mercadolivre.com.br/>
12b) referente ao roteamento da PCI. O programa retorna ao usuário dois arquivos, sendo o
da primeira tela um arquivo na extensão .sql e o da segunda na extensão .brd (a confecção
do hardware foi feita pela empresa Digicart, de Florianópolis - SC).
rotina de configuração configuração do módulo GSM, que será descrita no decorrer deste
capı́tulo, mas também para indicar quando o dispositivo recebeu um SMS.
O ICSP é uma configuração que permite que um microcontrolador seja programado
on board. A topologia da Figura 14a foi projetada para permitir não só essa funcionalidade
mas também a possibilidade de um operador reiniciar o programa do PIC18F2550 ao
apertar o botão existente na placa.
O circuito de comunicação serial da Figura 14b permite que o PIC18F2550 se
conecte com o SIM800L. Os detalhes dessa comunicação ja foram abordados anteriormente
na seção 3.2.1.
O circuito para a leitura de sensores, mostrado na Figura 15, conta somente com
três conexões. A primeira é referente ao 4.4 V, a segunda ao GND (0 V) e a última à saı́da
de tensão analógica dos sensores (Vout). A topologia conta também filtros RC para a saı́da
de tensão do LM35 e um resistor de pull-down para o LDR. É importante ressaltar que os
Capı́tulo 3. Materiais e Métodos 27
sensores não foram soldados na PCI mas sim conectados a ela, o que possibilitou maior
liberdade para posicionar os sensores durante os experimentos com o protótipo.
3.2 Comunicação
O sistema de transmissão de dados desenvolvido depende da comunicação entre seus
diferentes componentes. Essa comunicação se resume em duas etapas: a primeira é entre
o microcontrolador e o SIM800L, utilizando os comandos AT, feitos por intermédio da
interface UART presente em ambos os componentes; a segunda é entre o módulo SIM800L
e o smartphone, viabilizada pela rede GSM.
Para coordenar essa comunicação foi preciso criar um firmware para o microcontro-
lador contendo todas as rotinas de código necessárias para esse processo. Para tanto foi
utilizado o software CCS-PCWHD (versão gratuita) pois ele conta com várias ferramentas
como um debugger, que é usado para testar o código e encontrar seus erros e um monitor
serial para testar comunicações entre a placa eletrônica e o computador. Além disso, por
meio do seu compilador gera-se um arquivo *.hex. necessário para a gravação do programa
no microcontrolador. O CCS também possui funções especı́ficas e drivers para acionar os
periféricos do microcontrolador, como seus conversores analógico-digital, temporizadores e
transmissores RS-232. A Figura 16 ilustra um exemplo de programa.
obtidos. Esse comando funciona da seguinte forma: para enviar uma mensagem de texto
para um número de telefone +55(XX)1234-5678, basta mandar para o módulo uma string
de caracteres “AT+CMGS” seguido do número de telefone e do texto da mensagem. Por
fim, um comando de “Ctrl+Z” é enviado para o MS reconhecer o fim do SMS conforme o
algoritmo ilustrado abaixo em linguagem C.
p r i n t f ( ”AT+CMGS=\”+55XX12345678 \”\ r ”) ;
p r i n t f ( ”Mensagem ”) ;
putcha r ( 0 x1A ) ; // E q u i v a l e n t e a C t r l+Z
Figura 18 – Comandos AT
(a) (b)
(d)
(c)
(e) (f)
(g)
Capı́tulo 3. Materiais e Métodos 32
Figura 20 – Buffer
ordem de leitura no formato hora : minuto : segundo, o caractere “D” precede a data desse
evento no formato dia / mês / ano e o caractere “C” foi colocado no firmware visando
futuras aplicação do dispositivo.
• Editor de layout: uma interface que possibilita o desenvolvedor criar layouts por
meio do método “drag and drop”, em que os elementos do layout são arrastados e
posicionados manualmente.
4 Resultados e Discussões
migra novamente para a Atividade Principal. A partir desse ponto, todos os dados que
forem enviados ao celular serão tratados pelas novas constantes inseridas.
4.2 Experimentos
Para verificar o funcionamento do sistema proposto foram realizados três experi-
mentos com o protótipo (Figura 26) . O primeiro (Figura 27 a Figura 30) consistiu em
utilizar um celular para enviar quatro SMS à PCI contendo os códigos “$00, $01, $10 e
$11”, requisitando-a os valores analógicos dos sensores, a hora e a data em que ela recebeu
o comando. Conforme mostrado nas Figuras 27c, 28c, 29c e 30c, o dispositivo não só
reconheceu automaticamente o número de telefone do usuário, mas também distinguiu e
respondeu corretamente a cada um dos comandos enviados. É importante ressaltar que
sempre que o dispositivo recebia uma mensagem o LED verde existente na PCI piscava,
permitindo que o usuário pudesse acompanhar esse processo.
O segundo teste (Figura 31 a Figura 34) objetivou validar o funcionamento do
aplicativo desenvolvido de forma que, ao invés do usuário escrever os quatro códigos dos
SMS manualmente como no teste anterior, fosse utilizado o App para requisitar à PCI
os valores de temperatura e luminosidade do ambiente. O experimento demonstrou que o
aplicativo conseguiu buscar corretamente os valores do histórico de mensagens do celular
e mostra-los nos displays correspondentes (Figuras 31c, 33c, 32c e 34c), onde os valores
mostrados foram convertidos conforme explicado na seção 4.1.2.
Capı́tulo 4. Resultados e Discussões 38
Figura 26 – Protótipo
(a) APOLLO
(a) Envio da Mensagem (b) PCI Recebendo o SMS (c) Resposta da PCI
(a) Envio da Mensagem (b) PCI Recebendo o SMS (c) Resposta da PCI
(a) Envio da Mensagem (b) PCI Recebendo o SMS (c) Resposta da PCI
(a) Envio da Mensagem (b) PCI Recebendo o SMS (c) Resposta da PCI
Capı́tulo 4. Resultados e Discussões 40
(a) Envio da Mensagem (b) PCI Recebendo o SMS (c) Resposta da PCI
(a) Envio da Mensagem (b) PCI Recebendo o SMS (c) Resposta da PCI
(a) Envio da Mensagem (b) PCI Recebendo o SMS (c) Resposta da PCI
Capı́tulo 4. Resultados e Discussões 41
(a) Envio da Mensagem (b) PCI Recebendo o SMS (c) Resposta da PCI
(a) Luminosidade
(b) Temperatura
5 Considerações Finais
5.1 Conclusão
Primeiramente, os experimentos realizados com o protótipo mostraram que ele
foi capaz não só de se conectar a rede GSM e reconhecer automaticamente o usuário do
sistema, mas também conseguiu interpretar e executar diferentes comandos de leitura e
envio de dados dos sensores à ele conectado. Além disso, os LEDs existentes no hardware
possibilitaram acompanhamento do processo de configuração do módulo GSM e indicaram
corretamente os momentos em que Apollo recebia um SMS.
Já o aplicativo desenvolvido conseguiu não só converter corretamente os valores em
bits enviados pelo dispositivo para as respectivas grandezas de cada sensor, mas também
foi capaz de realizar solicitações de leitura automáticas e periódicas para o equipamento.
Por fim, é importante ressaltar que o sistema de transmissão automático de dados
desenvolvido é facilmente adaptável, de forma que os sensores utilizados podem ser trocados
por outros sensores analógicos que funcionem em 4.4 V. Nesse caso, todas as alterações
teriam de ser compensadas somente no aplicativo, sem a necessidade de se alterar o
firmware.
• Calibração do LM35 para que os valores ilustrados no aplicativo fiquem mais próximos
dos valores reais de temperatura;
• Criação de um painel blindado para que o equipamento possa ficar exposto ao tempo;
Capı́tulo 5. Considerações Finais 45
• Desenvolvimento de rotinas no firmware para que os valores dos sensores possam ser
solicitados via porta USB;
Referências
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IEEE. 2015 Fifth International Conference on Communication Systems and Network
Technologies. [S.l.], 2015. p. 442–447. Citado 2 vezes nas páginas 12 e 13.
Nasution, T. H. et al. Electrical appliances control prototype by using gsm module and
arduino. In: 2017 4th International Conference on Industrial Engineering and Applications
(ICIEA). [S.l.: s.n.], 2017. p. 355–358. Citado na página 14.
Xingang Guo; Yu Song. Design of automatic weather station based on gsm module.
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Engineering. [S.l.: s.n.], 2010. v. 5, p. 80–82. ISSN 2159-6026. Citado na página 14.
YUBO, S.; YUNFENG, X.; ZHIWEI, Z. A platform for gsm um interface signaling
observation. IET, 2014. Citado na página 14.