Processos Mentais - Memória (Lurdes Eira 12ºB)

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Ano letivo: 2023/2024

Disciplina: PSICOLOGIA B- 12º ANO

PROCESSOS MENTAIS – Memória

FIGURA 1
"PEOPLE'S CYCLOPEDIA OF UNIVERSAL KNOWLEDGE" (1883)

Docente: Miguel Portugal


Trabalho elaborado por: Lurdes Eira, nº7, 12ºB
Índice

Introdução 3
A memória 3
Codificação, armazenamento e recuperação 4
Tipos de memória 5
Esquecimento 7
Conclusão 9
Introdução
A memória é uma das mais importantes faculdades humanas. Desta
depende a definição de cada um de nós, da nossa identidade pessoal, já que,
ligando o passado ao presente, é possível encontrar um sentido de
continuidade: no que fomos, no que somos e autorizando uma especulação
minimamente sustentada sobre o que seremos.
Isto significa também que aprendemos com os erros e explica porque
muitas vezes se diz que o ser humano é “um animal de hábitos”: evitamos o
que nos prejudicou e repetimos o que nos beneficiou, A memória está
ligada à aprendizagem.

“Cientistas tem a noção intuitiva de que a memória é o registo de experiência


vividas, seja esse registo físico, mental ou ambos”
Yadin Dubai

Memória
A memória é a capacidade de fazermos um registo do passado e do evocarmos
posteriormente. É um processo através do qual se codifica, armazena e
recupera informação.

A codificação, armazenamento e recuperação são interdependentes, pelo que


o sistema de memorização só funcionará eficazmente se todas elas estiverem
operacionais.
Quando a informação sensorial chega ao nosso cérebro, dá-se início à
codificação, isto é, à tradução desses dados num código que pode ser acústico,
visual ou semântico

 A codificação tanto pode acontecer de forma automática como


consciente e voluntária;

 Por vezes, dado o volume da informação a memorizar, é preciso dar-lhe


um código para mais facilmente a registar e depois recordar. Uma
mnemónica é um bom exemplo disso (ex. saber os dias de cada mês com
o auxílio do punho);

Depois, segue-se o armazenamento.

 Para poder ser recordada, a informação memorizada e, portanto, já


codificada, tem de deixar um registo traço mnésico ou engrama- no
nosso sistema mental;

 Esta fica armazenada e aí é conservada para uma futura recuperação.


Onde as nossas memórias ficam guardadas tem sido das questões mais
complexas a que a ciência procura dar resposta, mas sabe-se que não há
uma localização única. Experiências feitas com pacientes submetidos a
cirurgias cerebrais- com córtex exposto, mas mantidos conscientes.
Permitiram constatar que a ativação de uma mesma memória ocorre
com a estimulação de diferentes pontos do cérebro.

Por último a recuperação.

 É o momento que, na linguagem do dia a dia corresponde ao “Recordo-


me que…” ou “lembro-me agora…”. Trata-se de recordar ou de
reconhecer uma informação previamente guardada, de a voltar a trazer à
consciência e de a descodificar- daí que o sucesso desta terceira etapa
dependa muito do modo como se codifica a informação primeiro;

 Há dois métodos muito comuns para se recuperar a informação


codificada e armazenada: a recordação e o reconhecimento. Na
recordação pede-se ao sujeito para ele próprio, reproduzir uma resposta
já aprendida a uma dada questão. No reconhecimento dá-se-lhe, por
exemplo, um conjunto de alternativas e este terá de identificar entre elas
a verdadeira.

Codificação Armazenamento Recuperação


Tipos de memória

De acordo com uma das teorias mais consensuais na Psicologia, existem três
tipos de sistemas de armazenamento de memória, a memória
sensorial/imediata, a memória a curto prazo e a memória a longo prazo. O
critério a que obedece essa distinção é conjuntamente o da função e da duração
de cada um dos tipos de memórias.

Para que a informação transite entre estes comportamentos, são importantes


processos como a atenção, a repetição e a recuperação.

A memória sensorial como uma capacidade muito limitada, constitui a primeira


etapa no estabelecimento de um registo duradouro das nossas experiências é,
assim, um registo momentâneo, de frações de segundo, de estímulos dos
sentidos: a imagem de um degrau debaixo dos nossos pés enquanto
caminhamos, o som na fechadura da porta de entrada de casa, etc.
 A memória sensorial é o primeiro armazém da informação que chega aos
nossos órgãos recetores: ouvidos, nariz, pele, etc;
 Permite conservar as características físicas de um estímulo (visual,
auditivo, olfativo, tátil ou gustativo) captado pelos órgãos sensoriais
durante alguns segundos;

 Existem vários tipos de memórias sensoriais, cada um correspondente a


um dos sentidos;

 Um deles é a memória icónica, que regista informação obtida através da


visão. Outro é a memória ecóica, que retém informação proveniente dos
ouvidos.

Sem a “porta de entrada” ma mente humana que é a memória sensorial, nada


percecionaríamos. Mas, se nada acontecer de modo a manter o registo de
aprendido, a informação pode perder-se para sempre. Assim:

De que depende a sua manutenção?

Para que a informação não se desvaneça e possa ser transferida para a memória
a curto prazo é necessário o envolvimento da atenção.
A atenção corresponde, de forma simples, à capacidade de focar um evento ou
situação.

A memória a curto prazo- à qual também se pode dar o nome de trabalho- é


um armazém no qual a informação é guardada apenas enquanto útil. Deixando
de o ser, é esquecida (não completamente, já que alguma informação passa
para a memória a longo prazo). Uma vez que ela resulta atenção, é também o
primeiro patamar em que a informação tem, pela primeira vez, significado.
 Dos três tipos de memória, a memória a longo prazo é aquela que se
aproxima mais daquilo a que vulgarmente chamamos “memória”.

 É relativamente ilimitada, permanente e construída, tal como a memória


sensorial e a memória a curto prazo, a partir de todas as modalidades
dos sentidos, armazenando os conhecimentos que possuímos de nós
mesmos e do mundo durante longos períodos de tempo.

A memória a longo prazo é o último armazém de memória. Desconhece-se qual


é a sua capacidade, mas sabe-se ser de uma vastidão imensa, até porque a
informação é registada em redes semânticas- ou de significado- em que as
várias ideias se associam para formar um único conceito.
 Por norma, os cientistas dividem as memórias em dois tipos (dois
subsistemas): implícitas (procedimentais) e explícitas (declarativas).

Esquecimento
Incapacidade de evocar o que foi anteriormente armazenado.
 Autero-retrógrado: incapacidade em formar novas memórias
(Alzheimer);
 Retrógrado: incapacidade de recordar antigas informações.
É importante aceitarmos o esquecimento como uma condição necessária
à memória, sem a qual não poderemos continuar a recordar.

Assim, apesar de lamentarmos o facto de nos esquecermos de coisas que


gostaríamos de recordar, devemos ter em mente que é preciso
constantemente adquirir e esquecer.

Existem várias explicações para o esquecimento:


 Umas referem a possibilidade de ter havido uma codificação ineficaz da
informação:
 Outras apontam uma simples falha momentânea do nosso processo de
evocação;
 Outras ainda surgem associadas a lesões que danificam não só os
sistemas de recuperação de memórias como de geração de novas
memórias.

Para além destas explicações, existem três grandes teorias sobre o


esquecimento amplamente aceites:
 Teoria da interferência;
 Teoria da degradação;

Teoria da interferência- Há uma interferência entre informações, isto


é, que as novas informações se intrometem levando-nos a distorcer ou a
esquecer as anteriores. As antigas informações levam-nos a esquecer ou
distorcer as antigas.
Inibição proativa: recordações passadas interferem com a recordação de novas
informações.
Ex. o código do antigo cartão multibanco impede de lembrar o novo.

Inibição retroativa: novas informações interferem com a recordação de antigas,


Ex. o código do novo cartão de multibanco impede de lembrar o do antigo.
Teoria da degradação- No âmbito desta teoria acredita-se que o
fragmento original de informação vai, por si só, desaparecendo
gradativamente, como um risco de tinta que se desvanece com o tempo,
a menos que façamos algo para o manter intacto.

Conclusão
Com este trabalho constatei que a memória é muito importante para
qualquer ato que façamos, pois, sem ela, o mesmo ato não teria sido
aprendido, pelo facto de não ter sido memorizado. Assim, pode dizer-se
que o suporte da aprendizagem é a memória.

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