Tema 3 - Camadas de Aplicação e Transporte

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Camadas de Aplicação e Transporte

Prof. Fábio Contarini Carneiro

Descrição

Estudo das camadas de aplicação e transporte do modelo OSI, além da compreensão dos
serviços oferecidos por cada camada. Identificação da arquitetura utilizada no
desenvolvimento de aplicações, com destaque para as principais disponíveis na camada da
internet. Análise dos elementos de suporte dos serviços de transporte com e sem conexão
nessa camada.

Propósito

Compreender a influência de uma arquitetura no desenvolvimento de aplicações para redes


de computadores, bem como os impactos dos diferentes serviços oferecidos pela camada
de transporte no funcionamento delas.
Objetivos

Módulo 1

Arquiteturas e camada de aplicação

Reconhecer as arquiteturas de aplicações.

Módulo 2

Serviços da camada de aplicação

Identificar os principais serviços oferecidos pela camada de aplicação.

Módulo 3

Elementos da camada de transporte

Localizar os elementos da camada de transporte.

Módulo 4

Serviços da camada de transporte


Comparar os serviços oferecidos pela camada de transporte.

meeting_room
Introdução
As redes de computadores cresceram de forma vertiginosa nos últimos anos. Esse
crescimento ocorreu graças aos diversos serviços que passaram a ser disponibilizados
através da Internet, o que nos permitiu realizar compras on-line, pagamentos, assistir a
filmes, jogar, acessar redes sociais, entre outras atividades.

Todos esses serviços que são disponibilizados pela Internet, ou em uma Intranet, são
implementados na camada de aplicação da arquitetura TCP/IP. Nessa camada são
executados os processos que permitirão que você possa acessar este conteúdo, enviar
mensagens de correio eletrônico, acessar as redes sociais, jogar on-line etc.

Colocando de uma forma bem simples, ao acessarmos os diversos serviços, o que está
ocorrendo é uma comunicação dos processos que são executados no nível da aplicação.

Para que isso seja possível, entra em operação a camada de transporte. Nesse nível é que
será garantida a confiabilidade na troca de mensagens da camada de aplicação.

Por isso é importante que o profissional de tecnologia da informação consiga reconhecer


as arquiteturas que podem ser utilizadas nas aplicações, assim como saber a finalidade de
cada um dos serviços que são oferecidos e como a camada de transporte permitirá uma
comunicação confiável entre o dispositivo de origem e de destino.
1 - Arquiteturas e camada de aplicação
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer as arquiteturas de
aplicações.

A Aplicação
Camada de Aplicação

Atualmente, as redes de computadores estão presentes no cotidiano das pessoas,


permitindo a interação e a realização de diversas tarefas.

Em relação às redes de comunicação, você já ouviu falar no trabalho da camada de


aplicação?

Vamos analisar os conceitos estudados na prática? Veja o caso a seguir.


Exemplo

Quando realizamos uma compra com cartão de crédito ou débito em um estabelecimento


comercial, é fundamental a existência de uma rede de comunicação, já que ela será o
alicerce para execução da operação. Ao inseri-lo na máquina de cartão, precisamos colocar
uma senha para confirmar a operação. Tal dado é inserido no sistema por meio de um
software executado nessa máquina.

Nesse caso, o software é executado na camada de aplicação!

O software de aplicação, também conhecido como software aplicativo, é nossa interface


com o sistema (e, por consequência, com toda a rede de comunicação que suporta essa
operação). Portanto, sempre que houver um serviço na rede, virá à mente a interface com
ele.

Outros exemplos de software de aplicação:

Navegador web

Cliente de e-mail
Jogos executados em rede
Ressaltamos que a camada de aplicação é aquela de mais alto nível do modelo OSI,
fazendo a interface com os usuários do sistema e realizando as tarefas que eles desejam.

odelo OSI
O modelo OSI (Open System Interconnection) foi criado pela International Organization for
Standardization (ISO) com o objetivo de ser um padrão para a construção de redes de
computadores. O OSI divide a rede em sete camadas: cada uma realiza funções específicas
implementadas pelo protocolo da camada. Desse modo, elas prestam serviços para a camada
superior.

Arquiteturas de Aplicações

Façamos a seguinte suposição: nosso objetivo é desenvolver uma aplicação a ser


executada em rede. Para criá-la, deve-se utilizar uma linguagem de programação que
possua comandos e/ou funções para a comunicação em rede. Na maioria das linguagens,
esses comandos e/ou funções estão em bibliotecas nativas da linguagem ou criadas por
terceiros.
Mas não basta conhecer uma linguagem de programação e suas bibliotecas. Antes disso, é
preciso definir qual arquitetura terá sua aplicação. Entre as mais conhecidas, destacam-se
as seguintes:

Cliente-servidor

Peer-to-peer (ou P2P)

Arquitetura Cliente Servidor


video_library
Utilizando a arquitetura Cliente – Servidor

Cliente-servidor

Nesta arquitetura, há pelo menos duas entidades: um cliente e um servidor. O servidor


executa operações continuamente aguardando por requisições do(s) cliente(s). O mais
comum, é que hajam diversos clientes e um único servidor. A figura abaixo ilustra a
situação.

Quando um dos clientes precisa que o trabalho seja realizado pelo servidor, ele monta uma
mensagem, especificando o que deve ser realizado. A mensagem normalmente contém
dados que devem ser processados pelo servidor.

Quando a mensagem está montada, é enviada ao servidor por intermédio de algum sistema
de comunicação (internet). Este recebe a mensagem, processa seu conteúdo e envia a
resposta ao cliente.

O servidor comporta-se passivamente, normalmente limita-se a aguardar solicitações, e


quando estas chegam, processa as mensagens com os dados necessários e enviar o
resultado do processamento de volta a seus clientes.

Servidor

Quando chega uma solicitação, o servidor pode:

Atender imediatamente caso esteja ocioso;

Gerar um processo-filho para o atendimento da solicitação;

Enfileirar a solicitação para ser atendida mais tarde;

Criar uma thread para esse atendimento.

rocesso-filho
Um processo é um programa em execução que inclui sua região de memória, os valores das
variáveis e seu contexto de hardware. Um processo-filho é criado quando determinado
processo se duplica em memória e entrega à sua cópia (seu filho) uma tarefa a ser executada.

hread
Linhas de execução independentes que executam concorrentemente dentro de um processo.
Quando funções são executadas como threads dentro dele, isso é feito de forma concorrente,
compartilhando objetos e variáveis.

Independentemente do momento em que uma solicitação é processada, o servidor, no final,


envia ao cliente uma mensagem contendo o resultado do processamento.
Quem utiliza esse tipo de arquitetura é a aplicação web.

Vamos analisar esse processo no exemplo a seguir.

Você deseja fazer uma receita especial, descobrindo, em um site, aquele


prato que gostaria de preparar. Ao clicar em um link, ela aparecerá. Para isso
acontecer, o servidor web (software servidor do site de receitas) fica
aguardando as conexões dos clientes.

Quando você clica no link da receita, seu browser envia uma mensagem ao
servidor indicando qual delas você quer.
Ele faz então o processamento solicitado e devolve ao browser o resultado
disso (sua receita).

É muito importante compreender, de maneira prática, o funcionamento do processamento


de resultados.

Atenção!
O que determina se uma entidade é cliente ou servidor é a função desempenhada pelo
software, e não o tipo de equipamento.

É fundamental saber que servidores desempenham uma função muito importante; por isso,
há equipamentos apropriados para eles, com MTBF alto e recursos redundantes.

O tipo de software instalado nesse equipamento é o responsável por determinar se ele é


cliente ou servidor.

Além disso, um processo pode atuar simultaneamente como cliente e servidor.

TBF
Do inglês Mean Time Between Failures (ou período médio entre falhas), esSa sigla indica o
tempo esperado até que ocorra uma falha no dispositivo. Quanto maior o MTBF, mais confiável
um dispositivo é considerado.
Voltemos ao exemplo da aplicação web:

Quando seu browser solicita a receita ao servidor web, aquele está atuando como cliente
e este, como servidor.

Mas esse processo nem sempre é simples; afinal, a aplicação que executa no servidor
web e realiza o processamento solicitado pode precisar de uma informação armazenada
em um banco de dados externo.

Para obtê-la, esse servidor deve enviar uma mensagem ao servidor de banco de dados
solicitando aqueles de que necessita para continuar. Nesse momento, ele atua como um
cliente do servidor de banco de dados.

Arquitetura Peer-to-peer

video_library
Utilizando a arquitetura Peer-to-Peer

Peer-to-peer

Enquanto existe uma distinção bem clara entre os processos que trocam informações na
arquitetura cliente-servidor, na peer-to-peer – também conhecida como arquitetura P2P –,
todos os processos envolvidos desempenham funções similares.

Em geral, nesses sistemas, os processos não são uma propriedade de corporações. Quase
todos os participantes (senão todos) são provenientes de usuários comuns executando
seus programas em desktops e notebooks.

eer-to-peer
O termo peer-to-peer surge do fato de os processos se comunicarem diretamente sem a
intervenção de servidores, promovendo uma comunicação para a par (peer-to-peer).

Tanto o processamento quanto o armazenamento das informações são


distribuídos entre os hospedeiros. Isso lhes confere maior escalabilidade
em comparação à arquitetura cliente-servidor.

ospedeiro
Também conhecido como host, o hospedeiro é qualquer equipamento conectado à rede capaz
de trocar informações com outros equipamentos. Exemplos: computadores, roteadores,
impressoras de rede, smartphones etc.

Modelo de arquitetura peer-to-peer:

Na ordem, 1, 2 e 3, o fluxo de informações e como elas se organizam.


Tente responder a atividade discursiva a seguir para consolidar os conhecimentos
adquiridos até agora.

border_color
Atividade discursiva
Você conhece algum tipo de sistema de compartilhamento utilizado na Internet? Em qual
tipo de arquitetura ele está fundamentado?

Digite sua resposta aqui

Exibir soluçãoexpand_more

Uma aplicação amplamente utilizada na Internet é o sistema de compartilhamento de


arquivos BitTorrent.

Baseado na arquitetura peer-to-peer, esse sistema permite que seus usuários


compartilhem arquivos sem haver a necessidade de eles estarem armazenados em
um servidor.
Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?


Questão 1

Uma arquitetura amplamente utilizada no desenvolvimento de aplicações em rede é a


cliente-servidor. Sobre ela, responda:

A Cabe ao servidor iniciar toda negociação com seus clientes.

Existe uma distinção bem clara entre clientes e servidores. Um


B
processo não pode ser cliente e servidor simultaneamente.

É a função desempenhada pelo software que determina se a


C
entidade é cliente ou servidor.

Quando chega uma requisição de um cliente, o sistema operacional


D
deve iniciar a execução do servidor.

A definição se uma entidade é cliente ou servidor é definida pelo


E
hardware utilizado.

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20cla
paragraph'%3EO%20que%20determina%20se%20a%20fun%C3%A7%C3%A3o%20desempenh

Questão 2

Marque a afirmativa verdadeira no que se refere à arquitetura peer-to-peer:

Permite uma forma de armazenamento distribuída desde as


A
informações do sistema.

Cada processo na arquitetura desempenha uma função bem definida


B
e diferente das funções dos demais processos.

C Um dos maiores problemas é sua baixa escalabilidade.

A comunicação entre os processos deve ser intermediada por um


D
servidor.

Todo processamento é realizado nos servidores, enquanto nas


E
estações de trabalho renderiza apenas a interface gráfica.
Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20cla
paragraph'%3ENa%20arquitetura%20%3Cem%3Epeer-to-
peer%3C%2Fem%3E%2C%20todas%20as%20entidades%20desempenham%20a%20mesma%

2 - Serviços da camada de aplicação


Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os principais serviços
oferecidos pela camada de aplicação.

Camada de Aplicação
Protocolos da Camada de Aplicação

Conforme estudamos, é na camada de aplicação que são executados os processos dos


usuários. Nos processos em que eles interagem, realiza-se o que seus usuários esperam.
Porém, para que uma aplicação possa trocar dados com outra, é necessário definir um
protocolo de aplicação.

Mas o que é um protocolo da camada de aplicação?

Resposta

Um protocolo de camada de aplicação define como processos de uma aplicação, que


funcionam em sistemas finais diferentes, passam mensagens entre si. Em particular, um
protocolo de camada de aplicação define (KUROSE; ROSS, 2013):

• Os tipos de mensagens trocadas, por exemplo, de requisição e de resposta;


• A sintaxe dos vários tipos de mensagens, tais como os campos da mensagem e como os
campos são delineados;
• A semântica dos campos, isto é, o significado da informação nos campos;
• Regras para determinar quando e como um processo envia e responde mensagens.

Enquanto o algoritmo da camada de aplicação determina seu funcionamento no ambiente


local, o protocolo dela estipula tudo que é necessário para que aplicações em diferentes
hospedeiros possam trocar mensagens de maneira estruturada.

Os protocolos públicos da internet são especificados por RFCs. Desse modo, qualquer
pessoa é capaz de acessar as especificações de tais protocolos e implementar os próprios
softwares.
Para que possamos compreender melhor o funcionamento das camadas de aplicação,
analisaremos aquela aplicada na Internet, afinal, trata-se de uma rede de abrangência
mundial presente no dia a dia de milhões de pessoas.

FCs
Sigla originada do inglês request for comments. RFCs são documentos públicos mantidos pela
Internet Enginnering Task Force (IETF): um grupo internacional aberto cujo objetivo é identificar
e propor soluções para questões relacionadas à utilização da internet, além de propor uma
padronização das tecnologias e dos protocolos envolvidos.

Camadas de Aplicação na Internet

video_library
Serviços da Camada de Aplicação
Já sabemos como funciona a arquitetura do serviço eletrônico. Assista agora a este vídeo
para compreender o trabalho dos protocolos de envio SMTP, POP3 e IMAP.

Descreveremos a seguir o funcionamento de três importantes aplicações das camadas de


aplicação na Internet:
Serviço Web (Protocolo HTTP)

Implementado pelo protocolo HTTP, que muita gente confunde com a própria
Internet.

Serviço de Correio (Protocolos SMTP, IMAP e POP)

Serviço do correio eletrônico.

Serviço de Nomes (DNS)

Sistema de resolução de nomes DNS.

Serviço WEB

video_library
HTTP (serviço web)
Protocolo HTTP

Definido pelas RFCs 1945 e 2616, o HTTP (Hypertext Transfer Protocol) é o protocolo
padrão para transferência de páginas web na internet.

Em 1991, a web foi idealizada no CERN como uma forma de fazer com que grupos de
cientistas de diferentes nacionalidades pudessem colaborar por meio da troca de
informações baseadas em hipertextos. Em dezembro daquele ano, foi realizada uma
demonstração pública na conferência Hypertext 91.

Esse protocolo é constituído de duas etapas:

FCs
Ao longo do conteúdo, serão apresentados alguns RFCs (Request for Comments); para acessar
o conteúdo referente a cada um, procure na sessão Explore + no final dos seus estudos!

ERN
Sigla originada do francês Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire (em português,
Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear). Trata-se de um laboratório de física de
partículas localizado em Meuyrin, que fica na fronteira franco-suíça.

ipertextos
Documentos construídos com o objetivo de possuir alguns objetos, como palavras, imagens
etc. Quando acionados – geralmente, com um clique do mouse –, eles buscam outros
documentos que podem (ou não) ser hipertextos.

ypertext 91
“A conferência sobre hipertexto e hipermídia reúne acadêmicos, pesquisadores e profissionais
de diversas disciplinas para considerar a forma, o papel e o impacto do hipertexto e da
hipermídia em um fórum de discussão de ideias, design e uso de hipertexto e hipermídia em
vários domínios. A conferência também considera o poder transformador da hipermídia e sua
capacidade de alterar a maneira como lemos, escrevemos, argumentamos, trabalhamos,
trocamos informações e nos divertimos.”

(ACM HYPERTEXT 91 CONFERENCE, 1991, tradução nossa)

Etapa 1

Uma página web típica é um documento em formato HTML que pode conter imagens e
outros tipos de objetos, como vídeos, texto, som etc.

Para exibir determinada página web, o usuário digita no browser o endereço no qual ela se
encontra (ou clica em um hiperlink para essa página), indicando o local em que deve ser
buscada. Para que uma página seja transferida do servidor até o browser, um padrão deve
ser seguido pelos softwares (cliente e servidor). Ele especifica como o cliente solicita a
página, e o servidor a transfere para o cliente.

ormato HTML
Linguagem utilizada na construção de páginas web. Um documento HTML possui uma série de
marcadores utilizados para definir o formato a ser empregado na apresentação da página web
ao usuário.
Etapa 2

Esse padrão é o protocolo HTTP. A mensagem HTTP, por sua vez, é carregada pelo outro
protocolo: TCP.

Uma interação entre cliente e servidor se inicia quando o cliente envia uma requisição a um
servidor. A solicitação mais comum consiste em:

CP
Abreviação de Transmission Control Protocol (TCP), trata-se do protocolo de nível de transporte
confiável que garante a entrega dos dados da mensagem livre de erros no destino.

Enviar um texto em formato ASCII.

Iniciar com a palavra GET.

Inserir página solicitada, protocolo utilizado na transferência e servidor a ser


contatado.

SCII
Do inglês American Standard Code for Information Interchange (código padrão americano para
o intercâmbio de informação), essa sigla trata de um código binário que codifica um conjunto
de 128 símbolos, incluindo:

Sinais gráficos;

Letras do alfabeto latino;

Sinais de pontuação;

Sinais matemáticos;

Sinais de controle.

video_library
Funcionamento do serviço Web

Responda a questão a seguir para consolidar os conhecimentos adquiridos até agora.

border_color
Atividade discursiva
Para solicitar a página web da Organização das Nações Unidas utilizando o protocolo HTTP,
o browser estabelece uma conexão TCP com o servidor web situado no endereço
www.un.org e lhe envia a seguinte solicitação:
Como esse processo é organizado?

Digite sua resposta aqui

Exibir soluçãoexpand_more

Ao receber a solicitação, o servidor busca a página web solicitada, a transfere para o


cliente e, após confirmada a entrega, encerra a conexão.

Como o HTTP utiliza o TCP, não é necessário se preocupar com questões de


confiabilidade na entrega dos dados. Ele é um protocolo em constante evolução,
havendo atualmente várias versões em uso. Por isso, o cliente deve informar a versão
do protocolo a ser usado quando solicita uma página web.

Serviço de correio eletrônico


Correio Eletrônico (e-mail)

Trouxemos um exemplo para esclarecer essa questão:

Os primeiros sistemas de correio eletrônico foram concebidos como um simples sistema


voltado para a troca de arquivos. O destinatário da mensagem era especificado na primeira
linha do texto.

Bastava então que o sistema procurasse ali para quem a mensagem deveria ser entregue.
Porém, com o passar do tempo, surgiram novas necessidades que dificilmente eram
atendidas por ele.

Em 1982, ainda na era da ARPANET, foram publicadas as RFCs 821 e 822, definindo,
respectivamente, o protocolo de transmissão a ser utilizado e o formato da mensagem.
Entretanto, apesar de ambas resolverem o problema inicial a que se propunham, elas
especificavam que todo o texto deveria ser composto pelo código ASCII.

Tal restrição precisava ser resolvida para ser possível o envio de mensagens:

RPANET
Precursora da Internet, ela foi a primeira rede a implementar o conjunto de protocolos TCP/IP.
Em alfabetos não latinos.

Em idiomas sem alfabetos.

Que não contêm textos multimídia, como, por exemplo, áudio e vídeo.

Com caracteres acentuados.

Para resolver esses novos problemas, foi criada uma solução denominada Multipurpose
Internet Mail Extensions (MIME). O MIME contina utilizando o formato da RFC 822, mas
passou a incluir uma estrutura para o corpo da mensagem e definir regras para as
mensagens especiais.

Essa estratégia fez com que tais mensagens pudessem ser enviadas graças à utilização de
protocolos e programas de correio eletrônico existentes, havendo somente a necessidade
de alterar os programas de envio e recebimento. Atualmente, o protocolo de transmissão
simple mail transfer protocol (SMTP) é definido pela RFC 5321, enquanto o formato da
mensagem o é pela RFC 5322.

Como é construída a arquitetura do correio eletrônico?


A arquitetura do sistema de correio eletrônico é construída com base em dois agentes:

person
Do usuário

outgoing_mail
De transferência de mensagens
O agente do usuário é o programa que faz a interface do usuário com o sistema de correio
eletrônico.É por meio dele que o usuário:
Faz o envio e o download de mensagens e anexos

Lê as mensagens

Realiza a pesquisa, o arquivamento e o descarte de mensagens

Escreve suas mensagens

Anexa arquivos
Mozilla Thunderbird

Microsoft Outlook

Eudora
Já os agentes de transferência de mensagens são os responsáveis por fazer com que elas
cheguem até o destino. Eles são mais conhecidos como servidores de correio eletrônico.
Postfix

Zimbra

Exchange
Para entendermos melhor o assunto, analisaremos a seguir a comunicação entre Orlando e
Maria. Esse caso explicita uma arquitetura do sistema de correio eletrônico:
A partir da numeração presente na imagem anterior, continuaremos com o exemplo:
1

Orlando deseja enviar uma mensagem para Maria. Após a compor em seu
agente do usuário, ele solicita seu envio para ela.

A mensagem é enviada do agente do usuário de Orlando até seu agente de


transferência de mensagens, que a recebe, analisa e, em seguida,
encaminha-a ao agente de Maria.

No destino, tal agente armazena as mensagens que chegam em um local


conhecido como caixa de mensagens (mailbox), onde cada usuário do
sistema possui uma caixa própria.

Quando Maria deseja ler suas mensagens, o agente do usuário dela se liga a
seu agente de transferência de mensagens e verifica quais estão
armazenadas em sua caixa de mensagens.
video_library
Funcionamento do correio eletrônico

Para concluirmos esse estudo, analisaremos importantes características dos protocolos


apresentados:

SMTP

O protocolo responsável pela transferência da mensagem até seu destino é o SMTP.


Definido pela RFC 5321, ele utiliza o protocolo de transporte TCP, obtendo, assim, a
garantia de que ela será entregue no destino sem erros.

O servidor SMTP aguarda por conexões de seus clientes. Quando uma conexão é
estabelecida, o servidor inicia a conversação enviando uma linha de texto na qual se
identifica e informa se está pronto (ou não) para receber mensagens. Se ele não estiver, o
cliente deverá encerrar a conexão e tentar novamente mais tarde.

Caso o servidor esteja acessível, o cliente precisa informar aos usuários a origem e o
destino da mensagem. Se o servidor considerar que se trata de uma transferência válida,
sinalizará para que ele a envie. Após o envio, o servidor confirma sua recepção e a conexão
é encerrada.
Exemplo

Retomando o caso da comunicação anterior, podemos ver, na sequência apresentada


adiante, a conversação entre cliente e servidor para estabelecer a transferência da
mensagem de [email protected] para [email protected]:

Terminal
content_copy

1 220 Protegido SMTP server


2 hello rayra.origem.net
3 250 Hello rayra.origem.net, pleased to meet you
4 mail from:
5 250 ... Sender ok
6 rcpt to: < [email protected] >
7 250 < [email protected] >... Recipient ok
8 data
9 354 Please start mail input.
10 subject: Teste de email
11 Primeira linha da mensagem de teste.
12 Segunda linha.
13 Quarta linha.
14 .

De acordo com o exemplo de conversação entre cliente e servidor representado acima, é


importante observar que na “linha 1” o termo “Protegido” refere-se à identificação do
servidor que recebe a mensagem, enquanto na “linha 2” o endereço “rayra.origem.net” é o
nome do hospedeiro que a envia.

Entrega final
Quando uma mensagem chega ao servidor do destinatário, ela deve ser armazenada em
algum local para que possa ser acessada mais tarde (assim que o destinatário estiver on-
line). Esse local é a caixa de mensagens.

Como o SMTP é responsável somente pela entrega da mensagem no servidor destino, isso
requer a utilização de outro protocolo de modo que o cliente possa buscar suas mensagens
no mailbox.

POP3

A RFC 1939 estipula que o POP3 (Post Office Protocol version 3) tem a finalidade de fazer o
download das mensagens que se encontram no mailbox do usuário para o sistema local.
Caso estejam neste sistema, ele pode utilizá-las em qualquer momento, mesmo sem ter
conexão com a internet.

O POP3 é implementado na maioria dos agentes de usuário. Basta configurar os


parâmetros de conta e senha do usuário para que o agente faça o download das
mensagens. Ele permite o download seletivo delas, assim como apagar as selecionadas no
servidor.

IMAP

Assim como o POP3, o IMAP (Internet Message Access Protocol) permite que um usuário
tenha acesso às mensagens armazenadas em sua caixa. Porém, enquanto o POP3 é
baseado na transferência delas para o sistema local a fim de serem lidas, o IMAP consegue
permitir sua leitura diretamente no servidor, dispensando, portanto, a transferência para o
sistema local.

Isso será particularmente útil para usuários que não utilizarem sempre o mesmo
computador, pois permite que suas mensagens sejam acessadas a partir de qualquer
sistema. Definido pela RFC 3501, o IMAP também fornece mecanismos para criar, excluir e
manipular várias caixas de correio no servidor.

Atenção!
Um webmail não é um protocolo, mas uma forma oferecida por alguns sites da web a fim
de que os usuários possam ler suas mensagens de correio eletrônico.

Para usar o sistema, o usuário abre uma página web, na qual entra com uma identificação e
uma senha. A partir desse momento, ele tem acesso imediato às suas mensagens (de
forma parecida com a de um cliente IMAP).

Serviço de Nomes

DNS

A comunicação entre hospedeiros na internet ocorre por meio de endereços binários de


rede. Afinal, para se comunicar com um destino, o hospedeiro precisa conhecer seu
endereço.

Entretanto, é bem mais fácil trabalhar com nomes de hospedeiros do que com seus
endereços de rede. Além de ser muito difícil conhecer todos os endereços dos hospedeiros
com os quais precisamos trabalhar, precisaríamos ser notificados toda vez que algum
deles mudasse de endereço.
Para resolver esse problema, foi desenvolvido o Domain Name System (DNS). Sua
finalidade é a criação de um sistema de nomes de forma hierárquica e baseada em
domínios. Para acessar um hospedeiro, portanto, basta conhecer seu nome de domínio e
fazer uma consulta ao servidor DNS, que é responsável por descobrir seu endereço.

Quais são os serviços oferecidos por ele?

Resposta

Além do mapeamento de nomes de hospedeiros em endereços IP, o DNS ainda provê:

• Identificação de servidores de correios eletrônicos;


• Apelidos para hospedeiros;
• Distribuição de carga;
• Descoberta de nomes de hospedeiros (mapeamento reverso).

Destacaremos nos tópicos a seguir dois importantes aspectos do DNS.

Espaços de Nomes

O espaço de nomes do DNS é dividido em domínios estruturados em níveis. Confira a


organização do primeiro nível:

Veja a seguir a diferença entre os domínios genéricos e de países, bem como alguns breves
exemplos desses domínios.
Domínios genéricos expand_more

Informam o tipo de organização ao qual o domínio está vinculado. Alguns exemplos


são:

.com = comercial;

.edu = instituições educacionais;

.int = algumas organizações internacionais;

.org = organizações sem fins lucrativos.

Cada domínio tem seu nome definido pelo caminho entre ele e a raiz, enquanto seus
componentes são separados por pontos.

Domínios de países expand_more

Possuem uma entrada para cada país. Alguns exemplos são:

.br = Brasil;
.pt = Portugal;

.jp = Japão;

.ar = Argentina.

Cada domínio tem seu nome definido pelo caminho entre ele e a raiz, enquanto seus
componentes são separados por pontos.

Cada domínio controla como são criados seus subdomínios. Para a criação de um novo
domínio, é necessária apenas a permissão daquele no qual será incluído.

Não há qualquer restrição sobre a quantidade de subdomínios que podem ser criados
dentro de um domínio. Os nomes de domínio não fazem distinção entre letras maiúsculas e
minúsculas.

EDU e edu, por exemplo, são o mesmo.

Os nomes de componentes podem ter até 63 caracteres, enquanto os de


caminhos completos não podem ultrapassar os 255.

O DNS é implementado sobre o protocolo UDP (User Datagram Protocol). Trata-se de um


protocolo do nível de transporte que não garante a entrega dos dados no destino. Dessa
forma, cabe ao software DNS garantir uma comunicação confiável.
Resolução de Nomes

O espaço de nomes do DNS é dividido em zonas. Independentes, elas possuem um servidor


de nomes principal e pelo menos um de nomes secundário:

Servidor de nomes principal

Configurado com as informações das zonas sob sua responsabilidade, ele


faz o repasse delas para os servidores de nomes secundários.

Servidor de nomes secundário

Responde pelas zonas caso haja uma falha do servidor de nomes principal.

As zonas do DNS definem o que um servidor deve resolver. Se ele for o responsável pela
zona pesquisada (servidor autoritativo), deverá fazer a resolução solicitada.

Três principais componentes do DNS expand_more

Registros de recursos armazenados em um banco de dados distribuído;

Servidores de nomes DNS responsáveis pela manutenção de zonas específicas;

Solucionadores DNS em execução nos clientes.


Solucionador X servidor DNS expand_more

Quando um solucionador solicita a resolução de um nome para o servidor DNS,


pode acontecer o seguinte:

O servidor DNS é o responsável pela zona: O servidor resolve o nome solicitado e


o devolve ao solucionador;

O servidor DNS não é o responsável pela zona, mas possui a resolução em cache:
O servidor envia a resolução ao solucionador;

O servidor DNS não é o responsável pela zona nem possui a resolução em cache:
O servidor precisa realizar uma busca para resolver o nome.

Vamos entender como é feita a busca para a resolução do nome www.sus.gov.br:

video_library
Funcionamento do DNS
A partir da numeração presente na imagem anterior, continuaremos com o exemplo:

Quando a aplicação do cliente solicita a resolução do nome www.sus.gov.br,


o solucionador envia a requisição para o servidor de nomes local, que é o
responsável por tratá-la até obter a resposta completa. Desse modo, ele não
retorna respostas parciais para o solucionador. A esse tipo de consulta
damos o nome de consulta recursiva.

Para obter a resposta completa, o servidor de nomes precisa realizar uma


série de iterações com outros servidores. Caso nenhuma informação parcial
esteja em seu cache, o servidor local primeiramente precisa descobrir quem
é o servidor responsável por resolver o domínio br.

P i l lt id d i i di d id
Para isso, ele consulta um servidor de nomes raiz, que indica onde o servidor
DNS de “br” pode ser encontrado. O servidor local continua realizando
consultas para resolver cada domínio parcial até que haja uma resolução
completa. Esse tipo de consulta é conhecido como consulta iterativa.

O excesso de consultas em um servidor DNS pode levar à sobrecarga.

Como evitar esse tipo de problema?

Resposta

Os servidores devem evitar responder consultas recursivas de clientes não autorizados.


Para isso, os administradores de servidores DNS precisam configurar no servidor aqueles
autorizados a realizar consultas recursivas. Dessa forma, se houver a consulta de um que
não esteja, ela automaticamente será negada.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Cabe ao protocolo da camada de aplicação definir como funcionam os processos de


uma aplicação. Nesse sentido, não é função dele definir:
A Os tipos de mensagens trocadas.

B O significado de cada campo do protocolo.

C Quando um processo pode enviar e responder mensagens.

D O endereço de rede do servidor.

E Os tipos de mensagens trocadas.

Parabéns! A alternativa D está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20cla
paragraph'%3EServidores%20de%20aplica%C3%A7%C3%B5es%20podem%20estar%20espalh

Questão 2

Um sistema de correio eletrônico é um exemplo de sistema implementado com base


em uma série de protocolos. Dentre os protocolos a seguir, selecione a opção que
apresenta apenas protocolos utilizados no serviço de correio eletrônico:
A SMTP e IMAP.

B HTTP e DNS.

C HTTP e POP3.

D SMTP e DNS.

E POP3 e DNS.

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20cla
paragraph'%3EUm%20sistema%20de%20correio%20eletr%C3%B4nico%20emprega%20os%20
3 - Elementos da camada de transporte
Ao final deste módulo, você será capaz de localizar os elementos da camada de
transporte.

A camada de transporte na Internet

Mas para que serve a camada de transporte?

Executadas na camada de aplicação, as aplicações precisam de um modelo de rede no


qual haja a entrega de uma mensagem (ou um fluxo de dados) tanto em um ponto de rede
quanto em sua aplicação par no hospedeiro destino.
O objetivo da camada de transporte é, independentemente das redes
físicas em uso, promover a confiabilidade na transferência de dados entre
os hospedeiros origem e destino.

Como veremos no decorrer do nosso estudo, essa camada deve oferecer um serviço de
transferência confiável, embora caiba à aplicação decidir sobre o seu uso.

Serviço de Transporte

video_library
Aspectos Fundamentais da Camada de
Transporte
Assista a este vídeo para compreender aspectos fundamentais da camada de transporte.

Em uma arquitetura de camadas, podemos afirmar que o objetivo geral de uma camada é
oferecer serviços àquela imediatamente superior. No caso da camada de transporte, sua
pretensão é oferecê-los à de aplicação.
Atenção!

Lembre-se de que, neste estudo, estamos considerando a arquitetura TCP/IP, na qual não
existem as camadas de sessão e de apresentação.

Como um dos principais objetivos da camada de transporte é ofertar um serviço confiável e


eficiente a seus usuários, ela precisa oferecer, no mínimo, um serviço orientado à conexão e
outro sem conexão.

Para atingir esse objetivo, a camada de transporte utiliza os serviços oferecidos pela de
rede. No serviço de transporte orientado à conexão (serviço confiável), existem três fases:

Por meio de um controle apurado da conexão, esse serviço de transporte consegue


verificar quais pacotes chegaram com erro ao destino e até mesmo aqueles que não foram
enviados, sendo capaz de retransmiti-los até que os dados estejam corretos.

Já no serviço de transporte sem conexão, não existe nenhum controle sobre os pacotes
enviados. Se um deles se perder ou chegar ao destino com erro, nada será feito para obter
a sua recuperação.

Se a rede oferece um serviço com que garanta uma entrega sem erros, por que uma
aplicação optaria por um serviço sem essa garantia?

A resposta é simples: por questões de desempenho.


Pelo fato de ser preciso cuidar de cada pacote no serviço orientado à conexão, verificando-
os e retransmitindo-os em caso de necessidade, esse controle gera um overhead. Como
nada disso é feito no serviço sem conexão, os pacotes são entregues no destino de forma
mais simples e rápida.

verhead
Termo em inglês utilizado com frequência em computação para indicar uma sobrecarga no
sistema. No caso do serviço orientado à conexão, o overhead ocorre graças ao processamento
extra necessário para a verificação dos dados e uma eventual retransmissão.

Aplicações como transferência de arquivos e e-mail exigem que seus dados cheguem ao
destino livres de erros. Dessa forma, elas utilizam um serviço orientado à conexão.

Ainda assim, em certas aplicações, o mais importante é a chegada a tempo de uma


informação, mesmo que ela contenha erros ou que a mensagem anterior tenha se perdido.

No serviço de telefonia em rede, por exemplo, o atraso na transmissão tem um efeito pior
que um pequeno ruído causado pela eventual perda de pacote.

Endereçamento dos processos

video_library
Endereçamento (camada de transporte)

Quando seu programa solicita algo a um servidor, o sistema envia uma mensagem para ser
entregue à aplicação que executa em um hospedeiro remoto. Mas podem existir várias
aplicações nele.

Como identificamos uma aplicação específica?

Surge neste momento o endereçamento no nível de transporte. Sua função é identificar em


qual aplicação determinada mensagem deve ser entregue. Afinal, toda mensagem do
protocolo de transporte carrega o endereço da aplicação.

Verificaremos agora a importância do endereçamento no nível de transporte. Afinal, é


necessário indicar em qual aplicação os dados devem ser entregues por meio de seu
endereço (de transporte). Assim, o hospedeiro destino consegue saber o destino deles.

Estudaremos mais adiante TCP e UDP, dois protocolos da camada de transporte da


arquitetura TCP/IP. Neles, o endereço de transporte é conhecido como porta. Vejamos o
esquema a seguir:
A partir da numeração presente na imagem anterior, continuaremos com o exemplo:

1 expand_more

Como a aplicação do hospedeiro 1 sabe em que endereço de transporte se encontra


o servidor no 2? Uma possibilidade é que:

Ele esteja associado ao endereço há anos;

Aos poucos, todos os usuários da rede tenham se acostumado com isso.

2 expand_more

Neste modelo, os serviços possuem endereços estáveis que podem ser impressos
e distribuídos aos novos usuários quando eles se associam à rede.

Atenção!
Um esquema alternativo é utilizar um processo especial denominado servidor de nomes
(name server) ou, às vezes, servidor de diretórios (directory server). Para localizar o
endereço de transporte correspondente a determinado nome de serviço, uma aplicação
estabelece uma conexão com o servidor de nomes. Em seguida, envia uma mensagem
especificando o nome do serviço, enquanto o servidor de nomes retorna o endereço.

video_library
Cabeçalhos da camada de transporte
No vídeo em questão, explicaremos brevemente a importância da interface (cabeçalhos)
para a camada de transporte.

Multiplexação e demultiplexação

A multiplexação e a demultiplexação fornecem um serviço de entrega, processo a processo


para aplicações executadas nos hospedeiros.
No hospedeiro destino, a camada de transporte recebe segmentos de dados da camada de
rede, tendo a responsabilidade de entregá-los ao processo de aplicação correto.

egmentos
Cada camada do modelo de rede denomina os dados trocados com o hospedeiro remoto de
uma forma diferente das demais camadas. Segmento é o nome da mensagem trocada entre
duas entidades de transporte tanto no modelo OSI quanto na arquitetura TCP/IP.

Exemplo: a camada de rede chama suas mensagens de pacotes. Já a de enlace de dados as


nomeia como quadros.

Um processo pode ter um ou mais endereços de transporte (conhecidos como portas na


arquitetura TCP/IP) pelos quais dados passam da rede para o processo – e vice-versa.

Desse modo, a camada de transporte do hospedeiro destino os entrega diretamente a uma


porta.

Como o hospedeiro destino direciona à porta correta um


segmento que chega?

Para essa finalidade, cada segmento da camada de transporte tem um conjunto de campos
de endereçamento no cabeçalho. No receptor, a camada de transporte examina esses
campos para identificar a porta receptora e direcionar o segmento a ela. A tarefa de
entregar os dados contidos em um segmento para a porta correta é denominada
demultiplexação.

Já a multiplexação consiste no trabalho de, no hospedeiro origem:

Reunir porções de dados provenientes de diferentes portas;

Encapsular cada porção de dados com as informações de cabeçalho (as


quais, mais tarde, serão usadas na demultiplexação) para criar segmentos;

Passar os segmentos para a camada de rede.

Vejamos um exemplo, vamos pensar no computador que Eduardo utiliza em suas


atividades.

Navegando na web, ele acessa seu e-mail e faz o download de arquivos


usando um programa específico para isso.

De fato, o objetivo da multiplexação é possibilitar uma melhor utilização do


meio de comunicação ao permitir que ele seja compartilhado pelos diversos
programas utilizados.
Eduardo utiliza a Internet, cujo protocolo de transporte é o TCP.

Todos os programas operados por ele (browser web, cliente de e-mail e


programa de transferência de arquivos) utilizam o TCP, que fará a
transferência da informação até o destino.

A multiplexação, portanto, permite que vários programas possam utilizar o


TCP ao mesmo tempo, fazendo, assim, com que Eduardo possa ter tantos
programas quanto queira ao acessar a rede.
Como o TCP sabe quem é quem?

Para fazer uso dele, um processo deve se registrar em uma porta (endereço de transporte)
do protocolo TCP. Servidores possuem portas conhecidas, mas programas clientes se
registram nas aleatórias.

Vamos supor que os programas de Eduardo se registraram nas seguintes portas:

Browser web
11278.

Cliente de e-mail
25786.

Transferência de arquivos
3709.

Dessa maneira, o TCP pode identificar cada uma. Quando o browser envia uma solicitação
a um servidor web, o TCP coloca na informação enviada o número de porta 11278. O
servidor, portanto, já sabe que deve responder-lhe enviando a resposta para essa porta.

Observemos, por fim, a multiplexação e a demultiplexação na prática:

Multiplexação

Ao receber mensagens das aplicações para envio, o protocolo de transporte as


identifica por seus respectivos números de porta, permitindo, assim, que várias
aplicações possam utilizá-los ao mesmo tempo.

close

Demultiplexação

Quando recebe as mensagens do hospedeiro remoto para entregá-las em cada


aplicação, o protocolo de transporte verifica o número da porta destino que a
mensagem carrega e a entrega para o processo registrado nela.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

As aplicações devem utilizar os serviços da camada de transporte que pode ser um


serviço com ou sem conexão. Assinale qual opção abaixo apresenta apenas
aplicações que utilizam serviço de transporte com conexão.

A Serviço de correio eletrônico e serviço web.

B Serviço web e serviço de nomes.

C Serviço de nomes e serviço de telefonia.

D Serviço de transferência de arquivos e serviço de telefonia.

E Serviço de nomes e serviço de correio eletrônico.

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20cla
paragraph'%3EOs%20servi%C3%A7os%20de%20transporte%20com%20conex%C3%A3o%20s

Questão 2

O endereçamento no nível de transporte é importante para a realização de:


A Identificação do hospedeiro.

B Correção de erros.

C Encerramento da conexão.

D Demultiplexação.

E Segmentação das mensagens.

Parabéns! A alternativa D está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20cla
paragraph'%3EComo%20a%20camada%20de%20transporte%20precisa%20identificar%20a%2
se%20o%20nome%20de%20demultiplexa%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20identifica%C3%
4 - Serviços da camada de transporte
Ao final deste módulo, você será capaz de comparar os serviços oferecidos
pela camada de transporte.

Protocolos de Transporte da Internet


Agora que já estudamos os serviços que um protocolo de transporte deve oferecer,
apresentaremos casos reais de protocolos utilizados em redes de computadores. Para isso,
vamos utilizar como exemplo os protocolos de transporte da internet: TCP e UDP.

Iniciaremos nosso estudo pelo UDP. Mesmo sendo um protocolo simples, ele se revela
bastante eficiente, principalmente no quesito agilidade de entrega, quando a aplicação
requer uma entrega rápida.
Em seguida, vamos nos debruçar sobre o TCP. Protocolo de transporte completo, ele é
capaz de garantir a entrega de mensagens livres de erros, não importando a qualidade da
rede em que ele trabalhe. Por fim, apontaremos alguns exemplos de portas, um mecanismo
que permite que as aplicações sejam encontradas pela Internet.

Protocolo UDP

UDP

O protocolo de transporte mais simples que poderia existir seria aquele que, no envio, fosse
limitado a receber mensagens da camada de aplicação e as entregasse diretamente na de
rede. Na recepção, ele, por outro lado, receberia os pacotes da camada de rede e os
entregaria na de aplicação. Esse tipo de protocolo, em suma, não efetua nenhum trabalho
para garantir a entrega das mensagens. Felizmente, o UDP não se limita a isso.
Atenção!

O UDP é um protocolo rápido na entrega das mensagens no destino, realizando a


multiplexação e demultiplexação; além disso, ele oferece um mecanismo de verificação de
erros nessa entrega.

Um processo pode ter um ou mais endereços de transporte (conhecidos como portas na


arquitetura TCP/IP) pelos quais dados passam da rede para o processo e vice-versa. Desse
modo, a camada de transporte do hospedeiro destino os entrega diretamente a uma porta.

A imagem a seguir ilustra os campos do cabeçalho de um segmento UDP:

Os campos porta origem e porta destino têm a função de identificar os processos nas
máquinas origem e destino. Quando uma aplicação A deseja enviar dados para uma B, o
UDP coloca o número da porta da aplicação origem (A) no campo “porta origem” e o de
porta da aplicação (B) em “porta destino”.

Comentário

Quando a mensagem chega ao destino, o UDP pode entregá-la para a aplicação correta por
meio do campo “porta destino”. Já a “porta origem” é importante para a aplicação que
recebe a mensagem, pois ela torna possível saber o número da porta para a qual a resposta
deve ser enviada. É por meio desses campos que o UDP realiza a multiplexação e a
demultiplexação.

O campo tamanho especifica o tamanho do segmento, incluindo o cabeçalho. Como se

trata de um campo de 16 bits, isso significa que o maior segmento UDP será de: 216 =
65.536 bytes (64 KBytes).
O campo soma de verificação tem a função de garantir que a mensagem chegue ao destino
livre de erros. Para tanto, o UDP calcula o CRC dela e o envia nesse campo. No destino, o
CRC é novamente calculado e comparado. Se ambos forem iguais, a mensagem é
considerada livre de erros e entregue na aplicação destino.

Saiba mais
Para saber mais sobre CRC e hash, consulte, respectivamente, os capítulos 5.2.3 e 8.3.1 da
obra de Kurose e Ross (2013).

Caso haja alguma divergência no valor do CRC, o segmento normalmente é descartado,


porém algumas implementações permitem – acompanhadas de uma mensagem de aviso
– a entrega dele com erro.

O UDP é um protocolo sem estado e não orientado à conexão. Descrito pela RFC 768, ele é
projetado tanto para pequenas transmissões de dados quanto para aqueles que não
requerem um mecanismo de transporte confiável.

Apesar de o UDP não oferecer uma confiabilidade nas transmissões, isso não significa que
aplicações que o utilizam não possam ter uma garantia de entrega.

rotocolo sem estado


Protocolo que não leva em consideração o que foi realizado no passado. Ele, portanto, trata
toda requisição como algo isolado, sem qualquer relação com requisições passadas ou
futuras.

Atenção!

Cabe ao programador cuidar dessa garantia no código da própria aplicação.

São protocolos de aplicações que utilizam o UDP:


DNS SNMP TFTP

Protocolo TCP

TCP

Enquanto o UDP é um protocolo de transporte simples, voltado para aplicações que não
necessitam de confiabilidade na transmissão, o TCP é um orientado à conexão, sendo
indicado para aplicações que precisam trocar uma grande quantidade de dados por meio
de uma rede com múltiplos roteadores.

O TCP oferece um fluxo de bytes fim a fim confiável, podendo ser utilizado, inclusive, em
redes de baixa confiabilidade.

Na transmissão, ele aceita fluxos de dados da aplicação: dividindo-os em partes de, no


máximo, 64 KBytes, ele envia cada uma em um datagrama IP distinto.

Quando os datagramas IP com dados TCP chegam ao hospedeiro destino, eles são, em
seguida, enviados à entidade TCP, que restaura o fluxo de dados original.
atagrama IP
Também conhecido como “pacote”, um datagrama é uma porção de dados trocada por
protocolos da camada de rede. Ele contém dados e informações de cabeçalho suficientes para
que eles possam seguir seu caminho até o hospedeiro destino.

A camada de rede (protocolo IP) não oferece nenhuma garantia de que os datagramas
serão entregues corretamente. Portanto, cabe ao TCP administrar os temporizadores e
retransmitir os datagramas sempre que for necessário.

Os datagramas também podem chegar fora de ordem, cabendo a ele reorganizá-los em


mensagens na sequência correta. O TCP deve fornecer a confiabilidade que o IP não
oferece.

O TCP é definido pelas seguintes RFCs:

793 2018 1122

Para concluirmos nossa última etapa de estudos, precisamos entender três aspectos
fundamentais da TCP:

description
Modelo de serviço TCP
settings
Cabeçalho de segmento TCP

wifi
Gerenciamento de conexão TCP

Modelo de serviço TCP

O serviço TCP é obtido quando tanto o transmissor quanto o receptor criam pontos
terminais; denominados portas, eles são identificados por um número de 16 bits. É
necessário que uma conexão seja explicitamente estabelecida entre um hospedeiro
transmissor e um receptor.

Todas as conexões TCP são:

Full-duplex

Dados podem ser enviados e recebidos por ela simultaneamente. Uma linha telefônica
é um exemplo de sistema full-duplex, pois permite que dois interlocutores falem de
forma simultânea. O walkie-talkie, no entanto, é diferente: como tal equipamento está
no modo de transmissão ou no de recepção, ele nunca consegue transmitir e receber
ao mesmo tempo.

close

Ponto a ponto

Interliga diretamente dois hospedeiros, não permitindo a participação de um terceiro


na conversação. Exemplo: quando ligamos um smartphone a um computador por
meio de seu cabo de dados, ocorre uma ligação ponto a ponto, pois somente eles
podem utilizar esse meio (cabo de dados) para a troca de informações.

Do ponto de vista da aplicação, uma conexão consiste em dois fluxos independentes de


direções opostas. Uma conexão TCP é um fluxo de dados, e não de mensagens. Isso
significa que as fronteiras das mensagens não são preservadas de uma extremidade à
outra. Quando uma aplicação passa dados para a entidade TCP, ela pode enviá-los
imediatamente ou armazená-los em um buffer de acordo com suas necessidades.

As entidades TCP transmissoras e receptoras trocam dados na forma de segmentos. Um


segmento consiste em um cabeçalho fixo de 20 bytes mais uma parte opcional, seguido de
zero ou mais bytes de dados. O software TCP decide qual deve ser o tamanho dos
segmentos, podendo:

uffer
Área de memória temporária em que os dados são armazenados, aguardando o momento de
serem transmitidos.

folder
Acumular dados de várias escritas em um único
segmento.

perm_media
Dividir os dados de uma única escrita em vários
segmentos.
Cada segmento não pode ser superior à quantidade máxima de dados que um datagrama
do protocolo IP é capaz de carregar.
O protocolo básico utilizado pelas entidades TCP é o de janela deslizante. Quando envia
um segmento, o transmissor dispara um temporizador. Assim que ele chega ao destino, a
entidade TCP receptora retorna um segmento (com ou sem dados segundo as
circunstâncias) com um número de confirmação igual ao próximo número de sequência
que ela espera receber. Se o temporizador do transmissor expirar antes de a confirmação
ser recebida, o segmento será retransmitido.

Vamos entender melhor o conceito de janela deslizante a seguir:

Janela deslizante expand_more

Para aumentar a eficiência da transmissão, foram elaborados protocolos que


permitem o envio de vários segmentos de dados mesmo sem a confirmação
daqueles enviados anteriormente. O número máximo de dados que podem ser
enviados sem que tenha chegado uma confirmação define o tamanho da janela de
transmissão.

Conforme eles vão sendo confirmados, o ponto inicial da janela de transmissão


desloca-se no sentido do fluxo de dados; por isso, ela é conhecida como “janela
deslizante”. Protocolos que utilizam a janela de transmissão para o envio de dados
são conhecidos como protocolos de janela deslizante.

Para saber mais sobre janela deslizante, leia o capítulo 3.4.3 da obra de Kurose e
Ross (2013).

Caso um segmento chegue ao destino e apresente erro em sua soma de verificação, o TCP
simplesmente o descarta. Como não haverá confirmação de recebimento nesse caso, a
entidade TCP do transmissor entenderá que o segmento não chegou ao destino e
providenciará sua retransmissão.

video_library
Selective repeat e o go-back-n
Assista ao vídeo sobre Selective repeat e o go-back-n. Nele, apresentamos aspectos
fundamentais sobre protocolo de envio.

Cabeçalho TCP

Cabeçalho de Segmento no TCP

Cada segmento TCP começa com um cabeçalho de formato fixo – podendo ser seguido
por opções de cabeçalho – de 20 bytes. Depois das opções, é possível haver 65.515 bytes
de dados.

Válidos, os segmentos sem dados, em geral, são utilizados para confirmações e


mensagens de controle. A tabela seguir mostra um exemplo de segmento TCP:
Tabela: 32 Bits.

A seguir, apresentaremos o destrinchamento de cada elemento mostrado na tabela acima.

Porta origem e porta destino

Identificam, respectivamente, os processos origem e destino nos


hospedeiros. Da mesma forma que os campos porta origem e porta destino
do UDP, eles permitem que aplicações compartilhem o uso do protocolo de
transporte (multiplexação e demultiplexação).

Número de sequência

Indica o número de sequência do segmento, ou seja, em que posição (byte)


dos dados ele deve ser colocado.

Número de confirmação

Especifica o próximo byte aguardado no fluxo contrário. Quando é enviado do


processo A para o B, indica o próximo byte que A espera receber no fluxo de

B A Q d i f b b t N fi i lí it
B para A. Quando informa que espera receber o byte N, fica implícito que
todos os bytes até N-1 foram recebidos corretamente.

HLEN

Abreviação de header length (tamanho do cabeçalho), o HLEN informa o


tamanho do cabeçalho em palavras de 32 bits.

Reservado

Campo não utilizado. Qualquer valor preenchido nele será desconsiderado.

Campo de flags de 1 bit cada

Um flag é um campo de 1 bit que pode possuir apenas os valores 0 e 1.


Normalmente, 0 representa “desligado” e 1, “ligado”.

Exemplo: Quando o flag ACK do TCP está com o valor 1 (ligado), isso
significa que o segmento TCP carrega um número de confirmação. Se ele
estiver com 0 (desligado), é a indicação de que TCP não conta com tal
número.

URG
O t i t ( t i t )é d t t
O urgent pointer (ou ponteiro urgente) é usado para apontar que o segmento
carrega dados urgentes.

ACK

O acknowledgement serve para indicar que o campo “número de


confirmação” contém uma confirmação. Se estiver com valor 0, este campo
deve ser desconsiderado.

PSH

O push se trata de uma solicitação ao receptor para entregar os dados à


aplicação assim que eles chegarem em vez de armazená-los em um buffer.

RST

O reset é utilizado para reinicializar uma conexão que tenha ficado confusa
devido a uma falha. Também serve para rejeitar um segmento inválido ou
recusar uma tentativa de conexão.

SYN

A li d t b l õ
Aplicado para estabelecer conexões.

FIN

Usado para encerrar uma conexão.

Tamanho da janela

O controle de fluxo no TCP é gerenciado por meio de uma janela deslizante


de tamanho variável. O campo “tamanho da janela” indica quantos bytes
podem ser enviados a partir do byte confirmado.

Soma de verificação

Utilizada para verificar se existem erros nos dados recebidos. Ela confere a
validade tanto do cabeçalho quanto dos dados.

Ponteiro urgente

Válido somente se o flag URG estiver ativado, ele indica a porção de dados do
campo de dados que contém os que são urgentes.
Opções

Projetadas como uma forma de oferecer recursos extras, ou seja, aqueles


que não foram previstos pelo cabeçalho comum.

Dados

São os dados enviados pela camada superior. Neste campo, estão os que
serão entregues na camada superior do hospedeiro destino.

Conexão TCP

Gerenciamento de conexão TCP

As conexões estabelecidas no TCP utilizam um esquema conhecido como three way


handshake. Para estabelecer uma conexão, um lado aguarda passivamente, enquanto o
outro solicita uma especificando o endereço de rede (endereço IP) e a porta com a qual
deseja se conectar.

É enviado então um segmento TCP com o bit SYN ativado e o bit ACK desativado. Quando
ele chega ao destino, a entidade TCP do destino verifica se existe um processo aguardando
na porta destino. Se não existir, ela enviará uma resposta com o bit RST ativado para
rejeitar a conexão.
No entanto, se algum processo estiver na escuta dessa porta, a ele será entregue o
segmento TCP recebido. Em seguida, tal processo poderá aceitar ou rejeitar a conexão. Se
ele aceitar, um segmento de confirmação será retornado.

Assista o vídeo a seguir que explica o processo de conexão entre dois processos.

video_library
Gerenciamento de Conexão do TCP

video_library
Política de transmissão TCP
Assista ao vídeo sobre Política de transmissão TCP, em que trataremos pontos
fundamentais desse processo e explicaremos o funcionamento em caso de perda de
segmento e controle de fluxo.

Tipos de portas

Portas conhecidas

Para que uma aplicação possa acessar outra remota, é necessário conhecer o endereço do
hospedeiro no qual ela se encontra. Ele serve, portanto, para que se consiga chegar ao
hospedeiro remoto.

Como o protocolo de transporte do destino consegue saber para qual de suas aplicações
deve entregar a mensagem? A resposta é o conceito de porta, que é responsável por
identificar a aplicação no destino.

Como podemos identificar a porta utilizada pela aplicação?

Existem duas saídas que respondem a essa questão:

1
Empregar um sistema no qual a aplicação é registrada toda vez que inicializa para o cliente
poder consultar sua porta.
2
Usar sempre o mesmo endereço de forma que as aplicações a iniciarem a conversação
saibam de antemão com qual endereço trocar mensagens.

Uma porta TCP ou UDP é identificada por um número inteiro de 16 bits.

Para que um pacote chegue à aplicação de destino, é necessário que o transmissor saiba,
de alguma forma, em que porta a aplicação está esperando a chegada do pacote. Para
facilitar o trabalho dele, algumas aplicações esperam seus pacotes sempre na mesma
porta: a “porta conhecida” da aplicação.

A RFC 3232 define um repositório on-line no qual podem ser consultadas as portas
conhecidas. No momento da criação deste documento, o repositório on-line estava definido
como service name and transport protocol port number registry.

A tabela a seguir mostra as portas reservadas para algumas aplicações:

PORTA APLICAÇÃO

7 echo

20 ftp-data

21 ftp

22 ssh

23 telnet

25 smtp

53 domain
PORTA APLICAÇÃO

69 tftp

80 http

110 pop-3

119 nntp

161 snmp

162 snmp-trap

443 https

Tabela: Portas reservadas para algumas aplicações.


Fabio Contarini Carneiro

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Sobre o protocolo UDP, marque a resposta correta.


Verifica se a mensagem contém erros antes de entregá-la à
A
aplicação destino.

B Garante a entrega da mensagem no destino.

C Não realiza a multiplexação e a demultiplexação.

Não limita a quantidade máxima de dados que um segmento pode


D
transportar.

E Realiza controle de fluxo de dados.

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20camada%20de%20transporte%20deve%20oferecer%20confiabilidade%20

Questão 2

No protocolo TCP, o campo número de confirmação carrega:


A O número do último byte recebido com sucesso.

B O número do próximo byte esperado no sentido contrário.

C Uma solicitação para o receptor confirmar os dados recebidos.

D A quantidade de confirmações pendentes.

E O número da porta do servidor.

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20n%C3%BAmero%20de%20confirma%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20a

Considerações finais
Vimos que, na camada de aplicação, são executadas as aplicações que os usuários
desejam executar. Além disso, pontuamos que um desenvolvedor precisa se basear em um
estilo de arquitetura para desenvolver seu software de aplicação.

Quando houve a apresentação da camada de transporte, também pudemos observar que


existem dois serviços básicos: sem e com conexão. O desenvolvedor da aplicação precisa
definir que tipo de serviço mais se adequa a seu projeto.

Dessa forma, consideramos haver um forte relacionamento entre a camada de aplicação e


a de transporte, pois o tipo de serviço de transporte escolhido pelo desenvolvedor gera um
impacto direto no projeto da aplicação.

headset
Podcast
Ouça o Podcast, em que faremos uma abordagem geral dos tópicos estudados.

Referências
ACM HYPERTEXT 91 CONFERENCE. Proceedings. San Antonio: Interaction Design
Foundation, 1991.
COMER, D. E. Redes de computadores e internet. 6. ed. Porto Alegre: Bookman Editora,
2016.

COULOURIS, G. et al. Sistemas distribuídos – conceitos e projeto. 5. ed. Porto Alegre:


Bookman Editora, 2013.

FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores. 4. ed. Porto Alegre:


AMGH Editora, 2010.

INTERNET ASSIGNED NUMBERS AUTHORITY. Protocols registries. Service name and


transport protocol port number registry. Califórnia: IANA, 2020.

KUROSE, J. F.; ROSS, K. W. Redes de computadores e a internet: uma abordagem top-down.


6. ed. São Paulo: Pearson, 2013.

SILBERSCHATZ, A.; GALVIN, P. B. Sistemas operacionais – conceitos. 5. ed. São Paulo:


Prentice Hall, 2000.

SOARES, L. F. G. et al. Redes de computadores – das LANs, MANs e WANS às redes ATM.
2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1995.

TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. Redes de computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson,


2011.

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768, 3232.

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