7 Dicas de Milionários
7 Dicas de Milionários
7 Dicas de Milionários
GEOGRAFIA A 14
Clima do Brasil e do Mundo
DIFERENÇA ENTRE Gases que compõem a atmosfera até
25 km de altitude
ENTENDENDO A
ATMOSFERA 550 km
Termosfera
Composição atmosférica
80 km
A atmosfera corresponde à camada gasosa que envolve
Mesosfera
a Terra. Sua composição sofre variações de acordo com
a altitude. Ela protege a Terra da incidência de corpos 50 km
Estratosfera
estranhos e conserva o seu calor irradiado pela superfície,
permitindo o desenvolvimento da biosfera.
10 km
Além da importância da atmosfera na manutenção da Troposfera
vida no planeta, ela também funciona como um “filtro” que
barra 2/3 dos raios solares reduzindo a quantidade de raios –100 –80 –60 –40 –20 0 20 40
nocivos que chegam à superfície. Temperatura °C
As diferenças nos comportamentos da temperatura nas A temperatura diminui com a altitude até a tropopausa,
camadas da atmosfera têm origem basicamente na forma nome dado à camada intermediária entre a troposfera e
com que cada uma é aquecida, já que cada uma tem uma a estratosfera. Nessa região, a temperatura média atinge
composição própria. A troposfera é mais quente na sua base valores de cerca de –60 °C. Em média, o decréscimo é de 0,6 °C
a cada 100 m, o que é denominado gradiente térmico.
(próxima à superfície) do que em maiores altitudes, pois
recebe calor por meio de radiação infravermelha emitida
Estratosfera
pelo solo. Aquecido pelo Sol, o solo transmite energia para
o ar (por meio da irradiação de calor), fazendo com que ele A estratosfera estende-se acima da troposfera, desde a
tropopausa até cerca de 50 km de altitude. Nessa zona,
ascenda – em substituição ao ar frio que desce das camadas
verifica-se uma concentração elevada de ozônio (O3), gás
superiores. Todo esse movimento de ascensão e subsidência
de extrema importância por filtrar, por meio da absorção,
de partículas, conhecido como convecção, espalha a energia
grande parte dos raios ultravioletas enviados pelo Sol,
térmica pela troposfera e faz com que essa camada seja
o que explica, inclusive, o aumento da temperatura nessa
muito dinâmica, o que fica evidente nos variados fenômenos
área da atmosfera.
atmosféricos que caracterizam essa porção da atmosfera.
Mesosfera
Camadas da atmosfera terrestre
A mesosfera é a camada localizada logo acima da
Na exosfera, onde orbitam estratosfera e vai dos 50 km até os 80 km de altitude.
os satélites, a temperatura
ultrapassa os 1 000 °C. A densidade do ar, nessa zona, é muito baixa, e a
Entretanto, o ambiente rarefeito temperatura decresce rapidamente, alcançando cerca de
era não gera calor suficiente
osf –90 °C na mesopausa, região que apresenta a temperatura
Ex para que os objetos entrem
em combustão.
mais baixa de toda a atmosfera.
Term
500 km As auroras polares surgem quando opau
sa
1 000 °C partículas elétricas solares são atraídas
pelo campo magnético terrestre. Termosfera
A termosfera sucede a mesosfera e vai de 80 km até cerca
ra
o sfe
erm
dos 500 km. Nela, verifica-se a presença de íons resultantes
T
da baixa densidade do ar e da intensa radiação solar. Por isso,
Mes essa zona da atmosfera também é chamada de ionosfera.
opa
80 km usa
–95 °C É uma camada importante para as telecomunicações pelo
ra fato de nela transitarem os satélites.
so sfe
Me Nuvens de Est
rat
Reflexão das explosões opa
50 km ondas de rádio nucleares usa É na termosfera que se produzem as auroras (boreais
–5 °C
a Cam
er Balões tripulados ada e austrais), que são resultado do bombardeamento da alta
osf de
rat Balão atmosférico ozô
Est Tro nio atmosfera por partículas eletricamente carregadas enviadas
Poluentes Nuvens nimbus po
12 km
precipitações atmosféricas
pa
us pelo Sol.
–60 °C
sf era a
po Aviões a jato
Tro
Exosfera
Troposfera A exosfera corresponde à parte superior da atmosfera e
tem início em cerca de 500 km de altitude. Sua característica
A troposfera é a camada da atmosfera logo acima da crosta
principal é a densidade extraordinariamente baixa do ar.
terrestre. Possui espessura média em torno de 11 km de
altitude nas regiões próximas à Linha do Equador – onde
o ar é mais quente e, por isso, menos denso – e cerca de DIFERENÇA ENTRE
8 km de altitude nas regiões polares – onde o ar é muito
frio e mais denso, ocupando menos espaço.
ELEMENTOS E FATORES
Na troposfera, acontecem os principais fenômenos
CLIMÁTICOS
atmosféricos ligados ao clima e ao tempo. Nela são identificadas Os elementos do clima são os atributos básicos que
as perturbações atmosféricas que definem os vários estados servem para definir o tipo climático de uma determinada
de tempo, como chuvas, furacões, nevascas, etc., ou seja, região, como a temperatura, a umidade e a pressão
os fenômenos que mais afetam a vida na superfície terrestre. atmosférica.
22 Coleção 6V
Clima do Brasil e do Mundo
Já os fatores climáticos são aqueles que provocam alterações nos elementos formadores do clima: latitude (ângulo de
incidência da radiação solar), altitude, continentalidade, maritimidade, correntes marítimas, vegetação e antropismo.
Na realidade, os elementos e os fatores climáticos interagem. Exemplo: Se o dia amanhecer mais frio na sua cidade,
isso significa que ela está a uma altimetria maior? Não, pois os elementos não modificam os fatores, mas sim o contrário.
Os fatores, como a altitude, são responsáveis por modular os elementos, como a temperatura. Quanto mais se sobe uma
montanha, mais baixa se torna a temperatura.
ELEMENTOS DO CLIMA
Temperatura
GEOGRAFIA
É decorrência direta da atuação do Sol no planeta. A radiação solar e a irradiação terrestre são os principais fatores
determinantes da temperatura terrestre. Mas quais seriam os mecanismos da dinâmica de troca de energia do sistema
Terra-atmosfera?
O balanço energético
(6%)
Retrodifundida Radiação solar refletida
ESPAÇO pelo ar
ATMOSFERA
(16%) RIV
Absorvida (26%)
por Emitida
poeira e pelas
RIV
gases
RIV (38%) Emitida nuvens
(20%)
(15%) Absorvida por água e CO2
Refletida
por água e CO2 pelas
(3%) nuvens RIV = Radiação infravermelha
RIV
(21%) Absorvida
Emitida por (4%) Refletida
pela superfície nuvens pela superfície
OCEANO–TERRA
A radiação solar que chega até o planeta é chamada de radiação de ondas curtas. Parte dela é refletida pelas nuvens e
pela superfície em direção ao espaço.
A radiação que não é refletida é responsável pelo aquecimento terrestre, uma vez que essas ondas curtas serão absorvidas
pela superfície.
A superfície terrestre aquecida emite radiação infravermelha (de ondas longas) em um processo denominado irradiação,
responsável pelo aquecimento da atmosfera.
Parte do calor irradiado pelo planeta é perdido para o espaço, mas uma outra fatia é contrairradiada para a superfície.
A contrairradiação é responsável pela manutenção das temperaturas propícias à vida na Terra, uma vez que, caso não
houvesse essa camada de gases, a Terra perderia o seu calor irradiado, que seria superior a –100 °C. Esse processo
atmosférico é realizado pela camada de gases estufa. O efeito estufa é um fenômeno natural e fundamental para biosfera.
Entre os principais gases do efeito estufa encontram-se o CO2 (dióxido de carbono), CH4 (metano), H2O (vapor-d’água),
O3 (ozônio), entre outros.
Pressão atmosférica
Moléculas de ar
mais rarefeitas
Moléculas de ar
Nível do mar
Cidade A (0 m) Oceano
quantidade máxima de vapor-d’água que pode suportar sem diferença de pressão, maior a velocidade desse vento.
O ar, aquecido na base, quando se desloca sobre superfícies
precipitar. A umidade relativa (expressa em porcentagem)
quentes, torna-se menos denso e, no estabelecimento de
é a relação entre a umidade absoluta do ar e seu ponto de
diferenças na distribuição da pressão na superfície, isto é,
saturação. Normalmente, quando a umidade relativa alcança
de gradientes de pressão, esses gradientes constituem uma
100%, a atmosfera é considerada saturada, ocorrendo a
força que coloca o ar em movimento.
precipitação.
Lembre-se sempre de que a circulação atmosférica decorre
Pressão atmosférica e depende, nas suas características básicas, da coexistência
próxima dessas configurações (centros de alta e de baixa
A pressão atmosférica corresponde ao peso que uma
pressão). Com base na observação do esquema, é possível
coluna de ar exerce sobre a superfície terrestre. Ela é medida observar que a circulação em X (área de baixa pressão)
por barômetros e cartografada por meio das isóbaras – é denominada ciclônica (movimento vertical ascendente),
linhas que interligam os pontos de igual valor de pressão ao e que a circulação em Y (área de alta pressão) é denominada
nível do mar. Como os demais elementos do clima, a pressão anticiclônica (movimento vertical descendente). É importante
varia em função dos diversos fatores climáticos, entre os frisar que o padrão de circulação obrigatório é de alta pressão
quais podemos destacar a temperatura e a altitude. em direção aos ambientes de baixa pressão.
24 Coleção 6V
Clima do Brasil e do Mundo
10 5
05 00
1 0
01
1
00
5
10
01
0
99
5 02
1
0 1
99
X Y
1 005 Isóbaras
em mb
GEOGRAFIA
Esse movimento pode ser verificado em diferentes escalas: escala global (circulação global), escala regional (expansão
de massas de ar) e escala local (ventos de vale e de montanha, brisas, etc.). Em nível global, os núcleos de baixa pressão,
para onde convergem os ventos, são claramente caracterizados na Região Equatorial e nas médias latitudes. Nas regiões
polares e tropicais, podem ser observados grandes núcleos de alta pressão.
Massas de ar
As massas de ar recebem o nome da região nas quais se originam, pois nelas adquirem características relativas à temperatura
e à umidade. Em geral, as massas formadas sobre os continentes são secas (exceto as formadas sobre florestas úmidas),
e as formadas sobre os oceanos são úmidas (exceto em águas mais frias, que evaporam pouco).
Considerando as latitudes nas quais se formam, podem ser equatoriais, tropicais e polares. Já quanto à superfície em que
se formam, podem ser continentais ou oceânicas.
FATORES CLIMÁTICOS
Incidência da radiação solar
A variação na incidência solar é um fator climático, pois influencia na temperatura. Para analisar balanços locais de radiação
e a temperatura local do ar é necessário considerar:
• latitude, hora do dia e dia do ano, que determinam a posição do Sol e a intensidade e duração da radiação solar incidente;
• cobertura de nuvens, pois ela afeta o fluxo tanto da radiação solar quanto da radiação terrestre;
• natureza da superfície, pois esta determina o albedo e a percentagem da radiação solar absorvida e refletida.
O aquecimento da superfície terrestre apresenta variações devido ao ângulo de incidência dos raios solares sobre o
solo, o que é diretamente influenciado pelo fator latitude. Quanto maior a latitude, maior o ângulo de incidência da radiação
solar e, consequentemente, maiores as taxas de reflexão da superfície; enquanto em baixas latitudes a incidência alcança
maior perpendicularidade e, portanto, maiores serão as taxas de absorção da radiação solar.
PN
C
68'
'
34 B
Outra forma de analisarmos o índice de reflectância da superfície é o padrão de cor. Superfícies claras, como neve fresca
e alguns tipos de nuvens, apresentam níveis de reflexão altíssimos, enquanto superfícies escuras como as florestas refletem
pouco a radiação solar.
A relação entre a radiação que é absorvida e a que é refletida pelos objetos recebe o nome de albedo, que em geral
aparece indicado por percentuais, podendo ser definido como a capacidade que os corpos apresentam de refletir a incidência
da radiação solar sobre eles.
Para analisar as temperaturas no globo utilizam-se as isotermas. As isotermas são linhas que, em um mesmo mapa,
unem pontos de mesma temperatura.
Isotermas
IBGE.
A isoterma de maior temperatura no planeta é denominada Equador Térmico e se localiza na área intertropical do planeta.
Essa isoterma não é fixa como a Linha do Equador. Ela se desloca para norte e para o sul ao longo do ano, de acordo com a
variação da intensidade da radiação solar em cada Hemisfério. Assim como existe a isoterma de maior temperatura, existem
também as de menores temperaturas, localizadas em latitudes elevadas, que se deslocam ora para o Hemisfério Norte, ora
para o Hemisfério Sul, conduzidas pela baixa intensidade da insolação.
Frentes
A zona de encontro entre duas massas recebe o nome de frente ou superfície frontal. Uma frente fria é formada quando
uma massa de ar frio avança, fazendo o ar quente recuar. A massa fria é mais densa, por isso ocupa a região mais próxima
à superfície, fazendo com que o ar quente suba.
Frente fria
Massa de ar frio
Massa de ar quente
26 Coleção 6V
Clima do Brasil e do Mundo
Já a frente quente se forma quando o ar quente avança No Brasil, em função da posição latitudinal majoritariamente
sobre o ar frio. Este recua para altitudes mais baixas, já que intertropical, as regiões que apresentam essas condições
é mais denso, enquanto o ar quente, menos denso, ascende são mais raras e, normalmente, as baixas temperaturas –
demandadas para a formação de flocos de neve – associam-se
por uma espécie de “rampa” deixada pelo ar frio. Por uma
às áreas altimetricamente elevadas. Exemplos de áreas
questão latitudinal, as frentes quentes são mais comuns em
acometidas pelo fenômeno: as serras gaúcha e catarinense
países de latitudes médias. Consequentemente, no Brasil, (com destaque para a cidade de São Joaquim), além de
observa-se com mais recorrência as frentes frias. alguns pontos nas serras do Sudeste (com destaque para o
estado de São Paulo).
Frente quente
As chuvas convectivas originam-se do deslocamento
Cirros-estratos vertical do ar, em dias quentes, que se condensa ao entrar
em contato com ar mais frio das camadas superiores da
atmosfera.
GEOGRAFIA
Chuvas convectivas
AR
QUENTE Nimbos-estratos
AR Condensação
FRIO
Ar quente Ar quente
ascendente Precipitação ascendente
TÁ NA MÍDIA
São chuvas de grande intensidade e pequena duração,
Acesse o QR Code para investigar a previsão
restritas a áreas pequenas. São de maior torrencialidade,
do tempo da capital do seu estado. Você pode
rápidas e comumente acompanhadas de raios e trovões.
comparar a previsão com diferentes locais
Em áreas de clima tropical, são chamadas de chuvas de
do Brasil.
verão por serem típicas dessa estação do ano.
TÁ NA MÍDIA 20 60
Altitude 5 15
10 40
Santos 5 30
0 20
–5 10
–10 0
Altitude: 1 700 m Altitude: 800 m Altitude: 2 m Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Temperatura: 18 °C Temperatura: 20 °C Temperatura: 22 °C
CLIMATE-DATA.ORG. 2022.
28 Coleção 6V
Clima do Brasil e do Mundo
Correntes marítimas
As correntes marinhas correspondem ao movimento contínuo de água nos oceanos, afetando diretamente a dinâmica
atmosférica. Essa circulação de água nos oceanos decorre das diferenças de densidade da água, principalmente oriundas da
variação da temperatura e salinidade nos diversos pontos dos oceanos.
Nos oceanos, as correntes marítimas exercem influência no clima regional em razão de suas características térmicas.
• As correntes quentes amenizam a temperatura em regiões frias e contribuem para o aumento da pluviosidade em
regiões mais quentes.
• As correntes frias reduzem a temperatura nas regiões de ocorrência, têm taxas de evaporação relativamente mais
baixas e contribuem para a elevação da pressão atmosférica, inibindo a nebulosidade e a chuva.
GEOGRAFIA
• A Corrente do Golfo ameniza o clima do Reino Unido e da Europa Ocidental.
• A formação de desertos litorâneos frios pela atuação de correntes frias no oeste da África (Corrente de Benguela), na
América do Sul (Corrente de Humboldt) e na América do Norte (Corrente da Califórnia).
Correntes marítimas
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RENTE ANTÁRTIC C. DAS FALKLANDS CORRE
NTE ANTÁRTICA
Temperatura e direção
Corrente quente Corrente fria
Célula de Hadley
Encontra-se nas latitudes equatoriais e tropicais, sendo um modelo de circulação atmosférica fechada e relacionada aos
ventos alísios e contra-alísios:
• Ventos alísios: trata-se de ventos tropicais (da faixa de 30 graus de latitude norte e sul) orientados para a região
equatorial, que é a faixa térmica mais aquecida do planeta, onde forma-se uma grande zona de baixa pressão atmosférica.
Os alísios trazem consigo bastante umidade que foi capturada ao longo do seu trajeto. Quanto mais próximo da linha
do Equador, mais o ar ascende, formando um ambiente com fortes chuvas.
Ciclo de formação dos ventos alísios
Calor irradiado
Baixa pressão Alta pressão para o espaço
Desloca-se
Ar frio para a baixa
e seco pressão
Expande, Condensa, sofre
ascende subsidência
e resfria e se aquece
Ar Ar
quente quente Desloca-se para
e seco Ventos alísios e úmido a baixa pressão
30° N 0° 30° S
• Ventos contra-alísios: trata-se dos ventos que carregam o ar seco que retorna para as faixas de 30° de latitude,
uma vez que a umidade foi “perdida” pelas chuvas equatoriais. Esses ventos são responsáveis pelo desenvolvimento
de áreas muito secas na superfície, originando áreas desérticas associadas a essa latitude. São exemplos desses
desertos, classificados como tropicais: Desertos do Kalahari, Namíbia e Saara na África, Outback australiano, desertos
da Península Arábica e o deserto de Sonora no México e EUA.
Os grandes desertos mundiais
6
5
8
3 4
10
1 7
2
11
0 2 470 km
Repare que o Brasil, apesar de ser abraçado por essa faixa latitudinal, não apresenta esse tipo de formação. Isso porque a
Floresta Amazônica redistribui umidade pelo território brasileiro por meio dos jatos de baixos níveis, conhecidos popularmente
como rios voadores. Importante destacar o papel dos Andes como um corredor de ar que impede a saída dessa umidade em
direção ao Pacífico e canaliza-o para o Centro-Sul brasileiro. A evapotranspiração da floresta é responsável por uma parcela
significativa da umidade que alimenta as bacias hidrográficas e os aquíferos da Região Centro-Sul do país.
30 Coleção 6V
Clima do Brasil e do Mundo
1 Célula Polar
2
Corresponde à circulação do ar entre os círculos polares
e os polos. Nessa célula, o ar ascende nas proximidades de
3 60° (N/S), diverge e desloca-se em elevadas altitudes para
os polos. Uma vez sobre os polos, o ar desce, formando as
altas pressões polares. Na superfície, o ar diverge para o
exterior da região de alta pressão.
4
Circulação secundária
GEOGRAFIA
OCEANO
PACÍFICO
A circulação secundária é composta de ventos cíclicos, que
são núcleos de alta e de baixa pressão que oscilam entre
OCEANO si, formados devido à diferença de temperatura entre o
ATLÂNTICO
continente e o oceano. Os exemplos mais significativos são
0 725 km as brisas marítimas e terrestres e as monções.
1 Calor equatorial evapora o oceano Brisas marítimas: ocorrem durante o dia e originam-se
2 Nuvens avançam trocando umidade com a floresta da formação de centros de alta pressão no mar e baixa
3 Chegando nos Andes, chuvas formam cabeceira do Amazonas pressão nas áreas continentais. Como as massas de terra
4 Resto da umidade vem irrigar o Sul e Sudeste
são aquecidas pelo Sol mais rapidamente do que o oceano,
o ar que está em cima delas ascende e cria uma área de
TÁ NA MÍDIA baixa pressão no solo, que atrai o ar mais fresco do mar,
em que são formadas áreas de alta pressão.
Acesse o QR Code para investigar um material 984 988
sobre os rios voadores na Amazônia e como eles 984
afetam a umidade do Centro-Sul do Brasil. 988 B A
992 992
996
Célula de Ferrel 1 000 mb
A B
988 984
Zona Subpolar de baixa pressão 60°
984
A B 988
Zona Polar de alta pressão 992 992
N Zona Tropical
Hi
Inverno
ma Equador 0°
laia
Zona Tropical
Alta
pressão Trópico de
23°27’
Capricórnio
ÍNDIA
Zona Temperada do Sul
Círculo Polar
Antártico 66°33’
Mar Zona Polar do Sul
Arábico
32 Coleção 6V
Clima do Brasil e do Mundo
A zona tropical também apresenta climas áridos: Subtropical: classificado como área de transição entre
os climas das Zonas Temperada e Tropical, apresenta
Desértico: caracteriza-se pela carência de chuvas
temperaturas altas no verão e inverno ameno. Controlado
(menos de 250 mm/ano). Em geral, localiza-se em latitudes
pela atuação das massas de ar polares, com chuvas bem
próximas às de 30° N/S. O mecanismo da descida dos ventos
contra-alísios, nas zonas de alta pressão tropicais, determina distribuídas, não possui estação seca. A umidade é garantida
as fracas precipitações nessas regiões. Além disso, também pela ação de massas de ar tropicais oceânicas e pelas chuvas
sofre a interferência das correntes marítimas. As amplitudes frontais provocadas pelos avanços da massa polar. Ocorre na
térmicas diárias são mais elevadas que as anuais, porque a Bacia Platina, na América do Sul, no sudoeste dos Estados
perda de calor noturna é elevadíssima por causa da baixa Unidos e da China.
umidade do ar, fazendo a temperatura baixar muito em
relação às altas temperaturas diurnas. Zona Polar
Semiárido: distingue-se pelas baixas precipitações entre Situadas entre os polos e os círculos polares, apresentam
GEOGRAFIA
250 e 500 mm/ano. Domina os interiores da Ásia, da América temperaturas muito baixas (geralmente inferiores a 10 °C).
do Norte e da América do Sul, áreas distantes da atuação São também chamadas de Zonas Frias. Apresenta climas
das massas de ar oceânicas, muitas vezes acompanhadas de frios:
áreas de elevadas altitudes. No clima semiárido brasileiro,
Polar: encontrado nas altas latitudes do Hemisfério Norte,
a existência do Planalto da Borborema contribui (sendo
nas bordas árticas do Norte, na Groenlândia e na Eurásia. No
um fator secundário) para a baixa pluviosidade do Sertão
Hemisfério Sul, é predominante na Antártida. Caracteriza-se
nordestino, sendo uma barreira para a atuação das massas
pelos invernos gelados que resultam da ausência de
de ar tropicais úmidas vindas do oceano. Apresenta elevadas
insolação das “noites polares”. Já os verões são curtos, com
amplitudes térmicas anuais. É fundamental ressaltar que
temperaturas baixas.
a Borborema não é responsável por criar a semiaridez do
Sertão, mas sim intensificá-la, já que a dispersão de ventos Frio de montanha: apresenta médias térmicas muito
seria o fator decisivo para a semiaridez do Sertão. baixas devido à altitude. As amplitudes térmicas são menores
que aquelas registradas no frio polar. Já as precipitações
Zona Temperada são maiores porque as cordilheiras recebem constantes
Situada entre os círculos polares e os trópicos, precipitações de neve, provocadas pela atuação de massas
apresenta temperaturas médias moderadas. Possui climas de ar frias e úmidas. É interessante ressaltar que esse tipo
mesotérmicos ou temperados: climático pode ocorrer dentro da zona tropical, desde que
em condições de elevadas altitudes.
Temperado: é marcado pelos contrastes sazonais de
temperatura e é controlado pelas massas de ar originadas
nas latitudes tropicais (que controlam as médias térmicas de
verão) e pelas massas de ar de altas latitudes (que controlam
CLIMA BRASILEIRO
as médias térmicas de inverno). Além da massa de ar, os A extensão e a configuração do território brasileiro
efeitos da maritimidade e da continentalidade também são explicam a existência de grande diversidade climática.
importantes para caracterizar esse clima e interferem nas
amplitudes térmicas. Assim, os efeitos da maritimidade A dinâmica atmosférica brasileira é dominada pelos núcleos
são sentidos nos climas temperados oceânicos, típicos da de baixa pressão atmosférica na região do Equador, que
fachada atlântica da Europa, que são úmidos com inverno fazem parte da ZCIT (Zona de Convergência Intertropical).
ameno. Já os efeitos da continentalidade são sentidos no
A ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) é formada
clima temperado continental (Europa Central e Oriental,
além de porções Leste e Central dos Estados Unidos), que no verão, com a elevação das temperaturas, que determina o
se caracteriza por invernos frios e elevadas temperaturas aumento da nebulosidade. A ZCAS provoca grande pluviosidade
no verão, o que explica a grande amplitude térmica anual. concentrada na faixa que liga o leste da Amazônia às Regiões
Centro-Oeste e Sudeste do país. No inverno, os núcleos
Mediterrâneo: é considerado uma variante do clima
de alta pressão atuam nas regiões central e sul, inibindo a
temperado e caracteriza-se por verões quentes e secos
nebulosidade e a chuva amazônicas. As chuvas nesse período
e invernos amenos e chuvosos. Na Europa Meridional,
o clima mediterrâneo é caracterizado por verões que sofrem ficam restritas à chegada de frentes frias polares e ao avanço
a influência das massas de ar quentes do Saara. O clima dos sistemas frontais atuantes no Sul-Sudeste e no litoral,
mediterrâneo também está presente ao norte e ao sul da ocasionando instabilidade climática. Frentes frias também
África, na porção meridional da Austrália, parte do litoral agem na direção Sul-Centro-Oeste, provocando bruscas
oeste dos EUA e nas costas litorâneas do Chile. quedas de temperaturas.
Massas de ar que atuam no Brasil Apesar de ser continental, é uma massa úmida, em razão da
presença de rios caudalosos e da intensa evapotranspiração
O Brasil é influenciado por cinco massas de ar, a saber: da massa vegetal da Floresta Amazônica, que provocam
Equatorial continental (mEc), Tropical atlântica (mTa), chuvas abundantes, principalmente no verão e no outono.
Tropical continental (mTc), Polar atlântica (mPa) e Equatorial Alguns fatores influenciam no surgimento dessa massa de
atlântica (mEa). ar, com destaque para a atuação da Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT). O encontro dos ventos alísios do Hemisfério
Veja a atuação das massas de ar no inverno e no verão: Norte com os alísios do Hemisfério Sul ocorre na ZCIT, com
formação de instabilidades associadas a nuvens convectivas.
Massas de ar no inverno
N Massa Equatorial atlântica (mEa)
É quente, úmida e originária do Atlântico Norte (próximo
0° Equador mEa à Ilha de Açores). Atua nas regiões litorâneas do Norte e do
Nordeste, principalmente no verão e na primavera, sendo
mEc também formadora dos ventos alísios do Nordeste.
34 Coleção 6V
Clima do Brasil e do Mundo
GEOGRAFIA
Sergipe
Rondônia
RONDÔNIA
Bahia
Mato Grosso
DF
Goiás
Minas Gerais
PACÍF ICO
OCE ANO
23°26’
Paraná
Equatorial
Semiárido OCE ANO
Santa Catarina
ATLÂNTICO
Tropical úmido Rio Grande
do Sul
Tropical
Tropical de altitude
0 375 km
Subtropical
30 360
25 300
20 240
15 180
10 120
5 60
0 0
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
CLIMATE-DATA.ORG. 2022.
Destaca-se aqui um cuidado muito importante, apesar Clima Tropical de altitude: apresenta características
de no imaginário popular o clima Equatorial apresentar semelhantes ao clima tropical, no entanto com temperaturas
homogeneidade na distribuição das chuvas, no climograma mais amenas, já que o fator altitude influencia as médias
anterior é possível observar um contexto diferente. Portanto,
térmicas, que oscilam de 17 °C a 22 °C.
cuidado ao analisar um gráfico de climograma, sempre se
atentando às duas variáveis (temperatura e umidade) e °C Altitude: 1 060 m Tem. média: 18,4 mm: 1 804 mm
não apenas a uma delas. A seguir, há um outro exemplo 30 360
5 60
30 330
25 275 0 0
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
15
Climograma de Ouro Preto (MG): Tropical de altitude.
165
10 60
30 240
5 30
25 200
0 0
20 160 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
15 120
CLIMATE-DATA.ORG. 2022.
5 40
Clima Tropical semiárido: abrange o Sertão do Nordeste,
sendo um clima tropical próximo ao árido, com médias
0 0 anuais de pluviosidade que variam de 600 a 800 mm. Com
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
temperaturas que oscilam entre 26 °C a 28 °C, as chuvas
CLIMATE-DATA.ORG. 2022. concentram-se num curto período do ano conhecido como
Climograma de Cuiabá (MT): Tropical “invernada”, que normalmente ocorre entre fevereiro e maio.
36 Coleção 6V
Clima do Brasil e do Mundo
GEOGRAFIA
B) A corrente fria de Humboldt se desloca por boa parte
20 60
das costas chilena e peruana, retira umidade das
15 45 massas de ar quente vindas do Pacífico, tornando
seco o clima desses países, originando o Deserto do
10 30
Atacama.
5 15
C) A corrente quente do Golfo, também conhecida como
Gulf Stream, tem sua origem no Golfo do México,
0 0
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
atravessa o Oceano Atlântico, intensificando, ainda
mais, o rigor climático no inverno da área noroeste
CLIMATE-DATA.ORG. 2022.
da Europa.
Climograma de Juazeiro (BA): Tropical semiárido.
D) A corrente quente de Benguela, atuante na costa oeste
Clima Subtropical: O índice médio anual de pluviosidade africana, é responsável pela formação do Deserto
é elevado, e as chuvas são bem distribuídas durante todo
Kalahari, na Namíbia.
o ano. Apresenta grande amplitude térmica, com mínimas
em torno de 15 °C e máximas atingindo os 25 °C. Abrange E) A corrente quente do Pacífico Sul é responsável pelo
o Brasil Meridional, porção localizada ao sul do Trópico de fenômeno conhecido como “ressurgência”, favorecendo
Capricórnio, com predominância da massa Tropical atlântica a piscosidade nos litorais do Peru e do Chile.
(mTa), que provoca chuvas fortes. No inverno, registra-se a
penetração de frente polar, dando origem às chuvas frontais 02. (UEFS-BA) Quase todos os climas do Brasil são controlados
com precipitações devido ao encontro da massa quente com
por massas de ar quentes e úmidas. Sobre as massas de
a massa fria.
ar que influenciam o clima brasileiro, é correto afirmar:
5 45
americano, acarretando, entre outros fenômenos,
a friagem, nos estados do sul do país.
0 0
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 E) A mEa é responsável pelo deslocamento dos ventos
alísios e, na sua área de atuação, se estende da
CLIMATE-DATA.ORG. 2022. Amazônia ao Nordeste, onde ocasiona chuvas
Climograma de Blumenau (SC): subtropical. convectivas e quedas bruscas de temperatura.
N Verão N Inverno
mEc mEc
massa Equatorial
mEc continental
mTa
mTa massa Tropical
atlântica
mTa
massa Polar
0 590 km mPa atlântica mPa 0 590 km
04. (UERR–2023)
Dia de chuva em Boa Vista. Entre abril e setembro, essa previsão meteorológica é considerada normal pela população.
Considerando a imagem e o texto precedentes, assinale a opção correta, no que diz respeito às condições que influenciam os
fenômenos meteorológicos em Roraima.
A) Fatores como latitude, devido à linha do Equador atravessar o estado, e a atuação da massa equatorial continental
contribuem para a predominância das chuvas no clima tropical úmido de Roraima.
B) A imagem e o texto remetem, principalmente, ao solstício de verão em Roraima, período mais chuvoso da capital devido
a uma maior capacidade de evaporação, quando o Sol alcança sua maior perpendicularidade.
38 Coleção 6V
Clima do Brasil e do Mundo
C) A massa de ar que vem do oceano Atlântico, Aliando seus conhecimentos à figura, avalie as afirmativas
denominada massa tropical atlântica, é responsável a seguir:
pela alta pluviosidade no período do ano entre o
outono e o inverno, tanto na capital Boa Vista como I. A circulação geral da atmosfera resulta das diferenças
em todo o estado de Roraima. de aquecimento entre as regiões de latitudes baixas
D) A predominância de um ciclone intertropical contendo e altas e da rotação terrestre.
alta pressão traz chuva para Roraima todo ano, na
II. Os ventos alísios das latitudes intertropicais têm
mesma época, e a queda de temperatura no período
relação com as células equatoriais de Hadley.
causa uma das maiores amplitudes térmicas do país.
E) A evapotranspiração da floresta densa e o domínio de III. Correntes convectivas se deslocam e se encontram em
planícies no norte do estado compõem as condições diferentes latitudes, redistribuindo calor e umidade
necessárias para que haja, entre abril e setembro, na superfície terrestre.
intensa nebulosidade e precipitações atmosféricas
torrenciais no território roraimense. Está(ão) correta(s)
GEOGRAFIA
A) apenas I.
05. (IFSP) País de grande extensão territorial, o Brasil já
apresenta mudanças climáticas, entre as quais a elevação B) apenas III.
da temperatura é a mais perceptível. Projeções de C) apenas I e II.
cenários futuros mostram diferentes impactos e já se sabe
que algumas regiões brasileiras são mais vulneráveis às D) apenas II e III.
mudanças, como é exemplo a Região E) I, II e III.
A) Sudeste, que terá grandes períodos de seca e
aumento da desertificação nas áreas de mares de 02. (Uncisal) Observe o climograma.
morros.
B) Sul, que terá fraca atuação da Frente Polar atlântica Temperatura Macau – RN (Chuvas)
e redução acentuada das temperaturas e das chuvas. °C mm
28 400
C) Nordeste, que terá aumento das secas, especialmente 27 375
no semiárido, e perda da biodiversidade da Caatinga. 26 350
D) Centro-Oeste, que terá aumento do nível dos rios e 25 325
intenso processo de assoreamento do Rio Paraguai 24 300
no Pantanal. 23 275
E) Norte, que terá aumento da quantidade de chuvas 22 250
21 225
e redução da área atualmente coberta pela floresta
equatorial. 20 200
19 175
18 150
EXERCÍCIOS 17
16
125
100
PROPOSTOS 15
14
75
50
13 25
01. (UFSM-RS) Observe a figura: 12 0
J F M A M J J A S O N D
Célula polar boreal
Disponível em: http://segundoanosorandre.blogspot.com.
Célula boreal das
os e 60º A partir da observação e de conhecimentos sobre o clima
latitudes médias
e nt est
Ve l
d nordestino, pode-se afirmar que
os 30º
nt ste A) as temperaturas são elevadas o ano todo, e as médias
r
ce
Ve oe
ân
de C
Célula equatorial Trópico
boreal de Hadley de de precipitação anuais são baixas.
os 0º
ísi dor B) as temperaturas e as taxas anuais pluviométricas são
Al
A
Equa
lísio elevadas.
s
ni o
cór 30º
Vee o
Célula equatorial
d
Trópico de C
apri C) as temperaturas são baixas, e a pluviosidade é mal
nt es
austral de Hadley
os te
TEIXEIRA, W. (org.) et al. Decifrando a Terra. E) a distribuição das chuvas é regular, e as temperaturas
São Paulo: Oficina de Textos, 2003. p. 248. variam conforme a época do ano.
03. (PUC Minas) O mapa representa a amplitude térmica anual (em °C) global. Sobre a sua leitura, não se pode afirmar:
LIU6
° ° 30°
30 ° 35
25°
20°
15
° 45°
10 60°
45
60° N
°
55° 40°
50°
40 45° 35°
°C °F
35° ° 30°
40° N
25 30° 3 5 25° °
15 0°
20°° 5 9 20° 1
20° 10° 10 18 5° 20° N
15° 10° 5°
15 27
5° 20 36 3°
3° 0°
25 45
30 54 3° 5°
10°
20°
3° 15° 35 63 10 20° S
10° 40 72 °
5° 45 81
5° 40° S
5° 50 90
°
15
55 99
60 108
5°
0°
20°E 40°E 60°E 80°E 100°E 120°E 140°E 160°E 180°160°W 140°W 120°W 100°W 80°W 60°W 40°W
A) As amplitudes térmicas são maiores no Hemisfério Norte porque a concentração de terras nesse hemisfério as acentua.
B) As amplitudes térmicas são mais baixas no Hemisfério Sul em função da predominância de oceanos, condicionando maior
retenção de energia pela água.
C) As amplitudes térmicas são iguais sobre oceanos e continentes.
D) As amplitudes térmicas não são derivadas diretamente da exposição à insolação.
Equador
0
Trópico de
20
Capricórnio
0 3 930 km
05. (Unicamp-SP) O esquema a seguir representa a entrada de uma frente fria, uma condição atmosférica muito comum,
66DS especialmente nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil. Sobre esta condição é correto afirmar que
km
10
Cumulonimbus
Massa de ar frio
Ar quente em ascensão
0
400 km
40 Coleção 6V
Clima do Brasil e do Mundo
A) é típica de inverno, quando massas frias atravessam ( ) O circuito dos alísios e contra-alísios é um dos elos
essas regiões, provocando inicialmente uma da circulação geral atmosférica e redistribui calor e
precipitação e, na sequência, queda da temperatura umidade entre as latitudes equatoriais e subtropicais.
e tempo mais seco. ( ) Na faixa equatorial, o mecanismo de ascensão e
B) trata-se da chegada de uma massa quente, que ocorre resfriamento do ar úmido provoca condensação e
tanto no verão quanto no inverno, provocando intensas chuvas o ano inteiro.
chuvas, sendo comuns a ocorrência de tempestades A sequência correta é:
e o aumento significativo na temperatura. A) F – F – V – F. D) V – V – V – V.
C) o contato entre as massas de ar indica fortes chuvas, B) F – V – V – F. E) V – V – F – F.
de tipo orográficas, que permanecem estacionadas
C) F – F – F – V.
num mesmo ponto durante vários dias.
D) as precipitações de tipo convectivas ocorrem 07. (UFSM-RS) Observe o mapa.
especialmente nos meses de verão, sendo comum a
N
GEOGRAFIA
ocorrência de chuvas de granizo no final da tarde.
RR
AP Equador
06. (UFSM-RS) Observe as figuras:
KK7O
Esquema da circulação geral atmosférica
AM PA
Alta I MA CE
RN
PB
PI
Baixa PE
AC III
TO AL
RO MT SE
BA
Alta IV
DF
II
GO
Baixa MG ES
MS
pressão V
SP RJ
órni o
de Capric PR
Trópico
VI SC OCEANO
Alta
ATLÂN T I C O
RS
Baixa 0 565 km
08. (UERJ–2024) A Copa do Mundo de 2022 ocorreu nos meses de novembro e dezembro, por conta das peculiaridades climáticas
do Catar, país que sediou o evento. Observe as variações das temperaturas médias ao longo do dia para cada mês do ano na
capital, Doha.
Início da Copa
horas Final da Copa
24
18
temperatura em °C
12
até 18 24 29 35
06
0
meses
jan mar mai jul set nov
SOUZA, Caroline; ZANLORENSSI, Gabriel. Disponível em: nexojornal.com.br. Acesso em: 17 nov. 2022 (Adaptação).
Com base nas informações apresentadas, infere-se que a latitude aproximada do Catar é:
A) 05º N C) 45º N
B) 25º N D) 65º N
Você examinou o climograma da cidade de Teresina. Ele retrata algumas características climáticas da área, e sobre elas pode-se
afirmar que
A) o climograma mostra uma variação nas precipitações, com estação seca marcada, o que é típico das localidades nessa
latitude.
B) a estação chuvosa marcada e a estabilidade nos níveis de temperaturas correspondem à entrada de massas quentes e
úmidas em Teresina.
C) temperaturas altas e constantes, média precipitação anual correspondem a um clima tropical e seco, devido, entre outros
motivos, à continentalidade.
D) climas com boa variação nas médias térmicas mensais, como mostra o climograma, são típicos de localidades nessa faixa
de latitude.
E) trata-se de um clima tropical úmido, o que fica marcado por uma estação chuvosa e uma estação seca não muito acentuada.
42 Coleção 6V
Clima do Brasil e do Mundo
10. (UFU-MG) Observe os diagramas a seguir: Ela fazia isso e rezava para a chuva durar mais”, diz Zé
de Sila.
I II
mm °C mm °C GALDINO, V.; BARBOSA, R. C. Artistas por um dia?
400 30 400 30 João Pessoa: Editora Universitária, 2009.
375 29 375 29
350 28 350 28 Ao destacar expressões e vivências populares do
325 27 325 27
300 26 300 26 cotidiano, o texto mobiliza os seguintes aspectos da
275 25 275 25 diversidade regional:
250 24 250 24
225 23 225 23 A) Alianças afetivas conectadas ao ritual matrimonial.
200 22 200 22
175 21 175 21 B) Práticas místicas associadas ao patrimônio cultural.
150 20 150 20
C) Manifestações teatrais atreladas ao imaginário político.
125 19 125 19
100 18 100 18 D) Narrativas fílmicas relacionadas às intempéries
75 17 75 17
50 16 50 16 climáticas.
25 15 25 15
E) Argumentações literárias interligadas às catástrofes
0 14 0 14
ambientais.
GEOGRAFIA
J F M AM J J A S O N D J F M AM J J A S O N D
0 0
SEÇÃO ENEM
–10
J F M A M J J A S O N D
01. (Enem–2021) No semiárido brasileiro, o sertanejo
Taxa de pluviosidade Temperatura
desenvolveu uma acuidade detalhada para a observação
dos fenômenos, ao longo dos tempos, presenciados na
Figura 2
natureza, em especial para a previsão do tempo e do
clima, utilizando como referência a posição dos astros,
constelação e nuvens. Conforme os sertanejos, a estação Moscou
vai ser chuvosa quando a primeira lua cheia de janeiro Barcelona
“sair vermelha, por detrás de uma barra de nuvens”, mas Mumbai
“se surgir prateada, é sinal de seca”.
MAIA, D.; MAIA, A. C. A utilização dos ditos populares e da Sydney
Cidade do
observação do tempo para a climatologia escolar no Ensino
Cabo
Fundamental II. GeoTextos, n. 1, jul. 2010 (Adaptação).
04.
9MLD
(Enem)
SEÇÃO FUVEST / UNICAMP /
Figura 1
Formação da brisa marinha
UNESP
Baixa Alta pressão
pressão
Quente Morno
TERRA MAR
Alta pressão
Baixa
pressão • 02. C
TERRA MAR
• 04. A
• 05. C
E) convergência de fluxos de ar. Total dos meus acertos: _____ de _____ . ______ %
44 Coleção 6V