Trabalho Metafisica 2npc

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FACULDADE CATÓLICA DE BELÉM

CURSO DE FILOSOFIA

SAMUEL HERMAN

METAFÍSICA DE ARISTÓTELES
LIVRO SEGUNDO

Ananindeua – PA
2021
SAMUEL HERMAN

METAFÍSICA DE ARISTÓTELES
LIVRO SEGUNDO

Resumo, apresentado à Faculdade


Católica de Belém, como requisito de
avaliação na disciplina Filosofia Geral I
(Metafísica), orientado pelo Prof.º Hélio
Fronczak.

Ananindeua – PA
2021
O segundo livro de Aristóteles retrata de início o conhecimento da verdade,
sendo o conhecimento da verdade o conhecimento das causa. Sobre este aspecto,
a pesquisa da verdade se torna muito difícil, mas o fato é que o homem não vive
sem ao menos buscar a verdade, sem igualmente, apreende-la de algum modo. De
fato, se cada um pode dizer algo a respeito da realidade, e se, tomada
individualmente essa contribuição, nada acrescenta ao conhecimento da real
verdade. Todavia, da união de todas as contribuições individuais decorre um
resultado considerável.
É justo chamar a filosofia de ciência da verdade, porque o fim da ciência
teorética é a verdade, enquanto o fim da prática e ação. Não reconhecemos a
verdade sem conhecer a causa. Mas qualquer coisa que possua em grau eminente
a natureza que lhe é própria, constitui a causa pela qual aquela natureza será
atribuída a outras coisas. Portanto o que é causa do ser verdadeiro as coisas que
dele derivam deve ser verdadeiro mais que todos os outros.
Em segundo tópico, dando continuação a relação da verdade unida as suas
causas, a teoria das quatro causas baseia-se no princípio de causa e efeito, sendo,
na verdade, o primeiro registro histórico desse princípio metafísico e lógico, que
também pode ser chamado de princípio da causalidade. Segundo o princípio da
causalidade, para tudo o que acontece no mundo (efeito), existe um evento anterior
que teria dado origem a ele (causa), com exceção do que Aristóteles chamou de
“causa não causada”, que abordaremos a seguir. Segundo a metafisica Aristotélica
existem quatro causas fundamentais que explicam a origem de tudo o que
conhecemos no mundo, Aristóteles coloca as causa sendo necessariamente
limitadas tanto em espécie quanto em número, pois é evidente que existe um
princípio, e que, as causas dos seres não são nem uma série infinita, no âmbito da
mesma espécie, nem um número infinito de espécies. Com efeito, quanto a causa
material, diz respeito à matéria da qual algo é feito, como o mármore, ou a madeira,
em uma cadeira de madeira por exemplo. Temos também a causa formal, que é a
forma que um determinado objeto ou ser possui. Essa causa também é de certo
modo, a sua definição conceitual, visto que uma cadeira deve possuir a forma de
uma cadeira, e uma estátua de mármore representando um deus grego, como Zeus,
deve ter a forma daquele personagem. A causa final, como o próprio nome diz, essa
causa diz respeito à finalidade ou à razão de existir de um determinado ser ou
objeto. Pegando o exemplo da cadeira, a sua causa final é servir como assento. E
por fim, temos a causa eficiente, seria aquilo que deu origem a um determinado ser
ou objeto, ou seja, a sua causa primeira. No caso da estátua de Zeus, a causa
eficiente seria o escultor. No caso da famosa tela Monalisa, a sua causa eficiente
seria o pintor Leonardo da Vinci.
Em continuação Aristóteles começa explicando que as derivações de
determinados conceitos não visam ao infinito, de maneira que o conceito do qual
derivam outros é a única causa dos que lhe seguem. Os termos intermediários não
são nada além de derivações dos primeiros, não podendo tornarem-se causas de
nada. Se existe um principio no topo da série das causas, também não é possível
proceder ao infinito descendo na série das causas, como se a água devesse derivar
do fogo e a terra da água, e desse modo, sempre algum elemento de gênero
diferente devesse derivar de um gênero precedente. Dizemos que o homem provem
da criança como algo que já adveio provem de algo que está em devir, ou como algo
que já está realizado provem de algo que está em vias de realização. De fato, neste
caso sempre há um termo intermediário: entre o ser e o não-ser existe sempre no
meio o processo do devir, assim entre o que é e o que não é há sempre no meio o
que advém. Torna-se sábio quem aprende, e é justamente isso que queremos dizer
quando afirmamos que do aprendiz deriva o sábio. Outro sentido em que se entende
que uma coisa provem da outra, como a água do ar, implica o desaparecimento de
um dos dois termos. No primeiro sentido, os termos do processo não são
reversíveis: de fato, o homem não pode derivar de uma criança.
Aristóteles exprime com os mínimos detalhes o desenvolvimento da busca da
verdade, dentro do mundo das causas e tudo o que envolve esta relação. E reforça
que nós só podemos julgar conhecer a verdade tendo dentro de nós o conhecimento
real das causas, não sendo possível entendendo que não se pode ir ao infinito por
sucessivos acréscimos estando num tempo finito. Encontrando-se aí, o sentido
desta busca inacabável do homem pela verdade.
E para finalizar, o autor da ênfase a algumas observações metodológicas,
sendo necessários adaptar métodos a própria ciência. Exigimos muitas vezes que
falem da forma que estamos familiarizados, de tal forma que as coisas que não são
ditas desse modo não nos parecem as mesmas, mas por falta de habito, parecendo-
nos mais difíceis de compreender e mais estranhas. Entende-se que o que é
habitual, é mais facilmente compreensível. Pode se dizer que a força do habito é
demonstrada pelas leis, tendo muitas vezes mais força que o próprio conhecimento.
Alguns não estão dispostos em ouvir se não se fala com rigor matemático,
outros só ouvem quem recorre a exemplos, enquanto outros ainda exigem que se
acrescente o testemunho de poetas. Por isso, é necessário ter sido instruído sobre o
método que é próprio de cada ciência, pois é absurdo buscar ao mesmo tempo uma
ciência e seu método. Não sendo fácil conseguir nenhuma dessas duas coisas.
Aristóteles da importância neste segundo livro, primeiro ao que se refere a
busca da verdade, entrando mais fundo no mundo das causas, terminando como
vimos com a instrução da metodologia em meio a cada ciência. Aristóteles foi o
primeiro filosofo a estudar com maior propriedade sobre a metafisica, sendo
recomendado também outras obras de seu livro, para ampliar seu conhecimento
dentro desta ciência.

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