2022 - Manjate, Jacinto-Maurício

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FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELECTRÓNICA
Trabalho de Licenciatura

Tema:

Implementação de Um Sistema de Alerta de


Consumo de Energia Eléctrica via SMS

Autor:
Manjate, Jacinto Maurício

Supervisora:
Mestre Roxan Cadir Enga.
Co-Supervisor:
Engo. Hélder Baloi

Maputo, Novembro de 2022


FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA
LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELECTRÓNICA
Trabalho de Licenciatura

Tema:

Implementação de Um Sistema de Alerta de


Consumo de Energia Eléctrica via SMS

Autor:
Manjate, Jacinto Maurício

Supervisora:
Mestre Roxan Cadir Enga.
Co-Supervisor:
Engo. Hélder Baloi

Maputo, Novembro de 2022


Índice

Índice ............................................................................................................................... ii
Lista de Figuras ............................................................................................................... v
Lista de Tabelas ............................................................................................................. vi
Lista de Gráficos ........................................................................................................... vii
Lista de Siglas .............................................................................................................. viii
Dedicatória ..................................................................................................................... ix
Epígrafe ........................................................................................................................... x
Agradecimentos ............................................................................................................. xi
Resumo ........................................................................................................................ xiii
Abstract .........................................................................................................................xiv
1. CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO ................................................................................. 1
1.1. Introdução .......................................................................................................... 1
1.2. Definição do problema ....................................................................................... 3
1.3. Justificativa......................................................................................................... 3
1.4. Hipótese ............................................................................................................. 4
1.5. Objectivos do trabalho........................................................................................ 4
1.5.1. Objectivo geral ................................................................................................... 4
1.5.2. Objectivos específicos ....................................................................................... 4
1.6. Estrutura do trabalho .......................................................................................... 5
2. CAPÍTULO II – REVISÃO DE LITERATURA ........................................................... 7
2.1. Potência e Energia eléctrica ................................................................................. 7
2.1.1. Potência eléctrica............................................................................................... 7
2.1.1.1. Medidor de potência ....................................................................................... 9
2.1.2. Energia eléctrica ...............................................................................................10
2.1.2.1. Medidores de energia ....................................................................................11
2.1.2.2. Vantagens do sistema pré-pago de energia eléctrica (Credelec)...................13
2.1.2.3. Limitações do sistema pré-pago de energia eléctrica (Credelec)...................13
2.2. Consumo residencial de energia..........................................................................14
2.2.1. Factores que influenciam na variação do consumo de energia nas instalações
residenciais .................................................................................................................14

ii
2.3. Comunicações móveis GSM ................................................................................15
2.3.1. Arquitetura da rede ...........................................................................................16
2.3.1.1. Estação móvel (MS) .......................................................................................17
2.3.1.2. Sistema de estação base (BSS) ....................................................................17
2.3.1.3. Subsistema da rede e comutação (NSS) .......................................................18
Bases de dados ..........................................................................................................18
2.3.1.4. Centro de operação e manutenção ................................................................19
2.3.3. Serviço de mensagens curtas (SMS)................................................................19
2.3.3.1. SMS Ponto-a-Ponto .......................................................................................20
2.3.3.1.1. SMS enviado MO/PP ..................................................................................20
2.3.3.1.1. SMS de Terminação Móvel (MT) ................................................................21
2.3.4. Aplicações e benefícios do sistema GSM .........................................................23
3. CAPÍTULO III- METODOLOGIAS DO TRABALHO E MATERIAIS .........................24
3.1. Metodologias do Trabalho ...................................................................................24
3.1.1. Classificação da metodologia do trabalho......................................................24
3.1.2. Inquéritos .......................................................................................................25
3.1.2.1. Inquérito A ..................................................................................................26
3.1.2.2. Inquérito B ..................................................................................................27
3.1.3. Observação (Estudo de caso)........................................................................27
3.1.3.1. Resultados do estudo do caso ...................................................................28
3.2. Lista de Material ................................................................................................30
3.2.1. Escolha do material a usar.............................................................................30
3.2.1.1. Escolha do hardware embarcado microcontrolador....................................30
3.2.1.2. Escolha da tecnologia de comunicação......................................................30
3.2.2. Material a usar ...............................................................................................31
3.2.3. Arduíno Mega 2560 .......................................................................................32
3.2.3.1. Especificações técnicas..............................................................................33
3.2.4. Modulo GPRS/GSM SIM800L........................................................................34
3.2.4.1. Especificações técnicas do SIM800L .........................................................35
3.2.5. Sensor de corrente ACS712 ..........................................................................36
3.2.5.1. Especificações técnicas do ACS712 ..........................................................36
3.2.6. Sensor de tensão AC ZMPT101B ..................................................................37

iii
3.2.6.1. Especificações técnicas do ZMPT101B......................................................37
4. CAPÍTULO IV: DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA .............................................38
4.1. Medidor de consumo de energia .......................................................................38
4.1.1. Funcionamento do medidor de energia .........................................................39
4.1.1.1. Corte de energia .........................................................................................40
4.1.1.2. Processo de recarga...................................................................................41
4.2. Sistema de alerta ..............................................................................................41
4.3. Fluxograma .......................................................................................................43
4.4. Esquema eléctrico funcional .............................................................................49
4.5. Montagem real ..................................................................................................50
4.6. Orçamento ........................................................................................................51
5. CAPÍTULO V: CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E RECOMENDAÇÕES DE ESTUDO
52
5.1. Conclusões .......................................................................................................52
5.2. Limitações e desafios ........................................................................................53
5.2.1. Medidas de mitigação ....................................................................................54
5.3. Recomendações de estudo...............................................................................54
Referências Bibliográficas ..............................................................................................55
Anexos ...........................................................................................................................57
Anexo 1: Código fonte ................................................................................................57
Anexo 2: Resulados do inquério A ..............................................................................64
Anexo 3: Resultados do estudo do caso .....................................................................65
Anexo 4: Dados de acesso a telefone celular em Moçambique..................................71
Anexo 5: Interface gráfica do gerador de recargas .....................................................73
Anexo 6: Protótipo ......................................................................................................75

iv
Lista de Figuras
Figura 1. Esquema do wattímetro (Creder, 2016) ..........................................................10
Figura 2. Esquema de um quilowatt-hora-metro (Creder, 2016) ....................................12
Figura 3. Contador de Credelec (EDM, 2018) ................................................................13
Figura 4. Arquitetura da rede GSM (Azevedo, 2014)......................................................16
Figura 5. Estação móvel .................................................................................................17
Figura 6. Diagrama do encaminhamento de SMS-MO na comutação (ERICSSON, 2009)
....................................................................................................................................................... 21
Figura 7. Diagrama do encaminhamento de SMS-MT na comutação (ERICSSON, 2009)
....................................................................................................................................................... 21
Figura 8. Diagrama de envio de SMS-MT no sistema de transmissão (ERICSSON, 2009)
....................................................................................................................................................... 22
Figura 9. Descrição dos pinos do arduíno mega 2560 (Sousa, 2016) ............................33
Figura 10. Módulo GPRS/GSM SIM800L (Autocorerobotica, 2018) ...............................35
Figura 11. Sensor de corrente ACS712 ..........................................................................36
Figura 12. Sensor de tensão ZMPT101B .......................................................................37
Figura 13. Diagrama de blocos do sistema. Fonte (Autor) .............................................38
Figura 14. Montagem real. Fonte (Autor) .......................................................................50

v
Lista de Tabelas
Tabela 1. Orçamento do material necessário para o projecto ........................................51
Tabela 2. Dados de energia disponível colhidos da residência 1. Fonte (Autor) ............65
Tabela 3. Dados de energia disponível colhidos da residência 2. Fonte (Autor) ............66
Tabela 4. Dados de energia disponível colhidos da residência 3. Fonte (Autor) ............67
Tabela 5. Potência consumida na residência 1. Fonte (Autor) ......................................68
Tabela 6. Potência consumida na residência 2. Fonte (Autor) ......................................69
Tabela 7. Potência consumida na residência 3. Fonte (Autor) ......................................70

vi
/

Lista de Gráficos
Gráfico 1. Consumo de energia na residência 1. Fonte (Autor)......................................66
Gráfico 2. Consumo de energia na residência 2. Fonte (Autor)......................................67
Gráfico 3. Consumo de energia na residência 3. Fonte (Autor)......................................68
Gráfico 4. Potência consumida na residência 1. Fonte (Autor) ......................................69
Gráfico 5. Potência consumida na residência 2. Fonte (Autor) ......................................70
Gráfico 6. Potência consumida na residência 3. Fonte (Autor).......................................71

vii
Lista de Siglas

EDM: Electricidade de Moçambique

INCM: Instituto Nacional de Comunicações

INE: Intituto Nacional de Estatística

SMS: Short Message Service (serviço de mensagens curtas)

GSM: Global System for Mobile Comunications (Sistema Global para comunicações
móveis)

GPRS: General Packet Radio Services (Serviços gerais de pacotes por Rádio)

RTC: Real Time Clock (Relógio em tempo real)

SI: Sistema Internacional

viii
Dedicatória

Aos meus pais: Geraldo Manjate e Laura Langa

ix
Epígrafe

“Se continuarmos desenvolvendo nossa tecnologia sem sabedoria ou


prudência, nosso servo pode acabar se tornando nosso carrasco.” (Omar
Bradley)

x
Agradecimentos

A gratidão é um sentimento nobre que expressa o reconhecimento, emoção por saber


que outra pessoa fez uma boa ação, auxílio ou favor por nós. Tive que contar com a
colaboração e apoio de muita gente para chegar até aqui, sem eles não conseguiria
ultrapssar os obstáculos que tive pelo caminho, como diz o ditado, “ninguém caminha
só, nem mesmo Deus”. Me sinto num estado de graça pela presença das pessoas que
caminham comigo.

Em primeiro lugar agradeço a Deus pelo dom da vida, pela saúde e pelas bênçãos que
me concede que se materializam nas pessoas que se encontram no meu meio,
pessoas estas que têm um papel importante para minha formação humana, social e
académica.

Endereço os meus agradecimentos aos meus pais pelos valores que me dão desde o
berço que contribuíram bastante para eu chegar até aqui, pelos conselhos, puxões de
orelha, pelo amor que têm por mim, apoio financeiro dado para a minha formação e
acima de tudo pela confiança que depositam em mim. Durante esses anos de formação
no meio de dificuldades eles sempre diziam continue, tu és capaz, essas palavras
curtas sempre foram para mim ricas em sentido e fizeram com que eu me sentisse na
responsabilidade de dar jus a confiança que depositam em mim me dedicando mais.

Aos meus irmãos muito agradeço por me suportarem nesses últimos anos, por
suportarem em algum momento a minha distância sem reclamar, pelo contrário,
sempre me apoiaram e entenderam, sempre estiveram lá quando eu precisava de
ajuda seja financeira ou de aconselhamento.

Quero também expressar o meu agradecimento a todo leque de docentes da


Faculdade de Engenharia de forma especial aos docentes do Departamento de
Engenharia Eletrotécnica e do Departamento de Cadeiras Gerais pela paciência e pelo
conhecimento transmitido, da mesma forma que um corpo não sai da água no mesmo
estado que entrou, um estudante não sai da FENG no mesmo estado que entrou graças
a presença dos docentes que se dedicam para nossa formação. Esse agradecimento

xi
vai de forma especial aos seguintes docentes: Engenheira Roxan Cadir, Engenheiro
Hélder Baloi, Engenheiro José Mário Ringler, Engenheiro Célsio Chiconela,
Engenheiro Zefanias Mabote e ao Doutor Adriano Sacate.

Novamente agradecer a Engenheira Roxan e Engenheiro Baloi meus supervisores,


primeiro por aceitarem ser meus orientadores, segundo pela disponibilidade, prontidão
e abertura, eles realmente foram supervisores, estavam lá para ajudar em ideias desde
a escolha do tema, desenvolvimento lógico do trabalho incluindo correções ortográficas
no relatório.

Agradeço também a todos meus colegas, pois foram verdadeiros companheiros e


contribuíram bastante para que eu chegasse aqui, quando um cão está no meio de
lobos precisa actualizar o seu modos vivendo para sobreviver, diria que ao estudar com
colegas como os meus que se dedicam verdadeiramente fui induzido a estudar para
me fazer sentir no meio dos lobos e me confundirem com um deles, agradeço de forma
particular a Joaquim Uamusse e Edson Raso, não são apenas colegas, mas sim
verdadeiros irmãos e companheiros, Emílio Cuamba e Aboobacar Ibrahimo colegas do
grupo de estudos, contribuíram bastante para que eu chegasse aqui.

Aos meus amigos por me suportarem a falar de escola em todo momento nos últimos
4 anos sem reclamar, senti que de alguma forma eles acabaram se sentindo parte do
sistema da minha formação pelos conselhos e por se abrirem em falar dos meus
problemas escolares a todos momento, de forma especial agradeço ao engenheiro
Barbione Augusto de simples conhecido acabou se tornando um irmão e supervisor do
lado de fora, me acompanhou quando precisava de ajuda académica em algumas
cadeiras e me apoiou bastante em ideias para a realização deste projecto. Como dizia
no início, agradeço a todos o que se encontram no meio pois de forma directa ou
indirecta estou aqui e sou o que sou graças a Eles.

xii
Resumo

A finalidade do uso do sistema pré-pago de pagamento de energia é garantir que o


cliente faça a gestão e controle do seu consumo de energia sem a intervenção directa
da empresa de distribuição de energia. Esse sistema de cobrança, permite que o
cliente tenha acesso a quantidade de energia por consumir que é proporcional ao valor
da recarga e essa quantidade de energia é apresentada num painel, nesta senda, o
cliente é impossibilitado de usar a energia eléctrica quando o seu saldo é 0kWh mesmo
sem que haja um corte na rede eléctrica de distribuição. Estudos indicam que apesar
de haver a possibilidade do cliente controlar o saldo de credelec no painel, há situações
em que estes ficam sem saldo pela falta de atenção de controlar o painel. Diante desse
problema, surgiu a necessidade de actualizar o funcionamento do sistema. Este
trabalho foi desenvolvido com o objectivo de actualizar o funcionamento do actual
sistema de pagamento a crédito de energia a nível de comunicação, desta forma, o
sistema passará a informar aos clientes via SMS não só sobre o saldo de energia em
kWh, mas também sobre a previsão do tempo para a energia acabar. A necessidade
de informar sobre o tempo que a energia vai acabar releva-se pelo facto da quantidade
de energia disponível não ser suficiente para saber quando a energia pode acabar.
Desta forma, elimina-se a necessidade dos clientes irem ao painel para verificar quanto
têm, juntamente com os problemas causados pela fata de energia por falta de controlo
dos cientes por conta da sua distração no exercício de outras actividades.

xiii
Abstract

The purpose of using the prepaid energy payment system ensures that the customer
manages and controls their energy consumption without the direct intervention of the
energy distribution company. This charging system, that the customer has access to the
amount of energy to be consumed that is proportional to the value of the recharge and
this amount of energy presented on a panel, in this way, the customer is unable to use
electricity when his balance is 0kWh even without a cut in the electrical distribution
network. Studies indicate that despite the lack of possibility of customer control to control
the credit balance on the panel, there are situations in which these remain unbalanced
due to the attention of the panel's control. Based on this problem, the need to update the
functioning of the system arose. This work was developed with the objective of updating
the functioning of the current energy credit payment system at the communication level,
in this way, the system will inform customers via SMS not only about the energy balance
in kWh, but also about the weather forecast for the power to run out. The need to inform
about the time that the energy will run out is highlighted by the fact that the amount of
energy available is not enough to know when the energy may run out. In this way, in this
way, the need of the clients is eliminated with the lack of problems for the lack of control
of the conscience by other activities

xiv
1. CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO

1.1. Introdução

Nos últimos anos, tem-se verificado um aumento considerável no número de


utilizadores de energia eléctrica em todo mundo e de forma particular no nosso país.
Segundo dados oficiais, em Moçambique até então apenas 34% da população tem
acesso à energia eléctrica (EDM, 2019). Importa referir que no âmbito do
desenvolvimento do país há esperança ou possibilidade desse número aumentar nos
próximos anos. Com aumento do número dos utilizadores da rede eléctrica,
naturalmente o consumo de energia na escala nacional também irá aumentar, isso faz
com que haja necessidade de se gerenciar o consumo individual (familiar) por forma a
reduzir os custos e evitar gastos desnecessários.

Actualmente, o sistema de pagamento a crédito de energia eléctrica (Credelec)


adoptado pela maior empresa de distribuição de energia eléctrica em Moçambique
(EDM) é usado por cerca de 86% dos seus clientes (EDM, s.d.), isso mostra que grande
parte dos utilizadores da rede pública em Moçambique aderem ao sistema pré-pago.
Nesse sistema, os clientes compram recargas e colocam no contador, a seguir é feita
validação, depois da recarga ser validada há um incremento na quantidade de energia
que o cliente pode usar e essa informação aparece disponível no painel do contador.
Há que referir que a única informação que os clientes têm acesso é a quantidade de
energia disponível no momento que se aproximam do painel para verificar.

De acordo com o inquérito realizado a 58 pessoas (em representação de 58 famílias)


residentes em diferentes bairros da província e cidade de Maputo, foi possível constatar
que 81% das pessoas inqueridas já ficaram sem saldo de Credelec em momentos que
menos esperavam, não por falta de dinheiro para comprar recarga, mas sim por
distração ou ocupação com outras actividades o que fez com que não se dessem tempo

1
para ir ao contador e verificar o saldo. Tal acontecimento deve-se ao facto do actual
sistema de Credelec ser estático, isto é, não vai ao encontro do cliente para o informar
do seu saldo nem por sinalização sonora, nem óptica e nem permite que o cliente tenha
informação da média do seu consumo diário de energia.

Por outro lado, de acordo com o censo populacional de 2017 realizado em todo país
entre os dias 1 e 15 de agosto de 2017, (26,4% da população tem posse de telefone
celular (INE, 2017)) cujos dados serão apresentados em anexo no Quadro 63, o que
nos faz pensar que em grande parte, senão em todas casas que têm acesso a energia
eléctrica pelo menos uma pessoa tem acesso ao telefone celular. É possível observar
no dia-a-dia da população moçambicana na rua, nos transportes públicos, nos eventos
sociais e não só, que os celulares estão sempre na companhia dos seus proprietários,
desde manhã até à noite. Aproveitando-se disso, os celulares podem ser usados para
notificar aos seus proprietários não só sobre o saldo de Credelec mas também sobre
a previsão do tempo em que a energia vai acabar baseado no cálculo do consumo
médio de energia numa determinada instalação residencial.

Por forma a garantir que os clientes da EDM tenham um aviso prévio do seu saldo de
Credelec antes de chegar aos 0kWh sem a necessidade de se fazerem sempre
presentes ao contador para monitorar, é proposto um sistema de alerta e controle do
consumo de energia que tenha a capacidade não só de informar sobre o saldo de
Credelec do momento de alerta, mas também sobre a previsão do tempo para o saldo
esgotar e nesse sistema a comunicação entre a instalação eléctrica e o cliente será
feita através do telefone celular (via SMS) aproveitando o facto de grande parte dos
clientes da EDM terem celular, estarem sempre com os celulares e não precisar de
acesso a internet para comunicar.

2
1.2. Definição do problema

Actualmente, a única forma que os clientes da EDM têm de saber quanto saldo de
Credelec tem disponível é ir ao contador e verificar no painel. Olhando para a versão
mais recente dos contadores verifica-se que há necessidade do cliente conectar o
painel a tomada para verificar seu saldo, o que torna o processo mais moroso. O
inquérito realizado revela que o tipo de comunicação que existe entre os clientes e o
painel não é eficaz abrindo espaço para que as pessoas fiquem sem energia no
momento que menos esperam e por outro lado não dá informação suficiente para fazer
previsão do momento em que a energia vai acabar. E é importante sublinhar a
dependência que toda a sociedade moderna ou ainda em via de desenvolvimento tem
pelo uso da energia eléctrica, seja para confecionar os alimentos, iluminação,
climatização, entre outos. Diante desta situação problemática, surge a pergunta: Como
desenvolver um sistema inteligente de alerta e controle do consumo de energia que se
comunica com o cliente a distância e dá a previsão do momento que energia vai
acabar?

1.3. Justificativa

A implementação de um sistema de alerta e controle de consumo de energia destaca-


se pelo facto de permitir que haja comunicação entre o cliente e a instalação eléctrica
a longas distâncias e vai permitir que o cliente controle seu consumo através do
telemóvel. Para além disso, vai permitir que o cliente tenha estimativa do dia/hora em
que a energia vai acabar, desta forma o trabalho contribui para resolução de um
problema da sociedade permitindo que o cliente tenha acesso a informação no meio
da distração no exercício de outras actividades. Assim, o projecto pretende ultrapassar
as limitações do actual sistema de Credelec sob o ponto de vista de comunicação
contribuindo para o desenvolvimento tecnológico e para o conforto dos seus
utilizadores. O autor decidiu desenvolver este projecto procurando resolver um
3
problema social e julga-se capaz de o fazer considerando que tem paixão pelas
telecomunicações e automação, sem esquecer de considerar os conhecimentos que
tem sobre microprocessadores e sua programação.

1.4. Hipótese

Se não existe uma tecnologia de alerta de estabeleça boa comunicação entre o cliente
e o contador de Credelec, então pode-se desenvolver um sistema inteligente que
comunique ao cliente via SMS sobre o saldo e dê a previsão sobre o momento que o
saldo será 0kWh.

1.5. Objectivos do trabalho

1.5.1. Objectivo geral


 Desenvolver um sistema inteligente para alerta do consumo de energia eléctrica.

1.5.2. Objectivos específicos


 Dimensionar um medidor de consumo de energia eléctrica;

 Determinar a previsão de tempo para energia acabar;

 Estabelecer comunicação móvel entre o medidor e o cliente para efeitos de alerta.

4
1.6. Estrutura do trabalho

O presente trabalho está dividido em 5 partes que são:

 Capítulo I – Introdução

O primeiro capítulo introduz o leitor ao trabalho de estudo, onde é apresentada a


introdução, é feita a identificação do problema, apresenta-se a motivação do autor para
desenvolver o trabalho, a hipótese e são apresentados os objectivos que conduzem o
desenvolvimento do trabalho.

 Capítulo II – Revisão de literatura

A revisão de literatura reflecte o resultado de todas as pesquisas bibliográficas referentes


ao tema de pesquisa. Tais resultados de pesquisa serão usados posteriormente para a
implementação da solução do problema.

Neste trabalho em específico primeiro serão apresentados os conceitos de potência e


energia eléctrica, sua relação e equipamentos usados para fazer a medição, de seguida
serão apresentados os factores que influenciam na variação do consumo de energia e
para terminar teremos a teoria das comunicações móveis GSM.

 Capítulo III – Metodologia do trabalho e materiais

Neste capítulo será feita a descrição do caminho usado para a implementação do


projecto. De seguida, será apresentada a lista de todo material necessário para
implementação do projecto e será apresentado o princípio funcionamento dos principais
elementos do sistema e o motivo da sua escolha.

5
 Capítulo IV – Densevolvimento do sistema

Neste capítulo será apresentado sobre o ponto de vista técnico o sistema proposto para
resolução do problema em estudo, para tal, será apresentado seu princípio de
funcionamento, o fluxograma, esquemas de ligação e apresentação de alguns resultados
de testes do sistema.

 Capítulo V – Conclusões, limitações e recomendações de estudo

Neste capítulo é feita a análise dos resultados obtidos, apresentação das limitações e
desafios enfrentados pelo autor no desenvolvimento do projecto e as formas de
mitigação, serão dadas recomendações para uso do projecto e no fim será feita a
apresentação das referências bibliográficas e anexos.

6
2. CAPÍTULO II – REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Potência e Energia eléctrica

Energia é tudo aquilo que é capaz de produzir trabalho, de realizar uma ação (por
exemplo, produzir calor, luz, radiação, etc.). Em sentido geral, poderia ser definida
como a essência básica de todas as coisas, responsável por todos processos de
transformação, propagação e interação que ocorrem no universo (Creder, 2016).

A energia eléctrica é um tipo especial de energia por meio da qual podemos obter os
efeitos citados anteriormente, ela é usada para transmitir e transformar a energia
primária da fonte produtora que aciona os geradores em outros tipos de energia
utilizados em nossas residências. Assim, pode-se dizer que a electricidade é uma
energia intermediária entre a fonte produtora e a aplicação final.

Embora corrente e tensão sejam duas variáveis básicas nos circuitos eléctricos, elas
sozinhas não são suficientes. Na prática precisa-se saber quanta potência um
dispositivo eléctrico é capaz de manipular. Considerando, por exemplo, uma lâmpada
de 100W que fornece mais luz que uma de 60W, ou mesmo quando pretende-se pagar
contas de energia às fornecedoras paga-se a energia eléctrica consumida ao longo de
certo período. Portanto, os cálculos de potência e energia são importantes na análise
de circuitos (Sadiku, 2013).

2.1.1. Potência eléctrica

Sabe-se que para execução de qualquer movimento ou produção de calor, luz,


radiação, entre outros precisa-se despender energia. Para caracterizar as condições

7
energéticas, é importante considerar a rapidez com a qual se realiza o trabalho. O
trabalho realizado por unidade de tempo chama-se potência (Kasatkin).

𝑨
𝑨
𝑨
𝑨== (1)
(1)
𝑨𝑨

Onde:

P é a potência eléctrica;

t é o tempo gasto para transportar a carga;

A é o trabalho realizado do tempo t, dada por U.I.t

Portanto:

𝑨𝑨 𝑨𝑨𝑨
𝑨𝑨𝑨
𝑨
𝑨== == ==𝑨𝑨(𝑨)
𝑨𝑨(2)
𝑨𝑨 𝑨𝑨

Onde:

P é a potência eléctrica;

U é a tensão eléctrica;

I é a corrente eléctrica.

Sendo a potência eléctrica a velocidade com que se consome ou se absorve energia, o


seu cálculo é de grande importância, uma vez que, por meio dele, é possível determinar
a quantidade de energia eléctrica consumida por um dispositivo eléctrico durante um
determinado intervalo de tempo.

Como a tensão é dada pelo produto entre a corrente e a resistência, a potência pode ser
dada por:

𝑨 = 𝑨𝑨 = 𝑨𝑨𝑨 = 𝑨𝑨𝑨 (3)

8
A unidade da potência no SI (sistema internacional) é watt, porém, muitas vezes essa
unidade é pequena para exprimir os valores medidos no circuito, por isso, é comum
que se usem múltiplos de unidade para expressar o consumo numa instalação
eléctrica. Quilowatt (kW=1000W), Megawatt (MW=1 000 000W) e Gigawatt (GW= 1
000 000 000 W).

2.1.1.1. Medidor de potência

Os medidores de potência são conhecidos como wattímetros, neste caso, o nome do


instrumento de medida foi concebido com base no nome da grandeza medida no SI.

Assim, para que o instrumento possa medir a potência de um circuito eléctrico, será
necessário o emprego de duas bobinas: uma de corrente e outra de potencial. A ação
mútua dos campos magnéticos gerados pelas bobinas provoca o deslizamento de um
ponteiro em uma escala graduada em watts proporcional ao produto volts-amperes.
Note-se que a bobina de tensão é ligada em paralelo e a bobina de corrente em série
(Creder, 2016).

Os wattímetros medem a potência activa, tanto em circuitos alimentados por corrente


alternada como por corrente contínua. Existem três tipos de potência alternada:

 Potência activa;
 Potência reactiva;
 Potência aparente.

9
Figura 1. Esquema do wattímetro (Creder, 2016)

Os wattímetros medem somente a potência activa, ou seja, a potência usada para


realizar trabalho (calor, luz, movimento, etc).

2.1.2. Energia eléctrica

Energia é a capacidade de realizar trabalho, ou seja, a energia eléctrica representa a


potência dissipada ou consumida ao longo do tempo (Sadiku, 2013).

𝑨𝑨==𝑨 𝑨
× ∆𝑨 (1) (4)
× ∆𝑨

Onde:

E é a energia eléctrica;

P é a potência eléctrica;

Δt é o intervalo de tempo.

10
Se o tempo considerado for de uma hora, a energia é expressa em watts-hora (Wh).
Como esta unidade é pequena, na prática usa-se a potência em quilowatts, e a energia
será em kWh.

O quilowatt-hora é a unidade que exprime o consumo de energia nas nossas


residências. Por esta razão, na recarga de credelec estão registados os valores em
kWh, o valor apresentado no contador é dado em kWh que corresponde ao que
gastamos e o valor a ser pago é dado pelo preço de kWh e outras taxas que são
incluídas.

2.1.2.1. Medidores de energia

A energia eléctrica é medida por instrumentos que se chamam quilowatt-hora-metro,


os quais são integradores, ou seja, somam potência consumida ao longo do tempo.

O princípio de funcionamento de um medidor de energia é o mesmo que de um motor


de indução, isto é, os campos gerados pelas bobinas de corrente e potencial induzem
correntes em um disco, provocando a sua rotação. Solidário com o disco existe um eixo
de conexão com uma rosca sem fim, que leva à rotação os registadores, os quais
fornecerão a leitura (Creder, 2016).

Cada fabricante tem características próprias, ou seja, o número de rotações do disco


para indicar 1kWh é variável.

Os quatro mostradores da figura indicam as diferentes grandezas de leitura, isto é,


unidades, dezenas, centenas e milhares.

11
Figura 2. Esquema de um quilowatt-hora-metro (Creder, 2016)

Em Moçambique, para além do sistema apresentado anteriormente, a maior empresa


de distribuição de energia eléctrica usa o contador credelec que é um sistema de venda
a crédito (pré-pagamento) de electricidade, uma tecnologia de ponta à disposição dos
clientes que oferece a possibilidade de controlar os seus gastos de energia, isto é,
permite ao consumidor decidir sobre quanto quer ou pode gastar durante um
determinado período de tempo (EDM, 2018).

A implementação do Credelec pela EDM iniciou em 1995 com um projecto-piloto que


abrangeu 500 clientes.

12
Figura 3. Contador de Credelec (EDM, 2018)

2.1.2.2. Vantagens do sistema pré-pago de energia eléctrica (Credelec)

 Melhoria da gestão no uso da energia por parte dos clientes;


 Maior transparência no processo de consumo de energia;
 Eliminação do corte no fornecimento de energia por falta/atraso de pagamento;
 Ausência de multas por atraso de pagamento;
 Possibilidade de efectuar compras de energia em função das necessidades e
capacidades do cliente.

2.1.2.3. Limitações do sistema pré-pago de energia eléctrica (Credelec)

 Não dá a previsão do momento em que a energia vai acabar;


 Ausência de um emissor de alerta do consumo.

13
2.2. Consumo residencial de energia

Com a crescente utilização de equipamentos eléctricos nas residências, em parte


resultante do aumento exponencial do número e da melhoria das condições de vida da
população, tornou-se necessário analisar a demanda de electricidade nas residências.

No nosso dia-a-dia, podemos ver que estamos cercados de aparelhos eléctricos e


electrónicos que necessitam de energia eléctrica para funcionar. Cada um dos
aparelhos quando ligado consome certa quantidade de energia, sendo que alguns
consomem mais e outros menos. Em relação ao consumo de energia, é possível fazer
uma estimativa. Essa estimativa pode ser feita se conhecermos as potências eléctricas
dos equipamentos e soubermos o tempo de utilização de cada um deles (Mundo
Educação, s.d.).

O aumento do consumo de energia ocorrido nos últimos anos tem sido atribuído a
crescente urbanização, aumento da temperatura e da renda monetária das famílias.
Em Moçambique, verificam-se os maiores consumos nas primeiras horas da manhã,
quando as pessoas se preparam para ir à escola e ao trabalho, por volta das 05:00h
às 06:00h e no fim do dia quando as pessoas voltam do trabalho.

2.2.1. Factores que influenciam na variação do consumo de energia nas


instalações residenciais

 Potência dos equipamentos

O consumo de energia é definido pela soma das potências dos equipamentos utilizados
durante determinado período. Quanto maior for a potência do equipamento mais ele
consome.

14
 Eficiência dos equipamentos

Um equipamento é mais eficiente que outro quando oferece mesmas condições de


serviço com menor consumo de energia.

 Hábitos de consumo dos moradores

A energia consumida nas casas depende também dos hábitos de uso e da quantidade
de moradores na residência. A relação é muito simples: quanto mais moradores, mais
pessoas tomam banho, mais pessoas usam o micro-ondas, mais carregadores de
celulares, tablets e notebooks conectados na tomada, e mais itens na geleira (o que
aumenta a potência necessária para gelar e consequentemente, o gasto de energia).

Quanto menos tempo os equipamentos aparecem ligados, menor será o peso deles no
valor da energia.

 Clima

Um factor que independe do cliente, mas interfere directamente no uso de energia. O


clima de um lugar influencia nos hábitos de consumo dos residentes daquela região.
Meses de muito calor costumam a ser os vilões nessa hora, temperaturas mais altas
tendem a causar um gasto maior de energia.

2.3. Comunicações móveis GSM

O sistema GSM (Global System for Mobile Communication) é um protocolo de


comunicação para dispositivos sem fio criado em 1982, e actualmente é o padrão mais
popular para celulares digitais no mundo. A tecnologia GSM é considerada o primeiro
sistema celular no mundo a especificar modulação digital e arquiteturas de serviço do
nível de rede, assim o GSM é conhecido como um sistema de telefonia celular de
segunda geração, neste caso tecnologia 2G.

15
Em Moçambique a tecnologia celular chegou em 1997 através da Moçambique Celular,
SARL, empresa pertencente a TDM. O GSM foi a tecnologia adoptada pela mcel e
demais companhias.

O funcionamento do sistema GSM é concentrado em dois conjuntos de frequências na


banda dos 900MHz. O primeiro conjunto de frequências é limitado na banda dos 890 a
915 MHz, utilizando para as transmissões de terminal, já o segundo conjunto de banda
é limitado entre 935 a 960MHz, neste caso para as transmissões da rede. A frequência
utilizada no método GSM é uma combinação de duas tecnologias o TDMA e FDMA.

2.3.1. Arquitetura da rede

A arquitetura do sistema GSM pode ser dividida em 3 subsistemas: BSS (subsistema


de estação de rádio base), NSS (subsistema de comutação de rede) e OSS
(subsistema de suporte de operação). Esses 3 subsistemas são conectados entre si e
interagem directamente com usuários através de interfaces de rede.

Figura 4. Arquitetura da rede GSM (Azevedo, 2014)

16
2.3.1.1. Estação móvel (MS)

É o equipamento que se encontra no extremo da rede que por um lado apresenta


interface rádio para se comunicar com a rede e por outro lado faz interface com o homem
através do microfone, ascultador, teclados, visor, etc. Nele é incorporado um cartão
inteligente (SIM) que tem toda informação relativa ao assinante e alguma referente ao
sistema.

Figura 5. Estação móvel

2.3.1.2. Sistema de estação base (BSS)

O BSS é formado pelo controlador de estação base (BSC) e estação base de


transrecepção (BTS).

A BTS compreende o equipamento que transmite e recebe informação (antenas,


transmissores, receptores) através da interface aérea para permitir que a BSC se
comunique com as MSs na área de serviço das BSCs. Um grupo de BTSs é controlado
por uma BSC (ERICSSON, 2011).

A BSC fornece todas funcões relacionadas com rádio. A BSC pode configurar,
supervisionar e desconectar chamadas de comutação por ciruitos e comutação por
pacotes. É um interruptor de alta capacidade que fornece funções, incluindo handover,

17
dados de configuração da célula e atribuição de canais. Uma ou mais BSCs são servidas
por uma MSC (ERICSSON, 2011).

2.3.1.3. Subsistema da rede e comutação (NSS)

O subsistema de rede e comutação (NSS) engloba todos os circuitos de


encaminhamento de chamadas, handover e comutação e inclui as principais funções de
comutação do sistema, assim como as bases de dados necessárias para os assinantes
e para a gestão da mobilidade.

A Central de Comutação Móvel (MSC) faz interface entre o sistema móvel e a rede
pública. A sua estrutura é parecida com as das centrais telefónicas de comutação
automática.

É responsável pelas funções de comutação e sinalização para as estações móveis


localizadas em uma área geográfica designada como a área do MSC. A diferença
principal entre uma MSC e uma central de comutação fixa é que a MSC tem que levar
em consideração a mobilidade dos assinantes (locais ou visitantes), e o handover da
comunicação quando estes assinantes se movem de uma célula para outra (Azevedo,
2014).

Bases de dados

O HLR (Home Location Register) contém toda a informação administrativa de todos os


assinantes registados na correspondente rede de GSM, juntamente com a localização
da estação móvel onde residem. É a base de dados mais importante do sistema GSM

18
porque mantém um registo permanente e sempre actualizado dos dados de todos os
assinantes da rede (Azevedo, 2014).

O VLR (Visitor Location Register) é uma base de dados que contém informação
temporária sobre os assinantes visitantes que o MSC necessita para poder servir os
assinates (visitantes) que entram na área. O VLR está sempre integrado com a MSC. As
informações fornecidas pelo VLR, são necessárias para controlar a chamada e
providenciar os serviços de cada assinante, situado dentro de uma determinada área de
controle (Azevedo, 2014).

2.3.1.4. Centro de operação e manutenção

A central de Operação e Manutenção (OMC) está ligada a todos os equipamentos no


sistema de comutação e às BSC. É a entidade funcional a partir da qual o operador da
rede controla e monitora todo o sistema.

2.3.3. Serviço de mensagens curtas (SMS)

SMS (Short Message Service) é um serviço de transferência de mensagens de texto


consistindo em até 160 caracteres alfanuméricos de um ponto para outro.

Existem 3 tipos de SMS definidas para o GSM:

19
 SMS CB (Cell Broadcast)
 SMS enviado MO/PP (Mobile Originated/Ponto-a-Ponto)
 SMS recebido MT/PP (Mobile Terminated/Ponto-a-Ponto)

2.3.3.1. SMS Ponto-a-Ponto

Este tipo de mensagens é enviado de uma MS para outra envolvendo o SMS-Center


(SMS-C). O SMS-C é o elemento para onde as mensagens são enviadas e que guarda
a origem e o destino das mensagens. As mensagens são enviadas para o SMS-C por
uma MS, e-mail ou por outro terminal. O SMS-C permite que o emissor receba relatório
de confirmação quando a mensagem é entregue no destinatário (Celfinet, 2011).

2.3.3.1.1. SMS enviado MO/PP

A MS cria a mensagem a enviar e adiciona o número da MS destinatário e endereço


do SMS-C para onde a mensagem é enviada. De modo a enviar a mensagem, a MS
estabelece um canal de sinalização e envia a mensagem para o MSC. O MSC utiliza
as funções GIWF de modo a enviar a mensagem recebida para o SMS-C. A
confirmação é enviada pelo mesmo caminho. Após receber a mensagem o SMS-C
inicia o processo de um MT SMS.

20
Figura 6. Diagrama do encaminhamento de SMS-MO na comutação (ERICSSON, 2009)

2.3.3.1.1. SMS de Terminação Móvel (MT)

Figura 7. Diagrama do encaminhamento de SMS-MT na comutação (ERICSSON, 2009)

1. O MSISDN, recebido pelo do SMS-C, é usado para dirigir-se ao HLR. A


mensagem contém o MSISDN do assinante chamado, a prioridade e o endereço
do SMS-C.
2. O SMS-GSMC solicita encaminhamento de informação do HLR através do sinal
de envio de informação de encaminhamento para mensagem curta.

21
3. O HLR verifica dados do assinante relacionados com o MSISDN recebido.
4. O endereço MS/UE, recebido do HLR, é utilizado para endereçar o sinal de
mensagem curta de encaminhamento para o MSC onde o MS/UE está
actualmente localizado. No MSC, a identidade do assinante móvel é derivada do
IMSI recebido nesta mensagem.

Desde que o assinante móvel esteja registado naquele MSC e não em estado de
desvinculação, a BSS/RAN é ordenada para fazer o page da estação móvel.

Figura 8. Diagrama de envio de SMS-MT no sistema de transmissão (ERICSSON, 2009)

O Paging é feito usando o TMSI ou o IMSI, se o TMSI estiver indisponível.

Depois da MS/UE responder ao paging, é invocado o procedimento para funções


relacionadas com segurança, tal como autenticação, criptografia e a verificação do
IMEI (ERICSSON, 2009).

O SMS é transferido para o MS/UE num canal de sinalização.

5. Se uma mensagem curta for entregue com sucesso, uma mensagem de


resultados é enviada para o SMS-GMSC. Em caso de falha, uma mensagem de
erro é devolvida.
6. O relatório de entrega é enviado para o SMS-C.

22
Na visita feita a uma das empresas de telecomunicações móveis em Moçambique, foi
possível obervar que quando o móvel está fora de área usa-se o seguinte algoritmo:

1. Espera por 1h depois faz o re-try;


2. Espera mais 3 h e faz o segundo re-try;
3. Espera aprocimadamente 24h e faz o último re-tray e depois apaga se o móvel
não estiver disponível.

Importa referir que embora não haja um padrão para duração de armazenamento, por
conta do volume de SMSs trocadas não costuma se armazenar por mais de 72h.

Quando o móvel de destino está desligado, a mensagem é armazenada na Re-try table


SMSC durante um tempo estabelecido pela companhia de telecomunicações e enviada
no momento em que o HLR actualiza o estado do subscritor de desligado para ligado,
imediatamente é feita uma sinalização para o SMSC informando que o móvel já está
ligado e segue o procedimento de SMS-MT.

2.3.4. Aplicações e benefícios do sistema GSM

Além de permitirem troca de chamadas e SMSs entre assinantes que se encontram em


"qualquer lugar", as comunicações GSM são ainda uma forma ideal para as aplicações
de comunicação entre máquinas em ambientes industriais e afins, pois aproveitam a
mobilidade da rede. O benefício básico destes sistemas reside no seu baixo custo para
monitorar e controlar, incluindo também rapidez na implementação.

Pode-se destacar também a distância quase ilimitada entre pontos remotos e estação
de monitorização, o uso de antenas de pequeno porte e a possibilidade de enviar
alarmes automática e directamente para telemóveis de elementos previamente
definidos, como elementos de manutenção, supervisores, etc.

23
3. CAPÍTULO III- METODOLOGIAS DO TRABALHO E MATERIAIS

3.1. Metodologias do Trabalho

O conceito de metodologia de forma objectiva, se refere a escolha do caminho a seguir,


ou seja, de uma série de métodos e técnicas que podem ser utilizados visando o
atingimento do objectivo de pesquisa.

A elaboração do presente trabalho foi acompanhada pelas seguintes questões de


investigação que conduziram o estudo:

1. Os clientes da EDM têm ficado sem energia (0kWh) não por falta de dinheiro, mas
por distração esquecem de controlar o contador de Credelec?
2. A informação que aparece no painel de Credelec é suficiente para saber quando é
que energia vai “acabar”?
3. Como ajudar aos clientes da EDM a fazer controlo do seu consumo de energia?

3.1.1. Classificação da metodologia do trabalho

Como forma de responder as questões supracitadas, sem esquecer de atender aos


objectivos do trabalho, foi seguida uma metodologia de pesquisa que é classificada
quanto aos procedimentos, a abordagem, natureza e aos objectivos.

 Quanto aos procedimentos

Os procedimentos usados para a implementação do trabalho baseiam-se em:

a) Pesquisa bibliográfica e documental;


b) Inquéritos;

24
c) Observação (estudo de caso);
d) Visita de estudo.

 Quanto a abordagem

Foi usado um procedimento estatístico tanto qualitativo assim como quantitativo, para
satisfazer a abordagem qualitativa tomou-se em consideração a coerência das
respostas apresentado pelas pessoas entrevistadas e os atributos mensuráveis da
experiência humana de cada um dos entrevistados. No que tange a abordagem
quantitativa os resultados do inquérito serão mensurados e quantificados e os
resultados numéricos serão apresentados no trabalho.

 Quanto a natureza

Considerando que o objectivo é resolver problemas específicos e não gerar novos


conhecimentos, quanto a natureza, a metodologia de estudo usada para realizar o
trabalho é de pesquisa aplicada.

 Quanto aos objectivos

Neste trabalho predomina a pesquisa explicativa-experimental.

3.1.2. Inquéritos

Como forma de elevar a relevância, realizar uma problematização baseada na real


situação do cliente e posteriormente apresentar proposta de solução prática do
problema, foram realizados dois inquéritos. O primeiro foi direcionado aos clientes por
forma a saber o seu nível de satisfação referente ao funcionamento do contador

25
Credelec denominado inquérito A e o segundo foi desenvolvido como visita de estudo
a Tmcel para conhecer o fluxo da chamada de SMS.

3.1.2.1. Inquérito A

Foi desenvolvido usando a plataforma Google Formulários, este decorreu entre dias 02
e 12 de Dezembro de 2021 que tinha como objectivo colher a sensibilidade dos clientes
da EDM nos diferentes bairros da província e cidade de Maputo no que tange ao nível
de satisfação na comunicação que existe entre o contador de Credelec e os clientes.

O inquérito foi formado por 8 questões e contou com a participação de 58 pessoas


responsáveis pela gestão e controle das contas de energia nas suas residências, cada
pessoa representando uma família.

3.1.2.1.1. Resultados do inquérito A

Das amostras colhidas, 81% afirmou que em algum momento já ficou sem energia não
por falta de dinheiro para comprar nova recarga, mas sim por distração esqueceu-se
de controlar o contador Credelec. 80% Afirma que a informação que aparece no painel
é insuficiente para prever quando a energia vai acabar. Nesta senda, 15.5% dos
inqueridos consideram que a comunicação entre a EDM e o cliente é muito má, 44.8%
consideram má, 27.6% suficiente e apenas 12.1% consideram boa.

26
3.1.2.2. Inquérito B

Foi realizada uma vistita de estudos ao departamento técnico da Tmcel concretamente


na divisão de comutação que está localizado na rua Belmiro Obadias Muianga, Maputo
384. Esta visita foi realizada entre os dias 20 e 24 de junho de 2022 onde o autor teve
oportunidade de conhecer de forma prática os elementos da rede móvel envolvidos na
gestão de SMS e os procedimentos usados desde o envio até a recepção incluindo o
relatório de entrega. Nessa visita o autor teve acesso a alguns manuais que foram
usados para o desenvolvimento teórico deste trabalho no que diz respeito ao fluxo de
SMS.

3.1.3. Observação (Estudo de caso)

Por forma a obter dados concretos referentes ao consumo residencial de energia


eléctrica em Maputo, antes do desenvolvimento do projecto propriamente dito, foram
realizadas observações em 3 residências. O processo de observação baseou-se na
leitura do contador de Credelec em determinados intervalos de tempo, os valores lidos
foram anotados e tabelados e de seguida representados graficamente.

Residência 1: Casa tipo 3 com 4 moradores (2 crianças e 2 adultos) localizada na

província de Maputo, distrito da Matola, bairro da Matola-Gare, Q.7, nr.254. A colheita


de dados for realizada nos dias 03/07/2022 a 06/07/2022 e 10/07/2022 no intervalo das
06:00h às 21:00h de uma em uma hora de tempo.

Residência 2: Casa tipo 3 com 6 moradores na província de Maputo, distrito da Matola,


bairro da Matola F, Q.1, nr.53. A colheita de dados foi realizada nos dias 06/01/2022 à

27
08/01/2022 no intervalo das 06:00h às 00:00h do dia seguinte de duas em duas horas
de tempo.

Residência 3: Casa tipo 2 com 4 moradores localizada na província de Maputo, distrito


da Matola, bairro da Matola G, Q.4, nr.200. A colheita de dados for realizada nos dias
23/08/2022 à 26/08/2022 no intervalo das 08:00h às 21:00h de uma em uma hora de
tempo.

3.1.3.1. Resultados do estudo do caso

Os gráficos apresentados no anexo 3 expressam o que já era esperado. Com o passar


do tempo, o valor da energia disponível (saldo) vai decrementando, este decréscimo
reflete o consumo dos diferentes equipamentos ligados na instalação como lâmpadas,
ventiladores, geleiras, etc.

Feita uma análise comparativa dos gráficos, foi possível observar que embora todas as
linhas sejam decrescentes, cada linha apresenta inclinações e/ou ondulações própias o
que sustenta/comprova que o consumo de energia não é fixo mesmo tratando-se de uma
residência com um número fixo de habitantes e com mesmos hábitos de consumo (cada
dia apresenta consumo de energia específico). O projecto que se vai desenvolver deve
tomar esse aspecto em consideração.

Com base nos dados apresentados nas tabelas de energia disponível em anexo, fazendo
uso da equação (4) que estabelece a relação entre energia e potência consumida é
𝑨
possível determinar a potência consumida durante o dia: 𝑨 = com essa relação, foram
∆𝑨
determinados os valores que estão apresentados nas tabelas de potências.

28
As tabelas de potências apresentam valores de potência consumida em kW nos
diferentes intervalos de tempo ao longo do dia. Esses dados provam que na mesma
residência a potência consumida em mesmos intervalos de tempo, em dias diferentes
não é a mesma.

Na última linha das tabelas de potências são apresentados os valores das potências
médias diárias, estas foram determinadas pela razão entre a diferença das energias no
início e no fim do dia pelo intervalo de tempo.

Fazendo uma análise comparativa das potências médias é possível observar que a
residência 2 apresenta um consumo mais variável em que a diferença entre o dia de
maior potência e o dia de menor potência é 22,7%, na residência 1 onde o consumo é
menos variável a diferença entre maior e menor potência é 6,1% e na residência 3 a
diferença é 12,07%. Desta forma, pode-se afirmar que nas três residências a diferença
entre as potências médias nos dias de estudo não passou 22,7% e isso indica que apesar
do consumo ser variado a potência média pode ser usada para alcançar um dos
objectivos do projecto que é dar a estimativa do tempo para a energia acabar, sem com
isso esquecer de tomar em consideração que a potência de consumo de cada dia pode
variar em mais ou menos 25% da potência média.

29
3.2. Lista de Material

3.2.1. Escolha do material a usar

Para desenvolver um projecto de sistemas electrónicos e não só a escolha dos


equipamentos a usar não pode em hipótese alguma ser feita a gosto do desenvolvedor
do projecto sem antes este tomar em consideração as características técnicas do
projecto à luz dos objectivos traçados. Em linhas gerais devem-se tomar em
consideração variáveis como capacidade de processamento e armazenamento, tempo
de vida dos equipamentos, o custo de aquisição e manutenção e consumo de energia.

3.2.1.1. Escolha do hardware embarcado microcontrolador

O autor decidiu usar o Arduíno por ser uma plataforma mais amigável, com custo de
aquisição acessível, capacidade de processamento e memória suficiente para as
necessidades do projecto e com bibliotecas de fácil acesso. Mas importa referir que
existem outras opções de hardware disponíveis no mercado como Esp, PIC, Raspberry
que podem também ser usadas para o projecto.

3.2.1.2. Escolha da tecnologia de comunicação

Das diferentes tecnologias de comunicação sem fio existentes (Bluetooth, ZigBee, Wi-
fi, Celular, SigFox e LoRa) a melhor tecnologia a usar por apresentar maior gama de
cobertura de rede, alto alcance de comunicação, grande área geográfica, por ser uma
tecnologia já instalada em quase todo território nacional e com grande número de
assinantes é a comunicação celular. No sistema de comunicação celular o autor decidiu

30
usar o SMS uma vez que nem todos os usuários do celular têm acesso aos serviços
de dados, o uso de SMS oferece maior abrangência podendo este ser
enviado/recebido por qualquer tipo de terminal móvel.

3.2.2. Material a usar

Material Função

Arduíno Microcontrolador responsável pelo controle e


processamento das operações indicadas pelo autor no
código de programação (medir energia, determinar a média
de consumo diário, fazer a previsão do momento em que a
energia vai acabar, etc.)

Modulo GPRS/GSM Oferecer acesso para comunicação entre o sistema


(embutido do contador) e o telemóvel do cliente.

Sensor de corrente Fazer a medição da corrente instantânea da instalação


eléctrica que será usada para determinar a potência
consumida.

Sensor de tensão Fazer a medição dos níveis de tensão disponíveis na


instalação eléctrica que será usada para determinar a
potência consumida.

LCD (2X16) Painel para interface visual com o cliente que apresentar
informações como a energia disponível e a potência
consumida.

Módulo relay Corte de acesso a rede eléctrica quando saldo é 0kWh.

Teclado Matricial Inserir o código de recarga.

31
Buzzer Alerta sonoro para informar ao cliente que a energia está
para acabar.

Fonte de alimentação Alimentar o arduíno e o módulo GSM.

Regulador de tensão Ajustar os níveis de tensão e corrente da fonte para os níveis


de operação do módulo GPRS/GSM.

Jumpers Estabelecer conexão física e eléctrica entre os diferentes


elementos do sistema.

3.2.3. Arduíno Mega 2560

A placa Arduíno Mega 2560 é mais uma placa da plataforma Arduíno que possui
recursos bem interessantes para prototipagem e projetos mais elaborados. Baseada no
microcontrolador ATmega2560, possui 54 pinos de entradas e saídas digitais onde 15
destes podem ser utilizados como saídas PWM. Possui 16 entradas analógicas, 4 portas
de comunicação serial. Além da quantidade de pinos, ela conta com maior quantidade
de memória que Arduíno UNO, sendo uma óptima opção para projetos que necessitem
de muitos pinos de entradas e saídas além de memória de programa com maior
capacidade (Sousa, 2016).

32
Figura 9. Descrição dos pinos do arduíno mega 2560 (Sousa, 2016)

3.2.3.1. Especificações técnicas

 Microcontrolador: ATmega 2560;


 Tensão de funcionamento: 5V;
 Tensão de entrada: 7-12V;
 Limite de tensão: 6 a 20V;
 Entradas e saídas: 54 pinos dos quais 14 oferecem saída PWM;
 Canais de entradas analógicas: 16;
 Corrente DC por saída digital I/O: 40mA;
 Corrente DC por saída analógica I/O: 50mA;
 Memoria Flash (programas):256kb dos quais 8kb são usados para carregador
de sinalização;
 SRAM: 8kb;
 EEPROM: 4kb;
 Contadores: 2 de 8bits e 2 de 16 bits;
 Interfaces: 4 seriais, uma I2C e uma SPI;

33
 Clock speed: 16MHz;
 Dimensões: 120x53x10mm.

3.2.4. Modulo GPRS/GSM SIM800L

O Módulo SIM800L é utilizado para comunicação via dados GSM/ GPRS, necessita de
um chip de operadora de telefonia móvel para comunicação, o módulo pode ter suas
ações controladas por diversos tipos de microcontroladores, como o Arduíno por
exemplo (Morais, 2018).

O Módulo GPRS GSM SIM800L com Antena possui um slot para conexão de simcard
já acoplado ao módulo, este produto é baseado no módulo SIM800L, este é capaz de
realizar serviços de chamada de voz, envio de SMS, troca de dados através da rede
GPRS. O Módulo GPRS GSM SIM800L com Antena se torna a opção ideal para quem
busca a comunicação entre o microcontrolador e o telefone celular GSM em locais
remotos. Além do slot para cartão microsd, o módulo GPRS GSM SIM800L com
Antena possui pinagem para conexão de fone de ouvido e alto-falante
(Autocorerobotica, 2018).

34
Figura 10. Módulo GPRS/GSM SIM800L (Autocorerobotica, 2018)

3.2.4.1. Especificações técnicas do SIM800L

 Banda de operação: 850/900/1800/1900MHz;


 Tensão de operação: 3.6-4.2V;
 Amperagem: >2A;
 CI: SIM 800L;
 Slot: microSIM;
 Antena: SMA e pigtail;
 GPRS Data Uplink e downlink: 85.6kb/s (max );
 Protocolo: TCP/IP embutido;
 Serviços: faz e recebe chamadas de voz, SMS, dados (TCP/IP, http, etc.),
digitaliza e recebe transmissões de radio FM;
 Atende as redes 2G e 2.5G;
 Temperatura de operação: -40 a 850c;
 Dimensões: 21x15x3.2mm.

35
3.2.5. Sensor de corrente ACS712

Este sensor usa efeito hall para detectar o campo magnético gerado pela passagem de
corrente, gerando na saída do módulo (pino OUT) uma tensão proporcional a 66mV/A.
O sensor pode medir correntes entre -30 e +30A de maneira fácil e segura, sendo do
tipo invasivo. Ou seja, é preciso interromper o circuito para realizar a medição.

Pode ser usado com corrente alternada (AC) e corrente continua (DC). Os bornes de
ligação são completamente isolados da saída do microcontrolador.

Figura 11. Sensor de corrente ACS712

3.2.5.1. Especificações técnicas do ACS712

 CI ACS712 Allegro;
 Faixa de medição: -30A a +30A;
 Alimentação: 5V;
 Tempo de resposta: 5µs;
 Saída proporcional de 66mV/A;
 Dimensões: 30x12x12mm.

36
3.2.6. Sensor de tensão AC ZMPT101B

O Sensor de tensão AC 0 a 250V Voltímetro ZMPT101B é um módulo que permite


identificar a presença de tensão alternada. Devido à sua alta precisão, é possível utilizá-
lo como um medidor, garantindo assim óptimas leituras dos valores de tensão alternada
na rede elétrica. Neste projecto o sensor será usado como voltímetro e os valores lidos
serão enviados para o Arduíno e através deles será determinada a potência.

Figura 12. Sensor de tensão ZMPT101B

3.2.6.1. Especificações técnicas do ZMPT101B

 Transformador: ZMPT101B;
 Tensão de alimentação: 5 a 30 VDC;
 Tensão de medição: 0 a 250 VAC;
 Corrente de entrada nominal: 2mA;
 Corrente de saída nominal: 2mA;
 Temperatura de operação: -40 a 70oC;
 Precisão de leitura: ±0,5%;
 Dimensões: 22x20x51mm;
 Peso: 20g.

37
4. CAPÍTULO IV: DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA

No processo de pesquisa houve limitação no acesso a informação sobre os protocolos


de comunicação usado pelo contador de Credelec para fazer a ligação entre o sistema
de alerta e o contador e obter dados de energia para com base nestes desenvolver o
sistema de alerta via SMS que é objectivo geral do projecto.

Face a esta limitação houve necessidade de dividir o trabalho em duas partes:

1. Medidor de consumo de energia;


2. Sistema de alerta de consumo de energia.

TELEMÓVEL (SMS e EMAIL)

SENSOR DE LCD e
ARDUINO BUZER
CORRENTE

SENSOR DE
TENSÃO
Figura 13. Diagrama de blocos do sistema. Fonte (Autor)

4.1. Medidor de consumo de energia

O medidor de consumo de energia irá desempenhar o papel do contador de Credelec


que consiste basicamente em determinar a energia consumida a cada instante,
decrementar o saldo e cortar o acesso a rede quando o saldo é 0kwh.

38
Na interface visual (display) do medidor será possível observar as seguintes
informações:

 Corrente;
 Potência instantânea;
 Valor de crédito disponível.

Fisicamente o medidor de energia será formado por um microcontrolador, para este


projecto o ATmega2560 na plataforma de prototipagem Arduíno, sensor de corrente,
sensor de tensão e um display LCD.

Para o desenvolvimento do medidor de energia foram criadas algumas variáveis a nível


lógico que são de extrema importância para armazenar dados e com base neles
efectuar as operações necessárias, estas são: corrente, tensão, potência, energia
consumida, energia disponível, energia média e recarga.

Segundo, minuto e hora: variáveis usadas para desenvolver a função tempo.

4.1.1. Funcionamento do medidor de energia

O ciclo inicia com a leitura dos valores de corrente em amperes e tensão em volts e
seu respectivo armazenamento nas variáveis correspondentes, a seguir à variável
potência é atribuído o produto entre a corrente e a tensão que é dado em watts. Depois
disso, será determinada a energia consumida em joules a cada ciclo de execução do
código pelo produto entre a potência e o intervalo de tempo de execução de um ciclo
do código. Como os contadores usados nas residências apresentam o consumo de
energia em kWh, há necessidade de se converter consumo de energia de joules para

39
kWh, para tal, será feita a divisão da energia em joules por 3600000, onde os 3600s
correspondem a uma hora e os 1000 são referentes ao submúltiplo de unidade quilo.

Será criada uma função de tempo que fará a contagem dos segundos, minutos e horas
que será usado para permitir o controlo diário da energia consumida no fim de cada
24h cujos dados serão usados para determinar a potência média consumida no fim de
cada dia que será de grande importância para implementação do sistema de alerta. No
fim do primeiro dia a variável energia média vai receber a energia consumida durante
o dia, como a energia consumida será zerada no fim de cada dia e vai iniciar a sua
contagem no dia seguinte, a partir do dia seguinte será feita a comparação entre a
energia media e a energia consumida do dia. De acordo com o estudo de campo feito
nas três residências foi possível observar que a variação do consumo residencial de
energia na mesma estação de tempo não excede a 25%, assim se a energia consumida
não for maior que 25% ou menor que 25% da energia consumida no dia seu valor não
será alterado, caso contrário, o seu valor será actualizado e determinado pela média
entre a energia media anterior e a energia consumida nesse dia.

Para um projecto prático convém que se faça o uso do módulo RTC para o controle do
tempo, mas para o protótipo o autor achou mais confortável a criação da função tempo
por forma a facilitar a manipulação do tempo e apresentação imediata dos resultados.

4.1.1.1. Corte de energia

Quando a variável energia disponível tiver o valor zero que significa falta de saldo, o
módulo relay que se encontra na porta de acesso a rede eléctrica pública vai abrir
impedindo que o cliente tenha acesso até recarregar.

40
4.1.1.2. Processo de recarga

Para recarregar foi desenvolvido um aplicativo com interface gráfica no java que gera as
recargas através de um código randómico que será apresentado nos anexos. Uma vez
gerado o código “pelo responsável pela venda de crédito”, o código será enviado para o
medidor e esse código será guardado na variável recarga. Quando o cliente introduzir o
código através do teclado matricial, o medidor vai comparar o código introduzido no
teclado com o código enviado pelo java através da interface USB, se os códigos forem
iguais imediatamente a variável energia disponível é incrementada e o relay fecha o
circuito dando acesso a rede, caso contrário, a energia disponível continua zero e o
cliente continua sem acesso a energia.

4.2. Sistema de alerta

O sistema de alerta que é a parte inovadora do medidor de energia, como o nome já


diz tem a função de alertar/informar ao cliente sobre o estado do seu saldo de energia
e dar a previsão do tempo em que a energia vai acabar. Tal alerta será feito por um
lado usando o buzzer (para dar um beep) que será ouvido pelos clientes que estiverem
em casa e ao mesmo tempo será enviado SMS que poderá ser recebido em qualquer
lugar com cobertura da rede GSM.

Uma vez que a rede móvel é um sistema muito complexo com vários elementos
envolvidos que em algumas situações tem apresentado atrasos nos serviços ofericidos
por vários motivos e considerando que o envio do alerta depende da rede, por forma a
evitar que os alertas atrapalhem em vez de ajudar ao cliente por conta dos problemas
da rede, cada alerta vai incluir no seu texto a data e hora em que o sistema enviou a
mensagem por forma a garantir que independemente da hora que o cliente receber o
alerta saiba em que momento o sistema enviou.

41
A variável energia média será a referência, esta será usada para fazer a comparação
com a energia disponível e será configurado para que se dê alerta ao cliente quando:
a energia disponível for três ou duas vezes maior que a energia média ou quando for
igual a energia média informando que há previsão de energia acabar em três, dois ou
um dia respectivamente.

Para além dos momentos pré-definidos para dar alerta ao cliente haverá a possibilidade
do cliente enviar SMS para o medidor a procurar saber do saldo e previsão do tempo
para energia acabar a qualquer momento e o medidor por sua vez encarrega-se por
enviar SMS respondendo ao cliente.

42
4.3. Fluxograma

Segue a apresentação gráfica da lógica usada para programar o microcontrolador que


executa as instruções apresentadas nos pontos 4.1 e 4.2.

43
44
45
46
47
48
4.4. Esquema eléctrico funcional

49
4.5. Montagem real

As perguntas que podem surgir são, numa instalação eléctrica residencial em que
ponto pode-se instalar o sistema? Como conectar o sistema à instalação?

Uma vez que é ilegal fazer qualquer conexão numa instalação antes do contador e que
o sistema deve ter informação de toda instalação sem excluir nenhuma carga, o ponto
ideal para se instalar o sistema é imediatamente depois do contador e antes das
cargas, ou seja, no quadro geral. As conexões eléctricas serão feitas através dos
sensores de corrente e tensão onde o primeiro será colocado em série através do
condutor que sai do contador para o disjuntor geral e o segundo estará conectado por
um lado no condutor que vai ao disjuntor geral e por outro lado no neutro.

Uma vez que o objectivo principal é dar o alerta e não necessariamente fazer medição
de energia, para um sistema prático funcional pode-se usar ferramentas de inteligência
artificial (Machine Learnig) eliminando a necessidade de conexões eléctricas com a
instalação residencial e reduzindo os riscos de erros de medição de energia uma vez
que serão usados dados obtidos directamente do contador real. Com Machine Leaning
é possível através de uma câmera ter os dados de consumo de energia oferecidos pelo
contador da EDM e esses dados podem ser processados pelo sistema para de seguida
dar-se o alerta ao cliente.

Figura 14. Montagem real. Fonte (Autor)

50
4.6. Orçamento

Tabela 1. Orçamento do material necessário para o projecto

Código Descrição Quantidade Preço Preço total


unitário

01 Arduíno Mega 2560 01 2.500,00Mt 2.500,00Mt

02 Módulo GSM SIM800L 01 1.200,00Mt 1.200.00Mt

03 Sensor de corrente ACS 01 350,00Mt 350,00Mt


712

04 Sensor de tensão 01 400,00Mt 400,00Mt

05 LCD+I2C (2x16) 01 600,00Mt 600,00Mt

06 Teclado matricial 01 400,00Mt 400,00Mt

07 Fonte de alimentação 01 507,00Mt 507,00Mt


12V-2A

08 Regulador de tensão 01 350,00Mt 350,00Mt


ajustável

09 Buzzer 02 65,00Mt 130,00Mt

10 Módulo Relay 5V 01 350,00Mt 350,00Mt

11 Módulo RTC DS3231 01 350,00Mt 350,00Mt

12 Jumper 35 10,00Mt 350,00Mt

Total 7.487,00Mt

51
5. CAPÍTULO V: CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E RECOMENDAÇÕES
DE ESTUDO

5.1. Conclusões

O verdadeiro sentido do engenho não está no simples acto de criar e desenvolver


projectos como um algo desportivo ou competitivo para simples satisfação do projetista,
mas sim torna-se relevante e valioso quando resolve problemas que a sociedade
enfrenta. Nesta senda, depois da identificação do problema o autor sentiu-se na
obrigação de actualizar o funcionamento dos actuais sistemas de Credelec para
resolver os problemas que a sociedade enfrenta. Assim, surgiu o sistema de alerta de
consumo de energia eléctrica via SMS desenvolvido procurando reduzir os riscos do
cliente ficar sem energia por distração e ocupação noutras actividades.

No desenvolvimento deste sistema todos os objectivos apresentados no primeiro


capítulo foram alcançados e importa referir que este pode ser desenvolvido para
aplicações práticas, isto é, pode ser tirado do papel e ir além de um simples protótipo
e chegar a finalidades comerciais uma vez que responde positivamente no sentido de
mitigar um problema que a sociedade Moçambicana enfrenta. Vem responder ao grito
de socorro de boa parte das pessoas que dependem de energia eléctrica para
comercialização de produtos e serviços que servem de fonte de rendimento para suas
famílias.

Com este estudo o autor pôde provar que apesar dos hábitos de consumo dos clientes
serem variados, com a determinação da potência média e sem esquecer de tomar em
considerção que esta sofre pequenas variações é possível alertar o cliente sobre seu
consumo de energia e dar a previsão do tempo para a energia acabar. Esse estudo
teve como base para alerta SMS e emissão sonora, mas de acordo com a criatividade,
praticidade e condições existentes podem ser desenvolvidas outras formas de
comunicação para alertar ao cliente.

52
De modo a tornar o sistema mais acessível em coordenação com a EDM pode-se
trabalhar no sentido de inserir o sistema de alerta como parte interna dos contadores
de Credelec e eliminar a necessidade de se adquirir um microcontrolador, sensores de
corrente e tensão, teclados e display LCD externos bastando apenas a introdução do
códigode alerta e o módulo GSM.

5.2. Limitações e desafios

No desenvolvimento do trabalho, o autor deparou-se com algumas situações que não


colaboraram positivamente para que os objectivos fossem alcançados como tinha sido
traçado antes da implementação, a saber:

1. Difícil acesso a informação referente aos factores que influenciam para a variação
do consumo de energia em Moçambique, dados como a curva geral do consumo
diário na escala nacional, regional ou provincial seria de grande aplicação para
maior precisão na realização do trabalho.
2. Dependência pelo estado da rede das operadoras móveis, isto é, quando há
problemas na rede móvel de comunicação torna-se difícil fazer chegar o alerta ao
cliente.
3. Existência de alguns pontos do país com acesso a energia eléctrica mas com
problemas de cobertura de rede móvel.
4. Falta de informação referente aos protocolos de comunicação usados pelo
contador de credelec para comunicação entre o contador e o sistema de alerta.

53
5.2.1. Medidas de mitigação

Face aos problemas apresentados no ponto 5.2 o autor apresenta algumas sugestões
para as ultrapassar e algumas delas foram tomadas em consideração no
desenvolvimento do protótipo. Para ultrapssar a limitação do problema de cobertura da
rede, o autor recomenda que se façam contratos com as 3 operadoras existentes em
Moçambique onde a colocação de uma em determento de outra será feita de acordo
com a qualidade dos serviços oferecidos pelas operadoras em cada região. Por outro
lado, para ultrapassar problemas que se verificam nas situações em que há problemas
de serviços de SMS o autor incluiu o alerta sonoro e o uso da rede de dados para envio
de Emails.

5.3. Recomendações de estudo

Para o desenvolvimento prático deste projecto e continuação do estudo sobre este


tema, o autor recomenda:

 Uso do módulo RTC para controle de tempo de forma mais precisa e que não
dependa necessariamente da rede pública para seu funcionamento.
 Inclusão no alerta dos circuitos que consomem mais energia para facilitar a
gestão por parte dos clientes.
 Permitir ligar e desligar os circuitos eléctricos na residência a distância usando
SMS.

Aos usuários da rede pública, o autor recomenda:

 Um consumo racional de energia eléctrica para melhor controle e poupança.


 Ter a atenção de garantir que o cartão SIM do módulo GSM sempre tenha SMS
e que se faça o uso de recargas electónicas eliminado a necessidade de ter que
se tirar o cartão só para recarregar.

54
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55
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56
Anexos

Anexo 1: Código fonte

//Carrega bibliotecas
#include <Wire.h> //Biblioteca para Comunicação I2C
#include <LiquidCrystal_I2C.h> //Biblioteca com as funções do display
#include <SoftwareSerial.h> // Biblioteca para comunicacao serial com o computador

//VARIAVEIS E DEFINICAO DE PINOS


#define endereco 0x27
#define colunas 16
#define linhas 2
#define buzzer 7
#define numero "+258842549069" //numero para validacao e envio de mensagens

float tensao = 220.000; //Tensao da rede


float correnteRms; //A variável que vai armazenar a corrente medida pelo sensor
float potencia; //A variável que vai armazenar potência a partir da fórmula P = V x I
float EnergiaConsumid1=0; //A variável que vai armazenar a energia gasta a partir da
fórmula E = P x t
float EnergiaConsumid2=0;// variável auxiliar
float EnergiaDispon=3;
float Energiamedia=0; //Variavel que vai armazenar a média de energia consumida
diariamente
//Definição da variável 'sensibilidade' a partir da corrente medida pelo seu sensor:
//- Para 30A, sensibilidade = 0.066;
//- Para 20A, sensibilidade = 0.100;
//- Para 5A, sensibilidade = 0.185;

57
float sensibilidade = 0.100;
int seg =0, min =0, hora=0;
unsigned long ult_tempo, tempo;

//INSTACIANDO OBJECTOS
LiquidCrystal_I2C lcd (endereco, colunas, linhas);
void enviaSMS(String telefone, String mensagem);

//DEFINICAO DE FUNCOES
void Medidor ();
void configuraGSM();
void energia1();
void energia2();
void energia3();

void setup() {
lcd.begin(colunas, linhas); //Identifica que o display possui 16 colunas e 2 linhas
lcd.init();
lcd.backlight(); //iluminacao do display
lcd.clear();// limpa display
Serial.begin(9600);
lcd.setCursor (0,0);
lcd.print (“Energ.Disp. (kWh):”);
lcd.setCursor (0,1);
lcd.print (“Pot.(W):”);
Serial.println("Sketch Iniciado!");
configuraGSM();
pinMode (buzzer, OUTPUT);

58
digitalWrite (buzzer, 0);
ult_tempo=0;
tempo=0;
}

void loop() {
Medidor (); // chama a funcao "Medidor de energia"
Energia1(); // chama a funcao energia 1, que sinaliza quando ha previsao de energia
acabar em 1 dia
Energia2(); // chama a funcao energia 2, que sinaliza quando ha previsao de energia
acabar em 2 dia
Energia3(); // chama a funcao energia 3, que sinaliza quando ha previsao de energia
acabar em 3 dia

// quando millis() reiniciar


if (tempo>millis() ) {
ult_tempo= ult_tempo-tempo+millis();
}
tempo=millis();
if ( (tempo-ult_tempo) >=1000) {
//inicio do segundo
ult_tempo=tempo;
seg++;
}
if (seg>=60 ) {
//inicio do minuto
seg=0;
min++;
}

59
if (min>=60 ) {
//inicio da hora
seg=0;
min=0;
hora++;
}
if (hora==24 ) {
seg=0;
min=0;
hora=0;
if (Energiaconsumid1>1.3*Energiamedia|| Energiaconsumid1<0.7*Energiamedia) {
Energiamedia=Energiaconsumid1; }
}
Energiaconsumid1=0;
Energiaconsumida2=0;}

Medidor (); {
correnteRms = calculaCorrente(filtroDaMedia()); //Calcula a corrente
potencia = abs(correnteRms * tensao); //Calcula a potência a partir da fórmula P = V
x I. A potência é apresentada em valor absoluto pela função "abs"
EnergiaConsumid1+=(potencia*1.2/3600000); //Calcula a energia gasta até o
momento a partir da fórmula E = P x t t = 1,2s ,pois esse é o tempo aproximado
de ciclo da função loop desse programa, divide-se por 3600000 para converter a
energia de Joule para kWh
lcd.clear(); //limpa LCD
lcd.setCursor(0,0); //Coloca o cursor do display na primeira linha e primeira coluna
//Digita o valor de Tensão na linha 1
Serial.print (“Tensao: “);
Serial.print (Tensao);

60
Serial.println (“V”);

//Digita o valor de Corrente na linha 2


Serial.print (“Corrente: “);
Serial.print (correnteRms);
Serial.println (“A”);

//Digita o valor da Potência na linha 3


Serial.print (“Potencia: ”);
Serial.print (potencia);
Serial.println(“W”);

//Digita a energia gasta até o momento na linha 2


lcd.setCursor(0,1);
lcd.print("Energia: ");
lcd.print(EnergiaConsumid,3);
lcd.print(" kWh");
Serial.print (“Energia C: ”);
Serial.print (EnergiaConsumid1);
Serial.println(“kWh”);
diferenca= EnergiaConsumid1-Energia consumid2;
EnergiaDispon= EnergiaDispon-diferenca;
Energiaconsumid2=Energiaconsumid1;}

// A função "calculaCorrente" vai converter o sinal amostrado pelo arduino em A0 num


valor de corrente.
float calculaCorrente(int sinalSensor) {
return (float)(sinalSensor)*(5.000)/(1023.000*sensibilidade);}

61
// A função "filtroDaMedia", como o nome já diz, é um Filtro da Média. Esse é um filtro
digital que serve para retirar o ruído do sinal do sensor.
// Nessa função, nós amostramos o sinal do sensor mil vezes, somamos essas
amostras e dividimos por 1000. Obtemos assim a média aritmética de 1000 amostras.
int filtroDaMedia(){
long somaDasCorrentes=0, mediaDasCorrentes;
for(int i=0; i<1000; i++){
somaDasCorrentes+=pow((analogRead(A0)-509),2); //Soma o valor das correntes
elevadas ao quadrado para calcular o valor RMS
delay(1);
}
mediaDasCorrentes=sqrt(somaDasCorrentes/1000); //Calcula a média quadrática da
corrente
if(mediaDasCorrentes==1) //esse if é para remover o ruído de 7mA quando I=0. possui
uma desvantagem, pois só permite que o sensor meça correntes a partir de
(2*5)/(1023*sensibilidade)
return 0;
return mediaDasCorrentes;}
Energia1() {
if (Energiadisponivel== Energiamedia) {
Serial.println("Ha previsao de energia acabar daqui a 1 dia");
enviaSMS(numeroComando, "Saudacoes! Ha previsão da energia acabar daqui a 1
dia");
digitalWrite (buzzer, 1);
delay(1000);
digitalWrite (buzzer, 0);
} }
}
Energia2() {
if (Energiadisponivel== 2*Energiamedia) {
62
Serial.println("Ha previsao de energia acabar daqui a 2 dias");
enviaSMS(numeroComando, "Saudacoes! Ha previsão da energia acabar daqui a 2
dias");
digitalWrite (buzzer, 1);
delay(1000);
digitalWrite (buzzer, 0);
} }
}
Energia3() {
if (Energiadisponivel== 3*Energiamedia) {
Serial.println("Ha previsao de energia acabar daqui a 3 dias");
enviaSMS(numeroComando, "Saudacoes! Ha previsão da energia acabar daqui a 3
dias");
digitalWrite (buzzer, 1);
delay(1000);
digitalWrite (buzzer, 0);
} }

63
Anexo 2: Resulados do inquério A

64
Anexo 3: Resultados do estudo do caso

Tabela 2. Dados de energia disponível colhidos da residência 1. Fonte (Autor)

Hora/Data 3/7/2022 4/7/2022 5/7/2022 6/7/2022 10/7/2023


06:00h 11.8 17.7 12.4 7 6.7
07:00h 11.6 17.4 12.2 6.8 6.5
08:00h 11.4 17.3 12 6.6 6.3
09:00h 11.2 17.1 11.8 6.4 6.1
10:00h 11 17 11.6 6.2 5.9
11:00h 10.8 16.8 11.4 6 5.7
12:00h 10.6 16.6 11.2 5.8 5.5
13:00h 10.3 16.4 11 5.6 5.3
14:00h 10.2 16.2 10.8 5.4 5.1
15:00h 10 16 10.6 5.2 4.9
16:00h 9.8 15.8 10.4 5 4.6
17:00h 9.7 15.6 10.1 4.8 4.5
18:00h 9.4 15.4 9.8 4.5 4.3
19:00h 9.1 15.1 9.7 4.4 4.1
20:00h 8.9 14.8 9.5 4.2 3.8
21:00h 8.7 14.5 9.3 4 3.7

65
Consumo de energia na
20
casa 1
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0

3/7/2022 4/7/2022 5/7/2022 6/7/2022 10/7/202


3

Gráfico 1. Consumo de energia na residência 1. Fonte (Autor)

Tabela 3. Dados de energia disponível colhidos da residência 2. Fonte (Autor)

Hora/Data 06/01/2022 07/01/2022 08/01/2022


06:00AM 38.9 57 45
08:00AM 37 55.8 43.2
10:00AM 35.5 51.2 40.9
12:00PM 33.1 50.2 38.7
02:00PM 29.9 48.1 38
04:00PM 25.8 47.8 35.9
04:00PM 64.5 47.8 35.9
06:00PM 62.9 47.1 32.8
08:00PM 61.9 46.7 31.9
10:00PM 58.5 46.2 31
12:00AM 57.8 45.7 29.6

66
Consumo de energia na
70
casa 2
60
50
40
30
20
10
0

6/1/2022 7/1/2022 8/1/2022

Gráfico 2. Consumo de energia na residência 2. Fonte (Autor)

Tabela 4. Dados de energia disponível colhidos da residência 3. Fonte (Autor)

Hora/Data 23/08/2022 24/08/2022 25/08/2022 26/08/2022


08:00AM 9.2 9.1 2.1 14.9
09:00AM 8.9 8.9 1.8 14.7
10:00AM 8.6 8.5 1.5 14.4
11:00AM 8.4 8.2 1.1 14.2
12:00PM 8.1 8 0.8 13.9
01:00PM 7.8 7.7 0.5 13.5
02:00PM 7.5 7.4 0.2 13.2
03:00PM 7.1 7.2 0.2 13
03:00PM 7.1 7.2 20 13
04:00PM 6.9 7 19.7 12.7
05:00PM 6.6 6.7 19.5 12.4
06:00PM 6.4 6.4 19.1 12
07:00PM 6 6.1 18.6 11.7
08:00PM 5.6 5.8 18.3 11.2
09:00PM 5.2 5.4 18 10.7

67
Consumo de energia na
25
casa 3
20

15

10

23/08/202 24/08/202 25/08/202 26/08/202


2 2 2 2

Gráfico 3. Consumo de energia na residência 3. Fonte (Autor)

Tabela 5. Potência consumida na residência 1. Fonte (Autor)

Hora/Data 3/7/2022 4/7/2022 5/7/2022 6/7/2022 10/7/2022


06:00AM 0.23 0.25 0.23 0.25 0.24
07:00AM 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2
08:00AM 0.2 0.1 0.2 0.2 0.2
09:00AM 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2
10:00AM 0.2 0.1 0.2 0.2 0.2
11:00AM 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2
12:00PM 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2
01:00PM 0.3 0.2 0.2 0.2 0.2
02:00PM 0.1 0.2 0.2 0.2 0.2
03:00PM 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2
04:00PM 0.2 0.2 0.2 0.2 0.3
05:00PM 0.1 0.2 0.3 0.2 0.1
06:00PM 0.3 0.2 0.3 0.3 0.2
07:00PM 0.3 0.3 0.1 0.1 0.2
08:00PM 0.2 0.3 0.2 0.2 0.3
09:00PM 0.2 0.3 0.2 0.2 0.1

68
P.média 0.206 0.213 0.206 0.2 0.2

Potência consumida na
0.3
residência 1
5
0.3
0.2
5
0.2
0.1
5
0.1
0.0
5
0
3/7/2022 4/7/2022 5/7/2022 6/7/2022 10/7/202
2

Gráfico 4. Potência consumida na residência 1. Fonte (Autor)

Tabela 6. Potência consumida na residência 2. Fonte (Autor)

Hora/Data 6/1/2022 7/1/2022 8/1/2022


06:00AM 0.1 0.13 0.12
08:00AM 0.95 0.6 0.9
10:00AM 0.75 2.3 1.15
12:00PM 1.2 0.5 1.1
02:00PM 1.6 1.05 0.35
04:00PM 2.05 0.15 1.05
06:00PM 0.8 0.35 1.55
08:00PM 0.5 0.2 0.45
10:00PM 1.7 0.25 0.45
12:00AM 0.35 0.25 0.7
P.média 1.1 0.85 0.96

69
Potência consumida na
2.
residência 2
5

1.
5

0.
5

6/1/2022 7/1/2022 8/1/2022

Gráfico 5. Potência consumida na residência 2. Fonte (Autor)

Tabela 7. Potência consumida na residência 3. Fonte (Autor)

Hora/Data 23/08/2022 24/08/2022 25/08/2022 26/08/2022


08:00AM 0.34 0.37 0.3 0.37
09:00AM 0.3 0.2 0.3 0.2
10:00AM 0.3 0.4 0.3 0.3
11:00AM 0.2 0.3 0.4 0.2
12:00PM 0.3 0.2 0.3 0.3
01:00PM 0.3 0.3 0.3 0.4
02:00PM 0.3 0.3 0.3 0.3
03:00PM 0.4 0.2 0.2 0.2
04:00PM 0.2 0.2 0.3 0.3
05:00PM 0.3 0.2 0.2 0.3
06:00PM 0.2 0.3 0.4 0.4
07:00PM 0.4 0.3 0.5 0.3
08:00PM 0.4 0.3 0.3 0.5
09:00PM 0.2 0.4 0.3 0.5
P.média 0.307 0.284 0.315 0.323

70
Potência consumida na
0.
residência 3
6
0.
5

0.
4

0.
3

0.
2

0.
1
23/08/202 24/08/202 25/08/202 26/08/202
0 2 2 2 2

Gráfico 6. Potência consumida na residência 3. Fonte (Autor)

Anexo 4: Dados de acesso a telefone celular em Moçambique

QUADRO 63. POPULAÇÃO DE 3 ANOS E MAIS POR


POSSE DE TELEFONE CELULAR, SEGUNDO ÁREA DE
RESIDÊNCIA,
PROVÍNCIA E SEXO. MOÇAMBIQUE, 2017
ÁREA DE RESIDENCIA POSSE DE TELEFONE CELULAR
PROVÍNCIA E SEXO DO
NAO
CHEFE DE AGREGADO TOTAL TEM TEM DESCONHECIDO
1 2 3 4
TOTAL 24,269,150 6,406,198 16,044,154 1,818,798
HOMENS 11,608,702 3,573,918 7,151,514 883,270
MULHERES 12,660,448 2,832,280 8,892,640 935,528
URBANA 8,231,909 3,457,620 4,213,597 560,692
HOMENS 3,970,594 1,810,185 1,887,246 273,163
MULHERES 4,261,315 1,647,435 2,326,351 287,529
RURAL 16,037,241 2,948,578 11,830,557 1,258,106
HOMENS 7,638,108 1,763,733 5,264,268 610,107
MULHERES 8,399,133 1,184,845 6,566,289 647,999

71
NIASSA 1,525,159 275,046 1,121,949 128,164
HOMENS 740,667 178,794 499,406 62,467
MULHERES 784,492 96,252 622,543 65,697
CABO DELGADO 2,042,532 411,043 1,478,153 153,336
HOMENS 986,253 250,247 661,072 74,934
MULHERES 1,056,279 160,796 817,081 78,402
NAMPULA 4,899,341 803,051 3,645,593 450,697
HOMENS 2,370,876 511,188 1,641,894 217,794
MULHERES 2,528,465 291,863 2,003,699 232,903
ZAMBÉZIA 4,455,398 647,184 3,420,113 388,101
HOMENS 2,125,987 429,000 1,509,813 187,174
MULHERES 2,329,411 218,184 1,910,300 200,927
TETE 2,289,875 458,500 1,650,734 180,641
HOMENS 1,117,033 293,797 735,287 87,949
MULHERES 1,172,842 164,703 915,447 92,692
MANICA 1,656,646 461,178 1,090,900 104,568
HOMENS 790,323 261,433 477,937 50,953
MULHERES 866,323 199,745 612,963 53,615
SOFALA 1,984,204 533,080 1,314,233 136,891
HOMENS 956,665 319,222 570,626 66,817
MULHERES 1,027,539 213,858 743,607 70,074
INHAMBANE 1,347,059 579,049 700,120 67,890
HOMENS 612,225 266,526 312,577 33,122
MULHERES 734,834 312,523 387,543 34,768
GAZA 1,278,129 567,891 648,023 62,215
HOMENS 573,349 250,662 292,597 30,090
MULHERES 704,780 317,229 355,426 32,125
MAPUTO PROVÍNCIA 1,775,732 1,010,801 667,071 97,860
HOMENS 846,724 491,910 306,396 48,418
MULHERES 929,008 518,891 360,675 49,442
MAPUTO CIDADE 1,015,075 659,375 307,265 48,435
HOMENS 488,600 321,139 143,909 23,552
MULHERES 526,475 338,236 163,356 24,883

72
Anexo 5: Interface gráfica do gerador de recargas

73
74
Anexo 6: Protótipo

75
76

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