Fichamento Do Livro Aba

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FICHAMENTO DO LIVRO “PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ANÁLISE DO

COMPORTAMENTO”
Cap. 1: o reflexo inato
Da mesma forma, quando o seio da mãe
entra em contato com a boca do bebê, uma
resposta semelhante é observada (sucção).
Não é necessário que o recém-nascido, de
maneira geral, aprenda a mamar. Imagine
como seria difícil ensiná-lo a sugar o seio da
mãe. De modo semelhante, se você espetar o
pé de um bebê, ele contrairá a perna,
afastando o pé do objeto que o está ferindo.
Esses e inúmeros outros reflexos fazem
parte do REPERTÓRIO
COMPORTAMENTAL
(COMPORTAMENTOS DE UM
ORGANISMO) de animais humanos e não
humanos desde o momento de seu
nascimento, ou mesmo já durante a vida
intrauterina; por isso, são chamados de
comportamentos reflexos inatos. (p.12)
Em psicologia, quando falamos sobre
comportamento reflexo, o termo reflexo não
se refere a capacidades ou habilidades, mas,
sim, a uma relação entre uma ação e o que
aconteceu antes dela. Neste caso, o que o
indivíduo fez é chamado de resposta, e o que
aconteceu antes da resposta – e a produziu –
é chamado de estímulo. Reflexo, portanto,
é uma relação entre um estímulo e uma
resposta, é um tipo específico de interação
entre um organismo e seu ambiente.
(p.13)
estímulo é uma mudança no ambiente, e
resposta é uma mudança no organismo. (p.3)
Dito em termos técnicos, o reflexo é uma
relação na qual um estímulo elicia (produz)
uma resposta. (p.14)
Uma contingência é definida como uma
descrição de relações condicionais entre
eventos, isto é, relações do tipo: se... então...
Por exemplo, se uma luz forte incide sobre a
retina (estímulo), então ocorre a contração
da pupila (resposta). Dessa forma, podemos
dizer que uma relação reflexa é uma
relação de contingência. (p.16)
Tanto intensidade como magnitude
referem-se ao “quanto” de estímulo e de
resposta, ou à “força” do estímulo e da
resposta, como falamos na linguagem
cotidiana. (p.16)
O objetivo de uma ciência é buscar relações
regulares (constantes) entre eventos, e foi
exatamente isso que os cientistas que
estudaram e estudam o comportamento
reflexo fizeram: eles buscaram identificar
relações constantes entre os estímulos e as
respostas por eles eliciadas que se
repetissem nos mais diversos reflexos e em
diferentes espécies animais. Essas
regularidades nas relações entre estímulos e
respostas são chamadas de leis ou
propriedades do reflexo. p.18)
Lei da intensidade-magnitude. A lei da
intensidade-magnitude estabelece que a
intensidade do estímulo é uma medida
diretamente proporcional à magnitude da
resposta, ou seja, em um reflexo, quanto
maior a intensidade do estímulo, maior será
a magnitude da resposta. (p.18)
Lei do limiar. A lei do limiar estabelece
que, para todo reflexo, é necessária uma
intensidade mínima do estímulo para que a
resposta seja eliciada. (p.19)
Lei da latência. Latência é o nome dado a
um intervalo entre dois eventos. No caso dos
reflexos, latência é o tempo decorrido entre
a apresentação do estímulo e a ocorrência da
resposta. A lei da latência estabelece que,
quanto maior a intensidade do estímulo,
menor o intervalo entre sua apresentação e a
ocorrência da resposta. Dizemos, portanto,
que intensidade do estímulo e latência da
resposta são duas medidas inversamente
proporcionais. (p.20)
a intensidade do estímulo também tem uma
relação diretamente proporcional à duração
da resposta: quanto maior a intensidade do
estímulo, maior será a duração da resposta.
(p.21)
Com o aumento na intensidade do estímulo,
o aumento na magnitude e na duração da
resposta não é ilimitado. Ou seja, chega um
ponto em que aumentos na intensidade do
estímulo não serão acompanhados de
aumentos correspondentes na magnitude e
na duração da resposta. (p.21)
Quando um determinado estímulo, que
elicia uma determinada resposta, é
apresentado ao organismo várias vezes
seguidas em curtos intervalos de tempo, a
resposta que compõe o reflexo em questão é
eliciada várias vezes em sequência, em
sucessão, uma vez após a outra. Nesse caso,
falamos de ELICIAÇÕES SUCESSIVAS
de uma resposta. Essas eliciações sucessivas
podem produzir alterações nas relações entre
o estímulo e a resposta. Mais
especificamente, elas podem alterar as
relações entre a intensidade do estímulo e a
magnitude, a duração e a latência da
resposta.(p.22)
No entanto, eliciações sucessivas de uma
resposta podem fazer uma mesma
intensidade do estímulo eliciar respostas
com magnitudes cada vez menores e
latências cada vez maiores. Esse padrão de
diminuição na magnitude da resposta e
aumento na latência produzidos por
eliciações sucessivas é chamado de
habituação da resposta ou, simplesmente,
de habituação. (p.22)
Em contrapartida, eliciações sucessivas Também pode ser chamado de potenciação
podem fazer uma mesma intensidade do
estímulo eliciar respostas com magnitudes
cada vez maiores e latências cada vez
menores. Esse padrão de aumento na
magnitude e diminuição na latência da
resposta produzidos por eliciações
sucessivas da resposta é chamado de
sensibilização da resposta ou,
simplesmente, de sensibilização. (p.22)
Eliciações sucessivas com estímulos
aversivos, como choques elétricos, por
exemplo, tendem a gerar sensibilização, em
vez habituação. No entanto, se eliciações
sucessivas gerarão habituação ou
sensibilização depende, no geral, de uma
série de fatores (i.e., de uma série de
variáveis experimentais), conforme tem sido
apontado na literatura da área. (p.24)
É importante destacar que os efeitos de
eliciações sucessivas, tanto a habituação
quanto a sensibilização, são temporários.
Isso quer dizer que, uma vez interrompida a
apresentação do estímulo eliciador por um
certo período de tempo, uma nova
apresentação do estímulo produzirá
magnitudes e latências de respostas
similares àquelas registradas no início das
eliciações sucessivas.(p24)
nascemos também preparados para ter Muito bom para analisar quando alguém
algumas respostas emocionais quando descreve uma emoção e não sabe de onde
determinados estímulos surgem em nosso ela surgiu. Sempre observar para situações
ambiente. Inicialmente, é necessário saber antecedentes, as quais podem ser
que as emoções não surgem do nada. As modificações ambientais externas, bem
emoções, ou RESPOSTAS como pensamentos, etc.
EMOCIONAIS, ocorrem em função de
determinados eventos ambientais. Na
maioria dos casos, não sentimos medo,
alegria ou raiva na ausência de eventos
desencadeadores; sentimos essas emoções
apenas quando algo acontece. Mesmo que a
situação que produza uma resposta
emocional não seja aparente, isso não quer
dizer que ela não exista, podendo ser até
mesmo um pensamento, uma lembrança,
uma música, uma palavra, etc. (p.24)
Os fármacos que os psiquiatras prescrevem A análise do comportamento tem enfoque
não afetam a mente humana, mas sim o no que é visível. Sendo assim, as emoções
organismo, isto é, a sua fisiologia. Quando serão tratadas no âmbito fisiológico, o que
nos referimos às emoções, estamos falando, caracteriza uma resposta visível. S R¹
portanto, sobre respostas dos organismos (emoção) R² (comportamento visível).
que ocorrem em função de algum estímulo. Busca pela subjetividade mais superficial,
Os organismos nascem preparados para que pois busca entender apenas a relação entre
algumas modificações momentâneas estímulo e R¹, para, assim, compreender a
ocorram em sua fisiologia em função de R², a qual consiste na emoção externalizada
alterações no ambiente. (p.26) por um comportamento visível.
Cap. 2 O reflexo aprendido: condicionamento pavloviano
Outra característica das espécies animais,
também desenvolvida ao longo de sua
história filogenética, de grande valor para
sua sobrevivência, é a capacidade de
aprender novos reflexos, ou seja, a
capacidade de reagir de formas diferentes a
novos estímulos. (p.29)
Suponha que o animal a que nos referimos
no parágrafo anterior mude-se para um
ambiente onde há frutas vermelhas que
possuem a mesma toxina da fruta amarela.
A toxina (estímulo), de maneira inata,
produz (elicia) no animal vômitos e náuseas
(respostas). Assim, após tal evento, o animal
poderá passar a sentir náuseas ao ver a fruta
vermelha. Ver a fruta vermelha → sentir
náuseas é um reflexo aprendido. (p.29)
Ivan Petrovich Pavlov, um fisiologista russo,
ao estudar reflexos inatos, observou que
seus sujeitos experimentais (cães) haviam
aprendido novos reflexos; ou seja, estímulos
que não eliciavam determinadas respostas
passaram a eliciá-las. Ao fenômeno da
aprendizagem de um novo reflexo, em sua
homenagem, deu-se o nome de
condicionamento pavloviano, também
conhecido como condicionamento clássico
ou condicionamento respondente. (p.30)
Prevendo, com base nos seus estudos
anteriores, que a carne já tinha a função de
eliciar respostas de salivação, mas que o
som de uma sineta não, Pavlov apresentou o
som da sineta logo antes de apresentar a
carne ao cão, registrando a quantidade de
saliva. Pavlov repetiu várias vezes esse
procedimento, denominado
emparelhamento de estímulos. (p.31)
Para que haja a aprendizagem de um novo
reflexo, ou seja, para que haja
condicionamento pavloviano, um estímulo
que não elicia uma determinada resposta
(neutro) deve ser emparelhado a um
estímulo que a elicia (p.32)
Ele observou que esse estímulo havia Estímulo neutro (NS)- sino; estímulo
eliciado no cão a resposta de salivação, ou incondicionado (US)- carne; resposta
seja, o cão havia aprendido um novo incondicionada (UR)- salivação. No
reflexo: salivar na presença do som da experimento, o NS foi emparelhado com o
sineta. Outra forma de descrever o mesmo US, que eliciou a UR. Após repetir o
processo seria dizer que o som da sineta experimento, o sino foi capaz de eliciar a
adquiriu uma nova função comportamental salivação se transformando, assim, em um
por meio do procedimento de estímulo condicionado (CS), ou seja,
emparelhamento de estímulos.(p.32) aprendido, enquanto a resposta também se
denomina resposta condiciona (CR),
formando um reflexo condicionado
(aprendido).
Uma ressalva precisa ser feita quanto à
relação entre a resposta incondicionada e a
condicionada. Para fins didáticos,
costumamos tratar ambas como se fossem
idênticas. Entretanto, existem diferenças
entre elas, principalmente com relação a
magnitude, duração e latência da resposta
condicionada. Pavlov verificou que até a
composição química da saliva de seus cães
era diferente quando comparadas as
respostas condicionadas com as
incondicionadas. (p. 33)
Se os organismos podem aprender novos
reflexos, podem também aprender a emitir
respostas emocionais na presença de novos
estímulos. (p.34)
Também podemos, agora, compreender um
pouco melhor por que emoções são “difíceis
de controlar”. É difícil controlar algumas
delas porque são, em parte, respostas
reflexas. Quando um médico bate o martelo
no joelho de um paciente, este não decide se
a perna irá ou não se estender; ela
simplesmente se estende. Da mesma forma,
uma pessoa que tem fobia de penas de aves
não decide ter ou não ter medo diante desse
estímulo; ela simplesmente tem respostas de
medo. Pouco ou nada adianta explicar a esse
indivíduo que seu medo é irracional, que
não há motivos para temer uma simples
pena de ave. (p.35)
A razão de respondermos emocionalmente
de formas diferentes aos mesmos estímulos
está na história de condicionamento de
cada um de nós
Após um condicionamento, estímulos que se
assemelham fisicamente ao estímulo
condicionado podem passar a eliciar a
resposta condicionada em questão. Esse
fenômeno é chamado de generalização
respondente. (p.35)
Um interessante aspecto da generalização
respondente reside no fato de que as
propriedades da resposta eliciada
(magnitude, duração e latência) dependerão
do grau de semelhança entre os estímulos
em questão. Quanto maior a semelhança
desse outro estímulo com o estímulo
condicionado que estava presente no
momento do condicionamento, maior será a
magnitude e a duração da resposta eliciada,
e menor será a sua latência. (p.36)
A representação gráfica da variação nessas
propriedades da resposta em função das
semelhanças físicas entre os estímulos é
denominada gradiente de generalização. A
amplitude do gradiente de generalização é
um indicador do nível de generalização de
um dado reflexo. (p.36)
Essa resposta reflexa condicionada (salivar
na presença do som) pode deixar de ocorrer
se o estímulo condicionado (som) for
apresentado repetidas vezes sem a presença
do estímulo incondicionado (carne). Quando
um estímulo condicionado (CS) é
apresentado várias vezes sem o estímulo
incondicionado (US) ao qual foi
emparelhado, seu efeito eliciador se
extingue gradualmente. O CS começa a
perder a função de eliciar a resposta
condicionada até não mais eliciá-la.
Denominamos tal procedimento e o
processo dele decorrente de extinção
respondente. (p.39)
Para que um reflexo condicionado perca a
sua força, o CS deve ser apresentado sem
novos emparelhamentos com o US. Por
exemplo, se um indivíduo passou a ter medo
de andar de carro após um acidente
automobilístico, esse medo só deixará de
ocorrer se a pessoa se expuser ao CS (carro)
sem a presença dos USs relacionados ao
acidente. (p.39)
Uma característica interessante da extinção
respondente é que, às vezes, após ela ter
ocorrido, ou seja, após determinado CS não
mais eliciar determinada resposta
condicionada (CR), a força do reflexo
(magnitude, duração e latência) pode voltar
espontaneamente. Por exemplo, alguém com
medo de altura precisa, por algum motivo,
ficar à beira de um lugar alto por um longo
período de tempo. No início, todas as CRs
que caracterizam seu medo de altura serão
eliciadas pela exposição à altura. Passado
algum tempo de exposição sem que nada
aconteça, o indivíduo não mais sentirá
medo: terá ocorrido a extinção da resposta
de medo nessa situação. Agora imagine que
essa pessoa passe alguns dias sem subir em
lugares altos e, então, seja novamente
forçada a ficar no mesmo lugar alto. Nesse
caso, é possível que ocorra o fenômeno
conhecido como RECUPERAÇÃO
ESPONTÂNEA, ou seja, que o reflexo
altura → medo ganhe força outra vez,
mesmo após ter sido extinto. Sua força será
menor nesse momento: o medo que a pessoa
sente é menor do que aquele que sentia antes
da extinção. Porém, ao ser exposta
novamente ao CS sem novos
emparelhamentos com o US, o medo tornará
a diminuir, e as chances de uma nova
recuperação espontânea ocorrer diminuem.
(p.40)
Não obstante, alguns estímulos produzem
respostas emocionais tão fortes que
dificultarão a exposição da pessoa
diretamente ao CS que as perturba, mesmo
que a exposição ocorra na ausência do US.
Essa limitação do procedimento de extinção
dificulta sua utilização com fins de produzir
o enfraquecimento do reflexo. (P.40)
Felizmente, contamos com duas técnicas
muito eficazes para produzir a extinção de
um reflexo de forma menos aversiva: o
contracondicionamento e a
dessensibilização sistemática. O
contracondicionamento, como sugere o
próprio nome, consiste em condicionar uma
resposta contrária àquela produzida pelo CS.
Por exemplo, se determinado CS elicia uma
resposta de ansiedade, o
contracondicionamento consistiria em
emparelhar esse CS a outro estímulo que
elicie relaxamento (uma música ou uma
massagem, por exemplo). (p.40)
Outra técnica para se suavizar o processo de
extinção de um reflexo, provavelmente a
mais consagrada na história da psicologia
clínica, é a dessensibilização sistemática
(Fig. 2.11). Essa é uma técnica utilizada
com base na generalização respondente. Ela
consiste em dividir o procedimento de
extinção em pequenos passos. (p.41)
Para utilizar a dessensibilização sistemática,
seria necessário construir uma escala
crescente de estímulos de acordo com as
magnitudes que produzem, a chamada
hierarquia de ansiedade. (p. 42)
O condicionamento de ordem superior é
um processo em que um estímulo
previamente neutro passa a eliciar uma
resposta condicionada como resultado de
seu emparelhamento a um CS que já elicia a
resposta em questão. Falamos sobre um
emparelhamento NS-CS. O
condicionamento de ordem superior é um
processo em que um estímulo previamente
neutro passa a eliciar uma resposta
condicionada como resultado de seu
emparelhamento a um CS que já elicia a
resposta em questão. Falamos sobre um
emparelhamento NS-CS. Vale lembrar que,
quanto mais alta é a ordem do reflexo
condicionado, menor é a sua força. (p.43)
Há alguns fatores que aumentam as chances Frequência dos emparelhamentos.
de o emparelhamento de estímulos Tipo do emparelhamento.
estabelecer o condicionamento, bem como Intensidade do estímulo incondicionado.
definem o quão forte será a resposta Grau de predição do estímulo neutro.
condicionada. (p.43)
Frequência dos emparelhamentos. Em
geral, quanto mais frequentemente o CS é
emparelhado com o US, mais forte será a
resposta condicionada. No entanto, em
alguns casos (ingestão de alimentos tóxicos
ou eventos muito traumáticos, como um
acidente de carro ou um estupro, por
exemplo), pode ser que apenas um
emparelhamento seja suficiente para que
uma resposta condicionada de alta
magnitude surja. Além disso, o aumento na
magnitude da resposta condicionada com o
aumento no número de emparelhamentos
não ocorre de forma ilimitada.(p.44)
Tipo do emparelhamento. Respostas
condicionadas mais fortes surgem quando o
NS é apresentado antes do US e permanece
durante sua apresentação. Quando se inverte
essa ordem, ou seja, quando o US é
apresentado antes do NS, as respostas
reflexas condicionadas são mais fracas ou
mesmo há uma menor probabilidade de que
ocorra o condicionamento. (p.44)
Intensidade do estímulo incondicionado.
Um US intenso tipicamente leva a um
condicionamento mais rápido. (p.44)
Grau de predição do estímulo neutro.
Para que haja condicionamento, não basta
que ocorra apenas o emparelhamento NS-
US repetidas vezes. O NS deve ser preditivo
da ocorrência do US. Caso o NS seja
apresentado muitas vezes sem ser seguido
pelo US, o condicionamento será menos
provável do que se o NS for seguido pelo
US sempre que apresentado. (p.44)
Cap.3- Aprendizagem pelas consequências: o reforçamento
Classificamos como comportamento
operante o comportamento que produz
consequências que se constituem em
alterações no ambiente e cuja probabilidade
de ocorrência futura é afetada por tais
consequências. (p.49)
Agora, em vez de falarmos de contingências
S → R, falaremos de contingências R → S
(ou R → C), nas quais uma resposta do
organismo produz uma alteração no
ambiente, chamada de consequência. (p.49)
As consequências que nossos
comportamentos produziram no passado
influenciam sua ocorrência futura. É nesse
sentido, de forma geral, que dizemos que o
comportamento é controlado, ou
influenciado, por suas consequências. (p.50)
Se o comportamento é controlado por suas
consequências, isso dá duas possibilidades
extremamente úteis para os psicólogos: (a)
podemos entender o que leva as pessoas a
fazerem o que fazem, isto é, a função de
seus comportamentos, a partir da análise das
consequências de seus comportamentos; e
(b) se os comportamentos das pessoas e
também de animais não humanos são
controlados por suas consequências, isso
significa que podemos, quando e se
necessário, modificá-los por meio da
alteração de suas consequências. (p.51)
Portanto, consequência reforçadora, em
termos gerais, é um tipo de consequência
que aumenta a probabilidade de que volte a
ocorrer o comportamento que a produziu.
(p.51)
Essa interação entre o organismo e o
ambiente é descrita, em termos técnicos, por
uma contingência de reforçamento. A
contingência de reforçamento é expressa na
forma se... então... – se o comportamento X
ocorrer, então a consequência Y ocorre. A
contingência de reforçamento, nesse caso, é
representada pelo diagrama R → C, no qual
o R representa a resposta e o C representa a
consequência. (p.51)
Os estímulos reforçadores são as alterações
no ambiente – ou em partes dele – que
constituem as consequências reforçadoras.
Por exemplo, o rato pressiona a barra da
caixa de condicionamento operante e uma
gota d’água é disponibilizada. Nesse caso, a
consequência reforçadora é a
disponibilização da água, e o estímulo
reforçador é a água propriamente dita. (p.52)
Além de aumentar a frequência (ou
probabilidade de ocorrência) de um
comportamento, o reforçamento tem, pelo
menos, dois outros efeitos sobre o
comportamento dos organismos. Um deles é
a diminuição da frequência de outros
comportamentos diferentes do
comportamento reforçado.
Ou seja, ao atender os pedidos da criança
quando ela os faz de forma mais educada, a
frequência do comportamento de fazer
birras, com a mesma função, tende a
diminuir. (p.52)
Outro efeito do reforçamento é a diminuição Geralmente, nas primeiras vezes em que um
da variabilidade na topografia da resposta rato, em uma caixa de condicionamento
reforçada. (p.53) operante, pressiona a barra, ele o faz de
maneiras bem diferentes, por exemplo, o faz
com a pata esquerda, com a direita, com as
duas ou com o focinho. À medida que o
comportamento de pressão à barra é
continuamente reforçado, o mesmo passa a
ocorrer de uma forma – com uma topografia
– cada vez mais parecida, ou seja, passa a
ocorrer quase todas as vezes com a mesma
pata apoiada basicamente no mesmo ponto
da barra
Quando suspendemos (encerramos) o
reforçamento de um comportamento,
verificamos que a frequência de sua
ocorrência diminui, retornando ao seu nível
operante, isto é, retornando à frequência
com que ocorria antes de ter sido reforçado.
Esse procedimento, que consiste na
suspensão do reforçamento, e o processo
dele decorrente são conhecidos como
extinção operante. (p.53)
PERDI ALGUMAS ANOTAÇÕES
(REVISAR DEPOIS COM A RETOMADA
DE CONCEITOS)
A modelagem é um procedimento de
reforçamento diferencial de aproximações
sucessivas de um comportamento-alvo. O
resultado final desse procedimento é um
novo comportamento construído a partir de
combinações de topografias de respostas já
presentes no repertório comportamental do
organismo. O modo como essas
combinações se dão é determinado pelas
contingências de reforçamento e pelas
extinções que sucessivamente resultam no
comportamento-alvo. Ou seja, a modelagem
é um dos modos pelos quais novos
comportamentos passam a fazer parte do
repertório comportamental dos indivíduos.
(P.59)
O reforçamento diferencial consiste em
reforçar algumas respostas que obedecem a
algum critério e em não reforçar aquelas que
não atendem a tal critério.(P.60)
O primeiro é a imediaticidade do reforço em
relação à resposta: quanto mais
temporalmente próximo da resposta o
estímulo reforçador for apresentado, maior
será o seu efeito sobre o comportamento.
O segundo aspecto principal é que não se
deve reforçar demasiadamente respostas em
cada passo intermediário. Como vimos, o
reforçamento vai reduzindo a variabilidade
da resposta.
O terceiro aspecto é que se deve ter passos
intermediários graduais, reforçando
pequenos avanços a cada passo. Caso a
distância topográfica entre um passo e outro
seja muito longa, muitas respostas ocorrerão
sem serem reforçadas, o que pode resultar
na deterioração do que já fora aprendido
previamente. Isso atrasaria a modelagem,
uma vez que as respostas outrora
estabelecidas precisarão ser novamente
ensinadas. (P.60)
na modelação, ou aprendizagem por
observação de modelos, o comportamento
de um organismo tem a sua probabilidade
alterada em decorrência da observação do
comportamento de outro organismo e da
consequência que este produz. Desse modo,
na modelação, inicialmente, o organismo
não precisa emitir determinado
comportamento para alterar a probabilidade
de que este ocorra. Bastaria que observasse
outro organismo se comportando e
produzindo consequências reforçadoras.
(P.60)
Ao estudar sobre Análise do
Comportamento, você encontrará
referências aos conceitos de estímulo
reforçador social e estímulo reforçador
não social. Embora se possa encontrar
divergência na literatura sobre quais são as
diferenças entre esses dois tipos de
estímulos reforçadores, utilizaremos neste
livro uma distinção que parece ser a mais
comum: nos estímulos reforçadores sociais,
a mudança produzida pelo comportamento
no ambiente é justamente seu efeito sobre o
comportamento de outra pessoa. Quando o
bebê do exemplo anterior dizia “mã”, sua
mãe sorria e lhe acariciava a barriga. O
sorriso e a carícia da mãe, nesse caso,
seriam exemplos de reforçadores sociais,
uma vez que se constituíram no
comportamento de outra pessoa (a mãe) e
fortaleceram o comportamento do bebê de
dizer “mã”. (p.60)
Reforçadores não sociais, dessa forma,
podem ser definidos como alterações no
ambiente não social, isto é, no ambiente que
não se refere ao comportamento alheio.
Alguns exemplos seriam: a luz acender após
apertar o interruptor; abrir uma torneira e a
água sair; empurrar um móvel e ele se
mover; ligar o ar-condicionado e a
temperatura baixar, e assim por diante.
Nesse sentido, estímulos reforçadores
naturais seriam aqueles produzidos
diretamente pelo comportamento, ao passo
que estímulos reforçadores arbitrários
seriam aqueles mediados, de alguma forma,
pelo comportamento de outra pessoa.
O termo comportamento refere-se, na
verdade, a uma classe de respostas, e o
termo resposta pode ser definido como uma
instância do comportamento. Uma
instância do comportamento, por sua vez,
pode ser definida como uma ocorrência
isolada desse comportamento. Quando, por
exemplo, o rato pressiona a barra, dizemos
que ocorreu uma resposta de pressão à barra.
O conjunto de todas as respostas de pressão
à barra, nesse caso, é chamado de
comportamento de pressão à barra e também
designado de classe de respostas de pressão
à barra. É por isso que dizemos, por
exemplo, que o rato emitiu 10 respostas de
pressão à barra, e não 10 comportamentos
de pressão à barra.
Nesse caso, quando determinadas respostas Por exemplo, uma criança pode gritar e
possuem a mesma função, podemos agrupá- obter atenção dos pais; se jogar no chão e
las em uma classe de respostas funcional, obter atenção dos pais; pedir educadamente
ou seja, o critério utilizado para agrupá-las é e obter atenção dos pais. Nesse caso, essas
a sua função. Mesmo respostas três respostas, mesmo que com topografias
topograficamente diferentes podem fazer diferentes, podem constituir uma classe de
parte da mesma classe de respostas respostas definida pela sua função: obter a
funcional. atenção dos pais. Cada grito ou pedido é
uma ocorrência, uma instância, uma resposta
da classe de respostas “chamar atenção dos
pais”. Também falamos, neste último caso,
do comportamento de “chamar atenção dos
pais”. Quando uma classe de respostas é
definida pela sua função, podemos defini-la
como uma classe de respostas operante e
denominá-la comportamento operante ou,
simplesmente, operante
Agrupamento pela topografia da
resposta. Podemos definir uma classe de
respostas simplesmente por sua forma, isto
é, por sua topografia. Por exemplo, dar
tchau acenando com o braço para alguém.
Dizemos que alguém está dando tchau
acenando com base nos movimentos
realizados pela pessoa (seu braço e sua
mão). Nesse caso, cada aceno é uma
resposta. O conjunto das respostas de dar
tchau é uma classe de respostas que também
pode ser denominada de comportamento de
dar tchau

Cap.4- Aprendizagem pelas consequências: o controle aversivo.


O termo reforçamento é utilizado porque a
apresentação dessa consequência resulta no
aumento ou na manutenção da probabilidade
de o comportamento reforçado voltar a
ocorrer. Já o termo positivo especifica que a
modificação produzida no ambiente é
sempre a adição de um estímulo como
consequência da resposta. Por exemplo,
quando o rato pressiona a barra, uma gota de
água é adicionada ao seu ambiente; quando
a criança pede um doce, ela o recebe (ela
não tinha o doce, agora tem). Ambos os
comportamentos, pressionar a barra e pedir
doce, terão sua probabilidade mantida ou
aumentada em função da adição de um
estímulo ao ambiente do rato e da criança,
respectivamente. Da mesma forma, nos
demais exemplos de reforçamento positivo
vistos no Capítulo 3, o organismo
comportava-se em função do seu
comportamento ter produzido a adição de
estímulos reforçadores em seu ambiente.
Neste capítulo, veremos que existem outros
tipos de consequências do comportamento
que também aumentam sua frequência
(consequências reforçadoras negativas),
bem como algumas que diminuem sua
frequência (consequências punitivas
positivas e negativas). Ao controle exercido
sobre a probabilidade de ocorrência do
comportamento por esses tipos de
consequências damos o nome de controle
aversivo

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