Economia e Regionalização Brasileira (3 Turmas)

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Geografia

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Aula: Geopolítica no Mundo

Professores: Yan Leão, Flávia Adriane, Vinicius Oliveira e Hélinton Faglioni

ECONOMIA E DINÂMICAS TERRITORIAIS

1 - A Economia agroexportadora e a organização do espaço:

A exploração da colônia portuguesa na América iniciou-se com a coleta de pau-brasil,


árvore a qual se extraia uma tinta de cor vermelha muito usada para tingir tecidos. A intensa
exploração do pau-brasil acabou causando escassez do produto, fazendo com que a colônia
tenha que elaborar alternativas para conter a exploração exagerada da madeira. A exploração da
madeira ainda foi muito comum no período das capitanias hereditárias, mas perdeu espaço no
cenário global devido a entrada das anilinas no mercado de tintas no exterior.

2 – Monocultura e escravismo:

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No século XVI, começou a ocupação de fato do Brasil pelo litoral, surgindo grandes
empreendimentos como plantations, ou também conhecido como monocultura, optando pelo
cultivo da cana-de-açúcar, principalmente para a exportação. Esse produto possuía alto valor no
mercado exterior, isso fez com que o Brasil Colonial se torna-se um grande agroexportador, em
consequência, ocorreu um grande número de desmatamento da área nativa para o cultivo desse
produto.

O nordeste brasileiro foi o ponto de partida da economia brasileira. A produção era feita
pelos engenhos e os escravizados ficavam em senzalas, a maioria dos escravizados vinham da
África para abastecer as colônias portuguesas e também de outras partes da América.

3 – No Caminho das Minas:

A descoberta das minas de ouro se deu no final do século XVII pelos bandeirantes
paulistas, onde se localiza o atual estado de Minas Gerais, tanto que resultou na construção de
novos povoados e vilas. Esse processo de busca pelo ouro na região ocasionou modificações
importantes na organização do espaço brasileiro e uma valorização maior do mercado interno,
povoamento e urbanização. Devido ao crescente poder de compra da população com a
descoberta do ouro na região, muitos escravizados compravam alforria, ou seja, compravam sua
liberdade. Porém, apesar da procura pelo ouro, não foi tão lucrativa como se esperava, a maioria
dos lucros foram usados para pagar dívidas da coroa portuguesa.

4 – Expansão Cafeeira e infraestrutura:

A partir de 1750, com a decadência do rendimento das minas, a agricultura novamente se


tornou a atividade de econômica mais importante do território colonial. O cultivo do café já existia
desde o século XVIII, em Belém no Pará, e no Rio de Janeiro. No século XIX, passou a ser
cultivado no Vale do Paraíba em São Paulo e Rio de Janeiro, devido ao clima e o relevo serem
apropriados para a produção.

O café foi cultivado em latifúndios e isso ocasionou um fenômeno chamado de


esgotamento de solos. Ao longo do tempo, a mão-de-obra escravizada foi substituída por
imigrantes europeus que procuravam melhores condições de vida.

A atividade cafeeira ajudou a financiar as indústrias alimentícias e têxtil, investimento em


equipamentos urbanos, serviços públicos, infraestrutura de transporte (ferrovias e portos),
construção de usinas hidrelétricas etc.

No final do século XIX, a produção cafeeira dominava a economia e crescia com o


aumento dos preços do café no mercado internacional, havendo uma dependência do mercado

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externo. Porém, no ano de 1929, a depressão econômica causou uma queda acentuada dos
preços do café, provocando uma enorme crise no Brasil.

5 - A Economia Urbano-Industrial

Com a construção de vias e meios de transporte e a crise de 1929, o Brasil começou a


tomar outras rédeas para superar a crise do café. Todos os avanços em infraestrutura e
transporte fizeram com que o escoamento dos produtos fosse mais efetivo, ainda mais com as
máquinas elétricas. Tudo isso causou um forte êxodo rural e com uma população consumista
mais voltada ao mercado interno. Na década de 1930, o país alcançou um nível de crescimento
em bases mais modernas, ultrapassando o modelo agroexportador, sendo assim o crescimento
industrial também sendo de forma concentrada na região Sudeste do país. Após a segunda
guerra, diversas empresas estrangeiras se instalaram no país, graças ao governo de Juscelino
Kubistchek em busca de matérias – primas mais baratas. Essas empresas podem ser chamadas
de multinacionais ou transnacionais, onde tem pátria definida e origem de capital.

6 – Do arquipélago econômico à economia nacional

Foi marcado pela fragmentação espacial e pouca ligação entre as regiões, porém, com o
avanço da infraestrutura, a ligação entre as regiões foi cada vez mais se estreitando formando
uma economia nacional. O estado Brasileiro começou a fomentar políticas de habitação para
áreas mais distantes. Um desses movimentos mais conhecidos foi a Marcha para o Oeste.

7 - As Regiões Brasileiras:

O Brasil é dividido em cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Nelas estão
agrupados os 27 estados da federação. O território do Brasil foi sofrendo modificações durante
sua formação. Algumas regiões foram perdidas, como a Cisplatina, enquanto outras foram
incorporadas, como o Acre.

Desde as Capitanias Hereditárias, em 1534, até a criação do estado do Tocantins, em 1988,


várias mudanças foram feitas no desenho do mapa brasileiro. Da mesma forma, à medida que a
população crescia era necessário organizar o território para melhor administrá-lo.

1822

Na época da independência do Brasil, o país não estava dividido por regiões. A configuração
territorial era a seguinte:

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O Brasil possuía 19 províncias, dentre as quais se encontrava a Cisplatina, atual Uruguai.
Também vemos que a atual Região Norte não era subdividida e todo o território chamava-se
Grão-Pará. No entanto, em 1828, a província da Cisplatina consegue sua independência e surge
o Uruguai.

1889

No ano da instalação do regime republicano, o Brasil estava dividido em 20 estados. Em 1853, o


Paraná havia se emancipado de São Paulo, constituindo um território autônomo e a província do
Grão-Pará é dividida em duas, surgindo os estados do Amazonas e do Pará.

1913

A primeira proposta de divisão regional no Brasil foi feita em 1913, a fim de melhorar o ensino
da geografia nas escolas. Dividia-se o país em cinco regiões, segundo aspectos físicos:
Setentrional, Norte Oriental, Oriental, Meridional. Ainda não existiam os estados do Amapá,
Roraima ou Mato Grosso do Sul, por exemplo.

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1945

O Brasil se encontrava repartido em sete regiões: Norte, Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental,
Centro-Oeste, Leste Setentrional, Leste Meridional e Sul. Foram criados territórios como Rio
Branco (atual estado de Roraima) e Iguaçu (porção oeste de Santa Catarina e Paraná).

1960

A capital do Brasil foi transferida para Brasília, em 21 de abril de 1960, na Região Centro-
Oeste. Assim, o município neutro do Rio de Janeiro se transforma no estado da Guanabara,
enquanto o território restante passa a se denominar Rio de Janeiro

Em 1962, o Território Federal do Acre foi elevado para estado e o Território Federal do Rio
Branco passou a se chamar Território Federal de Roraima.

1970

Nesta década, estabelecem-se as cinco grandes regiões que conhecemos hoje: Norte,
Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Em 1975, o estado da Guanabara é extinto, se funde ao
estado do Rio de Janeiro, convertendo-se em sua capital. Quatro anos depois, o estado do Mato
Grosso é desmembrado.

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1990

O norte de Goiás torna-se o estado de Tocantins, criado em 05 de outubro de 1988, e sua capital
é a cidade de Palmas. A Constituição de 1988 extingue os últimos territórios federais no
Brasil, Amapá e Roraima, que são elevados à categoria de estados. Também o arquipélago de
Fernando de Noronha, deixa de ser um território federal e passa a ser um distrito do estado de
Pernambuco.

REGIÕES GEOECONOMICAS

Além da divisão regional brasileira composta por cinco macrorregiões (Sul, Sudeste, Centro-
Oeste, Norte e Nordeste), existe outra divisão do território nacional (ainda não oficial). Essa outra
proposta de regionalização tem como critérios os aspectos naturais e, principalmente, os
socioeconômicos, são as chamadas regiões geoeconômicas do Brasil.

Essa divisão estabelece três regiões geoeconômicas – a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul.


Os estados que integram essas regiões apresentam várias características em comum, no
entanto, é necessário ressaltar que não há homogeneidade, sendo que cada unidade apresenta
peculiaridades socioeconômicas.

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