Acidentes Ambientais

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Acidentes ambientais

Apresentação
A partir do momento em que os primeiros hominídeos deixaram a proteção das árvores para se
arriscar em espaços abertos, iniciou-se um processo incansável de adaptação do meio natural e de
transformação das matérias-primas abundantes na natureza, em produtos voltados aos desejos e às
necessidades humanas em busca de desenvolvimento social e tecnológico, dando origem à
atividade industrial. Porém, se todo esse avanço tecnológico nas atividades industriais, de um lado,
trouxe benefícios à população, de outro, também introduziu mudanças geralmente danosas ao meio
ambiente, capazes de provocar grandes impactos aos ecossistemas.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ver conceitos e alguns dos principais acidentes
ambientais, por meio de um eixo condutor, representado pelo enfoque da gestão de risco, em que
se considera continuar avançando em direção à homologação de definições e à integração de
processos com o intuito de minimizar ou até mesmo evitar situações de emergência ambiental.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Identificar o histórico acerca da poluição ambiental.


• Exemplificar casos de acidentes ambientais.
• Caracterizar risco ambiental aplicado aos recursos naturais.
Infográfico
No Infográfico, você vai ver o conceito de poluição ambiental e os seus principais efeitos sobre os
recursos hídricos, os solos e a atmosfera, gerando alterações no meio ambiente, conhecidas como
impacto ambiental.

Confira.
Aponte a câmera para o
código e acesse o link do
conteúdo ou clique no
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Conteúdo do livro
O homem tem transformado a natureza de forma drástica, destruindo espécies animais e vegetais,
desviando cursos de rios, cortando montanhas, drenando pântanos e liberando diversos tipos de
elementos no ar, na água e nos solos, esquecendo que a sua saúde e o seu bem-estar estão
diretamente relacionados com a qualidade do meio ambiente. Diante dessas informações, é
possível perceber que a poluição ambiental é um problema intenso e devastador que afeta a todos.

No capítulo Acidentes ambientais, da obra Avaliação de impactos ambientais, você vai ver o que é
poluição ambiental e os fatores de risco relacionados a ela, bem como os impactos negativos que
ela causa sobre o solo, os recursos hídricos, a atmosfera e a biodiversidade. Também vai ver os
principais acidentes ambientais no Brasil e no mundo e as consequências desses desastres. Além
disso, vai ver o que são os estudos de avaliação de impactos ambientais e de que maneira eles
podem ser utilizados para minimizar ou, quem sabe, até evitar tais impactos.

Boa leitura.
AVALIAÇÃO DE
IMPACTOS
AMBIENTAIS

Karine Scherer
Acidentes ambientais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Identificar o histórico da poluição ambiental.


 Exemplificar casos de acidentes ambientais.
 Caracterizar risco ambiental aplicado aos recursos naturais.

Introdução
A partir do momento em que os primeiros hominídeos deixaram a pro-
teção das árvores para se arriscar em espaços abertos, iniciou-se um
processo incansável de adaptação do meio natural e de transformação
das matérias-primas abundantes na natureza em produtos voltados aos
desejos e necessidades humanas em busca de desenvolvimento social e
tecnológico, dando origem à atividade industrial. Porém, todo esse avanço
tecnológico nas atividades industriais, se de um lado trouxe benefícios à
população, de outro, introduziu mudanças geralmente danosas ao meio
ambiente, capazes de provocar grandes impactos nos ecossistemas.
Neste capítulo, você verá conceitos e alguns dos principais acidentes
ambientais, com base em um eixo condutor representado pelo enfoque
da gestão de risco, na qual se considera continuar avançando em direção
à homologação de definições e à integração de processos com o intuito
de minimizar ou até mesmo evitar situações de emergência ambiental.

Poluição ambiental: conceito e breve histórico


Poluição ambiental, de acordo com Valle (1995), pode ser definida como
toda ação ou omissão do homem que, por meio da descarga de material ou
energia atuando sobre as águas, o solo e o ar, cause um desequilíbrio nocivo,
seja a curto ou longo prazo, sobre o meio ambiente, degradando a qualidade
ambiental, prejudicando a saúde, a segurança e a qualidade de vida do homem
e do ambiente.
264 Acidentes ambientais

A partir dos anos 1970, após a Conferência de Estocolmo sobre o Meio


Ambiente (1972), as nações começaram a estruturar seus órgãos ambientais e
a estabelecer suas legislações, visando ao controle da poluição ambiental, de
modo que poluir passa a ser crime em diversos países. Nessa época, a crise
energética causada pelo aumento no preço do petróleo coloca em pauta duas
situações: a racionalização do uso da energia e a busca por combustíveis mais
puros, de fontes renováveis. O conceito de desenvolvimento ambiental passa
a ter destaque.
Com a chegada da década de 1980, legislações específicas que con-
trolam a instalação de novas indústrias e estabelecem exigências para as
emissões das indústrias já existentes passam a entrar em vigor. A partir
desse período, passam a surgir empresas especializadas na elaboração de
Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e de Relatórios de Impacto sobre o
meio Ambiente (RIMA); os resíduos perigosos passam a ocupar lugar de
destaque nas discussões sobre a contaminação ambiental e alguns acidentes
ambientais, como o de Chernobyl, na então União Soviética, e o de Bhopal,
na Índia, trazem as discussões ambientais para o cotidiano. Ainda nessa
época, ocorre a constatação da destruição da camada de ozônio, que protege
a Terra das radiações solares.
Na década de 1990, a consciência da importância de manter o equilíbrio
ambiental, a preocupação com o uso moderado de matérias-primas escassas
e de recursos não renováveis e a racionalização do uso da energia, com o
entusiasmo pela reciclagem como forma de combater o desperdício, convergem
para uma abordagem mais ampla e lógica das questões ambientais.
Com base nessas informações, percebe-se que, até pouco tempo atrás, a
poluição ambiental era estudada somente por meio de seus efeitos locais, e
as soluções encontradas também eram aplicadas de maneira localizada. Com
o aperfeiçoamento das técnicas de avaliação dos fenômenos naturais, propi-
ciada principalmente pela introdução do sensoriamento remoto por meio de
satélites, a humanidade passou a ter noção dos efeitos globais causados pelas
ações poluidoras. Assim, a globalização da questão ambiental passa a exigir
maior rapidez de ações e respostas cada vez mais eficazes, considerando que
os acidentes ambientais podem causar efeitos de grande intensidade, afetando
o meio ambiente de forma irreversível.
Em resumo, poluição ambiental é a introdução de substâncias ou energia
no meio ambiente, gerando efeitos negativos, e que tem como consequência
o seu desequilíbrio. Pode ocorrer de forma natural ou pela ação do homem,
causando danos à sua saúde, afetando, também, animais, plantas e todos
Acidentes ambientais 265

os demais seres vivos presentes no ecossistema. Dessa maneira, a poluição


ambiental e os fatores de risco relacionados a ela, bem como os impactos
negativos que ela causa sobre o solo, os recursos hídricos, a atmosfera
e a biodiversidade, podem ter efeitos desastrosos; como exemplo disso,
podemos citar vários acidentes ambientais que aconteceram no Brasil e
no mundo. Assim, os estudos de avaliação de impactos ambientais seriam
uma maneira de minimizar, ou quem sabe até evitar, tais situações de risco
e seus impactos.

A obra “Primavera Silenciosa” (Silent Spring), publicada originalmente em 1962, é um


livro muito famoso, escrito pela bióloga norte-americana Rachel Carson (1907-1964),
que fez o primeiro alerta mundial sobre os efeitos nocivos do uso de agrotóxicos,
questionando os rumos da relação homem-natureza. Sua obra causou muita polêmica
entre os fabricantes de pesticidas, pois Carson denunciava vários efeitos negativos
quanto ao uso do pesticida DDT em plantações. (CARSON, 2011).

Conceituando acidentes ambientais


Acidente ambiental é um evento não previsível que, direta ou indiretamente,
pode causar danos ao meio ambiente ou à saúde humana. Alguns exemplos
de acidentes ambientais são o lançamento inadequado de elementos (sólidos,
líquidos e gasosos) na atmosfera, em solos ou corpos d’água, incêndios florestais
ou em instalações industriais. Esse tipo de acidente pode ter consequências
extremamente graves, de forma que o risco ligado a tais acidentes é, legitima-
mente, uma preocupação a ser levada em conta durante a análise de impactos
ambientais desses empreendimentos.
Os acidentes ambientais podem ser de causas naturais, ou seja, aqueles que
ocorrem independentemente da atividade humana, como furacões e terremotos,
e tecnológicos, que decorrem da atividade humana, como, por exemplo, a
poluição atmosférica, ocasionada pelos processos industriais.
Os efeitos causados pelos acidentes ambientais não eram passíveis de
atenção pela sociedade, mesmo fazendo milhares de vítimas, ocasionando
perdas ao patrimônio e prejuízos incalculáveis ao meio ambiente, pois não
eram situações temidas ou sequer imaginadas pelo ser humano.
266 Acidentes ambientais

O agente laranja, formado por dioxinas, ficou amplamente


conhecido na década de 1980, pois foi utilizado na Guerra
do Vietnã, provocando graves queimaduras e mortandade
de diversas espécies de animais, por ser um composto
persistente no meio ambiente, com efeito cumulativo.
Leia o artigo sobre essas dioxinas e suas características
acessando o link ou o código a seguir.
https://goo.gl/zVbxNK

Durante a história da humanidade, vários são os exemplos de acidentes


ambientais de grande intensidade que atingiram a população e deixaram um
rastro de consequências para o meio ambiente.
Abaixo, veremos alguns dos principais desastres ambientais ocorridos no
Brasil e no mundo:

 Acidente em Flixborough, no Reino Unido (1974) – explosão em uma


indústria química com formação de uma nuvem com 40 a 50 toneladas
de ciclohexano, deixando 28 mortos e 89 feridos.
 Desastre de Seveso, na Itália (1976) – ruptura de uma válvula de um
vaso de pressão contendo solventes organoclorados que resultou na
emissão para a atmosfera de uma grande nuvem tóxica. Essa nuvem
se espalhou por uma grande área, contaminando pessoas, animais e o
solo nas proximidades da unidade industrial.
 Costa da Bretanha, na França (1978) – vazamento do petroleiro Amoco-
-Cadiz, com 223.000 toneladas, resultando na morte de 30 mil aves e
230 mil peixes e frutos do mar.
 Pensilvânia, nos EUA (1979) – ameaça de fuga de radioatividade em
Three Mile Island e 250 mil pessoas evacuadas em um raio de 8 km.
 Cubatão, no Brasil (1984) – vazamento de aproximadamente 700.000
litros de gasolina de um duto, seguido de incêndio, resultando em 93
mortos e 4 mil feridos.
 Cidade do México, no México (1984) –explosão de gás natural, deixando
452 mortos, 4.258 feridos e 31 mil pessoas evacuadas.
 Acidente de Bhopal, na Índia (1984) – vazamento de 40 toneladas de gases
letais de fábrica de agrotóxicos. Foi o maior desastre químico da história, no
qual gases tóxicos como o isocianato de metila e o hidrocianeto escaparam
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de um tanque durante operações de rotina. Estima-se que, três dias após o


desastre, 8 mil pessoas haviam morrido devido à exposição direta aos gases.
 Cubatão, no Brasil (1985) – vazamento de um duto de amônia, com 6
mil pessoas evacuadas e 65 pessoas hospitalizadas.
 Desastre de Chernobyl, na Ucrânia (1986) – uma primeira explosão
de vapor no reator número 4, conhecido como CHERNOBYL-4, e o
incêndio resultante levaram a uma sequência de explosões químicas,
gerando uma imensa nuvem radioativa de iodo-131 e césio-137, alcan-
çando União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido.
Matou de 7 a 10 mil pessoas e afetou mais de 4 milhões de pessoas.
 Goiânia, no Brasil (1987) – contaminação por césio-137; dois catadores
de lixo arrombaram um aparelho radiológico, nos escombros de um
hospital antigo, entrando em contato com a cápsula, contaminando
pessoas, água, solo e ar, matando pelo menos quatro pessoas e deixando
outras dezenas com graves sequelas.
 Catástrofe da Basileia, na Suíça (1988) – em poucos minutos, os seis mil
metros quadrados do depósito 956 foram consumidos pelas chamas. Mais
de mil toneladas de inseticidas, substâncias à base de ureia e mercúrio,
transformaram-se em nuvens tóxicas incandescentes. A água utilizada
para apagar o fogo se misturou aos produtos químicos e desaguou no
rio Reno, provocando um grande desastre ecológico.
 Alasca, nos EUA (1989) – vazamento do petroleiro Exxon-Valdez,
poluindo 1.000 km da costa e matando 35 mil aves.
 Hamilton, no Canadá (1997) – incêndio em uma fábrica de plásticos,
com 650 pessoas evacuadas.
 Duque de Caxias, Brasil (2000) – vazamento de 1.300.000 l de óleo
combustível de um duto na Baía de Guanabara, ocasionando a conta-
minação das praias, mangues e causando danos à pesca e ao turismo.
 Miraí, Minas Gerais, Brasil (2007) – rompimento de uma barragem de
contenção de bauxite, liberando 2.000.000 m³ de rejeitos no ambiente.
 Acidente de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, Brasil (2013) –
dezenas de pessoas precisaram deixar as suas casas após a explosão
em um terminal de fertilizantes. A carga que explodiu continha nitrato
de potássio, que expele uma fumaça branca e densa, deixando cerca de
100 pessoas com algum tipo de intoxicação.
 Desastre de Mariana, Minas Gerais (2015) – rompimento da barragem de
Fundão, liberando milhões de toneladas de rejeitos de mineração sobre o Rio
Doce e seus afluentes, com dispersão dos rejeitos por cerca de 36 mil km no
Oceano Atlântico. Considerada a mais grave tragédia ambiental brasileira.
268 Acidentes ambientais

Gerenciamento de riscos ambientais


A Política Nacional do Meio Ambiente, introduzida pela Lei 6.938/1981, prevê
a utilização de diversos instrumentos para a implantação do Gerenciamento
de Riscos Ambientais. Entre eles, está a Avaliação de Riscos Ambientais, que,
na maioria das vezes, está inserida no EIA/RIMA, por meio da decisão de
organizações governamentais de controle ambiental. Assim, o gerenciamento
de riscos ambientais é precedido por uma série de processos de avaliação das
consequências de eventos potencialmente capazes de causar impactos na saúde
pública e no meio ambiente. Por exemplo, explosões, incêndios, derramamen-
tos e emissões imediatas de substâncias tóxicas causadas por acidentes são
exemplos do primeiro tipo de consequência. Portanto, para avaliar um risco,
é necessário estimar a probabilidade de que o evento venha a ocorrer, bem
como a extensão dos danos que o mesmo poderá causar.
Dessa forma, a análise de riscos, embora seja complexa, é uma ferramenta
muito importante para identificar os pontos mais vulneráveis de uma instalação
ou de um processo, permitindo adotar medidas preventivas que irão proteger
o meio ambiente e o homem, caso venha a ocorrer algum acidente.

Riscos ambientais
Podemos considerar como risco tudo aquilo que se refere à possibilidade
de ocorrências indesejáveis e passíveis de causar danos para a saúde, para
os sistemas econômicos e para o meio ambiente. Portanto, entre os riscos
ambientais que, com maior frequência, dão origem a acidentes, estão aqueles
relacionados com o processamento, armazenamento e transporte de produtos.
Assim, visando a um melhor planejamento e um maior controle por parte das
empresas para evitar tais situações, a legislação ambiental está estruturada
para punir severamente uma empresa que transgrida padrões de qualidade em
suas descargas ou que introduza modificações indesejadas no meio ambiente,
pois os riscos de contaminação, principalmente quando atingem o solo e os
corpos d’água, podem ter proporções desastrosas.
A identificação dos riscos inerentes às atividades da empresa e a avaliação
de suas possíveis consequências constituem os passos iniciais para qualquer
sistema de gestão. Com a avaliação de riscos, como a identificação e qualifica-
ção dos diferentes tipos de falhas que podem ocorrer e os volumes de descargas
que podem ser lançados em caso de acidentes, calculando a possibilidade e a
amplitude de um possível acidente, pode-se propor mudanças no projeto, com
o intuito de minimizar tais riscos ou até mesmo evitá-los.
Acidentes ambientais 269

Devemos nos perguntar “o que aconteceria se…” ao analisar a viabilidade


ambiental de um projeto, pois as consequências do mau funcionamento do
empreendimento podem ser mais significativas do que os impactos decorrentes
de seu funcionamento normal. O mapeamento dos riscos que podem afetar o
meio ambiente em uma determinada área ou instalação de uma empresa é o
primeiro passo para a solução de problemas ambientais, avaliando seus efeitos
sobre a água, o ar, os solos e a biodiversidade.

Risco aos recursos hídricos


A poluição dos recursos hídricos ocorre com a introdução de elementos que,
por meio de suas ações físicas, químicas e biológicas, degradam a qualidade
da água, podendo ser nocivos ou prejudiciais aos organismos, plantas e às
atividades humanas. A cadeia alimentar pode ser facilmente afetada pela con-
taminação das águas, levando ao homem substâncias tóxicas, como efluentes
industriais, pesticidas agrícolas, resíduos de atividades mineradoras, entre
outros, atingindo sucessivamente microrganismos, crustáceos e peixes, até
chegar ao homem. Também é preciso levar em consideração que a interação
permanente da água com o solo, sobre o qual flui e no qual se infiltra, obriga
a uma avaliação conjunta desses dois meios, além de um cuidado redobrado
para que os contaminantes de um não se transfiram e contaminem o outro.
A contaminação das águas é uma questão crítica, tendo em vista que
lençóis freáticos, lagos, rios, mares e oceanos são o destinatário final de
todo e qualquer poluente solúvel em água que tenha sido lançado no ar ou no
solo. Assim, além dos elementos poluentes já lançados nos corpos d’água, os
mesmos também recebem os poluentes oriundos da atmosfera e dos solos.
A racionalização do uso da água nas atividades promovidas pelo homem
seria um dos primeiros passos para reduzir os riscos da contaminação hídrica,
pois quanto menores forem os volumes de água utilizados e descartados por
atividades como mineração, agricultura, indústria ou serviços, menores serão
as necessidades de tratamento e de recondicionamento às condições originais
de pureza. À racionalização do uso da água estão atrelados outros dois con-
ceitos: o de reutilização da água por mais vezes antes de ser descartada para
o meio e o da segregação de seus vários fluxos, impedindo que águas pluviais
se misturem aos esgotos sanitários e às águas de processos industriais. Outro
ponto importante e que precisa ser destacado está relacionado ao saneamento
do meio (limpeza urbana, coleta de lixo, drenagem das águas pluviais, controle
de vetores), que tem como objetivo evitar que as chuvas, os ventos e outros
meios naturais e artificiais transportem seus agentes até os recursos hídricos.
270 Acidentes ambientais

Risco ao solo
A poluição dos solos é causada pela introdução de elementos químicos, como
hidrocarbonetos de petróleo, metais pesados como chumbo, cádmio, mercúrio,
cromo e arsênio e pela aplicação indiscriminada de pesticidas ou, então, por
alterações causadas pela ação do homem e seu mau uso, como a exploração
mineral não racional e a disposição inadequada de resíduos sólidos e líquidos,
que, além de contaminar o solo, podem atingir também o lençol freático.
O maior risco da contaminação do solo por elementos poluentes está no
fato de que essas substâncias sejam arrastadas pelas águas superficiais e
subterrâneas por distâncias que se encontrem fora das áreas sob controle e
monitoramento, gerando uma pluma de contaminação cuja remediação será
custosa e demorada. Por essa razão, o estudo da contaminação dos solos e as
soluções adotadas para que isso seja evitado estão quase sempre relacionados
com a contaminação das águas.
A contaminação dos solos é, hoje, um tema de grande relevância nas gran-
des aglomerações urbanas pela dificuldade de disposição adequada de seus
resíduos, gerados em grandes quantidades, pois uma área de disposição e
confinamento de resíduos pode gerar ainda outros riscos, como odores, gases
tóxicos, chorume, além do inevitável impacto visual negativo. Vale ressaltar
que a erosão e as inundações, provocadas pelo desmatamento de áreas, por
exemplo, também apresentam impactos consideráveis sobre o solo.

Risco atmosférico
A poluição do ar é provocada pelo acúmulo de elementos como monóxido de
carbono, hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio, de enxofre, ozônio, compostos
de chumbo, fuligem e fumaça branca que, em determinadas concentrações,
podem apresentar efeitos nocivos ao homem e ao meio ambiente. Essas subs-
tâncias, conhecidas como poluentes atmosféricos, podem aparecer sob a
forma de gases ou partículas provenientes de fontes naturais, como vulcões e
neblinas, ou ainda de fontes artificiais, produzidas pelas atividades humanas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2015), a poluição
atmosférica é responsável por mais de 7 milhões de mortes por ano no
mundo, devido à grande incidência de materiais particulados, constituídos
por poeiras e fuligem, que estão entre os principais causadores de doenças
Acidentes ambientais 271

ocupacionais, como a silicose e a asbestose. Além dos efeitos nocivos causa-


dos pela emissão de gases e particulados, os odores, as radiações ionizantes,
as emissões radioativas e a poluição sonora também podem ser considerados
poluentes atmosféricos.
O crescimento nas taxas de incidência de algumas doenças ocupacionais
de origem respiratória e as condições extremas de contaminação do ar, que se
tornavam cada vez mais comuns em algumas regiões dos países industriali-
zados, foram os principais fatores que atuaram em favor de um controle mais
rigoroso do lançamento de poluentes no ar. Pode-se dizer que, hoje, não existem
mais razões técnicas para que as indústrias continuem a lançar poluentes no
ar, graças aos avanços alcançados nos projetos de instalações de filtragem e
de tratamento de gases e vapores expelidos pelos processos industriais. Redes
de monitoramento, modelos de dispersão e sistemas de medição contínua são
alguns dos recursos técnicos disponíveis para assegurar um bom controle
da qualidade do ar; porém, em razão dos custos elevados de muitas dessas
instalações, esse processo ainda pode ser postergado.

Risco à biodiversidade
A conservação da biodiversidade e dos recursos naturais deve ser observada
no desenvolvimento de empreendimentos impactantes. Tendo em vista que
biodiversidade é a variabilidade entre os organismos vivos de todas as origens,
em todos os seus níveis e abrangências, que vão desde os microrganismos até
as grandes espécies aquáticas e terrestres, sejam elas endêmicas ou ameaçadas,
domesticadas ou selvagens, a sua preservação se torna extremamente impor-
tante, já que o seu equilíbrio facilita a polinização das colheitas, o controle
biológico de pragas e doenças, alimentação, medicamentos e, principalmente,
a manutenção do equilíbrio em todos os ambientes terrestres.
A interferência do homem de forma descontrolada sobre o meio ambiente tem
alterado a diversidade biológica de maneira drástica. Perda e fragmentação dos ha-
bitats, introdução de espécies e doenças exóticas, exploração excessiva de espécies
de plantas e animais, monocultura, pecuária, poluição, alterações climáticas são
apenas alguns dos fatores que estão contribuindo para o desequilíbrio da biodiver-
sidade. Estima-se que 27 mil espécies desapareçam a cada ano; se mantivermos a
devastação e os níveis de poluição neste ritmo, o planeta não conseguirá fornecer
os recursos necessários para a manutenção da população humana.
272 Acidentes ambientais

Para compreender melhor as questões relacionadas à poluição ambiental e o que


rege a legislação em relação a essas questões, são sugeridas as seguintes leituras:
 Lei nº 6.938/1981 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente (BRASIL, 1981).
 Lei nº 12.305/2010 – Dispõe sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (BRASIL,
2010).
 Resolução CONAMA nº 001/1986 – Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais
para a avaliação de impacto ambiental.
 Resolução CONAMA nº 003/1990 – Dispõe sobre padrões de qualidade do ar.

Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Considerada um instrumento de gestão ambiental da Política Nacional do
Meio Ambiente, com base na Lei nº 6.938/81 (BRASIL, 1981), a Avaliação
de Impactos Ambientais (AIA) tem como objetivos a prevenção dos impactos
negativos ao meio ambiente e a implementação de benefícios em caso de
impactos positivos. Esses estudos de AIA são de extrema importância para
controlar os riscos decorrentes de atividades produtivas e de empreendi-
mentos. Portanto, a AIA pode ser defi nida como um conjunto de diversos
procedimentos legais, institucionais e técnico-científicos com a fi nalidade
de caracterizar e identificar previamente os impactos ambientais de um
empreendimento ou atividade.
Desse modo, considerando que a AIA é entendida como um instrumento
político que descreve as diretrizes, os princípios e os objetivos a serem seguidos,
o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto sobre o Meio
Ambiente (RIMA) entram nessa avaliação como os seus principais instru-
mentos de aplicação, principalmente com relação à obtenção do licenciamento
ambiental. Simplificando, a AIA é o instrumento introdutório a ser seguido,
o EIA é uma ferramenta complementar da AIA e o RIMA é a conclusão dos
trabalhos, com os seus respectivos levantamentos finais dos riscos ambientais
encontrados e as soluções para a sua minimização.
Assim, a AIA deve seguir diretrizes que lhe permitam abranger os vários
aspectos de composição na detecção dos impactos, tendo como objetivo a
Acidentes ambientais 273

minimização dos efeitos adversos, lançando propostas de melhoramento dos


fatores em não conformidade com sua análise. Portanto, como fundamentos
básicos, a AIA deve prevenir, antecipar ou compensar todo tipo de impacto
gerado, seja ele positivo ou negativo, para a promoção do desenvolvimento
sustentável, da otimização dos recursos naturais e da proteção do meio ambiente
e da biodiversidade, levando em consideração que qualquer alteração não
avaliada e de potencial significância podem desestabilizar aspectos importantes
para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental, com perdas na qualidade
ambiental dos seres vivos, prejuízos financeiros e de bens materiais, impactos
sociais, deterioração da saúde pública, degradação ambiental e instabilidade
ecológica, que, em resumo, significam: altos índices de poluição, extinção de
espécies e indisponibilidade dos recursos naturais.

Durante o capítulo, falamos em riscos ambientais e acidentes ambientais. Em suma,


todos eles podem ser relacionados com o conceito de impacto ambiental, que pode
ser definido da seguinte forma:
Impacto Ambiental : é toda a atividade que, por alguma razão, causa ou alteração
das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, pode afetar direta
ou indiretamente:
 a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
 as atividades sociais e econômicas;
 a biota;
 as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
 a qualidade dos recursos ambientais.
Portanto, impacto ambiental é toda a alteração do meio ambiente ou em algum de
seus componentes causada por determinada ação natural ou proveniente de atividade
humana e que pode ocorrer nos recursos hídricos (superficiais e subterrâneos), no solo,
no relevo, no ar, na fauna e na flora.
Fonte: Resolução Conama nº 001, de 23 de janeiro de 1986.
276 Acidentes ambientais

ASSUNÇÃO, J.V.; PESQUERO, C.R. Dioxinas e furanos: origens e riscos. Revista de Saúde
Pública, São Paulo, v.33, n.5, p.523-530, out. 1999. Disponível em: <http://www.scielo.
br/pdf/rsp/v33n5/0640.pdf>. Acesso em: 07 dez. 2017.
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Brasília, DF, 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.
htm>. Acesso em: 28 nov. 2017.
BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Bra-
sília, DF, 2010. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.
cfm?codlegi=636>. Acesso em: 28 nov. 2017.
CARSON, R. Primavera silenciosa. São Paulo: Gaia, 2011.
CONAMA. Resolução CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre critérios
básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental. Brasília, DF: Ministério
do Meio Ambiente, 1986. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/
res/res86/res0186.html>. Acesso em: 18 out. 2017.
CONAMA. Resolução CONAMA nº 003, de 28 de junho de 1990. Dispõe sobre padrões de
qualidade do ar, previstos no PRONAR. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 1990,
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=100>.
Acesso em: 28 nov. 2017.
VALLE, C.E. Como se preparar para as Normas ISSO 14.000: qualidade ambiental. 2. ed.
São Paulo: Pioneira, 1995. 137 p.

Leituras recomendadas
BARBOSA, R.P. Avaliação de Risco e Impacto Ambiental. São Paulo. Saraiva, 2014.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Brasília, DF, 2017. Disponível em: <http://www.
mma.gov.br/biodiversidade-global/impactos>. Acesso em: 22 out. 2017.
PHILIPPI JR, A.; ROMÉRO, M. A.; BRUNA, G.C. Curso de Gestão Ambiental. São Paulo:
Manole, 2014, 1245 p.
PINTO, T. J. A. et al. Ciências Farmacêuticas: sistema de gestão ambiental. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 354 p.
SÁNCHEZ, L.H. Avaliação de Impacto Ambiental: conceitos e métodos. São Paulo:
Oficina de Textos, 2008. 495 p.
Dica do professor
Na Dica do Professor, você vai ver o que é eutrofização, quais são os elementos responsáveis para
que ela aconteça e algumas formas de minimizar esse processo. A eutrofização é um processo que
pode acontecer como consequência de alguma situação em que ocorre liberação de substâncias
tóxicas na água, que podem ser provenientes de algum desastre ambiental, como o rompimento de
um dique.

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Exercícios
Quais são os principais gases emitidos na atmosfera e que são responsáveis pelo efeito
1) estufa?

A) Metano, ozônio e água em forma de vapor, responsáveis pela inversão térmica.

B) Dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, pois têm a capacidade de aquecer o ambiente.

C) Álcool etílico, éter e óxido nitroso, responsáveis pela chuva ácida.

D) Monóxido de carbono, butano e perfluorcarbono, responsáveis pelo aquecimento global.

E) Metano, butano e água em forma de vapor, responsáveis pela chuva ácida.

Levando em consideração o histórico sobre a poluição ambiental, aponte quando os


2) problemas ambientais começaram a se agravar.

A) A partir do momento em que o homem saiu de baixo das copas das árvores e passou a
construir suas casas.

B) Após o acidente nuclear de Chernobyl, que resultou na explosão de um reator, gerando uma
imensa nuvem radioativa de iodo-131 e césio-137.

C) A partir da Revolução Industrial.

D) Após a Conferência de Estocolmo, em 1972.

E) Durante o período da Segunda Guerra Mundial, sendo que os índices de poluição diminuíram
após o confronto.

Um dos principais impactos negativos decorrentes de acidentes com derramamento de


3) petróleo em extensas áreas no mar é a formação de uma camada de óleo sobre a área
atingida. Podemos dizer que em tais acidentes:

A) a camada de óleo impede a penetração de luz, assim, não ocorre a fotossíntese pelas algas
bentônicas que, no sistema oceânico, são os principais organismos fotossintetizantes.

B) a dissolução do oxigênio atmosférico na água não ocorrerá, em razão da grande presença de


óleo, causando a morte de peixes em larga escala, até daqueles que não tiveram contato com
o óleo.
C) a porção mais afetada é a do zooplâncton, em razão da morte de organismos impregnados
pelo óleo. O mesmo não ocorre com o fitoplâncton, que tem parede celular que o
impermeabiliza, permitindo sua sobrevivência.

D) o óleo, ao ser derramado, cria uma película superficial, o que não afeta tanto os organismos
marinhos, pois eles se deslocam. Porém, atinge as aves pescadoras, pois o óleo gruda em suas
penas, podendo ocasionar a morte por afogamentos.

E) o plâncton, que é a principal fonte de produção primária para o ambiente marinho e


considerado como a base da cadeia trófica oceânica, é diretamente atingido pela camada de
óleo.

Sabemos que a construção de usinas hidrelétricas como fonte geradora de energia é uma
4) questão bastante polêmica, em razão do risco ambiental que sua instalação causa ao meio
ambiente e às populações locais. Em um suposto caso, foi decidida a construção de uma
usina hidrelétrica em uma região que abrange diversas quedas d'água, com rios cercados por
mata, com a justificativa de que causaria um impacto ambiental muito menor do que uma
usina termelétrica. Assinale a alternativa que apresenta um dos possíveis riscos da instalação
de uma usina hidrelétrica nessa região.

A) Os metais pesados, liberados durante o funcionamento da usina, poluiriam a água do rio.

B) A destruição do habitat de animais terrestres da região de instalação da usina.

C) Um grande aumento na liberação de CO2 na atmosfera.

D) O consumo excessivo de água não renovável que passa pelas turbinas.

E) Menor deposição de resíduos no trecho de rio anterior à represa, ocasionando o


aprofundamento no leito do rio.

Um dos maiores desastres ambientais da nossa história ocorreu em Mariana. De acordo com
5) alguns estudiosos, mais de 10 anos serão necessários para recuperar os danos causados,
principalmente no Rio Doce. Com relação a esse acidente, marque a alternativa correta.

A) Apenas a fauna do Rio Doce foi afetada, já que somente peixes morreram em função do
desastre.

B) Com o acidente, o Rio Doce morreu completamente e não há a menor chance de recuperar
suas águas.

C) Não foi alterada a oxigenação da água do Rio Doce, já que a grande quantidade de lama
sedimentou-se imediatamente após o acidente.
D) A vida aquática não foi afetada pela destruição de algas e plantas aquáticas presentes no Rio
Doce, com isso, o foco da recuperação deve ser o repovoamento dos peixes no local.

E) A recuperação da oxigenação da água é a principal ação para a recuperação do Rio Doce, pois
somente dessa forma os organismos poderão voltar ao rio.
Na prática
O Sr. Manoel recebeu uma notificação do Departamento de Meio Ambiente da cidade onde mora.
Ele estava sendo notificado como responsável pelo acidente ambiental que causou a queima de
árvores em uma área verde nas proximidades de sua indústria, pois os seus funcionários colocaram
fogo em restos de materiais que deveriam ter sido descartados de maneira correta.

A queima desse material aconteceu ao ar livre, sendo que, com o vento, as chamas se espalharam,
queimando uma parte da área verde.

O documento dizia que o Sr. Manoel deveria recuperar a área afetada pelo incêndio, de maneira a
minimizar o impacto causado na vegetação, em uma área considerada de preservação permanente
(APP), por meio da realização de um Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), além de
pagar uma multa referente ao dano causado.

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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

O crescimento econômico e a necessidade da preservação do


meio ambiente são fundamentais para a qualidade de vida
humana e animal. Veja, em Desenvolvimento sustentável e
dignidade: considerações sobre os acidentes ambientais no
Brasil, um estudo de caso envolvendo um acidente ambiental,
mostrando como ele pode afetar o homem, o meio ambiente e o
desenvolvimento.

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No artigo Impactos ambientais da mineração no Estado de São


Paul o leia considerações sobre o tema e o desafio de o setor se
adequar à Constituição Federal e à Política Nacional de Meio
Ambiente.

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Saiba mais a respeito da longa e polêmica discussão sobre a


Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a maior do Brasil, localizada
no Estado do Pará. Em Belo Monte: impactos sociais,
ambientais, econômicos e políticos, você vai ver os impactos
que a construção da usina trouxe.

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