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Este documento fornece informações sobre um medicamento à base de nifedipina chamado Nifedipina Generis. Detalha a composição, forma farmacêutica, indicações terapêuticas, posologia, contraindicações, precauções de uso e interações medicamentosas.
Direitos autorais
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APROVADO EM

01-03-2023
INFARMED
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

1. NOME DO MEDICAMENTO
Nifedipina Generis 30 mg Comprimidos de libertação prolongada

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA


Cada comprimido de libertação prolongada contém 30 mg de nifedipina como
substância ativa.
Excipientes com efeito conhecido:
Cada comprimido de Nifedipina Generis contém 9 mg de sódio (sob a forma de
cloreto de sódio)
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1

3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido de libertação prolongada.
Comprimido redondo, biconvexo, com revestimento cor-de-rosa e orifício numa das
faces.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
- Tratamento da doença coronária
Angina de peito crónica estável (angina de esforço).
- Tratamento da hipertensão: prevenção da mortalidade e morbilidade cardio e
cerebrovascular em doentes hipertensos.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
O tratamento deve ser, na medida do possível, instituído em função de cada caso
individual.
A dose básica deverá ser gradualmente introduzida, em função do quadro clínico
individual.
Salvo prescrição médica em contrário, recomenda-se para adultos, o seguinte
esquema posológico:
Doença coronária
Angina de peito crónica estável 1 comprimido de Nifedipina Generis 30 mg
(angina de esforço) 1 x dia (1 x 30 mg/dia)
Hipertensão 1 comprimido de Nifedipina Generis 30 mg
1 x dia (1 x 30 mg/dia)
APROVADO EM
01-03-2023
INFARMED
No geral, a terapêutica deverá ser iniciada com uma dose diária única de 30 mg.
Dependendo do grau de gravidade da doença e da resposta do doente, a dose
poderá ser aumentada, gradualmente, até 120 mg 1 x dia.
A coadministração com inibidores ou indutores do CYP 3A4 pode resultar na
recomendação para ajustar a dose ou mesmo não utilizar nifedipina (ver secção 4.5).
Duração do tratamento:
A duração do tratamento deverá ser estabelecida pelo médico assistente.
Modo de administração
Via oral
Os comprimidos não devem ser mastigados nem fracionados.
Em geral, os comprimidos de Nifedipina Generis devem ser engolidos inteiros, com
um pouco de líquido, independentemente do horário das refeições. O sumo de
toranja deve ser evitado (ver secção 4.5).
Informação adicional sobre populações especiais
População pediátrica
A segurança e eficácia de nifedipina em crianças com idade inferior a 18 anos não
foram estabelecidas. Os dados atualmente disponíveis relativos à utilização de
nifedipina em hipertensão encontram-se descritos na secção 5.1.
Idosos (> 65 anos)
Com base nos dados farmacocinéticos para Nifedipina Generis, não é necessário
ajuste da dose em doente com idade superior a 65 anos.
Doentes com compromisso hepático
Em doentes com compromisso hepático ligeiro, moderado ou grave, pode ser
necessária uma monitorização cuidadosa e uma redução da dose. A farmacocinética
da nifedipina não foi investigada em doentes com compromisso hepático grave (ver
secção 4.4 e secção 5.2).
Doentes com compromisso renal
Com base nos dados farmacocinéticos, não é necessário ajuste da dose em doente
com compromisso renal (ver secção 5.2).
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados
na secção 6.1 (ver secção 4.4 e 6.1).
Nifedipina Generis não deve ser utilizado nos casos de choque cardiogénico.
Nifedipina Generis não deve ser administrado em doentes com bolsa de Kock
(ileostomia após proctocolectomia).
APROVADO EM
01-03-2023
INFARMED
A nifedipina não deverá ser utilizada em combinação com a rifampicina uma vez que,
devido a indução enzimática, não é possível obter níveis plasmáticos eficazes de
nifedipina (ver secção 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Recomenda-se precaução no caso de doentes com pressão arterial muito baixa
(hipotensão grave com pressão arterial sistólica inferior a 90 mmHg), insuficiência
cardíaca manifesta e estenose aórtica grave.
A nifedipina não deve ser usada durante a gravidez a menos que o estado clínico da
mulher exija tratamento com nifedipina. A nifedipina deve ser reservada para
mulheres com hipertensão grave que não respondam à terapia padrão (ver secção
4.6).
Não se recomenda a utilização de nifedipina durante a amamentação uma vez que a
nifedipina é excretada no leite humano e os efeitos da absorção oral de pequenas
quantidades de nifedipina não são conhecidos (ver secção 4.6).
Em caso de administração de nifedipina com sulfato de magnésio i.v, a pressão
arterial deve ser cuidadosamente monitorizada devido à possibilidade de uma
descida excessiva da pressão arterial que poderá ser nociva tanto à mãe como ao
feto.
À semelhança do que se verifica com outro material não deformável, recomenda-se
precaução quando se administra Nifedipina Generis a doentes afetados por estenose
gastrointestinal grave pré-existente, pois podem ocorrer sintomas de obstrução. Em
casos muito raros podem ocorrer Bezoars que podem exigir intervenção cirúrgica.
Em casos isolados foram descritos sintomas de obstrução sem que existissem
antecedentes conhecidos de perturbações gastrointestinais.
Em exames radiológicos utilizando contraste por bário, Nifedipina Generis pode
provocar evidências falsas positivas (p.ex. deficiências de enchimento interpretadas
como pólipo).
Em doentes com compromisso hepático ligeiro, moderado ou grave, pode ser
necessária uma monitorização cuidadosa e uma redução da dose. A farmacocinética
da nifedipina não foi investigada em doentes com compromisso hepático grave (ver
secção 4.2 e 5.2). Por esse motivo, a nifedipina deve ser utilizada com precaução em
doentes com compromisso hepático grave.
A nifedipina é metabolizada via sistema do citocromo P450 3A4. Fármacos
conhecidos como sendo inibidores ou indutores deste sistema enzimático podem, por
isso, alterar o efeito de primeira-passagem ou a depuração da nifedipina (ver secção
4.5).
Fármacos que sejam inibidores do sistema do citocromo P450 3A4 e que podem,
portanto, levar a um aumento das concentrações plasmáticas da nifedipina, são por
ex:
- antibióticos macrólidos (ex.: eritromicina)
- inibidores da proteinase anti-VIH (ex.: ritonavir)
- antifúngicos azole (ex.: cetoconazol)
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- os antidepressivos nefazodona e fluoxetina
- quinupristina/dalfopristina
- ácido valpróico
- cimetidina.
Em caso de coadministração com estes fármacos, a pressão sanguínea deve ser
monitorizada e, se necessário, deve-se considerar a redução da dose de nifedipina.
O acerto de dose até um máximo diário de 120 mg de nifedipina poderá resultar
numa ingestão de 1,64 mmol (ou 37,64 mg) de sódio por dia. Este facto deverá ser
tido em consideração em doentes com dieta restrita em sódio.
Este medicamento contém 0,39 mmol (ou 9 mg) de sódio por comprimido. Esta
informação deve ser tida em consideração em doentes com ingestão controlada de
sódio.
Para utilização em populações especiais, ver secção 4.2.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Fármacos que afetam a nifedipina
A nifedipina é metabolizada através do sistema do citocromo P450 3A4, localizado na
mucosa intestinal e no fígado. As substâncias que se sabe poderem inibir ou induzir
este sistema enzimático podem, portanto, alterar a primeira passagem (após
administração oral ou a depuração da nifedipina (ver secção 4.4).
A extensão e duração das interações devem ser tidas em conta quando se administra
nifedipina em conjunto com os seguintes fármacos:
Rifampicina
A rifampicina é um indutor potente do sistema do citocromo P450 3A4. Em casos de
coadministração com rifampicina, a biodisponibilidade da nifedipina é
acentuadamente reduzida e, portanto, enfraquecida a sua eficácia. Está, portanto,
contraindicado o uso da nifedipina em combinação com rifampicina (ver secção 4.3).
Em coadministração com os seguintes inibidores ligeiros a moderados do sistema do
citocromo P450 3A4, a pressão sanguínea deve ser monitorizada e, se necessário,
deve-se considerar um ajuste na dose de nifedipina (ver secção 4.2).
Antibióticos macrólidos (ex.: eritromicina)
Não foram realizados estudos de interação entre a nifedipina e antibióticos
macrólidos. Certos antibióticos macrólidos são conhecidos inibidores do metabolismo
de outros fármacos mediado pelo sistema do citocromo P450 3A4. Não pode,
portanto, ser excluída a possibilidade de um aumento das concentrações plasmáticas
de nifedipina em presença de coadministração de ambos os fármacos (ver secção
4.4).
A azitromicina, apesar de estruturalmente relacionada com a classe de antibióticos
macrólidos não inibe o CYP3A4.
Inibidores da protease anti-VIH (ex.: ritonavir)
Não foi ainda realizado um estudo clínico destinado a investigar a possibilidade de
interação medicamentosa entre nifedipina e certos inibidores da protease anti-VIH.
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01-03-2023
INFARMED
Sabe-se que fármacos pertencentes a esta classe inibem o sistema do citocromo
P450 3A4. Para além disso, está demonstrado que fármacos pertencentes a esta
classe inibem in vitro o metabolismo da nifedipina mediado pelo citocromo P450 3A4.
Em caso de coadministração com nifedipina, não pode ser excluída a possibilidade de
um aumento substancial das concentrações plasmáticas de nifedipina devida a uma
diminuição do metabolismo de primeira passagem hepática e a uma eliminação mais
reduzida (ver secção 4.4).
Antifúngicos azois (ex.: cetoconazol)
Não foi ainda realizado um estudo formal de interação destinado a investigar a
possibilidade de interação medicamentosa entre a nifedipina e certos antifúngicos
azole. Sabe-se que fármacos pertencentes a esta classe inibem o sistema do
citocromo P450 3A4. Quando administrados oralmente em conjunto com nifedipina,
não pode ser excluída uma subida substancial na biodisponibilidade sistémica da
nifedipina, devida a uma diminuição do metabolismo de primeira passagem (ver
secção 4.4).
Fluoxetina
Não foi ainda realizado um estudo clínico destinado a investigar a possibilidade de
interação medicamentosa entre nifedipina e fluoxetina. Sabe-se que a fluoxetina
inibe in vitro o metabolismo da nifedipina mediado pelo citocromo P450 3A4. Não
pode, portanto, ser excluída a possibilidade de um aumento das concentrações
plasmáticas de nifedipina em presença de coadministração de ambos os fármacos
(ver secção 4.4).
Nefazodona
Não foi ainda realizado um estudo clínico para investigar a possibilidade de interação
medicamentosa entre a nifedipina e a nefazodona. Sabe-se que a nefazodona inibe o
metabolismo mediado pelo citocromo P450 de outros fármacos. Não pode, portanto,
ser excluída a possibilidade de um aumento das concentrações plasmáticas da
nifedipina em presença de coadministração de ambos os fármacos (ver secção 4.4).
Quinupristina/Dalfopristina
A administração simultânea de quinupristina/dalfopristina e de nifedipina pode
provocar um aumento nas concentrações plasmáticas de nifedipina (ver secção 4.4).
Ácido valpróico
Não foram realizados estudos formais destinados a investigar uma potencial
interação entre a nifedipina e o ácido valpróico. Tendo sido demonstrado que, devido
a indução enzimática, o ácido valpróico aumenta as concentrações plasmáticas da
nimodipina (um bloqueador da entrada do cálcio estruturalmente semelhante) não é
possível excluir a possibilidade de um aumento nas concentrações plasmáticas de
nifedipina com o consequente aumento da sua eficácia (ver secção 4.4).
Cimetidina
Devido à sua inibição do citocromo P450 3A4, a cimetidina aumenta as
concentrações plasmáticas de nifedipina, podendo potenciar o efeito anti-
hipertensivo (ver secção 4.4).
Outros estudos
Cisaprida
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INFARMED
A administração simultânea de cisaprida e de nifedipina pode provocar um aumento
nas concentrações plasmáticas de nifedipina.
Fármacos antiepiléticos indutores do sistema do citocromo P450 3A4, tais como a
fenitoína, a carbamazepina e o fenobarbital
A fenitoína induz o sistema do citocromo P450 3A4. Em caso de coadministração com
fenitoína, verifica-se uma redução da biodisponibilidade da nifedipina e, portanto,
uma diminuição da sua eficácia. Quando se administram concomitantemente ambos
os fármacos, deve-se controlar a resposta clínica à nifedipina e, se necessário,
considerar um aumento na dose de nifedipina. Se a dose de nifedipina for
aumentada durante a coadministração de ambos os fármacos, dever-se-á tomar em
consideração uma redução da dose de nifedipina quando é interrompido o
tratamento com fenitoína.
Não foram realizados estudos formais destinados a investigar uma potencial
interação entre a nifedipina e carbamazepina ou fenobarbital. Tendo sido
demonstrado que, devido a indução enzimática, a carbamazepina e o fenobarbital
reduzem as concentrações plasmáticas da nimodipina (um bloqueador da entrada do
cálcio estruturalmente semelhante) não é possível excluir a possibilidade de uma
descida nas concentrações plasmáticas de nifedipina com a consequente redução da
sua eficácia.
Efeitos da nifedipina sobre outros fármacos
Fármacos anti-hipertensores
A nifedipina pode potenciar o efeito hipotensor de anti-hipertensores administrados
concomitantemente, tais como:
- diuréticos
- β-bloqueadores
- IECAS,
- antagonistas dos recetores da angiotensina (AT1)
- outros antagonistas do cálcio
- agentes bloqueadores α-adrenérgicos
- inibidores PDE5
- α-metildopa.
A administração concomitante de nifedipina e de β-bloqueadores requer uma
rigorosa vigilância médica do doente, dado que se pode desenvolver um
agravamento da insuficiência cardíaca em casos isolados.
Digoxina
A administração simultânea de nifedipina e digoxina pode induzir uma redução na
depuração de digoxina e o subsequente aumento das concentrações plasmáticas de
digoxina. A título de precaução, o doente deverá, portanto, ser examinado com vista
à deteção de sintomas de sobredosagem com digoxina e, se necessário, dever-se-á
proceder à redução da dose do glicosido tomando em consideração a concentração
plasmática de digoxina.
Quinidina
No caso de administração simultânea de nifedipina e quinidina, observou-se, em
casos individuais, uma descida nos níveis de quinidina ou, após interrupção da
nifedipina, um aumento nítido das concentrações plasmáticas de quinidina. Nestas
circunstâncias, ao iniciar ou suspender um tratamento concomitante com nifedipina,
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INFARMED
recomenda-se um controlo da concentração plasmática de quinidina e, se necessário,
um ajustamento da dose de quinidina. Alguns autores referiram a ocorrência de
concentrações plasmáticas mais elevadas de nifedipina quando se coadministraram
ambas as substâncias, enquanto que outros não observaram alteração na
farmacocinética da nifedipina. Nestas circunstâncias, a pressão arterial deverá ser
cuidadosamente controlada, no caso de a quinidina ser adicionada a uma terapêutica
já existente com nifedipina. Se necessário, deve-se reduzir a dose de nifedipina.
Tacrolímus
Está demonstrado que o tacrolímus é metabolizado através do sistema do citocromo
P450 3A4. Dados recentemente publicados mostram que a dose de tacrolímus
administrada simultaneamente com nifedipina pode ser reduzida em casos
individuais. No caso de coadministração de ambas as substâncias, devem-se
controlar as concentrações plasmáticas de tacrolímus e, se necessário, considerar
uma redução na dose de tacrolímus.
Interações com alimentos:
Sumo de toranja
O sumo de toranja inibe o sistema do citocromo P450 3A4. A administração
concomitante de nifedipina com sumo de toranja resulta, portanto, em elevadas
concentrações plasmáticas e no prolongamento da ação da nifedipina devido a uma
diminuição do metabolismo de primeira passagem ou da depuração.
Consequentemente pode ser mais acentuado o efeito hipotensor. Após a ingestão
regular de sumo de toranja, este efeito pode durar pelo menos 3 dias após a última
ingestão, deste tipo de sumo.
Deste modo, a ingestão de toranja/ sumo de toranja deve ser evitada durante a
toma de nifedipina (ver secção 4.2).
Interações que se comprovou não existirem:
Ajmalina
A administração concomitante de nifedipina e ajmalina não influencia o metabolismo
da ajmalina.
Ácido acetilsalicílico
A administração concomitante de nifedipina e de ácido acetilsalicílico a 100 mg não
tem qualquer efeito sobre a farmacocinética da nifedipina. A coadministração de
nifedipina não altera o efeito de ácido acetilsalicílico a 100 mg sobre a agregação
plaquetária e o tempo de hemorragia.
Benazepril
A administração concomitante de nifedipina e benazepril não influencia a
farmacocinética da nifedipina.
Candesartan cilexetil
A administração concomitante de nifedipina e candesartan cilexetil não influencia a
farmacocinética de qualquer um dos fármacos.
Debrisoquina
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INFARMED
A administração concomitante de nifedipina e debrisoquina não influencia a taxa
metabólica da debrisoquina.
Doxazosina
A administração concomitante de nifedipina e doxazosina não influencia a
farmacocinética da nifedipina.
Irbesartan
A administração concomitante de nifedipina e irbesartan não influencia a
farmacocinética do irbesartan.
Omeprazol
A administração concomitante de nifedipina e omeprazol não tem influência clínica
relevante na farmacocinética da nifedipina.
Orlistat
A administração concomitante de nifedipina e orlistat não influencia a
farmacocinética da nifedipina.
Pantoprazol
A administração concomitante de nifedipina e pantoprazol não influencia a
farmacocinética da nifedipina.
Ranitidina
A administração concomitante de nifedipina e ranitidina não influencia a
farmacocinética da nifedipina.
Rosiglitazona
A administração concomitante de nifedipina e rosiglitazona não tem influência clínica
relevante na farmacocinética da nifedipina.
Talinolol
A administração concomitante de nifedipina e talinolol não influencia a
farmacocinética da nifedipina.
Triamtereno Hidroclorotiazida
A administração concomitante de nifedipina e triamtereno hidroclorotiazida não
influencia a farmacocinética da nifedipina.
Outras formas de interação
A nifedipina pode provocar valores espectrofotométricos falsamente elevados de
ácido vanililmandélico na urina. A determinação por HPLC não é todavia influenciada.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
A nifedipina não deve ser usada durante a gravidez a menos que o estado clínico da
mulher exija tratamento com nifedipina. A nifedipina deve ser reservada para
mulheres com hipertensão grave que não respondem à terapia padrão (ver secção
4.4).
Não se dispõe de estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas.
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INFARMED
A informação disponível é insuficiente para excluir a ocorrência de efeitos adversos
no feto e recém-nascido.
Demonstrou-se que a nifedipina provoca efeitos teratogénicos em ratos, ratinhos e
coelhos, incluindo anomalias digitais, malformação das extremidades, fissura do
palato, fissura do esterno e malformação das costelas. As anomalias digitais e
malformação das extremidades resultam possivelmente, do compromisso do fluxo
sanguíneo uterino, mas também têm sido observadas em animais tratados com
nifedipina somente após o fim do período da organogénese.
A administração de nifedipina está associada a vários efeitos embriotóxicos,
placentotóxicos e fetotóxicos, incluindo fetos raquíticos (ratos, ratinhos, coelhos),
placentas reduzidas e vilosidades coriónicas subdesenvolvidas (macacos), mortes
embriónicas e fetais (ratos, ratinhos, coelhos) e período de gestação
prolongado/redução na taxa de sobrevivência neonatal (ratos; não avaliada em
outras espécies). Todas as doses associadas com os efeitos teratogénicos,
embriotóxicos ou fetotóxicos em animais eram tóxicas do ponto de vista materno,
correspondendo a doses várias vezes superiores à dose máxima recomendada para o
ser humano.
Foi observado a ocorrência de edema pulmonar agudo quando bloqueadores dos
canais de cálcio, entre outros, nifedipina, têm sido utilizados como um medicamento
tocolítico durante a gravidez (ver secção 4.8), especialmente nos casos de gravidez
múltipla (gémeos ou mais), através da via intravenosa e/ou com a utilização
concomitante de beta - 2 agonistas.
A partir da evidência clínica disponível, não foi identificado um risco pré-natal
específico, embora tenha sido notificado um aumento na asfixia perinatal, parto por
cesariana, bem como prematuridade e retardamento no crescimento intrauterino.
Não está claro se essas notificações são devidas à hipertensão subjacente, ao seu
tratamento ou a um efeito específico do medicamento.
Amamentação
A nifedipina é excretada no leite materno. A concentração de nifedipina no leite é
quase comparável com a concentração sérica materna. Para formulações de
libertação imediata, propõe-se adiar a amamentação ou a extração de leite por 3 a 4
horas após a administração do medicamento para diminuir a exposição da criança à
nifedipina (ver secção 4.4).
Fertilidade
Em casos isolados de fertilização in vitro, os antagonistas do cálcio do tipo da
nifedipina, têm sido associados a alterações bioquímicas reversíveis a nível da
cabeça dos espermatozoides, que poderão afetar negativamente a função do
esperma. Nos homens que não conseguirem repetidamente alcançar uma fertilização
in vitro e em que não se encontre qualquer outra explicação para este facto, poder-
se á considerar que os antagonistas do cálcio, como a nifedipina, são uma causa
possível.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Reações ao medicamento, que variam de intensidade de indivíduo para indivíduo,
podem alterar a capacidade de condução de veículos ou a utilização de máquinas.
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INFARMED
Isto aplica-se particularmente no início do tratamento, na alteração da medicação ou
em associação com o álcool.
4.8 Efeitos indesejáveis
As reações adversas a medicamentos (RAM) baseadas em estudos com nifedipina
controlados por placebo, ordenadas segundo a frequência pelas categorias CIOMS III
(base de dados de ensaios clínicos: nifedipina n = 2661; placebo n = 1486; estado
22 Fev 2006 e estudo ACTION: nifedipina n = 3825; placebo n = 3840) encontram-
se listadas em baixo:
As RAM listadas em “frequentes” foram observadas com uma frequência inferior a
3% com exceção do edema (9,9%) e cefaleias (3,9%).
A frequência de RAMs notificadas com medicamentos contendo nifedipina estão
sumarizadas na tabela abaixo. Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem
decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. As frequências são
definidas como:
Frequentes (≥1/100, <1/10)
Pouco frequentes (≥1/1000, <1/100)
Raros (≥1/10.000, <1/1000)
As RAM identificadas apenas durante a vigilância pós-comercialização em curso, e
para as quais não foi possível determinar a frequência, são listadas como
"Desconhecido".
Classes de Frequentes Pouco Raros Desconhecido
Sistemas de frequentes
Órgãos (MedDRA)
Doenças do Agranulocitose
sangue e do Leucopenia
sistema linfático
Doenças do Reação Prurido Reação
sistema imunitário alérgica Urticária anafilática/
Edema Erupção anafilatóide
alérgico/ cutânea
angioedema
(incl. edema
da laringe1)
Doenças do Hiperglicemia
metabolismo e da
nutrição
Perturbações do Reações de
foro psiquiátrico ansiedade
Perturbações
do sono
Doenças do Cefaleias Vertigens Par/Disestesia Hipoestesia
sistema nervoso Enxaqueca Sonolência
Tonturas
Tremor
Afeções oculares Perturbações Dor ocular
visuais
Cardiopatias Taquicardia Dor torácica
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Palpitações (Angina Pectoris)
Vasculopatias Edema (incl. Hipotensão
edema Síncope
periférico)
Vasodilatação
Doenças Hemorragia Dispneia
respiratórias, nasal Edema
torácicas e do Congestão Pulmonar*
mediastino nasal
Doenças Obstipação Dor Hiperplasia Bezoar
gastrointestinais gastrointestinal gengival Disfagia
e abdominal Obstrução
Náuseas intestinal
Dispepsia Úlcera intestinal
Flatulência Vómitos
Xerostomia Insuficiência do
esfíncter
gastroesofágico
Afeções Aumento Icterícia
hepatobiliares transitório nas
enzimas
hepáticas
Afeções dos Eritema Necrólise
tecidos cutâneos e epidérmica tóxica
subcutâneos Reação alérgica
de
fotossensibilidade
Púrpura palpável
Afeções Cãibras Artralgia
musculosqueléticas musculares Mialgia
e dos tecidos Tumefação das
conjuntivos articulações
Doenças renais e Poliúria
urinárias Disúria
Doenças dos Disfunção
órgãos genitais e erétil
da mama
Perturbações Sensação de Dor não
gerais e alterações mal estar específica
no local de Arrepios
administração
1 Pode resultar em perigo de vida.
* foram reportados casos quando usado como tocolítico durante a gravidez (ver
secção 4.6)
Em doentes submetidos a diálise com hipertensão maligna e hipovolémia pode
ocorrer uma descida tensional acentuada resultante da vasodilatação.
Notificação de suspeitas de reações adversas
APROVADO EM
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INFARMED
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
(preferencialmente) ou através dos seguintes contactos:
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
E-mail: [email protected]
4.9 Sobredosagem
Sintomas
Nos casos de intoxicação grave com nifedipina, observam-se os seguintes sintomas:
Perturbações da consciência que podem atingir o coma, descida da pressão arterial,
perturbações taquicárdicas/bradicárdicas do ritmo cardíaco, hiperglicemia, acidose
metabólica, hipoxia, choque cardiogénico com edema pulmonar.
Tratamento da sobredosagem
Relativamente a medidas terapêuticas, são prioritárias a eliminação da substância
ativa e reposição de condições cardiovasculares estáveis.
Após a ingestão oral, recomenda-se lavagem gástrica completa, associada a
irrigação do intestino delgado, em caso de necessidade.
Em particular, nos casos de intoxicação com uma formulação de libertação
prolongada, como Nifedipina Generis a eliminação deverá ser tão completa quanto
possível, incluindo o intestino delgado, visando prevenir subsequente absorção da
substância ativa que, de outro modo seria inevitável.
Uma vez que a nifedipina não é dialisável, a hemodiálise constitui uma medida
desprovida de interesse; recomenda-se antes a plasmaférese (elevado índice de
ligação às proteínas e volume de distribuição relativamente baixo).
As perturbações bradicárdicas do ritmo cardíaco podem ser tratadas
sintomaticamente com β-simpaticomiméticos; em presença de perturbações
bradicárdicas do ritmo cardíaco, suscetíveis de colocar a vida em risco, considera-se
aconselhável a implantação temporária de um pacemaker.
A hipotensão decorrente de choque cardiogénico e de vasodilatação arterial pode ser
tratada com a administração de cálcio (10 - 20 ml de solução a 10% de gluconato de
cálcio, administrada lentamente, por via intravenosa e repetida, se necessário).
Daqui resulta que, o cálcio sérico pode atingir níveis situados entre os valores
normais mais altos até níveis ligeiramente elevados. Se, com cálcio, não se obtiver
uma subida tensional suficiente, o tratamento poderá prosseguir com a
administração adicional de simpaticomiméticos vasoconstritores como, a dopamina
ou a noradrenalina. A dosagem destes fármacos orientar-se-á exclusivamente pelo
efeito obtido.
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01-03-2023
INFARMED
Recomenda-se precaução na administração adicional de líquido ou volume, devido ao
risco de sobrecarga do coração.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupos farmacoterapêuticos:
3.4.3 – Aparelho Cardiovascular. Anti-hipertensores. Bloqueadores da entrada do
cálcio
3.5.1 – Aparelho Cardiovascular. Vasodilatadores. Antianginosos
Código ATC: C08CA05
A nifedipina é um antagonista do cálcio do tipo das 1,4 di-hidropiridinas. Os
antagonistas do cálcio reduzem o fluxo transmembranar dos iões cálcio para a célula,
através dos canais lentos de cálcio. A nifedipina atua particularmente sobre as
células do miocárdio e as células do músculo vascular liso das artérias coronárias e
dos vasos periféricos de resistência.
A nível do coração, a nifedipina dilata as artérias coronárias, em especial os grandes
vasos de condução, mesmo no segmento livre da parede das áreas parcialmente
estenosadas. A nifedipina reduz ainda o tónus vascular do músculo liso nas artérias
coronárias e evita o vasospasmo. O resultado final traduz-se por um aumento do
fluxo sanguíneo pós-estenótico e por um maior aporte de oxigénio. Paralelamente, a
nifedipina reduz as necessidades de oxigénio, por diminuição da resistência periférica
(pós-carga). Numa utilização prolongada, a nifedipina pode também prevenir o
desenvolvimento de novas lesões ateroscleróticas a nível das artérias coronárias.
A nifedipina reduz o tónus do músculo liso das arteríolas, induzindo assim uma
descida da resistência periférica elevada e, consequentemente, da pressão arterial.
No início do tratamento com nifedipina, pode ocorrer um aumento reflexo transitório
na frequência cardíaca e, consequentemente, no débito cardíaco. Este aumento não
é, contudo, suficiente para compensar a vasodilatação. Numa utilização de curta
duração, mas também numa utilização prolongada, a nifedipina aumenta também a
excreção de sódio e de água. O efeito hipotensor da nifedipina é particularmente
acentuado em doentes hipertensos.
Num estudo prospetivo multinacional, randomizado e duplamente cego, envolvendo
6321 doentes hipertensos com, pelo menos, um fator de risco adicional e seguidos
por um período de 3 a 4,8 anos, a nifedipina demonstrou reduzir os acidentes
cardiovasculares e cerebrovasculares num grau equiparável ao obtido com uma
terapêutica diurética padrão.
No estudo ACTION, um ensaio clínico, multicêntrico, randomizado e duplamente
cego, controlado por placebo, com um follow-up de 5 anos envolvendo 7665 doentes
com angina de peito tratados segundo as boas práticas clínicas com o melhor
tratamento padrão, foram investigados os efeitos nos resultados clínicos da
nifedipina em comparação com placebo.
A variável primária para a eficácia (taxa de mortalidade combinada por qualquer
causa, enfarte agudo do miocárdio, angina refratária, insuficiência cardíaca recente,
acidente vascular cerebral debilitante e revascularização periférica) não foi diferente
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entre os doentes alocados à nifedipina (n = 3825) e os doentes alocados ao placebo
(n = 3840) (P = 0,54).
Numa análise de um subgrupo pré-definido que incluiu 3997 doentes com angina e
hipertensão na linha base, a nifedipina levou a uma redução significativa de 13% da
variável primária para a eficácia.
A nifedipina demonstrou ser segura, na medida em que a variável primária para a
segurança (taxa de mortalidade combinada por qualquer causa, enfarte agudo do
miocárdio e acidente vascular cerebral debilitante) foi semelhante em ambos os
grupos de tratamento (P = 0,86).
A nifedipina teve um efeito positivo em duas das três variáveis secundárias
pré-definidas. A taxa de mortalidade combinada, eventos cardiovasculares major,
revascularização e angiografia coronária (AGC) foram reduzidas em 11% (P =
0,0012), devido principalmente à redução pronunciada da necessidade de
angiografia coronária. Existiram menos 150 AGCs como primeiro evento no grupo da
nifedipina quando comparado com o placebo. Qualquer evento vascular foi reduzido
em 9% (P = 0,027), devido principalmente à diminuição da necessidade de
intervenções coronárias percutâneas e de cirurgia para bypass. No total, existiram
menos 89 procedimentos como primeiros eventos no grupo da nifedipina em
comparação com o placebo. O resultado da terceira variável secundária “eventos
cardiovasculares major” não demonstrou diferenças entre os dois grupos de
tratamento (P = 0,26).
População pediátrica
Está disponível informação limitada sobre a comparação da nifedipina com outros
anti-hipertensores, tanto na hipertensão aguda como na hipertensão a longo prazo,
com diferentes formulações, em diferentes dosagens.
Os efeitos anti-hipertensores da nifedipina foram demonstrados, mas as
recomendações posológicas, a segurança a longo prazo e o efeito no desempenho
cardiovascular permanecem por estabelecer. As formas farmacêuticas pediátricas
são escassas.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Os comprimidos de Nifedipina Generis são formulados visando administrar nifedipina
a uma taxa relativamente constante de libertação durante um período de 24 horas. A
nifedipina é libertada do comprimido a uma cinética de ordem zero, através de um
sistema de bomba osmótica controlado por uma membrana. A taxa de libertação é
independente do pH ou da motilidade gástrica. Após a ingestão, os componentes
biologicamente inertes do comprimido permanecem intactos durante toda a
passagem pelo trato gastrintestinal e são eliminados nas fezes sob a forma de uma
cápsula insolúvel.
Absorção
Após administração oral a nifedipina é quase completamente absorvida. A
disponibilidade sistémica das formulações de libertação imediata de nifedipina
(cápsulas de nifedipina) administradas oralmente varia de 45 - 56% devido a um
efeito de primeira passagem. No estado estacionário, a biodisponibilidade dos
comprimidos de Nifedipina Generis varia entre 68 - 86% relativamente às cápsulas
de nifedipina. A taxa inicial de absorção é ligeiramente modificada pela presença de
alimentos, mas não afeta a biodisponibilidade do fármaco.
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As concentrações plasmáticas do fármaco sobem a uma taxa controlada após a
administração de Nifedipina Generis e atingem um "plateau" cerca de 6 - 12 horas
após a primeira dose. Após vários dias de administração obtêm-se, durante um
período posológico de 24 horas, concentrações plasmáticas relativamente
constantes, com flutuações "vale/pico" mínimas (0,9 - 1,2 ng/ml).
O quadro seguinte apresenta as concentrações plasmáticas máximas (Cmax) dos
comprimidos de Nifedipina Generis e o tempo necessário para atingir as
concentrações plasmáticas máximas (Tmax):
Cmax TmaxTmax
[ng/ml] [h]
Nifedipina Generis 20 - 21 12- 15 *
* pouco pronunciado devido à evolução “plateau” da concentração plasmática
Distribuição
A ligação da nifedipina à proteína plasmática (albumina) é de cerca de 95%.
Determinou-se que a semivida de distribuição após administração intravenosa é
cerca de 5 - 6 minutos.
Biotransformação
Após administração oral a nifedipina é metabolizada na parede intestinal e no fígado,
primariamente por processos oxidativos. Estes metabolitos não evidenciam atividade
farmacodinâmica.
A nifedipina é predominantemente excretada por via renal, sob a forma dos seus
metabolitos; cerca de 5 - 15 % é excretada com as fezes, através da bílis. A
substância inalterada é recuperada apenas em vestígios (inferiores a 0,1%), na
urina.
Eliminação
A semivida de eliminação terminal é de 1,7 - 3,4 horas para as formulações
convencionais (cápsulas). A semivida terminal após administração de Nifedipina
Generis não constitui um parâmetro relevante pois durante a libertação da
substância dos comprimidos e a absorção, a concentração plasmática mantém-se a
um nível "plateau". Após libertação e absorção da última dose, a concentração
plasmática desce finalmente, evidenciando uma semivida de eliminação semelhante
à observada com as formulações convencionais.
Em casos de alteração da função renal, não se detetaram alterações substanciais,
em comparação com voluntários saudáveis.
Num estudo em que se comparou a farmacocinética da nifedipina em doentes com
compromisso hepático ligeiro (Child Pugh A) ou moderado (Child Pugh B) com
doentes com função hepática normal, a depuração oral da nifedipina foi reduzida em
média 48% (Child Pugh A) e 72% (Child Pugh B). Como resultado a AUC e a Cmax
da nifedipina aumentou em média 93% e 64% (Child Pugh A) e 253% e 171% (Child
Pugh B), respetivamente, em comparação com doentes com função hepática normal,
A farmacocinética da nifedipina não foi investigada em doentes com compromisso
hepático grave (ver secção 4.4).
5.3 Dados de Segurança pré-clínica
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Os dados de segurança pré-clínica, baseados em estudos convencionais de dose
aguda e de toxicidade repetida, de genotoxicidade e de potencial carcinogénico, não
revelam especial perigo para o humano.
Toxicidade aguda
A toxicidade aguda foi investigada em várias espécies animais; os resultados
individuais são apresentados no quadro seguinte:
DL 50 (mg/kg)

oral i.v.
Ratinho 494 (421 - 572)* 4,2 (3,8 – 4,6)*
Rato 1022 (950 - 1087)* 15,5 (13,7 - 17,5)*
Coelho 250 - 500 2-3
Gato ~100 0,5 - 8
Cão >250 2-3
* 95% intervalo de confiança
Toxicidade subaguda e subcrónica
A administração oral diária ao rato (50 mg/kg de peso corporal) e ao cão (100
mg/kg de peso corporal) durante períodos de respetivamente 13 e 4 semanas foi
tolerada sem manifestação de efeitos tóxicos.
Após administração parentérica (i.v.) o cão tolerou, sem indícios de lesões, doses de
até 0,1 mg/kg de peso corporal/dia durante 6 dias. A administração diária i.v. de
2,5 mg/kg de peso corporal a ratos durante um período de 3 semanas foi também
tolerada sem sinais de lesões.
Toxicidade crónica
Doses diárias orais de até 100 mg/kg de peso corporal, administradas durante o
período de 1 ano foram toleradas pelo cão sem evidência de lesões tóxicas. No rato,
os efeitos tóxicos ocorreram a partir de concentrações superiores a 100 ppm
administradas em conjunto com a ração (cerca de 5 - 7 mg/kg de peso corporal).
Carcinogenicidade
Um estudo a longo termo no rato (2 anos) não revelou evidências de efeito
carcinogénico da nifedipina.
Mutagenicidade
Para avaliação dos efeitos mutagénicos foram realizados, no ratinho, o teste de
Ames, o teste letal-dominante e o teste do micronúcleo. Não se observaram
evidências de efeitos mutagénicos da nifedipina.
Toxicologia reprodutiva
Verificou-se que a nifedipina produziu alterações teratogénicas no rato, ratinho e
coelho, incluindo anomalias digitais, malformação das extremidades, fissura do
palato, fissura do esterno e malformação das costelas. As anomalias digitais e
malformação das extremidades resultam possivelmente do compromisso do fluxo
sanguíneo uterino, mas também têm sido observadas em animais tratados com
nifedipina somente após o fim do período da organogénese. A administração de
nifedipina está associada a vários efeitos embriotóxicos, placentotóxicos e
fetotóxicos, incluindo fetos raquíticos (ratos, ratinhos, coelhos), placentas reduzidas
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e vilosidades coriónicas subdesenvolvidas (macacos), mortes embriónicas e fetais
(ratos, ratinhos, coelhos) e período de gestação prolongado/redução na taxa de
sobrevivência neonatal (ratos; não avaliada em outras espécies). Todas as doses
associadas com os efeitos teratogénicos, embriotóxicos ou fetotóxicos em animais
eram tóxicas do ponto de vista materno, correspondendo a doses várias vezes
superiores à dose máxima recomendada para o ser humano.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Óxido de polietileno
Hipromelose 6 cp
Cloreto de sódio
Estearato de magnésio
Óxido de ferro vermelho
Acetato de celulose
Polietilenoglicol (PEG-4000)
Opadry 20A54535 rosa (Hidroxipropilcelulose, Hipromelose 15 cp, Dióxido de titânio,
Talco, Óxido de ferro vermelho).
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
2 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Embalagem de 14 ou 28 comprimidos de libertação prolongada acondicionados em
blisters de PVC/PE/PVDC-Alu.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo
com as exigências locais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO


Generis Farmacêutica, S.A.
Rua João de Deus, 19
2700-487 Amadora
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8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nº de registo: 5600226 - 14 comprimidos de libertação prolongada, 30 mg, blister
de PVC/PE/PVDC-Alu
Nº de registo: 5600234 - 28 comprimidos de libertação prolongada, 30 mg, blister
de PVC/PE/PVDC-Alu

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE


INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 8 de abril de 2014
Data da última renovação: 26 de outubro de 2022

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO

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