Resolução Exame NAcional 2020 2F

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Proposta de Resolução

EXAME NACIONAL DE ECONOMIA A


PROVA 712 | 2ª Fase | Ensino Secundário 2020
11º Ano de Escolaridade VERSÃO 1

Grupo I
1. (B)
I é verdadeira, porque para a ciência económica a escassez resulta de os
recursos serem escassos para a satisfação das necessidades ilimitadas.
II é falsa, porque o facto de um recurso ser escasso não implica que tenha um
preço elevado.
III é falsa, porque a escassez resulta da limitação dos recursos face às
necessidades ilimitadas.

2. (C)
Se o rendimento disponível médio das famílias aumentou, em 2019 face a
2018, e foi todo utilizado nas despesas de consumo, uma vez que a poupança
foi nula, podemos concluir, de acordo com a lei de Engel, que o coeficiente
orçamental das despesas em consumo alimentar se reduziu e que o coeficiente
das despesas em consumo não alimentar aumentou, em 2019, face a 2108.

3. (B)
Neste exemplo a poupança foi entesourada, porque o “João pôs, mensalmente,
20 euros no seu mealheiro”. Ou seja, a moeda teve como função servir de
reserva de valor, pois foi guardada para servir mais tarde para a aquisição de
bens e serviços, neste caso para a aquisição do bem – bicicleta. A poupança
do João não foi aplicada produtivamente.

4. (C)
A afirmação é falsa, porque quando uma família utiliza arroz na confeção do
seu jantar está a efetuar um consumo final e não um consumo intermédio.

5. (C)
Se em 2018 um país apresentou um défice orçamental, quer dizer que as
despesas públicas foram superiores às receitas públicas. Em 2019, verificou-se
um aumento de 10% das receitas públicas totais, bem como das despesas
públicas totais, o que significa que o aumento das receitas públicas (em euros)
foi inferior ao aumento das despesas públicas (em euros). (O cálculo de 10%
sobre um valor inferior, como é o caso das receitas públicas, em 2018, dá
origem a um resultado inferior ao de 10% do valor das despesas públicas).

6. 6.1 (B)
Em 2016, a taxa de desemprego foi 11,2 %, isto é, por cada 100 indivíduos
ativos 11,2 estavam desempregados. Multiplicando os valores anteriores por
10, podemos afirmar que, em 2016, por cada 1000 indivíduos ativos, 112
encontravam-se desempregados.

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6.2 (C)
Em 2016:
Peso da pop. desempregada feminina no desemprego total = 49,4%
Peso da pop. desempregada masculina no desemprego total = 100% -
49,4% = 50,6%
Pop. desempregada total = 571 milhares de indivíduos.
Pop. desempregada masculina = 571 milhares x 50,6% = 288,92 milhares
de indivíduos.

7. a) 3; b) 1; c) 1; d) 2.
Um mercado monopolista caracteriza-se pela existência de um só produtor
(empresa) e de muitos consumidores de um bem sem substituto próximo.
As economias de escala decorrem a longo prazo quando as empresas
reduzem os custos médios de produção à medida que a quantidade produzida
aumenta.

8. 8.1 (A)
O nível médio dos preços aumentou a ritmo decrescente no período de 2013 a
2015, verificando-se um processo de desinflação. Em 2015 e em 2016, os
preços aumentaram a ritmo constante: 1,4% em 2015 e 1,4% em 2016.

8.2 (D)
Em 2018, o salário médio real aumentou, porque o salário médio nominal
continuou sem sofrer qualquer variação e o IPC apresentou uma taxa de
variação negativa (o nível médio dos preços decresceu).

9. (B)
O valor das receitas públicas provenientes do IRC, em 2015, foi superior ao
valor dessas receitas públicas em 2010, porque a taxa de variação dessas
receitas, entre 2010 e 2015 foi 14,3%, isto é, estas receitas aumentaram 14,3%
no período considerado.

10. 10.1
a-3
Procura Interna = C+I (não existem valores relativos ao Investimento)
Procura Interna = 101 M€ + 6M€ = 107 M€
b-2
DI = Procura Interna + Exp. – Imp. (não existem valores relativos às
importações)
DI = 107 M€ + 65M€ = 172 M€
c-1
Ótica do rendimentos: remunerações dos fatores produtivos (trabalho e capital)
d-1
Receitas das administrações públicas (recursos das administrações públicas) =
impostos diretos = 2M€ + 4M€ = 6M€
Despesas de consumo das administrações públicas (empregos das
administrações públicas) = 6M€

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10.2 (D)
Os fluxos reais são as interações materiais entre os agentes económicos. Os
fluxos monetários representam a contrapartida em valor monetário dos
respetivos fluxos reais.
Com base na Fig. 1, aos fluxos reais, relativos às horas de trabalho cedidas
pelas famílias às Sociedades não financeiras e aos bens e serviços
disponibilizados às Famílias e Administrações públicas pelas Sociedades não
financeiras, correspondem, em contrapartida, os salários e as despesas de
consumo, respetivamente.

11.1 (C)
Balança Corrente = Balança de Bens + Balança de Serviços + Balança de
Rendimentos + Balança de Transferências Correntes

Saldo das Balanças = Créditos – Débitos

Crédito da B. Corrente (em milhões de euros) = 6580 + A + 700 + 450 + 976 =


8706 + A

Débito da B. Corrente (em milhões de euros) = 5800 + 1860 + 850 + 652 + 120
= 9282

Saldo da B. Corrente (em milhões de euros) = 2874

Em milhões de euros:
8706 + A – 9282 = 2874
A = 2874 – 8706 + 9282
A = 3450 milhões de euros.

11.2 (A)
Exportações de bens (Crédito) = 6580 milhões de euros
Importações de bens (Débito) = 5800 milhões de euros

Exportações de bens superiores às importações de bens

Taxa de cobertura = valor das exportações de bens / valor das importações


de bens * 100
Taxa de cobertura = 6580 milhões de euros / 5800 milhões de euros * 100
= 113,4 %

12 (C)
O projeto do orçamento anual da UE é proposto pela Comissão Europeia e
aprovado pelo Conselho da UE e pelo Parlamento Europeu.

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13 (B)
Os critérios de convergência nominal referem-se, entre outros aspetos, ao
défice orçamental em % do PIB que não pode ser superior a 3% e à taxa de
inflação (IHPC) que não deverá ultrapassar em mais de 1,5 pontos percentuais
a taxa média dos três países com a taxa de inflação mais baixa.

14 (A)
O indicador de desigualdade na distribuição do rendimento S80/S20 define-se
como o rácio entre a proporção do rendimento total recebido pelos 20% da
população com maiores rendimentos e a parte do rendimento auferido pelos
20% com menores rendimentos. Ou seja, permite-nos saber quantas vezes o
rendimento dos 20% mais ricos é superior ao rendimento dos 20% com
rendimentos mais reduzidos. Quanto menor for o rácio S80/S20, menor é a
desigualdade na distribuição do rendimento.
Na Irlanda e na Alemanha os valores deste rácio desceram, em 2016, face a
2015, reduzindo-se a desigualdade na distribuição do rendimento.

Grupo II

1. A inflação consiste no aumento do nível médio dos preços. Um dos seus


efeitos, é a depreciação do valor da moeda, isto é, a perda de valor real da
moeda, pois com a mesma quantidade de moeda as famílias adquirem uma
menor quantidade de bens e serviços
De acordo com o texto, os devedores ganham com a inflação devido à
depreciação do valor da moeda pois, na altura do pagamento dos reembolsos
da dívida, o valor real da moeda entregue aos credores é inferior ao valor real
da moeda que receberam quando contraíram os empréstimos.

2. O rendimento disponível das famílias é utilizado no consumo e na poupança.

Em 2018,
Rendimento disponível médio das famílias = Consumo + Poupança
Rendimento disponível médio das famílias = 95% (consumo) + 5% (poupança)
= 100% = 19 500 euros
Poupança média das famílias = 19 500 euros x 5% = 19500 x 0,05 = 975 euros

Em 2019,
Taxa de variação anual da poupança média das famílias = -2%
Poupança média das famílias em 2019:
975 euros x 98% = 975 euros x 0,98 = 955,5 euros

Ou
975 euros x 2% = 975 euros x 0,02 = 19,5 euros

975 euros – 19,5 euros = 955,5 euros

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Ou
Taxa de variação = Poupança 2019 – Poupança 2018
Poupança 2018
- 0,02 = Poupança 2019 – 975 euros
975 euros

Poupança 2019 = 975 euros – 19,5 euros


= 955,5 euros

3. Situação apresentada no Gráfico 2:


Na situação inicial no mercado de trigo (6,40), a receita dos produtores foi de
240 euros (6€ x 40 toneladas).
Uma colheita excepcional de trigo deu origem a um aumento da oferta no
mercado de trigo (mantendo-se tudo o resto constante): a curva da oferta
sofreu um deslocamento para a direita (curva de oferta 2). O excesso de oferta
levou o mercado a ajustar-se encontrando-se um novo preço e uma nova
quantidade de equilíbrio (4; 90).
A receita dos produtores nesta nova situação (diminuição do preço e aumento
das quantidades transacionadas) passou a ser: 4 € x 90 toneladas = 360€.
Este valor é superior à receita obtida na situação inicial de equilíbrio.

Apesar da redução do preço de equilíbrio, o aumento da oferta proporcionou


aos produtores um aumento da receita em 120 €uros (360€-240€ = 120€).

Situação apresentada no Gráfico 3:


Na situação inicial no mercado de trigo (6,40), a receita dos produtores foi de
240 euros ( 6€ x 40 toneladas).
Uma colheita excepcional de trigo deu origem a um aumento da oferta no
mercado de trigo (mantendo-se tudo o resto constante): a curva da oferta
sofreu um deslocamento para a direita (curva de oferta 2). O excesso de oferta
levou o mercado a ajustar-se encontrando-se um novo preço e uma nova
quantidade de equilíbrio (2; 60).
A receita dos produtores nesta nova situação (diminuição do preço e aumento
das quantidades transacionadas) passou a ser: 2 € x 60 toneladas = 120€.
Este valor é inferior à receita obtida na situação inicial de equilíbrio.

A redução do preço de equilíbrio originou uma diminuição de receita dos


produtores no valor de 120 euros (120€ – 240€= 120€)

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Grupo III

1. Saldo da Balança de Bens = Export. totais de bens – Import. totais de bens.


Como as importações de bens foram sempre superiores às exportações de
bens nos dois anos considerados, verificou-se um défice nesses dois anos.
Porém, como a taxa de variação das exportações (aumento percentual),
entre 2010 e 2018 foi superior à das importações de bens, verificou-se
uma redução do défice da Balança de Bens.

No que respeita às exportações de bens, entre 2010 e 2018 verificou-se um


aumento percentual (taxa de variação) das exportações de bens Intra-UE
(56,6%), superior ao aumento do total das exportações (55,1%). Esta
situação originou o aumento do peso das exportações de bens no total das
exportações Intra-UE de 75,4 % para 76,1 %.

Relativamente aos mercados Extra-UE, observa-se que a taxa de variação


das exportações de bens foi inferior ao aumento total das exportações (50,7
% contra 55,1 %), o que originou uma redução do peso das exportações de
bens no total das exportações para estes mercados de 24,6 %, em 2010,
para 23,9 %, em 2018.

No que respeita às importações de bens, entre 2010 e 2018, verificou-se


uma taxa de variação das importações de bens dos mercados Intra-EU
(27,5%) inferior ao crescimento do total das importações (28,5%). Esta
situação originou uma redução do peso das importações de bens no total
das importações provenientes dos mercados Intra-UE.

Relativamente aos mercados Extra-UE, observa-se que a taxa de variação


das importações de bens foi superior ao aumento total das importações
(31,8 % contra 28,5 %), o que originou um aumento do peso das
importações de bens no total das exportações para estes mercados de 23,6
% para 24,2 %.

2. A procura interna é constituída pelo consumo e pelo investimento.


Produto = Consumo + Investimento + Exportações (Procura Externa) –
Importações.
De acordo com a igualdade anterior, o investimento contribui para o
incremento do produto, mantendo-se tudo o resto constante

O investimento no curto prazo, sem o recurso às importações, como


parcela importante do produto e mantendo-se tudo o resto constante,
contribui para o crescimento do mesmo.

O investimento realizado, nomeadamente o investimento em capital fixo, vai


permitir acumular capital (novos equipamentos, novos edifícios e
infraestruturas) essencial ao aumento da capacidade de produção e do
produto e estimular o crescimento da economia no longo prazo.

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3. Em setembro de 2013, na União Europeia a 28 Estados-Membros, a taxa


de desemprego jovem era 24% (em cada 100 jovens ativos, 24
encontravam-se desempregados), valor muito superior à taxa de
desemprego total de 11% (em cada 100 indivíduos ativos, 11 encontravam-
se desempregados), como é referido no texto. Isto significa que o
desemprego por grupo etário atingiu maioritariamente os jovens (cerca de
seis milhões de indivíduos). Além disso, com base na tabela, podemos
observar que a taxa de desemprego juvenil aumentou sempre, entre 2009 e
2013: em 2009, por cada 100 indivíduos ativos com idades compreendidas
entre os 15 e os 24 anos, 20,3 encontravam-se desempregados, já em
2013 a taxa de desemprego juvenil atingia 23,8%.
O texto também refere que as dificuldades que os jovens sentem na
procura do primeiro emprego, associadas às poucas oportunidades de
formação.

Deste modo e, tendo em conta o explicitado anteriormente, duas razões


que justificaram a intervenção da UE no combate ao desemprego jovem
poderão ser, entre outras, a elevada taxa de desemprego juvenil e a falta
de formação profissional, associada à ausência de perspetivas de carreira
profissional.
As medidas de apoio da UE, complementares às políticas nacionais,
centraram-se no financiamento de programas de emprego jovem, de
melhoria da qualidade dos estágios e à a área do emprego

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