Gutierrez Gracecristinaroel M
Gutierrez Gracecristinaroel M
Gutierrez Gracecristinaroel M
Campinas
2004
i
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E URBANISMO
Campinas, SP
2004
iii
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA
BIBLIOTECA DA ÁREA DE ENGENHARIA E ARQUITETURA - BAE - UNICAMP
iv
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E URBANISMO
v
DEDICATÓRIA
vii
AGRADECIMENTOS
À Profª Drª Lucila Chebel Labaki, minha inspiradora, por sua orientação norteadora e
paciência. Por ter enxergado e aprimorado um potencial que desconhecia;
Ao Ricardo, meu esposo e maior incentivador, pelo seu apoio operacional e
experimental, e pela revisão do texto deste trabalho;
À Adriana, amiga e companheira de campo, pela sua colaboração em todo o processo
experimental;
À FAPESP, que financiou a aquisição de equipamentos e construção dos protótipos,
através do Auxílio à Pesquisa (Processo 99/11097);
À Lia e ao Mariano, grandes amigos, pelo auxílio na execução das janelas e brise-soleil;
Aos técnicos Obadias e Daniel do LACAM FEC, pelo trabalho árduo, apoio
experimental nos protótipos e monitoração dos dados;
À Profª Drª Rosana Caram, pelo apoio no planejamento dos protótipos da pesquisa;
Ao Prof. Dr. Carlos Tadeu dos Santos Dias do Departamento de Ciências Exatas da
ESALQ/USP, e ao sr. Geneville, pela colaboração no tratamento estatístico;
Ao sr. Mauro do Laboratório de Espectrofotometria da EESC USP, pelo seu auxílio nos
testes de espectrofotometria das amostras de cores do brise-soleil;
Ao amigo Ivan, pela sua colaboração no tratamento das imagens;
À Kika e Rubia, que participaram das discussões do grupo de pesquisa nos protótipos;
Ao Prof. Dr. Osny Pelegrino Ferreira, pela memória do grupo de pesquisa;
Ao Guto, que auxiliou no transporte das janelas dos protótipos;
E também as pessoas que de uma ou outra forma apoiaram o desenvolvimento desse
trabalho, Ilza, Maria, e Roberto Bocchio. OBRIGADO
ix
“Para o arquiteto é tão importante saber
projetar um brise tanto quanto um pilar”.
Louis Kahn
(apud Vianna & Gonçalves, 2001)
xi
SUMÁRIO
página
Lista de Figuras . . . . . . . xv
Lista de Tabelas . . . . . . . xix
Lista de Equações . . . . . . . xix
Lista de Quadros . . . . . . . xx
Resumo . . . . . . . xxi
Abstract xxiii
1. Introdução . . . . . . . 01
2. Objetivos . . . . . . . 05
3. Revisão bibliográfica . . . . . . . 07
3.1 Adequação ao clima . . . . . . 07
3.1.1 Adaptabilidade humana ao clima . . . . 07
3.1.2 Abrigo e arquitetura . . . . . 11
3.1.3 Adequação da arquitetura ao clima . . . 14
3.2 Brise-soleil . . . . . . . 19
3.2.1 A criação do brise-soleil . . . . . 21
3.2.2 O brise-soleil na arquitetura moderna brasileira . . 23
3.2.3 Características . . . . . . 39
3.2.4 Indicação . . . . . . . 42
3.2.5 Funcionalidade . . . . . . 45
3.2.6 Avaliação da eficiência do brise-soleil . . . 49
xiii
página
4. Materiais e métodos . . . . . . . 63
4.1 Caracterização da área de estudo . . . . 63
4.2 Descrição dos protótipos . . . . . . 67
4.3 Descrição do brise-soleil . . . . . . 74
4.4 Períodos, horários e intervalos das medições . . . 82
4.5 Equipamentos . . . . . . . 83
4.6 Coleta de dados . . . . . . . 90
5. Resultados e discussão . . . . . . 93
5.1 Temperatura interna . . . . . . 101
5.2 Temperaturas superficiais . . . . . 116
5.3 Análise estatística . . . . . . 128
5.4 Considerações finais . . . . . . 138
6. Conclusão . . . . . . . . 141
7. Referências bibliográficas . . . . . . 145
Anexos . . . . . . . . . 151
Anexo I – Radiação solar . . . . . . 153
Anexo II – Cálculo do painel equivalente . . . . 161
Anexo III – Tempo solar . . . . . . 169
Apêndice . . . . . . . . 173
xiv
Lista de Figuras
xv
página
3.28. Edifício Copan . . . . . . . 38
3.29. Edifício Copan, detalhe do brise-soleil . . . . 38
3.30. Edifício Copan, vista da fachada principal . . . 38
3.31. Maquete do edifício Copan . . . . . 38
3.32. As tipologias de brise-soleil e máscaras de sombra. . . 39
3.33. Absorção, reflexão e transmissão da radiação solar incidente sobre as
superfícies. . . . . . . . 47
Capítulo 04. Materiais e Métodos
4.34. Mapa do Campus da UNICAMP . . . . . 64
4.35. Localização dos protótipos no terreno da FEC . . . 64
4.36. Diferença da radiação solar em função das condições de céu . 65
4.37. Carta Solar de Campinas . . . . . . 66
4.38. Vista geral dos seis protótipos no terreno da FEC . . . 67
4.39. Vista de dois protótipos . . . . . . 69
4.40. Vista dos protótipos finalizados . . . . . 69
4.41. Implantação, planta e cortes dos protótipos . . . 70
4.42. Fachadas dos protótipos . . . . . . 71
4.43. Face norte . . . . . . . 73
4.44. Face leste . . . . . . . 73
4.45. Face sul . . . . . . . . 73
4.46. Face Oeste . . . . . . . 73
4.47. As três tipologias de brise-soleil em ensaio. . . . 74
4.48. Máscaras de sombra para as três tipologias em estudo . . 75
4.49. Carta Solar de Campinas, e identificação do período de calor excessivo 75
4.50. Máscaras de sombra sobre carta solar de Campinas . . 76
4.51. O elemento vazado utilizado e suas dimensões . . . 77
4.52. Vistas externa e interna da janela com elemento vazado . . 77
4.53. Protótipos com brise-soleil vertical de madeira e concreto . . 78
4.54. Protótipos com brise-soleil horizontal . . . . 78
4.55. Gráfico de refletâncias das amostras de tons de cinzas. . . 79
xvi
página
4.56. Gráfico de refletância 50%, amostra selecionada . . . 80
4.57. Vista dos protótipos sem os dispositivos . . . . 80
4.58. Vista dos protótipos com dispositivos na fachada norte . . 80
4.59. Vista dos protótipos com dispositivos na fachada oeste . . 81
4.60. Área experimental com identificação dos protótipos . . 81
4.61. Vista dos protótipos . . . . . . 84
4.62. Estação meteorológica . . . . . . 84
4.63. Esquema da estação meteorológica Campbell Scientific . . 86
4.64. Sensores da estação meteorológica . . . . 87
4.65. Posicionamento dos sensores nos dispositivos de proteção . 89
4.66. Posicionamento dos sensores no ambiente interno . . 89
Capítulo 05. Resultados e Discussão
5.67. Gráfico de temperatura e umidade relativa para o período de 11 a 18/01 95
5.68. Gráfico de radiação solar para o período de 11 a 18/01 . . 95
5.69. Gráfico de temperatura e umidade relativa para os dias 09 e 10/02 96
5.70. Gráfico de radiação solar para os dias 09 e 10/02 . . . 96
5.71. Gráfico de temperatura e umidade relativa para o período de 20 a 25/03 97
5.72. Gráfico de radiação solar para o período de 20 a 25/03 . . 97
5.73. Gráfico de temperatura e umidade relativa para o período de 26/03 a 02/04
. . . . . . . . . 98
5.74. Gráfico de radiação solar para o período de 26/03 a 02/04 . . 98
5.75. Gráfico de temperatura e umidade relativa para o período de 26/06 a 01/07
. . . . . . . . . 99
5.76. Gráfico de radiação solar para o período de 26/06 a 01/07 . . 99
5.77. Gráfico de temperatura e umidade relativa para o período de 03 a 07/07 100
5.78. Gráfico de radiação solar para o período de 03 a 07/07 . . 100
5.79. Gráfico de temperatura do ar no período de 11 a 18/01 – fachada norte 102
5.80. Gráfico de temperatura do ar nos dias 09 e 10/02 – fachada oeste 102
5.81. Gráfico de temperatura do ar no período de 20 a 25/03 – fachada oeste 106
xvii
página
5.82. Gráfico de temperatura do ar no período de 26/03 a 02/04 – fachada norte
. . . . . . . . . 106
5.83. Gráfico de temperatura do ar no período de 26/06 a 01/07 – fachada oeste
. . . . . . . . 110
5.84. Gráfico de temperatura do ar no período de 03 a 07/07 – fachada norte 110
5.85. Gráficos de temperatura do ar, aberturas situadas na fachada norte (verão,
outono, inverno) . . . . . . . 113
5.86. Gráficos de temperatura do ar, aberturas situadas na fachada oeste (verão,
outono, inverno) . . . . . . . 115
5.87. Gráfico de temperaturas superficiais no período de 11 a 18/01 – fachada norte
. . . . . . . . . 118
5.88. Gráfico de temperaturas superficiais nos dias 09 e 10/02 – fachada oeste 118
5.89. Gráfico de temperaturas superficiais no período de 20 a 25/03 – fachada oeste
. . . . . . . . . 120
5.90. Gráfico de temperaturas superficiais no período de 26/03 a 02/04 – fachada
norte . . . . . . . 120
5.91. Gráfico de temperaturas superficiais no período de 26/06 a 01/07 – fachada
oeste . . . . . . . . 122
5.92. Gráfico temperaturas superficiais no período de 03 a 07/07 – fachada norte
. . . . . . . . . 122
5.93. Gráficos de temperaturas superficiais, aberturas situadas na fachada norte
(verão, outono, inverno) . . . . . . 125
5.94. Gráficos de temperaturas superficiais, aberturas situadas na fachada oeste
(verão, outono, inverno) . . . . . . 126
xviii
Lista de Tabelas
Lista de Equações
xix
Lista de Quadros
xx
RESUMO
xxi
ABSTRACT
In this work the thermal performance of shading devices regarding solar radiation
in indoor spaces with protected openings is analyzed. The typology and materials of
shading devices were selected considering the elements used in Brazilian modern
architecture buildings between the 1930 and 1960 decades. Most studies about shading
devices are based on geometric drawings and software simulation analyzing the
efficiency of provided protection during specific periods, however there are few
experimental works performed under real climate conditions. In this investigation, three
different devices were evaluated in the most problematic conditions of exposure, by
acquiring measurable data of external parameters (air temperature, relative humidity,
solar radiation, rain, wind speed and direction) and internal parameters (air temperature
and surface temperatures) to verify their efficiency. These experiments were conducted
at School of Civil Engineering, Architecture and Urban Design of State University of
Campinas (UNICAMP) in the State of São Paulo, Brazil. The investigated devices were
horizontal and vertical sun-breakers of concrete and wood, and concrete eggcrate sun-
breaker, fixed, on north and west exposures, for a week in each façade, in equinox and
summer and winter solstices periods. In these tests, the eggcrate typology showed the
best thermal performance, with a punctual reduction of up to 4,14ºC on internal air
temperature. The vertical fixed devices registered the worst results on west façade, in
contrast with current Brazilian architectural literature recommendation.
xxiii
1. INTRODUÇÃO
1
O limite da fronteira norte do Brasil é o Monte Roraima - RO (± 5º N), sendo Oiapoque - AP (3º 54’ N) a cidade mais a norte do
país. A cidade de Chuí - RS (33º 40’ S) localiza-se na fronteira sul.
2
Brise-soleil, quebra-sol, sun-breakers, parasol, quebra-luz, corta-luz, external shading devices, são algumas das denominações
dadas a esse elemento construtivo. Segundo Corona e Lemos (1972), a expressão brise-soleil é um “termo de aplicação constante
na linguagem comum da arquitetura contemporânea brasileira, que provêm do francês ´brise-soleil´, cuja tradução literal ´quebra-
sol´, apesar de designar a mesma coisa, não atingiu a popularidade do vocábulo ´brise´, que por isso mesmo, deverá fazer parte
de nossa língua como aquisição definitiva.”
1
desse dispositivo passivo reside na redução da incidência da radiação solar direta na
edificação em função do sombreamento proporcionado. O bom desempenho térmico do
brise-soleil é reconhecido em várias pesquisas desenvolvidas através de estudos de
geometria de insolação e simulação com software; entretanto são raras as avaliações
baseadas na aquisição de dados experimentais através de protótipos para medições
em campo sob condições climáticas reais, para comprovação de sua eficiência.
3
2. OBJETIVOS
Objetivo geral
Objetivos específicos
Análise dos dados experimentais obtidos com o uso desses elementos nas
fachadas mais críticas, norte e oeste, em relação à incidência da radiação solar direta.
5
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3
CORONA e LEMOS, 1972.
7
da possível agressão de outros indivíduos e adequação das propriedades físicas e
químicas do meio envolvente com a sua constituição orgânica”.
8
abordar outras teorias antropológicas, pois envolve questões relativas à religião,
processo de trabalho, entre outros aspectos.
Dessa forma, a relação homem/clima será tratada como um ajuste, pois o termo
adaptação refere-se a uma população, sendo um processo lento com alterações
genéticas, envolvendo a seleção natural, e restrita ao habitat (quadro 3.1), condições
4
Segundo o dicionário Aurélio, os termos aclimação e aclimatação são sinônimos. Holanda (1999) define “aclimação: [de aclimar +
ação] sf. 1. Ato ou efeito de aclimar. 2. biol. Faculdade que tem um ser vivo de, à custa de algumas modificações, viver e reproduzir-
se em novo meio, diferente do habitual. 3. p. ext. Adaptação, ajustamento”. E “aclimar: [de a+ clima +ar] vtd.1. Habituar a um clima.
2. Habituar, acostumar, afazer, adaptar.(...)”. E define também: “adaptação: [de adaptar + ação] sf. 1. Ação ou efeito de adaptar-se.
2. biol. Ajustamento de um organismo, particularmente do homem, às condições do meio ambiente. (...)”; e “ajustar: [de a + justo +
ar] vtd. 1. Tornar justo, exato, unir bem, igualar. 2. Convencionar, combinar, estipular. 3. Adaptar, acomodar, harmonizar. (...)”.
9
que só tem possibilidade de ocorrer quando uma determinada população encontra-se
isolada geograficamente, sem contato com quaisquer outros grupos humanos.
Analisando a ação do homem sobre o meio ambiente, seus avanços tecnológicos,
aprimoramentos da medicina, condicionamento artificial, biotecnologia e outros; bem
como os resíduos provenientes da ação humana, vários pesquisadores argumentam
que o processo de seleção natural tornou-se inválido para o ser humano ou discutem-
no com sérias restrições.
Segundo Rivero (1986), “cada ser vivo tem poderes de adaptação que lhe
permitem sobreviver quando alguma daquelas variáveis se modifica; mas sempre é
possível estabelecer limites ótimos dentro dos quais cada espécie se desenvolve em
sua plenitude”. Assim, foram pesquisados índices de conforto para o ser humano
identificando “valores ótimos de temperatura, pressão, umidade, luminosidade, nível
sonoro, conteúdo de oxigênio e anidro de carbono requeridos pelo seu organismo.
Estes parâmetros dependem da aclimação do indivíduo, da sua idade e sexo, mas
sempre chegaremos a valores extremos válidos para toda a espécie”. Os trabalhos de
maior destaque na área de fisiologia humana e conforto térmico foram os desenvolvidos
por Fanger (1972), e Humphreys (1976).
O homem é o único ser que age sobre o meio ambiente, e Lemos (1999), ao
comentar o trabalho de Eunice Durham coloca que “... o homem foi o único animal que
10
organizou ‘sua conduta coletiva através de sistemas simbólicos’, propiciando ‘uma
forma específica de adaptação e utilização do ambiente’, com o envolvimento da
produção de conhecimentos, de técnicas ou comportamentos padronizados”. E
acrescenta “... nesse sentido, todo o comportamento humano é artificial e não natural’’.
O homem, assim, construiu ‘um ambiente no qual vive e o qual está continuamente
transformando. A cultura é, propriamente, esse movimento de criação, transmissão e
reformulação desse ambiente artificial”.
11
É interessante definir o conceito de abrigo. Em dicionários da língua
portuguesa, como Houaiss & Villar (2001) e Holanda (1999), o sentido do abrigo é
aquecer ao sol, abrigar-se do frio, e especificamente algo ou local que oferece proteção
contra os rigores do tempo – sol, chuva, vento, e neve. Já em dicionários específicos de
arquitetura encontra-se:
“Abrigo – lugar onde o homem pode ficar e que constitua um meio de proteção
contra a intempérie, chuva, vento, frio ou calor excessivo e a neve. Toda e
qualquer construção concebida com a intenção de vencer um espaço para uso
do homem, uma das funções essenciais da arquitetura. Segundo André
Wogenscky: ‘graças a ele (o abrigo) o homem pode viver em climas que de outra
maneira não poderiam ser suportados, em regiões que lhe seriam interditadas,
tirando dele o melhor proveito’. Habitação”. (CORONA & LEMOS, 1972)
12
E Holanda (1999):
Mesmo Corona & Lemos (1972), que no verbete do abrigo indicavam a função
de proteção às intempéries, quando definem arquitetura restringe sua abordagem a
“determinado meio”.
Somente Rivero (1986) define “... uma das funções da arquitetura é a de criar
espaços, tanto interiores como exteriores, ajustados a normas de habitabilidade física,
química e de segurança, determinadas pelas necessidades dos indivíduos que os
ocupam”, além disso, “...o projeto terá que resolver múltiplos aspectos funcionais e
estéticos dentro de complexas solicitações sócio-econômicas, culturais e
tecnológicas.(...), para ter uma moradia que lhes proporcione abrigo, segurança e
intimidade”.
13
Na etimologia da palavra arquitetura, Houaiss & Villar (2001) indicam sua
origem latina architecturae – que significa “a arte de edificar”, na composição do latim
architecturae, de arqu(e/i) e tectum, onde:
Assim, o termo arquitetura também pode ser entendido como “melhor abrigo”.
14
Na Antigüidade, o conhecimento sobre o clima pressupunha a permanência de
uma população numa determinada área territorial, por sucessivas gerações. Isso se
reflete nas construções produzidas visando a uma melhor adequação climática.
Juntamente com a técnica construtiva decorrente principalmente da disponibilidade de
materiais, e do programa de necessidades dessa comunidade, surge uma determinada
tipologia construtiva, somada a questões de identidade e cultura, denominada
vernacular.5
5
“Arquitetura vernacular – aquela que utiliza os materiais disponíveis em um determinado local ou região e/ou técnicas de
construção tradicionais de uma cultura”. (HOLANDA, 1999)
15
forma de controle ambiental. Embora seja reconhecido que os elementos citados
oferecessem uma boa resposta ao clima local, observa-se a existência de alcovas sem
aberturas que garantissem insolação e ventilação.
16
desprezando as características locais como o clima, e que valorizavam os
estrangeirismo em detrimento à cultura nacional.
6
Lemos (1999) não concorda com a visão dos arquitetos do início do modernismo no Brasil, principalmente Lúcio Costa, ao propor
uma identidade nacional como contraponto ao ecletismo que importava desde materiais, técnicas e mão de obra. Procura valorizar
a origem da arquitetura nacional, vernácula, buscando no período do Brasil colônia as suas raízes, apresentando a arquitetura
bandeirista como exemplo. Porém para Lemos, é na arquitetura indígena que temos toda a expressão do saber fazer, das
condições locais (relevo, vegetação, hidrografia), dos materiais e técnicas, e principalmente do clima.
Para o autor, a arquitetura vernacular brasileira é a indígena. E comenta “...é a relação espaço-atividade doméstica, onde a técnica,
manipulando os recursos da natureza envoltória, satisfaz às exigências de todo um complexo cultural que rege a vida cotidiana.
Essa é a arquitetura dita vernácula, porque mantém aquela relação entre a construção e o modo típico de usufruí-la, sempre alheia
a influências de culturas externas”. Descreve, “a morada indígena é conseguida através de madeiras roliças fincadas no chão e
vergadas superiormente, definindo um espaço abobadado de planta onde predomina a linha curva. Toda a estrutura é recoberta de
palha, para o isolamento térmico, prevendo-se pequenas aberturas de entrada e sistemas superiores de ventilação. É a oca escura,
mas fresca e a salvo dos mosquitos, sendo, afinal, a solução milenar que o homem definiu ao participar do ecossistema tropical das
terras pela primeira vez descritas por Pero Vaz de Caminha”. Pois, “a evolução das habitações atenderam à imposições de ordem
cultural...”, da transposição da cultura construtiva ibérica e influências sofridas, que apesar de se inserirem numa sociedade
altamente miscigenada como a que havia em São Paulo (portugueses, espanhóis, e numerosos índios e mamelucos), a presença
da cultura indígena não se apresenta nem no programa, na técnica, ou na intenção plástica adotadas, somente a percebemos
claramente na língua, nos equipamentos e na culinária.
17
consigo a ciência e a racionalidade ao processo de projeto. A arquitetura moderna não
é um estilo, mas uma forma de viver.
Entretanto, Givoni (1981) afirma que a ampla utilização da pele de vidro nas
fachadas das edificações na arquitetura moderna alterou a relação entre o ambiente
interno e o clima, enfatizando o problema do superaquecimento proporcionado por esse
material construtivo.
18
3.2 O brise-soleil
7
Brise-soleil, quebra-sol, sun-breakers, parasol, quebra-luz, corta-luz, external shading devices, são algumas das denominações
dadas à esse elemento construtivo. Segundo Corona e Lemos (1972), a expressão brise-soleil é um “termo de aplicação constante
na linguagem comum da arquitetura contemporânea brasileira, que provêm do francês ‘brise-soleil’, cuja tradução literal ‘quebra-
sol’, apesar de designar a mesma coisa, não atingiu a popularidade do vocábulo ‘brise’, que por isso mesmo, deverá fazer parte de
nossa língua como aquisição definitiva”.
8
“Dispositivos de proteção solar ou de sombreamento: podem ser desde uma simples cobertura que ofereça sombra, beirais,
terraço / varanda ou alpendre, muxarabis, marquises, toldos, venezianas, cortinas e vegetação. Geralmente protegendo as
aberturas das edificações. Incluem os chamados ‘brise-soleil’ ou quebra-sol, sendo estes caracterizados por lâminas horizontais
verticais ou combinadas, moldadas in loco, ou existentes denominados combogó ou elemento vazado. Internamente também são
consideradas como dispositivos de proteção as venezianas, cortinas, etc”. (ALBERNAZ & LIMA, 2000).
9
Completam o verbete as informações: “o elemento arquitetônico com função de quebrar a direção dos raios solares já comparece
em muitas arquiteturas, mesmo de épocas mais remotas. Porém, do gênero placas horizontais ou verticais, móveis ou fixas, com o
nome específico de ‘brise-soleil’, constitui uma sistematização criada por Le Corbusier para um de seus projetos de 1933. Tendo o
mestre contemporâneo aplicado esses elementos para o Ministério da Educação no Rio de Janeiro, ficam eles decididamente
incorporados ‘a arquitetura brasileira. (...). Daí por diante, os arquitetos brasileiros conscientes da importância e da excelência
desses elementos especiais na arquitetura brasileira, passaram a usá-los nas diversas soluções que hoje se revestem de
características bem nacionais. (...)” e “Termo de aplicação constante na linguagem comum da arquitetura contemporânea brasileira,
que provêm do francês ‘brise-soleil’, cuja tradução literal ‘quebra-sol’, apesar de designar a mesma coisa, não atingiu a
popularidade do vocábulo ‘brise’, que por isso mesmo, deverá fazer parte de nossa língua como aquisição definitiva”. (CORONA &
LEMOS, 1972).
19
Para Ching (2000):
“Brise soleil – Conjunto de chapas de material fosco que se põe nas fachadas
expostas ao sol para evitar o aquecimento excessivo dos ambientes sem
prejudicar a ventilação e a iluminação”.
“Brise – Anteparo composto por uma série de peças, em geral placas estreitas
e compridas, colocadas em fachadas, para reduzir a ação direta do sol. Suas
peças podem ser móveis ou fixas, dispostas na horizontal ou vertical. Quando
convenientemente disposto, protege o interior do prédio da excessiva insolação
preservando a visão para o exterior. É adequado seu uso em edifícios situados
em locais de clima quente10.
10
Albernaz & Lima, 2000 afirmam que “freqüentemente é desnecessário na face sul do prédio, parcialmente dispensável na face
leste, indispensável na face norte e na face oeste. Recomenda-se o uso de brise com peças horizontais na face norte do prédio e
com peças verticais na face oeste. O brise móvel, por ser regulável, protege convenientemente da incidência de raios solares e
assegura máxima visibilidade externa, mas exige cuidados e manutenção. O brise fixo não exige qualquer cuidado, é mais
econômico e particularmente recomendado para fachadas orientadas a norte ou nordeste. Além do seu aspecto funcional, tem
ainda efeito decorativo, tendo sido um elemento muito marcante como meio de expressão plástica em muitos edifícios que
introduziram o modernismo no Brasil. É também chamado de brise-soleil e mais raramente quebra-sol”.
20
3.2.1 A criação do brise-soleil
Segundo Baker (1998), “o brise-soleil atua como um filtro, criando uma película
permeável ao redor do edifício que permite a penetração no espaço interno e suaviza o
impacto da forma (...)”. E comenta que esse elemento “levou ao abandono do efeito
cúbico das primeiras casas (...)” modernistas.
22
3.2.2 O brise-soleil e a arquitetura moderna brasileira
11
Data de 1916 o primeiro ensaio sobre o assunto, por Alexandre Albuquerque no Rio de Janeiro. Em São Paulo, Lúcio Martins de
Rodrigues desenvolve estudos na Escola Politécnica no qual “estabelece base científica para orientar edifícios em relação ao sol”.
Mais tarde, no Rio de Janeiro, Paulo Sá, Atílio Corrêa Lima, Hermínio de Andrade e Silva também realizam estudos. Por fim, “sob a
liderança de Paulo Sá, formulou-se uma doutrina, baseada em extensa pesquisa experimental, cobrindo todos os aspectos do
problema da insolação nas edificações: astronômicos, térmicos, de ofuscação, sombra, etc”. (MINDLIN, 2000).
23
alvo de inúmeras composições e soluções distintas na arquitetura moderna brasileira,
sendo utilizado das mais variadas formas.
Fig. 3.1. Edifício da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), 1936-38, Rio de Janeiro, irmãos M.M.
Roberto. As duas fachadas orientadas a norte e noroeste foram protegidas por brise-soleil verticais fixos
em concreto armado, interrompidos pela marcação da laje. “O sistema de proteção contra o excesso de
insolação consiste em faixas de brise-soleil verticais, cobrindo as duas fachadas, e separadas das
paredes exteriores das salas (feitas com portas de vidro com ventilação na parte superior) por um
corredor que assegura ventilação auxiliar e atua como zona de dispersão de calor”. (MINDLIN, 2000;
Fonte da fotografia: UNDERWOOD, 1994).
24
Fig. 3.2. Edifício Obra do Berço, Rio de Janeiro, 1939, de
Oscar Niemeyer. (Fonte da fotografia: Underwood, 1994).
Segundo Mindlin (2000) e Cavalcanti (2001), o projeto da
proteção solar proposta originalmente por Niemeyer era
composto por elementos vazados tipo colméia, com
placas horizontais inclinadas, para melhor proteção
contra o sol da tarde. Porém, sua instalação foi realizada
quando o arquiteto estava em viagem a Nova York para a
obra do Pavilhão Brasileiro na Feira Mundial, e sendo mal
executada, resultou na ineficiência do dispositivo e justas
reclamações da instituição. Assim que retornou,
Niemeyer mandou substituí-la às próprias custas, por um
sistema de brise-soleil vertical móvel, inspirado na
solução do edifício da ABI.
Segundo Bruand (2000), essa obra é o “primeiro exemplo
de integração do brise-soleil móvel na arquitetura”.
Fig. 3.3. Pavilhão do Brasil na Feira Mundial em Nova York, 1938-39, Nova York. Arquitetos Lúcio Costa
e Oscar Niemeyer. Na fachada sul, protegendo da insolação havia um painel fixo, em formato de colméia.
(Fonte da fotografia: UNDERWOOD, 1994).
25
O edifício do Ministério da Educação e Saúde é o primeiro e mais
representativo exemplar da arquitetura moderna brasileira, aplicando todos os
princípios de Le Corbusier num edifício de grandes dimensões: o terraço jardim, a pele
de vidro, a estrutura independente, planta livre, e o uso de pilotis, e incorpora também
características que passam a compor a linguagem da arquitetura brasileira: formas
livres e flexibilidade de volumes; proteção solar; curvas e estrutura com intenção
plástica (elementos expressivos); e indistinção dos espaços interno e externo.
O edifício do Ministério da
Educação e Saúde possui duas
belas e imponentes fachadas,
sendo uma totalmente
envidraçada a sudeste, e a outra
a noroeste, protegida por brise-
soleil horizontal móvel, de
cimento-amianto, na cor azul,
fixado em esbeltas placas
verticais e horizontais em
concreto armado.
Fig. 3.5. Edifício do Ministério da Educação e Saúde, atual Palácio Gustavo Capanema, Rio de Janeiro,
1937-43. Projetado pelos arquitetos Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Affonso Reidy, Jorge Moreira, Carlos
Leão e Ernani Vasconcelos, com consultoria de Le Corbusier. (Fonte das fotografias: BONDUKI, 2000).
26
Para descrever o sistema de sombreamento utilizado nesse edifício, apresenta-
se um trecho sobre o sistema de brise-soleil adotado, explicado no memorial descritivo
da solução definitiva para o projeto do Ministério da Educação e Saúde, elaborada pela
equipe de arquitetos, transcrito de Bonduki (2000).
Na face NNO, insolada quase todo o ano durante as horas de expediente, foi
adotado um sistema de proteção que importa examinar, passando em revista,
preliminarmente, os processos até então usados, para mostrar alguns de seus
inconvenientes.
27
A inclinação do sol e a sua trajetória em relação à fachada insolada estavam a
indicar que o sistema de proteção preferível deveria ser constituído por placas
horizontais, pois, de outra forma, seríamos forçados a adotar vãos diminutos,
acarretando perda de visibilidade. Por outro lado, verificamos que a adoção de placas
fixas, se bem que pudesse resolver o problema da insolação, seria menos satisfatória
no tocante à iluminação, pois, tendo sido calculada para dias claros, resultaria por força
deficiente nos sombrios, obrigando ao uso da luz elétrica em horas que outros prédios
poderiam dispensá-la.
Além disso, consideramos que, sendo a direção dos raios solares variável em
relação à fachada, o melhor sistema de evitá-lo, deveria ser móvel (fig 3.6). Com essas
razões e baseados em experiências feitas com os melhores resultados – no prédio da
Obra do Berço, na Lagoa Rodrigo de Freitas, onde, devido à orientação, foi adotado o
tipo vertical – decidimos empregar também um processo semelhante que garantisse em
qualquer hora e dia disposição adequada às necessidades do trabalho.
28
Fig. 3.7. Edifício Bristol no Parque Guinle, Rio de Janeiro,
1954, de Lúcio Costa. (Fonte: MINDLIN, 2000)
Edifícios Bristol (1950) e Caledônia (1954) no Parque Guinle, bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro, de
Lúcio Costa. (Fonte das fotografias: MINDLIN, 2000)
Segundo Cavalcanti (2001), os edifícios “foram construídos sobre pilotis, com estrutura independente em
concreto armado, planta livre, fachadas livres, brise-soleil e cobogós para proteção contra o sol”. O autor
comenta que “as fachadas longitudinais orientadas para oeste foram divididas em quadros retangulares,
sendo-lhes aplicadas diversas formas de proteção contra o sol, de acordo com a função de seus
correspondentes internos: brises verticais, cobogós, tijolos vazados, de vidro, treliças de madeira”.
Mindlin (2000), comenta que a orientação fora escolhida em função da implantação no parque e pela bela
paisagem, porém era desfavorável para insolação. “Esta desvantagem foi, no entanto, minimizada pelo
tratamento das fachadas, nas quais foram fixados brise-soleil e painéis de cobogós de cerâmica,
produzindo jogos de textura e luz muito característicos dessa fase da arquitetura brasileira”.
29
Fig. 3.9 e 3.10. Conjunto Residencial do Pedregulho,
1947-52, Rio de Janeiro, de Affonso E. Reidy. Vista
do Bloco Residencial A, edifício sinuoso com 260m
de comprimento. O terceiro andar é aberto com o
acesso ao edifício e distribui a circulação. “Na
fachada noroeste posterior, tijolos vazados
funcionam como ‘treliças’ protetoras contra o sol”.
(CAVALCANTI, 2001). (Fonte das fotografias:
BONDUKI, 2000).
Atrás da fachada de elementos vazados, há um
corredor de acesso aos apartamentos, que oferece
proteção à insolação direta, mantendo a filtragem da
luz e ventilação permanente.
30
Fig. 3.11 e 3.12. Conjunto Residencial do Pedregulho, 1947-52, Rio de Janeiro, de Affonso E. Reidy.
Vista do Bloco B, apartamento duplex. “A varanda alterna um fechamento em grades de ferro baixas e
cobogós, enquanto os quartos são ventilados por janelas altas que aparecem como uma fita nas
fachadas. O corredor de acesso aos apartamentos protege a área de estar da insolação mais
desfavorável e a presença de janelas nas fachadas opostas propicia a ventilação cruzada no setor dos
quartos”. (CAVALCANTI, 2001). (Fonte da fotografia: BONDUKI, 2000)
Fig. 3.13. Museu de Arte Moderna, 1953-68, Affonso E. Reidy, Rio de Janeiro. “A estrutura é indissociável
da arquitetura, funcionando como elemento plástico”. No terraço, a pérgola em concreto é o sistema de
sombreamento adotado, integrando e dando continuidade aos espaços interno e externo, com ritmo e
vista da paisagem do mar. (CAVALCANTI, 2001). (Fonte da fotografia: BONDUKI, 2000)
31
Fig. 3.14. Detalhe da composição de brise-soleil do
Edifício Sede do Instituto de Previdência do Estado da
Guanabra, Rio de Janeiro, 1957. (Fonte das
fotografias: BONDUKI, 2000)
Fig. 3.15. Edifício Sede do Instituto de Previdência do
Estado da Guanabra, Rio de Janeiro, 1957. A fachada
oeste é protegida por um quebra-sol parcialmente
removível. Originalmente horizontais, passaram a
verticais na construção do edifício. (Fonte das
fotografias: BONDUKI, 2000)
Fig. 3.16. Detalhe do edifício Seguradoras, 1949-51, irmãos Roberto, Rio de Janeiro. Adoção de soluções
passivas para o conforto térmico: Na fachada norte, venezianas externas reguláveis e controle interno,
permitindo ao usuário ajustá-las conforme incidência do sol. As venezianas estão montadas num sistema
pivotante em eixo horizontal e distam um metro da face transparente. Nota-se também, a preocupação
em ventilar esse espaço entre o brise e a janela, impedindo a concentração de ar quente. À leste, a
fachada envidraçada não conta com nenhum sistema de sombreamento. (CAVALCANTI, 2001).
32
Fig. 3.17. Edifício Clemente de Faria – Sede do Banco Fig. 3.18. Edifício Instituto Vital Brazil,
Lavoura, Belo Horizonte, 1951, por A. Vital Brazil. A Niterói, 1941-42, de Vital Brazil. A
fachada noroeste é protegida por brises verticais necessidade de controle ambiental desse
móveis em cimento amianto, enquanto na fachada edifício é essencial à sua atividade
leste foi realizada uma trama com marcação horizontal laboratorial, sendo a proteção solar
das lajes e vigas.“ (CAVALCANTI, 2001). (Fonte da passiva um elemento chave nesse
fotografia: CONDURU, 2000). projeto. A fachada norte é protegida do
excesso de insolação por um sistema
especial de aberturas. Na torre a escada e
os banheiros, contam com uma trama de
elementos vazados. A face sul é
envidraçada. (Fonte da fotografia:
CONDURU, 2000).
33
Fig. 3.19. Casa de Heitor Almeida, Santos, 1949, de J. Vilanova Artigas. Pátio protegido por pérgola,
integrado ao volume da construção, e que oferece proteção ao escritório. “A faixa de brise-soleil, ao longo
das janelas dos quartos, permite o controle da luz do sol, mesmo com as venezianas abertas. (MINDLIN,
2000).
Fig. 3.20 e 3.21. Casa de João Paulo de Miranda Neto, Maceió, 1953, por Lygia Fernandes. Na fachada
leste, as treliças em madeira protegem a varanda em frente aos quartos. (MINDLIN, 2000).
34
Mindlin (2000) destaca que esse
edifício possui uma solução impar e,
delicada e extremamente detalhada
de proteção solar e ao clima quente
da Bahia. “O arquiteto projetou um
sistema de leves grades de ferro, de
2 por 3m, destacadas da fachada e
dispostas em dois planos,
alternando-se em tabuleiro de
xadrez, espaçadas de 25 cm e
apoiadas em consolos de concreto
salientes das lajes dos andares.
Essas grades são cobertas por uma
espécie de veneziana feita de tiras
de bronze de 1 mm de largura, (...)
sob forma de tela metálica. A
proteção contra o excesso de
insolação assim obtida, como se um
mosquiteiro fosse transformado em
brise-soleil, é total e não impede que
se possa desfrutar da vista”, e
também dá ritmo à fachada
retangular.
Segundo Cavalcanti (2001), “o
elemento do prédio que mais atraiu
interesse, à época de sua construção
foi o sistema de proteção contra o sol
em duas de suas fachadas. (...) O
arquiteto projetou um sistema de
finas lâminas móveis e verticais,
apoiadas em um sistema de grades,
colocado no exterior do edifício. O
efeito plástico desse sistema é
bastante particular, com a textura da
trama estreita acentuada pelo jogo
de luz e sombra, em contraste com
as faces lisas da fachada”.
Fig. 3.22. Edifício Caramuru, Salvador, 1946, de Paulo A. Ribeiro.
(Fonte: CAVALCANTI, 2001)
35
Fig. 3.23. Ed. Renata Sampaio
Ferreira, São Paulo, 1956, de
Oswaldo Bratke. (Fonte: SEGAWA,
1997). Além da proteção solar, a
trama oferecia proteção às
esquadrias de madeira.
Fig. 3.24. Detalhe da trama da
fachada.
36
Fig. 3.26. Residência do Arquiteto Oswaldo Bratke – Morumbi, São Paulo, 1951. Essa edificação é um
belo exemplo de composição geométrica. Possui um “recuo imposto pelas diferentes necessidades de
proteção determinadas pela orientação de cada lado do plano. (...) Os painéis exteriores de cobogós de
concreto pré-moldado corrigem o excesso de insolação e protegem a privacidade da casa”. (MINDLIN,
1956; foto SEGAWA, 1997).
Fig. 3.27. Residência da Rua Suécia, São Paulo, 1956, Oswaldo Bratke. O arquiteto trabalha a
modulação estrutural, com jogo de cheios e vazios, e protege o vazio da composição frontal com
elementos vazados de cimento e madeira. (Fonte: SEGAWA, 1997).
37
3.28
3.29
3.30
Tipologia:
- Horizontais;
- Verticais;
- Combinados (horizontal e vertical)12.
Fig. 3.32. As tipologias de brise-soleil e máscaras de sombra. (OLGYAY & OLGYAY, 1957).
12
Os tipos combinados são compostos por lâminas horizontais e verticais. Também são chamados de mistos, modulares,
grelha ou ”eggcrate”.
39
Cada tipologia protege mais adequadamente a determinado ângulo de
obstrução: a horizontal intercepta os raios solares quando o sol está mais alto; a
vertical é mais eficaz quando os raios solares estão mais baixos, porém
dependem fundamentalmente da variação do azimute em relação à orientação da
fachada; e a combinada associa ambas as proteções da horizontal e vertical.
Mobilidade:
- Fixos;
- Móveis.
Composição arquitetônica
40
Lam (1986) estuda o efeito da utilização do brise-soleil considerando sua
eficiência e definição da forma arquitetônica, ou seja, na relação técnica x estética:
41
3.2.4. Indicação
13
Bruand (2002), Albernaz & Lima (2000), Goodwin (1943), Mindlin (2000).
42
em relação à norte; já para as cidades mais setentrionais é necessária insolação
no período de inverno.
Bruand (2000) Albernaz & Lima Atem & Basso Leite & Araújo
(2000) (2004) (2004)
local Brasil (RJ, SP) sem indicação Londrina PR Natal RN
23º 25’S 5º 55’S
N horizontal indispensável, peças combinado com horizontal ou
horizontais horizontal móvel e combinado
vertical fixo
NE - - horizontal
vertical móvel
SE - - horizontal
SO - - combinado inclinados
NO - - combinado inclinados
Em estudos mais recentes Atem & Basso (2004) e Leite e Araújo (2004), o
dispositivo de sombreamento é avaliado em função da latitude e necessidade ou
não de insolação, para as cidades de Londrina PR e Natal RN, respectivamente.
43
Leite e Araújo (2004), apresentam a necessidade de sol e sombra baseados no
método de Olgyay, com a identificação dos períodos de calor excessivo (ou
superaquecimento) na carta solar de Natal RN, 05º 55’ S. Comparando as
recomendações para Rio de Janeiro, São Paulo, Londrina e Natal no quadro 3.3,
nota-se diferenças para a escolha das tipologias mais adequadas para os
dispositivos de sombreamento para cada orientação. Observa-se uma diferença
de abordagem nos estudos apresentados acima, um maior número de
orientações, posicionamento e mobilidade dos dispositivos.
44
3.2.5. Funcionalidade
14
Possui também funções secundárias como o controle do excesso de luminosidade, característico de regiões de climas
quentes. Outros aspectos que também sofrem influência desses elementos são a visibilidade para o exterior e a ventilação
da edificação.
15
Ver anexo 01. Radiação solar.
45
curtas, médias ou longas16, é invisível ao olho humano, porém é percebida como
fonte de calor.
α + ρ +τ = 1 [1]
Para Olgyay & Olgyay (1957), Croiset (1976), Givoni (1981) e Rivero
(1986), a função essencial do dispositivo de proteção solar é o controle do ganho
de calor solar. Atua como um filtro, uma segunda pele, impedindo a incidência da
radiação solar direta nas superfícies da edificação. Embora seja mais utilizado nas
superfícies transparentes, chegando a eliminar a transmissão, também é
significativa a redução do aporte de calor nas superfícies opacas.
16
Radiação infra-vermelha: ondas curtas (780 a 1400nm), médias (1400 a 3000nm) e longas (3000 a 10000nm).
46
de α, ρ, e τ dependem da cor, do material, e da transparência desse elemento.
Outro aspecto acerca dos materiais opacos e transparentes é com relação às
diferenças no processo de absorção da radiação ao longo da espessura, havendo
uma distribuição de energia e fluxos térmicos distintos. (SANTOS, 1999).
ρ
Ig Ig Ig Ig τ
α ρ
α
ρ
α fluxo da radiação solar
fluxo da radiação solar
absorvida e dissipada α
α
absorvida e dissipada para o interior
fluxo da radiação solar
absorvida e dissipada
para o interior
fluxo da radiação solar
α
para o exterior absorvida e dissipada
τ
para o exterior
τ
ρ radiação solar transmitida
radiação solar transmitida
ρ ρ
radiação solar refletida
radiação solar refletida τ=0
Fig. 3.33. Absorção, reflexão e transmissão da radiação solar incidente sobre as superfícies.
47
haverá sombreamento e a superfície receberá a totalidade da radiação incidente.
Nos estudos de geometria de insolação, essas situações são denominadas,
respectivamente, como eficiências totais, parciais e nulas. Essa classificação
adotada refere-se à necessidade de sombreamento, entretanto quando os
dispositivos são projetados considerando a necessidade de insolação no inverno
para determinada localidade, é incoerente denominar como eficiência nula, pois
satisfaz ao requisito projetual. Olgyay enfatiza a avaliação dos períodos de
superaquecimento como princípio para o projeto desses elementos, mas apenas
para sombreamento total e não faz referência às situações em que a sombra é
parcial. Frota refere-se à eficiência total, parcial e nula, mas não parte da
identificação dos períodos de necessidade de proteção.
48
não houver distanciamento da superfície da edificação, sua eficiência seria
bastante reduzida, pois o calor absorvido passaria ao interior por condução. É
necessário observar, porém, que essa solução é bastante prejudicial em relação a
eficiência luminosa.
Em consonância com Givoni, Góes (1995) afirma que “as janelas fechadas
se beneficiam com cores escuras, quando a reflexão da porção visível da radiação
solar para a fachada diminui e o vidro da janela, opaco à radiação infravermelha,
não absorve a carga térmica irradiada pelas placas. Já as janelas abertas se
beneficiam com o brise-soleil de cores claras, em que o ar de entrada no ambiente
interno se ressente menos das trocas por convecção e radiação com o brise-soleil.
A influência dos materiais no desempenho do brise-soleil implica na transmissão
do calor por radiação e convecção de suas placas para o ambiente interno, e por
condução para as paredes envolventes, através dos suportes”.
17
Coeficiente de sombreamento tem o objetivo de comparar o controle solar efetivo obtido por diferentes sistemas de
aberturas. Expressa uma relação entre o ganho total de radiação solar de uma abertura externa com ou sem proteção solar,
comparado a uma abertura de referência com vidro simples de 3mm incolor, sob mesmas condições ambientais.
49
O estudo que apresenta uma abordagem ampla sobre os dispositivos de
proteção solar foi o realizado por Vitor e Aladar Olgyay, sendo até hoje
extremamente relevante, divulgado no livro “Solar control and shading devices” de
1957. Apresenta os dispositivos de sombreamento como um elemento
arquitetônico, descreve a técnica para o projeto da proteção solar, comenta o
método proposto numa aplicação prática, e através de exemplos de edificações
comenta sua expressão arquitetônica. Enfim, analisa a forma e função do
elemento, discutindo a expressão arquitetônica resultante e sua eficiência através
de métodos gráficos e medições, tanto em modelos como em materiais e
componentes construtivos.
50
relativa facilidade. Assim, concentram seu estudo na radiação infravermelha, de
impacto mais profundo, pois nessa faixa a edificação é mais vulnerável.
51
avaliação da eficiência dos dispositivos de sombreamento, e a transmissão de
calor dos materiais de construção, através de medições.
52
Segundo Santos (2002), “o coeficiente de sombreamento foi criado pela
ASHRAE com o objetivo de comparar o controle solar efetivo obtido por diferentes
sistemas de aberturas com ou sem proteções solares internas ou externas. É
definido como a relação entre o ganho total de radiação solar, considerando
transmissão, absorção e reemissão, de uma abertura externa com ou sem
proteção solar, comparado a uma abertura de referência com vidro simples de
3mm incolor, sob mesmo conjunto de condições ambientais e incidência de
radiação solar”.
Geometria de insolação
53
Sá (1942), um dos pioneiros nesse estudo no Brasil, apresenta gráficos de
sombra para dimensionamento do brise-soleil e recomendações para orientação
de edificações no Rio de Janeiro. Mindlin (2000), comenta sobre o trabalho de
Paulo Sá, Alexandre Alburquerque e outros profissionais que estudaram a
insolação no início do século XX, que “o manejo de gráficos e tabelas de consulta
fácil é uma prática que remonta a algumas décadas, permitindo um cálculo preciso
na solução dos problemas de insolação”, sendo bastante conhecido, utilizado e
divulgado pelos arquitetos do início do modernismo no Brasil. Segawa (2001)
também salienta a importância desse grupo de profissionais que passam a
considerar a proteção à radiação solar excessiva nos trópicos. No memorial
descritivo sobre o Ministério da Educação e Saúde, os arquitetos apontam para
estudos sobre os ângulos de inclinação de acordo com a trajetória solar, e outros
detalhes como o afastamento do elemento em relação à fachada, evitando a
condução do calor, e ventilando para a retirada do ar aquecido por condução e
irradiação. É interessante observar que a maioria das publicações sobre o assunto
são posteriores aos edifícios projetados nessa época.
54
Koenisgsberger et al (1974) classificam o brise-soleil como elemento de
controle passivo, indicado para utilização em países de clima quente.
55
Frota e Schiffer (1987) afirmam que “um dispositivo de proteção solar será
eficaz quando for capaz de barrar a radiação solar direta sobre uma dada
superfície ou abertura no período que julgar conveniente”. As autoras trabalham
com um método gráfico denominado traçado de máscaras em projeção
estereográfica, que auxilia na especificação do tipo e dimensão do dispositivo,
através dos ângulos de sombra.
56
metodologia de cálculo, parte do resultado desejável de fator solar, para definir a
estratégia e o desenho do dispositivo.
18
Software Radbrise. GÓES, C. A. Tese doutorado.
19
Software Casamo-Clim. ABDESSELAM, M. et al. CASAMO-CLIM: Cahier Scientifique. Paris: Agende Française pour la
Maitrise de l’Enegie, 1990.
20
Software Shading Mask. KENSEK,K. et al. Shading Mask: a teaching tool for sun shading devices. University of Southern
California.
21
Software Winshade. KABRE, C. Winshade: a computer design tool for solar control. University of Queensland.
22
Software Radiance.GREENUP, P.; EDMONDS, I. R. Lawrence Berkeley National Laboratory. University of California.
57
interno, enfatiza que as lâmpadas estão sempre acesas, desenvolvendo sua
abordagem em relação à eficiência do elemento em relação à iluminação natural.
Práticas experimentais
23
TRNSYS. Transient simulation program, versão 14.2. Solar Energy Laboratory, University of Wiscosin.
24
Software Radiação. CASTANHEIRA, R. G. 2001. Radiação solar incidente em planos inclinados, fachadas e telhados no
Rio de Janeiro. (mestrado). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. UFRJ.
58
Lee et al (1998) estudam o balanço entre a admissão da luz natural e a
rejeição ao ganho de calor. Trabalham com uma simulação com o software
“radiance”, e duas experiências práticas: uma utilizando uma câmara calorimétrica
(MoWiTT25) e outro utilizando duas salas idênticas num edifício de escritórios,
durante um ano, sob condições climáticas reais. São comparados os resultados
obtidos para dois tipos de persianas: uma fixa e outra automatizada.
25
MoWiTT – Mobile Window Thermal Test. Lawrence Berkeley National Laboratories. University of California.
59
sob condições climáticas reais.
60
formal da aplicação desse elemento nas edificações brasileiras. A variabilidade de
soluções e a expressão arquitetônica geram uma identidade da arquitetura
contemporânea brasileira. Extrapola a função e se afirma como um elemento de
composição arquitetônica.
61
elemento frente à composição arquitetônica, sua inserção no conjunto,
composição, caracterização, importância do elemento na obra. Finaliza
apresentando um quadro síntese de análise comparando ambos aspectos.
62
4. MATERIAIS E MÉTODOS
26
Projeto de Pesquisa FAPESP “Sustentabilidade e eficiência energética: avaliação do desempenho térmico de coberturas e do
comportamento de materiais transparentes em relação à radiação solar” (Processo nº99/11097-6), desenvolvido na Faculdade de
Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (UNICAMP) em conjunto com o Departamento de Arquitetura e Urbanismo (EESC/USP).
Embora, o estudo do brise-soleil não estar previsto no projeto inicial, foi incorporado à pesquisa por se enquadrar no tema de
desempenho térmico de componentes construtivos.
63
Fig. 4.34. Mapa do Campus da UNICAMP – Campinas, SP. (http://www.prefeitura.unicamp.br/prefeitura/ca/mapa/unidade.html)
Fig. 4.35. Localização da área dos protótipos no terreno da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e
Urbanismo – UNICAMP.
64
Segundo Chvatal (1998), o clima da região de Campinas caracteriza-se por um
período de verão abrangendo os meses de novembro a março, e de inverno de junho a
agosto. Nota-se o período de verão maior que o inverno, e portanto, a predominância
do calor sobre o frio. Na tabela a seguir são apresentados os dados climáticos para a
região de Campinas.
temp. média temp. média amplitude umidade chuva total nebulosidade direção velocidade insolação diária
mês máxima (ºC) mínima (ºC) média (ºC) relativa (%) (mm) média ventos ventos (m/s) média (h)
JAN 29,9 19,6 9,3 77,7 252,4 5,9 C 2,0 6,1
FEV 29,7 19,5 10,2 78,5 198,4 6,1 C 2,0 6,4
MAR 28,9 18,7 10,2 77,6 191,0 5,4 SE 2,1 6,5
ABR 27,8 17,4 10,4 76,3 80,3 4,5 SE 2,2 7,5
MAI 25,3 14,8 10,5 76,4 97,1 4,2 C 2,0 6,9
JUN 24,1 12,5 11,6 73,5 43,2 3,5 C 2,1 7,3
JUL 24,6 12,4 12,2 68,0 32,1 2,7 SE 2,7 7,9
AGO 26,3 13,3 13,0 63,9 32,1 3,2 SE 2,9 8,1
SET 26,6 15,0 11,6 68,1 80,7 4,2 SE 3,4 6,4
OUT 28,5 16,8 11,7 68,2 90,8 4,4 SE 3,3 7,0
NOV 29,0 18,3 10,7 69,6 134,6 4,9 SE 2,9 7,5
DEZ 29,1 19,9 9,2 75,3 217,6 6,3 SE 2,5 6,2
Tabela 4.2: Dados climáticos da região de Campinas, período de 1983 a 1997.
Posto meteorológico do Instituto Agronômico de Campinas - Seção Climatologia Agrícola.
Latitude 22º53’S, Longitude 47º04’W, Altitude 694m.
Observa-se que os meses mais quentes são janeiro e fevereiro com médias
máximas entre 29,7 a 29,9ºC, e os mais frios são junho e julho com 12,5 e 12,4ºC
respectivamente. A umidade relativa média do ar é de 76% nos meses de dezembro a
junho, e de 67% de julho a novembro. A época das chuvas é nos meses de dezembro a
março, sendo janeiro o mês mais chuvoso (252,4mm). Os ventos predominantes são de
sudeste e as velocidades próximas a 2,0 m/s na maioria dos meses, exceto em
setembro e outubro, com médias de 3,35 m/s.
65
O número de horas de insolação é menor no verão, devido às condições de céu
predominantemente nubladas, dado confirmado pelos valores de nebulosidade e
chuvas nesse período, embora os meses de verão tenham radiação e duração do dia
maior que no inverno. No inverno o céu limpo possibilita um maior número de horas de
insolação. A maior média ocorre no mês de agosto com 8,1 horas de sol, contribuindo
para isto a baixa umidade relativa e a velocidade dos ventos de 2,9 m/s.
66
4.2 Descrição dos protótipos
Fig. 4.38. Vista geral dos seis protótipos no terreno da FEC (fase de finalização).
27
As orientações norte e oeste são as mais expostas a radiação solar incidente, dentre as superfícies verticais. A primeira recebe o
maior número de horas de insolação, e a segunda embora seja simétrica à exposição leste, recebe o sol da tarde quando as
temperaturas do ar externo estão mais elevadas do que as registradas nos horários da manhã.
28
As datas próximas aos solstícios e equinócios foram selecionadas por serem as situações mais significativas em relação ao
movimento aparente do sol, representando as alturas solares máxima, média e mínima.
67
construídos em condições idênticas. Entretanto, optou-se por trabalhar numa
universidade o ensaio de coberturas (superfície horizontal), e na outra os ensaios das
aberturas com vidro e/ou sistemas de sombreamento (superfície vertical).
68
restantes para ensaio dos elementos construtivos. Foi elaborado um cronograma para
organizar as seqüências de medições de cada pesquisador, prevendo uma semana de
testes para cada orientação.
Descrição
Fig. 4.39. Vista de dois protótipos em finalização. Fig. 4.40. Vista dos protótipos finalizados.
69
Cobertura
70
Fig. 4.42. Fachadas dos protótipos.
71
nos resultados das medições. As portas e janelas são de madeira (cedro), e para a
superfície transparente foi adotado como referência o vidro incolor de 4mm.
As duas aberturas para análise estão voltadas para as faces norte e oeste
(orientações mais problemáticas), com dimensões de 1,20 x 1,00m, e peitoril de 1,10m.
29
Ver anexo 02. Painel equivalente.
72
Fig. 4.43. Face Norte Fig. 4.44. Face Leste
73
4.3 Descrição do brise-soleil
A partir das suas dimensões, foi montada a máscara de sombra deste elemento
sobre a carta solar para a latitude de Campinas e do transferidor auxiliar. O ângulo de
obstrução obtido foi adotado como parâmetro para definir as dimensões das outras
tipologias de brise-soleil. Dessa forma, foi determinada a largura das peças em 0,34m.
A espessura dos elementos também foi baseada na dimensão da parede das células do
elemento vazado, sendo de 0,025m.
74
distintas, pois os elementos em teste não são infinitos, restringindo-se a encobrir
apenas a área envidraçada.
25/06 a 08/07
17/03 a 05/04
09/02 a 11/02
09/01 a 19/01
Fig. 4.49. Carta Solar de Campinas, latitude 22º 54’ S, identificação do período de calor excessivo, e
indicação das datas de medição.
75
Fig. 4.50. Máscaras de sombra dos dispositivos de proteção aplicadas sobre a carta solar de Campinas e
período de calor excessivo, conforme orientação da fachada em teste.
Propriedades térmicas dos materiais: concreto: ρ 2200 kg/m ; λ 1,75 W/(m.K); c 1,00 kJ/(kg.K).
30 3
76
Elemento vazado
Foram utilizadas nove peças do elemento vazado para fazer a proteção solar de
um dos protótipos. Esse elemento combina lâminas verticais e horizontais, e é
denominado "combinado". Cada uma das peças pesa 18 quilos, totalizando 162 quilos
na trama ensaiada. Cada peça possui uma área de 0,16m2 e área de trama de 0,10m2.
A área da trama das 9 peças (0,57m2) sobre a área envidraçada (0,91m2), representa
uma relação de 62,6% da área do vidro sombreada pelo sistema.
Fig. 4.52. Vistas externa e interna da janela protegida pelo elemento vazado.
77
Placas horizontais e verticais:
Para compor a tipologia horizontal foram instaladas três peças, sustentadas por
apoios metálicos. A tipologia vertical é composta por quatro placas, instaladas com
auxílio de mão-francesa.
Fig. 4.53.Protótipos com o brise-soleil vertical Fig. 4.54. Protótipos com brise-soleil horizontal.
de madeira e concreto. Ao lado o protótipo referência, e ao fundo
o protótipo com elemento vazado.
78
Cores:
100
90
80
Branco Neve
70 50ml 5
50ml 10
60 50ml 15
Refletância (%)
50ml 20
50ml 25
50
50ml 30
50ml 35
40 50ml 40
50ml 50
30 50ml 60
Pigmento Preto
20
10
0
248
298
348
398
448
498
548
598
648
698
748
798
848
900
1000
1100
1200
1300
1400
1500
1600
1700
1800
1900
2000
2100
2200
2300
2400
2500
Fig. 4.55. Gráfico das refletâncias das amostras de tons de cinza, obtidos através de teste
espectrofotométrico.
31
O teste espectrofotométrico foi realizado no Laboratório de Espectrofotometria da EESC USP, São Carlos.
79
Refletância - 50ml30
100,00
90,00
80,00
70,00
60,00
Refletância (%)
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
248
298
348
398
448
498
548
598
648
698
748
798
848
900
1000
1100
1200
1300
1400
1500
1600
1700
1800
1900
2000
2100
2200
2300
2400
2500
Comprimento de Onda
Fig. 4.56. Gráfico de refletância 50%, da amostra selecionada, diluição 50ml / 30 gotas.
Fig. 4.57. Vista dos protótipos finalizados, sem Fig. 4.58. Vista dos protótipos com os dispositivos
a instalação dos dispositivos. de sombreamento em ensaio na fachada norte.
80
Fig. 4.59. Vista dos protótipos com os dispositivos de sombreamento em ensaio
instalados na fachada oeste.
N
ta l
r ime n
e xpe
á rea
A
B
C
D
E
F
. rua
Fig. 4.60. Área experimental com identificação dos protótipos. (desenho sem escala).
81
4.4 Períodos, horários e intervalos das medições
Período de Medição
Horário de Medição
32
Por problemas operacionais e de datas de férias da universidade, a medição de dezembro foi adiada para janeiro. Outro
problema ocorrido foi a perda de dados na segunda semana para a fachada oeste. Assim, foram complementados com
dados coletados nos dias 10 a 12 de fevereiro.
82
Na configuração do sistema de aquisição de dados, não foi considerado o
horário de verão, mantendo o horário legal como padrão durante todo o período de
medição.
Intervalos de Medição
4.5 Equipamentos
Acessórios:
33
Mutiplexador é um equipamento que possui diversas entradas e uma saída, efetuando um roteamento dos dados de
saída conforme a configuração do intervalo de aquisição de dados.
83
- bateria recarregável 12V (PS12LA, regulador de voltagem, filtro e
proteção contra raios);
- teclado externo;
Fig. 4.61. Vista dos protótipos com as tipologias em ensaio Fig. 4.62. Estação meteorológica
84
Estação Meteorológica
- e sensores:
85
registro, foram executados pelos representantes técnicos da Campbell Scientific
do Brasil, e acompanhados pela equipe de pesquisa.
86
Fig. 4.64. Sensores da Estação Meteorológica Campbell Scientific
4. Radiação solar
87
Termopares
34
Este sensor permite avaliar as influências de cada configuração dos dispositivos através da medição da temperatura do ar
ambiente, sendo destinado a monitoração do comportamento térmico do ar no interior da edificação (sofre influências dos
mecanismos de troca de calor por condução, convecção e radiação).
88
Assim, coleta-se os dados do ambiente interno, e temperaturas
superficiais da parede, do vidro e dos dispositivos de sombreamento.
89
4.6 Dados coletados
35
Embora a radiação difusa represente uma pequena contribuição, não será tratada neste estudo.
90
Dados
2) seleção de dados;
91
4) análise comparativa do comportamento térmico dos dispositivos de proteção
solar, considerando:
5) análise estatística.
92
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A seguir, são apresentados e discutidos resultados dos gráficos das médias dos
dados diários coletados para cada horário, por estação.
36
Por problemas operacionais ocorreu uma perda de dados na segunda semana para a fachada oeste. Assim, foram coletados
apenas os dias 09 a 11 de fevereiro, sendo desprezado o dia 11, por estar em troca de fachada, vidros e dispositivos em teste.
93
Nos intervalos definidos acima, para que as médias dos valores horários dos
dias monitorados pudessem ser utilizadas como parâmetro de análise e comparação,
os dias atípicos foram desprezados (condição de céu encoberto ou chuvoso, e também
algum evento isolado que refletisse em alteração do padrão da temperatura do ar
externo). Constam do apêndice – Dados Coletados, os gráficos diários para todas as
situações monitoradas.
37
A interferência do “efeito jardineiro” também foi registrada na experiência da outra pesquisadora, Adriana Castro, que testava
diferentes tipos de vidro.
94
Variáveis ambientais – verão: período 11 a 18 de janeiro.
35,00 100,00
88,38%, 6:00h
30,58ºC, 15:30h
30,00 80,00
25,00 60,00
45,23%, 16:30h
20,00 40,00
18,66ºC, 6:00h
15,00 20,00
10,00 0,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
1000,00
2
836,06 W/m , 14:00h
800,00
Radiação (W/m2)
600,00
400,00
200,00
0,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Hora 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Dir. SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SW
Vel. 1,92 1,73 1,09 1,04 0,67 0,72 1,03 1,69 1,99 2,09 2,18 2,19
Hora 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Dir. SW SW SW SW SW S S SE SE SE SE SE
Vel. 2,06 2,28 2,50 2,80 2,83 3,04 3,03 3,01 3,18 3,13 2,43 2,62
Tabela 5.3. Dados de direção e velocidade dos ventos para o período de 11 a 18/01.
95
Variáveis ambientais – verão: período 09 e 10 de fevereiro.
35,00 100,00
87,03%, 05:30h
30,00 80,00
28,19ºC, 15:30h
25,00 60,00
20,00 40,00
43,56%, 15:30h
16,28ºC, 05:30h
15,00 20,00
10,00 0,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
1000
800
Radiação (W/m2)
600
400
200
0
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Hora 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Dir. E SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE
Vel. 1,72 2,18 1,96 2,06 1,99 1,02 1,56 3,00 3,56 3,64 3,25 0,95
Hora 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Dir. SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE
Vel. 3,04 3,20 3,58 3,59 3,82 3,23 3,95 4,17 4,05 4,39 4,52 3,97
Tabela 5.4. Dados de direção e velocidade dos ventos para os dias 09 e 10/02.
96
Variáveis ambientais – outono: período 20 a 25 de março.
35,00 100,00
86,84%; 06:00h
30,00 80,00
26,64ºC; 15:00h
25,00 60,00
10,00 0,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
1000
2
786,04 W/m ; 12:00h
800
Radiação (W/m )
600
2
400
200
0
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Hora 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Dir. SE SE SE SE SE SE S S S SE SE S
Vel. 2,22 1,85 1,73 1,61 1,44 1,32 1,68 2,14 2,53 2,42 2,32 2,32
Hora 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Dir. S S S S S S S SE SE SE SE SE
Vel. 2,12 2,16 2,63 2,77 2,52 2,60 2,81 2,80 3,34 3,51 3,19 2,61
Tabela 5.5. Dados de direção e velocidade dos ventos para o período de 20 a 25/03.
97
Variáveis ambientais – outono: período 28 de março a 02 de abril
35,00 100,00
91,90%; 06:30h
30,18ºC; 15:00h
30,00 80,00
25,00 60,00
20,00 40,00
33,40%; 15:00h
16,73ºC;
15,00 06:30h 20,00
10,00 0,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Fig. 5.73. Gráfico de temperatura e umidade relativa para o período de 28/03 a 02/04.
1000
2
805,27 W/m ; 12:30h
800
Radiação (W/m2)
600
400
200
0
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Hora 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Dir. SE SE SE E E E E SE SE SE SW SW
Vel. 1,38 1,17 1,01 1,07 0,82 0,57 0,70 0,77 0,84 1,44 1,52 1,62
Hora 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Dir. W W W SW S S SE SE SE SE SE SE
Vel. 1,73 1,79 1,81 1,78 1,88 2,07 1,62 2,00 1,90 2,73 2,79 2,59
Tabela 5.6. Dados de direção e velocidade dos ventos para o período de 11 a 18/01.
98
Variáveis ambientais – inverno: período 26 de junho a 01 de julho.
35,00 100,00
87,96%; 07:00h
30,00 80,00
26,70ºC;
25,00 60,00
20,00 40,00
42,92%; 15:30h
15,00 20,00
15,67ºC; 07:00h
10,00 0,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Fig. 5.75. Gráfico de temperatura e umidade relativa para o período de 26/06 a 01/07.
1000,00
800,00
2
565,38 W/m ; 12:30h
Radiação (W/m2)
600,00
400,00
200,00
0,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Hora 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Dir. SE SE SE SE SE SE E E SE NE NE NE
Vel. 2,71 2,49 1,77 1,56 2,24 1,78 2,73 2,98 1,55 1,64 1,51 1,68
Hora 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Dir. NE NE N SW NE NE E E SE SE SE SE
Vel. 1,73 1,73 2,78 1,78 2,09 1,48 1,77 2,01 2,14 2,10 1,23 1,46
Tabela 5.7. Dados de direção e velocidade dos ventos para o período de 26/06 a 01/07.
99
Variáveis ambientais – inverno: período 03 a 07 de julho.
35,00 100,00
91,83%;
30,00 80,00
26,96ºC; 14:30h
25,00 60,00
20,00 40,00
43,99%; 14:30h
15,00 20,00
14,40ºC;
10,00 0,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
1000,00
800,00
2
584,98 W/m ; 12:30h
Radiação (W/m2)
600,00
400,00
200,00
0,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Hora 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Dir. E E E E E E E NE E S SE S
Vel. 1,99 1,29 1,78 0,87 0,26 0,57 0,77 0,78 1,09 1,30 1,80 1,69
Hora 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Dir. W W W W W SE SE SE E E E E
Vel. 1,80 1,56 1,75 1,63 1,23 0,50 0,75 0,83 1,74 2,50 2,75 1,87
Tabela 5.8. Dados de direção e velocidade dos ventos para o período de 03 a 07/07.
100
5.1 Temperatura interna
Para esse intervalo foram descartados os dias atípicos: 10, 14 e 15/01. Sendo,
portanto, seis dias considerados válidos para análise.
101
Verão – Fachadas norte e oeste.
35,00
28,75ºC; 17:30h
28,82ºC; 18:00h
30,58ºC; 15:30h
28,90ºC; 18:30h
30,00
28,55ºC; 18:30h
25,00
27,87ºC; 18:30h Ar Interno - Referência
Ar Interno - Elemento
Vazado
20,00
Ar Interno - Brise
18,66ºC; 6:00h Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
Horizontal Madeira
15,00
Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
Horário (hs) 24.00
35
32,01ºC, 17:30h
31,30ºC, 17:30h
31,07ºC, 17:30h
30
30,00ºC, 17:30h
28,19ºC, 15:30h 29,61ºC, 17:30h
25
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Elemento
20 Vazado
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
16,28ºC, 05:30h Horizontal Madeira
15
Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira
10
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
102
Com relação à temperatura interna, o dispositivo de proteção solar que obteve
melhor desempenho foi o elemento vazado, seguido pelos brises-soleil de concreto
vertical e horizontal, respectivamente. Os piores desempenhos foram dos brises–soleil
de madeira, sendo que o vertical apresentou comportamento semelhante ao protótipo
de referência que não contava com nenhuma proteção, apenas o vidro incolor de 4mm.
103
Na fachada oeste, quando o sol incide perpendicular à fachada e o brise-soleil
tem eficiência nula, apenas o valor da temperatura interna do protótipo com o elemento
vazado (27,87ºC) foi menor do que a exterior. A diferença dos valores de temperatura
interna máxima entre o elemento vazado e a referência atingiu 4,14ºC.
104
Para ambas as orientações, no período do verão, o elemento vazado registrou
os menores valores de temperatura interna. Entretanto, foram observadas alterações no
comportamento das placas, pois para norte as menores temperaturas foram devido ao
material (concreto), e a oeste devido à tipologia (horizontal).
38
No dia 18/03, foi registrado o “efeito jardineiro”, e no dia 19/03 ocorreu uma queda brusca da temperatura externa.
105
Outono – Fachadas oeste e norte.
35,00
30,04ºC; 17:00h
29,75ºC; 17:00h
29,54ºC; 17:00h
30,00
28,56ºC; 17:00h
28,10ºC; 17:30h
26,64ºC; 15:00h
Ar Externo
Temperatura (ºC)
25,00
Ar Interno - Elemento
20,00 Vazado
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
15,91ºC; 06:00h Horizontal Madeira
15,00
Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
35,00
28,74ºC; 17:00h
25,00 Temperatura do Ar
Temperatura (ºC)
28,53ºC; 17:30h
28,28ºC; 18:00h
Ar Interno -
Referência
Ar Interno -
20,00 Elemento Vazado
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
106
às 17:30 horas. Nota-se que mesmo com a ocorrência de picos de temperatura, no
outono, existiu atraso térmico entre as diferentes tipologias.
Para o outono na face oeste, o protótipo com dispositivo de proteção solar que
obteve melhor desempenho foi o elemento vazado, seguido pelos brises-soleil
horizontais de concreto e madeira, respectivamente. Os de pior desempenho foram os
verticais, sendo o menos eficiente o de madeira. Entretanto, a partir das 17:30 ocorreu
uma alteração: o protótipo com brise vertical de concreto apresentou uma melhora no
seu desempenho em relação aos brises-soleil horizontais de madeira e concreto, até as
19:00, quando passou a registrar valores semelhantes ao elemento vazado e ao brise
horizontal de concreto.
39
O dia 27/03 registrou o “efeito jardineiro”, os dias 30/03 e 03;04, registraram queda brusca da temperatura externa no período da
tarde, e o dia 04/04 estava com céu encoberto e pouca incidência de radiação direta. Ver Apêndice 1 – Dados Coletados.
107
Às 8:00 o valor da temperatura do ar externo ultrapassou o interno, e a
diferença nos valores de temperatura interna para cada protótipo se inicia por volta das
7:30. O pico da temperatura externa de 30,18ºC ocorreu as 15:00, e da interna de
29,72ºC às 17:00 (referência), representando um atraso de 2 horas e pequeno
amortecimento de 0,46ºC. Somente após as 22:00 os valores de temperatura voltam a
ficar semelhantes.
No período da tarde, entre 12:30 até 18:30, o protótipo com proteção de melhor
desempenho foi o elemento vazado. Para os demais horários, os menores valores de
temperatura interna registrados foi o protótipo com o brise horizontal de concreto. Essa
observação pode ser explicada ao considerar algumas características do elemento
vazado, como o fato de proporcionar ao próprio elemento sombreamento, a maior
massa e conseqüente resistência, e também sua inércia térmica.
108
Inverno - fachada oeste: de 26 de junho a 01 de julho:
Para esse intervalo não foi descartado nenhum dia, sendo os seis dias
considerados válidos para análise.
Considerando que para o inverno, o ganho de calor solar seja necessário, ainda
assim, o dispositivo que oferece a menor temperatura diária registra temperatura
mínima semelhante ao que admite maior insolação. O protótipo com dispositivo de
proteção solar que obteve melhor desempenho na redução do ganho de calor solar foi o
elemento vazado, seguido dos dispositivos de concreto, vertical e horizontal,
respectivamente. Porém, a partir das 18:00 eles ficam semelhantes e apresentaram
menores valores em relação ao elemento vazado. Os de pior desempenho foram os de
madeira, vertical e horizontal, respectivamente.
109
Inverno – Fachadas oeste e norte.
35,00
30,00
27,23ºC; 16:30h
26,70ºC; 15:30h 26,64ºC; 17:00h
26,58ºC; 17:00h
Ar Externo
26,20ºC; 17:00h
Temperatura (ºC)
25,00
25,85ºC; 17:00h Ar Interno - Referência
25,62ºC; 17:30h
Ar Interno - Elemento
Vazado
20,00
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
Horizontal Madeira
15,00
15,67ºC; 07:00h Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
35,00
30,00
26,91ºC; 16:30h
26,96ºC; 14:30h
26,30ºC; 16:30h
25,85ºC; 17:00h
25,48ºC; 17:00h Ar Externo
25,00
Temperatura (ºC)
25,25ºC; 17:30h
Ar Interno - Referência
25,58ºC; 16:30h
Ar Interno - Elemento
20,00 Vazado
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
Horizontal Madeira
15,00
14,40ºC; 07:00h Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
110
Inverno - fachada norte: de 03 a 07 de julho:
Para esse intervalo não foi descartado nenhum dia, sendo os cinco dias
considerados válidos para análise.
O protótipo com elemento que apresentou o pior desempenho foi o brise vertical
de madeira, sendo que às 13:30 hora, os valores de temperatura desse dispositivo se
igualaram ao protótipo sem proteção (referência – vidro incolor de 4mm). Essa
observação pode ser explicada comparando esses dados com a máscara de sombra
dessa tipologia para a orientação norte: a eficiência do sombreamento é praticamente
nula.
111
Comparação entre orientação e estação do ano
Fachada Norte:
Tanto no verão quanto no outono e inverno, o atraso térmico variou entre duas
a até três horas de diferença da ocorrência do valor de temperatura interna máxima
entre as tipologias, porém adiantava em meia hora por estação: no verão o máximo da
temperatura interna registrado ocorreu às 17:30 horas, no outono às 17:00 horas e no
inverno às 16:30 horas, assim como a temperatura máxima externa: no verão às 15:30
horas, no outono às 15:00 horas e no inverno às 14:30 horas.
112
Fachada Norte
Temperatura do Ar - Média (seleção 11 a 18/01) - Norte
35,00
28,75ºC; 17:30h
28,82ºC; 18:00h
30,58ºC; 15:30h
28,90ºC; 18:30h
30,00
28,55ºC; 18:30h
25,00
27,87ºC; 18:30h Ar Interno - Referência
Ar Interno - Elemento
Vazado
20,00
Ar Interno - Brise
18,66ºC; 6:00h Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
Horizontal Madeira
15,00
Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
35,00
28,74ºC; 17:00h
25,00 Temperatura do Ar
Temperatura (ºC)
28,53ºC; 17:30h
28,28ºC; 18:00h
Ar Interno -
Referência
Ar Interno -
20,00 Elemento Vazado
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
35,00
30,00
26,91ºC; 16:30h
26,96ºC; 14:30h
26,30ºC; 16:30h
25,85ºC; 17:00h
25,48ºC; 17:00h Ar Externo
25,00
Temperatura (ºC)
25,25ºC; 17:30h
Ar Interno - Referência
25,58ºC; 16:30h
Ar Interno - Elemento
20,00 Vazado
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
Horizontal Madeira
15,00
14,40ºC; 07:00h Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Fig. 5.85. Gráficos de temperatura do ar, aberturas situadas na fachada norte (verão, outono, inverno).
113
Fachada Oeste:
Para essa fachada, o pico da temperatura máxima interna não está associado
ao atraso térmico dos componentes construtivos, mas a perpendicularidade dos raios
solares em relação à abertura. No outono e verão o pico registrado (17:00 e 17:30,
respectivamente) é devido a incidência da radiação solar direta na superfície vertical.
No inverno esse pico não ocorreu, embora houvesse incidência da radiação solar direta,
sendo que as curvas das temperaturas internas máximas se distribuíram similarmente a
forma registrada na fachada norte. Nesse caso, o fato poderia ser explicado pelo baixo
ângulo de altura solar e menor intensidade da radiação, no horário em que ocorreu a
temperatura interna máxima.
114
Fachada Oeste
Temperatura do Ar - Média 09 e 10/02 - Oeste
35
32,01ºC, 17:30h
31,30ºC, 17:30h
31,07ºC, 17:30h
30
30,00ºC, 17:30h
28,19ºC, 15:30h 29,61ºC, 17:30h
25
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Elemento
20 Vazado
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
16,28ºC, 05:30h Horizontal Madeira
15
Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira
10
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
35,00
30,04ºC; 17:00h
29,75ºC; 17:00h
29,54ºC; 17:00h
30,00
28,56ºC; 17:00h
28,10ºC; 17:30h
26,64ºC; 15:00h
Ar Externo
Temperatura (ºC)
25,00
Ar Interno - Elemento
20,00 Vazado
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
15,91ºC; 06:00h Horizontal Madeira
15,00
Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
35,00
30,00
27,23ºC; 16:30h
26,70ºC; 15:30h 26,64ºC; 17:00h
26,58ºC; 17:00h
Ar Externo
26,20ºC; 17:00h
Temperatura (ºC)
25,00
25,85ºC; 17:00h Ar Interno - Referência
25,62ºC; 17:30h
Ar Interno - Elemento
Vazado
20,00
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
Horizontal Madeira
15,00
15,67ºC; 07:00h Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Fig. 5.86. Gráficos de temperatura do ar, aberturas situadas na fachada oeste (verão, outono, inverno).
115
5.2 Temperaturas Superficiais
40
A localização dos sensores esquerda e direita da placa vertical, se refere a superfície esquerda e direita em relação ao
observador olhando para a fachada externa do protótipo. No caso da orientação norte, a esquerda é a face voltada a leste, e direita
voltada a oeste. Para a orientação oeste, esquerda está com a face voltada a norte, e direita com a face voltada a sul.
116
O elemento vazado e o brise-soleil horizontal de concreto não registraram picos
acentuados, possuindo uma curva suave. A temperatura superficial mais elevada
ocorreu meia hora após a máxima da temperatura do ar externo. O brise-soleil
horizontal de madeira também apresentou uma curva suave, porém registrou um pico
às 17:30 horas, distinguindo-se do outro elemento horizontal. Exceto por esse pico, as
placas horizontais de concreto e madeira tiveram valores de temperatura bastante
próximos.
Assim como na face norte, na fachada oeste a característica mais marcante que
apareceu nos gráficos das temperaturas superficiais foi a diferença entre as tipologias
horizontal e vertical. Os dispositivos verticais formaram três picos distintos, sendo um
mais acentuado que os demais. O primeiro pico, no caso do concreto é bastante
discreto em relação ao de madeira, porém só ocorreu para essa tipologia.
117
Verão – Fachadas norte e oeste.
50,00
Ar Externo
Ar Interno - Referência
45,00
Superficial Superior -
Elemento Vazado
40,00
Superficial Inferior -
Elemento Vazado
Superficial Superior -
35,00
Brise Horizontal Concreto
Temperatura (ºC)
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
Horário (hs) 24.00
50,00
Ar Externo
Ar Interno - Referência
45,00
Superficial Superior
Elemento Vazado
40,00
Superficial Inferior
Elemento Vazado
Superficial Superior Brise
35,00
Temperatura (ºC)
Horizontal Concreto
Superficial Inferior Brise
Horizontal Concreto
30,00
Superficial Superior Brise
Horizontal Madeira
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Fig. 5.88. Gráfico de temperaturas superficiais nos dias 09 e 10/02 – fachada oeste.
118
O elemento vazado e os dispositivos horizontais registraram apenas dois picos,
porém mais elevados e acentuados que a ocorrência nas verticais. O mais significativo
aconteceu no mesmo horário da temperatura máxima do ar externo, às 15:30 horas. E o
último às 17:30 horas ocorreu ao mesmo tempo em que os sensores do ar interno dos
protótipos registraram a temperatura interna mais elevada. Observa-se que a queda
registrada às 17:00 horas, anterior a essa última elevação corresponde ao momento em
que os raios solares estavam perpendiculares à fachada, atingindo a menor superfície
exposta dos dispositivos.
Para os elementos verticais a curva foi mais suave, alterando sua inclinação,
que a partir do meio dia tornou-se levemente acentuada, atingindo seu ápice às 14:30
horas com 33,86ºC (madeira), e às 15:00 horas com 33,62ºC (concreto).
119
Outono – Fachadas oeste e norte.
50,00
Ar Externo
Superficial Superior -
Elemento Vazado
40,00
Superficial Inferior -
Elemento Vazado
Superficial Superior -
35,00
Temperatura (ºC)
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
50,00
Ar Externo
Ar Interno - Referência
45,00
Superficial Superior -
Elemento Vazado
40,00
Superficial Inferior -
Elemento Vazado
Superficial Superior -
35,00 Brise Horizontal Concreto
Temperatura (ºC)
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Fig. 5.90. Gráfico de temperaturas superficiais no período de 26/03 a 02/04 – fachada norte.
120
Embora os dispositivos horizontais ganhassem calor elevando sua temperatura
superficial com valores semelhantes, as placas de concreto perderam calor mais
rapidamente, possivelmente devido a sua alta condutividade térmica.
Para essa estação, as placas verticais registraram apenas dois picos para as
temperaturas superficiais.
Os perfis das curvas foram bastante próximos até as 14:00 horas, quando
nitidamente se notou a elevação acentuada das peças de madeira. Embora as outras
121
Inverno – Fachadas oeste e norte.
50,00
Ar Externo
Superficial Superior -
Elemento Vazado
40,00
Superficial Inferior -
Elemento Vazado
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
Horário (hs) 24.00
Fig. 5.91. Gráfico de temperaturas superficiais no período de 26/06 a 01/07 – fachada oeste.
Temperaturas Superficiais - Médias Inverno - Norte
50,00
Ar Externo
Superficial Superior -
40,00 Elemento Vazado
Superficial Inferior -
Elemento Vazado
35,00
Temperatura (ºC)
Superficial Superior -
Brise Horizontal
Concreto
30,00 Superficial Inferior - Brise
Horizontal Concreto
Superficial Superior -
25,00 Brise Horizontal Madeira
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
122
peças diferenciassem seus valores, as curvas foram mais suaves que as de madeira.
Após as 17:00 horas elas voltaram a ter comportamento semelhante, com valores das
temperaturas superficiais próximos.
Fachada Oeste:
124
Fachada Norte
Temperaturas Superficiais - Média Seleção - Norte
50,00
Ar Externo
Ar Interno - Referência
45,00
Superficial Superior -
Elemento Vazado
40,00
Superficial Inferior -
Elemento Vazado
Superficial Superior -
35,00
Brise Horizontal Concreto
Temperatura (ºC)
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
50,00
Ar Externo
Ar Interno - Referência
45,00
Superficial Superior -
Elemento Vazado
40,00
Superficial Inferior -
Elemento Vazado
Superficial Superior -
35,00 Brise Horizontal Concreto
Temperatura (ºC)
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
50,00
Ar Externo
Superficial Superior -
40,00 Elemento Vazado
Superficial Inferior -
Elemento Vazado
35,00
Temperatura (ºC)
Superficial Superior -
Brise Horizontal
Concreto
30,00 Superficial Inferior - Brise
Horizontal Concreto
Superficial Superior -
25,00 Brise Horizontal Madeira
Superficial Inferior - Brise
Horizontal Madeira
20,00
Superficial Esquerda -
Brise Vertical Concreto
Superficial Esquerda -
10,00 Brise Vertical Madeira
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Fig. 5.93. Gráficos de temperaturas superficiais, aberturas situadas na fachada norte (verão, outono,
inverno).
125
Fachada Oeste
Média Temperaturas Superficiais - Verão - Oeste
50,00
Ar Externo
Ar Interno - Referência
45,00
Superficial Superior
Elemento Vazado
40,00
Superficial Inferior
Elemento Vazado
Superficial Superior Brise
35,00
Temperatura (ºC)
Horizontal Concreto
Superficial Inferior Brise
Horizontal Concreto
30,00
Superficial Superior Brise
Horizontal Madeira
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
50,00
Ar Externo
Superficial Superior -
Elemento Vazado
40,00
Superficial Inferior -
Elemento Vazado
Superficial Superior -
35,00
Temperatura (ºC)
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
50,00
Ar Externo
Superficial Superior -
Elemento Vazado
40,00
Superficial Inferior -
Elemento Vazado
Horário (hs)
Fig. 5.94. Gráficos de temperaturas superficiais, aberturas situadas na fachada oeste (verão, outono,
inverno).
126
Comparando os dados coletados entre os protótipos e entre as estações do
ano, nota-se que o dispositivo que apresentou o pior desempenho foi o brise-soleil
vertical de madeira, chegando a apresentar temperaturas semelhantes ao protótipo de
referência (sem proteção). Os brises verticais fixos, madeira e concreto, apresentaram
comportamento menos eficiente mesmo na fachada oeste, para a qual geralmente são
recomendados nos livros de arquitetura brasileira. Nessa face, a tipologia vertical seria
apropriada se as placas forem inclinadas ou móveis.
Outro aspecto que deve ser considerado é que embora o elemento vazado
apresente desempenho térmico melhor que os demais dispositivos, essa tipologia reduz
sensivelmente a quantidade de luz natural do ambiente interno, e também a visibilidade
para o externo. Faz-se necessário também um estudo do nível de iluminação do
ambiente para verificar sua eficiência em ambos os parâmetros.
127
5.3 Análise Estatística
Tipologia (T):
- vertical (V);
- combinado (C);
Material (M):
Orientação (O):
- Oeste (O).
128
Repetições:
onde:
yij – valor observado na parcela que recebeu o tratamento i e se encontra no bloco j;
O erro experimental máximo admitido foi α de 5%, devido aos fatores não
controlados. Ou seja, a precisão de resultados obtidos foi acima de 95%.
Variáveis
129
No caso do protótipo D (controle ou referência), não existiu dispositivo de
sombreamento instalado, sendo assim, os dados em análise foram as temperaturas
superficiais externa e interna do vidro, além da temperatura do ar interno.
E por fim, as duas orientações simuladas: norte (N) e oeste (O), estabelecendo
comparações entre ambas.
130
Para facilitar a análise dos resultados estatísticos, as interações foram
apresentadas em quadros para cada variável, considerando:
Fatores
T M E O
T T TM TE TO
Fatores
M - M ME MO
E - - E EO
O - - - O
Quadro 5.5. Comparações simples e duplas.
Fatores
T M E O
TM - - TME TMO
TE - - - TEO
TO - - - -
Fatores
ME - - - MEO
MO - - - -
EO - - - -
TME - - - TMEO
TMO - - - -
Quadro 5.6. Comparações triplas e quádruplas.
41
Para a placa horizontal e para o elemento vazado, os sensores foram posicionados na face superior e inferior da peça. Na placa
vertical, o sensor foi posicionado na superfície esquerda ou direita da peça em relação ao observador olhando para a fachada.
131
Interações entre os fatores: Temperatura Interna
Fator T M TxM E TxE MxE TxM O TxO MxO TxM ExO TxEx MxE TxM
Hora xE xO O xO xEx
O
0:30 X X X
1:00 X X X
1:30 X X X
2:00 X X X
2:30 X X X
3:00 X X X
3:30 X X X
4:00 X X X
4:30 X X X
5:00 X X X
5:30 X X X
6:00 X X X
6:30 X X X
7:00 X X X
7:30 X X X
8:00 X X X
8:30 X X X
9:00 X X X
9:30 X X X
10:00 X X X
10:30 X X X
11:00 X X X
11:30 X X X X
12:00 X X X X
12:30 X X X X
13:00 X X X X
13:30 X X X X
14:00 X X X X X
14:30 X X X X X
15:00 X X X X X
15:30 X X X X X
16:00 X X X X X
16:30 X X X
17:00 X X
17:30 X X X
18:00 X X
18:30 X X X
19:00 X X X X
19:30 X X X X
20:00 X X X
20:30 X X X
21:00 X X X
21:30 X X X
22:00 X X X
22:30 X X X
23:00 X X X
23:30 X X X
24:00 X X X
Total 12 8 0 48 0 0 0 46 0 0 0 45 0 0 0
Quadro 5.7. Interação entre os fatores para as temperaturas internas dos protótipos.
132
Não menos expressivas foram as interações entre as orientações das fachadas,
indicando 46 casos em 48 possibilidades. A interação entre estação e orientação também
foi extremamente importante, com 45 casos em 48.
Outras interações que foram apontadas pela análise foram em relação à tipologia
do dispositivo e ao material construtivo, evidenciando diferenças observadas no
comportamento dos dados coletados.
133
Entretanto, como havia sido notado anteriormente, também a análise estatística
apontou para as interações entre tipologias (16 casos); material (10 casos); na relação da
tipologia x estação (8 casos); em menor escala, na relação do material x estação (3
casos); na relação tipologia x orientação (11 casos); em menor escala, do material x
orientação (3 casos); relação tripla tipologia x estação x orientação (11 casos); e em
menor escala, material x estação x orientação (3 casos).
134
Interações entre os fatores: Temperatura Superficial Superior / Esquerda
Fator T M TxM E TxE MxE TxM O TxO MxO TxM ExO TxEx MxE TxM
Hora xE xO O xO xEx
O
0:30 X X X
1:00 X X X
1:30 X X X
2:00 X X X
2:30 X X X
3:00 X X X
3:30 X X X
4:00 X X X
4:30 X X X
5:00 X X X
5:30 X X X
6:00 X X X
6:30 X X X
7:00 X X X
7:30 X X X
8:00 X X X X
8:30 X X X X X X
9:00 X X X X X X X X X X X
9:30 X X X X X X X X X X
10:00 X X X X X X
10:30 X X X X X
11:00 X X X X
11:30 X X X X X X
12:00 X X X X X X
12:30 X X X X X X
13:00 X X X X X X
13:30 X X X X X X X
14:00 X X X X X X
14:30 X X X X X
15:00 X X X X X X
15:30 X X X X X X
16:00 X X X X X
16:30 X X X
17:00 X X
17:30 X X X
18:00 X X
18:30 X X X
19:00 X X X X
19:30 X X X X
20:00 X X X X
20:30 X X X
21:00 X X X
21:30 X X X
22:00 X X X
22:30 X X X
23:00 X X X
23:30 X X X
24:00 X X X
Total 16 10 0 43 8 3 0 45 11 3 0 47 11 3 0
Quadro 5.8. Interação entre fatores para temperaturas superficiais superiores ou esquerda dos dispositivos.
135
Interações entre os fatores: Temperatura Superficial Inferior / Direita
Fator T M TxM E TxE MxE TxM O TxO MxO TxM ExO TxEx MxE TxM
Hora xE xO O xO xEx
O
0:30 X X X
1:00 X X X
1:30 X X X
2:00 X X X
2:30 X X X
3:00 X X X
3:30 X X X
4:00 X X X
4:30 X X X
5:00 X X X
5:30 X X X
6:00 X X X
6:30 X X X
7:00 X X X
7:30 X X X
8:00 X X X X
8:30 X X X X
9:00 X X X X
9:30 X X X X X
10:00 X X X X X X
10:30 X X X X X X
11:00 X X X X
11:30 X X X X
12:00 X X X X X
12:30 X X X X X X
13:00 X X X X X X X X
13:30 X X X X X X X X
14:00 X X X X X X X
14:30 X X X X X
15:00 X X X X X X
15:30 X X X X
16:00 X X
16:30 X X
17:00 X X
17:30 X X X
18:00 X X
18:30 X X X
19:00 X X X X
19:30 X X X X
20:00 X X X
20:30 X X X
21:00 X X X
21:30 X X X
22:00 X X X
22:30 X X X
23:00 X X X
23:30 X X X
24:00 X X X
Total 4 10 5 48 5 0 0 41 6 0 0 46 10 0 5
Quadro 5.9. Interação entre fatores para temperaturas superficiais inferiores ou direita dos dispositivos.
136
Embora a ocorrência de interações seja menor que para a variável anterior, essas
interações se distribuem entre várias relações entre fatores: tipologia (4 casos); material
(10 casos); tipologia x material (5 casos); tipologia x estação (5 casos); tipologia x
orientação (6 casos); tipologia x estação x orientação (10 casos); e tipologia x material x
estação x orientação (5 casos).
Para os verticais, esse dado não foi tão expressivo, pois recebem insolação em
ambas as faces em períodos distintos do dia.
Fator T M TxM E TxE MxE TxM O TxO MxO TxM ExO TxEx MxE TxM
xE xO O xO xEx
Variável O
V1
12 8 - 48 - - - 46 - - - 45 - - -
V2
16 10 - 43 8 3 - 45 11 3 - 47 11 3 -
V3
4 10 5 48 5 - - 41 6 - - 46 10 - 5
Quadro 5.10. Comparação entre os resultados da interação entre fatores para cada variável analisada. V1 –
Temperatura do Ar Interno dos Protótipos; V2 – Temperatura Superficial Superior ou Esquerda; e V3 –
Temperatura Superficial Inferior ou Direita.
137
5.4. Considerações finais
138
Com relação a tipologia de brise-soleil combinado, que obteve os melhores
resultados, algumas observações precisam ser consideradas. Este elemento proporcionou
um sombreamento maior que as demais, pois possui maior área de trama posicionada na
frente da superfície envidraçada. Além de reduzir a transmissão, aumenta a inércia térmica
do sistema e conseqüentemente, o atraso térmico. Porém, reduz muito a luz natural no
ambiente, e interfere significativamente na visibilidade para o exterior. Outro problema
desse elemento é o contraste de luz e sombra, gerado pela trama. É possível que outra
tipologia combinada formada por placas nos limites da superfície transparente resolva com
mais propriedade os aspectos negativos supracitados, porém irá resultar em incidência
direta dos raios normais à fachada quando posicionada na face oeste.
139
6. CONCLUSÕES
Esta pesquisa contribui para a discussão dos limites dos métodos gráficos, para
o projeto de dispositivos de sombreamento demonstrando a necessidade de considerar,
além da latitude e orientação da fachada, outros aspectos como as relações entre
tipologias e características físicas dos materiais construtivos.
142
A influência da tipologia nos resultados monitorados foi mais significativa que o
material, apontando um número maior de ocorrências, não somente entre os
dispositivos, mas na interação entre outros fatores, como estação, orientação, e
estação x orientação. Esse resultado confirma a importância da geometria de insolação,
ferramenta adequada à definição da tipologia.
143
áreas de obstrução distintas não resultaram em mesmo desempenho térmico, havendo
interferência nos dados da temperatura máxima interna, bem como no atraso térmico do
componente, principalmente para a fachada oeste.
144
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKER, G. Le Corbusier – uma análise da forma. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
145
BEHLING, S. Sol power. Munich: Prestel, 1996.
146
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pp. 11-121. London: Elsevier, 2002.
GERBI, A. O novo mundo: história de uma polêmica (1750-1900). São Paulo: Cia
das Letras, 1996. (apud SEGAWA, 2001).
--------------- Climate considerations in building and urban design. New York: John
Wiley & Sons, 1997.
GOODWIN, P. L. Brazil Builds. New York: The Museum of Modern Art, 1943.
147
JORGE, J.; PUIGDOMÈNECH, J.; CUSIDÓ, J. A. A practical tool for sizing optimal
shading devices. In Building and Environment, v. 28, n1, pp. 69-72. London: Elsevier,
1993.
KABRE, C. Winshade: a computer design tool for solar control. In Building and
Environmental, v. 34, pp. 263-274. London: Elsevier, 1999.
KENSEK, K. et al. Shading Mask: a teaching tool for sun shading devices.
Automation in Construction, 5, 1996, 219-231.
LABAKI, L. C., CARAM, R. M.; SICHIERI, E. P. Os vidros e o conforto ambiental. In.: III
Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano de Conforto no Ambiente Construído.
1995, Gramado. Anais... Porto Alegre: ANTAC, 1995. pp. 215-220.
LECHNER, N. Heating, cooling and lighting: design methods for architects. New
York: John Wiley & Sons, 2001.
148
LEMOS, Carlos A. C. Casa Paulista. São Paulo: EDUSP, 1999.
OLGAY, V.; OLGAY, A. Solar control and shading devices. Princeton: Princeton
University Press,1957.
SÁ, Paulo. A orientação dos edifícios nas cidades brasileiras. Rio de Janeiro,
Instituto Nacional de Tecnologia, 1942.
149
SERRA FLORENSA, R.; COCH ROURA, H. Arquitectura y energía natural.
Barcelona: UPC, 1995.
UNDERWOOD, D. Oscar Niemeyer and the architecture of Brazil. New York: Rizzoli,
1994.
150
ANEXOS
151
ANEXO I – Radiação Solar
Denomina-se radiação solar à energia emitida pelo sol e que se propaga sob
a forma de ondas eletromagnéticas, no espaço ou num meio material. Compõe o
espectro eletromagnético, representado em função do comprimento de onda (fig.).
. freqüência (Hz)
(> f)
22
10 10 20
10 18
10 16
10
14
10
12
1010 108 106 104 102
(Hz)
UV
.raios gama .raios x . infravermelho .microondas . TV rádio AM . .ondas longas
visível ondas curtas
(m)
10-12 10-10 10-8 10-6 10-4 10-2 1 102 104 106
(angstrom ) (1nm) (10nm) (100 nm) (1000 nm (10 µ) (100 µ) (1 mm) (1 cm) (10 cm) (1 m) (10 m) (100 m) (1 km) (10 km) (100 km) (1000 km)
ou 1 µ)
comprimento de onda (λ)
(> λ )
Fig.95. - Espectro eletromagnético (adaptado de TIPLER, 1995).
RADIAÇÃO SOLAR
ondas curtas (290 a 2500 nm)
ultravioleta visível infravermelho
UV C UV B UV A Onda curta Onda média Onda longa
100-280 nm 280-315 nm 315-380 nm 380-780 nm 780-1400 nm 1400-3000nm 3000-7000nm 7000-10000nm
153
O espectro solar é subdividido em três faixas de acordo com seu
comprimento de onda, estando associadas a diferentes fenômenos ou propriedades
que interferem no meio ambiente e afetam o homem1 de forma distinta:
2400
GSC, λ - Irradiância espectral, W/m2 µm
2000
1600
1200
800
400
0
0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6
Comprimento de onda, λ, µm Fig. 97 - Distribuição espectral da energia solar,
Fig. 96 - Irradiância espectral padrão da NASA/ASTM, na distância atmosfera nível do mar. (Fonte: CARAM 1998,
2
média entre o Sol e a Terra, e constante solar de 1353 W/m . modificada de ASHRAE Handbook of
(Fonte:DUFFIE & BECKMAN, 1980. p.5) Fundamentals, Chapter 27, Fenestration , 1993).
1
No anexo nn, informações acerca da influência de cada faixa de comprimento de onda das radiações UV, visível e IV.
154
Devido à excentricidade da órbita terrestre, a energia solar que incide no topo
da atmosfera varia em função da distância entre a Terra e o Sol, entretanto adota-se um
valor médio de constante solar2 de 1353 W/m2. A intensidade dessa radiação será
menor do que o valor da constante solar caso não seja perpendicular à direção de
propagação (fig.). Dessa forma, a latitude do local, a época do ano e o horário do dia
apresentam variações nos ângulos de incidência dos raios solares (fig.).
(a) Em função da latitude (Fonte: BARDOU & ARZOUMANIAN, 1980). (b) devido ao horário do dia. (Fonte: FROTA, 2004)
Fig. 100. Radiação solar que atravessa diferentes espessuras da camada atmosférica.
2
Constante Solar: é definida como “... a energia vinda do sol, por unidade de tempo, recebida em uma unidade de área de
superfície perpendicular à direção de propagação da radiação, a uma distância média entre a Terra e o Sol, fora da atmosfera.”
Seu valor é 1353 W/m , obtido em medições com precisão de ±1,5% pela NASA/ASTM.
2
155
Gráficos de radiação solar3
(a) Nebulosidade 0 – céu limpo (b) Nebulosidade 5 – nublado (c) Nebulosidade 10 – encoberto
Fig. 101. Variação dos valores de radiação solar direta no plano horizontal, com diferentes condições de nebulosidade. Latitude 23º 30’ S.
3
Resultados simulados pelo software Luz do Sol, de Maurício Roriz.
156
Essa energia sofre os fenômenos de reflexão, absorção e dispersão ou difusão,
por causa dos elementos químicos que a compõe (ozônio, dióxido de carbono, e vapor
d’água), das partículas e outros materiais em suspensão, bem como das condições
atmosféricas como a nebulosidade (fig).
Topo da
ATMOSFERA
%
a = refletida no solo 5
b = refletida pelas nuvens 20
c = absorvida pela atmosfera 25
d = difusa, no solo 23
e = direta, no solo 27
Total no solo 50
SOLO
Fig. 102. Passagem da radiação solar pela atmosfera. (Fonte: adaptado de KOENIGSBERGER et al., 1980. p.7)
157
Segundo Givoni (1981), conforme a radiação solar penetra na atmosfera sua
intensidade decresce e a distribuição espectral sofre alterações provocadas pela
absorção, reflexão e dispersão.
Para Olgyay & Olgyay (1957) a questão do controle da radiação solar deve
considerar sua composição espectral, pois suas características particulares demandam
diferentes estratégias de controle. Assim, a radiação ultravioleta com comprimento de
onda acima de 290nm que atravessa a camada de ozônio, embora apresente
vantagens terapêuticas, é barrada também pelo vidro comum que é opaco ao seu
comprimento de onda. Já os referentes a descoloração dos materiais podem ser
minimizados e até eliminados com a utilização de películas poliméricas aplicadas aos
vidros. No caso da luz visível, a função da janela é admitir luz suficiente e reduzir o
brilho e contraste. Segundo os autores, é fácil realizar seu controle no interior do
ambiente construído. Com relação ao infravermelho, alertam para a vulnerabilidade da
envoltória, pois essa radiação é considerada de difícil controle e seu impacto no
ambiente é o mais representativo ao desempenho da edificação.
4
Radiação de onda curta: tem seu espectro compreendido entre 300 e 3000nm, e inclui os componentes direto e difuso.
158
Radiação Infravermelha
Duffie & Beckman (1980), lembram que embora os limites do infravermelho não
sejam bem definidos são considerados num intervalo entre 780 e 10.000nm, dividido
em três faixas de acordo com seu comprimento de onda e de sua fonte de origem.
INFRAVERMELHO
Onda curta (próximo) Onda média Onda longa (longínquo)
780-1400 nm 1400-3000nm 3000-7000nm 7000-10000nm
Radiação solar infravermelha 780 a 2500nm Radiação térmica – corpos em temperaturas ordinárias
Radiação de onda longa: valores acima de 3000nm compõe seu espectro e originasse em fontes com temperaturas próximas à
ambiente. (DUFFIE & BECKMAN 1980)
159
Características do infravermelho a serem consideradas:
160
ANEXO II – Cálculo do Painel Equivalente
Características da parede:
Material Dimensões
2
λ ρ c
L (m) C (m) e (m) A (m ) (W/( m.K)) (kg/m )
3
(kJ/(kg.K))
Tijolo de barro maciço 0,22 0,045 0,10 0,0099 0,90 1600 0,92
Argamassa comum 0,22 0,015 0,10 0,0042 1,15 2000 1,00
0,015 0,06
(cimento)
Tabela 13. Propriedades térmicas de materiais – tijolo e argamassa. (Fonte: Tabela B3 – Propriedades térmicas de materiais.
Projeto de Norma 02:135.07-002 Desempenho térmico de edificações – Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica, da
capacidade térmica, do atraso térmico e do fator de calor solar de elementos e componentes de edificações. Dezembro 1998, pg.
13-15.)
161
Resistências térmicas dos materiais: R = e/λ
Rt = 0,1114 (m2.K) / W
RT = 0,2814 (m2.K) / W
Transmitância térmica
U = 1 / RT = 1 / 0,2814
U = 3,55 W / (m2.K)
162
Capacidade térmica da parede (componente heterogêneo)
CT = 174,60 kJ / (m2.K)
Atraso térmico
ϕ = 3,21 horas
FS = 4 . U . α = 4 . 3,55 . 0,20
FS = 2,84 %
163
Dados dos materiais:
Material Dimensões λ ρ c
2
L (m) C (m) e (m) A (m ) 3
(kJ/(kg.K))
(W/( m.K)) (kg/m )
- madeira compensada:
Capacidade térmica:
164
Atraso térmico
ϕ = 1,27 horas
- madeira compensada:
- madeira compensada:
Rt = 0,1917 (m2.K) / W
CT = Σ e . ρ . c
ϕ = 1,382 . Rt . B1 + B2
onde,
Bo
B1 = 0,226 .
Rt
B0 = CT – CText
166
0,18
B1 = 0,226 . = 0,21
0,1917
(0,15.500.2,30) (0,1917 − 0,0667 )
B2 = 0,205 . . (0,0667 - )
0,1917 10
Nessa simulação, o atraso térmico ficou muito abaixo dos valores da parede de tijolos.
- madeira compensada:
Rt = 0,7584 (m2.K) / W
167
Capacidade térmica do painel: CT = Σ e . ρ . c
ϕ = 1,382 . Rt . B1 + B2
onde,
Bo
B1 = 0,226 .
Rt
B0 = CT – CText
12,3875
B1 = 0,226 . = 3,6914
0,7584
(0,15.500.2,30) (0,7584 − 0,0667)
B2 = 0,205 . . (0,0667 - )
0,7584 10
ϕ = 1,382 . Rt . B1 + B2
Embora a resistência térmica do painel tenha sido maior, o atraso térmico ainda
ficou abaixo do valor da parede de tijolos.
168
ANEXO III – Cálculo do Horário Solar
HORÁRIO SOLAR
Cálculo da longitude de Campinas 47º 03’ (ou - 47,05) traduzida em horas (λ),
sendo cada 15º = 1 hora, e 1º = 4 minutos, então:
TU = TSV + ET - λ
onde:
TU é a hora universal (tempo universal);
TSV é a hora local (tempo solar verdadeiro);
λ =é a longitude traduzida em horas;
ET é a equação do tempo, com ET ≤ 16 minutos. Dados obtidos sob consulta ao gráfico(fig.) ou
calculado (fig.).
1
resultado da irregularidade da rotação terrestre, sobretudo as variações de velocidade angular em torno do sol.
169
Fig.103. – Valores da equação do tempo, em minutos. (Fonte: JAN, 1983 apud BITTENCOURT, 1996)
170
No quadro abaixo apresentam-se os valores da equação do tempo para a
cidade de Campinas (latitude 22º 54’, longitude 47º 03’), para os períodos monitorados
no ano de 2004. Calculado com auxílio do programa “calculadora solar” disponível no
site http://darwin.futuro.usp/site/sky/atividades/c_calculadora.
171
27/03 -5,40 11:57:04 - 02 min, 56 seg
28/03 -5,10 11:56:46 - 03 min, 14 seg
29/03 -4,79 11:56:28 - 03 min, 32 seg
30/03 -4,49 11:56:10 - 03 min, 50 seg
31/03 -4,19 11:55:52 - 04 min, 08 seg
Norte
172
APÊNDICE
173
Temperatura do Ar Externo - Norte
Temperatura do Ar Exteerno - Verão - Norte
35,00
35,00
30,00 30,00
Média
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºC)
25,00 25,00
dia 11/01
Dia 11/01
dia 12/01
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Horário (hs)
Fig. 105 - Temperatura do ar externo - média e dias do intervalo de 10 a Fig. 107 - Temperatura do ar externo - média da seleção de dias do intervalo
175
35,00 35,00
30,00 30,00
Ar Externo Ar Externo
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºC)
25,00 25,00
Ar Interno - Referência Ar Interno - Referência
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Fig. 106 - Temperaturas médias do ar, externo e interno dos protótipos. Fig. 108. Temperaturas médias do ar externo e interno dos protótipos (seleção
de dias).
Temperatura do Ar - dia 10/01 - Norte Temperatura do Ar - Dia 12/01 - Norte
35,00 35,00
30,00 30,00
Ar Externo Ar Externo
Temepratura (ºC)
Temperatura (ºC)
25,00 25,00
Ar Interno - Referência Ar Interno - Referência
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs) Horário (hs)
Fig. 109. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 10/01. Fig. 111. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 12/01.
176
(não selecionado)
Temperatura do Ar - Dia 13/01 - Norte
Temperatura do Ar - dia 11/01 - Norte
35,00
35,00
30,00
30,00
Ar Externo
Temperatura (ºC)
Ar Externo 25,00
Temperatura (ºC)
25,00
Ar Interno - Referência
Ar Interno -
Referência
Ar Interno - Elemento Ar Interno - Elemento
20,00 Vazado 20,00 Vazado
Ar Interno - Brise Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
Horizontal Madeira
Ar Interno - Brise
15,00 Horizontal Madeira
Ar Interno - Brise 15,00
Vertical Concreto Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira Ar Interno - Brise
10,00 Vertical Madeira
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Horário (hs)
Fig. 110.. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 11/01. Fig. 112. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 13/01.
Temperatura do Ar - Dia 14/01 - Norte Temperatura do Ar - Dia 16/01 - Norte
35,00 35,00
30,00 30,00
Ar Externo Ar Externo
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºC)
25,00 25,00
Ar Interno - Referência Ar Interno - Referência
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
Horário (hs) Horário (hs)
Fig. 113. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 14/01. Fig. 115. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 16/01.
(não selecionado)
177
35,00 35,00
30,00 30,00
Ar Externo Ar Externo
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºC)
25,00 25,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs) Horário (hs)
Fig. 114. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 15/01. Fig. 116. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 17/01.
(não selecionado)
Temperatura do Ar - Dia 18/01 - Norte
35,00
30,00
Ar Externo
Temperatura (ºC)
25,00
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Elemento
20,00 Vazado
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
Horizontal Madeira
15,00
Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
178
Fig. 117. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 18/01.
Temperatura do Ar Externo - Oeste Temperatura do Ar - dia 09/02 - Oeste
35 35
30 30
Temperatura (ºC)
25
Temperatura (ºC)
25
Verão
Ar Externo
Interno - Referência
20 20 Interno - Elemento
Vazado
Interno - Brise
Horizontal Concreto
Interno - Brise
15 15 Horizontal Madeira
Média Interno - Brise Vertical
Concreto
Dia 09/02
Interno - Brise Vertical
Dia 10/02 madeira
10 10
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs) Horário (hs)
Fig. 118. Temperatura do ar externo - média e dias do intervalo de 09 e Fig. 120. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 09/02.
10/02/2004.
179
35 35
30 30
Ar Externo
Temperatura (ºC)
25 25 Ar Externo
Temperatura (ºC)
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Elemento
Vazado 20 Ar Interno - Elemento
20 Vazado
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise Ar Interno - Brise
Horizontal Madeira 15 Horizontal Madeira
15
Ar Interno - Brise Vertical Ar Interno - Brise Vertical
Concreto Concreto
Ar Interno - Brise Vertical Ar Interno - Brise Vertical
Madeira Madeira
10 10
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Fig. 119. Temperaturas médias do ar, externo e interno dos protótipos. Fig. 121. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 10/02.
Outono - fachada oeste: de 18 a 25 de março:
Temperatura Ar Externo - Oeste
Temperatura do Ar Externo - Oeste
35,00
30,00
30,00
25,00
Temperatura (ºC)
25,00
Outono
Média
Temperatura (ºC)
Dia 20/03
Média 20,00
20,00 Dia 18/03
Dia 21/03
Dia 19/03
Dia 20/03 Dia 22/03
Dia 21/03
15,00 15,00 Dia 23/03
Dia 22/03
Dia 23/03
Dia 24/03
Dia 24/03
Dia 25/03 Dia 25/03
10,00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Horário (hs)
Fig. 122. Temperatura do ar externo - média e dias do intervalo de 18 a Fig. 124. Temperatura do ar externo - média da seleção de dias do intervalo
25/03/2004. de 20 a 25/03/2004
180
30,00
30,00
Ar Externo
Ar Externo
Temperatura (ºC)
25,00
Temperatura (ºC)
25,00
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Elemento
Ar Interno - Elemento
20,00 Vazado
20,00 Vazado
Ar Interno - Brise Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise Ar Interno - Brise
Horizontal Madeira Horizontal Madeira
15,00 15,00
Ar Interno - Brise Ar Interno - Brise
Vertical Concreto Vertical Concreto
Ar Interno - Brise Ar Interno - Brise
Vertical Madeira Vertical Madeira
10,00 10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs) Horário (hs)
Fig. 123. Temperaturas médias do ar, externo e interno dos protótipos. Fig. 125. Temperaturas médias do ar externo e interno dos protótipos
(seleção de dias).
Temperatura do Ar - Dia 18/03 - Oeste Temperatura do Ar - Dia 20/03 - Oeste
35,00
35,00
30,00
30,00
Ar Externo Ar Externo
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºC)
25,00 25,00
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Elemento
Ar Interno - Elemento
Vazado
20,00 20,00 Vazado
Ar Interno - Brise
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Horizontal Concreto
ar Interno - Brise
Horizontal Madeira Ar Interno - Brise
15,00 Horizontal Madeira
Ar Interno - Brise 15,00
Vertical Concreto Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira Ar Interno - Brise
10,00 Vertical Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Horário (hs)
Fig. 126. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 18/03. Fig. 128. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 20/03.
181
(não selecionado)
35,00
35,00
30,00
30,00
Ar Externo
Ar Externo
Temperatura (ºC)
25,00
Temperatura (ºC)
25,00
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Elemento
vazado Ar Interno - Elemento
20,00 Vazado
20,00
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
Horizontal Madeira Ar Interno - Brise
15,00 Horizontal Madeira
Ar Interno - Brise 15,00
Vertical Concreto Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira Ar Interno - Brise
10,00 Vertical Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Horário (hs)
Fig. 127. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 19/03. Fig. 129. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 21/03.
(não selecionado)
Temperatura do Ar - Dia 22/03 - Oeste
Temperatura do Ar - Dia 24/03 - Oeste
35,00
35,00
30,00
30,00
Ar Externo
Ar Externo
Temperatura (ºC)
25,00
Temperatura (ºC)
25,00
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Elemento
Vazado Ar Interno - Elemento
20,00 Vazado
20,00
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
Horizontal Madeira Ar Interno - Brise
15,00 Horizontal Madeira
15,00
Ar Interno - Brise
Vertical Concreto Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira Ar Interno - Brise
Vertical Madeira
10,00
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Horário (hs)
Fig. 130. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 22/03. Fig. 132. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 24/03.
182
35,00 35,00
30,00
30,00
Ar Externo
Ar Externo
25,00
(temperatura (º)
Temperatura (ºC)
25,00
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Elemento
Ar Interno - Elemento
20,00 Vazado
20,00 Vazado
Ar Interno - Brise
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
Ar Interno - Brise
Horizontal Madeira
15,00 Horizontal Madeira
15,00
Ar Interno - Brise
Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira
Vertical Madeira
10,00
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Horário (hs)
Fig. 131. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 23/03. Fig. 133. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 25/03.
Temperatura do Ar Externo - Outono - Norte Temperatura do Ar Externo - Outono - Norte
35,00 35,00
30,00 30,00
Médias
Dia 27/03
25,00
Temperatura (ºC)
25,00
Temperatura (ºC)
Média
10,00 10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs) Horário (hs)
Fig. 134.. Temperatura do ar externo - média e dias do intervalo de 27/03 a Fig. 136. Temperatura do ar externo - média seleção de dias do intervalo de
04/04/2004. 28/03 a 02/04/200. (dias 28, 29, e 31/03, e 01 e 02/04)
183
Temperatura do Ar - Médias 27/03 a 04/04 - Norte Temperatura do Ar - Médias 28/03 a 02/04 - Norte
35,00 35,00
30,00 30,00
Ar Externo Ar Externo
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºC)
25,00 25,00
Ar Interno - Referência Ar Interno - Referência
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs) Horário (hs)
Fig. 135.. Temperaturas médias do ar, externo e interno dos protótipos. Fig. 137. Temperaturas médias do ar externo e interno dos protótipos
(seleção de dias).
Temperatura do Ar - Dia 27/03 - Norte Temperatura do Ar - Dia 29/03 - Norte
35,00 35,00
30,00 30,00
Ar Externo Ar Externo
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºC)
25,00 25,00
Ar Interno - Referência Ar Interno - Referência
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs) Horário (hs)
Fig. 138. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 27/03. Fig. 140. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 29/03.
(não selecionado)
184
35,00 35,00
30,00 30,00
Ar Externo Ar Externo
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºC)
25,00 25,00
Ar Interno - Referência Ar Interno - Referência
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Fig. 139. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 28/03. Fig. 141. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 30/03.
(não selecionado)
Temperatura do Ar - Dia 31/03 - Norte Temperatura do Ar - Dia 02/04 - Norte
35,00 35,00
30,00 30,00
Ar Externo Ar Externo
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºC)
25,00 25,00
Ar Interno - Referência Ar Interno - Referência
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs) Horário (hs)
Fig. 142. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 31/03. Fig. 144. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 02/04.
185
35,00 35,00
30,00 30,00
Ar Externo Ar Externo
Temepratura (ºC)
Temperatura (ºC)
25,00 25,00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Fig. 143. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 01/04. Fig. 145. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 03/04.
(não selecionado)
Temperatura do Ar - Dia 04/04 - Norte
35,00
30,00
Ar Externo
Temperatura (ºC)
25,00
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Elemento
20,00 Vazado
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
Horizontal Madeira
15,00
Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Fig. 146. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 04/04.
(não selecionado)
186
Temperatura do Ar Externo - 26/06 a 01/07 - Oeste
Temperatura do Ar - Dia 26/06 - Oeste
35,00
35,00
30,00
30,00
Média Ar Externo
Tempertaura (ºC)
Temperatura (ºC)
25,00
Dia 26/06 Ar Interno - Referência
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Horário (hs)
Fig. 147. Temperatura do ar externo - média e dias do intervalo de 26/06 a Fig. 149. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 26/06.
01/07/2004.
187
35,00
30,00
30,00
Ar Externo
Temperatura (ºC)
25,00
Ar Externo
Temperatura (ºC)
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Horário (hs)
Fig. 148. Temperaturas médias do ar, externo e interno dos protótipos. Fig. 150. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 27/06.
Temperatura do Ar - Dia 28/06 - Oeste
Temperatura do Ar - Dia 30/06 - Oeste
35,00
35,00
30,00
30,00
Ar Externo
Ar Externo
Temperatura (ºC)
25,00
Temperatura (ºC)
25,00
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Elemento
Vazado Ar Interno - Elemento
20,00 Vazado
20,00
Ar Interno - Brise Horizontal
Concreto Ar Interno - Brise Horizontal
Concreto
Ar Interno - Brise Horizontal
Madeira Ar Interno - Brise Horizontal
15,00 Madeira
15,00
Ar Interno - Brise Vertical
Concreto Ar interno - Brise Vertical
Concreto
Ar Interno - Brise Vertical
Madeira Ar Interno - Brise Vertical
10,00 Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Horário (hs)
Fig. 151. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 28/06. Fig..153. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 30/06.
188
35,00
30,00
30,00
Ar Externo
Temperatura (ºC)
25,00
Ar Externo
Temperatura (ºC)
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Elemento
Vazado
Ar Interno - Elemento 20,00
Vazado Ar Interno - Brise Horizontal
20,00
Concreto
Ar Interno - Brise Horizontal
Concreto Ar Interno - Brise Horizontal
Madeira
Ar Interno - Brise Horizontal 15,00
Madeira Ar Interno - Brise Vertical
15,00
Concreto
Ar Interno - Brise Vertical
Concreto Ar Interno - Brise Vertical
Madeira
Ar Interno - Brise Vertical 10,00 0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Horário (hs)
Fig. 152. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 29/06. Fig. 154. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 01/07.
Temperatura do Ar Externo - Inverno - Norte
Temperatura do Ar - Dia 03/07 - Norte
35,00
35,00
30,00
30,00
Ar Externo
Temperatura (ºC)
25,00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Horário (hs)
Fig. 155. Temperatura do ar externo - média e dias do intervalo de 03 a Fig. 157. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 03/07.
07/07/2004.
189
35,00 35,00
30,00 30,00
Ar Externo Ar Externo
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºC)
25,00 25,00
Ar Interno - Referência Ar Interno - Referência
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
Horário (hs) Horário (hs)
Fig. 156. Temperaturas médias do ar, externo e interno dos protótipos. Fig. 158. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 04/07.
Temperatura do Ar - Dia 05/07 - Norte
Temperatura do Ar - 07/07 - Norte
35,00
35,00
30,00
30,00
Ar Externo
Ar Externo
Temperatura (ºC)
25,00
Temperatura (ºC)
25,00
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Elemento
Ar Interno - Elemento
Vazado
20,00 Vazado
20,00
Ar Interno - Brise
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
Ar Interno - Brise
Horizontal Madeira
15,00 Horizontal Madeira
Ar Interno - Brise 15,00
Ar Interno - Brise
Vertical Concreto
Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira
10,00 Vertical Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Horário (hs)
Fig. 159. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 05/07. Fig. 161. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 07/07.
190
35,00
30,00
Ar Externo
Temperatura (ºC)
25,00
Ar Interno - Referência
Ar Interno - Elemento
Vazado
20,00
Ar Interno - Brise
Horizontal Concreto
Ar Interno - Brise
Horizontal Madeira
15,00
Brise Vertical Concreto
Ar Interno - Brise
Vertical Madeira
10,00
0:00
1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24.00
Horário (hs)
Fig. 160. Temperaturas do ar, externo e interno dos protótipos, no dia 06/07.