Leiorganicacomemendas Oficio 20210419121839
Leiorganicacomemendas Oficio 20210419121839
Leiorganicacomemendas Oficio 20210419121839
DO
MUNICÍPIO DE CONTAGEM
Nós, representantes do povo de Contagem, investidos pela Constituição da República para elaborar a lei
basilar de ordem municipal autônoma e democrática, que fundada na participação direta da sociedade
civil, instrumentalize a descentralização e a desconcentração do poder político como forma de assegurar
ao cidadão o controle do seu exercício, o acesso de todos à cidadania plena e à convivência em uma
sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, sob o império de justiça social e, sob a proteção de
Deus, promulgamos a seguinte Lei Orgânica Municipal:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 2º São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo.
Parágrafo único. Salvo as exceções previstas nesta Lei Orgânica, é vedado a qualquer dos Poderes delegar
atribuição e, a quem for investido na função de um deles, exercer a de outro.
Art. 4º São objetivos prioritários do Município, além daqueles previstos no art. 166 da Constituição do
Estado:
I– garantir, no âmbito de sua competência, a efetividade dos direitos fundamentais da pessoa humana,
administrando com transparência de seus atos e ações, com moralidade, com participação popular nas
decisões e com a descentralização administrativa;
II– assegurar a permanência da cidade enquanto espaço viável e de vocação histórica, que possibilite o
efetivo exercício da cidadania;
III– colaborar com os Governos Federal e Estadual na construção de uma sociedade livre, justa e
solidária;
IV– proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a dignidade humana, a justiça
social, a liberdade de pensamento e o bem comum;
V– priorizar o atendimento das demandas sociais de educação, saúde, transporte, moradia,
abastecimento, lazer e assistência social;
VI– preservar a sua identidade cultural e artística, registrando-a, divulgando-a e valorizando-a.
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Art. 5º O Município assegura, no seu território e nos limites de sua competência, os direitos e garantias
fundamentais que as Constituições da República e do Estado conferem aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País.
§1º Nenhuma pessoa será discriminada, ou de qualquer forma prejudicada, pelo fato de litigar com órgão
ou entidade municipal, no âmbito administrativo ou judicial.
§2º Incide na penalidade de destituição de mandato administrativo ou de cargo ou função de direção, em
órgão ou entidade da administração pública, o agente público que deixar, injustificadamente, de sanar,
dentro de 30 (trinta) dias da data do requerimento do interessado, omissão que inviabilize o exercício do
direito constitucional.
§3º Nos processos administrativos, qualquer que seja o objeto e o procedimento, observar-se- ão, entre
outros, requisitos de validade, a publicidade, o contraditório, a defesa ampla e o despacho ou a decisão
motivados.
§4º Todos têm o direito de requerer e obter informação sobre projetos e serviços de Poder Público,
ressalvada aquela cujo sigilo seja, temporariamente, imprescindível à segurança da sociedade e do
Município, nos termos da lei, que fixará também o prazo em que deva ser prestada a informação.
§5º Independe de pagamento de taxa, ou de emolumentos, ou de garantia de instância, o exercício do
direito de petição ou representação, bem como a obtenção de certidão para a defesa de direito a
esclarecimento de interesse pessoal.
§6º É direito de qualquer cidadão e entidade legalmente constituída denunciar às autoridades competentes
a prática, por órgão ou entidade pública ou por empresas concessionárias ou permissionárias de serviços
públicos, de atos lesivos aos direitos dos usuários, cabendo ao Poder Público apurar sua veracidade e
aplicar as sanções cabíveis, sob pena de responsabilidade.
§7º Será punido, nos termos da lei, o agente público que, no exercício de sua atribuições e
independentemente da função que exerça, violar direito constitucional do cidadão.
§8º Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente
de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
§9º O Poder Público Municipal coibirá todo e qualquer ato discriminatório em seus órgãos e entidades,
e estabelecerá formas de punição, como cassação de alvará a clube, bares e outros estabelecimentos que
pratiquem tais atos.
TÍTULO III
DO MUNICÍPIO
CAPÍTULO I
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
SEÇÃO I
DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA
Art. 6º Ao Município compete prover a tudo quanto diga respeito ao seu peculiar interesse e ao bem-
estar de sua população, cabendo-lhe, privativamente, dentre outras, as seguintes atribuições:
I– legislar sobre assuntos de interesse local;
II– suplementar a legislação federal e a estadual no que lhe couber;
III– promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante:
a) elaboração do Plano Diretor;
b) planejamento e controle do uso e ocupação do solo;
c) estabelecimento de normas e controle do parcelamento do solo;
d) estabelecimento de normas de edificação.
IV– criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
V– promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação
fiscalizadora federal e estadual;
VI– promover o ordenamento das atividades urbanas, mediante:
a) estabelecimento de normas e posturas municipais;
b) concessão de licença para localização e funcionamento dos estabelecimentos industriais,
comerciais, de prestação de serviços e quaisquer outros;
c) estabelecimento das condições e dos horários de funcionamento das atividades;
d) fiscalização e exercício de poder de polícia administrativa, fazendo cessar as atividades que
violem as normas deinteresse da coletividade;
e) fiscalização da produção, da conservação, do comércio e do transporte de gênero alimentício e
produto farmacêutico destinados ao abastecimento público, bem como de substância
potencialmente nociva ao meioambiente, à saúde e ao bem-estar da população.
VII– estabelecer e impor penalidade por infração de suas leis e regulamentos;
VIII– elaborar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento, garantido- se ampla
participaçãopopular na elaboração da programação anual;
IX– instituir e arrecadar tributos de sua competência, fixar e cobrar preços, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
X– organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de
interesselocal, notadamente:
a) transportes públicos, incluindo-se o transporte público por coletivo, táxi e especial, bem como a
construção, regulamentação e manutenção do sistema viário e dos equipamentos públicos de
transporte;
b) saneamento, incluindo-se abastecimento de água, drenagem urbana, limpeza pública, coleta e
destinação dosesgotos sanitários e do lixo urbano;
c) iluminação pública;
d) serviços funerários e cemitérios.
XI– manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-
escolar e deensinos fundamental e médio;
XII– prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à
saúde dapopulação;
XIII– regulamentar as disposições e o uso dos bens públicos de uso comum;
XIV– estabelecer servidão administrativa e adquirir bens, inclusive mediante
desapropriação por necessidade ouutilidade pública ou interesse social;
XV– dispor sobre a administração, utilização e alienação de seus bens;
XVI– criar guarda municipal para proteção dos bens, serviços e instalações municipais;
XVII– dispor sobre a organização dos serviços administrativos;
XVIII– organizar os quadros e estabelecer o regime jurídico único dos servidores públicos, observada a
respectivahabilitação profissional;
XIX– assegurar a expedição de certidão requerida à repartição administrativa municipal, para defesa de
direitos eesclarecimento de situações.
SEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA COMUM
SEÇÃO III
DO DOMÍNIO PÚBLICO
Art. 8º Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer
título,pertençam ao Município.
Art. 9º Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a competência da Câmara
quanto àquelesutilizados em seus serviços.
Art. 10 - A aquisição de bem imóvel, a título oneroso, depende de avaliação prévia e de autorização
legislativa, exigida ainda, para a alienação, a licitação, salvo nos casos de permuta e doação, observada
a lei.
§1º A alienação de bem móvel depende de avaliação prévia e de licitação, dispensável esta, na forma da
lei, nos casos de:
I– doação;
II - permuta.
§2º O uso especial de bem patrimonial do Município por terceiro será objeto, na forma da lei, de:
I– concessão, mediante contrato de direito público, remunerada ou gratuita, ou a título de direito real
resolúvel;
II– permissão;
III– cessão;
IV– autorização.
Art. 11 – Os bens imóveis, públicos edificados, de valor histórico arquitetônico ou artístico, somente
podem serutilizados mediante autorização e para finalidades culturais.
Art. 12 – Os bens do patrimônio municipal devem ser cadastrados, zelados e tecnicamente identificados,
especialmente as edificações de interesse administrativo, as terras públicas e a documentação dos
serviços públicos.
Parágrafo Único – O cadastramento e a identificação técnica dos bens do Município devem ser
anualmente atualizados, garantindo-se o acesso às informações neles contidos.
Art. 13 – É vedado ao Poder Público edificar, descaracterizar ou abrir vias públicas em praças, parques,
reservas ecológicas e espaços tombados pelo Município, ressalvadas as construções estritamente
necessárias à preservação e ao aperfeiçoamento das mencionadas áreas.
CAPÍTULO II
DAS VEDAÇÕES
CAPÍTULO III
DA DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO
Art. 16 – É mantido o atual território do Município, cujos limites só podem ser alterados nos termos da
Constituição do Estado.
Parágrafo Único – Depende de lei a criação, organização e supressão de Distritos ou Subdistritos,
observada a legislação estadual.
SEÇÃO I
DAS ADMINISTRAÇÕES REGIONAIS
Art. 17 – O Município poderá ser divido em Administrações Regionais, através de lei municipal de
iniciativa do Poder Executivo, definindo-lhes as atribuições.
Parágrafo Único – A Administração Regional será designada pelo nome da respectiva sede.
Art. 18 – São condições para a instalação da Administração Regional:
I – população local superior a 25.000 (vinte e cinco mil) habitantes;
II– mais de 10.000 (dez mil) eleitores;
III– existência de, pelo menos 5.000 (cinco mil) moradias, de escola pública e de unidade de saúde;
IV– atendimento às diretrizes do Plano Diretor.
SEÇÃO II
DOS SERVIÇOS E OBRAS PÚBLICAS
Art. 21 – Lei Municipal disporá sobre a organização, funcionamento e fiscalização dos serviços públicos
e de utilidade pública, prestados sob regime de concessão ou permissão, incumbindo, aos que os
executarem, sua permanente atualização e adequação às necessidades dos usuários.
§1º O Município poderá retomar os serviços permitidos ou concedidos, desde que:
I– sejam executados em desconformidade como o termo ou contrato, ou que se revelarem insuficientes
para o atendimento dos usuários;
II– haja ocorrência de paralisação unilateral por parte dos concessionários ou permissionários;
III – seja estabelecida a sua prestação direta pelo Município.
§2º A permissão de serviço de utilidade pública, sempre a título precário, será autorizada por decreto e
prazo não superior a 90 (noventa) dias, após edital de chamamento de interessados para a escolha do
melhor pretendente, procedendo-se às licitações com estrita observância da legislação federal.
§3º A concessão só será feita com autorização legislativa, mediante contrato, observada a legislação
específica de licitação e contratação.
§4º Os concessionários e permissionários sujeitar-se-ão à regulamentação específica e ao controle
tarifário do Município.
§5º Em todo ato de permissão ou contrato de concessão, o Município se reservará o direito de averiguar
a regularidade do cumprimento da legislação trabalhista pelo permissionário ou concessionário.
CAPÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 25 – A administração pública direta é a que compete a órgão de qualquer dos Poderes do Município.
Art. 28 – Para o procedimento de licitação, obrigatório para contratação de obra, serviço, compra,
alienação e concessão, o Município observará as normas gerais expedidas pela União e normas
suplementares.
Art. 29 – As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, sendo obrigatória a
regressão, no prazo estabelecido em lei, contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa.
Art. 31 – A publicação das leis e atos municipais será feita pelo órgão oficial do Município.
§1º Nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação.
§2º A publicação dos atos não normativos poderá ser resumida.
SEÇÃO ÚNICA
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 36 – A atividade administrativa permanente é exercida:
I– em qualquer dos Poderes do Município, nas autarquias e nas fundações públicas, por servidor público,
ocupante de cargo público, em caráter efetivo ou em comissão, ou de função pública, observada a
qualificação profissional adequada;
II– nas sociedades de economia mista, empresas públicas e demais entidades de direito privado sob
controle direto ou indireto do Município, por empregado público, ocupante de emprego público ou
função de confiança.
Art. 37 - Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos que preenchem os requisitos
estabelecidos emlei.
Art. 37 - Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em Lei, assim como aos estrangeiros, na forma da Lei. (Redação dada pela
Emenda a Lei Orgânica nº19, de 31 de janeiro de 2000)
§1º A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão, declarado em lei de
livre nomeação e exoneração, observada a qualificação referente ao cargo.
§1º A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista, em Lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão, declarado em Lei de livre nomeação
e exoneração. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
§1º A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão, declarado em lei de
livre nomeação e exoneração, e a contratação de agente comunitários de saúde e de combate às endemias
que poderão ser admitidos por meio de processo seletivo público de provas e títulos; (Redação dada pela
Emenda a Lei Orgânica nº 28, de 14 de agosto de 2007)
§2º O prazo de validade de concurso público é de dois anos, prorrogável, uma vez, por igual período.
§3º Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em concurso público
será convocado, observada a ordem de classificação, com prioridade sobre novos concursados, para
assumir o cargo ou emprego na carreira.
§4º A inobservância do disposto nos §§1º a 3º deste artigo implica nulidade do ato e punição da
autoridade responsável, nos termos da lei.
Art. 38 – A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para atender a necessidade
temporáriade excepcional interesse público.
Art. 38 – A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de
janeiro de 2000)
Parágrafo Único – O disposto no artigo não se aplica a funções de magistério.
Art. 39 - Os cargos em comissão e as funções de confiança, com exceção daqueles de assessoria, serão,
preferencialmente, exercidos por servidores ocupantes de cargos de carreira técnica ou profissional.
Art. 39 - As funções de confiança exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e
os cargos em comissão a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
(Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
Parágrafo Único – Em entidade da administração indireta, pelo menos um cargo ou função de direção
superior será provido por servidor ou empregado de carreira da respectiva instituição.
§1º Em entidade da administração indireta, pelo menos um cargo ou função de direção superior será
provido por servidor ou empregado de carreira da respectiva instituição. (Renumerado pela Emenda a
Lei Orgânica nº 31, de30 de junho de 2011)
§2º Para o provimento de cargos, empregos e funções públicas de quaisquer dos Poderes do Município,
das autarquias e fundações públicas municipais, cujas atribuições impliquem direção ou chefia, é vedada
a nomeação daqueles considerados inelegíveis para qualquer cargo, nos termos da legislação federal.
(Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 31, de 30 de junho de 2011)
§3º Não poderão prestar serviço, cujas atribuições impliquem em direção ou chefia, em órgãos ou
entidades de quaisquer dos Poderes do Município, autarquias e fundações públicas municipais, os
trabalhadores das empresas contratadas considerados inelegíveis para qualquer cargo, nos termos da
legislação federal. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 31, de 30 de junho de 2011)
§4º Fica o Servidor nomeado ou designado obrigado a apresentar, antes da posse, declaração de que não
incorre na proibição do §2º. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 31, de 30 de junho de
2011)
§5º Ficam as empresas contratadas obrigadas a apresentar ao contratante, antes do início da execução do
contrato, declaração de que os trabalhadores não incorrem na proibição do §3º. (Parágrafo incluído pela
Emenda a Lei Orgânica nº 31, de 30 de junho de 2011)
Art. 40 - A revisão geral da remuneração do servidor público, sob um índice único, far-se-á sempre no
dia 1º (primeiro) dia do mês de maio de cada ano, ficando, entretanto, assegurada a preservação periódica
de seu poder aquisitivo, na forma de lei, que observará os limites previstos na Constituição da República.
Art. 40 - A remuneração dos servidores públicos, e os subsídios somente poderão ser fixados ou alterados
por Lei específica - observada a iniciativa privativa em cada caso -, assegurada a revisão anual, sempre
no 1º (primeiro) dia do mês de maio, sem distinção de índices. (Redação dada pela Emenda a Lei
Orgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
§1º – A lei fixará a relação de valores entre maior e menor e a menor remuneração dos servidores
públicos, observada, como limita máximo, a remuneração percebida, em espécie, a qualquer título, pelo
Prefeito.
§1º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira, poderá ser fixada por subsídio em
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, ao subsídio percebido pelo
Prefeito. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
§2º Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não podem ser superiores aos percebidos no Poder
executivo.
§2º A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração
direta, autárquicas e fundações, membro do Poder Executivo, dos detentores de mandato eletivo e dos
demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
cumulativamente ou não, inclusive as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão
exceder o subsídio mensal, em espécie ao do Prefeito. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19,
de 31 de janeiro de 2000)
§3º É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos para efeito de remuneração de pessoal do
serviço público, ressalvado o disposto nesta Lei Orgânica.
§3º É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de
janeiro de 2000)
§4º Os acréscimos pecuniários percebidos pelo servidor público não serão computados nem acumulados,
para o fim de concessão de acréscimo ulterior, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
§4º Os acréscimos pecuniários percebidos pelo servidor público não serão computados nem acumulados,
para fins de concessão de acréscimos ulteriores. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31
de janeiro de 2000)
§5º Os vencimentos do servidor público são irredutíveis, e a remuneração observará o disposto nos §§1º
e 2º deste artigo e os preceitos estabelecidos nos artigos 150, II; 153; III e 153, §2º, I, da Constituição da
República.
§5º O subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, e a
remuneração observará o disposto nos §§1º e 4º deste artigo e os preceitos estabelecidos nos artigos 152;
153; III e 153, §2º, I, da Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31
de janeiro de 2000)
Art. 41 - É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade
de horários, observado em qualquer caso o disposto nos §1º, do Art. 40 desta Lei Orgânica. (Redação
dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
I – a dois cargos de professor;
II – a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
III – a de dois cargos privativos de médico.
Parágrafo Único – A proibição de acumular se estende a empregos e funções e abrange autarquias,
empresas públicas, sociedade de economia mista e fundações públicas.
Art. 43 – É reservado o percentual de 5% (cinco por cento) dos cargos e empregos públicos para
provimento ao portador de deficiência, e os critérios de sua admissão serão definidos em lei.
Art. 43. É reservado o percentual de 10% (dez por cento) dos cargos e empregos públicos para
provimento à pessoa com deficiência, e os critérios de sua admissão serão definidos em lei. (Redação
dada pela Emenda 42/2019)
Art. 44 – Os atos de improbidade administrativa importam suspensão dos direitos políticos, perda de
função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e na gradação estabelecida
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 45 – É vedado ao servidor municipal desempenhar atividades que não sejam próprias do cargo de
que for titular, exceto quando ocupar cargo em comissão ou desempenhar função de confiança.
Art. 47 - O Município instituirá regime jurídico único e planos de carreira para servidores de órgãos da
administração direta, da autarquias e das fundações públicas.
Art. 48 – O Município assegurará ao servidor os direitos previstos no Art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII,
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, da Constituição da República, e os artigos37 e
38, da Constituição Estadual, e os termos da lei, visem à produtividade no serviço público, especialmente:
Art. 48 - Aplicam-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no Art. 7º, IV, VII, VIII, IX,
XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, da Constituição Federal, além dos
relacionados nos incisos deste artigo, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão
quando a natureza do cargo exigir: (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de janeiro
de 2000)
I – adicionais por tempo de serviço;
II-férias-prêmio, com duração de seis meses, adquiridas a cada período de dez anos de efetivo exercício
de serviço público, admitida a sua conversão em espécie, por opção do servidor, ou para efeito de
aposentadoria a contagem em dobro das não gozadas.
II-férias-prêmios, com a duração de 3 (três) meses, adquiridas a cada período de 5 (cinco) anos de efetivo
xercício de serviço publico, admitida a sua conversão em espécie, por opção do servidor, ou para efeito
de aposentadoria, a contagem em dobro das não gozadas. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº
08, de 02 de maio de 1995)
II férias-prêmios, com a duração de 3 (três) meses, adquiridas a cada período de 5 (cinco) anos de efetivo
exercício de serviço prestado à Administração Pública do Município de Contagem, admitida a sua
conversão em espécie, por opção do servidor, ou para efeito de aposentadoria, a contagem em dobro das
não gozadas. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 14, de 02 de junho de 1998)
II - férias-prêmio, com a duração de 3 (três) meses adquiridas a cada período de 5 (cinco) anos de efetivo
exercício de serviço prestado à Administração Pública do Município de Contagem, admitida a sua
conversão em espécie. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
III – assistência e previdência sociais, extensivas ao cônjuge ou companheiro e aos dependentes;
IV – assistência gratuita, em creche e pré-escola, aos filhos e dependentes, desde o nascimento até os seis
anos de idade.
V - adicional para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, observado o disposto no Art. 37, XIV
da Constituição Federal e na forma da lei. (Inciso incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de
janeiro de 2000)
§1º-Cada período de cinco anos de efetivo exercício dá ao servidor direito a adicional de dez por cento
sobre seu vencimento e gratificação inerente ao exercício de cargo ou função, o qual estes se incorpora
para efeito de aposentadoria, ao passo que, no magistério municipal, o adicional de quinquênio será, no
mínimo, de dez por cento.
§1º Cada período de cinco anos de efetivo exercício dá ao servidor direito de adicional de dez por cento
sobre seu vencimento e gratificação inerente ao exercício de cargo ou função. (Redação dada pela
Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
§2º O servidor, incluindo o das autarquias e fundações, detentor de título declaratório que lhe assegure
direito à continuidade de percepção da remuneração do cargo de provimento em comissão, tem direito
aos vencimentos, àsgratificações e a todas demais vantagens inerentes ao cargo em relação ao qual tenha
ocorrido apostilamento, ainda que decorrente de transformação ou reclassificação posterior.
§2º O servidor público municipal ocupante de cargo de carreira e detentor de estabilidade funcional terá
assegurado o direito à continuidade de percepção da remuneração do cargo de rovimento em comissão,
desde que o tenha exercido, após aprovação em estágio probatório, por cinco anos continuados ou oito
anos alternados; direito este inerente aos vencimentos, às gratificações e a todas as demais vantagens
próprias do cargo em relação ao qual tenha ocorrido o apostilamento, ainda que decorrente de
transformação ou reclassificação posteriores. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 009, de 22
de agosto de 1995)
§2º O servidor público municipal ocupante de cargo de carreira e detentor de estabilidade funcional terá
assegurado o direito à continuidade de percepção da remuneração do cargo de provimento em comissão,
desde que o tenha exercido, após aprovação em estágio probatório, por 10 (dez) anos continuados ou 12
(doze) alternados; direito este inerente aos vencimentos, às gratificações e a todas as demais vantagens
próprias do cargo em relação ao qual tenha ocorrido o apostilamento, ainda que decorrente de
transformação ou reclassificação posteriores”. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 013, de 24
de março de 1998)
§2º O servidor público municipal ocupante de cargo de carreira e detentor de estabilidade funcional terá
assegurado o direito à continuidade de percepção da remuneração do cargo de provimento em comissão,
desde que o tenha exercido, após aprovação em estágio probatório, por 10 (dez) anos continuados ou 12
(doze) alternados; direito este inerente aos vencimentos, às gratificações e a todas as demais vantagens
próprias do cargo em relação ao qual tenha ocorrido o apostilamento, ainda que decorrente de
transformação ou reclassificação posteriores”. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31
de janeiro de 2000)
§2º O servidor público municipal ocupante de cargo de carreira e detentor de estabilidade funcional terá
assegurado o direito adquirido à continuidade da percepção da remuneração do cargo de provimento em
comissão exercido, a título de estabilidade financeira ou apostilamento, nos termos da legislação vigente
à época da aquisição da estabilidade financeira, direito este inerente aos vencimentos, às gratificações e
a todas as demais vantagens próprias do cargo em relação ao qual tenha ocorrido a estabilidade financeira
ou apostilamento, ainda que decorrente de transformação ou reclassificação posteriores. (Redação dada
pela Emenda a Lei Orgânica nº 026, de 20 de junho de 2006)
§3o.– O disposto no parágrafo anterior se aplica no que couber ao servidor público detentor de título
declaratório que lhe assegure direito à continuidade de percepção de remuneração relativamente a
funções. (Revogado pela Emenda a Lei Orgânica nº 009, de 22 de agosto de 1995)
§3o - Para efeito de aquisição e fruição das férias-prêmio a que se refere o inciso II, deste artigo, gozadas
ou não, na sua totalidade, contar-se-á o decênio de servidor em atividade pública do Município de
Contagem, sob qualquer regime Jurídico. (Renumerado pela Emenda a Lei Orgânica nº 009, de 22 de
agosto de 1995)
§4º Para efeito de aquisição e fruição das férias-prêmio a que se refere o nciso II, deste artigo, gozadas
ou não, na sua totalidade, contar-se-á o decênio de serviço anterior a esta Lei, retroativo à data do ingresso
do servidor em atividade pública do Município de Contagem, sob qualquer regime jurídico (Parágrafo
incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 007, de 27 de julho de 1992) (Renumerado como §3º deste
artigo, pela Emenda a Lei Orgânica nº 009, de 22 de agosto de 1995)
Art. 49- O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar federal
Art. 49 - O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica. (Redação
dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
Art. 50 – É garantida a liberação do servidor público para exercício de mandato eletivo em diretoria de
entidade sindical, sem prejuízo da remuneração e dos demais direitos e vantagens de seu cargo, bem
como do desconto em folha e imediato repasse de suas mensalidades às entidades.
Art. 50 – É garantida a liberação do servidor público para exercício de mandato eletivo em diretoria de
entidade sindical, sem prejuízo da remuneração e dos demais direitos e vantagens de seu cargo, bem
como do desconto em folha de consignações autorizadas pelos servidores públicos das administrações
direta e indireta, em favor de sindicatos e associações de classe, efetuando o repasse às entidades credoras
até o terceiro dia após a liberação do pagamento dos servidores relativo ao mês subsequente ao de
competência, observada a data do efetivo desconto. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 023,
de 28 de maio de 2002)
Parágrafo Único – Para usufruir a liberação, a entidade precisa ter, no mínimo, 50% (cinquenta por cento)
da sua base de atuação filiada.(Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 023, de 28 de maio de 2002)
Art. 51-- É estável, após dois anos de efetivo exercício, servidor público nomeado em virtude de concurso
público.
Art. 51 - São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19,
de 31 de janeiro de 2000)
§1º O servidor público só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada e julgado ou processo
administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
§1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de
31 dejaneiro de 2000)
I- em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Inciso incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº
19, de 31de janeiro de 2000)
II- mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Inciso incluído pela
Emenda a LeiOrgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
III- mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa. (Inciso incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
§2º Invalida por sentença judicial a demissão do servidor público estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em
outro cargo ou posto em disponibilidade.
§2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual
ocupante da vaga, se estável reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em
outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação
dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
§3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor público estável ficará em
disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
§3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até adequado aproveitamento em outro cargo. (Redação
dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
§4º Como condição para aquisição de estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por
comissão instituída para essa finalidade. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31
de janeiro de 2000)
§5º Consideram-se servidores não estáveis aqueles admitidos na administração direta, autarquia e
fundações sem concurso público de provas e títulos após o dia 5 de outubro de 1983. (Parágrafo incluído
pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
§6º É assegurado o prazo de dois anos de efetivo exercício para aquisição de estabilidade aos servidores
em estágio probatório até a data da publicação da Emenda Constitucional nº. 19/98, sem prejuízo da
avaliação a que se refere o inciso III, do Art. 51 da Lei Orgânica. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei
Orgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
Art. 52 - Ao servidor titular de cargo efetivo do Município, incluído suas autarquias e fundações, é
assegurado o regime de previdência de caráter contributivo, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº
019, de 31 de janeiro de 2000)
§1º As exceções ao disposto no inciso III, alíneas “a”e “c”, no caso de exercício de atividades
consideradas penosas, insalubres ou perigosas, serão as estabelecidas em lei complementar federal.
§1º As exceções ao disposto no inciso III, alíneas ”a” e “c”, no caso de exercício de atividades
consideradas penosas, insalubres ou perigosas, serão as estabelecidas em Lei”.(Redação dada pela
Emenda a Lei Orgânica nº 002, de 12 de novembro de 1990)
§1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados,
calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma do §3º: (Redação dada pela Emenda
a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
u- por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se
decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável,
especificada em lei; (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
II- compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição;
(Redaçãodada pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
III- voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço e
cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: (Redação
dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
a)sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e
trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro
de 2000)
b)sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de
janeiro de 2000)
§2º A lei disporá sobre a aposentadoria em cargo ou emprego temporários.
§2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a
remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de
referência para a concessão da pensão. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de
janeiro de 2000)
§3º O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado integralmente para os
efeitos de aposentadoria e disponibilidade.
§3º Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão calculados com base na
remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der aposentadoria e, na forma da lei, corresponderão
à totalidade da remuneração. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de
2000)
§4º Os proventos de aposentadoria, nunca inferiores ao salário mínimo, serão revistos, na mesma
proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração do servidor em atividade, e serão
estendidos ao inativo benefícios ou vantagens posteriormente concedidos ao servidor em atividade,
mesmo quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou da função em que se tiver
dado a aposentadoria ,na forma lei.
§4º É vedada a adoção de requisitos diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo
regime de que trata este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física definidos em lei complementar.
(Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
§5º O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou proventos do
servidor falecido,observando o disposto no parágrafo anterior.
§5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao
disposto no §1º, III, “a”, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda
a Lei Orgânica nº 019, de 31 dejaneiro de 2000)
§6º É assegurado ao servidor afastar-se da atividade a partir da data do requerimento da aposentadoria, e
a não concessão da mesma importará a reposição do período de afastamento.
§6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma da Constituição Federal,
é vedada percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo.
(Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
§7º Para efeito de aposentadoria e adicionais, é assegurada a contagem recíproca do tempo de serviço
nas atividades publicas ou privada nos termos do §2º do art. 202 da Constituição da República.
§7º Para efeito de aposentadoria e adicionais, é assegurada a contagem recíproca do tempo de serviço
nas atividades pública ou privada. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 001, de 16 de outubro
de 1990)
§7º Para efeito de aposentadoria é assegurada a contagem recíproca do tempo de serviço nas atividades
pública ou privada, nos termos do parágrafo §2º do art. 202 da Constituição da República, ressavaldos
os direitos adquiridos dos servidores públicos até a presente data. (Redação dada pela Emenda a Lei
Orgânica nº 012, de 03 de fevereiro de 1998)
§7º Lei disporá sobre a concessão do benefício da pensão por morte, que será igual ao valor dos proventos
do servidor falecido ou ao valor dos proventos a que teria direito o servidor em atividade na data de seu
falecimento, observado o disposto no §3º. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de
janeiro de 2000)
§8º Na aposentadoria, fica mantida a sistemática e a forma e de cálculos dos adicionais da atividade.
§8º Observado o disposto no Art. 37, XI, da Constituição Federal, os proventos de aposentadoria e as
pensões serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração
dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer
benefícios ou vantagens posteriormente concedidos dos servidores em atividade, inclusive quando
decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou
que serviu de referência para a concessão da pensão, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda a Lei
Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
§9º Considera-se como de professor, para os fins de aposentadoria e disponibilidade e de todos os direitos
e vantagens de carreira, o tempo de serviço de ocupante de cargo ou função do Quadro do Magistério,
inclusive o de exercício de cargo de provimento em comissão prestado em unidade escolar, em unidade
regional, no órgão central da educação ou em conselho de educação.
(Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 004, de 26 de novembro de 1991)
§9º Considera-se como de professor, para os fins de aposentadoria e disponibilidade e de todos os
direitos e vantagens de carreira, o tempo de serviço de ocupante de cargo ou função do Quadro do
Magistério, inclusive o de exercício de cargo de provimento em comissão prestado em unidade
escolar, em unidade regional, no órgão central da educação da Administração Direta e da Fundação de
Ensino de Contagem-FUNEC-ou em Conselho de Educação (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica
nº 006, de 09 de junho de 1992)
(Declara inconstitucional em 11 de fevereiro de 2000 – ADIN 136.959/4.00)
§9º O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e
o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. (Redação dada pela Emenda a Lei
Orgânica nº 019, de 31 dejaneiro de 2000)
§10º O servidor público,quando de sua aposentadoria,o tempo de serviço prestado em função do
Magistério será apurado proporcionalmente ao tempo estabelecido em lei. (Parágrafo incluído pela
Emenda a Lei Orgânica nº 004, de 26 de novembro de 1991)
§10 - É vedada qualquer forma de contagem de tempo da contribuição fictícia. (Redação dada pela
Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
§11 - Aplica-se o limite fixado no Art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando
decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas à
contribuição para o regime de previdência social, e ao monte resultante da adição de proventos de
inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma da Constituição Federal, cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Parágrafo incluído pela Emenda a
Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
§12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo
efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência
social. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
§13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação
e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica- se o regime geral de
previdência social. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
§14 - É assegurado ao servidor afastar-se da atividade a partir da data do requerimento da aposentadoria,
e a não concessão da mesma importará a reposição do período de afastamento. (Parágrafo incluído pela
Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
§15 - As aposentadorias e pensões dos servidores públicos serão custeadas com recursos provenientes de
contribuições do Município e dos servidores, recursos ordinários do tesouro e de outras fontes
especificadas em lei. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
Art. 53 – O servidor público que retornar à atividade após a cassação dos motivos que causaram sua
aposentadoria por invalidez terá direito, para todos os fins, salvo para o de promoção, à contagem do
tempo relativo ao período deafastamento.
Art. 54 – A lei assegurará ao servidor público da administração direta isonomia de vencimentos e carga
horária para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder, ou entre servidores dos
Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza
ou ao local de trabalho.
Art. 55 – O Município concederá licença especial de 120 (cento e vinte) dias para as adotantes servidoras
públicas municipais, a partir do ato da adoção, sem prejuízo do cargo e da remuneração, desde que o
adotado tenha de 0 (zero) a 02 (dois) anos.
Parágrafo Único – O direito previsto no “caput” só será renovado após o interstício de dois anos, sendo
que na hipótese de casal adotante a licença só se aplica à servidora.
CAPÍTULO V
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES DO MUNICÍPIO
SEÇÃO I
DO PODER LEGISLATIVO SUBSEÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 56 – O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal composta por representantes do povo,
eleitos naforma da lei.
§1º O número de Vereadores é proporcional à população do Município, respeitados os limites
estabelecidos naConstituição Federal, e fixado pela Câmara.
§2º O número de Vereadores será fixado, mediante Decreto Legislativo até o final da sessão legislativa
do ano queanteceder as eleições e não vigorará na legislatura em que for fixado.
§3º Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
Art. 57 – São condições de elegibilidade as previstas no §3º do artigo 14, da Constituição Federal.
SUBSEÇÃO II
DA CÂMARA MUNICIPAL
Art. 59 – A Câmara se reunirá em sessões ordinárias, extraordinárias e solenes, conforme dispuser o seu
Regimento.
§1º A convocação extraordinária da Câmara Municipal far-se-á:
I– pelo Prefeito, em caso de urgência e de interesse público relevante;
II– por seu Presidente, quando ocorrer intervenção no Município, para o compromisso e posse do Prefeito
e do Vice-Prefeito, ou, em caso de urgência e de interesse público relevante, a requerimento da maioria
dos membros daCâmara.
§2º Na sessão extraordinária, a Câmara somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocada.
§3º As sessões da Câmara serão realizadas em recinto destinado ao seu funcionamento, observando o
disposto no inciso XXX, do artigo 72.
Art. 60 – As deliberações da Câmara serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria de seus
membros, salvo os casos previstos nesta Lei.
Parágrafo Único – O Presidente da Câmara participa somente nas votações secretas e, quando houver
empate, nas votações públicas.
Art. 62 – A Câmara, ou qualquer de suas Comissões, pode convocar o Prefeito Municipal, o Secretário
ou dirigentes de órgão direto ou indireto, da administração pública, para prestarem, pessoalmente,
informações sobre assunto previamente designado e constante da convocação, sob pena de
responsabilidade.
§1º O secretário pode comparecer à Câmara ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e após
entendimento com a Mesa, para expor assunto de relevância de sua Secretaria.
§2º A Mesa da Câmara pode, de ofício ou a requerimento do Plenário, encaminhar ao Secretário e a
outras autoridades municipais pedido de informação. A recusa ou o não atendimento, no prazo de 30
(trinta) dias, ou a prestação de informação falsa, constituem infração administrativa, sujeita a
responsabilização.
SUBSEÇÃO III
DOS VEREADORES
Art. 67 – A Câmara Municipal poderá afastar do exercício do mandato, após processo que lhe assegure
ampla defesa e o contraditório, com prejuízos de vencimento, o Vereador que em atitudes, palavras ou
atos caracterize discriminação de sexo, raça, opção religiosa, atentatórias aos direitos e liberdades
fundamentais.
Art. 68 – A remuneração do Vereador será fixada, em cada legislatura, para ter vigência na subseqüente,
pela Câmara, por voto da maioria de seus membros.
Art. 68 - O subsídio do Vereador será fixado por Lei de iniciativa da Câmara Municipal nos termos do
inciso VI, letras “b” e “c”, do artigo 72. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de
janeiro de 2000)
Parágrafo Único – Na hipótese de a Câmara deixar de exercer a competência de que trata este artigo,
ficarão mantidos, na legislatura subseqüente, os valores de remuneração vigentes em dezembro do último
exercício da legislatura anterior, admitida apenas a atualização dos mesmos.
SUBSEÇÃO IV .
DAS COMISSÕES
Art. 71 – Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, não exigida esta para o especificado no
Art. 72, dispor sobre todas as matérias de competência do Município, especificamente:
I– diretrizes gerais de desenvolvimento urbano, plano diretor, plano de controle de uso, do parcelamento
e daocupação do solo;
II– código de obras ou das edificações;
III – plano plurianual e orçamento anuais;
IV – diretrizes orçamentárias;
V– sistema tributário municipal, arrecadação e distribuição de rendas;
VI– dívida pública, abertura e operação de crédito;
VII– concessão e permissão de serviços públicos no Município;
VIII – fixação e modificação dos efetivos da Guarda Municipal;
IX– criação, transformação e extinção de cargo, emprego e função públicos na administração direta,
autárquica e fundacional e fixação de remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias;
X– fixação do quadro de empregos das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais
entidades sobcontrole direto ou indireto do Município;
XI– política do servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, seu regime jurídico
único,provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;
XII– criação, estruturação e definição de atribuições das Secretarias Municipais;
XIII– da Procuradoria do Município e dos demais órgãos e entidades da administração pública;
XIV – divisão regional da administração pública;
XV– divisão territorial do Município, respeitada a legislação federal e estadual;
XVI– bens do domínio público
XVII– aquisição e alienação de bem público;
XVIII– transferência temporária da sede do Governo Municipal;
XIX– cancelamento da dívida ativa do Município, autorização de suspensão de sua cobrança e de
elevação de ônuse juros;
XX – matéria decorrente da competência comum prevista no Art. 23 da Constituição da República.
SUBSEÇÃO VI
DO PROCESSO LEGISLATIVO
Art. 75 – A iniciativa de lei complementar e ordinária cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara,
ao Prefeito e aos cidadãos, na forma e nos casos definidos nesta Lei Orgânica.
§1º A Lei Complementar é aprovada por maioria dos membros da Câmara, observados os demais termos
devotação das leis ordinárias.
§2º Consideram-se lei complementar, entre outras matérias, previstas nesta Lei Orgânica:
I – o plano Diretor;
II– o Código Tributário;
III – o Código de Obras;
IV – o Código de Posturas;
V – o Estatuto dos Servidores Públicos e o do Magistério Municipal;
VI – a lei de parcelamento, ocupação e uso do solo;
VII – a lei instituidora do regime jurídico único dos servidores.
VII- a lei instituidora do regime jurídico dos servidores; (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº
19, de 31de janeiro de 2000)
VIII– as leis instituidoras da Defensoria do Povo e da Guarda Municipal;
IX – a lei de criação de cargos, funções ou empregos públicos;
X – a lei de organização administrativa.
Art. 76 – São matérias de iniciativa privativa, além de outras previstas nesta Lei Orgânica:
I – da Mesa da Câmara, formalizada por meio de projeto de resolução:
a)o regulamento geral, que disporá sobre a organização da Secretaria da Câmara, seu funcionamento, sua
polícia, criação, transformação ou extinção de cargo, emprego e função, regime jurídico de seus
servidores e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias;
b) a autorização para o Prefeito ausentar-se do Município;
c)a mudança temporária da sede da Câmara.
II - do Prefeito:
II - do Prefeito: (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
a) a criação de cargo e função públicos dos órgãos da administração direta, autárquica e fundacional e a
fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros da lei de diretrizes orçamentárias;
a) a criação de cargo e função pública da administração direta, autárquica e fundacional e a fixação da
respectiva remuneração e subsídio, observados os parâmetros da lei de diretrizes orçamentárias;
(Redação dada pela Emenda aLei Orgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
b)o regime jurídico único dos servidores públicos dos órgãos da administração direta, autárquica e
fundacional, incluídos o provimento de cargo, estabilidade, aposentadoria e respectivo Estatuto.
b) o regime jurídico dos servidores públicos de órgãos da administração direta, autárquica e fundacional,
incluída o provimento de cargo, estabilidade, aposentadoria e o respectivo Estatuto. (Redação dada pela
Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
c) o quadro de empregos das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades sob
controle direto ou indireto do Município.
d) a criação, estruturação e extinção de Secretário Municipal e de entidade da administração indireta;
e) os planos plurianuais;
f) as diretrizes orçamentárias;
g) os orçamentos anuais;
h) a matéria tributaria que implique redução da receita pública;
i) a fixação e a modificação dos efetivos da Guarda Municipal e a sua organização, assim como os demais
órgãos da administração pública.
Art. 77 – Salvo nas hipóteses previstas no artigo anterior, a iniciativa popular pode ser exercida pela
apresentação à Câmara de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 5% (cinco por cento) do eleitorado do
Município ou de bairros, quando de interesse local, em lista organizada por entidade associativa
legalmente constituída, que se responsabilizará pela idoneidade das assinaturas.
Parágrafo Único – Na discussão do projeto de iniciativa popular é assegurada sua defesa, por um dos
signatários, na forma do Regimento da Câmara.
Art. 80 – A proposição de lei, resultante de projeto aprovado pela Câmara, será enviada ao Prefeito que,
no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados da data de seu recebimento:
I – se aquiescer, sancioná-la-á, ou;
II – se a considerar, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrária ao interesse público, vetá-la-á,
total ou parcialmente.
§1º O silêncio do Prefeito, decorrido o prazo, importa em sanção.
§2º A sanção expressa ou tácita supre a iniciativa do Poder Executivo no processo legislativo.
§3º O Prefeito publicará o veto e, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, comunicará seus motivos ao
Presidente da Câmara.
§4º O veto parcial abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§5º A Câmara, dentro de 30 (trinta) dias contados do recebimento da comunicação do veto, sobre ele
decidirá, em escrutínio secreto, e sua rejeição só ocorrerá pelo voto da maioria de seus membros.
§6º Se o veto não for mantido, será a proposição de lei enviada ao Prefeito para promulgação.
§7º Esgotado o prazo estabelecido no §5º, sem deliberação, o veto será incluído na ordem do dia da
reunião imediata, sobrestadas as demais proposições, até votação final, ressalvada a matéria de que trata
o §1º do artigo anterior.
§8º Se, nos casos dos §§1º e 6º, a lei não for, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, promulgada pelo
Prefeito, o Presidente da Câmara a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-
Presidente fazê-lo.
Art. 81 – A matéria constante de projeto de lei rejeitado, somente poderá constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria dos membros da Câmara.
Art. 82 – A requerimento de Vereador, aprovado pelo Plenário, os projetos de lei, decorridos 30 (trinta)
dias de seurecebimento, serão incluídos na ordem do dia, mesmo sem parecer.
Parágrafo Único – A retirada do projeto da ordem do dia só será permitida ao autor, mediante
requerimento aprovado pelo Plenário.
Art. 83 – Quando se tratar de matéria relativa a empréstimos, a concessão de privilégios ou que verse
sobre interesse particular, as deliberações da Câmara são tomadas por 2/3 (dois terços) de seus membros.
SEÇÃO II
DO PODER EXECUTIVO
SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 84 – O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito do Município, auxiliado pelos Secretários
Municipais.
Art. 85 – A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, para mandato de 04( quatro) anos, se realizará 90 (
noventa) dias antes do término do mandato de seus antecessores,mediante pleito direto e simultâneo
realizado em todo o País
, e a posse ocorrerá no dia 1º ( primeiro) de janeiro do ano subseqüente ao da eleição, observado ,quanto
ao mais, o disposto no Art.77 da Constituição da República.
Art. 86 - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse no dia 1º (primeiro) de janeiro do ano subseqüente
ao da eleição, perante a Câmara Municipal, em reunião subseqüente à instalação desta, prestando
compromisso. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
§1º Se a Câmara Municipal não se reunir na data prevista no §1º do Art. 58, a posse do Prefeito e do
Vice-Prefeito dar-se-á perante o Juiz de Direito da Comarca e, na falta deste, o da Comarca mais próxima.
§2º Se, decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou Vice-Prefeito, salvo motivo de
força maior, reconhecido pela Câmara, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
§3º Substituirá o Prefeito, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á no de vaga, o Vice- Prefeito.
Art. 88 – Vagando os cargos de Prefeito e de Vice-Prefeito, far-se-á eleição 90 (noventa) dias depois de
aberta aúltima vaga.
1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do mandato governamental, a eleição para ambos os
cargos será feita 30 (trinta) dias depois da última vaga, pela Câmara, na forma da lei.
§2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.
Art. 90 – O Prefeito, regularmente licenciado pela Câmara, terá direito de perceber sua remuneração
quando em:
I – tratamento de saúde devidamente comprovado;
II – missão de representação do Município;
III – licença-gestante.
§1º No caso do inciso II, o pedido de licença, amplamente motivado, indicará, especialmente, as razões
de viageme posterior prestação de contas.
§2º O Prefeito licenciado receberá a remuneração integral.
Art. 91 – O Prefeito pode ser convocado pela Câmara ou por iniciativa popular subscrita por 2% (dois
por cento) do eleitorado municipal, para prestar informações ou esclarecimentos referentes aos negócios
públicos do Município.
SUBSEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO MUNICIPAL
SUBSEÇÃO III
DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO MUNICIPAL
Art. 93 – São crimes de responsabilidade os atos do Prefeito que atentem contra as Constituições da
República e doEstado, esta Lei Orgânica e, especialmente, contra:
I – a existência da União, Estado e Município;
II– o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Poderes
Constitucionaisdas Unidades de Federação;
III– o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV – a segurança interna do País, do Estado e do Município;
V – a probidade na administração;
VI– a lei orçamentária;
VII– o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
§1º Esses crimes são definidos em lei federal especial, que estabelece normas de processo e julgamento.
§2º Nos crimes de responsabilidade, assim como nos comuns, o Prefeito será submetido a processo e
julgamentoperante o Tribunal de Justiça.
§2º Nos crimes de responsabilidade, o Prefeito será submetido a processo de julgamento perante a
Câmara Municipal, se admitida a acusação por dois terços de seus membros e, em caso de crimes comuns
perante o Tribunal de Justiça. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de
2000)
§3º O Prefeito não pode, na vigência de seu mandato, ser responsabilizado por ato estranho ao exercício
de suas funções.
Art. 94 – São infrações político- administrativas do Prefeito, sujeitas ao julgamento pela Câmara e
sancionadascom a perda do mandato:
I – impedir o funcionamento regular da Câmara;
II– impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam constar dos
arquivos da Prefeitura, bem como a verificação de obras e serviços municipais, por Comissão de
Investigação da Câmara;
III– desatender, sem motivo justo, as convocações ou os pedidos de informação da Câmara, quando feitos
a tempoe em forma regular;
IV– deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo, e em forma regular, a proposta orçamentária;
V – retardar ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos a essa formalidade;
VI – descumprir o orçamento aprovado para exercício financeiro;
VII– praticar ato administrativo contra expressa disposição de lei, omitir-se ou negligenciar na defesa de
bens, rendas, direitos ou interesses do Município, sujeito à administração da Prefeitura;
VIII– ausentar-se do Município, por tempo superior ao permitido;
IX – residir fora do Município;
X – proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.
§1º A denúncia, escrita e assinada, poderá ser feita por qualquer cidadão à Câmara com a exposição dos
fatos e a indicação de provas.
§2º Se o denunciante for Vereador, ficará impedido de integrar a Comissão Processante, e, se for
Presidente da Câmara, passará a presidência ao substituto legal para os atos do processo.
§3º Nas infrações político-administrativas, o Prefeito será submetido a processo e julgamento perante a
Câmara, se admitida a acusação por 2/3 (dois terços) de seus membros.
§4º De posse da denúncia, o Presidente da Câmara, na primeira reunião subsequente, determinará sua
leitura e constituirá a Comissão Processante, formada por cinco Vereadores, sorteados entre os
desimpedidos e pertencentes a partidos diferentes, os quais elegerão, desde logo, o presidente e o relator.
§5º A Comissão, no prazo de 10 (dez) dias, emitirá parecer, que será submetido ao plenário, opinando
pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia, podendo proceder às diligências que julgar
necessárias.
§6º Aprovado o parecer favorável ao prosseguimento do processo, o presidente determinará, desde logo,
a abertura da instrução, notificando o denunciado, com remessa de cópia da denúncia, dos documentos
que a instruem e do parecer da Comissão, informando-lhe o prazo de 20 (vinte) dias para o oferecimento
da defesa e indicação dos meios de prova com que pretenda demonstrar a verdade do alegado.
§7º Findo o prazo estipulado no parágrafo anterior, com ou sem defesa, a Comissão Processante
determinará as diligências requeridas, ou que julgar convenientes, e realizará as audiências necessárias
para a tomada do depoimento das testemunhas de ambas as partes, podendo ouvir o denunciante e o
denunciado, que poderão assistir pessoalmente, ou por procurador, a todas as reuniões e diligências da
Comissão, interrogando e contraditando as testemunhas, requerendo a reinquirição ou acareação das
mesmas e requerer diligências.
§8º Após as diligências, a Comissão proferirá, no prazo de 10 (dez) dias, parecer final sobre a procedência
ou improcedência da acusação e solicitará ao Presidente da Câmara, a convocação de reunião para
julgamento, que se realizará após a distribuição do parecer.
§9º Na reunião de julgamento, o processo será lido integralmente, e, a seguir, os Vereadores que o
desejarem, poderão manifestar-se verbalmente, pelo tempo máximo de 15 (quinze) minutos cada um,
sendo que, ao final, o denunciado ou seu procurador terá o prazo máximo de 02 (duas) horas para produzir
sua defesa oral.
§10 – terminada a defesa, proceder-se-á a tantas votações nominais quantas forem as infrações articuladas
na denúncia.
§11 – Considerar-se-á afastado, definitivamente, do cargo, o denunciado que for declarado, pelo voto de
dois terços, pelo menos, dos membros da Câmara, incurso em qualquer das infrações especificadas na
denúncia.
§12 – Concluído o julgamento, o Presidente da Câmara proclamará imediatamente o resultado e fará
lavrar ata que consigne a votação nominal sobre cada infração e, se houver condenação, expedirá o
competente decreto legislativo de cassação do mandato do Prefeito ou, se o resultado da votação for
absolutório, determinará o arquivamento do processo, comunicando, em qualquer dos casos, o resultado
à Justiça Eleitoral.
Art. 95 – O Prefeito será suspenso de suas funções se recebida a denúncia ou queixa pelo Tribunal de
Justiça, nos casos de crimes comuns e de responsabilidade.
SUBSEÇÃO IV
DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS
Art. 97 – O Secretário Municipal será escolhido dentre brasileiros maiores de 18 (dezoito) anos de idade,
em pleno gozo dos direitos políticos de comprovada idoneidade moral e administrativa, observada a
qualificação para o exercício do cargo.
Art. 97 – O Secretário Municipal será escolhido dentre brasileiros maiores de 18 (dezoito) anos de idade,
em pleno gozo dos direitos políticos de comprovada idoneidade moral e administrativa, observada a
qualificação para o exercício do cargo, vedada a nomeação daqueles considerados inelegíveis para
qualquer cargo, nos termos da legislação federal. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 031, de
30 de junho de 2011)
Parágrafo Único – As mesmas condições e vedações previstas no caput deste artigo aplicam- se ao cargo
de Secretário-Adjunto. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 031, de 30 de junho de 2011)
SUBSEÇÃO V
DA PROCURADORIA DO MUNICÍPIO
Art. 99A - A Procuradoria da Fazenda Municipal é órgão que compõe a estrutura da Secretaria Municipal
da Fazenda. (Artigo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 030, de 15 de dezembro de 2009)
Art. 99A - A Procuradoria da Fazenda Municipal é órgão que compõe a estrutura da Secretaria Municipal
de Fa- zenda e se subordina administrativamente a esta e tecnicamente e juridicamente à Procuradoria
Geral do Município. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 034, de 16 de novembro de 2011)
(Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 40/2018.)
Parágrafo único. A Procuradoria da Fazenda Municipal atuará na execução da dívida ativa de natureza
tributária e não-tributária, cabendo a ela representar o Município nos assuntos fiscais e tributários,
observado o disposto nesta Lei. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 030, de 15 de
dezembro de 2009) (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 40/2018.)
SUBSEÇÃO VI
DO CONSELHO DE GOVERNO
Art. 100 – O Conselho de Governo é o órgão superior de consulta do Prefeito Municipal, sob sua
presidência, edele participam:
I– o Vice-Prefeito;
II– o Presidente da Câmara Municipal;
III– dois Vereadores eleitos por seus pares;
IV – o Procurador Geral do Município;
V – três cidadãos brasileiros natos, residentes no Município, com mais de trinta e cinco anos
de idade, um dos quais nomeado pelo Prefeito do Município e dois eleitos pela Câmara, todos com
mandato de dois anos, vedada a recondução.
Art. 101 – Compete ao Conselho pronunciar-se sobre questões relevantes suscitadas pelo Governo
Municipal, incluídos a estabilidade das instituições e os programas emergentes de grave complexidade e
implicações sociais.
Parágrafo único – A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho.
SEÇÃO III
DA FISCALIZAÇÃO E DOS CONTROLES
Art. 102 – Toda entidade da sociedade civil de âmbito municipal poderá requerer ao Prefeito ou
autoridade competente do Município a realização de audiência pública, para que esclareça determinado
ato ou projeto da administração.
§1º Cada entidade terá direito, no máximo, à realização de duas audiências por ano, ficando, a partir daí,
a critério da autoridade requerida, deferir, ou não, o pedido.
§2º Da audiência pública poderão participar, além da entidade requerente, cidadãos e entidades
interessados, que terão direito a voz.
Art. 105 – Qualquer cidadão, partido político, associação legalmente constituída ou sindicato é parte
legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidade ou ilegalidade de ato de agente público.
Parágrafo Único – A denúncia poderá ser feita, em qualquer caso, à Câmara ou à Defensoria do Povo,
ou, sobre o assunto da respectiva competência, ao Ministério Público e/ ou ao Tribunal de Contas.
Art. 106 – As contas do Prefeito serão julgadas pela Câmara, mediante parecer prévio do Tribunal de
Contas do Estado, que terá 360 (trezentos e sessenta) dias contados de seu recebimento para emiti-lo e
que somente deixará de prevalecer por 2/3 (dois terços) de votos da Câmara Municipal.
§1º As decisões do Tribunal de Contas, de que resulte imputação de débito ou multa, terão eficácia de
título executivo.
§2º No primeiro e no último ano de mandato do Prefeito, o Município enviará ao Tribunal de Contas
inventário de todos os seus bens móveis e imóveis.
SUBSEÇÃO II
DA DEFENSORIA DO POVO
Art. 108 – A Defensoria do Povo é o órgão público autônomo com funções de auxiliar a Câmara no
contato da Administração Pública cujas atribuições, organização e funcionamento serão definidos em lei
complementar.
Art. 109 – O Defensor do Povo, de notável experiência, espírito público, reputação ilibada e reconhecido
senso de justiça e equidade, de mais de 30 (trinta) anos de idade, eleitor e residente no Município, será
nomeado pelo Presidente da Câmara, mediante aprovação desta, para mandato de 2 (dois) anos, permitida
a recondução.
Parágrafo Único – O Defensor do Povo se sujeita, no que couber e na forma da lei, às proibições,
incompatibilidade e perda do mandato aplicáveis ao Vereador.
CAPÍTULO VI
DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
SEÇÃO I
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS
SEÇÃO II
DAS LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
SEÇÃO III
DA PARTICIPAÇÃO DO MUNICÍPIO NAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
Art. 114 – A União entregará ao Município 70% (setenta por cento) do montante arrecadado, relativo ao
imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativos a títulos ou valores mobiliários que
venha a incidir sobre ouro originário do Município.
Art. 115 – O Município divulgará, até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, os montantes
de cada um dos tributos arrecadados, dos recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e
a entregar, e a expressão numérica dos critérios de rateio.
SEÇÃO IV
DO ORÇAMENTO
III - As Emendas Parlamentares ao Projeto de Lei Orçamentária Anual serão aprovadas no limite de um
inteiro por cento da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo.
III – As Emendas Parlamentares ao Projeto de Lei Orçamentária Anual serão aprovadas no limite de
1,0% (um inteiro por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder
Executivo. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 39/2017)
§1º - A execução orçamentária e financeira das emendas será obrigatória, seguindo critérios equitativos
dentro da programação prioritária incluída em Lei Orçamentária Anual, financiada exclusivamente com
recursos consignados na reserva parlamentar instituída com a finalidade de dar cobertura às referenciadas
emendas.
§2º - Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma
igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria.
§3º - A execução das emendas previstas no parágrafo 1º não será obrigatória quando houver
impedimentos legais e técnicos.
§4º - No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre a programação, na
forma do parágrafo anterior, serão adotadas as seguintes medidas:
I - até cento e vinte dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Executivo enviará ao Poder
Legislativo as justificativas do impedimento;
II - até 30 dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo indicará ao Poder
Executivo o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável;
III - até 30 dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder Executivo encaminhará Projeto de Lei sobre
o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável.
§5º- Os recursos consignados na reserva parlamentar serão destinados, obrigatoriamente, nas áreas de
desenvolvimento social em saúde, educação e cultura.
§5º - A metade do percentual previsto no inciso III do artigo 117 será obrigatoriamente destinada a ações
e serviços públicos de saúde. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 39/2017)
§6º - A reserva parlamentar de que trata o inciso III do artigo 117 terá como valor referencial aquele
fixado no Projeto de Lei Orçamentária Anual para o exercício do ano subsequente e posteriormente
indicado no Anexo das Emendas Parlamentares da LOA do mesmo exercício.
§7º - O Poder executivo inscreverá em Restos a Pagar os valores dos saldos orçamentários referentes às
emendas parlamentares de que trata o artigo 117, inciso III, que se verifiquem no final de cada
exercício. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica n° 36)
Art. 118 – Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados por Comissão Permanente da Câmara, à qual caberá:
I– examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmentepelo Prefeito;
II– examinar e emitir parecer sobre os planos e programas e exercer o acompanhamento e a
fiscalizaçãoorçamentária, sem prejuízo de atuação das demais Comissões da Câmara.
§1º As emendas serão apresentadas na Comissão Permanente, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas
na formaregimental.
§2º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou a projeto que o modifique somente podem ser
aprovadascaso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as queincidam sobre:
dotações para pessoal e seus encargos;
serviços de dívida ou:
III – sejam relacionadas:
com a correção de erros ou omissões, ou
com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§3º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual,
ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
§4º O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara para propor modificação nos projetos a que se refere
este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão Permanente, da parte cuja alteração é proposta.
Art. 119 – O Prefeito, no primeiro mês de cada exercício, elaborará a programação da despesa,
objetivando compatibilizá-la com as probabilidades da receita, de modo a orientar a execução
orçamentária.
Parágrafo Único – A programação da despesa será periodicamente revista e atualizada, tendo em vista o
orçamento anual, os créditos adicionais, os restos a pagar e as alterações que afetam a receita ou a
despesa.
Art. 120 – Os órgãos e entidades da administração indireta deverão planejar suas atividades e programar
sua despesa anual, segundo o plano geral de governo e a sua programação financeira.
Art. 123 A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites estabelecidos
em lei complementar federal.
Art. 123 - A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites
estabelecidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro
de 2000)
Parágrafo Único – A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos
ou alteração de estruturação de carreiras,bem como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos
e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, só poderão ser feitas: (Ver Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
§1º A concessão de qualquer vantagem ou aumentos de remuneração, a criação de cargos, empregos e
função ou alteração de estrutura de carreira, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer
título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações e mantidos pelo
Poder Público, só poderão ser feitas: (Parágrafo renumerado e redação dada pela Emenda a Lei Orgânica
nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
I se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesas de pessoal e
aosacréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização especifica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas
e as sociedades de economia mista.
§2º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei
complementar referida no “caput”, o Município adotará as seguintes providências: (Parágrafo incluído
pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança;
(Inciso incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
II - exoneração dos servidores não estáveis; (Inciso incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31
de janeirode 2000)
§3º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o
cumprimento da determinação da lei complementar referida no artigo, o servidor estável poderá perder
o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o
órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei
Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
§4º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente
a um mês de remuneração por ano de serviço. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 019,
de 31 de janeiro de 2000)
§5º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a
criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
(Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
§6º Lei Federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no §3º.
(Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
TÍTULO IV
DA SOCIEDADE
CAPÍTULO I
DA ORDEM SOCIAL
SEÇÃO I
DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 124 – a ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça
sociais.
SEÇÃO II
DA SAÚDE
Art. 125 – A saúde é direito de todos e dever do Poder Público, assegurado mediante políticas
econômicas, sociais, ambientais e outras que visem à prevenção e à eliminação do risco de doenças e
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação, sem qualquer discriminação, incluindo-se nesta o ambiente de trabalho.
Parágrafo Único – O direito à saúde implica a garantia de:
I – condições dignas de trabalho, renda, moradia, alimentação, educação, lazer e saneamento;
II– participação da sociedade civil na elaboração de políticas, na definição de estratégias de
implementação e no controle das atividades com impacto sobre a saúde, entre elas as mencionadas no
item I;
III– acesso às informações de interesse para a saúde e obrigação do Poder Público de manter a população
informada sobre os riscos e danos à saúde e sobre as medidas de prevenção e controle;
IV– respeito ao meio ambiente e controle de poluição ambiental, inclusive ao ambiente de trabalho;
V – acesso igualitário às ações e aos serviços de saúde;
VI – dignidade, gratuidade e boa qualidade no atendimento e no tratamento de saúde;
VII – opção quanto ao número de filhos;
VIII – construção de hospitais e maternidades municipais.
Art. 126 – As ações e serviços de saúde são de relevância pública e cabe ao Poder Público a sua
regulamentação,fiscalização e controle, na forma da lei.
Art. 127 – As ações e serviços de saúde são de responsabilidade do sistema municipal de saúde, que se
organiza deacordo com as seguintes diretrizes:
I– comando político-administrativo único das ações a nível de órgão central do sistema, articulado aos
níveisestadual e federal, formando uma rede regionalizada e hierarquizada;
II– participação da sociedade civil, com acesso dos trabalhadores às informações referentes a atividades
que comportem riscos à saúde e a métodos de controle, bem como aos resultados das avaliações
realizadas;
III– integralidade da atenção à saúde, entendida como a abordagem do indivíduo inserido no coletivo
social, bem como a articulação das ações de promoção, recuperação e reabilitação da saúde;
IV– integração, em nível executivo, das ações de saúde e meio ambiente, nele incluído o de trabalho;
V– proibição de cobrança do usuário pela prestação de serviços de assistência à saúde pela rede pública
própria oucontratados;
VI– distritalização dos recursos, serviços e ações;
VII– desenvolvimento dos recursos humanos e científico-tecnológicos do sistema,
adequados às necessidades dapopulação.
Art. 128 – Compete ao Município, no âmbito do sistema único de saúde, além de outras atribuições
previstas na legislação federal:
I – a elaboração e atualização periódica do plano municipal de saúde, em consonância com os planos
estadual e federal e com a realidade epidemiológica;
II– a direção, gestão, controle e avaliação das ações de saúde a nível municipal;
III– a administração do fundo municipal de saúde e a elaboração de proposta orçamentária;
IV– o controle da produção ou extração, armazenamento, transporte e distribuição de substâncias,
produtos, máquinas e equipamentos que possam apresentar riscos à saúde da população e dos
trabalhadores;
V– o planejamento e execução das ações de vigilância epidemiológica e sanitária, incluindo as relativas
à saúde dos trabalhadores e ao meio ambiente, em articulação com os demais órgãos e entidades
governamentais;
VI– o oferecimento aos cidadãos, por meio de equipes multiprofissionais e de recursos de apoio, de todas
as formas de assistência e tratamento necessárias e adequadas, incluindo práticas alternativas
reconhecidas;
VII– a promoção gratuita e prioritária de cirurgia interruptiva de gravidez, nos casos permitidos por lei,
pelas unidades do sistema público de saúde;
VIII– a normatização complementar e a padronização dos procedimentos relativos à saúde, por meio de
código sanitário municipal;
IX– a formulação e implementação de política de recursos humanos na esfera municipal;
X– a garantia aos profissionais de saúde de plano de carreira, isonomia salarial, admissão através do
concurso, incentivo à dedicação exclusiva, gratificação por tempo integral, capacitação permanente e
condições adequadas de trabalho para execução de suas atividades em todos os níveis;
XI– mediante denúncia de risco à saúde, proceder à avaliação das fontes de risco, no meio ambiente e de
trabalho, e determinar a adoção das devidas providências para que cessem os motivos que lhe deram
causa;
§1º O Poder Público garantirá, através de ação própria, a preservação da saúde e segurança no ambiente
detrabalho.
§2º Os órgãos representativos de classe poderão, como interessados, auxiliar o Poder Público através de
requerimento, denúncia ou outro instrumento cabível, para garantir o disposto neste artigo;
XII– a compatibilização e complementação das normas técnicas do Ministério da Saúde e da Secretaria
de Estadoda Saúde, de acordo com a realidade municipal;
XIII– a adoção de medidas preventivas de acidentes e doenças do trabalho.
Art. 129 – O Poder Público poderá contratar a rede privada somente quando houver insuficiência de
serviços públicos para assegurar a plena cobertura assistencial à população, segundo as normas de direito
público emediante lei aprovada pela Câmara.
§1º A rede privada contratada submete-se ao controle da observância das normas técnicas estabelecidas
pelo Poder Público e integra o Sistema Municipal de Saúde.
§2º Os serviços privados sem fins lucrativos terão prioridade para contratação.
§3º É assegurado à administração do Sistema Único de Saúde o direito de intervir na execução do contrato
de prestação de serviços, quando ocorrer infração de normas contratuais e regulamentares,
particularmente no caso em que o estabelecimento ou serviço de saúde for o único capacitado no local
ou região, ou se tornar indispensável à continuidade dos serviços, observada a legislação federal estadual
sobre contratação com a administração pública.
§4º Caso a intervenção não restabeleça a normalidade da prestação de atendimento à saúde da população,
poderá o Poder Executivo promover a desapropriação da unidade ou rede prestadora de serviços.
Art. 130 - O Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, será financiado com recursos de, no
mínimo, 13% (treze por cento) do orçamento municipal e dos orçamentos da seguridade social da União
e do Estado, além de outras fontes, os quais constituirão o Fundo Municipal de Saúde.
Art. 130 - Fica o Poder Executivo autorizado a aplicar no Sistema Único de Saúde, até 13% (treze por
cento) do montante dos recursos resultantes da receita de impostos, inclusive a proveniente de
transferências. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 016, de 20 de outubro de 1998)
§1º Os recursos apurados na forma do “caput” deste artigo serão acrescidos dos oriundos da seguridade
social da União e do Estado, em valores integrais. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº
016, de 20 de outubro de 1998)
§2º As receitas de que tratam o “caput” e o parágrafo 1º deste artigo, constituirão o Fundo Municipal de
Saúde. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 016, de 20 de outubro de 1998)
§3º Excluem-se das receitas de transferências a que se refere este artigo, as constitucionalmente
vinculadas. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 016, de 20 de outubro de 1998)
Parágrafo Único – As instituições privadas poderão participar de forma complementar do Sistema Único
de Saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito públicos ou convênio, tendo preferência
as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos, ficando vedada destinação de recursos públicos para
auxílios ou subvençõesás privadas com fins lucrativos.
§4o.- As instituições privadas poderão participar de forma complementar do Sistema Único de Saúde,
segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades
filantrópicas e as sem fins lucrativos, ficando vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou
subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. (Parágrafo renumerado pela Emenda a Lei
Orgânica nº 016, de 20 de outubro de 1998)
Art. 131 – Compete ao Conselho Municipal de Saúde, sem prejuízo de outras atribuições e observadas
as diretrizesestabelecidas pela União e pelo Estado:
I – aprovar as diretrizes da política municipal da saúde;
II– pronunciar-se sobre o orçamento municipal destinado à saúde, aprovando mudanças e prioridades;
III– promover a integração dos serviços da rede pública e privada no Município;
IV – zelar pelo cumprimento da legislação aplicável à saúde.
Art. 132 – O Município se responsabilizará pela implementação do Sistema Único de Saúde, de acordo
com a lei.
§1º O Município priorizará a assistência à saúde materno-infantil.
§2º Criação de bancos de leite materno para atendimento aos lactentes.
§3º Acompanhamento médico-odontológico e psicológico nas creches e escolas municipais.
§4º Criação de programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao adolescentes
dependentes deentorpecentes e drogas afins.
§5º Criação de ambulatório com recursos humanos e materiais adequados ao atendimento médico,
odontológico, neuropsicológico, laboratorial e de medicamentos gratuitos e ambulância permanente para
os casos de urgência.
SUBSEÇÃO ÚNICA
DO SANEAMENTO BÁSICO
Art. 134 – Compete ao Poder Público formular e executar a política e os planos plurianuais de saneamento
básico, assegurando:
I– o abastecimento de água para a adequada higiene, conforto e
qualidade compatível com os padrões depotabilidade;
II– a coleta e disposição dos esgotos sanitários, dos resíduos sólidos e drenagem das águas pluviais, de
forma a preservar o equilíbrio ecológico e prevenir ações danosas à saúde;
III– a incorporação das águas residuárias do processo industrial ao sistema público, após o devido
tratamento efetuado pelo agente gerador;
IV– o controle de vetores.
§1º As ações de saneamento básico serão precedidas de planejamento que atenda aos critérios de
avaliação do quadro sanitário da área a ser beneficiada, objetivando a reversão e a melhoria do perfil
epidemiológico.
§2º O Poder Público desenvolverá mecanismos institucionais que compatibilizem as ações de
saneamento básico, habitação, desenvolvimento urbano, preservação do meio ambiente e gestão dos
recursos hídricos, buscando integração com outros municípios nos casos em que se exigirem ações
conjuntas.
Art. 135 – O Município manterá sistema de limpeza urbana, de coleta, de tratamento e destinação final
adequadado lixo domiciliar e disporá sobre os resíduos sólidos especiais.
§1º Os serviços de coleta e disposição final do lixo atenderão à necessidade de reciclagem dos resíduos,
garantindo-se a proteção do meio ambiente.
§2º As áreas resultantes de aterro sanitário serão de uso público, disciplinadas a critério do Poder
Executivo.
§3º O disposto neste artigo será regulamento por lei.
Art. 136 – As ações e serviços de saúde pública realizados no Município integram uma rede regionalizada
e hierarquizada e constituem o Sistema Municipal de Saúde.
Art. 137 – Os serviços de saneamento básico, de competência do Município, serão prestados pelo Poder
Público, mediante execução direta ou delegada, através de concessões ou permissões, visando ao
atendimento adequado à população.
Parágrafo Único – A concessão ou permissão de serviços saneamento básico, ou de parte deles, será
outorgada a pessoas jurídicas de direito público ou privado, devendo, neste último caso, se dar mediante
contrato de direito público.
Parágrafo Único – A prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário serão
prestados exclusivamente pelo Poder Público Municipal, podendo este autorizar sua concessão para os
Poderes, Públicos Estadual ou Federal, ficando proibida a privatização, concessão ou permissão privada
destes serviços no âmbito do Município de Contagem. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº
022, de 21 de maio de 2002)
SEÇÃO III
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 138 – O Município, dentro de sua competência, regulará o serviço social, favorecendo e coordenando
as iniciativas particulares que visem a este objetivo.
§1º Caberá ao Município promover e executar as obras que, por sua natureza e extensão, não possam ser
atendidas pelas instituições de caráter privado.
§2º O plano de assistência social do Município nos termos que a lei estabelecer, terá por objetivo a
correção dos desequilíbrios do sistema social e a recuperação dos elementos desajustados, visando a um
desenvolvimento social e harmônico, consoante o previsto no art. 203, da Constituição Federal.
Art. 139 – Compete ao Poder Público criar e manter creches para atendimento aos filhos menores de seus
servidores, bem como subvencionar creches comunitárias, em percentual proporcional ao atendimento
delas.
SEÇÃO IV
DA EDUCAÇÃO
Art. 140 – A educação, direito de todos, dever do Poder Público e da Família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento do cidadão, tornando-o
capaz de refletir criticamente sobre a realidade e qualificando-o para o trabalho.
Art. 141 – O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - gratuidade da educação básica em estabelecimentos da rede municipal e das fundações públicas
municipais,em todos os níveis.
IV- gratuidade da educação básica em estabelecimentos da rede municipal e das fundações públicas
municipais; (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 018, de 29 de dezembro de 1998)
V- valorização dos trabalhadores de ensino, garantindo, na forma da lei, plano de carreira para magistério,
com piso profissional, ingresso no magistério público exclusivamente por concurso público de prova e
títulos, regime jurídico único para todas as instituições mantidas pelo Município;
V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o
magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de
provas e títulos. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
VI– gestão democrática do ensino, garantida a participação de representantes da comunidade;
VII– garantia de padrão de qualidade, com provimento das escolas de material didático- pedagógico
necessário.
Art. 142 – O dever do Município para com a educação será concretizado mediante a garantia de:
I– atendimento pedagógico gratuito em creche e pré-escola às crianças de 0 (zero) até 6 (seis) anos de
idade, em horário integral a ser implantado progressivamente, com a garantia ao ensino fundamental;
II– ensino fundamental, obrigatório e gratuito, sem limite de idade, em período de oito horas para o curso
diurno;
III - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III- ensino médio, após atendido plenamente e estabelecido pelos incisos I e II deste artigo, com
progressiva extensão e gratuidade: (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 015, de 02 de junho
de 1998)
IV– atendimento educacional especializado ao portador de deficiência, sem limite de idade, na rede
regular de ensino, com garantia de recursos humanos capacitados, material e equipamentos públicos
adequados e de vaga em escola próxima à sua residência;
V– atendimento à criança nas creches e pré-escola e no ensino fundamental, por meio de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
VI– preservação dos aspectos humanísticos e profissionalizantes do ensino médio;
VII– oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando, sem prejuízo da qualidade;
VIII– propiciamento de acesso aos níveis mais elevados de ensino, da pesquisa e da criação artística,
segundo a capacidade de cada um;
IX- equipamentos adequados;
X– programas específicos de atendimento à criança e adolescentes superdotados;
XI– amparo e formação do menor carente ou infrator mediante projetos específicos na área de educação;
XII– supervisão e orientação educacional em todos os níveis e modalidades de ensino nas escolas
municipais,exercidas por profissionais habilitados;
XIII– passe escolar gratuito a aluno do sistema público municipal que não conseguir matrícula em escola
próximaà sua residência;
XIV– criação de escolas técnico-profissionalizantes levando-se em conta a realidade da educação e o
mercado detrabalho;
XV– cessão de serviços especializados para atendimento às fundações públicas e entidades filantrópicas
e comunitárias sem fins lucrativos, de assistência ao menor e aos excepcionais, como dispuser a lei;
XVI– garantia de padrão de qualidade, mediante:
a)avaliação cooperativa periódica por órgãos próprios do sistema educacional, pelo corpo docente e
pelosresponsáveis pelos alunos;
b)condições para reciclagem periódica pelos profissionais de ensino.
XVII– criação de sistema integrado de biblioteca para difusão de informações científicas e culturais.
§1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito, bem como o atendimento em creches e pré- escola, é direito
público subjetivo.
§2º O não oferecimento de ensino obrigatório, creche e pré-escola pelo Poder Público, ou sua oferta
irregular, ou o não atendimento ao portador de deficiência, importa responsabilidade de autoridade
competente.
§3º Comprovada a falta de vaga, o aluno por si ou acompanhado de seus pais ou responsáveis, ou por
estes representado, notificará administrativamente o Executivo Municipal para suprir a falta.
§4º Para todos os efeitos a notificação deverá ser apresentada à autoridade até o vigésimo dia posterior
ao do encerramento das matrículas.
§5º Para atender a falta de vagas o Executivo Municipal poderá, excepcionalmente, adquiri- las, junto à
iniciativa privada, até a satisfação da obrigação, observadas as exigências do Art. 213 da Constituição
Federal.
§6º Compete ao Município recensear os educandos do ensino da rede municipal, mediante instrumentos
decontrole, junto aos pais ou responsáveis e pela frequência à escola.
§7º Os programas suplementares estabelecidos no inciso V,não são tarefas específicas da escola e seus
recursos deverão vir da área social do governo.
§7º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde, estabelecidos no inciso V, não são
tarefas específicas da escola e seus recursos deverão vir da área social do governo. (Redação dada pela
Emenda a Lei Orgânica nº 015, de 02 de junho de 1998)
§8º O Município destinará um percentual mínimo de 5% (cinco por cento) da receita resultante de
impostos, compreendidas as transferências constitucionais nas ações descritas nos incisos III, VI, VIII e
XIV. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 015, de 02 de junho de 1998)
Art. 143 – Respeitado o conteúdo curricular do ensino, estabelecido pela União, o Município fixar-lhe-á
conteúdos complementares, com objetivo de assegurar a formação política, cultural e regional.
§1º O ensino religioso sem caráter confessional e de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos
horáriosnormais das escolas públicas de ensinos fundamental e médio.
§2º As escolas da rede pública municipal desenvolverão programas especiais de educação ambiental,
para otrânsito, e de atividades cívicas.
§3º No ensino médio deverão constar, obrigatoriamente, as disciplinas Sociologia e Filosofia.
Art. 144 – Deverão ser garantidas as relações adequadas entre o número de alunos em sala de aula, o
número de professores disponíveis e sua carga horária, de modo a atender às necessidades do processo
educativo, levando-se em conta que o número de alunos permitidos por sala de aula, com implantação
progressiva, é:
I – pré-escolar – 20 alunos;
II – 1ª a 4ª séries – 25 alunos;
III – demais – 35 alunos.
Art. 145 – A Assembleia Escolar é o órgão deliberativo e consultivo das escolas municipais.
§1º Compõem a Assembleia Escolar os servidores lotados na escola municipal, os alunos e seus pais,
bem comorepresentantes de associações comunitárias locais.
§2º A Assembleia Escolar reunir-se-á, ordinariamente, no início e no final do ano letivo.
§3º Qualquer alteração na grade curricular dependerá de prévia aprovação da Assembléia Escolar.
Art. 146 – Será garantida e estimulada a organização autônoma dos alunos, no âmbito das escolas
municipais.
Art. 147 – Os diretores e vices das escolas municipais serão eleitos por voto direto pela comunidade
escolar, em sistema de paridade, garantindo-se cinquenta por cento para o voto de cada segmento escolar,
com assessoramento do Conselho Pedagógico Administrativo. (Declarado inconstitucional em 26 de
março de 1999 – ADIN 105.815-5)
Art. 147 - Os diretores e vice-diretores dos estabelecimentos de ensino da rede pública municipal serão
escolhidos mediante consulta à comunidade escolar formada pelos alunos com idade igual ou superior a
doze anos, pais ou responsáveis, funcionários em exercício na escola, através de voto universal, direto e
secreto. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 024, de 09 de dezembro de 2003)
Art. 148 – Os servidores públicos, atuando no sistema de ensino municipal, formarão o Quadro Único
das EscolasMunicipais, com duas funções básicas:
I– magistério com funções de docência, de supervisão, de orientação, de administração, de inspeção e
decoordenação nas escolas e na Secretaria de Educação;
II– administrativa com funções de secretaria escolar, biblioteca e serviços gerais nas escolas e na
Secretaria deEducação.
Art. 149 – Fica assegurada a cada unidade de ensino municipal dotação anual com repasse de cotas
mensais, para os fins de conservação, manutenção e funcionamento, com gestão direta das próprias
escolas.
Art. 149 - Fica assegurada a cada unidade de ensino municipal, dotação anual consignada no orçamento
da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, com repasses mensais à medida de um duodécimo, para
fins de conservação, manutenção e funcionamento, com gestão direta das próprias escolas. (Redação
dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 010, de 25 de novembro de 1997)
Art. 151 - O Município aplicará, anualmente, nunca menos de 30% (vinte cinco por cento) da receita
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino.
Art. 151 - O Município aplicará, anualmente, nunca menos de 25% (vinte cinco por cento) da receita
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento
do ensino. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 015, de 02 de junho de 1998)
§1º Não compõem o percentual referido neste artigo as verbas destinadas às atividades esportivas,
culturais, recreativas, nem os programas suplementares previstos nesta lei, e nem os programas não
escolares e não vinculados à Secretaria de Educação e Cultura.
§2º O percentual mínimo, mencionado neste artigo, deverá ser obtido levando-se em conta a data de
arrecadação e a aplicação dos recursos, de forma que não se comprometam os valores reais efetivamente
liberados, em forma de duodécimos.
§3º Garantir-se-á um percentual definido na dotação orçamentária para as creches comunitárias.
Art. 153 – Compete ao Conselho Municipal de Educação, sem prejuízo de outras atribuições a ele
conferidas, e observadas as diretrizes e bases estabelecidas pela União e pelo Estado:
I– aprovar as diretrizes da política municipal de educação;
II– pronunciar-se sobre o orçamento municipal destinado à educação, propondo mudanças e prioridades;
III– manifestar-se sobre autorização de funcionamento das escolas de ensinos fundamental e médio, no
Município;
IV – promover a integração das redes de ensino do Município;
V – zelar pelo cumprimento da legislação aplicável à educação e ao ensino.
SEÇÃO V
DA CULTURA
Art. 154 – O Poder Público garante a todos o pleno exercício dos direitos culturais, para o que incentivará,
valorizará e difundirá as manifestações culturais da comunidade, mediante, sobretudo:
I– definição e desenvolvimento de política que articule, integre e divulgue as manifestações culturais das
diversas regiões do Município.
II– criação e manutenção de núcleos culturais regionais e de espaços públicos equipados, para a formação
e difusão das expressões artístico-culturais;
III– criação e manutenção de museus, bibliotecas, e arquivos públicos regionais que integram o sistema
de preservação da memória do Município, franqueada a consulta da documentação governamental a
quantos dela necessitem;
IV– adoção de medidas adequadas à identificação, proteção, conservação, revalorização e recuperação
do patrimônio cultural, histórico, natural e científico do Município;
V– adoção de incentivos fiscais que estimulem as empresas privadas a investirem na produção cultural e
artística do Município e a preservação do seu patrimônio histórico, artístico e cultural;
VI– adoção de ação impeditiva da evasão, destruição e descaracterização de obras de arte e de outros
bens de valorhistórico, científico, artístico e cultural;
VII– estímulo às atividades de caráter cultural e artístico, notadamente as de cunho regional e as
folclóricas;
VIII – criação do Conselho Municipal de Cultura.
§1º O Município, com a colaboração da comunidade, prestará apoio para a preservação das manifestações
culturais locais, especialmente das escolas e bandas musicais, guardas de congo e cavalhadas.
§2º O Município manterá dotação orçamentária de desenvolvimento cultural como garantia de
viabilização do disposto neste artigo.
§3º Os espaços culturais deverão ser utilizados para os fins aos quais se destinam.
Art. 155 – Constituem patrimônio cultural municipal os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, que contenham referência à identidade, à ação e à memória dos
diferentes grupos formadores da sociedade contagense, entre os quais se incluem:
I– as formas de expressão;
II– os modos de criar, fazer e viver;
III– as criações científicas, tecnológicas e artísticas;
IV– as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados a manifestações artístico-
culturais;
V– os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, espeleológico,
paleontológico, ecológico e científico.
Art. 156 – O Município, com a colaboração da comunidade, protegerá o patrimônio cultural por meio de
inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, de outras formas de acautelamento e
preservação e,ainda, de repressão aos danos e ameaças a esse patrimônio.
Parágrafo Único – A lei estabelecerá plano permanente para proteção do patrimônio cultural do
Município, notadamente dos núcleos urbanos mais significativos.
Art. 157 – A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de fatos relevantes para a cultura
municipal.
Art. 158 – Cabe ao Município promover o desenvolvimento cultural da comunidade local, mediante:
I – cooperação com a União e o Estado na proteção aos sítios e objetos de interesse histórico,
artístico earquitetônico;
II – incentivo à promoção e divulgação da história, dos valores humanos e das tradições locais.
SEÇÃO VI
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Art. 160 – O Município criará e manterá entidade voltada ao ensino e à pesquisa científica, ao
desenvolvimento experimental e a serviços técnico-científicos relevantes para o seu desenvolvimento
social e econômico.
§1º Os recursos necessários à efetiva operacionalização da entidade serão consignados no orçamento
municipal e obtidos de órgãos e entidades de fomento federais e estaduais, mediante projetos de pesquisa.
§2º O Município recorrerá preferencialmente aos órgãos e entidades de pesquisa estaduais e federais nele
sediados, promovendo a integração intersetorial por meio da implantação de programas integrados e em
consonância com as necessidades das diversas demandas científicas, tecnológicas e ambientais afetas às
questões municipais.
§3º O Município poderá consorciar-se a outros para o trato das questões previstas neste artigo, quando
evidenciada a pertinência técnica e administrativa.
Art. 161 – O Município criará núcleos de treinamento e difusão de tecnologias, de alcance comunitário,
de forma acontribuir para a absorção efetiva da população de baixa renda.
SEÇÃO VII
DO DESPORTO E DO LAZER
Art. 162 – O Município promoverá, estimulará, orientará e apoiará a prática desportiva e a educação
física,inclusive por meio de:
a)destinação de recursos públicos;
b)proteção às manifestações esportivas e preservação das áreas a elas destinadas;
c)tratamento diferenciado entre o desporto profissional e não profissional.
§1º Para os fins do artigo, cabe ao Município:
I– exigir, para aprovação de projetos urbanísticos, conjuntos habitacionais e de unidades escolares, a
reserva de área destinada a praça de esportes, a lazer comunitário;
II– utilizar-se de terreno próprio, cedido ou desapropriado, para desenvolvimento de programa de
construção de centro esportivo, praça de esportes, ginásio, áreas de lazer e campos de futebol, necessários
à demanda do esporte amador dos bairros da cidade;
III– garantir, através de convênios, a efetiva utilização dos centros sociais urbanos para desenvolvimento
de atividades físicas, desportivas e recreativas de sua área de influência;
IV– incentivar, no Município, a indústria de materiais e equipamentos desportivos;
V– promover estudos e pesquisas científicas e tecnológicas relacionadas com a educação física e
desportos.
§2º O Município garantirá ao portador de deficiência atendimento especial no que se refere à educação
física e àprática de atividades desportiva, sobretudo no âmbito escolar.
§3º O Município, por meio de rede pública de saúde, propiciará acompanhamento médico e exames ao
atletaintegrante de quadros de entidade amadorista, carente de recursos.
§4º Cabe ao Município, na área de sua competência, regulamentar e fiscalizar os jogos esportivos, os
espetáculos edivertimentos públicos.
Art. 163 – O Município apoiará e incentivará o lazer e o reconhecerá como forma de promoção social.
Parágrafo Único – Os parques, jardins, praças e quarteirões fechados são espaços privilegiados para o
lazer.
SEÇÃO VIII
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO DEFICIENTE E DO IDOSO
Art. 164 – O Município, na formulação e aplicação de suas políticas sociais, visará, nos limites de sua
competência e em colaboração com a União, e o Estado, dar à família condições para a realização de
suas relevantes funções.
Parágrafo Único – Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade e
maternidade responsáveis, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Município,
por meio de recursos educacionais e científicos, colaborar com a União e o Estado para assegurar o
exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte das instituições públicas.
Art. 165 – É dever da família, da sociedade e do Poder Público assegurar à criança e ao adolescente, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a
salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§1º A garantia de absoluta prioridade compreende:
I – primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
II – a precedência de atendimento em serviço de relevância pública ou em órgão público;
III – a preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
IV – o aquinhoamento privilegiado de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância
e à juventude, notadamente no que disser respeito a tóxicos e drogas afins.
§2º Será punido, na forma da lei, qualquer atentado do Poder Público, por ação ou omissão, aos
direitosfundamentais da criança e do adolescente.
Art. 166 – O Município, em conjunto com a sociedade, criará e manterá programas sócio- educativos e
de assistência judiciária, destinados ao atendimento de criança e adolescente privados das condições
necessárias ao seu pleno desenvolvimento e incentivará, ainda, os programas de iniciativa das
comunidades, mediante apoio técnico e financeiro vinculados ao orçamento, de forma a garantir-se o
completo atendimento dos direitos constantes desta Lei.
§1º As ações do Município, de proteção à infância e à adolescência, serão organizados na forma da lei,
com base nas seguintes diretrizes:
I – descentralização do atendimento;
II– priorização dos vínculos familiares e comunitários como medida preferencial para a integração social
de crianças e adolescentes;
III– atendimento prioritário em situação de risco, definida em lei e observadas as características culturais
e sócio- econômicas locais;
IV– participação da sociedade civil na formulação das políticas e programas, assim como na
implantação,acompanhamento, controle e fiscalização de sua execução.
§2º Programas de defesa e vigilância dos direitos da criança e do adolescente preverão:
I– estímulo e apoio à criação de centros de defesa dos direitos da criança e do adolescente, geridos pela
sociedade civil;
II– criação de plantões de recebimento e encaminhamento de denúncias de violência contra crianças
eadolescentes;
III– o atendimento de serviço de advocacia à criança será feito pelo Município, de forma específica, bem
como o acompanhamento às vítimas de negligência, abuso, maus-tratos, exploração e tóxico.
§3º O Município implantará e manterá, sem qualquer caráter repressivo ou obrigatório:
I – albergues, que ficarão à disposição das crianças e adolescentes desassistidos;
II – quadros de educadores de rua, compostos por psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, especialistas
em atividades esportivas, artísticas, de expressão corporal e dança, bem como por pessoas de reconhecida
competência e sensibilidade no trabalho com crianças e adolescentes.
Art. 167 – O Município promoverá condições que assegurem amparo à pessoa idosa, no que diz respeito
à sua dignidade e ao seu bem-estar.
§1º O amparo ao idoso será, quando possível, exercido no próprio lar.
§2º Para assegurar a integração do idoso na comunidade e na família, serão criados centros diurnos de
lazer e de amparo à velhice e programas de preparação para a aposentadoria, com a participação de
instituições dedicadas a essa finalidade.
Art. 169 – A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público, a
fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.
Art. 170 – O Poder Público estimulará o investimento de pessoas físicas e jurídicas, na adaptação e
aquisição de equipamentos necessários ao exercício profissional dos trabalhadores portadores de
deficiência, conforme dispuser a lei.
Art. 172 – Fica garantida a efetiva implantação do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher
em todasas fases de sua vida.
Art. 173 – Os currículos das escolas municipais devem criar mecanismos que impeçam a prática da
educação diferenciada entre meninos e meninas.
Art. 174 – Não será permitido à administração pública contratar serviços de empresas que pratiquem a
discriminação de raça ou de sexo e não respeitem as leis trabalhistas referentes à mulher.
Art. 175 – Fica o Poder Executivo Municipal obrigado, progressivamente, a construir e manter, nas áreas
industriais e comerciais do Município, creches com estrutura para receber todos os filhos das mulheres
trabalhadoras.
§1º Para fins de estabelecer a localização das creches, o número de vagas e a infra-estrutura necessária,
assim como para fiscalizar o seu funcionamento futuro, fica criada Comissão Diretora, formada pelo
Secretário Municipal da Ação Social, um Vereador e por representantes de classe, com base no
Município.
§2º Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a criar Taxa Sobre a Indústria e o Comércio para
garantir os recursos necessários para a construção, equipamento e manutenção das creches, a ser definida
em lei complementar.
§3º O Poder Executivo terá 120 (cento e vinte) dias de prazo para enviar, ao Poder Legislativo, projeto
regulamentando o presente artigo.
CAPÍTULO II
DA ORDEM ECONÔMICA
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 176 – O Município, dentro de sua competência, organizará a ordem econômica, com o objetivo de
ordenar o pleno desenvolvimento econômico a partir das funções sociais do Município, bem como o
bem-estar da coletividade.
Art. 177 – O Município criará e manterá o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico, que
terá por objetivo estimular e orientar a produção, a expansão do mercado de trabalho, o desenvolvimento
tecnológico do Município, a racionalização e a coordenação das ações do Governo Municipal e o
incremento das atividades produtivas, bem como defender os interesses do povo, através da política de
defesa do consumidor, e promover a justiça e solidariedade sociais.
§1º Na composição do Conselho, será assegurada a participação da sociedade civil.
§2º A lei regulará a composição, o funcionamento e as atribuições do Conselho Municipal de
Desenvolvimento Econômico, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias.
Art. 178 – O Município manterá setores especializados incumbidos de exercer ampla fiscalização dos
serviços públicos por ele concedidos e da revisão de suas tarifas.
Parágrafo Único – A fiscalização de que trata este artigo compreende o exame contábil e as perícias
necessárias à apuração das inversões de capital e dos lucros auferidos pelas empresas concessionárias.
Art. 179 – O Município dispensará à microempresa e à empresa de pequeno porte, assim definidas em
lei federal, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela significação de suas obrigações
administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas, por meio
de lei.
SEÇÃO II
DA POLÍTICA URBANA
Art. 180 – A Política de Desenvolvimento Urbano, formulada e executada pelo Poder Público Municipal,
tem por objetivo ordenar, planejar, dirigir, coordenar, delegar e controlar o pleno desenvolvimento das
funções sociais do Município.
Parágrafo Único – Como funções do Município compreende-se: o direito de acesso à moradia, transporte
público, saneamento, energia elétrica, iluminação pública, abastecimento, comunicação, educação,
saúde, lazer, segurança e a promoção de oferta de trabalho, bem como a preservação ambiental e cultural.
Art. 184 – O direito de propriedade territorial urbana não pressupõe o direito de construir, cujo exercício
deverá ser autorizado pelo Poder Público, segundo critérios a serem estabelecidos em lei municipal.
SUBSEÇÃO ÚNICA
DO PLANO DIRETOR
Art. 185 – Nos termos desta Lei, o Plano Diretor é o instrumento básico da Política de Desenvolvimento
doMunicípio.
§1º O Plano Diretor deverá conter:
I – exposição circunstanciada das condições físicas, econômicas, financeiras, sociais, culturais e
administrativas doMunicípio e da organização espacial;
II – objetivos estratégicos, fixados com vistas à solução dos principais entraves ao desenvolvimento
social;
III – diretrizes econômicas, financeiras, administrativas, sociais, de uso e ocupação do solo, de
preservação dopatrimônio ambiental e cultural;
IV – ordem e prioridades, abrangendo objetivos e diretrizes;
V – mecanismos normativos e financeiros necessários à implementação das diretrizes e consecução dos
objetivosdo Plano Diretor, segundo a ordem de prioridades estabelecidas.
§2º Os orçamentos, as diretrizes orçamentárias e o plano plurianual serão compatibilizados com as
prioridades emetas estabelecidas no Plano Diretor.
§3º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de
ordenação dacidade expressas no Plano Diretor.
Art. 186 – Os serviços de utilidade pública, principalmente os de infra-estrutura, transporte e saneamento
básico, mesmo de abrangência supramunicipal, deverão estar em consonância com o Plano Diretor.
Art. 187 – O Plano Diretor estabelecerá áreas especiais, conforme suas características, tais como:
I – áreas de urbanização preferencial;
II – áreas de reurbanização;
III – áreas de urbanização restrita;
IV – áreas de regularização;
V – áreas destinadas a programas habitacionais;
VI – áreas de transferência do direito de construir.
§1º Áreas de urbanização preferencial são as destinadas a:
a)implantação prioritária de equipamentos urbanos e comunitários;
b)aproveitamento adequado de terrenos não edificados, subutilizados ou não utilizados, observado o
disposto noArt. 182, §4º, I, II e III, da Constituição Federal;
c)adensamento de áreas edificadas;
d)ordenamento e direcionamento da urbanização.
§2º Áreas de reurbanização são as que, para a melhoria das condições urbanas, exigem novo
parcelamento do solo,recuperação ou substituição de construções existentes.
§3º Áreas de urbanização restrita são aquelasem que a urbanização deve
ser desestimulada ou contida emdecorrência de:
a)necessidade de preservação de seus elementos naturais;
b)vulnerabilidade a intempéries, calamidades e outras condições adversas;
c)necessidade de proteção ambiental e de preservação do patrimônio histórico, artístico, turístico,
cultural,arqueológico e paisagístico;
d)proteção à represas e margens de córregos;
e) implantação de operação de equipamentos públicos de grande porte e reconhecido interesse social;
f) saturação ocupacional e dos serviços de infra e supra-estrutura urbana.
§4º Áreas de regularização são aquelas que se encontram em regime de posse, em condições de sub-
habitação e loteamentos clandestinos, ocupados por população de baixa renda, e que devem, no interesse
social, ser objeto de ações visando à consolidação do domínio, urbanização, bem como a implantação
prioritária de equipamentos urbanos e comunitários.
§5º Áreas de transferências do direito de construir são as passíveis de adensamento, observados os
critérios estabelecidos na lei de parcelamento, ocupação e uso do solo.
Art. 188 – Na elaboração do Plano Diretor e dos programas e projetos dele decorrentes, o Poder Público
asseguraráa ampla participação da sociedade civil organizada.
Art. 189 – A transferência do direito de construir pode ser autorizada ao proprietário de imóvel
considerado de interesse de preservação ou destinado à implantação de programa habitacional.
§1º A transferência pode ser autorizada ao proprietário que doar ao Poder Público imóvel para fins de
implantação de equipamentos urbanos ou comunitários, bem como de programa habitacional.
§2º Uma vez exercida a transferência do direito de construir, o índice de aproveitamento não poderá ser
objeto denova transferência.
SEÇÃO III
DA HABITAÇÃO
Art. 190 – O Poder Público adotará instrumentos para efetivar o direito de todos à moradia, em condições
dignas, mediante políticas habitacionais que considerem as peculiaridades regionais e garantam a
participação da sociedadecivil.
Parágrafo Único – O direito à moradia compreende o acesso aos equipamentos urbanos.
Art. 192 – Para assegurar o direito à moradia, o Município deverá formular política habitacional integrada
à política urbana e de desenvolvimento social expressos no Plano Diretor.
§1º Para fins deste artigo, o Município deverá atuar:
I- na oferta de habitações e lotes urbanizados para a população de baixa renda;
II– na formação de estoques de terrenos para implementação de programas habitacionais;
III– na implantação de programas que visem a reduzir o custeio dos materiais de construção;
IV – no desenvolvimento de técnicas para o barateamento final da construção;
V – nos incentivos às cooperativas habitacionais;
VI – na regularização fundiária e urbanização de favelas e loteamentos;
II – na assessoria à população em processos de usucapião urbano;
VIII – na criação de plano de habitação especial para os servidores públicos municipais;
IX – política tributária que iniba a especulação, utilizando, em especial, o IPTU, e o ITBI, no que couber
ao Município;
X – na criação de plano de habitação especial para a população de baixa renda.
§2º Na criação do plano de habitação especial para a população de baixa renda ficam garantidos o regime
de mutirão e o amortecimento da dívida em prestações mensais nunca superior a 10% (dez por cento) do
salário mínimo vigente.
Art. 193 – Visando à implantação da política habitacional, o Município constituirá Fundo de Habitação
Popular, a ser regularizado em lei complementar, com recursos provenientes de orçamento municipal,
convênios com entidades públicas ou privadas, além de outras fontes.
Parágrafo Único – Ao Poder Executivo, em conjunto com representantes de entidades da sociedade civil
e dos servidores públicos, cabe as seguintes atribuições:
a) gerenciar e fiscalizar o Fundo de Habitação Popular;
b) definir prioridades e proposição de linhas de atuação relativas às diretrizes da política habitacional;
c) aprovar, anualmente, a aplicação e a prestação de contas dos recursos do Fundo de Habitação Popular.
Art. 194 – A política habitacional deverá levar em conta a realidade metropolitana, devendo o Município
searticular com outros da Região Metropolitana, no sentido de:
I – viabilizar uma estratégia comum de atendimento à demanda regional;
II – viabilizar formas consorciadas de investimentos no setor.
Art. 195 – O Poder Executivo, através de administração direta ou licitação, promoverá execução de
conjuntos habitacionais ou loteamentos com urbanização simplificada, assegurando:
I – minimização do preço final das unidades;
II – implantação da infra-estrutura;
III – a destinação exclusiva àqueles que não possuam outro imóvel.
§1º Na implantação de conjunto habitacional, incentivar-se-á a integração de atividades econômicas que
promovama geração de empregos para a população residente.
§2º Na desapropriação de área habitacional decorrente de obra pública, o Poder Executivo poderá optar
pelo reassentamento da população desalojada e, na desocupação de áreas de risco comprovada, se
obrigará a promover o reassentamento da população desalojada, ouvido o Fundo de Habitação Popular.
§3º Na implantação de conjuntos habitacionais com mais de duzentas unidades, é obrigatória a
apresentação de relatório de impacto ambiental e econômico-social, e assegurada a sua discussão em
audiências públicas.
Art. 196 – O Município, para assegurar a função social da propriedade, somente aprovará os projetos de
“plantas” e concederá “habite-se” aos conjuntos habitacionais com mais de 100 (cem) residências
contendo, neles, escolas, creches, áreas de lazer e toda infra-estrutura.
SEÇÃO IV
DO MEIO AMBIENTE
Art. 197 – Todos têm direito ao meio ambiente saudável e ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum e essencial à adequada qualidade de vida, impondo-se à coletividade e, em especial, ao Poder
Executivo, o dever de defendê-lo e preservá-lo para o benefício das gerações atuais e futuras.
Parágrafo Único – O direito ao ambiente saudável estende-se ao trabalho, ficando o Município obrigado
a garantir e proteger o trabalhador contra toda e qualquer condição nociva à sua saúde física e mental.
Art. 198 – É dever do Poder Executivo elaborar e implantar, através de lei, Plano Municipal de Meio
Ambiente e Recursos dos Meios Físico e Biológico, de diagnóstico de sua utilização e definição de
diretrizes para o seu melhor aproveitamento no processo de desenvolvimento econômico-social.
Art. 199 – Cabe ao Poder Executivo, através de seus órgãos de administração direta, indireta e
fundacional:
I– definir e implantar áreas e seus componentes representativos de todos os ecossistemas originais do
espaço territorial do Município, a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e supressão,
inclusive dos já existentes, permitidas somente por lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
II– exigir, na forma da lei, para a instalação de obra ou de atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade, garantidas audiências públicas, na forma da lei;
III– garantir a educação ambiental, em todos os níveis de ensino, através de matéria curricular nas escolas
municipais, sugerindo a inclusão no programa de ensino das escolas particulares, com o objetivo de
desenvolver uma consciência ecológica ampla e sadia, para se obter um melhor aproveitamento dos seus
recursos naturais compatíveis com a preservação do meio ambiente;
IV– proteger a fauna e a flora, vedadas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica,
provoquem extinção de espécie ou submetam os animais à crueldade, fiscalização, a extração, captura,
produção, transporte, comercialização e consumo de seus espécimes e subprodutos;
V– proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VI– registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos
hídricos, minerais e vegetais em seu território;
VII– definir o uso e ocupação do solo, através de planejamento que englobe diagnóstico, análise técnica
e definição de diretrizes de gestão dos espaços, ouvida a sociedade civil e entidades especializadas,
respeitando a conservação da qualidade ambiental;
VIII– estimular e promover o reflorestamento ecológico em áreas degradadas, objetivando,
especialmente, a proteção de encostas e dos recursos hídricos, bem como a consecução de índices
mínimos de cobertura vegetal;
IX– controlar e fiscalizar a produção, a estocagem de substâncias, o transporte, a comercialização e a
utilização de técnicas, métodos e as instalações que comportem risco efetivo ou potencial para a saudável
qualidade de vida e ao meio ambiente natural;
X– garantir o amplo acesso dos interessados a informações sobre as fontes e causas da poluição e da
degradação ambiental;
XI– informar sistemática e amplamente a população sobre os níveis de poluição, a qualidade do meio
ambiente, as situações de risco de acidentes e a presença de substâncias potencialmente danosas à saúde
na água potável e nos alimentos;
XII– vedar a concessão de recursos públicos, ou incentivos fiscais, que desrespeitem as normas e os
padrões de proteção ao meio ambiente;
XIII– promover medidas judiciais e administrativas de responsabilização dos causadores de poluição ou
de degradação ambiental;
XIV– recuperar a vegetação em áreas urbanas, segundo critérios definidos em lei;
XV– discriminar, por lei, os critérios para o licenciamento de atividades utilizadoras de recursos
ambientais, as penalidades para os infratores das normas municipais de proteção, conservação e melhoria
do meio ambiente, e as condições para reabilitação de áreas exploradas;
XVI– estabelecer, controlar e fiscalizar padrões de qualidade ambiental, considerando os efeitos
sinérgicos e cumulativos da exposição às fontes de poluição, incluída a absorção de substâncias químicas
através de alimentação;
XVII– requisitar a realização periódica de auditorias nos sistemas de controle da poluição e prevenção
de risco de acidentes das instalações e atividades de significativo potencial poluidor, incluindo a
avaliação detalhada dos efeitos de sua operação sobre a qualidade física, química e biológica dos recursos
ambientais, bem como sobre a saúde dos trabalhadores e da população afetada;
XVIII– garantir o amplo acesso dos interessados à informação sobre as fontes e causas da poluição e da
degradação ambiental e, em particular, aos resultados das monitoragens e das auditorias a que se refere
o inciso XI deste artigo.
Art. 200 – Aquele que explorar recursos hídricos, minerais e vegetais fica obrigado a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma
da lei.
Art. 201 – É obrigatória a recuperação da vegetação nativa nas áreas protegidas em lei e todos que não
respeitarem as restrições no desmatamento, deverão recuperá-las, no prazo máximo de 90 (noventa) dias,
a partir da constataçãoda degradação.
Art. 202 – O Poder Executivo manterá, obrigatoriamente, o Conselho Municipal de Meio Ambiente,
órgão colegiado, autônomo, consultivo e deliberativo, composto paritariamente por representantes do
Poder Público, entidades ambientalistas, representantes da sociedade civil, que, entre outras atribuições
definidas em lei, deverá fiscalizar e analisar qualquer projeto público ou privado que implique impacto
ambiental, ouvindo a coletividade.
§1º Para o julgamento de projeto a que se refere este artigo, o Conselho Municipal de Meio Ambiente
realizará audiências públicas obrigatórias, em que se ouvirá as entidades interessadas, especialmente,
com representantes da população atingida.
§2º As populações atingidas pelo impacto ambiental dos projetos deverão ser consultadas
obrigatoriamente, atravésde referendo.
Art. 203 – Os recursos de multas administrativas por atos lesivos ao meio ambiente e das taxas incidentes
sobre utilização dos recursos ambientais, serão destinados à conservação do meio ambiente.
Art. 204 – O Poder Executivo Municipal, autorizado por lei, poderá criar parques, reservas biológicas e
ecológicas e outras unidades de conservação, mantê-las sob especial proteção e dotá-las de infra-estrutura
indispensável àssuas finalidades.
Art. 205 – As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores a sanções
administrativas com a aplicação de multas diárias e progressivas, nos casos de continuidade da infração
ou reincidência, incluídas a redução do nível de atividade e a interdição, independentemente da obrigação
dos infratores de restaurar os danos causados.
Art. 206 – Nos serviços públicos prestados pelo Município e na sua concessão, permissão e renovação,
deverá ser avaliado o serviço e seu impacto ambiental.
Parágrafo Único – As empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos deverão atender
rigorosamente aos dispositivos de proteção ambiental, não sendo permitida a renovação de permissão ou
concessão,no caso de reincidência da infração.
SEÇÃO V
DOS TRANSPORTES
Art. 209 – É dever do Poder Executivo Municipal fornecer transporte com tarifa condizente com o poder
aquisitivo da população, respeitada a proporcionalidade do percurso, bem como assegurar a qualidade
dos serviços.
Art. 210 – O Poder Executivo Municipal deverá efetuar o planejamento e a operação do sistema de
transportelocal.
§1º O Executivo Municipal definirá, segundo o critério do Plano Diretor, o percurso, a freqüência e a
tarifa dotransporte coletivo local.
§2º É obrigatória a manutenção de linhas noturnas de transporte coletivo em toda a área do
Município,racionalmente, distribuídas pelo órgão competente.
Art. 211 – As tarifas de serviços de transporte coletivo e de táxi, e de estacionamento público, no âmbito
municipal, serão fixadas pelo Poder Executivo.
§1º O Poder Executivo deverá proceder ao cálculo de remuneração do serviço de transporte de
passageiros às empresas operadoras, com base em planilha de custos, contendo metodologia de cálculo,
parâmetros e coeficientes técnicos em função das peculiaridades do sistema de transporte urbano
municipal.
§2º As planilhas de custos serão revistas quando houver alteração no preço de componentes da estrutura
de custos de transportes necessários à operação de serviço.
§3º É assegurada à entidade representativa da sociedade civil, à Câmara e à Defensoria do Povo o acesso
aos dados informadores da planilha de custos, bem como a elementos da metodologia de cálculo,
parâmetros e coeficientes técnicos.
Art. 212 – O equilíbrio econômico-financeiro dos serviços de transporte coletivo será assegurado pela
compensação entre a receita auferida e o custo total do sistema.
§1º O cálculo das tarifas abrange os custos da produção do serviço e de gerenciamento das concessões
ou permissões e controle do tráfego, levando em consideração a expansão do serviço, manutenção de
padrões mínimos de conforto, segurança, rapidez e justa remuneração dos investimentos.
§2º A fixação de qualquer tipo de gratuidade no transporte coletivo urbano poderá ser feita mediante lei
que contenha a fonte de recursos para custeá-la, salvo os casos previstos nesta Lei.
Art. 213 – As vias integrantes dos itinerários das linhas de transporte coletivo de passageiros terão
prioridade para pavimentação e conservação.
Parágrafo Único – A oferta de transporte coletivo deverá ocorrer em torno das áreas de favelas, de forma
a preservar a sua tipicidade de ocupação, garantindo o atendimento à população de baixa renda.
SEÇÃO VI
DO ABASTECIMENTO E DA POLÍTICA RURAL
Art. 214 – O Município, nos limites de sua competência, em cooperação com a União e o Estado,
organizará o abastecimento com vistas a melhorar as condições de acesso a alimentos pela população,
especialmente a de baixo poder aquisitivo.
Parágrafo Único – Para assegurar a efetividade do disposto neste artigo, cabe ao Poder Executivo, entre
outras medidas:
I– planejar e executar programas de abastecimento alimentar, de forma integrada com os programas
especiais de níveis federal, estadual, metropolitano e intermunicipal;
II– dimensionar a demanda, em qualidade, quantidade e valor de alimentos básicos consumidos pelas
famílias de baixa renda;
III– incentivar a melhoria do sistema de distribuição varejista, em áreas de concentração de consumidores
de menor renda;
IV– articular-se com órgão e entidade executores da política agrícola nacional e regional, com vistas à
distribuição de estoques governamentais, prioritariamente, aos programas de abastecimentos popular;
V– implantar e ampliar os equipamentos de mercado atacadista e varejista, como galpões comunitários,
feiras cobertas e feiras livres, garantindo o acesso a eles de produtores e de varejistas, por intermédio de
suas entidades associativas;
VI– incentivar, com a participação do Estado, a criação e manutenção de granja, sítio e chácara,
destinados à produção alimentar básica.
Art. 215 – O Município manterá assistência técnica ao trabalhador e ao pequeno produtor rural, visando
a estimular uma maior produção e garantia de mercado de trabalho, no âmbito de seu território.
TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 217 – Todo agente político ou agente público, qualquer que seja sua categoria ou natureza do cargo,
e o dirigente, a qualquer título, de entidade da administração indireta, obrigam-se, ao se empossarem,
sob pena de nulidade, de pleno direito, do ato da posse, e ao serem exonerados, a declararem seus bens.
Parágrafo Único – A declaração deverá ser lavrada em livro próprio do Cartório de Títulos e Documentos
da Comarca. (Revogada pela Emenda nº 41/2018)
Art. 218 – A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência
e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos.
Art. 219 – Fica criado o Hospital Municipal de Contagem, bem como policlínicas regionais cuja
população atinja cento e cinquenta mil habitantes, para atendimento a todos os munícipes.
Art. 220 – A jornada de oito horas, prevista no inciso II do Art. 142, desta lei, será progressiva conforme
o estabelecimento pelo Plano Anual de Educação.
Art. 221 – Compete ao Poder Executivo manter e aprimorar o Centro de Ensino Supletivo “Clemente
Faria”, inclusive, garantindo a sua sede física e o funcionamento em três turnos.
Art. 222 – É garantida ao estudante hemofílico a reposição das aulas perdidas por motivo de saúde.
Art. 223 – A atividade de Diretor Escolar será assistida por um Encarregado de Serviços Gerais, exigida
a formação de ensino médio, com a atribuição de zelar pela infra-estrutura das unidades de ensino.
Art. 224 – Terão direito a dotação de verbas, junto à Secretaria Municipal de Educação e Cultura, somente
as entidades educacionais sem fins lucrativos, constituídas legalmente e com cadastro junto à Secretaria.
Art. 225 – O Poder Executivo Municipal fará inserir na proposta do orçamento verba específica visando
o atendimento às necessidades do Conselho Municipal da Mulher.
Art. 226 – O Município criará uma colônia de férias para os servidores públicos em uma das praias do
litoral brasileiro.
Art. 227 – O Município terá uma Banda de Música, que manterá e incentivará através de convênio com
a Escola Superior de Música.
Art. 228 - Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento de proventos de aposentadoria e
pensões concedidas aos respectivos servidores e seus dependentes, em adição aos recursos do respectivo
tesouro, o Município poderá constituir fundo integrado pelos recursos provenientes de contribuições e
por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e administração
desses fundos. (Artigo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
Parágrafo Único - Autorizada por Lei à instituição de seu Regime Próprio de Previdência, poderá o
Município baixar normas disciplinando a matéria, nos termos de legislação vigente. (Parágrafo incluído
pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
Art. 229 - É assegurada a concessão de aposentadoria e pensão, a qualquer tempo, aos servidores públicos
bem como seus dependentes, que, até a data da publicação da Emenda Constitucional de nº 20, tenham
cumprido os requisitos para obtenção destes benefícios com base nos critérios da legislação então
vigente. (Artigo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
§1º O servidor de que trata este artigo, que tenha completado as exigências para aposentadoria integral e
que opte por permanecer em atividade fará jus à isenção da contribuição previdenciária até completar as
exigências para aposentadoria contidas no Art. 52, §1º, III, “a”, desta Lei Orgânica. (Parágrafo incluído
pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
§2º Os proventos da aposentadoria a ser concedida aos servidores públicos regidos no “caput”, em termos
integrais ou proporcionais ao tempo de serviço já exercido até a data de publicação da Emenda
Constitucional Federal nº 20 em caso de pensões de seus dependentes, serão calculados de acordo com a
legislação em vigor à época em que foram atendidas as prescrições nela estabelecidas fora à concessão
destes benefícios ou nas condições da legislação vigente. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica
nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
Art. 230 - Até que a lei discipline a matéria, o tempo de serviço considerado pela legislação vigente para
efeito de aposentadoria, será contato como tempo de contribuição. (Artigo incluído pela Emenda a Lei
Orgânica nº019, de 31de janeiro de 2000)
Art. 231 - Observado o disposto no art. 8º da Emenda Constitucional Federal nº 20, e ressalvado o direito
de opção a aposentadoria pelas normas por ela estabelecidas, é assegurado o direito à aposentadoria
voluntária com proventos calculados de acordo com o Art. 40, §3º, da Constituição Federal, àquele que
tenha ingressado regularmente em cargo efetivo na Administração Pública, direta, autárquica e
fundacional até a data da publicação da Emenda Constitucional Federal nº 20, quando o servidor,
cumulativamente: (Artigo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
I- tiver cinquenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de idade, se mulher; (Inciso
incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
II- tiver cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se dará a aposentadoria; (Inciso incluído pela
Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
III- contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: (Inciso incluído pela Emenda a Lei
Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos se mulher;(Alínea incluída pela Emenda a Lei Orgânica nº
19, de 31 de janeiro de 2000)
b)um período adicional de contribuição equivalente a vinte por cento do tempo que, na data da publicação
da Emenda Constitucional Federal nº 20, faltaria para atingir o limite de tempo constante na alínea
anterior. (Alínea incluída pela Emenda a Lei Orgânica nº 19, de 31 de janeiro de 2000)
§1º O servidor de que trata este artigo, desde que atendido o disposto em seus incisos I e II, e observado
o disposto no Art. 4º da Emenda Constitucional nº. 20, pode aposentar-se com proventos proporcionais
ao tempo de contribuição, quando atender as seguinte condições: (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei
Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
I- conter tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: (Inciso incluído pela Emenda a Lei
Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
a)trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; (Alínea incluída pela Emenda a Lei Orgânica
nº 021, de 019, de 31 de janeiro de 2000)
b)em período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento do tempo que, na data da
publicação da Emenda Constitucional nº 20, faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea
anterior; (Alínea incluídao pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
II- os proventos da aposentaria proporcional serão equivalentes a setenta por cento do valor máximo que
o servidor poderia obter de acordo com “caput”, acrescido de cinco por cento por ano de contribuição
que supere a soma a que se refere o inciso anterior, até o limite de cem por cento. (Inciso incluído pela
Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31de janeiro de 2000)
§2º O servidor municipal ocupante de cargo de professor que, até a data da publicação da Emenda
Constitucional Federal nº 20, tenha exercido atividade de magistério e que opte por aposentar-se na forma
do disposto no “caput”, terá o tempo de serviço exercido até a publicação da Emenda Constitucional
Federal, contado com o acréscimo de dezessete por cento, se homem, e de vinte por cento, se mulher,
desde que aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo exercício de atividade de magistério.
(Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
§3º O servidor de que trata este artigo, que, após completar as exigências para aposentadoria estabelecidas
no “caput”, permanecer em atividade, fará jus à isenção da contribuição previdenciária até completar as
exigências para aposentadoria contidas no Art. 40, §1º, III, a, da Constituição Federal. (Parágrafo incluído
pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de 2000)
Art. 232 – Ficam revogadas a partir do dia 04 de janeiro de 2007, as legislações infra- orgânicas no
âmbito do Município de Contagem, referentes ao instituto do apostilamento em cargo de provimento em
comissão ou qualquer outra forma de incorporação à remuneração de cargo de provimento efetivo de
vencimento ou vantagem referentes ao exercício de cargo em comissão. (Artigo incluído pela Emenda a
Lei Orgânica nº 026, de 20 de junho de 2006)
Art. 232 Ficam revogadas, a partir do dia 01 de janeiro de 2009, as legislações infraorgânicas no âmbito
do Município de Contagem, referentes ao instituto do apostilamento em cargo de provimento em
comissão. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 35, de 18 de dezembro de 2012)
Art. 1º A Prefeitura Municipal se obriga, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a contar da promulgação
desta Lei, a concluir o primeiro cadastro geral estabelecido no parágrafo único do Art. 12.
Art. 2º O Poder Executivo submeterá à Câmara Municipal, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar
da promulgação desta Lei, o projeto de reforma administrativa.
Art. 3º Até a instituição, por lei, do órgão oficial do Município, a publicação das leis e atos municipais,
exceto os de caráter pessoal, será feita no Diário Oficial do Estado.
Art. 4º O Governo Municipal, através de seus poderes, adequará na administração, em 60 (sessenta) dias,
contados da promulgação desta Lei, o disposto no artigo 39.
Art. 5º O Funcionário público efetivo que, na data da promulgação desta Lei, estiver á disposição de
órgão da Administração Pública que não aquele para foi nomeado, poderá optar, sem prejuízo da sua
efetividade, pela transferência definitiva para o quadro de pessoal do órgão ou poder em que se encontrar
prestando serviço.
Art. 5º O servidor público estável que, na data da promulgação desta Lei, estiver à disposição de órgão
da Administração Pública que não aquele de origem, poderá optar, sem prejuízo da sua estabilidade, pela
transferência definitiva para o quadro de pessoal do órgão ou poder em que se encontra prestando serviço.
(Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº 003, de 11 de junho de 1991)
Art. 6º O Poder Executivo submeterá à Câmara Municipal, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias,
contados da promulgação desta Lei, o Plano de Cargos e Salários dos servidores públicos municipais.
Art. 7º A contagem do tempo de serviço para os efeitos do §1º do Art. 48, será retroativa à data do efetivo
ingressodo servidor em atividade na iniciativa pública ou privada.
Art. 8º O mandato da atual Mesa Diretora da Câmara Municipal de Contagem observará o disposto no
Regimento.
Art. 10 O Conselho Municipal de Saúde, a qual se refere o artigo 131, será criado no prazo de 120 (cento
e vinte) dias, a contar desta Lei.
Art. 11 A Secretaria Municipal de Educação e Cultural se obriga a promover eleições diretas para o
preenchimento dos cargos de Diretor e Vice-Diretor nas escolas municipais, que ainda não as
promoveram, no prazo de 90 (noventa) dias, contados da promulgação desta Lei.
Parágrafo Único – Os mandatos desses cargos encerrar-se-ão com os mandatos dos Diretores e Vice,
eleitos em 1989.
Art. 12 Nos dez primeiros anos da promulgação desta Lei, o Poder Público desenvolverá esforços, com
a mobilização de todos os setores organizados da sociedade e com a aplicação de, pelo menos, 50%
(cinqüenta por cento) dos recursos a que se refere o artigo 151, desta Lei, para eliminar o analfabetismo
e universalizar o ensino fundamental.
Art. 13 O Conselho Municipal de Cultura, a que se refere o inciso VIII do Art. 154, será criado até 120
(cento e vinte) dias, a contar desta Lei, garantida a representação paritária de entidades culturais, sem
fins lucrativos.
Art. 14 O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, órgão consultivo,
deliberativo, avaliador e controlador da política de atendimento à criança e ao adolescente, será criado
em 120 (cento e vinte) dias, a contar da promulgação desta Lei, com a garantia da participação de ¾ (três
quartos) dos representantes por entidades que atuem na área do menor.
Art. 15 A Prefeitura se obriga, no ano de 1990, a fazer repasse financeiro às creches e pré- escolas
comunitárias do Município, conforme dotação orçamentária específica.
Art. 16 O Município regulamentará, por lei, no prazo de 12 (doze) meses, a contar da aprovação do Plano
Diretor, o parcelamento, a ocupação e uso do solo, o Código de Postura e o Código de Obras.
Art. 17 O Plano Diretor será elaborado com base em diagnóstico da situação atual do Município, no prazo
de 12 (doze) meses, a contar da promulgação desta Lei.
Art. 18 O Fundo de Habitação Popular deverá ser constituído no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da
promulgação desta Lei.
Art. 19 Fica criada a Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Art. 20 O Poder Executivo assumirá, no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias, a contar da promulgação
desta Lei, o gerenciamento de todo o sistema intramunicipal de transporte coletivo.
Art. 21 A Câmara Municipal deverá, em 120 (cento vinte) dias, regulamentar o funcionamento do
Conselho Municipal de Transportes, ouvindo sugestões dos movimentos populares do Município.
Art. 22 Ficam considerados de utilidade pública para efeito de desapropriação, após a promulgação da
LeiOrgânica do Município de Contagem, os seguintes Conjuntos:
- Conjunto Residencial Santa Cruz Industrial I e II;
- Conjunto Habitacional Colúmbia, ambos construídos pela Cooperativa Habitacional Operária Riacho
das Pedras, tendo como agentes financeiros o Banco Econômico e a Mutual Apetrim Crédito Imobiliário,
situados no Bairro Riacho das Pedras e Novo Riacho, respectivamente;
- Conjunto Marte;
- Conjunto Rubi;
- Conjunto Safira, tendo como agente financeiro a Mutual, situados no Bairro Bela Vista.
§1º Terá o Poder Executivo 30 (trinta) dias para regulamentar a desapropriação.
§2º A desapropriação destes imóveis será feita para fins de interesse social, mediante o pagamento de
indenização em títulos da dívida pública, resgatáveis no tempo.
§3º A Prefeitura só negociará os imóveis com as famílias que os estiverem ocupando.
§4º A desapropriação incidirá sobre os imóveis que foram vendidos para pessoas que não os estavam
ocupando, bem como aqueles que estiverem sem comercialização.
Art. 23 Fica declarada de utilidade pública, para fins de desapropriação, toda a área de terreno, sob o
teleférico da Companhia de Cimento Itaú, na extensão compreendida entre o fim do Bairro Água Branca
até a Avenida das Américas – Bairro Jardim Laguna, conforme mapa deste Município, área esta já
ocupada por pessoas de baixa renda.
§1º A desapropriação da mencionada área de terreno será feita para fins de interesse social, mediante
pagamento deindenização em títulos da dívida pública, resgatável em 10 (dez) anos.
§2º A área de terreno destinar-se-á à fixação de famílias de baixa renda, devidamente comprovadas, e
que não sejam proprietárias de outro imóvel neste Município.
§3º O assentamento das famílias no mencionado terreno será procedido através de um levantamento
topográfico e consequente demarcação em lotes de 250 a 360 m2, conforme cada caso.
§4º A Prefeitura dará preferência às famílias que já ocupam a referida área, atendidos os requisitos aqui
estabelecidos.
§5º Terá o Poder Executivo o prazo de 60 (sessenta) dias para regulamentar a desapropriação.
Art. 26 Fica criada a Loteria Municipal, cujos recursos serão única e exclusivamente destinados aos
programashabitacionais.
Art. 27 Será realizada revisão nesta Lei Orgânica pelo voto de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara,
até 180 (cento e oitenta) dias após o término dos trabalhos de revisão previstos no Art. 3º do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado de Minas Gerais.
Art. 28 A Câmara Municipal de Contagem se obriga a confeccionar exemplares da Lei Orgânica para
distribuição econhecimento dos diversos segmentos da sociedade.
Art. 29 Fica assegurada, para efeito de adicionais, a contagem de tempo de serviço de que trata o §7º do
artigo 52 desta Lei Orgânica, para o servidor que, até a publicação desta Emenda à Lei Orgânica
Municipal, tenha requerido junto ao órgão federal competente a certidão relativa a contagem de tempo
em atividade privada ou que tenha efetuado junto a administração municipal a respectiva averbação.
(Artigo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 012, de 03 de fevereiro de 1998)
Parágrafo Único - Ao servidor detentor de cargo de provimento efetivo, dos quadros de pessoal do
Município de Contagem, é concedido o direito de computar, para fins de adicional de tempo de serviço
público municipal, nos termos do parágrafo 1º do artigo 48 desta Lei Orgânica, o tempo de serviço como
detentor de cargo de provimento efetivo exercido nos quadros do Poder Executivo ou nas entidades da
Administração Pública Indireta previstas no artigo 26 da Lei Orgânica do Município de Contagem,
comprovada por meio de certidão de contagem de tempo, na forma da Lei. (Acrescido pela Emenda à
Lei Orgânica nº 37/2014)
Art. 29A Fica assegurado o direito a férias-prêmio pelo regime anterior à Emenda de nº 014, de 02 de
junho de 1998, àqueles que tiverem homologado seu pedido de contagem de tempo até a publicação
desta. (Artigo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 014, de 02 de junho de 1998)
Art. 29 Fica assegurado ao servidor público municipal, ocupante de cargo de carreira e detentor de
estabilidade funcional, que na da promulgação desta Emenda, conte com cinco anos continuados ou oito
alternados de exercício de cargo de provimento em comissão, - desde que o tenha exercido após a
aprovação em estágio probatório - os direitos constantes do §2° do artigo 48 desta Lei Orgânica, com
redação dada por esta Emenda. (Artigo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 019, de 31 de janeiro de
2000) (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 37/2014)
Art. 29B Ao Servidor público municipal, ocupante de cargo de provimento efetivo, detentor de
estabilidade funcional, que conte até o dia 03 de janeiro de 2007, com 5 (cinco) anos continuados ou 8
(oito) alternados de exercício, em cargo de provimento em comissão – desde que o tenha exercido após
a aprovação em estágio probatório – fica assegurado o direito à continuidade de percepção da
remuneração do cargo de provimento em comissão exercido, a título de estabilidade financeira ou
apostilamento, direito este inerente aos vencimentos, às gratificações e a todas as demais vantagens
próprias do cargo em relação ao qual ocorra o apostilamento, ainda que decorrente de transformação ou
reclassificação posteriores. (Artigo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 026, de20 de junho de 2006)
Art. 29B Ao servidor público municipal, ativo e inativo ocupante de cargo de provimento efetivo,
detentor de estabilidade funcional, que conte, até o dia 31 de dezembro de 2008, com 5 (cinco) anos
continuados ou 6 (seis) alternados de exercício, em cargo de provimento em comissão, fica assegurado
o direito à continuidade de percepção da remuneração do cargo de provimento em comissão exercido, a
título de estabilidade financeira ou apostilamento, direito este inerente aos vencimentos, às gratificações
e a todas as demais vantagens próprias do cargo em relação ao qual ocorra o apostilamento, ainda que
decorrente de transformação ou reclassificação posteriores. (Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica
nº 35, de 18 de dezembro de 2012)
§ 1º - Quando mais de um cargo tenha sido exercido na administração direta ou indireta, ficará assegurado
o vencimento do cargo em comissão de maior valor, desde que corresponda ao exercício mínimo de 1
(um) ano no cargo, indiferente de sua lotação.(Acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 37/2014)
§ 2º - Caso o servidor não tenha exercido o tempo mínimo de 1 (um) ano previsto no parágrafo 1º deste
artigo, ser-lhe-á atribuído o vencimento imediatamente inferior, dentre os cargos em comissão
exercidos.(Acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 37/2014)
§ 3º - São considerados, para a contagem de tempo a que se refere o caput deste artigo, os períodos
exercidos, em cargo de provimento em comissão, até 31 de dezembro de 2008, no Poder Executivo do
Município de Contagem ou nas entidades da Administração Pública Indireta previstas no artigo 26 desta
Lei Orgânica, comprovados por meio de certidão de contagem de tempo.(Acrescido pela Emenda à Lei
Orgânica nº 37/2014)
§ 4º - As leis futuras que dispuserem sobre as estruturas organizacionais do Poder Executivo e das
entidades da Administração Pública Indireta previstas no artigo 26 desta Lei Orgânica deverão trazer
tabela de equivalência entre cargos de provimento em comissão, que estabeleça a nomenclatura anterior
e a nova nomenclatura dos referidos cargos, a fim de precisar o vencimento do servidor com direito à
estabilidade financeira ou apostilamento.(Acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 37/2014)
§ 5º - O servidor público municipal que preencha os requisitos estabelecidos no caput deste artigo e que
ainda não tenha requerido o seu direito à estabilidade financeira, apostilamento ou reapostilamento com
o Município de Contagem deverá efetuar requerimento formal ao Município de Contagem, no prazo de
90 (noventa) dias a partir da publicação desta Emenda, pedindo sua estabilidade financeira, apostilamento
ou reapostilamento, sob pena de decadência do seu direito após transcurso deste prazo.(Acrescido pela
Emenda à Lei Orgânica nº 37/2014)
Art. 29 C Os profissionais que, a qualquer título, começaram a exercer atividades próprias de agente
comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias antes de 14 de fevereiro de 2006, ficam
dispensados de se submeter ao processo seletivo público de que trata o §1° do art. 37 da Lei Orgânica do
Município, desde que se possa certificar que foram contratados a partir de anterior processo de seleção
pública realizado por órgãos ou entes da administração direta ou indireta do Município ou por qualquer
outra instituição, se autorizado e supervisionado pela administração direta. (Artigo incluído pela Emenda
a Lei Orgânica nº 028, 14 de agosto de 2007)
Parágrafo Único – Somente deverão ser equiparados ao processo seletivo público os processos de seleção
pública que tenham observado os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 028, 14 de agosto de 2007)
Art. 29D O servidor efetivo estável que, no período de 04 de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2008,
tiver completado o exercício de 06 (seis) anos alternados em cargo de provimento em comissão, terá
direito a continuidade de percepção do vencimento do cargo de provimento em comissão em relação ao
qual ocorrer a estabilidade financeira, calculado nos termos da legislação municipal vigente. (Artigo
incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 33, 06 de setembro de 2011)
Parágrafo Único. O servidor público municipal ocupante de cargo de carreira e detentor de estabilidade
funcional terá assegurado o direito à continuidade da percepção da remuneração do cargo de provimento
em comissão exercido, a título de estabilidade financeira ou apostilamento, nos termos da Lei
Complementar nº 032, de 20 de dezembro de 2006 e da Lei Complementar nº 58, de 14 de janeiro de
2009, direito este inerente aos vencimentos, às gratificações e a todas as demais vantagens próprias do
cargo em relação ao qual tenha ocorrido a estabilidade financeira ou apostilamento, ainda que decorrente
de transformação ou reclassificação posteriores.(Parágrafo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 33,
06 de setembro de 2011)
Art. 29E Para reapostilar será necessário o exercício de mais 1 (um) ano no cargo de provimento em
comissão cujo reapostilamento se pretende. (Artigo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 35, de 18 de
dezembro de 2012)
Art. 29F Não será considerado interrompido o exercício, quando entre a data da
dispensa/demissão/exoneração e a data da nova admissão/nomeação não houver transcorrido um
intervalo mínimo de 30 (trinta) dias, exceto no caso de contagem de tempo para fins de aposentadoria.
(Artigo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 35, de 18 de dezembro de 2012)
Art.30 Passam a integrar o quadro efetivo de pessoal da administração pública municipal, em cargo
correspondente à função pública de que sejam detentores, desde o dia 1º (primeiro) de julho de 2007, os
seguintes servidores admitidos por prazo indeterminado: (Artigo incluído pela Emenda a Lei Orgânica
nº 029, de 30 de outubro de 2007) (Declarado inconstitucional em 05 de março de 2010 – Ação Direta
de Inconstitucionalidade 1.0000.466347-7/000)
I– o detentor de função pública admitido até a data da promulgação da Constituição da República de
1988; (Artigo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 029, de 30 de outubro de 2007) (Declarado
inconstitucional em 05 de março de 2010 – Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.0000.466347-7/000)
II– o detentor de função pública admitido no período compreendido entre o dia 05 (cinco) de outubro de
1988 e 20 (vinte) de dezembro de 1990, data da instituição do regime jurídico único no Município.
(Artigo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 029, de 30 de outubro de 2007) (Declarado
inconstitucional em 05 de março de 2010 – Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.0000.466347-7/000)
Art. 31 Atuais ocupantes de cargos, empregos e funções públicas de quaisquer dos Poderes do Município,
das autarquias e fundações públicas municipais, cujas atribuições impliquem direção ou chefia, ficam
obrigados a apresentar ao setor de recursos humanos dos órgãos ou entidades ao qual estão ligados, no
prazo de 60 (sessenta dias) da publicação desta Emenda, declaração de que não incorrem nas proibições
de que trata o §2º do art. 39. (Artigo incluído pela Emenda a Lei Orgânica nº 031, de 30 de junho de
2011)
Art. 31A - As empresas contratadas pela administração direta e indireta do Município ficam obrigadas a
apresentar ao setor competente do órgão ou entidade com o qual mantêm contrato, no prazo de 60
(sessenta) dias da publicação desta Emenda, declaração de que os trabalhadores que prestam serviço ao
Município não incorrem nas proibições de que trata o§3º do art. 39.” (Artigo incluído pela Emenda a Lei
Orgânica nº 031, de 30 de junho de 2011)
Ailton Diniz, Eustáquio Roberto de Souza, Gueber Wander Ferreira, Heriverton de Campos, João
Guedes Vieira, José Luiz Dornela, José Nunes dos Santos, Lúcia Helena Hilário, Luiz Evangelista
Peixoto, Luiz José da Cruz, Paulo Moura Ramos, Rubens Antônio Campos.