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Research, Society and Development, v. 12, n.

1, e23912139640, 2023
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i1.39640

Estudo da utilização de medicamentos em neonatos da unidade de terapia intensiva


em maternidade de referência
Drug utilization studies in neonates in a intensive care unit in a reference maternity hospital
Estudio del uso de medicamentos en neonatos en una unidad de cuidados intensivos en una
maternidad de referencia

Recebido: 22/12/2022 | Revisado: 05/01/2023 | Aceitado: 07/01/2023 | Publicado: 09/01/2023

Jucélia de Souza Santos


ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0221-5414
Hospital Sofia Feldman, Brasil
E-mail: [email protected]
Emanoella Flávia de Oliveira Martins
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1285-2019
Hospital Sofia Feldman, Brasil
E-mail: [email protected]
Gabriela Gomes Lara
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5826-4701
Hospital Sofia Feldman, Brasil
E-mail: [email protected]
Wânia da Silva Carvalho
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2575-6352
Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil
E-mail: [email protected]
Adriano Max Moreira Reis
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0017-7338
Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil
E-mail: [email protected]
Natália Helena de Resende
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8553-1083
Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil
E-mail: [email protected]

Resumo
O complexo uso de medicamentos pode resultar em riscos para o paciente, especialmente os recém-nascidos (RN) em
Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Em geral, RN hospitalizados em UTIN fazem uso de diversos
fármacos e, grande parte classificados como medicamentos de alta vigilância (MAV). O amplo uso de
antimicrobianos, também é uma realidade na UTIN. O presente estudo tem como objetivo identificar, quantificar e
classificar os medicamentos comumente usados nos neonatos em UTIN, com o propósito de propor ações sobre o uso
racional da farmacoterapia. Trata-se de um estudo descritivo com delineamento longitudinal realizado no período de
janeiro a agosto de 2020. Os medicamentos utilizados foram classificados de acordo com a metodologia Anatomical
Therapeutic Chemical (ATC). No estudo foram incluídos 208 neonatos, predominantemente do sexo masculino
(57,7%) e prematuros (43,3%). O tempo médio de internação foi de 40,6 dias. O motivo principal para a internação
foi a prematuridade. Os pacientes utilizaram em média 12,8 medicamentos, prevalecendo a glicose isotônica 5%
(87,5%), glicose hipertônica 50% (86,5) e cloreto de sódio 0,9% (85,1%). As principais indicações foram reposição
eletrolítica, sepse precoce e sepse tardia. Os grupos ATC predominantes foram: sangue e órgãos hematopoiéticos (B)
e anti-infecciosos de uso sistémico (J). Os MAV corresponderam a 28,3%. O uso de medicamentos que atuam no
sangue e nos órgãos hematopoiéticos e medicamentos anti-infecciosos de uso sistêmico foi elevado. Ações
relacionadas ao controle de utilização desses medicamentos devem ser realizadas a fim de evitar o comprometimento
da segurança do paciente e a efetividade do tratamento.
Palavras-chave: Farmacoterapia; Neonatologia; Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; Utilização de
medicamentos.

Abstract
The complex use of medications can result in risks for the patient, especially newborns (NB) in Neonatal Intensive
Care Units (NICU). In general, NB hospitalized in the NICU make use of several drugs, most of which are classified
as high-alert medications. The wide use of antimicrobials is also a reality in the NICU. The present study aims to

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identify, quantify and classify the drugs commonly used in neonates in the NICU, with the purpose of proposing
actions on the rational use of pharmacotherapy. This is a descriptive study with a longitudinal design carried out from
January to August 2020. The drugs used were classified according to the Anatomical Therapeutic Chemical (ATC)
methodology. The study included 208 neonates, predominantly male (57.7%) and premature (43.3%). The mean
length of stay was 40.6 days. The main reason for hospitalization was prematurity. Patients used an average of 12.8
medications, prevailing isotonic glucose 5% (87.5%), hypertonic glucose 50% (86.5) and sodium chloride 0.9%
(85.1%). The main indications were electrolyte replacement, early and late sepsis. The predominant ATC groups
were: blood and hematopoietic organs (B) and systemic anti-infectives (J). The high-alert medications corresponded
to 28.3%. The use of drugs that act on the blood and hematopoietic organs and anti-infective drugs for systemic use
was high. Actions related to controlling the use of these drugs must be carried out in order to avoid compromising
patient safety and treatment effectiveness.
Keywords: Pharmacotherapy; Neonatology; Neonatal Intensive Care Unit; Drug utilization.

Resumen
El uso complejo de medicamentos puede resultar en riesgos para el paciente, especialmente los recién nacidos (RN)
en Unidades de Cuidados Intensivos Neonatales (UCIN). En general, los RN hospitalizados en la UCIN hacen uso de
varios fármacos, la mayoría de los cuales se clasifican como medicamentos de alto riesgo (MAR). El amplio uso de
antimicrobianos también es una realidad en la UCIN. El presente estudio tiene como objetivo identificar, cuantificar y
clasificar los medicamentos comúnmente utilizados en neonatos en la UCIN, con el propósito de proponer acciones
sobre el uso racional de la farmacoterapia. Se trata de un estudio descriptivo con diseño longitudinal realizado de
enero a agosto de 2020. Los fármacos utilizados se clasificaron según la metodología Anatomical Therapeutic
Chemical (ATC). El estudio incluyó a 208 neonatos, predominantemente masculinos (57,7%) y prematuros (43,3%).
La estancia media fue de 40,6 días. El principal motivo de hospitalización fue la prematuridad. Los pacientes
utilizaron en promedio 12,8 medicamentos, predominando la glucosa isotónica al 5% (87,5%), la glucosa hipertónica
al 50% (86,5) y el cloruro de sodio al 0,9% (85,1%). Las principales indicaciones fueron reposición de electrolitos,
sepsis precoz y tardía. Los grupos ATC predominantes fueron: sangre y órganos hematopoyéticos (B) y
antiinfecciosos sistémicos (J). Las MAR correspondieron al 28,3%. El uso de fármacos que actúan sobre la sangre y
los órganos hematopoyéticos y antiinfecciosos de uso sistémico fue elevado. Se deben llevar a cabo acciones
relacionadas con el control del uso de estos medicamentos para evitar comprometer la seguridad del paciente y la
efectividad del tratamiento.
Palabras clave: Farmacoterapia; Neonatología; Unidad de Cuidado Intensivo Neonatal; Utilización de
medicamentos.

1. Introdução
Os neonatos em tratamento em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), são pacientes críticos,
fisiologicamente imaturos e que apresentam grande potencial para o desenvolvimento de patologias complexas. A fisiologia do
recém-nascido (RN), ainda em formação, impacta diretamente no mecanismo de ação dos fármacos, alterando os processos de
absorção, metabolização e eliminação dos medicamentos, aumentando a probabilidade de eventos adversos (Davis et al.,
2012). Considerando ainda os agravos inerentes à prematuridade, o cuidado ao RN quase sempre envolve o uso de uma ampla
diversidade de medicamentos, que exigem a adoção de medidas de segurança e a realização de um minucioso
acompanhamento farmacoterapêutico (Xavier, et al., 2020).
O complexo uso de medicamentos para tratar e prevenir as doenças pode resultar em riscos para o paciente. Em geral,
o RN hospitalizado em UTIN faz uso de diversos medicamentos que apresentam potencial de interação e risco para ocorrência
de eventos adversos (Leão, et al., 2014). Grande parte dos fármacos utilizados são classificados como medicamentos de alta
vigilância (MAV) que podem levar a graves consequências para o paciente quando utilizados de forma inadequada (Vieira,
2021). Os problemas decorrentes do uso irracional de medicamentos podem estar relacionados à dose, frequência, via de
administração ou escolha terapêutica inadequada, o que pode provocar morbidades adicionais e aumentar o tempo de
hospitalização (de Oliveira et al., 2021).
O amplo uso de medicamentos antimicrobianos, também é uma realidade na UTIN, visto que as doenças infecciosas
ainda são muito comuns em neonatos (Nunes, et al., 2017). A sepse neonatal é uma das principais causas de mortalidade em
RN em todo o mundo e a utilização indiscriminada de antimicrobianos pode resultar em grande repercussão devido o
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dinamismo farmacocinético dos neonatos e a complexidade terapêutica, além de contribuir para a resistência microbiana
(Oliveira, et al., 2021).
O acompanhamento farmacoterapêutico do paciente visa a monitorização da terapia medicamentosa e a realização de
intervenções farmacêuticas que contribuam para a otimização do tratamento (Araújo, et al., 2022). Por isso, os estudos de
utilização dos medicamentos (EUM), nesse contexto representam um importante instrumento decisivo na elaboração de
protocolos clínicos de tratamento, o que contribui para o uso racional de medicamentos na UTIN, visando a minimização de
eventos adversos (EA) e favorecendo a segurança do paciente (Melo, et al., 2006).
Por conseguinte, o presente estudo tem como objetivo identificar, quantificar e classificar os medicamentos
comumente usados nos neonatos em uma unidade de tratamento intensivo, com o propósito de propor ações sobre o uso
racional da farmacoterapia para esses neonatos.

2. Metodologia
A instituição investigada nesse estudo é uma maternidade que atende pacientes oriundos do Sistema Único de Saúde
(SUS), localizada no distrito sanitário norte de Belo Horizonte, especializado na assistência à saúde da mulher e ao RN. O setor
de neonatologia possui aproximadamente 100 leitos, 50% destes localizados na UTIN. São realizados aproximadamente 900
partos por mês, considerando que, 1/3 dos RN são admitidos na neonatologia.
Trata-se de um estudo descritivo com delineamento longitudinal (Estrela, 2018), desenvolvido com o objetivo de
acompanhar os pacientes em relação à utilização de medicamentos. As informações foram obtidas por meio da análise das
prescrições, extratos e relatórios informatizados do Sistema de Gestão Hospitalar (SGH) e registros do serviço de farmácia
clínica, atualizados diariamente durante os primeiros 28 dias de vida do paciente, no período de janeiro a agosto de 2020. Este
estudo faz parte do projeto intitulado “Cuidado Farmacêutico Aplicado a Neonatologia em uma Maternidade Referência de
Belo Horizonte”, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o CAAE - 26720619.000005132.
Foram coletados dados referentes ao perfil de utilização de medicamentos na UTIN de pacientes admitidos que
realizaram tratamento com antimicrobianos no período neonatal, tais como medicamentos utilizados, vias de administração,
indicação terapêutica e quantidade utilizada por paciente para cada fármaco.
Os medicamentos utilizados foram classificados pela metodologia Anatomical Therapeutical Chemical (ATC) no
primeiro nível (WHO, 2018). Os dados foram planilhados em Excel e analisados de forma descritiva por meio de medidas de
frequência, tendência central e de dispersão das variáveis sociodemográficas, relacionadas ao tratamento medicamentoso e de
condições de saúde.

3. Resultados
A amostra constituiu-se de 208 neonatos, predominantemente do sexo masculino (57,7%) e prematuros (43,3%) com
idade média gestacional de 32,9 semanas. O tempo médio de internação foi de 40,6 dias, variando entre 1 e 213 dias. O motivo
principal para a internação foi a prematuridade.
Quanto ao perfil de utilização de medicamentos, os resultados obtidos mostraram que foram dispensados 106
fármacos diferentes durante os primeiros 28 dias de vida. O número de medicamentos utilizados variou entre 1 e 35, com
média de 12,8 por paciente. Os medicamentos mais prevalentes foram a glicose isotônica 5% (87,5%, n=182), glicose
hipertônica 50% (86,5, n=180) e cloreto de sódio 0,9% (85,1%, n=177).
As principais indicações para a utilização de medicamentos foram reposição eletrolítica, sepse precoce e sepse tardia.
O medicamento mais prescrito para reposição eletrolítica foi o cloreto de sódio 0,9% utilizado por 85,1% dos pacientes

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(n=177), a ampicilina para sepse precoce (62,5%, n=130) e a amicacina para sepse tardia (32,2%, n=67). Os principais
medicamentos e indicações para sua utilização estão descritos nas Tabelas 1 e 2.

Tabela 1 - Perfil de utilização de medicamentos relacionados ao número de pacientes (n= 208).


Medicamentos n (%)
Glicose isotônica 182 (87,5)
Glicose hipertônica 180 (86,5)
Cloreto de sódio 0,9% 177 (85,1)
Supositório de glicerina lactente 143 (68,8)
Cloreto de cálcio 130 (62,5)
Ampicilina 130 (62,5)
Nutrição parenteral 127 (61,1)
Cloreto de potássio 111 (53,4)
Gentamicina 110 (52,9)
Água bidestilada 103 (49,5)
Amicacina 67 (32,2)
Alfaporactanto 66 (31,7)
Cafeína citrato 63 (30,3)
Midazolam 62 (29,8)
Fentanila 58 (27,9)
Oxacilina 56 (26,9)
Fluconazol 50 (24,0)
Epinefrina 47 (22,6)
Dobutamina 45 (21,6)
Gluconato de cálcio 35 (16,8)

Fonte: Elaborado pelos autores (2022).

Na Tabela 1, observa-se os 20 principais medicamentos prescritos no estudo. Destes, 9 (45%) são classificados como
MAV.

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Tabela 2 - Perfil de indicações e número de medicamentos consumidos – n=208.


Indicação n (%)
Reposição eletrolítica
Cloreto de sódio 0,9% 177 (85,1)
Glicose hipertônica 148 (71,2)
Cloreto de cálcio 130 (62,5)
Cloreto de potássio 111 (53,4)
Gluconato de cálcio 35 (16,8)
Sepse precoce/ infecção por mic sensível
Ampicilina 130 (62,5)
Gentamicina 110 (52,9)
Sepse tardia/ infecção por mic sensível
Amicacina 67 (32,2)
Oxacilina 56 (26,9)
Meropenem 20 (9,6)
Vancomicina 13 (6,3)
Cefepima 11 (5,3)
Estimulante intestinal
Supositorio de glicerina lactente 143 (7,1)
Sedação
Midazolam 62 (29,8)
Fentanila 58 (27,9)
Pancuronio 10 (4,8)
Lorazepam 3 (1,4)
Prevenção de desnutrição
Nutrição parenteral 127 (61,1)
Síndrome do desconforto respiratório
Alfaporactanto 66 (31,7)
Apnéia da prematuridade
Cafeína citrato 63 (30,3)
Profilaxia antifúngica
Fluconazol 50 (24,0)
Vasoconstritor e hipertensor
Epinefrina 47 (22,6)

Fonte: Elaborado pelos autores (2022).

As indicações mais recorrentes para utilização de medicamentos em neonatos, expostos na Tabela 2, correspondem ao
grupos ATC também descritos nesse estudo, como pode-se observar a seguir.
Considerando a classificação ATC, o grupo que representou os medicamentos mais predominantemente prescritos foi
o B (sangue e órgãos hematopoiéticos - doenças do sangue e dos órgãos hematopoiéticos e algumas doenças imunitárias), em
seguida, o grupo J (anti-infecciosos de uso sistémico). Para o grupo B foram prescritos 17 medicamentos diferentes, sendo os
medicamentos mais dispensados a glicose isotônica (87,5%), glicose hipertônica (86,5%) e cloreto de sódio 0,9% (85,1%). Os
medicamentos do grupo J foram 29, dos quais prevaleceram ampicilina (62,5%), gentamicina (62,2%) e amicacina (32,2%). Os

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medicamentos avaliados foram categorizados em 12 grupos de acordo com a classificação ATC, descritos no Gráfico 1. Os
medicamentos antimicrobianos prevalentes estão contemplados no Gráfico 2.

Gráfico 1 - Predominância dos grupos da classificação Anatomical Terapeutical Clinical.

Fonte: Elaborado pelos autores (2022).

Observa-se no Gráfico 1, o predomínio dos grupos B, J, A e N, componentes do sangue, agentes infecciosos,


medicamentos relacionados ao aparelho digestivo e sistema nervoso central, respectivamente, assim como os medicamentos
descritos na Tabela 2.

Gráfico 2 - Medicamentos antimicrobianos predominantemente prescritos.

Fonte: Elaborado pelos autores (2022).

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O Gráfico 2 apresenta os antimicrobianos prevalentes nesse estudo, dos quais, os cinco primeiros estão entre os
principais medicamentos prescritos, conforme apresentado na Tabela 1.
Neste estudo, foram encontrados 30 MAV que correspondem a 28,3% do total de medicamentos. Os MAV
dispensados com maior frequência foram, respectivamente, glicose hipertônica (86,5%), cloreto de cálcio (65,5%) e nutrição
parenteral (61,1%). Os principais MAV utilizados nesse estudo estão descritos no Gráfico 3.

Gráfico 3 - Medicamentos de Alta Vigilância prescritos.

Fonte: Elaborado pelos autores (2022).

O Gráfico 3 apresenta a descrição de todos os MAV encontrados nesse estudo, em ordem decrescente considerando o
número de pacientes que os utilizaram, sendo as principais indicações para o seu uso, reposição eletrolítica e sedação.

4. Discussão
Os medicamentos, em conjunto com os recursos de diagnóstico e terapêutica, são ferramentas importantes para o
tratamento e promoção da saúde, sendo assim, intervenções realizadas pelo profissional de saúde a fim de garantir o seu uso
racional, são indispensáveis.
O perfil dos pacientes avaliados acompanha os resultados encontrados em outros estudos, onde a amostra constituiu-
se predominantemente de neonatos do sexo masculino. Neste estudo a prevalência foi de 57,7% enquanto em estudos
semelhantes foi de 51,4%, e 54,6% (Becker, et al., 2016; Carvalho, et al, 2021). O tempo de internação revelou-se superior ao
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descrito em outros trabalhos, que apresentaram período predominantemente menor que 30 dias (Locatelli, 2017; Gonçalves, et
al., 2015). Sabe-se que quanto maior a permanência hospitalar, maiores são as chances da ocorrência de eventos adversos (EA)
e risco para infecções (Ventura, et al., 2012).
O perfil de utilização de medicamentos descrito nesse estudo evidencia o predomínio de fármacos que atuam no
sangue e nos órgãos hematopoiéticos e anti-infecciosos de uso sistêmico, como predominantes. Os medicamentos desses
grupos são considerados de grande relevância, uma vez que os medicamentos do Grupo B contêm diversos MAV que possuem
risco aumentado de provocar danos significativos ao paciente em decorrência de uma falha no processo de utilização
(Castellanos et al., 2017). Já os medicamentos anti-infecciosos são largamente prescritos na abordagem de processos
infecciosos, sendo assim, o seu uso é inevitável para reestabelecimento da saúde do paciente. No entanto, quando não há
indicação para utilização, ou quando são administradas doses não efetivas ou elevadas, os antimicrobianos podem provocar
danos para o mesmo (Guilhon-Simplicio, et al., 2014).
Esse resultado está em concordância com outros trabalhos que mostraram essas classes de medicamentos, como os
mais prescritos na UTIN (Loureiro, 2015; Garcia et al., 2022). Tais estudos revelam a prevalência de uso de medicamentos
antimicrobianos como algo comum no ambiente da UTIN e ressaltam a importância da monitorização terapêutica a fim de
racionalizar o uso desses medicamentos e evitar a resistência microbiana (Locatelli, 2017; Carneiro & Silva, 2018). Dentre os
medicamentos antimicrobianos mais prescritos e suas indicações, a ampicilina e gentamicina, foram os predominantes,
utilizados no tratamento de sepse neonatal precoce, e oxacilina e amicacina, utilizados para sepse neonatal tardia. Um estudo
realizado em uma UTIN de um hospital materno infantil avaliou todas as prescrições eletrônicas destinadas aos recém-nascidos
(RN) internados na UTIN no período de janeiro a novembro de 2016. Dos pacientes internados, 59% tiveram prescrição de
antimicrobianos, sendo os mais prescritos: ampicilina, gentamicina para sepse neonatal precoce vancomicina e meropeném
para sepse neonatal tardia (Locatelli, 2017).
Os pacientes internados em unidades de terapia intensiva neonatal geralmente apresentam complicações clínicas
inerentes a prematuridade, resultando no uso de diversos medicamentos durante o período de internação (Vanin, et al., 2019).
A utilização de múltiplos fármacos é uma realidade comum na UTIN. Neste estudo, o uso de medicamentos foi elevado,
apresentando média de 12,8 medicamentos prescritos para cada neonato. Este resultado está em conformidade com dados
apontados por trabalhos semelhantes, onde se pode observar uma média de uso de 11,5 a 18,6 medicamentos por paciente
(Becker, et al., 2016; Carvalho, et al., 2021).
O uso concomitante de dez ou mais medicamentos representa polifarmácia excessiva o que pode aumentar o risco de
interações medicamentosas e efeitos adversos (Masnoon, et al., 2017). Um estudo avaliou a implementação do
acompanhamento farmacêutico em pacientes pediátricos em uso de cinco ou mais medicamentos e evidenciou que as
intervenções mais comuns foram descontinuação do medicamento (69%), educação do paciente ou cuidador (55%),
modificação da forma farmacêutica (51%), modificação da dose (49%) e modificação da frequência (46%). O impacto
potencial das intervenções propostas foi significativamente maior em pacientes que utilizavam mais medicamentos. Estudos
sobre a polifarmácia nessa população ainda são necessários, principalmente para neonatos internados em UTIN, bem como o
desenvolvimento de serviços de gerenciamento da farmacoterapia (Marquez, et al., 2022).
A principal causa de internação do estudo foi a prematuridade. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a
prematuridade atinge 15 milhões de crianças todos os anos ao redor do mundo: 1 em cada 10 RN nasce prematuro. No Brasil,
340 mil RN nascem prematuros todo ano, o equivalente a 931 por dia ou a 6 prematuros a cada 10 minutos. Mais de 12% dos
nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas, o dobro do índice de países europeus. Esse número
coloca o país na décima posição em números absolutos de partos prematuros no mundo. Em Minas Gerais, dados da Secretaria
de Estado de Saúde mostram que os partos prematuros ocorreram em 11% dos nascimentos, entre janeiro de 2021 e setembro
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de 2022. Já em Belo Horizonte, dos 4.358 prematuros que nasceram nesse mesmo período, 259 não resistiram à prematuridade.
Ou seja, 5,94% dos RN nascidos antes do tempo morreram segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
(Brasil, 2022).
No contexto exposto, tendo em vista a alta incidência de nascimentos prematuros com a necessidade de hospitalização
prolongada, os cuidados farmacológicos voltados para atenção especial em saúde, podem determinar a sobrevivência e
recuperação (de Oliveira Lima, et al, 2022). A gravidade dos neonatos e a necessidade de cuidados intensivos podem explicar a
polifarmácia. O risco de reações adversas a medicamentos com uso concomitante de dois fármacos é de 13%, de cinco a
porcentagem chega a 58% e alcança até 82%, quando a farmacoterapia é de sete ou mais medicamentos. Nesse cenário, a
heterogeneidade do uso dos subgrupos de antimicrobianos utilizados dentro UTIN faz parte das porcentagens supracitadas
(Santos, 2018).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que os países desenvolvam e implementem políticas de controle
do uso de antimicrobianos, com o objetivo de minimizar o uso indiscriminado dos mesmos e, consequentemente, a resistência
bacteriana. Os neonatos possuem características próprias da infância que alteram a farmacocinética dos medicamentos, sendo,
portanto, necessário maior vigilância e cuidado com a farmacoterapia nessa faixa etária, uma vez que muitos medicamentos
são contraindicados para uso neonatal. Por essa razão, a utilização racional dos antimicrobianos é um ponto prioritário no
contexto hospitalar, especialmente na neonatologia exigindo uma atenção especial quanto ao controle do uso dos
antimicrobianos e padronização (Guilhon-Simplicio, et al, 2014; Cantey, et al, 2015).
Nesse âmbito, conhecer as variáveis que contribuem para aumentar o tempo de hospitalização possibilita organizar
intervenções oportunas e preventivas, com atuação eficaz dos profissionais de saúde no período de internação. Ações
relacionadas ao controle de utilização desses medicamentos devem ser realizadas a fim de evitar o comprometimento da
segurança do paciente e a efetividade do tratamento, uma vez que a resistência dos microrganismos aos medicamentos é uma
emergência mundial (Gkentzi & Dimitriou, 2019). A atuação do farmacêutico no gerenciamento dos antimicrobianos por meio
da promoção de uma seleção otimizada dos medicamentos, dosagem, duração e via de administração tem como objetivo
alcançar resultados clínicos ótimos, minimizando a toxicidade, eventos adversos e seleção para resistência antimicrobiana
(Menezes, 2021).
Nesse estudo, entre os MAV de maior consumo, foram os indicados para reposição eletrolítica e nutrição. O
percentual dos mesmos foi elevado quando comparado a outros trabalhos. O uso de MAV como glicose 50%, midazolam,
fentanil e epinefrina merecem atenção em UTI neonatal pois quando utilizados inadequadamente podem resultar em graves
consequências para o paciente, inclusive o óbito. Um estudo realizado em um hospital universitário do sul do Brasil avaliou
342 prescrições em que aproximadamente 6% do total de medicamentos prescritos (n=2026) foram classificados como
medicamentos de alta vigilância. Os autores dos estudos concluíram que os MAV são um fator de risco principalmente na
UTIN, e ressalta a importância da implementação de práticas de barreira para garantir a segurança do paciente no ambiente de
cuidados intensivos (Araújo, et al, 2022).
O presente estudo teve como limitação a falta de documentação dos pacientes para os quais estavam prescritos os
medicamentos de dispensação coletiva, visto que não há registros para todas as liberações. Além disso, trata-se de uma coleta
de dados realizada em prontuários de uma única maternidade o que impede extrapolar as informações para a população geral.
Entretanto, é importante ressaltar a relevância da realização de estudos que apontem os medicamentos mais frequentemente
usados na população de neonatos, a fim de propor ações voltadas para o uso racional dos medicamentos.

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5. Considerações Finais
O uso de medicamentos que atuam no sangue e nos órgãos hematopoiéticos e medicamentos anti-infecciosos de uso
sistêmico foi elevado no estudo. Além da polifarmácia, a prematuridade é um fator importante nesses pacientes, devido a
criticidade e o sistema fisiologicamente imaturo. Ações relacionadas ao controle de utilização desses medicamentos devem ser
realizadas a fim de evitar o comprometimento da segurança do paciente e a efetividade do tratamento, uma vez que os
medicamentos de alta vigilância podem levar a graves consequências aos pacientes quando utilizados de forma inadequada e a
resistência dos microrganismos aos medicamentos é uma emergência mundial. Esse estudo, colabora diretamente para o
aprimoramento e desenvolvimento de diretrizes terapêuticas mais adequadas ao tratamento do neonato.
Ainda se faz necessária a realização de mais estudos em neonatologia, sobretudo considerando a grande relevância do
EUM em neonatos. Essa população necessita de maior atenção devido as suas particularidades, o que pode despertar interesse
para um significativo campo de conhecimento em trabalho futuros, como o aprofundamento a respeito das terapias
medicamentosas e decisões clínicas para o tratamento de patologias da população estudada.

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