CELAM. Sintesis Fase Continental Del Sinodo en ALC (2024)
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CELAM. Sintesis Fase Continental Del Sinodo en ALC (2024)
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CONSEJO EPISCOPAL
LATINOAMERICANO Y CARIBEÑO
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Introdução:
uma igreja em chave sinodal
18. A vida conciliar, sinodal e colegial em nossa Igreja tem uma longa his-
tória. No caminho percorrido pelos grandes missionários da primeira
evangelização está Santa Maria de Guadalupe com seu rosto moreno,
sua mensagem de “Deus por quem vivemos”, sua pedagogia incul-
turada através da conversação na língua indígena e a busca de uma
terra sem males. Ela é a primeira discípula missionária do continente.
Na Igreja em peregrinação na América Latina e no Caribe, o Espírito
distribuiu uma rica diversidade de dons entre seus povos e os dotou de
valores espirituais e comunitários, como o respeito à irmã mãe terra.
Durante cinco séculos, a Igreja, com luzes e sombras, com santidade
e pecado, evangelizou o continente dando testemunho da fé e lutando
pela justiça - sobretudo através de seus santos e mártires - e assim con-
tribuiu para formar comunidades de filhos, irmãos e irmãs.
19. Nos últimos tempos, acolhemos o poder do Espírito Santo que sempre
rejuvenesce seu rosto através de significativos processos sinodais. Este
caminho comum foi intensificado desde 1955 com a celebração da
Primeira Conferência Geral do Episcopado no Rio de Janeiro e com a
criação do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), organis-
mo de comunhão e coordenação a serviço dos bispos e das Conferên-
cias Episcopais. Destacam-se também as assembleias das Conferências
Gerais do Episcopado: Medellín (1968), Puebla (1979), Santo Domin-
go (1992) e Aparecida (2007), no santuário mariano do Brasil, com
o convite a serem discípulos e missionários de Jesus Cristo para que,
nEle, nossos povos tenham vida.
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1. O protagonismo do Espírito
numa Igreja sinodal
27. A experiência de saber que somos habitados pelo Espírito nos lança
para além de nossas próprias análises e reflexões, convidando-nos a
superar a tentação do intimismo, fundamentalismos e ideologias que
nos fazem disfarçar o querer de Deus quando são a busca de interesses
particulares. Ele nos pede para nos situarmos no contexto e enraizar
a jornada eclesial nas profundezas da história, até nos deixarmos per-
mear pela realidade, reconhecendo que nela Deus se manifesta e age,
chamando-nos ao compromisso, a trabalhar com Ele, apaixonados
por Seu Reino. Entendemos o caminho sinodal “como um processo pessoal
e comunitário de abertura radical à ação do Espírito Santo, o único capaz de criar
um novo Pentecostes na Igreja e de superar a tentação constante de nos fragmentar-
mos” (Bolivariana).
29. Somos chamados a uma profunda reforma da Igreja, aquela que surge
da ação de Deus nas profundezas da história. “Eis que faço novas todas as
coisas, você não vê?” (Is 43,19). Somos chamados a viver uma conversão
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que tem sua origem na escuta fiel de Deus e da realidade, uma escuta
que é a condição para a transformação do coração. Devemos escutar
uns aos outros e discernir os sinais dos tempos para buscar juntos a
vontade de Deus à luz da Sagrada Escritura.
30. Durante esta viagem sinodal, sentimos o chamado para escutar a me-
lodia do presente, convencidos de que a qualidade da escuta deter-
mina a qualidade da resposta e abre o caminho para o compromisso
missionário. Compreendemos que a Igreja está hoje, mais que nunca,
necessitando de um novo estilo relacional mais contextualizado, en-
carnado na realidade, capaz de escutar e fazer ressoar as diferentes
vozes, e de se posicionar para gerar o diálogo necessário que favoreça
o encontro. Sentimo-nos chamados a gerar autênticas dinâmicas de
escuta, participação, comunhão, missão compartilhada e correspon-
sabilidade.
2. A sinodalidade do Povo
de Deus
33. Muitas vozes ouvidas nas quatro assembleias regionais nos lembram
que a renovação sinodal supõe “recuperar a proposta conciliar expressa na
noção de Povo de Deus, que sublinha a igualdade e a dignidade comum em vez das
diferenças de ministérios e carismas” (Bolivariana).
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38. A vida sinodal é testemunha de uma Igreja formada por pessoas e co-
munidades livres e diversas, chamadas a se relacionar fraternalmente
por laços de respeito mútuo e afeto recíproco. Muitas vozes questio-
naram como nos tratamos mutuamente na Igreja, especialmente entre
pastores e leigos, e entre mulheres e homens. Em todas as assembleias
ouvimos um profundo clamor para sermos bem tratados, respeitados
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45. A Igreja discípula missionária, atenta aos sinais dos tempos, sente-se
convidada a cultivar uma espiritualidade sinodal encarnada e maria-
na porque “Maria nos lembra que Cristo é o centro de nossa vida e o modelo do
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47. Para esta escuta perspicaz, a Igreja deve considerar e exercitar a con-
versação espiritual. Como método e prática, ela nos ajuda a aprender
a ouvir, a dialogar, a se formar em itinerários, dinâmicas e processos
que sustentam uma conversão pessoal, eclesial e estrutural. À luz deste
estilo, é gerada a reciprocidade necessária que nos leva à complemen-
taridade da vocação e dos dons de cada um. A dinâmica será “aprender
a escutar, a escutar uns aos outros e, sobretudo, a escutar-nos profundamente, porque
quando escutamos o outro (com plena atenção) ele toca, agita nosso ser e exige que
transformemos atitudes, mudemos formas de nos relacionarmos e passemos ao diá-
logo” (contribuição de Povos Indígenas). Esta maneira de ser ajuda a
recriar laços e nos convida a ter uma nova maneira de nos relacionar-
mos, aberta à ação do Espírito, que sempre surpreende e abre novos
caminhos. A sinodalidade supõe uma “espiritualidade que consiste em amar
e escutar, com responsabilidade, com compromisso e sem medo” (Cone Sul); nos
move a abraçar o “caminho do perdão e da reconciliação, reconhecendo nossas
falhas e omissões, para reconstruir a partir de nossa própria vulnerabilidade, a Igre-
ja sinodal” (Camex-Sul).
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dos grupos. Treinar o moderador, para que ele possa animar o proces-
so como tal, evitando cair em um mero grupo de opinião; e o secretá-
rio, para que ele possa ajudar a redigir uma síntese comunitária e não
permanecer uma mera sessão de chuva de ideias.
53. Uma Igreja sinodal, segundo o lema do Sínodo, é uma Igreja em co-
munhão e participação para a missão - “a Igreja que é sinodal tem o desafio
e a missão de se mostrar missionária” (Caribe). Portanto, “são urgentemente ne-
cessárias estruturas para garantir uma sinodalidade missionária, incluindo todos os
membros na periferia” (Camex). Em vez de fechar a Igreja em si mesma,
a sinodalidade leva a uma Igreja missionária a serviço da fraternidade
universal. Como a sinodalidade, a missionariedade é constitutiva da
Igreja, pois cada batizado é um discípulo missionário de Jesus Cristo
em sua Igreja. O discipulado é o seguimento de Jesus, um caminho
com ele para colaborar com sua obra e para prolongá-la na história.
Por sua vez, a obra de Jesus é evangelizar e, portanto, esta é também a
missão da Igreja. Como disse São Paulo VI, “a Igreja existe para evan-
gelizar” (EN 14). É necessária uma “revisão das estruturas e da instituição
eclesial como um todo, em função do serviço e da evangelização” (Cone Sul).
54. Jesus, em sua pessoa, sua vida, sua obra e sua Páscoa, faz presente o
Reino de Deus. O Reino é um absoluto, ao qual tudo se torna relativo.
A missão evangelizadora da Igreja não é outra senão dar continuidade
à missão de Jesus, contribuindo para o crescimento do Reino no mun-
do, especialmente nas periferias, que deve ser seu centro. É necessário
“levar a Boa Nova às periferias; reconhecer que ali também ela está encarnada e é
vida, que é vivida e constrói a sinodalidade” (Bolivariana).
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55. A missão, em termos sinodais, não é proselitismo, o que leva a uma Igre-
ja auto referencial, eclipsando o Reino de Deus, do qual é o sacramento.
É necessário “ser uma Igreja credível, um sacramento do Reino” (Caribe). A
missão consiste no anúncio alegre e gratuito de Jesus Cristo e de seu
mistério pascal a toda a humanidade, numa relação intercultural, pois
está inserida num mundo plural e diverso. É assinalado que “o horizonte
mais claro que se abre é o desafio da evangelização na diversidade, como ser discípulos
missionários em meio à diversidade de contextos, de situações e da complexidade do
mundo” (Caribe). É urgente “atender aos temas da evangelização, respeitando sua
cultura, convidando-os a participar, aproximando-se de seu modo de vida e compreen-
dendo sua visão de mundo” (Cone Sul). A missão consiste em encarnar o
Evangelho nas culturas, contribuindo para a formação de Igrejas locais
indígenas, com o rosto dos povos que fazem parte delas. Uma Igreja en-
carnada corresponde a uma evangelização inculturada e inculturadora
da Igreja como instituição, em sua organização e estrutura.
que primeiro temos que resolver os problemas da sinodalidade e depois sair em mis-
são” (Caribe). A sinodalidade e a missão são dois aspectos intimamente
ligados porque a sinodalidade enriquece a missão e a missão energiza
a sinodalidade.
59. Neste sentido, surge uma questão que gera ênfases diferentes: até que
ponto e de que forma o Evangelho deve penetrar nas culturas? É um
desafio discernir como realizar a tarefa evangelizadora no contex-
to atual de diversidade, multiculturalismo e interculturalidade, para
aprender a viver a fé em uma grande diversidade. “Esta inculturação deve
também influenciar a construção de espaços litúrgicos para torná-los mais adequa-
dos à teologia da sinodalidade” (Cone Sul).
61. Também é pedido que “passemos de uma evangelização centrada no pecado para
uma perspectiva da Boa Nova, como o médico que, em vez de se concentrar na doença,
enfoca seu trabalho na saúde; (desta forma) podemos passar do lamento para o foco
no que podemos fazer” (Bolivariana). Por outro lado, é sempre necessário
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5. A sinodalidade: compromisso
socioambiental num mundo
fragmentado
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terras e dos povos, das diversas realidades das pessoas em vulnerabilidade, das peri-
ferias” (Cone Sul), sejam elas geográficas, territoriais, sociais e existen-
ciais. Os pobres têm muitos rostos: rostos de mulheres, povos indígenas
e afrodescendentes, pessoas em condições vulneráveis como migrantes
e refugiados, pessoas com deficiência, crianças e idosos vulneráveis, e
muitos outros.
65. Uma Igreja sinodal é chamada a “ser uma Igreja mais profética e samaritana.
Uma Igreja profética e missionária que realmente sai para as periferias geográficas
e existenciais e escuta o grito dos pobres e da criação” (Bolivariana). É impor-
tante que no processo sinodal tenhamos a audácia de levantar e dis-
cernir grandes temas, muitas vezes esquecidos ou negligenciados, e de
encontrar o outro e todos aqueles que fazem parte da família humana
e que muitas vezes são marginalizados, também em nossa Igreja. Vá-
rios apelos nos lembram que no espírito de Jesus devemos “ser inclusivos
com os pobres, com as comunidades LGTBIQ+, com os casais em segunda união,
com os sacerdotes que querem voltar à Igreja em sua nova situação, com as mulhe-
res que abortam por medo, com os presos, com os doentes” (Cone Sul). Trata-se
de “caminhar juntos em uma Igreja sinodal que escuta todos os tipos de exilados
para que se sintam em casa”, uma Igreja que é “um refúgio para os feridos e
os quebrados” (Cone Sul). Isto exige disponibilidade para “ir ao encontro,
dar atenção, se envolver”. Porque sinodalidade significa não esperar que as
pessoas venham, mas sair para encontrá-las” (Cone Sul).
67. Algumas contribuições pedem: “Ouvir o grito dos povos e da terra” é um com-
promisso com o Evangelho que nos pede para sermos aliados dos povos em defesa da
vida e de seus territórios” (Cone Sul). Isto é especialmente verdadeiro para
a Amazônia, ameaçada pelo colapso ecológico, com consequências
desastrosas para a vida da terra e de seus povos. Há um sentimento da
Amazônia que aponta para “o abandono de nossos povos indígenas; a falta de
uma presença real no meio dos povos amazônicos” (Bolivariana). É identificado
como “um assunto pendente: alcançar os povos originais, marginalizados por sua
língua, cultura e visão de mundo diferentes; e [...] alcançar as [outras] periferias,
aproximar-se e acolher os indigentes, os de outras crenças e costumes” (Cone Sul).
69. Várias contribuições expressam que uma Igreja sinodal, vivida como
um hospital de campanha, deve dar um lugar central aos jovens. Para
estar perto deles, para curar suas feridas e acompanhá-los em suas bus-
cas, a Igreja deve “adaptar sua linguagem, seus símbolos a fim de estar perto de
suas realidades concretas. Devemos pensar em novos métodos para encantar e resgatar
a presença dos jovens na Igreja, indo onde eles estão e caminhando junto com eles”
(Cone Sul). É importante que “eles, e nós também, tomemos consciência do
papel de liderança que têm que desempenhar na Igreja e na sociedade” (Cone Sul).
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dos jovens, para que abrace suas vidas à medida que eles vêm, com seus sonhos e
anseios, e os acompanhe na tarefa de difundir e promover a sinodalidade”.
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80. Uma Igreja estruturada com base em uma rede de conselhos permi-
tiria estabelecer procedimentos institucionais de responsabilidade e
transparência que partissem das comunidades e ajudaria a erradicar
abusos de consciência, de poder, espirituais, psicológicos, sexuais e
econômicos. Isto exige a criação de órgãos e protocolos de prevenção,
reparação e justiça (cf. AE 355). Isto responderia a vozes que veem
“uma tensão entre o desejo de uma Igreja mais transparente versus uma cultura de
sigilo” (Cone Sul), e que clamam por um maior “compromisso de cuidar
e ouvir as vítimas de abuso” (Camex). Este e outros aspectos exigirão “a
abertura a possíveis modificações no Direito Canônico que deem forma jurídica à
prática sinodal; especialmente que as instituições sinodais sejam reconhecidas por lei
e que ela ajude a garantir e promover maior transparência” (Cone Sul).
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82. “A sinodalidade é a arte de valorizar, acolher e saber articular todos os dons e caris-
mas que o Senhor nos deu, de tal forma que eles fluam e se tornem um canal de graça
e bênção, e por isso é importante valorizar as diferentes vocações” (Bolivariana).
A Igreja é um Povo profético, sacerdotal e de serviço real, onde todos
os seus membros são sujeitos da vida teológica rumo à santidade. Eles
recebem de Deus diferentes carismas para servir ao bem comum (CF.
AE 171).
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88. É por isso que é importante “tomar medidas para superar o clericalismo nos
leigos e no clero, assumindo nossa missão a partir do princípio de subsidiariedade
como um modo de proceder sinodal” (Bolivariana). A Igreja é mais sinodal
quando caminha com todos os batizados e os incentiva a viver a mis-
são reconhecendo sua dignidade comum como base para a renovação
da vida eclesial e com ministérios nos quais a autoridade é serviço. “A
autoridade como serviço constrói a interdependência (nem dependência nem indepen-
dência) com base na vocação comum como discípulos” (Bolivariana).
91. Nesta área do ministério ordenado, várias vozes têm sugerido que “pre-
cisamos de um diálogo aberto e honesto sobre se a questão do celibato e sua relação
com o ministério sacerdotal ainda é útil” (Caribe). Além disso, a possibilidade
de ordenação sacerdotal dos diáconos permanentes foi considerada
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8. Contribuições do itinerário
sinodal na América Latina e
Caribe
96. (I) Tanto o texto de nossa primeira Assembleia Eclesial como o Do-
cumento para a etapa continental promovem uma Igreja missioná-
ria sinodal. A primeira questão diz respeito às relações mútuas entre
eclesialidade, sinodalidade, ministerialidade e colegialidade. Ao longo
do processo da Assembleia, sentimos a fecundidade mútua e a ten-
são positiva entre eclesialidade sinodal e colegialidade episcopal. A
recente caminhada do Povo de Deus entre nós, o discernimento das
vozes e expressões do sensus fidei fidelium, a participação responsável
e co-responsável de todos, apresentam o quadro interpretativo ade-
quado - teórico e prático - para escutar, dialogar e discernir juntos,
com base na dignidade comum recebida na graça filial e fraterna do
batismo. Nossa experiência mostra que neste horizonte de comunhão
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97. Neste contexto, surge uma questão que deve ser analisada na próxi-
ma Assembleia Sinodal com discernimento espiritual, profundidade
teológica e sentido pastoral. Ela diz respeito às relações mútuas entre
eclesialidade, sinodalidade, ministerialidade e colegialidade. Isto pode
ser aprofundado com base no papel central do Espírito de Deus na
vida e na missão da Igreja. A teologia dos sacramentos, especialmente
o Batismo e a Ordem sagrada, as relações recíprocas entre o sacerdó-
cio comum e o ministério ordenado, e as reformas dos ministérios e
estruturas da Igreja, incluindo a reforma do ministério do Sucessor de
Pedro, podem ser analisadas em uma perspectiva sinodal.
semper purificanda (LG 8), são uma fonte de inspiração para que a próxi-
ma Assembleia renove a sinodalidade como comunhão, participação
e missão. No novo contexto sinodal, a Igreja na América Latina e Ca-
ribe continua a receber esse chamado conciliar como um caminho de
conversão pastoral e missionária.
100. Neste processo, surgem questões que não são novas, mas adquirem
certa atualidade. Qual é o valor magisterial dos resultados das Assem-
bleias Eclesiais? Não teriam maior validação e aceitação se fossem
apresentados como diretrizes e documentos de todo o Povo de Deus
em uma região, porque são fruto de escuta, diálogo e discernimento
comum? O que aconteceria se algumas decisões de uma Assembleia
fossem rejeitadas pelo órgão episcopal? Quando, como e onde deve-
riam ser tomadas as votações consultivas e deliberativas? É possível
sonhar com uma configuração sinodal de Conferências Episcopais e
estruturas continentais como o CELAM? O discernimento espiritual,
os fundamentos teológicos e o direito canônico certamente devem ser
reunidos aqui.
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SIGLAS
Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe. “Em direção a uma
Igreja sinodal que vai para as periferias”. Reflexões e propostas pastorais
AE da Primeira Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe”. (2022).
Ap. Bíblia: Livro do Apocalipse
BOLIVARIANA Encontro da Região Bolivariana (de 27 de fevereiro a 3 de março)
Encentro da Região da América Central e México (de 13 a 17 de feve-
CAMEX
reiro de 2023)
CARIBE Encentro da Região do Caribe (de 20 a 25 de fevereiro de 2023)
Contribuição da Conferência Eclesial da Amazônia e da Rede Eclesial
CEAMA-REPAM
Pan-Amazônica
CELAM Conselho Episcopal da América Latina
CONO SUR Encontro da Região do Cone Sul (de 6 a 9 de março de 2023)
Comissão Teológica Internacional, Documento: La sinodalidade na
CTI Sinodalidade
vida e na missão da Igreja (2018)
Documento Conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado da
DA
América Latina e Caribe em Aparecida (2007)
Sínodo sobre a Sinodalidade (2021-2024): Documento Preparatório. Por
DOC. PREP.
uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão
Documento para a Etapa Continental. Sínodo sobre a Sinodalidade
DEC
(2024): “Expanda o espaço de sua loja”
EG Exortação apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco
EN Exortação apostólica Evangelii nuntiandi de Pablo VI
Hch Bíblia: Livro dos Feitos dos Apóstolas
Is Bíblia: Livro do Profeta Isaías
LG Concílio Vaticano II, Constituição dogmática sobre a Igreja Lumen gentium
Terminologia da diversidade nas orientações sexuais; lésbica, gay, bisse-
LGTBIQ+
xual, trans, intersexual, queer e otras
Exortação apostólica post sinodal “Querida Amazônia (2020) do Papa
QA
Francisco
REDCHAG Rede Eclesial do Gran Chaco e Aquífero Guarani
REMAM Rede Eclesial Ecológica Mesoamericana
REPAM Rede Eclesial Pan-Amazônica
Quarta Conferência Geral do Episcopado da América Latina e Caribe
SD
(1992)
UR Decreto Unitatis redintegratio sobre o ecumenismo (1964) de Pablo VI.