11 - O Colecionador de Pulgas Miolo
11 - O Colecionador de Pulgas Miolo
11 - O Colecionador de Pulgas Miolo
O Colecionador
de Pulgas
Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice-Governador
Francisco José Pinheiro
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Coordenadora de Cooperação com os Municípios
Márcia Oliveira Cavalcante Campos
Orientadora da Célula de Programas e Projetos Estaduais
Lucidalva Pereira Bacelar
C387c
Ceará. Secretaria da Educação.
O colecionador de pulgas / Secretaria da Educação; Francisco José Freire de Andrade;
ilustrações Eduardo Azevedo – Fortaleza: SEDUC, 2009.
24p.; il. - (Coleção PAIC Prosa Poesia)
ISBN 978-85-62362-58-3
1. Literatura infanto-juvenil. I. Andrade, Francisco José Freire de. II. Azevedo, Henrique.
III. Título. IV. Série.
CDD 028.5
À minha companheira, Solange, que me descobriu como
CDU 087.5 escritor, e à minha filha Gabi, minha crítica literária.
As pessoas têm suas manias, umas colecionam
carros, outras bonecas, canetas, livros... até
tampinha de refrigerantes. Mas eu nunca tinha
ouvido falar que alguém colecionasse pulgas.
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Foi isso mesmo que Zeca resolveu fazer ao Criando os “parasitas” dentro de
olhar para um cachorro de estimação que lhe uma caixa de acrílico transparente, Zeca
dava muito trabalho. Assim, deu o animal para exibia, com orgulho, a sua arte de criar
sua prima e ficou como lembranças apenas pulgas. Todos os meses ele mudava
três pulgas. Uma pulga macho e duas fêmeas, de caixa, pois a população de pulgas
segundo ele me contou. aumentava da noite para o dia.
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Ele dizia aos amigos que conseguiu contar,
numa tarde, seiscentas pulgas sentadas no fundo
da caixa; as outras não conseguia contar porque
pulavam muito.
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Certo dia, a caixa onde se encontravam as pulgas,
quando estava sendo conduzida por Zeca, de um lugar
para o outro, caiu ao chão, partindo-se ao meio! As
pulgas pularam em cima dele, e passaram a percorrer
por todo o seu corpo, seus cabelos... As pulgas estavam
fervilhando totalmente seu criador. Eram tantas que
Zeca para se livrar desse terror, tirou toda a sua roupa
e saiu correndo no meio da rua se coçando sem parar.
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O povo, sem entender o que estava
acontecendo, gritava:
— Zeca pirou!?
— Chamem a polícia!!!
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Os policiais chegaram e levaram Zeca à
delegacia. Poucos instantes, o delegado começou
a coçar a barba; os policiais sentiram umas
coceiras no corpo, largaram Zeca e correram pela
cidade, desesperados de tanto se coçar. Foi uma
grande confusão.
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Os curiosos que entravam na casa de Zeca
para entender o acontecido, também, saíam
gritando e se coçando em direção à lagoa para
se livrarem das danadas pulgas.
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Eram tantas pulgas que se espalharam, por
todos os lugares, que os cachorros abandonaram a
cidade, em disparada, e os gatos que têm medo de
água, se atiraram no lago, para se livrarem delas.
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O prefeito, que chegara de viagem, foi
também contaminado pela peste. A população
estava apavorada, sem saber o que fazer.
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De repente, Zeca lembrou que suas pulgas
gostavam muito de ouvir música. Ele, então,
começou a cantar e as pulgas vieram todas em
direção a sua casa, em fila, dançando e entrando
na sua caixa alegremente.
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Francisco José Freire de Andrade
Nasci em Fortaleza-Ceará, sou formado em Filosofia
pela UECE e especialista em Gestão Educacional
pela UVA. Sou professor no curso de Pedagogia na
Universidade Estadual Vale do Acaraú.
Minha paixão pelas histórias infantis tem uma forte
ligação com Gabi, minha filha, para quem contei
muitas histórias. Todas as noites ela pedia que eu
inventasse uma história a partir de um tema por ela
escolhido, valeu Gabi.
Eduardo Azevedo
Ao ilustrar o Colecionador de Pulgas voltei a uma
época marcante da minha infância, quando gostava
muito de fazer coleções, principalmente de revista em
quadrinho. Possuo uma coleção de gibis desde meus
10 anos. Costumava guardá-las dentro de caixas de
sapato dentro do guarda roupa para que meus irmãos
menores não as pegassem. Tratava-as com todo
carinho como se tivessem vida. Elas ficavam sempre
organizadas pela numeração. Se alguma aparece com
uma página rasgada, isso me deixava muito triste.
Foi fazendo essa coleção de histórias em quadrinho
que despertou minha paixão pelo desenho e pela
leitura. Montar uma coleção seja ela de que for, além
de ser um passatempo é um grande divertimento
e um fantástico aprendizado.