Educação Inclusiva
Educação Inclusiva
Educação Inclusiva
P R ÁT I C A S I N C L U S I VA S
NA EDUCAÇÃO BÁSICA
2022
© Das Organizadoras - 2022
Editoração e capa: Schreiben
Imagem da capa: Freepik
Revisão: os autores
Conselho Editorial (Editora Schreiben):
Dr. Adelar Heinsfeld (UPF)
Dr. Adelar Heinsfeld (UPF)
Dr. Airton Spies (EPAGRI)
Dra. Ana Carolina Martins da Silva (UERGS)
Dr. Deivid Alex dos Santos (UEL)
Dr. Douglas Orestes Franzen (UCEFF)
Dr. Eduardo Ramón Palermo López (MPR - Uruguai)
Dr. Enio Luiz Spaniol (UDESC)
Dr. Glen Goodman (Arizona State University)
Dr. Guido Lenz (UFRGS)
Dra. Ivânia Campigotto Aquino (UPF)
Dr. João Carlos Tedesco (UPF)
Dr. José Antonio Ribeiro de Moura (FEEVALE)
Dr. José Raimundo Rodrigues (UFES)
Dr. Leandro Hahn (UNIARP)
Dr. Leandro Mayer (SED-SC)
Dra. Marcela Mary José da Silva (UFRB)
Dra. Marciane Kessler (UFPel)
Dr. Marcos Pereira dos Santos (FAQ)
Dra. Natércia de Andrade Lopes Neta (UNEAL)
Dr. Odair Neitzel (UFFS)
Dr. Valdenildo dos Santos (UFMS)
Dr. Wanilton Dudek (UNIUV)
EISBN: 978-65-89963-95-0
DOI: 10.29327/566167
PREFÁCIO..........................................................................................5
Gabrielle de Oliveira dos Santos Anchieta
SOBRE AS ORGANIZADORAS......................................................138
PREFÁCIO
Especial fazendo com que essa deixe de ser substitutiva para ser comple-
mentar. Sendo assim, os educadores com especialização em Educação
Especial foram direcionados para os alunos com deficiência, mediante
o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e foram incorporados
novos profissionais ao corpo escolar, como intérprete em libras, guias e
profissionais de apoio, como constatamos em muitas unidades escolares
do país.
Cabe a nós, enquanto educadores, ressaltar que a Educação Especial
na Perspectiva Inclusiva compreende temáticas, estudos e pesquisas m di-
versos níveis educacionais e deve compreender a prática cotidiana, a ca-
pacitação de profissionais, as metodologias, instrumentos e ferramentas,
assim como deve ser avaliada periodicamente para que seus resultados es-
tejam alinhados ao objetivo a que se propõe: a inclusão.
Nessa grande obra intitula PRÁTICAS INCLUSIVAS NA
EDUCAÇÃO BÁSICA temos a grande honra de dividir com vocês leito-
res 9 capítulos desse importante tema central.
O primeiro artigo intitulado PRÁTICAS INCLUSIVAS EM
TEMPOS DE PANDEMIA: UM OLHAR SOBRE O TRABALHO NO
CENTRO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
DE QUEIMADOS (CAEEQ) dos autores Carmen Lúcia Souza Barros,
Dannielle Carvalho de Padua Rodrigues e Leonardo da Silva Pereira,
tem como objetivo o desenvolvido no CAEEQ é o fortalecimento dos
processos de aprendizagem, de inclusão escolar e socialização dos alu-
nos com atraso e/ou dificuldades nas questões socioeducacionais. Tendo
como público-alvo todos os alunos da Rede Municipal de Ensino encami-
nhados pela Orientação Educacional e visitas de itinerância onde ocorrem
as avaliações realizadas pela equipe de Educação Especial da SEMED.
O segundo artigo intitulado EDUCAÇÃO ESPECIAL EM
PAUTA: ALÉM DAS PRÁTICAS PARA UMA ESCOLA MAIS
DIVERSA E INCLUSIVA do autor Abraão Danziger de Matos, segun-
do o mesmo a educação é um direito garantido por lei, sendo que todos
deveriam ter acesso a esse benefício de forma equivalente. Porém, infe-
lizmente o país vive um cenário de muita desigualdade social e uma boa
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1. INTRODUÇÃO
A educação inclusiva é o atual paradigma do sistema educacional
brasileiro onde se faz necessário que as escolas se transformem e ofertem
oportunidades para que todos os alunos tenham acesso, permanência e ga-
rantia de direitos em sua vida escolar. Incluir é oferecer possibilidades. Nossa
reflexão inicial parte do seguinte questionamento: De que forma o Centro
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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ações que foram pensadas a partir de uma visão acessível para o contexto
educativo inclusivo e as demandas advindas da pandemia.
Embora buscássemos alternativas para enfrentarmos os problemas do
cenário histórico político pandêmico, todas as desigualdades já existentes no
processo educativo se redobraram. Os problemas passaram de estruturais para
um agravamento político contra as ações da educação. Os professores e no caso
do CAEEQ, as implementadoras pedagógicas ganharam destaque tornando-se
responsáveis pela estruturação de ações para acesso à educação neste período.
A adaptação neste panorama não foi uma tarefa tranquila, pois mesmo dian-
te de tantas adversidades não obtivemos, naquele momento, apoio financeiro
governamental para que o ensino remoto acontecesse de forma democrática e
equitativa conforme a emergência pandêmica requeria. O auxílio tecnológico
foi concedido num momento posterior ao que foi vivido neste relato.
Reafirmamos que todo trabalho inclusivo parte de ações afetivas.
Incluir sem afetividade é algo intangível. Acreditamos nessa perspectiva e
por ela os esforços não foram medidos para alcançar e efetivar um contato
educativo de amor, confiança e funcional, mesmo diante das (im) possibi-
lidades deixadas na tão desigual política pandêmica.
Garantir aos alunos do CAEEQ oportunidades para uma educa-
ção plural, que valorize as diferenças e que inclua, mesmo em tempos
sombrios como o estabelecido pela pandemia, se constitui como um valor
educativo. Afinal, como pontua Audrey Azoulay a educação inclusiva é a
nossa única opção para enfrentar os desafios e valorizar nossas diferenças.
REFERÊNCIAS
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PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
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MATTOS, Sandra Maria Nascimento: O educador oculto: em busca do
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NEGRINE, Airton. Concepção do jogo em Piaget. In: ___ Aprendiza-
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RIBEIRO, Suely de Souza. A Importância do Lúdico no Processo de
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to-da-infancia Acesso em 30 de maio de 2022.
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VYGOTSKY. H. Do ato do pensamento. Lisboa: Moraes, 1979.
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EDUCAÇÃO ESPECIAL EM PAUTA:
ALÉM DAS PRÁTICAS PARA UMA ESCOLA
MAIS DIVERSA E INCLUSIVA.
Abraão Danziger de Matos1
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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4. REFERÊNCIAS
ALVES, Fátima. Inclusão: muitos olhares vários caminhos e um grande
desafio, Rio de Janeiro: Wak, 2005.
ARANTES, Valéria Amorim (Org.). Inclusão escolar: pontos e contra-
pontos. São Paulo: Summus, 2010.
BEYER, Hugo Otto. Inclusão e avaliação na escola de alunos com necessidades
educacionais especiais. Porto Alegre: Mediação, 2010.
BRASIL. Atendimento educacional especializado: orientações práticas e
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PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
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EDUCAÇÃO BÁSICA INCLUSIVA
Raimundo Expedito dos Santos Sousa1
INTRODUÇÃO
A INSTITUIÇÃO CRECHE
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n°9.394,
1996. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2013/lei/l12796.htm.> Acesso: 14 set. 2017.
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KUHLMANN JR, Moysés. Infância e educação infantil: uma aborda-
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MARIOTTO, Rosa Maria Marini. Atender, cuidar e prevenir: A creche, a
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ERA DIGITAL E O FUTURO DO MERCADO
DE TRABALHO PARA PESSOAS COM
DEFICIÊNCIAS: DESAFIOS
E POSSIBILIDADES
1. A ERA DIGITAL
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profissional para o futuro? Notamos que diante das duas questões surge a
necessidade de repensar as propostas pedagógicas tanto para alunos ditos
“normais” quanto para os alunos com deficiência.
Convém esclarecer que, nem todo aluno que apresenta deficiência,
ou algum tipo de transtorno, embora seja incluído, adaptado e inserido
no contexto escolar, necessariamente não desenvolverá habilidades que o
capacite para o mercado de trabalho. Algumas deficiências, dependendo
do grau que acometa o indivíduo, poderá limitá-lo ou não, tanto para o
mercado de trabalho, quanto para vida social. Ressaltamos que o destaque
do presente artigo será dado para a o aluno com deficiência com possíveis
condições de inclusão no mercado de trabalho.
Dando destaque a legislação que trata da educação dos alunos com
deficiência, a LDB- Lei de Diretrizes e Bases, nº 9.394/96, apresenta um
capítulo específico para educação especial, o capítulo V. de acordo com a
LDB, Cap.V, o Arg. 58 especifica o que é a modalidade e qual o público
alvo da educação especial: entende-se por educação especial, para os efei-
tos desta Lei, a modalidade de educação oferecida preferencialmente na
rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos glo-
bais do desenvolvimento e altas habilidades ou superlotação.
Interessante destacar que a obrigatoriedade para assistência educa-
cional da pessoa com deficiência, é garantida por lei desde os anos iniciais
de escolarização, ou seja, desde a educação infantil, algo que infelizmente
não é realidade nas muitas escolas públicas brasileiras. Assim esclarece o
§3° do Cap.5:
A oferta de educação especial, nos termos do caput deste artigo,
tem início na educação infantil e estende-se ao longo da vida, obser-
vando o inciso III do art.4° e o parágrafo único do art.60 desta Lei.
(BRASIL, 1996).
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PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
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vários períodos históricos, mas para todos e todas que talvez não tenham
oportunidades iguais, os desiguais, esses nos preocupam, pois as oportuni-
dades são poucas ou nenhuma. Cabe aqui uma indagação: quem pagará a
conta ou ficará no prejuízo?
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRASIL. Decreto nº 3. 298, de 20 de dezembro de 1999. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3298.htm. Acesso em:
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BRASIL. Lei Nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Disponível em: http://
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planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213compilado.htm. Acesso em:
15.05.2020
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WASLSH, Catherine. Interculturalidade crítica e educação intercultu-
ral. Instituto Internacional de integración del Convenio Andrés Bello, La
Paz, 9-11 de Marzo de 2009.
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INCLUSÃO, AUTISMO E EDUCAÇÃO:
O MÉTODO DE PORTFÓLIOS EDUCACIONAIS
COMO ESTRATÉGIA FACILITADORA NO
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
DE CRIANÇAS
Sandro Garabed Ischkanian1
Simone Helen Drumond Ischkanian2
INTRODUÇÃO
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Fonte: http://autismosimonehelendrumond.blogspot.com/
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Fonte: http://autismosimonehelendrumond.blogspot.com/
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Fonte: http://autismosimonehelendrumond.blogspot.com/
Com a família: Entender quem são e o que querem, quais suas ex-
pectativas, qual a contribuição que podem dar em relação ao aluno com
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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excluídos da sociedade por causa das suas diferentes limitações, neste senti-
do, os projetos SHDI, visa proporcionar perspectivas coesas.
Todo o projeto não configura um “estudo de caso”, mas “um estudo
sobre os casos de inclusão, proporcionando boas perspectivas. A necessi-
dade de realizar estudos da vida cotidiana de posse de uma teoria social
na qual a definição de “sociedade” seja aplicável a qualquer escala de rea-
lidade e de reconhecer os processos educacionais (Inclusão: a importância
do planejamento e da adaptação de materiais pedagógicos na práxis dos
profissionais relacionados às ciências da saúde e da pedagogia no atendi-
mento às crianças portadoras de necessidades especiais) como parte inte-
grante de formações sociais historicamente determinadas.
O projeto “Inclusão – Autismo e Educação: a importância” está
pautada em valores, concepções e expectativas, onde as crianças, os educa-
dores e a comunidade são vistos como sujeitos históricos importantíssimos
para a efetivação dessa perspectiva de trabalho. Portanto, deve ser com-
preendido sob a ótica do cotidiano, em sua singularidade. Compreende-se
que esse projeto é possível e sua transcendência, em cada indivíduo, se
constituirá com base nas representações daqueles que estão envolvidos.
REFERÊNCIAS
COLL, C.; PALACIOS, J. MARCHESSI, A. Desenvolvimento psico-
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escolar. Porto Alegre: Artmed, 1995. V. 3.
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blicado em: UFC - Universidade Federal do Ceará. Grupo de Pesquisa
PRÓ-Inclusão. Acesso em: 03 de maio de 2022.
VIEIRA, Vania M. O. Portfólio: Uma proposta de avaliação como re-
construção do processo de aprendizagem. In: Revista: Psicologia Esco-
lar e Educacional
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AS ESTRATÉGIAS FACILITADORAS NO
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
DE CRIANÇAS, COM OS MATERIAIS
PEDAGÓGICOS DO MÉTODO DE PORTFÓLIOS
INCLUSÃO, AUTISMO E EDUCAÇÃO.
Sandro Garabed Ischkanian1
Simone Helen Drumond Ischkanian2
INTRODUÇÃO
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PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Quando o aluno com TEA freqüenta uma escola nova, devem ser
levados em conta alguns fatores, de modo a facilitar todo este processo de
familiarização. Nesse sentido o método de portfólios do Projeto: Autismo
e Educação: Oba! Vou ter um aluno autista em minha sala de aula, é um
fator primordial para ser trabalhado pelo coletivo escolar. Tal processo de-
verá ser feito antes das aulas começarem, e ao tratar-se de mudanças de
estabelecimentos, ambos deverão estar implícitos no processo para que a
criança não se sinta confundida com a mudança.
Esta familiarização surge como uma estratégia na inserção de alunos
com TEA, nas salas regulares, e vem reduzir a ansiedade e todo o descon-
forto que os alunos sentem ao ingressarem num estabelecimento novo. A
entrada numa nova escola é sempre um processo novo e complicado, uma
das estratégias passa pela visita ao novo meio de ensino fora do tempo de
aula, para que o educando se prepare previamente, assim como pode ser
disponibilizada uma foto dos profissionais aos encarregados de educação,
isto é, fotos de profissionais que desempenhem cargos mais importantes.
No decorrer da visita há que ter igualmente em consideração alguns
aspetos para que futuramente o aluno se sinta seguro, como por exemplo,
a utilização do mesmo caminho durante a visita, mostrar todas as
zonas da escola necessárias ao aluno, como casas de banho, etc. O aluno
deve ter liberdade para explorar toda a zona que envolve a nova escola,
e assim que processar toda esta informação, numa segunda visita deve
ser incentivado a participar das atividades regulares. No caso de alunos
com TEA que não visitaram efetivamente o novo espaço a frequentar, pro-
cura-se perceber junto dos encarregados de educação quais os interesses
do seu filho, para que num primeiro encontro possam ser apresentados
alguns objetos do seu interesse (Hewitt, 2006).
Dado ao fato de os alunos com TEA não conseguirem prever con-
sequências com situações novas, deve ter-se especial cuidado para que este
não se oprima com qualquer situação negativa, o que pode remeter o aluno
para o isolamento ou até mesmo para casos depressivos. O Professor deve
explicar aos pais o quanto é importante eles encorajarem os seus filhos a
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PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
etc., como tal, numa fase inicial pode ser necessário sentá-los dentro de um
arco para que desenvolvam uma conscientização do espaço. Como já refe-
rido, os alunos tendem a reagir melhor às regras visuais do que às verbais.
Nestas áreas deve ter-se cuidado com as fontes de energia que se encon-
tram expostas, devendo estar tapadas ou assinaladas, uma vez que as crianças
com TEA poderão apresentar obsessões com tomadas. Em momentos de diá-
logos, pode recorrer-se a recompensas para encorajar as crianças ao bom com-
portamento. A utilização de canções e assuntos preferidos, também pode ser
utilizada para facilitar o momento de conversas diárias, onde todos expõem
suas novidades. Se estes momentos forem dirigidos por alguém conhecido, fa-
cilitará os momentos de transtorno e de compreensão. Em algumas situações,
sentar-se junto ao docente será o mais seguro, uma vez que, este poderá atrair
a atenção da criança sempre que for necessário. Quando o aluno se mostra
inquieto utilizam-se folhas com letras ou projetam-se as letras na parede para
atrair a atenção do aluno e/ou ocupar as suas mãos.
Os portfólios educacionais do Projeto: Autismo e Educação nos
revelam que para algumas crianças com TEA pode ser necessário um es-
tímulo processado em três passos, ou seja, é dada uma instrução verbal,
repete-se a mesma acompanhada de um gesto e em seguida acompanhada
de uma orientação física. Estas crianças necessitam de mais tempo no pro-
cessamento da informação.
Nos momentos de recreio, devem avisar-se antecipadamente as
crianças que este momento se efetuará fora da sala, recorrendo a avisos
visuais. Nestes momentos deve ser permitido ao aluno dar-se a comporta-
mentos preferidos.
Em situações de pedido de ajuda, há que encorajar a criança a fazê-
-lo de forma correta e adequada, ou seja, pode colocar o braço no ar, ter
cartões de ajuda (PESC), ou utilizar um bloco de notas de ajuda. Tais es-
tratégias dispersam em parte a ansiedade do aluno e respectiva dificuldade
em pedir auxílio (Hewitt, 2006).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
COLL, C.; PALACIOS, J. MARCHESSI, A. Desenvolvimento psico-
lógico e educação necessidades educativas especiais e aprendizagem
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ciais. Santa Maria: UFSM, 2005.
___. (1995). Desenvolvimento Psicológico e Educação – Necessidades
Educativas Especiais e aprendizagem escolar. vol. 3. Porto Alegre. Por-
to Editora, Ltda.
CORREIA, L. (2003). Educação Especial e Inclusão – Quem disser que
uma sobrevive sem a outra não está no seu perfeito juízo. Porto Edito-
ra, Ltda.
___. (1999). Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas Clas-
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PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
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ESTUDOS ACERCA DA SÍNDROME DE
ASPERGER NA PERSPECTIVA DA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Danielle Guida José1
Michel da Costa2
1. INTRODUÇÃO
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sociedade tem que repensar sua prática, a partir das reações dialógicas en-
volvendo os educadores, a família e a comunidade. Neste contexto conclui-
-se que é necessário que nos movimentemos para lhes garantir o atendi-
mento de que necessitam, porque se não o fizermos, estaremos correndo o
risco enorme de, quando a sociedade descobrir não ser tão fácil quanto lhe
era dito, promover a tal inclusão, voltar a fechar suas portas para ela. Nesse
caso, reabri-las irá exigir muito mais esforço, uma batalha muito mais acir-
rada e muito mais tempo. É o comprometimento da qualidade de vida de
inúmeras pessoas portadoras de necessidades especiais. (MACEDO, 2008).
Com base nas modernas teorias da plasticidade cerebral, busca – se
“reprogramar” suas funções de forma a que possa desenvolver todo o seu
potencial. Acredita-se que as pessoas especiais podem sim, serem prepa-
radas a vencerem desafios, a responder devidamente às exigências da vida
cotidiana, a competir em pé de igualdade; busca-se modifica-lo, melhorar
suas condições, garantir seu desenvolvimento e investir, portanto, no indi-
víduo. (MACEDO, 2008).
E desta visão nasceram os programas de reorganização neurológica
e de resgate das funções cognitivas, e uma atitude amorosamente instiga-
dora que, por acreditar na capacidade do indivíduo, pede sempre mais,
empurra-o para frente, leva-o, amorosamente, a enfrentar desafios e a exer-
citar sua capacidade de adaptação. Ensina-o, portanto, a crescer. É a partir
do patamar desta visão que se entende a inclusão.
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PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
para nossas diferenças, aquilo que não gostamos em nós passa a ser mais leve,
ganha mais legitimidade, e desta forma os relacionamentos entre os seres hu-
manos ganha uma dimensão há muito esquecida. (MACEDO, 2008).
Quando percebemos nossas diferenças, e descobrimos que somos
iguais; que temos características individuais que nos tornam únicos e que
fazem as pessoas únicas, nos questionamos: o que faz o ser humano en-
contrar tanta dificuldade para aceitar suas diferenças? Será que o fato de
ser diferente está ligado à impotência e a segregação? Que diferenças são
estas que não permitem ao indivíduo entrar em contato para discriminá-
-las? Por que o ser humano age com tanta indiferença ao diferente?
A tardia proposta de inclusão na educação, visa unir a parcela da
população considerada “excluída”, mas que na verdade é a grande
maioria, aqueles que detenham privilégios no que diz respeito ao
acesso ao ensino. Porém quem pertence à maioria dos excluídos?
São os portadores de deficiências, os analfabetos, os famintos, os
sem – teto... A minoria “normal” seria de 20 a 30% (MACEDO,
2008, p. 17).
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PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
diferente dos moldes atuais, objetiva quebra do tabu enraizado pela socie-
dade. (MACEDO, 2008).
Desenvolve um trabalho que orienta, prepara e capacita essas pes-
soas em diversas funções, para que obtenham condições necessárias na
conquista de sua autonomia, dentro do potencial de cada aluno, sempre
valorizando as aptidões e os desejos individuais.
Não se segrega o aluno e sim oferece possibilidades de demonstra-
rem sua real capacidade produtiva. Além do trabalho pedagógico, os alu-
nos têm a oportunidade de participar de diferentes oficinas e recebem,
diariamente, atendimentos clínicos especializados como suporte para al-
cançar este objetivo maior, o da “Inclusão”.
“Incluir” não pode ser somente no aspecto educacional, mas prin-
cipalmente a inclusão no mercado produtivo, inclusão social, ou seja,
“Inclusão Total”. A meta do Núcleo de Atendimento de Pessoas com
Necessidades Especiais é sempre acreditar no potencial humano, indife-
rente do grau de necessidade educacional do educando.
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PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
6. ANÁLISE E RESULTADOS
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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biológicos, psicológicos/comportamentais e pedagógicos educacionais.
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so. Consultado 12/05/2017
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A INCLUSÃO DAS INTELIGÊNCIAS:
SAINDO DE UM AQUÁRIO PARA UM MAR
DE INFINITAS POSSIBILIDADES.
Neusa Venditte1
Simone Helen Drumond Ischkanian2
1. INTRODUÇÃO
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PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
2. DESENVOLVIMENTO
VAMOS JUNTOS APRENDER A ENSINAR, DESCOBRIR NO-
VOS CAMINHOS E RECURSOS QUE FACILITEM A REALIZA-
ÇÃO DE UM TRABALHO COM EXCELÊNCIA.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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MEC, 1988.
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Universidade Católica (PUC), 2015.
MANTOAN, M.T.E. Compreendendo a deficiência mental: novos ca-
minhos educacionais. São Paulo: Editora Scipione, 1988.
VENDITTE, Neusa e ISCHKANIAN, Simone H.D. Vamos juntos
aprender a ensinar e descobrir novos caminhos e recursos que facilitem
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EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Angela dos Santos Sousa Alves1
Renata Cristina da Conceição Barros2
Verônica Cristina P. de Amorim3
INTRODUÇÃO
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EDUCAÇÃO INCLUSIVA
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PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Para que tudo isso aconteça de forma natural e com facilidade deve-
-se ter um convívio amigável entre o professor e os alunos, pois para apren-
der e incluir se faz necessário que as duas partes integrantes do processo
se sintam bem, pois não há aprendizagem sem vínculo, e, ela deve ser rea-
lizada de forma natural e espontânea, tornando um processo prazeroso.
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CONCLUSÃO
A primeira infância é uma fase decisiva na vida das crianças, pois elas
conquistam capacidades fundamentais para o desenvolvimento de habilida-
des que irão interferir na sua vida adulta, diante disso, cuidar da Educação
Infantil é cuidar do futuro das nossas crianças. Elas têm o direito de se mani-
festar inteiramente com oportunidades específicas à sua faixa etária. Diante
disso, o foco deve estar nas potencialidades das crianças explorando as áreas
que elas se identificam e se desenvolvem e entendendo e auxiliando-as.
Patto afirmou (1997, p.319), “a educação para o mundo humano
se dá num processo de interação constante, em que nos vemos através dos
outros, e em que vemos os outros através de nós mesmos”.
Todas as crianças aprendem juntas, no mesmo ambiente, indepen-
dentemente de suas características sociais.
Essa reflexão é no sentido de pensar nas mudanças relacionadas à
inclusão desde a educação infantil, por ser a primeira etapa da educação
básica e é o primeiro espaço em que as mudanças devem se efetivar, pois é
o período mais sensível no processo de desenvolvimento da aprendizagem
das crianças com necessidades específicas.
O direito à educação inclusiva não se restringe ao acesso, compreen-
de também o desenvolvimento de suas potencialidades para a plena parti-
cipação em igualdade de condições.
Os professores de educação infantil possuem um papel significativo
na inclusão, pois necessitam dispor de conhecimentos específicos sendo
necessário ter um olhar especial promovendo a educação com sentido e
formação e não apenas transmissão de conhecimentos e, sim, construindo
laços afetivos, autonomia e respeito ao próximo.
As escolas vêm discutindo e refletindo sobre o seu real papel ao ní-
vel de inclusão dos alunos com necessidades específicas com a finalidade
de estabelecer e contribuir de forma significativa no âmbito educacional
e com o intuito de colocar em prática a educação para todos de forma
igualitária, oferecendo um caminho acessível para a inclusão acontecer
independentemente das especificidades encontradas no processo escolar
e buscando inserir na sociedade como um ser ativo, pensante e político.
Vale destacar que não existe um modelo pronto de práticas de ensino,
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRANDÃO, C. F. LDB passo a passo: Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
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BRANDÃO, C. F. PNE passo a passo: (Lei n. 10.172/2001): discussão
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camp, 2006.
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do Federal 2016.
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Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil –
Brasília: MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Dire-
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tério da Educação/ Secretaria de Educação Especial. 2007>. Acesso em:
21 nov. 2011.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL – FETAC.
Disponível em http://www.fetac.com.br› apostilas › alfabetização PDF.
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PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
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SOBRE AS ORGANIZADORAS