Los comienzos de la cébala

en Provenza: el Nombre divino

y el Templo en la enseñanza
de R. Isaac el Ciego

Havivah Pedayah

I ,a d o c trin a e so té ric a ju d ía d e las p rim e ra s é p o c a s fu e p e n e tra n d o y

c rista liz a n d o s im u ltá n e a m e n te en el fe n ó m e n o s o c io h is tó ric o e s p e c ífi­
co q u e se c o n o c e p o r lo g e n e ra l c o n el n o m b re d e c á b a la , en d istin to s
lugares y re g io n e s d e E u ro p a : el n o rte d e F ra n c ia , A s q u e n a z y P ro v e n -
za, C a ta lu ñ a y C a s tilla .1 N o sie m p re p o d e m o s e v a lu a r e x a c ta m e n te la
relación e n tre el n ú c le o d e l m a te ria l a n tig u o d e tra d ic io n e s tra n s m iti­
das (m e d ia n te un e je h o riz o n ta l o v e rtic a l) en u n m o m e n to y en un
lugar d a d o s, y los c o n ta c to s d e d e te rm in a d o s c írc u lo s c o n o tro s
c o n te m p o rá n e o s, ta m b ié n e sp e c ífic o s, c u y a s tra d ic io n e s (eje v e rtic a l)
y c o n te x to s in te rre lig io so s e in te rc u ltu ra le s so n d ife re n te s (eje h o ri­
z o n ta l).2

1. Id e l p r o p o n e e n v a r io s e s t u d io s u n e n f o q u e q u e d e f in e c o m o m u ltilin e a l y q u e r e-
su lta m u y a c e r t a d o . V é a n s e p o r e j e m p lo M . Id e l, “T h e V ic is s it u d e s o f K a b b a la h in C a ta lo -
u ia ” , e n M . L a z a r y S . H a lic z e r ( c o m p s .) , T h e J e w s o f S p n in in t h e E x p u l s i ó n o f 1 4 9 2 ,
I .;m caster, C A , L a b y r in th o s , 1 9 9 7 , p á g s . 2 5 - 2 6 ; ib id ., “R a b i M o s h é B e n N a jm a n : Q a b a la h ,
I la lajá v e m in h a g u im r u ja n iim ” , T a r b i z , 3 0 , 1 9 9 5 , p á g s . 5 4 3 - 5 4 4 ; ib id , R . M e n a j e m R e c a n a -
u e l c a b a l i s t a , J e r u s a le m y T e l A v iv , 1 9 9 8 , I, p á g s. 1 3 - 1 8 ; v é a s e ta m b ié n M . V e rm an , T h e
H o o k s o f C o n t e m p l a r o n : M e d i e v a l M y s t i c a l S o u r c e s , A lb a n y , N Y , 1 9 9 2 , p á g s . 1 9 1 - 1 9 2 .
2 . L o s e j e s h o r iz o n t a le s v a n fr e c u e n te m e n te lig a d o s a lo s c a m b io s d e r e s id e n c ia d e u n a
p e r so n a lid a d d e te r m in a d a o a su tr a sla d o d e un lu g a r a o tr o c o n e l f in d e e s tu d ia r h a l a j á ,
lle v a n d o c o n s i g o , e n tr e o tr a s, e n s e ñ a n z a s e s o té r ic a s . E n o c a s i o n e s , e l p r o c e s o e s t á r e la c io ­
n ad o ta m b ié n c o n la tr a n sm is ió n o d is p o n ib ilid a d d e un lib ro o u n m a n u sc r it o d e te r m in a d o .
I .o s e j e s h o r iz o n t a le s so n d e d i st in to c ará c ter : 1) L a in c lu s ió n y r e la c ió n d e la d o c t r in a e s o -
lér ic a c o n o tr a s r a m a s d e l sa b e r j u d ío c o n t e m p o r á n e o : g r a m á tic a , f i lo s o f ía , e x é g e s i s b íb li-
ea; ta m b ié n c o n t a c to s c o m b in a d o s e in t e r c a m b io s su tile s q u e e n o c a s i o n e s r e s u lt a n d i f í c i ­
le s d e r e c o n s tr u ir m ie n tr a s q u e , o tr a s v e c e s , h a n d e ja d o u n r a stro m á s c la r o e n tr e e l m i d r a s h
tar dío y l o s c o m ie n z o s d e la c á b a la , o e n tr e lo s e s c r ito s d e c o r te h a lá jic o o so b r e c o s tu m -
!? HavJvcWredayah

L a e s p e c ific id a d y c a ra c te rístic a s p e c u lia re s d el m a te ria l y la f o r ­

m a c o m o d ic h a d o c trin a e so té ric a su rg ió e stá n lig a d a s a la p e rs p e c tiv a
tra d ic io n a l a n tig u a d e su tra n sm isió n , u n a e ta p a en la q u e to d a v ía se
h a b la b a en té rm in o s d e “sa b e r o c u lto ” q u e se tra n s m itía o ra lm e n te en
el in te rio r d e c írc u lo s d e e stu d io re s trin g id o s.3 E n o c a sio n e s , la c a d e n a
d e tra n s m is ió n e s tu v o lig a d a a c ie rta s fa m ilia s ra b ín ic a s ; e n tre e lla s, se
d e s ta c a n la fa m ilia d e R. A b ra h a m b e n D a v id en P ro v e n z a , la d e R.
Ie h u d á H e ja sid en A s q u e n a z , q u iz á ta m b ié n la d e R. I o s e f b en T o d ro s
A b u la fia en C a s tilla , a s í c o m o , al p a re c e r, o tra s fa m ilia s. E n los c o ­
m ie n z o s d e la c á b a la sig u e n sie n d o , p u e s, m u y s ig n ific a tiv a s las d e fi­
n ic io n e s “ g e o g rá fic a s ” q u e se ñ ala n el c a rá c te r sui g é n e ris d e un tip o d e
c o n o c im ie n to m ístic o , c o m o su c ed e c o n los c írc u lo s q u e se fo rm a ro n
en A s q u e n a z , P r o v e n z a o G e ro n a .4 E sto , en g e n e ra l, p a sa a te n e r u n a
im p o rta n c ia s e c u n d a ria en é p o c a s p o ste rio re s. H a y q u e ag re g a r, sin
e m b a rg o , q u e , a p e s a r d e q u e las d e fin ic io n e s g e o g rá fic a s en las lín e a s
d e d e s c rip c ió n g e n e ra le s c o n trib u y e n a d e fin ir el c a rá c te r e s p e c ífic o de
un g ru p o d e te rm in a d o , d e h e c h o , y en o c a sio n e s ju s ta m e n te a c a u sa de
la p e rs p e c tiv a fa m ilia r c e rra d a , se c o n s titu y e ro n en el m is m o lu g a r d o s
c irc u ito s p a ra le lo s e in c lu so q u iz á m á s .5
i

b r e s, y la c á b a la . 2 ) C o n ta c to c o n u n c o n o c im ie n t o a n t ig u o lle g a d o a o ír o s c ír c u lo s d e e s t u ­
d io p o r d is t in to s c o n d u c t o s ; e n o c a s i o n e s e s e c o n t a c to s e p r o d u c e j u n t o c o n u n a n e g a t iv a a
r e c ib ir su c o n t e n id o . A e st a s d o s fo r m a s d e tr a n sm isi ó n d e c o n o c im ie n t o se le s a g r e g a a v e ­
c e s la c o m u n ic a c ió n in te r r e lig io s a q u e se m e z c la e n e lla s . A q u í n o n o s o c u p a r e m o s d e l a n á ­
l is is m e t o d o l ó g ic o fu n d a m e n ta l d e la c o n tin u id a d y e l c a m b io e n la e str u c tu r a c ió n d e las
id e a s, a su n to al q u e c o n s a g r é u n c a p ítu lo e n t e r o e n m i te s is d e d o c to r a d o (H . P e d a y a h ,
“ M a s h b e r b e E lo h u t v e t iq u n o b e q a b a la t R . Itz jaq S a g u i N a h o r v e t a lm id a v ” , t e s is d e d o c t o ­
r a d o , U n iv e r s id a d H e b r e a d e J e r u sa le m , 1 9 8 9 , p á g s . 1 -2 8 ).
3 . E l c o n c e p t o e x t r e m is t a d e l c o n o c im ie n t o o c u lt o q u e te n ía N a j m á n id e s ( v é a s e M .
Id e l, “ W e H a v e N o K a b b a lis tic T r a d itio n o n T h is ” , e n I. T w e r sk y [ c o m p .] , R a b b i M o s e s
N a h m a n i c l e s ( R u m b a n ) : E x p l o r a t i o n s in h i s R e l i g i ó n * a n d L i t e r a r y V ir t u o s i ty , C a m b r id g e ,
M A , 1 9 8 3 , p á g s . 5 1 - 7 3 ) d e ja c la r o q u e é l, p o r lo m e n o s , e s ta b a r e la c io n a d o c o n u n c ír c u lo
r e s tr in g id o d e m a e st r o s .
4 . T al c o m o G e r sh o n S c h o le m h iz o e n su s c o n f e r e n c ia s y a r tíc u lo s s o b r e lo s c o m ie n ­
z o s d e la c á b a la ; a p artir d e é l, r e s u lta im p o s ib le p a sa r to ta lm e n te p o r a lt o la im p o r t a n c ia
q u e tu v o la tr a n s m is ió n d e un lugar- a o tr o o la p r e s e n c ia d e u n a e s p e c i e d e lín e a s m a e str a s
d e t r a n sm is ió n d e l c o n o c im i e n t o e n e l su r g im ie n to s im u lt á n e o g e n e r a l.
5 . C o m o la d if e r e n c ia q u e s e d a e n C a ta lu ñ a e n tr e e l c ír c u lo d e N a j m á n id e s p o r u n la ­
d o y e l d e R . E z r a y R . A z r ie l p o r e l o tro ( v é a s e Id e l, “T h e V ic is s it u d e s ” , p á g s . 2 5 - 3 1 ) . L a s
d if e r e n c ia s e n tr e l o s d is t in to s c ír c u lo s d e tr a d ic io n e s e n A s q u e n a z (I. D a n , T o r a l h a s o d x h e l
j a s i d u t A s h q u e n a z , J e r u sa le m , 1 9 6 8 ; ib id ., T u n im b e s a f r u t j a s i d u t A s h k e n a z , R a m a t G a n ,
1 9 7 5 , p á g s . 8 9 - 1 3 3 s o b r e e l S e f e r H a n a v o n ) o e n tr e la s t r a d ic io n e s d e R . A b r a h a m b e n D a -
 " 'V 4 *'
Los comienzos de ítj cáoala en Provenza i
i <{

A u n q u e la p e n e tra c ió n tie n e lu g ar p a ra le la m e n te en d istin to s c e n ­

tro s, los c o m ie n z o s d e la c á b ala c o m o fe n ó m e n o a u tó n o m o d e sd e el
p u n to d e v ista relig io so , h istó ric o y social en P ro v e n z a está n to d a v ía p o r
investig ar. E sto se d e b e al p e so q u e se ha d a d o en la in v e stig a c ió n a la
d ife re n c ia o rg a n iz a tiv a en la e x p re sió n , sím b o lo y e stru c u ra del sa b er
m ístic o e n tre los ja s id im d e A sq u e n a z , q u e n o u tiliz a ro n la d o c trin a de
las se firo t, re sp e c to d e los p rim e ro s c a b alista s p ro v e n z a le s q u e sí le d ie ­
ro n e x p re sió n . E n e ste se n tid o ,6 el testim o n io q u e n o s o fre c e R . Isa a c el
C ie g o (fa lle c id o al p a re c e r h a c ia 1230) c u a n d o a firm a q u e sus a n te p a sa ­
d o s tra n sm itie ro n la d o c trin a e so té ric a ú n ic a m e n te a los “r e c a ta d o s” ,
c o n s titu y e u n o de los te stim o n io s m ás a n tig u o s q u e no s han lle g a d o de
los in icio s d e la c á b a la y no s p e rm ite in clu ir a n u e stro s c o n o c im ie n to s
so b re los p rim e ro s c a b a lista s los n o m b res d e R. A b ra h a m b e n Isa a c Av
B e it D in (“p re sid e n te del trib u n al ra b ín ic o ” ) (m u e rto e n 1179) y de R.
A b ra h a m b en D a v id (m u e rto en 1198). A c o n tin u a c ió n , c e n tra re m o s
n u e stro e n sa y o en los c o m ie n z o s d e la c á b ala en P ro v e n za .

El beit midrash como realidad y como abstracción

E n lo q u e re s p e c ta a los p rim e ro s c a b a lista s d e P ro v e n z a , m e c e n ­

tra ré en un te m a e x a m in a n d o un a sp e c to c o n c re to p a ra ilu s tra r al le c ­
tor, p o r su in te rm e d io , a c e rc a d e m i m é to d o d e tra b a jo ;7 el te m a e le g i­

v id y la s d e R . I a ’a q o v e l N a z a r e n o e n P r o v e n z a (M . Id e l, “H a t e f ila h b e Q a b a la t P r o v a n s” ,
T a r b iz , 6 2 , 1 9 9 4 , p á g s . 2 6 5 - 2 8 6 ) . E n o c a s io n e s , la d if e r e n c ia s e d a e n tr e d o s c ír c u lo s rab í-
n ic o s p r e s t ig io s o s q u e a c tú a n e n u n m is m o si tio , lo q u e su b r a y a la f ir m e z a d e la c a d e n a d e
tr a n sm is ió n d e l c o n o c im ie n t o o c u lt o e n e s e lugar. A v e c e s , s e p u e d e lo c a liz a r u n c ír c u lo
a n ó n im o g r a c ia s a su s e s c r it o s , c o m o s u c e d e e n A s q u e n a z .
6 . C o n s id e r a n d o e l p a n o r a m a g e n e r a l y b á s ic o d e l su r g im ie n to d e la s d o c tr in a s e s o t é ­
r ic as, e l q u e s e p r o d u c e e n tr e lo s j a s i d i m d e A s q u e n a z e s m á s a n tig u o , lo q u e q u iz á s e d e ­
b a a q u e d ic h o su r g im ie n to fo r m a p a r te d e l p r o c e s o g e n e r a l d e la p u e s ta p o r e sc r ito d e la s
e n s e ñ a n z a s , q u e e n A s q u e n a z tu v o lu g a r a n te s (m á s so b r e e s t e te m a e n H . P e d a y a h , H n R a m -
b a n : T o r á v e h i t ’a l u t , T el A v iv [e n p r e n s a ), c a p . 1), s e g ú n s e d e s p r e n d e d e l o s t e s t im o n io s ,
q u e e n su c a s o so n m á s a n tig u o s . E l c e n tr o d e P r o v e n z a s ó l o p u e d e c o n s id e r a r s e c o m o p ri­
m e r o al h a c e r u n a d if e r e n c ia c ió n b á s ic a e n tr e la d o c t r in a e s o t é r ic a e n g e n e r a l y la c á b a la c o ­
m o m a n if e s t a c ió n d e d ic h a d o c t r in a m e d ia n te la e str u c tu r a o r g a n iz a tiv a d e la s d ie z s e f i r o t .
7 . E s t e e s t u d io p r e t e n d e p r o s e g u ir c ie r ta s in v e s t ig a c io n e s d e gr an im p o r ta n c ia p ara e n ­
te n d e r la c á b a la e n P r o v e n z a : e l c o m p r e h e n s iv o e s tu d io d e 1. T w e r sk y , q u e d e s c r ib e e l a m ­
b ie n te e sp ir itu a l r e lig io s o d e l o s j u d ío s d e P r o v e n z a ; e l d e G e r s h o m S c h o le m e n su s c o n f e -
d o es el b e it m id r a s h *8 c o m o fe n ó m e n o q u e a g lu tin a en to rn o a sí las
c u e stio n e s d e q u e se o c u p a la in v e stig a c ió n actu al. M i p ro p ó sito es tra ­
ta r e ste te m a d e s d e tres p u n to s d e vista:
a. E l a m b ie n te re lig io s o d e los b a te l m id r a s h d e P ro v e n z a . E n e ste
a p a rta d o se ñ a la ré la e x is te n c ia d e un e n tra m a d o d e tra d ic io n e s e x e g é -
tic a s c o m p re n d id a s to d a s e lla s en el c o n c e p to ú n ic o d e T o rá o ral. Se
tra ta d e a lg u n a s c o rrie n te s d e tra d ic io n e s, y a sean h a lá jic a s , a g á d ic a s o
re la c io n a d a s c o n la d o c trin a e so té ric a , q u e se tra n s m itie ro n o ra lm e n te
c o n p le n a c o n c ie n c ia de q u e e x istía u n a b a se e x e g é tic a c o m ú n a to d as
ella s. M i o p in ió n es q u e , a p e s a r d e las d ife re n c ia s q u e h ay e n tre las
tra d ic io n e s h a lá jic a s , a g á d ic a s y h e rm é tic a s, to d as e lla s e stá n c o m ­
p re n d id a s en la c o n c ie n c ia de los in te g ra n te s del c e n tro e n P ro v e n z a
c o m o en u n a e s p e c ie d e e n tra m a d o o p la ta fo rm a e x e g é tic a c o m ú n . D i­
c h o e n tra m a d o , en el q u e c o n v e rg e n las d istin ta s tra d ic io n e s o ra le s, y
q u e n o se p u e d e a d ju d ic a r só lo a un te x to d e te rm in a d o fu e ra d el c o n ­
te x to g e n e ra l, es el q u e el in v e stig a d o r tie n e q u e re c o n stru ir. E l e s tu d io
de l a m b ie n te en el b e it m id r a sh c o m p re n d e la d e sc rip c ió n de la fo rm a
d e v id a p ia d o s a (j a s i d u t ) a la q u e el b e it m id r a sh p ro p o rc io n a so stén .
E s te ú ltim o se p re s e n ta c o m o c e n tro n e u rá lg ic o q u e re ú n e e n to rn o a sí
d istin to s á m b ito s d e e s tu d io y d ife re n te s m éto d o s e x e g é tic o s d e los ta l­
m u d ista s, filó s o fo s o in ic ia d o s en los se cre to s e so té ric o s. S u e stu d io
a b a rc a u n a c o m p a ra c ió n e n tre el b e it m id r a sh y el T em p lo .
b. E s tu d io de las c rític a s de R. A b ra h a m b en D a v id a las ley e s d e
M a im ó n id e s c o n c e rn ie n te s al T e m p lo c o m o e je m p lo , en el n iv el e stru c -

r e n c ia s so b r e la c a b a la e n P r o v e n z a , q u e t o d a v ía h o y r e su lta n fu n d a m e n ta le s p ara c o m p r e n ­
d e r la é p o c a y la s o b r a s q u e e n e lla s e c o m p u s ie r o n , y e l e s tu d io m e t o d o l ó g ic o f u n d a m e n ­
tal d e M o s h é Id e l so b r e lo s in ic io s d e la c a b a la y su r e la c ió n c o n la m í s t i c a a n tig u a ; v é a n ­
s e I. T w e r sk y , S t u d i e s in J e w i s h L a w a n d P h i l o s o p h y , N u e v a Y o r k , 1 9 8 2 , p á g s . 1 8 0 - 2 0 2 ; G .
S c h o le m , “ H a Q a b a la h b e P r o v a n s ” , H a r t s a ’o t a v s h e l P r o f . G . S c h o l e m , R . S a tz ( c o m p .) ,
J e r u sa le m , 1 9 7 6 , p á g s . 1 -5 6 ; M . Id e l, Q a b a l a h : h e b e t i m j a d c i s h i m , J e r u sa le m y T e l A v iv ,
1 993, p ágs. 3 5 -5 2 .
8. D is t in t o s in v e s tig a d o r e s , al d e sc r ib ir la c o m u n id a d d e P r o v e n z a , h a n d e st a c a d o su d e
d ic a c ió n a la T o rá (B . Z . B e n e d ik t, M e r c a z h a T o r á b e P r o v a n s , J e r u sa le m , 19 8 5 , p á g s. 1 0 -1 1 ;
T w e r sk y , S t u d i e s in J e w i s h L a w , p á g s. 1 8 5 - 1 8 6 ) . E s, a s im is m o , lo q u e s e d e sp r e n d e d e las
p a la b ra s d e R . le h u d á ib n T ib o n : “H a b ía e n tr e e llo s g r a n d e s sa b io s e n la T o r á y e l T a lm u d d e
t ie m p o s a n tig u o s , p er o n o s e o c u p a b a n d e o tr o s sa b e r e s, p o r q u e se c o n s a g r a b a n p o r e n te r o al
e s t u d io de la T o rá ” ( I n tr o d u c c ió n al lib r o Jovot H a le v a v o t, pág. 5 7 ). He o p ta d o
p o r c e n tr a r m e e n e l b e i t m i d r a s h p ara m o str ar su m a n e r a d e o r g a n iz a r se e n la v id a rea l y p a ­
ra e n te n d e r c o n m á s p r o fu n d id a d su im a g e n e s p ir itu a l.
 I < i * U % "* '
Los comienzos de cábala en Provenza 53F
' )
4i
i iiü i I, d e la re la c ió n fu n d a m e n ta l q u e e x iste e n tre la p o n d e ra c ió n h alá ji-
ca y la e so té ric a a s í co m o , en lo q u e h a c e al c o n te n id o , del c o n c e p to q u e
U. A b ra h a m b e n D a v id te n ía d el T em p lo y d el e x ilio d e la S h e jin á .
c. U n a n á lisis d e las e n se ñ a n z a s d e R. Isa a c el C ie g o , q u ie n in ició
l;i c a b a la c o m o fe n ó m e n o se p a ra d o al c re a r u n a fo rm a itin e ra n te de
in m sm isió n del c o n o c im ie n to e so té ric o , a is lá n d o lo d e e sta m a n e ra del
a m b ie n te d el b e it m id r a sh del q u e fo rm a b a p a rte . E s to se b a sa en la s u ­
posició n d e q u e los c írc u lo s d e a p o y o tra d ic io n a le s del sa b e r o c u lto
d e sc a n sa b a n so b re u n a e stru c tu ra a g lu tin a d a en to rn o a u n a fa m ilia y
al b e it m id ra sh .
L as n u e v a s c u e stio n e s q u e p la n te a n los in ic io s d e la c á b a la y q u e
m e p ro p o n g o d ilu c id a r en el p re se n te e n sa y o son: 1) los in ic io s d e la
t a b ala y su re la c ió n co n los p ro c e so s de e s c ritu ra u o ra lid a d e n el te-
ire n o del o c u ltis m o ju d ío a sí c o m o c o n el e s ta d o d e la e s c ritu ra h a lá ji-
i a; 2) el p ro c e s o d e s u rg im ie n to d e la c á b a la y su re la c ió n ta n to co n las
c a ra c te rístic a s b á sic a s d el b e it m id r a sh en P ro v e n z a c o m o c o n los
c a m b io s q u e tu v ie ro n lu g ar en su in te rio r o con re s p e c to a él; 3) en lo
qu e se re fie re al a sp e c to te m á tic o , e x p lic a ré la in te n sa d e d ic a c ió n de
los c a b a lis ta s al te m a del T e m p lo y el a lc a n c e d e las c o m p a ra c io n e s
qu e lo c o n s tru y e n en R. Isa a c el C ie g o (de q u ie n h a b la ré m ás a d e la n -
le) y sus d isc íp u lo s. C o n e ste fin e x a m in a ré los c o n te x to s q u e tra s c ie n ­
den los p u ro s c o n te n id o s c a b a lístic o s. E sto s c o n te x to s so n el b e it m i­
d ra sh a sí c o m o los te stim o n io s q u e no s h a n lle g a d o d e las c o s tu m b re s
ic la c io n a d a s c o n el d u e lo p o r el T e m p lo q u e se p ra c tic a b a n e n el rec in -
lo del b e it m id r a s h . E sta s c o stu m b re s re fu e rz a n la m e m o ria d e la d e s ­
tru cció n de l c e n tro sa g ra d o en el b e it m id r a s h , q u e c o n s titu y e el ce n -
n o e x iste n c ia l d e la é p o c a .9 E n e ste c o n te x to p la n te a ré la c u e stió n de
cu q u é m e d id a se c re a ro n los b a te i m id r a sh e sp e c ífic o s d e P ro v e n z a si­
g u ien d o un m o d e lo sa c e rd o ta l. E sto s te stim o n io s so b re la re la c ió n del
b eit m id r a sh c o n el T e m p lo c u b re n un c a m p o m ás a m p lio q u e los re la ­
c io n a d o s co n la c á b a la p ro p ia m e n te d ich a y a rro ja n lu z so b re un e n to r­
no e sp iritu a l q u e a p o y ó in te n sa m e n te la p e rd u ra c ió n d e l T e m p lo en la
c o n c ie n c ia c a b a lístic a .

9. S ig u ie n d o la s c a te g o r ía s fu n d a m e n ta le s q u e p r o p o n e E . R e in e r , “J u r v a n M iq d a sh ,
iiic k o m M iq d a s h : M a s h e u al s h e ilo t s h e l z m a n u m a k o m b im e i h a b e in a im ” , C a t h e d r a , 9 7 ,
.'()<)(), p á g s . 4 7 - 6 4 .
 *
54 HavivaífPedayah

E n re s u m e n , el o b je tiv o d e e ste e n sa y o es d ilu c id a r cuál es el a m ­

b ie n te re lig io s o -e s p iritu a l q u e se re fle ja en la c re a c ió n e s c rita d e los
p rim e ro s c a b a lis ta s. P a ra a rro ja r luz so b re e s ta a tm ó s fe ra h ay q u e e x a ­
m in a r las d o c trin a s c a b a lístic a s en su re la c ió n c o n la h a la já , el
m id r a sh , el m idrcish ta rd ío , la o ra c ió n , las tra d ic io n e s, y, en c ie rto s e n ­
tid o , ta m b ié n la f ilo s o f ía ,10 to m a d o s to d o s e llo s c o m o u n ú n ic o c u e rp o
m a siv o d e re fle x ió n . E s te s iste m a re su lta a m e n u d o ú til en lo q u e se r e ­
fie re a la c á b a la c o m o fe n ó m e n o re lig io so d e n tro d el fe n ó m e n o re lig io ­
so ju d ío g e n e ra l, p e ro re su lta im p re sc in d ib le y n e c e sa rio c u a n d o lo q u e
se p re te n d e es in v e s tig a r los in icio s d e la c á b a la , d u ra n te la e ta p a en
q u e to d a v ía n o se h a b ía c o n s titu id o la e s c ritu ra c a b a lís tic a c o m o g é n e ­
ro te x tu a l se p a ra d o . E n d ic h a e ta p a , ju n to con el s o rp re n d e n te s u rg i­
m ie n to d e un c u e rp o d e c o n o c im ie n to e s o té ric o a n tig u o , la c o n tin u id a d
d e d ic h o c u e rp o c o n el a m b ie n te in te le c tu a l d e la é p o c a en el te rre n o
c o n ju n to d e la c re a c ió n ju d ía a p a re c e , a un tie m p o , al d e s c u b ie rto y v e ­
lada. E n e ste e n s a y o p re te n d o p la n te a r la c u e stió n d e si la im p re sió n
q u e se re c ib e al a n a liz a r la c re a c ió n e sc rita de la é p o c a , n o e stá r e la c io ­
n a d a , e n tre o tra s c o sa s, con el a m b ie n te q u e re in a b a e n los b a te i m i­
d r a s h d e P ro v e n z a .

Provenza

T e n e m o s te s tim o n io s d e q u e y a a fin a le s d el s ig lo x , en los c e n tro s

ju d ío s d e P ro v e n z a e x is tía u n a a c tiv id a d e sp iritu a l y c o n s a g ra d a al e s ­
tu d io d e la T o rá en un se n tid o g e n e ra l y m ás a m p lio q u e el d e sus m e ­
ro s in ic io s c o m o c e n tro s h a lá jic o s ;11 se p u e d e in c lu so d e d ic a r un e stu -

10. E n lo q u e s e r e fie r e a lo s p r im e r o s c a b a lis ta s d e P r o v e n z a , s e trata so b r e to d o d e

l o s e s c r it o s h e b r e o s d e f i l ó s o f o s h is p a n o s d e t e n d e n c ia n e o p la tó n ic a , R . A b r a h a m bar J iy a
y R . A b r a h a m ib n E z r a , a s í c o m o a lo s lib r o s d e m o r a l tr a d u c id o s d e R . S h e l o m o ib n G a v i-
r o l y R . B a j ia ib n P e q u d a .
11. L a a lu s ió n a la “ v id a c o n sa g r a d a a la T o r á ” h a y q u e to m a r la e n s e n t id o a m p lio .
C ie r t a s i n v e s t i g a c i o n e s r e c ie n t e s m u e str a n q u e la a c tiv id a d d e P r o v e n z a c o m o c e n tr o h a lá -
j i c o in d e p e n d ie n te e s m á s tar d ía . P a ra u n a d e s c r ip c ió n a c tu a liz a d a d e d ic h o c e n tr o , v é a s e
T a -S h m a , R c ib e i n u Z e r a j i a h H a l e v i “ B a a l H a m a o r ” : H a i s h u m i f a l o h a s i f r u t i , J e r u sa le m ,
1 9 9 3 , p á g s . 3 2 s s .; c o m p á r e s e c o n B e n e d ik t, M e r c n z h a T o r á , p á g s . 3 1 - 3 2 . E s t e ú ltim o a u tor
f e c h a a n te s la i n d e p e n d e n c ia d e d ic h o c e n tr o p o r q u e su p o n e la e x is t e n c i a d e u n a e ta p a o r al
q u e h a b r ía p r e c e d id o a la e s c r it a y, q u iz á ta m b ié n , p o r q u e i n c lu y e en é l c ie r t o s f e n ó m e n o s
 u\ ' ’L/- c J / m- * w -
Los comienzos de i¿ cábala en Provenza 55l

d io m á s p o rm e n o riz a d o a las c a ra c te rís tic a s q u e tu v ie ro n las é p o c a s de

tra n sic ió n en la a c tiv id a d d e d ic h o s c e n tr o s .12 E l m a y o r c e n tro d e P r o ­
v e n z a, N a rb o n a , se d e s ta c ó e s p e c ia lm e n te p o r la c o n tin u id a d d e la d i­
re c c ió n c o m u n ita ria , e n tre los sig lo s x i y x m , en m a n o s d e u n a fa m ilia
q u e e je rc ía , a la v ez, el lid e ra z g o e sp iritu a l y el e c o n ó m ic o .13 E n ese
c e n tro , d e v id a re la tiv a m e n te larg a, se p u e d e n d is tin g u ir ta m b ié n é p o ­
cas m ás f lo r e c ie n te s .14 R . S h e sh e t b en Itz ja q a p o d ó a N a rb o n a “ lu m i­
n a ria d e l e n te n d im ie n to ” . 15 E l g ra n v ia je ro R. B e n ja m ín d e T u d e la d i­
ce d e N a rb o n a q u e e ra “ c iu d a d d o n d e se e stu d ia T o rá d e sd e a n tig u o , y
d e sd e a llí se d ifu n d ió la T o rá a to d o s los p a íse s; en e lla h ay sa b io s n o ­
ta b le s [y p rín c ip e s ]” . 16
P a ra e n te n d e r los p ro c e so s re la c io n a d o s c o n la p u e s ta p o r e sc rito
de la d o c trin a c a b a lís tic a d e N a jm á n id e s y c o n el su rg im ie n to d e la
c á b a la c o m o g é n e ro se p a ra d o , he se ñ a la d o en o tra o c a sió n q u e h ay q u e
c o n s id e ra r e s te ú ltim o fe n ó m e n o c o m o un in d ic io q u e a p a re c e so b re el
tra s fo n d o de l fin a l, m a d u ra c ió n , c rista liz a c ió n y c u lm in a c ió n d e la
tra n sic ió n d e u n a in te rp re ta c ió n m id rá sh ic a d e las E s c ritu ra s a la d e las
E s c ritu ra s to m a d a s en su se n tid o literal. E se a sp e c to , en sí m ism o , lo

a m p lio s d e c o n s a g r a c ió n a la T o rá y n o s ó lo d e c r e a c ió n h a lá jic a p r o p ia m e n te d ic h a . V é a s e
a s im is m o , s i g u ie n d o la lín e a d e T a -S h m a , S . T sfa tm a n , B e i n A s q u e n a z l e S e f a r a d : T o l e d o t
h a s i p u r h a i e h u d i b i m e i h a b e i n a i m , J e r u sa le m , 1 9 9 3 , p á g s . 1 3 4 - 1 3 5 , n o ta 1 5 0 .
12. V é a n s e la s d ist in ta s in v e s t ig a c io n e s d e T a - S h m a y e s p e c ia lm e n t e , e n tr e la s m á s r e ­
c ie n t e s , H a s a f r u t h a p a r s h a n i t l a T a l m u d b e E i r o p a u b e t s f o n A f r i c a : I s h i m v e s h i t o t , 2 a e d .,
J e r u sa le m , 2 0 0 0 , I, p á g s . 1 9 2 - 1 9 3 .
13. A . G r a b o is , “ N e s i e i N a r b o n a - . lid e m u ta h u le m a u ta h sh e l h a n h a g a h ie h u d it b e d r o m
T z a r fa t b im e i h a b e in a im ” , M i c h a e l , 12, 1 9 9 1 , p á g s . 6 5 - 6 6 ; ib id ., “ H a je v r a h h a ie h u d it
b e T z a r fa t h a d r o m it b a m e o t h a - 1 1 v e h a - 1 2 al p i h a k h r o n ic a sh e l a lm o n i m iN a r b o n a ” , D i v -
r e i H a c o n g r e s H a o l a m i h a s h i s h i l e m a d a e i h a i a h a d u t , 1 9 7 6 , II, p á g s . 7 5 - 8 6 . E n c u a n t o a la
p o s ic ió n q u e o c u p a b a e s a f a m ilia e n la s o c ie d a d ju d ía , v é a se : A . G r o s sm a n , “ Ie r u sh a t a v o t
b a h a n h a g a h h a r u ja n it sh e l k e h ilo t Isr ae l b im e i h a b e in a im h a m u q d a m im ” , Z io n , 5 0 , 1 9 8 5 ,
p á g s . 1 8 9 - 1 9 1 ,2 1 2 - 2 1 4 , 2 1 6 - 2 2 0 ; v é a s e e s p e c ia lm e n t e la c o m p a r a c ió n c o n la s o c ie d a d c r is ­
tian a e n la n o ta 1; ib id ., “ Iju s m ish p a ja h u m e k o m o b a je v r a h h a ie h u d it b e A s h k e n a z h a q e d u -
m a h ” , e n I. E tk e s y J. S a lm ó n ( c o m p s .) , P e r a q u i m b e t o l e d o t h a j e v r a h h a i e h u d i t b i m e i h a ­
b e in a im u b a e t h a ja d a s h a h -m u k d a s h im le P r o f Y a a k o v K a tz b im le a t lo s h iv im v e ja m e s h
s h a n a a l i d e i t a l m i d a v v e j a v e r a v , J e r u sa le m , 1 9 8 0 , p á g s. 1 0 -2 3 .
1 4. G r a b o is ( N e s i e i N a r b o n a , p á g s . 5 1 - 5 2 ) p o n e la e x is t e n c i a d e e s o s d o s p e r ío d o s
p r in c ip a le s e n e l c o n t e x t o d e lo s c a m b io s a c a e c id o s e n e l s is t e m a fe u d a l y d e la c o n f o r m a ­
c ió n d e la s o c ie d a d u r b a n a c r istia n a .
15. I b id e m , p á g . 4 8 .
16. B e n j a m ín d e T u d e la , L i b r o d e v i a j e s , e d . tr ilin g ü e ( v a s c o , c a s t e lla n o , h e b r e o ), G o ­
b ie r n o d e N a v a r r a , 1 9 9 4 , p á g . 1 6 0 .
 56 Havivah Pedayah

p o n d ría en el c o n te x to d e los c a m b io s a c a e c id o s e n lo s p ro c e s o s d e
p e n s a m ie n to q u e v an lig a d o s a la tra n sic ió n d el e sta d io o ral al de p u e s ­
ta p o r e s c r ito .17
E l f e n ó m e n o m ás d e sta c a d o en la é p o c a d e los in ic io s d e la c á b a la
en P ro v e n z a es la te n sió n - y en m u c h o s se n tid o s, la r e la c ió n - e x is te n ­
te e n tre la c u lm in a c ió n d e las e ta p a s d e p u e s ta p o r e s c rito en el te rre ­
n o h a lá jic o p o r un la d o y, p o r o tro , la in c ip ie n te a p a ric ió n d e la e s c r i­
tu ra c a b a lís tic a .
E s un h e c h o c o n o c id o q u e los S a b io s lla m a n a la h a la já “T o rá
o ra l” , m ie n tra s q u e los c a b a lis ta s d an e se m ism o n o m b re a la c á b a la .18
E n p rim e r lu g ar, n o h ay q u e v e r en e llo s o la m e n te u n a to m a d e p o s i­
c ió n p u ra m e n te re fle x iv a o sim b ó lic a , sin o una a c titu d q u e v ie n e a re ­
fle ja r u n a c ie rta re a lid a d . E n o tra s p a la b ra s, se p u e d e e x a m in a r n o s ó ­
lo c o n s id e rá n d o lo u n a a d ic ió n d e sim b o lism o s d e los c a b a lis ta s a los
c o n c e p to s h a lá jic o s y a e x iste n te s, sin o c o m o u na a c titu d c u y a s ra íc e s
se h u n d e n en u n a re a lid a d an tig u a. D ic h a re a lid a d re fle ja u n a situ a c ió n
en la q u e , d e h e c h o , h a b la m o s d e do s tip o s d e c o n o c im ie n to q u e se
tra n s m itie ro n a m b o s o ra lm e n te d e n tro del m ism o c o n te x to e sp iritu a l:
el m u n d o del b e it m id r a s h .19 C o n to d o , la T o rá o ral, c o m o c re a c ió n ha-
lájic a y a g á d ic a , p a só p o r e ta p a s e se n c ia le s, p re v ia s y fu n d a m e n ta le s
de tra n s m is ió n a la fo rm a e sc rita ; los in ic io s d e la c á b a la , p o r su p a rte ,
re fle ja n el d e s g a ja m ie n to d e un c u e rp o d e c o n o c im ie n to s u p le m e n ta rio
y p o stre ro q u e s u rg ió p a sa n d o a tra v é s del m arc o ra b ín ic o . S u tra n s i­
c ió n a la fo rm a e s c rita tie n e lu g a r en un m o m e n to e n q u e , en la c u ltu ­
ra ju d ía in te rn a , la e s c ritu ra h a lá jic a h a c e ya m u c h o tie m p o q u e ha c ris ­
ta liz a d o y e s tá c o n s o lid a d a y m a d u ra , m ie n tra s q u e, e n la c u ltu ra
g e n e ra l d e l re n a c im ie n to del sig lo x n , e stá p ro d u c ié n d o s e u n a tra n s i­
c ió n g e n e ra l a la c u ltu ra e s c rita .20
H u b o o tro s c u e rp o s d e c o n o c im ie n to de la d o c trin a e s o té ric a ju d ía
q u e se p u s ie ro n p o r e sc rito en p e río d o s m ás o m e n o s te m p ra n o s , p e ro

1 7. P e d a y a h , H a R a m b a n , c a p . 1.
18. V é a s e p o r e j e m p lo G . S c h o le m , P i r k e i l e s o d v e h a v a n a í h a Q a b a l a h u s m a l e i a ,
J e m s a le m , 1 9 7 6 , p á g s . 5 1 - 5 2 .
19. E st a s u p o s ic i ó n s e v e fo r ta le c id a al r a stre ar s e c u e n c ia s e n tr e la h a g a d á y la c á b a la
e n la c o n c ie n c i a r a b ín ic a .
2 0 . B . S t o c k , T h e I m p l i c a t i o n s o f L i t e r a c y : W r itt e n L a n g u a g e a n d M o d e l s o f I n t e r p r e ­
ta c i ó n in t h e E l e v e n t h a n d T w e l f t h C e n tu r i e s , N u e v a J e r se y , 1 9 8 3 , p á g s . 3 0 - 8 7 .
 Los comienzos de \ULcaoala en Provenza 57-

la c u e stió n d e su in c lu sió n o n o en el m a rc o ra b ín ic o n o rm a tiv o es s ó ­

lo u n a c u e stió n de c o n je tu ra s .21 Ú n ic a m e n te en P ro v e n z a te n e m o s tes-
lim o n io c la ro d e la e x is te n c ia de un s a b e r m ís tic o s u rg id o del c o ra z ó n
del lid e ra z g o r a b ín ic o 22 y c o m o e n se ñ a n z a o ral. L o q u e e s to sig n ific a
p re se n ta v a rio s a sp e c to s.
P o r un lad o , e x iste n te stim o n io s q u e d a ta n y a d e la é p o c a d e los S a ­
bios, q u e p ru e b a n q u e , d el c írc u lo m ás a m p lio d e d ic a d o al e s tu d io de
la L e y en el b e it m id r a s h , se e le g ía e n tre los d isc íp u lo s c o n o c id o s a a l­
g u n o s q u ie n e s te n ía n la m isió n de tra n sm itir c ie rta e n s e ñ a n z a o ral c a ­
lificad a d e m ás se cre ta , es d e c ir la d o c trin a e so té ric a . P o r el o tro , d e la
c a rta d e R . Isa a c el C ie g o , h ijo del R . A b ra h a m b e n D a v id , se d e s p re n ­
de ta m b ié n e x p re s a m e n te u n a d e sc rip c ió n d e e se tip o .23 E n m i o p in ió n ,
hay q u e c o n s id e ra r d ic h a d e sc rip c ió n c o m o te s tim o n io d el fin a l del
p e río d o d e tra n s m is ió n o ral en el c o n te x to d el b e it m id r a s h se g ú n las
n o rm a s tra d ic io n a le s , c u a n d o e stá a p u n to d e p ro d u c irse el c a m b io . E s ­
te ú ltim o e s la b ó n , p o r o tra p a rte , no s p u e d e p ro p o rc io n a r in fo rm a c ió n
a c erc a d e la e ta p a p rev ia . L a u tiliz a c ió n del m is m o a p e la tiv o (“ T o rá

2 1 . S e f e r f e t z i r á , e s c r it o s so b r e h a l a j á y so b r e la M e r k a b á y S e f e r H a b a h i r .
2 2 . E n e s t e p u n to , h a y q u e m a tiz a r y m o d e ra r la t e s is d e M . H a lb e r ta l ( B e in T o r á l e
J o k h m a h : R a b í M e n a j e m H a m e i r i u b a ’a l e i h a H a l a j á h a m a i m o n i m b e P r o v a n s , J e r u sa le m ,
2 0 0 0 , p á g . 1 9 ) q u e , s ig u ie n d o a Id el ( E l i t u v ), h a b la d e “ u n a c u lt u r a c a b a lís t ic a fo r ja d a p or
h o m b r e s q u e n o e ran a u to r id a d e s r a b ín ic a s y p ara lo s c u a le s , la o c u p a c ió n in t e n s iv a e n el
e s tu d io d e l T a lm u d y su s e x é g e t a s n o fo r m a b a p arte e s e n c ia l d e su m u n d o ” ; o tro ta n to c a ­
b e d e c ir d e la d e s c r ip c ió n d e g r a n d e s h a la j ist a s c o m o N a j m á n id e s , R . A b r a h a m b e n D a v id
y R . S h e l o m o b e n A d e r e t, d e q u ie n e s a fir m a q u e “sa n c io n a r o n e l f lo r e c im ie n t o y la c r e a ti­
v id a d ” h a lá jic a s . E l a s u n t o e s m á s c o m p le j o . H a y q u e to m a r p o r lo m e n o s e n c o n s id e r a c ió n
q u e e l c o n o c im i e n t o c a b a lís t ic o su r g e , e n p rim e r lug a r, ju s t a m e n t e d e la c o n tin u id a d d e u n a
tr a d ic ió n o r a l q u e p o s e ía n a q u e llo s p ara q u ie n e s e l e s t u d io d e l T a lm u d y la h a l a j á e ra p a i ­
te e s e n c ia l d e su m u n d o y, s e g ú n p a r e c e , d e l d e su s p a d r e s y m a e st r o s . S ó l o d e s p u é s d e e s o ,
y p o r a ñ a d id u r a , p o d e m o s d is tin g u ir ta n to la e x is t e n c ia d e d o c tr in a s e s o t é r ic a s n o c a n ó n i­
c a s d e la é p o c a a n te rio r , c o m o d e c a b a lis ta s n o h a la j ist a s , c o m o u n d e sa r r o llo p o st e r io r e n
la h i st o r ia d e la c á b a la .
2 3 . E s c r ib e a sí: “ P o r q u e m is a n t e p a s a d o s e ran d e l o s n o b le s d e la tier ra y m a e st r o s d e
la T or á, y n o s a lía n a d a d e su b o c a y a c tu a b a n c o n e ll o s c o m o p e r so n a s q u e n o s o n p r o fu n ­
d a s c o n o c e d o r a s d e la sa b id u r ía ” (G . S c h o le m , “T e u d a h ja d a s h a h l e t o le d o t r e s h it h a Q a b a -
la h ” , S e f e r B i a l i k , T e l A v iv , 1 9 3 4 , p á g . 1 4 3 ). O b s é r v e s e q u e a q u í “ sa b id u r ía ” se e m p le a e n
e l s e n t id o d e c á b a la . A u n q u e R . Isa a c e l C ie g o d e s c r ib e c o n e s t a s p a la b r a s ú n ic a m e n te c ó ­
m o n o s e c o m p o r ta r o n su s m a y o r e s c o n r e s p e c t o al p ú b lic o e n g e n e r a l, m e p a r e c e q u e n o
r e s u lta e x a g e r a d o a ñ a d ir q u e se trata d e u n a n e g a c ió n q u e v ie n e a m o st r a r n o s u n a o b l i g a ­
c ió n ; e s d e c ir , q u e n o s in fo r m a a c e r c a d e c ó m o s e c o m p o r ta r o n a q u e llo s m a e st r o s c o n lo s
c o n t a d o s d is c íp u lo s q u e s í h a b ía n s id o e le g i d o s p ara tr a n sm itir e l c o n o c im ie n t o o c u lto .
o ra l” ) p a ra d e s ig n a r el te rre n o h a lá jic o y la d o c trin a e s o té ric a p u e d e r e ­
fle ja r u n a s itu a c ió n en q u e los do s á m b ito s d e c o n o c im ie n to c o m p a r­
ten u n su e lo d o n d e las d ife re n te s tra d ic io n e s e x e g é tic a s se e n tre te je n
d e n tro d e u n a tra m a c u ltu ra l c o n s c ie n te q u e n o c o n s titu y e só lo un in ­
te n to d e le g itim a r la d o c trin a e s o té ric a c o m o T orá o ral. L o s p rim e ro s
c a b a lis ta s, a d ife re n c ia d e lo q u e o c u rre con los ja s id i m d e A s q u e n a z ,24
no m a n tie n e n a p rio ri s e m e ja n te p re te n sió n en c u a n to a los p u n to s de
c o n ta c to q u e h ay e n tre la h a la já y la c á b a la d e n tro d e la tra m a d e la tra ­
d ic ió n d e la T o rá o ral. Si lo h a c en es d e fo rm a e s p e c u la tiv a , a b stra c ta
y, c o m o si d ijé ra m o s , to m a n d o d ista n c ia . Q u iz á p o d a m o s e n c o n tra r
a lu sio n e s a un e n fo q u e d e e s te tip o al re la c io n a r c ie rto s te stim o n io s
te x tu a le s a isla d o s d e los p rim e ro s c a b a lista s d e P ro v e n z a , c o n la s itu a ­
c ió n g e n e ra l y los p ro c e so s d e c a m b io q u e se d ie ro n en los d istin to s te ­
m as h a lá jic o s a lo larg o d e u n as c u a n ta s g e n e ra c io n e s ,25 a sí c o m o al
c o m p a ra rlo s c o n fe n ó m e n o s s o b re sa lie n te s q u e se o b s e rv a n e n tre los
ja s id im d e A sq u e n a z .
P a ra los in v e s tig a d o re s de los c o m ie n z o s d e la c á b a la , es un h e c h o
s ig n ific a tiv o la a u s e n c ia o, al m e n o s, la e x ig ü id a d del m ate ria l e sc rito
p ro v e n ie n te d e lo s p rim e ro s c a b a lista s d e P ro v e n z a . H a y q u e c o n s id e ­
ra r la e ta p a d e los p rim e ro s b ro te s d e e sc ritu ra c a b a lís tic a c o m o un m o ­
m e n to d e te n s ió n y, a la vez, c o n s e c u e n c ia d e la c ris ta liz a c ió n d e los
tip o s d e e s c ritu ra h a lá jic a . S e p u e d e a firm ar, c o n las d e b id a s p re c a u ­
c io n e s, q u e , si en S e fa ra d se d e sta c a n los p ro c e so s d e c o rte y s e p a ra ­
c ió n e n tre el m id r a s h y la le c tu ra literal d e las E s c ritu ra s , p ro c e so s
c u y a c ris ta liz a c ió n y c u lm in a c ió n fin al c o la b o ra ro n , in c lu so , d ire c ta ­
m en te , o e s tu v ie ro n in v o lu c ra d o s en los in ic io s d e la a p a ric ió n d el n i­
vel e s o té ric o d e las E s c ritu ra s c o m o g é n e ro s e p a ra d o ,26 en el su r d e
F ra n c ia , en c a m b io , lo q u e se d e s ta c a es el v ín c u lo d e lo s p ro c e s o s de
c o rte y se p a ra c ió n e n tre el m id r a sh de las E sc ritu ra s (el m id r a s h tar-

2 4 . V é a s e e l a n á lis is d e I. G . M a r c u s, P i e t y a n d S o c i e t y ; T h e J e w i s h P i e t i s t s o f M e d i e ­
v a l G e r m a n y , L e id e n , 1 9 8 1 , p á g s. 6 7 - 7 1 .
2 5 . V é a s e e n o tr o c o n t e x t o e l e n f o q u e m e tó d ic o d e D . B o y a r ín , I n t e r t e x t u a l i t y a n d th e
R e a d i n g o f M i d r a s h , B lo o m in g t o n e In d ia n á p o lis , 1 9 9 0 , p á g s . 2 0 , 1 1 7 - 1 1 8 ; ib id ., “ H a M i-
d r as v e h a m a a se h : A l h a je q u e r h a h is t o r i s h e l sa fr u t J a z a l” , e n S . F r ie d m a n ( c o m p .) , S e f e r h a -
z i k a r o n l e r a b i S h a u l L i b e r m a n , N u e v a Y or k y J e r u sa le m , 1 9 9 3 , p á g s . 1 0 5 - 1 0 7 .
2 6 . P e d a y a h , H a R a m b a n , c a p . 1.
 /> j r r ■ jm p
¿os comienzos de Cercadala en Provenza 59

d io) y su h e rm e n é u tic a e s o té ric a .27 A sim ism o , c a b e d e s ta c a r en el n or-

le d e F ra n c ia y en A sq u e n a z la se p a ra c ió n e n tre la in te rp re ta c ió n h e r­
m ética d e la T o rá y la Ley. M u y p o s ib le m e n te , e sta e s c is ió n se p ro d u ­
jo d e n tro d e los p ro c e so s in m a n e n te s a la c re a c ió n h a lá jic a . L o q u e y o
so ste n g o e s q u e la c u lm in a c ió n d e la fo rm a c ió n d e e ste tip o d e a c tiv i­
dad c re a tiv a c o m o c u e rp o e sc rito se p a ra d o tu v o ta m b ié n un e fe c to
in h ib ito rio c o n re sp e c to a la m o v ilid a d y m a n ife s ta c ió n d e la e n s e ñ a n ­
za e s o té ric a q u e h a b ía q u e d a d o , p o d ría m o s d ecir, “ en la p a rte d e a trá s ” ,
c o m o un c u e rp o d e c o n o c im ie n to o ral. A p a rtir d e e se m o m e n to , a u n ­
q ue se p ro d u je ra n c o n ta c to s e n tre a m b a s á re a s d e c o n o c im ie n to o
a u n q u e p e n e tra ra n u n a d e n tro d e la o tra, c a d a u n a d e e lla s se m an tu v o ,
por lo g e n e ra l, en su g é n e ro lite ra rio e sp e c ífic o ; c o rre s p o n d e al in v e s ­
tig a d o r h a c e r la d istin c ió n d e sus m o d o s d e v id a m ás c e rra d o s y a n te ­
rio res a su in te rre la c ió n .
L o m ás d e s ta c a b le d e la fo rm a c ió n del m id r a s h ta rd ío es el s u rg i­
m ien to d e los c o m ie n z o s d e la c á b a la , q u e sig u e tra s las h u e lla s del
prim ero . N o p a re c e h ab er, en e ste c a so , u n a a s o c ia c ió n d e fe n ó m e n o s
fu n d a m e n ta lm e n te d istin to s. E sta m o s an te un a m b ie n te in te le c tu a l y
relig io so c o m ú n , q u e c o m p re n d e un á re a de re fle x ió n y u n a v id a re li­
giosa; en él se d an im á g e n e s q u e se m u e v e n , p o r un lad o , e n tre su e x is ­
ten cia m ític a , m e ta fó ric a y, c a b e a ñ a d ir c o n la d e b id a p re c a u c ió n , ta m ­
bién a le g ó ric a ,28 y, p o r el o tro , su e x iste n c ia c o m o s ím b o lo s fo rm a d o s,
d e fin id o s y c o m p re n d id o s d e n tro d e u n a e stru c tu ra fija d a d e la fo rm a
de a p re h e n d e r la d iv in id a d .29 B e r e s h it R a h a ti, u n o d e los m id r a s h im

2 7 . E n lo q u e r e s p e c t a a l o s d o s tip o s d e h a g a d á , v é a s e ta m b ié n B . S e p t im u s , “ ‘O p e n
R e b u k e a n d C o n c e a le d L o v e ’ : N a h m a n id e s a n d th e A n d a lu s ia n T r a d itio n ” , e n I. T w e r s k y
( c o m p .) , R a b b i M a s e s N a h m a n i d e s , p á g . 2 2 . E n e l te x to s e r e f ie r e al h e c h o d e q u e N a jm á -
n id e s d a d o s n o m b r e s d ife r e n te s a la s a g a d o t d e l o s S a b io s: “ P a la b r a s d e la h a g a d á ” c u a n ­
d o se r e fie r e al m i d r a s h sin m á s, y “ P a la b ra s d e n u e s tr o s S a b io s ” c u a n d o se r e fie r e e l
m i d r a s h q u e c o n t ie n e e le m e n t o s e s o t é r ic o s .
2 8 . O b s é r v e s e la r e la c ió n d e l o s c o m e n ta r io s so b r e e l T r o n o d e G lo r ia d e R . A s h e r d e
I ,un el (e n lo s fr a g m e n to s c o n s e r v a d o s d e su e x é g e s i s al T r a ta d o B e r a j o t ) c o n e l e n c u e n t r o
d e c o n c e p t o s d e l m u n d o d e lo s S a b io s c o n c o n c e p t o s n e o p la t ó n ic o s y, e n e l o tr o e x tr e m o ,
e l c o n c e p t o d e lo s p r im e r o s c a b a lis ta s q u e s e r e la c io n a c o n la s e f i r á M a l j u t p o r un la d o y,
por o tr o , c o n e l m é to d o n e o p la t ó n ic o . L o s c o n c e p t o s d e n tr o d e l s is t e m a j u d ío m id r á sh ic o
in te rn o s o n id é n t ic o s y h a y q u e e lu c id a r lo s m e d ia n te u n a c o n fr o n ta c ió n c o n o tr o s si s te m a s ;
la d if e r e n c ia e n tr e s ím b o lo y a le g o r ía n o e s to d a v ía d e fin itiv a .
2 9 . E s ta e s la s itu a c ió n e n lo q u e r e s p e c t a a c o n c e p t o s c o m o A m a le k , la s e r p ie n te , e l
T e m p lo , l o s s a c e r d o te s , la J e r u sa le m c e le s t ia l, S ió n y J e r u sa le m . E l p a s o d e l m it o a la m is -
 m ás d e s ta c a d o s q u e se p ro d u je ro n en el b e it m id r a s h d e R . M o sh é
H a d a rsh a n d e N a rb o n a , trae u n a b e lla d e sc rip c ió n d e la c o n stru c c ió n
de l T e m p lo c e le s tia l p o r p a rte d e D io s y del d e s c e n s o d e la Je ru s a le m
c e le stia l a la tie rra ,30 a sí c o m o te x to s re la tiv o s a la c a íd a d e los á n g e ­
le s,31 c u y o s e c o s e n c o n tra re m o s en los e sc rito s d e los c a b a lis ta s c o m o
v e re m o s a c o n tin u a c ió n .
H a y te s tim o n io s d e u n a u tiliz a c ió n se m e ja n te d e las id ea s y los
sím b o lo s e n el lib ro B a m id b a r R a b a y en los e sc rito s d e lo s d isc íp u lo s
d e R . Isa a c e l C ie g o , p o r un lado, y el S e fe r H a b a h ir p o r o tro , tal c o ­
m o se d e s p re n d e d e las in v e stig a c io n e s d e H a n a n e l M a c k so b re B a ­
m id b a r Raba-, e sta s ú ltim a s in clu y e n un a n á lisis d e las c a ra c te rís tic a s
d el m e n c io n a d o m id r a s h y su re la c ió n co n los c o m ie n z o s d e la
c á b a la .32 R . M o s h é H a d a rsh a n re s id ía en N a rb o n a y e ra u n o d e los
g ra n d e s e ru d ito s d e d ic h a c iu d a d .33 E n d e te rm in a d o s m o m e n to s ta m ­
b ién re s id ie ro n y e je rc ie ro n su a c tiv id a d en P ro v e n z a R. I o s e f Tov
E le m y R . M e n a je m b a r Ja lb o , a q u ie n R. Io s e f C a ro c o n s id e ra b a su
m a e stro . R . Ie h u d á , el h ijo d e R. M o s h é H a d a rsh a n , p re s id ió al p a re c e r
u n a a c a d e m ia ra b ín ic a en N a rb o n a .34 R. M e n a je m b a r J a lb o a p re n d ió
T o rá c o n é l.35 L o s fra g m e n to s y re sid u o s q u e n o s h a n lle g a d o d e la
o b ra d e e sto s e ru d ito s son, tal c o m o h a m o stra d o A b ra h a m G ro ssm a n ,
te s tim o n io del c o m ie n z o d e la e x é g e sis d e la T o rá p o r m e d io d el a n á ­
lisis m id rá s h ic o y litera l. E n e ste c o n te x to h ay q u e s itu a r a s im is m o los

t ic a e s su st a n c ia l p a r a e n te n d e r la s c o n tin u id a d e s q u e se p r o d u c e n e n tr e m i d r a s h y c á b a la
e n la d o c tr in a e s o t é r ic a j u d ía y ta m b ié n , e s p e c ia lm e n t e , d e n tr o d e la c o n c ie n c i a r a b ín ic a .
3 0 . B e r e s h it R a b a ti , p á g s. 1 3 6 -1 3 7 .
3 1 . Ib id ., p á g s . 2 6 - 3 1 .
3 2 . V é a s e H . M a c k , “ M id r a sh B a m id b a r R a b a h v e r e sh it h a Q a b a la h b e P r o v a n s ” , e n H .
P e d a y a h ( c o m p .) , H a m i í u s b e i a h a d u t , E sh e l B e e r - S h e v a 4 , 1 9 9 6 , p á g s . 7 8 - 9 4 ; ib id ., “ M i­
d r ash B a m id b a r R a b a h - J e le k r ish o n : p a r sh io t B a m id b a r v e N a s o , m a v o v e d u g m a h le m a h a -
d u ra h ” , te s is d e d o c to r a d o , U n iv e r sid a d H e b r e a d e J e r u sa le m , 1 9 9 1 , p á g s . 1 6 2 - 1 6 4 y p a s sim .
3 3 . V é a n s e A . E p s te in , M i k a d m o n i o t h a ie h u d i m , V ie n a , 1 8 8 6 , p á g s . 9 4 , 1 3 9 - 1 4 3 ; B e ­
r e s h i t R a b a t i , p á g s . 1 -3 7 ; 5 4 ; B e n e d ik t, M e r c a z h a T o r á , p á g s. 5 - 6 , 9 , 1 8 4 e ín d ic e ; M a c k ,
B e m i d b a r R a b a h , p a s s im , e s p e c ia lm e n t e p á g s . 2 2 2 - 2 2 9 ; M . H im m e lfa r b , “ R . M o s e s th e
P r e a c h e r a n d th e T e st a m e n ts o f th e T w e lv e P a tr ia r c h s” A J S R e v i e w , 9 , 1 9 8 4 , p á g s. 5 5 - 7 8 .
3 4 . B e n e d ik t , M e r c a z h a T o r á , p á g s . 5 - 6 . S o b r e R . I o s e f T o v E le m y s o b r e R . M e n a ­
j e m b ar J a lb o , v é a s e G r o s s m a n , J a k h a m e i T z a r f a t h a r i s h o n i m : k o r o t e i h e m , d a r k a m b e -
h a n h a g a t h a t z ib u r , i e t z i r a t a m h a r u j a n i t , 2 a e d ., J e r u sa le m , 1 9 9 7 , p á g s . 4 7 - 8 1 , 3 4 0 - 3 4 6 ,
5 2 1 -5 2 2 , 5 4 5 -5 4 7 .
3 5 . G r o s s m a n , ib id ., p á g . 3 4 0 n o ta 3 0 1 , p á g . 3 4 5 .
 "k 4 f " %
Los comienzos de lo. iQbaía en Provenza 61J

costos d e la e n s e ñ a n z a h e rm é tic a d e R. Isa a c el C ie g o q u e se han c o n ­

se rv a d o en los c o m e n ta rio s d el e x é g e ta so b re la o b ra e s o té ric a d e N a j-
m á n id e s.36 E s d ecir, q u e a p a re c e n re la c io n a d o s c o n las E s c ritu ra s y su
e x ég esis.

El beit midrash y los inicios de la cábala en Provenza

A la h o ra d e fe c h a r el s u rg im ie n to d e tra d ic io n e s h e rm é tic a s ju d ía s
y c o n s id e ra r su c o n d ic ió n d e re n o v a d o ra s o a n tig u a s o si e stá n in flu i­
das o n o p o r la g n o s is ,37 los in v e stig a d o re s h a n p la n te a d o a lg u n a s e x ­
p lic a cio n e s b á sic a s. E l c o n te x to en q u e e sa m a n ife s ta c ió n se p ro d u c e ,
se ha e s c la re c id o ta m b ié n m e d ia n te d istin to s e le m e n to s q u e fo rm a n
parte d e p ro c e s o s c la ra m e n te re la c io n a d o s c o n el su rg im ie n to d e la f i­
lo so fía.38 H a y q u e to m a r a s im ism o en c o n s id e ra c ió n , c o m o tra sfo n d o ,
(d p aso d e la e ta p a o ral a la e sc rita , e s p e c ia lm e n te en el te rre n o d e los
inicios d e la d o c trin a e so té ric a p o r se r e ste el ú ltim o c u e rp o d e c o n o c i­
m iento s o m e tid o a d ic h o p ro c e so d e p u e sta p o r e s c rito .39 C o n s id e ro
que el s u rg im ie n to d e la c á b a la en P ro v e n z a e stá lig a d o a la in te rse c ­

3 6 . M e r e f ie r o al tra ta d o “B i ’ur al p e r u sh h a R a m b a n ” , q u e s e a tr ib u y e e n lo s m a n u s-
11 tío s a R . I o s h u ’a ib n S u a ib y e n la s o b r a s im p r e s a s a R . M e ir ib n S a h u la . N o s a b e m o s c u á l
c ía e l te m a d e e s t e tr atad o o r ig in a l d e R . Isa a c e l C ie g o . E s p o s ib le q u e lo q u e c it a e l a u tor
d el c o m e n ta r io p r o c e d a d e u n a lis ta d e se c r e t o s , o q u iz á d e un tr a ta d o c u y o te m a o r e la c ió n
ic x iu a l n o d e p e n d ie r a d e l P e n ta te u c o . O tra e x p lic a c ió n p la u s ib le e s q u e s e tratara d e un
i (im p e n d ió d e t r a d ic io n e s q u e u n o d e su s a lu m n o s a n o t ó p a r a su p r o p io u s o . P r o b a b le m e n te
l.i s e n s a c ió n d e q u e e st á n r e la c io n a d a s c o n c o m e n ta r io s d e la T o r á s e d e b a a q u e n o s h a l l e ­
g a d o e n u n te x to q u e trata d e la T or á, p e r o p u e d e se r ta m b ié n q u e e n p r in c ip io a p a r e c ie r a n
i u m o o p ú s c u lo s o b r e te m a s r e la c io n a d o s c o n la s E sc r itu r as. R e s u lt a d if íc il p r e c isa r lo . Q u i­
zás e s t e a s u n t o e s t é r e la c io n a d o c o n la s tr a d ic io n e s q u e h a b la n d e la e x is t e n c ia d e u n c o ­
m e n ta rio a la T o r á d e R . A z r ie l, d is c íp u lo d e R . Isa a c e l C ie g o ; v é a s e M . Id e l, “ P e r u sh lo
i.u lu a le s o d o t h a R a m b a n ” , D a ’a t , 2 - 3 , 1 9 7 8 - 1 9 7 9 , p á g . 1 2 6 ; D . A b r a m s, R . A s h e r b e n D a -
v itl k o l k e t a v a v v e ’iu n b e q a b a l a t o , L o s Á n g e le s , 1 9 9 6 , p á g . 3 0 3 , n o ta 11.
3 7 . V é a s e e l a m p lio y p r o fu n d o a n á lisi s d e Id e l, Q a b a l a h , p á g s . 3 5 - 5 2 , y, e n d ic h a
" lita , su c r ít ic a a la s te o r ía s d e S h o le m so b r e la r e la c ió n e n tr e c á b a la y g n o s is . E l e n f o q u e
Itencral d e Id el al f e n ó m e n o d e l o s c o m ie n z o s d e la c á b a la s ir v e d e p u n to d e p ar tid a a e s t e
e n sa y o .
3 8 . M . I d e l, “ M a im o n id e s an d K a b b a la h ” , e n I. T w e r sk y ( c o m p .) , S t u d i e s in M a i m o -
m/i /í '.v, C a m b r id g e , M A y L o n d r e s, 1 9 9 0 , p á g s . 3 1 - 8 2 ; ib id ., Q a b a l a h , p á g s . 2 6 1 - 2 6 4 y a h í
una c r ít ic a a la p o s ic i ó n d e G r a e tz .
3 9 . P e d a y a h , H a R a m b a n , c a p . 1.
 c ió n d e d o s e je s d e c o n o c im e n to b á sic o s en la d o c trin a e so té ric a : el
o ral, q u e e m e rg ió d el lid e ra z g o ra b ín ic o m ism o d el q u e h a b la R. Isa a c
el C ie g o , y el e sc rito , lig a d o al S e fe r Ie tz irá y a la o b ra en to rn o a los
H e ija lo t (“ P a la c io s D iv in o s ” ) y la M e r k a b á o C a rro z a D iv in a ; es p o s i­
ble q u e h a y a q u e in c lu ir ta m b ié n en e ste m ate ria l a lg u n a s v e rsio n e s a n ­
tig u a s d e lo s te x to s re la c io n a d o s c o n el S e fe r H a b a h ir. 40 L o s p ro c e so s
de p u e s ta p o r e s c rito en fo rm a d e tra ta d o y su c o n s o lid a c ió n c o m o m é ­
to d o (n o só lo c o m o se ñ a le s m n e m o té c n ic a s o fra se s c o rta s d e c o n te n i­
d o e s o té ric o ) e m p e z ó co n los d isc íp u lo s d e R. Isa a c el C ie g o , y a en la
e ta p a en q u e a p re n d ía n d e b o ca d e su m a e stro u n a e x é g e s is c o n s o lid a ­
d a del S e fe r Ie tz irá . L a fo rm a q u e a d o p tó d ic h a e x é g e s is su p o n ía un
e n c u e n tro d e los d o s c o n d u c to s m e n c io n a d o s; sin e m b a rg o , al p a re c e r
el S e fe r H a b a h ir se in c o rp o ró a la c á b a la d e R . Isa a c el C ie g o p rin c i­
p a lm e n te p o r o b ra d e sus d isc íp u lo s ,4041 en u na e ta p a en q u e y a la in te n ­
sa fu sió n d e las ra m a s o ra le s y e s c rita s h a b ía e m p e z a d o a d a r fru to en
fo rm a d e tra ta d o s e x e g é tic o s; e se lib ro fo rm a p a rte , p u e s, d e la tra n s i­
c ió n e s e n c ia l del e s ta d io oral al e sc rito y q u iz á ta m b ié n d e los p ro c e ­
sos q u e lle v a ro n a la e sc ritu ra p s e u d o e p ig rá fic a .42 E n lo q u e a e s to a ta ­
ñe, los p rim e ro s c a b a lis ta s de P ro v e n z a (o, m ás e x a c ta m e n te , p o r lo
m e n o s e l c írc u lo d e R. Isa a c el C ie g o , re la c io n a d o c o n la fa m ilia d e R.
A b ra h a m b e n D a v id ),43 a d o p ta n u n a p o sic ió n d istin ta d e la d e los ja s i-

4 0 . L a s n o ta s d e G . S c h o le m al S e f e r H a b a h i r y e l p e s o q u e a d ju d ic ó a e s t a o b r a para
e n t e n d e r la c á b a la e n P r o v e n z a s e d e st a c a n e n to d a s su s d e s c r ip c io n e s d e lo s c o m ie n z o s d e
la c á b a la : G . S c h o l e m , R e s h i t h a Q a b a l a h , J e r u sa le m y T e l A v iv , 1 9 4 8 ; ib id ., R e s l i i t h a Q a -
b a l a h v e S e f e r H a b a h i r , ib id ., O r i g i n s o f t h e K a b b a l a h , F ila d e lfia , 1 9 8 7 . P ara u n a a p r e c ia ­
c ió n c r ít ic a d e l e n f o q u e h is t o r io g r á f ic o d e S c h o le m y d e l lu g a r q u e e l S e f e r H a b a h i r o c u p a
e n é l v é a s e V e rm a n , T h e B o o k s o f C o n t e m p l a t i o n , p á g s. 1 6 6 - 1 7 8 .
4 1 . E n m i o p in ió n , e l c o m e n ta r io d e R . Isa a c e l C ie g o al S e f e r I e t z i r á t o d a v ía n o r e f le ­
j a la in te r io r iz a c ió n d e l S e f e r H a b a h i r , m ie n tr a s q u e l o s s e c r e to s q u e s e le a tr ib u y e n e n e l
c o m e n ta r io a la e x é g e s i s d e lo s e le m e n t o s e s o t é r ic o s d e N a jm á n id e s p a r e c e n r e f le ja r y a un
c o n o c im i e n t o d e e s e tip o ( a u n q u e se c ita n e n d is tin to s n iv e le s d e tr a n s m is ió n y e la b o r a c ió n ;
e s t e te m a r e q u ie r e u n a i n v e s t ig a c ió n m á s p r o fu n d a ).
4 2 . V é a s e u n a n á lis is d e l S e f e r H a b a h i r e n f o c a d o e n e l e n to r n o d e la c á b a la e n C a s t i­
lla e n e l p r o fu n d o tr a b a jo d e V ar m a n , T h e B o o k s o f C o n t e m p l a t i o n , p á g s . 1 6 5 - 1 9 2 ; u n a n á ­
l is is d e lo s p r o c e s o s q u e lle v a r o n a la p s e u d o e p ig r a f ía e n la lite ra tu r a a p o c a líp t ic a p r im it i­
v a c o m o tr a s fo n d o p a r a e n te n d e r la c á b a la e n P e d a y a h , H a R a m b o n , c a p . 1.
4 3 . A c e r c a d e la s d if e r e n c ia s e n tr e R . Ia ’a q o v H a n a z ir y R . A b r a h a m b e n D a v id , v é a ­
se M . Id e l, “ H a k a v a n a h b a t e fila h b e r e s h it h a Q a b a la h : b e in A s k e n a z v e P r o v a n s ” , e n J. S a -
fra n y E . S a f r a n ( c o m p s .) , P o r a t l o s e f : 'I u n im m u g a s h i m l i k h v o d h a r a v D r . H o b o k e n , N u e v a
J e rse y , 1 9 9 2 , p á g s . 5 - 1 4 .
 ^ \
Los comienzos de le. ^uvuia en Provenza 63

d im d e A sq u e n a z ; en e llo s se p u e d e se ñ a la r u n a c o n tin u id a d m ás c la ra,

ju sta m e n te c o n el te rc e r e sla b ó n de los e sc rito s ju d ío s del e s o te ris m o
te m p ra n o (d e la é p o c a ta lm ú d ic a e in m e d ia ta m e n te p o s te rio r), es d ecir,
c o n lo s te x to s en to rn o a los H e ija lo tM
A l m o d o c o n te x tu a l iza d o c o m o su rg ió la d o c trin a e s o té ric a y a la
ín d o le p a rtic u la r d e e se s u rg im ie n to seg ú n el lu g a r d o n d e se d e s a rro ­
lló, h a b ría q u e a ñ a d ir la im a g e n del b e it m id r a s h m is m o tal c o m o a p a ­
rece en c a d a sitio c o n c re to .4
45 P a ra d ilu c id a r e s ta c u e stió n , p ro p o n g o
4
h a c er u n a d istin c ió n e n tre d o s e n fo q u e s p o sib le s:

1. C o n s id e ra r los c a m b io s q u e a c a e c ie ro n ta n to en el d ise ñ o a rq u i­
te c tó n ic o c o m o en el a m b ie n te e sp iritu a l d e l b e it m id r a s h en el lu g a r
de q u e se trate.
2. D ife re n c ia r e n tre los a m b ie n te s d el b e it m id r a s h en d istin ta s c iu ­
d a d e s y p a ís e s (p o r n o h a b la r d e la c u e stió n d e la e x is te n c ia o a u se n c ia
m ism as d e b e it m id r a s h ). P o d e m o s a ñ a d ir q u e si en las d o c trin a s e s o ­
téricas h a c e m o s la d istin c ió n e n tre “ m a te ria ” y “fo rm a ” , e sta s d ife re n ­
cias e s p iritu a le s y re lig io sa s, q u e e stá n lig a d a s e n tre o tra s c o sa s al am -

4 4 . S o b r e lo s j a s i d i m d e A s q u e n a z v é a s e P. S c h á fe r , “T h e Id ea l o f P ie t y o f th e A s h k e -
n a z y H a s id im an d Its R o o t s in J e w s ih T r a d it io n ” , J e w i s h H i s t o r y , 4 , 2 , 1 9 9 0 , p á g . 1 4 . En
c u a n to a la a f ir m a c ió n d e q u e la d o c t r in a d e la M e r k a b á n o o c u p a u n lu g a r d e s c o lla n t e e n
lo s c a b a lis ta s d e P r o v e n z a , v é a s e la in tr o d u c c ió n d e T is h b y a R . A z r ie l, P e r u s h h a a g a d o t ,
I. T is h b y ( c o m p .) , J e r u sa le m , 1 9 4 5 , p á g s . 2 4 - 2 5 . L a s o p in io n e s d e T ish b i e n e s e tr a b a jo r e ­
q u ie r e n , sin e m b a r g o , u n a r e v is ió n p ro fu n d a.
4 5 . L o q u e q u ie r o su b r a y a r e s la tr am a q u e fo r m a n lo s s ig u ie n t e s fa c to r e s: e l e s p a c io y
el lu g a r d e l b e i t m i d r a s h , su ta m a ñ o , la s in st it u c io n e s y la s e str u c tu r a s c o n la s q u e e stá r e la ­
c io n a d o : su in c o r p o r a c ió n fís ic a a la c a sa d e l r a b in o , a la s in a g o g a , al lu g a r d e r e u n ió n d el
b e i t d i n ; lo s p r in c ip io s q u e r ig e n e l c o m e r y e l d o r m ir y la s c o n d ic io n e s e n q u e e s t o s a c t o s
se r ea liz a n ; l o s m é to d o s d e e s tu d io : n i v e l y fo r m a d e e st u d io d e s d e e l p u n to d e v is ta d e la r e­
la c ió n m a e s tr o /d is c íp u lo y d e la d e lo s d is c íp u lo s en tre sí; la p u e s ta d e lo s t e x to s p o r e s c r ito ;
lo s lib r o s e n e l b e i t m i d r a s h ; la v in c u la c ió n (o n o ) d e l b e i t m i d r a s h a u n a d in a stía d e te r m i­
nada; d is tin to s g r u p o s d e e stu d ia n te s : e s c o g id o s , j ó v e n e s , a n c ia n o s; traje s y s e ñ a le s d is tin ti­
vas d e p e r te n e n c ia a u n a fo r m a d e v id a o a u n r a n g o d e te r m in a d o ; su r e la c ió n , o a u s e n c ia d e
e lla , c o n d ist in ta s s it u a c io n e s , c o st u m b r e s y fo r m a s d e su st e n to , e n s e ñ a n z a o j u i c io so b r e e l
e n to r n o n o ju d ío . N u m e r o s o s e s t u d io s e s tá n c o n t r ib u y e n d o a o fr e c e r e s t e p a n o r a m a d e sd e
d ist in to s á n g u lo s. M e n c io n e m o s la s im p o r ta n te s in v e s t ig a c io n e s d e E . U r b a c h so b r e lo s a u to ­
res d e la s T o s a f o t , d e A . G r o s sm a n so b r e lo s p r im itiv o s j a s i d i m d e A s q u e n a z y lo s s a b io s
d e F ra n cia d e la p r im e ra é p o c a a sí c o m o la s d e I. M . T a -S h m a so b r e lo s s a b io s d e A sq u e n a z ,
F ra n cia y E s p a ñ a , y las in v e s t ig a c io n e s d e E. K a n a r f o g e l so b r e l o s m é to d o s d e e st u d io e n A s -
q u en a z .
 64 avivü'/i' Pedayah

b ie n te d el b e it m id r a s h , tu v ie ro n un p e so d e c is iv o en la c o n fig u ra c ió n
de l c a rá c te r p e c u lia r de la d o c trin a h e rm é tic a tal c o m o su rg ió en d ife ­
re n te s lu g a re s .46

L o s c o m ie n z o s d e la c á b a la , es d e c ir el in ic io d e su m a n ife s ta c ió n
c o m o c u e rp o d e c o n o c im ie n to , m a rc a el fin a l d e su v id a en fo rm a s
p re v ia s q u e n o s so n c a si d e sc o n o c id a s . D ic h a m a n ife s ta c ió n , en P r o ­
v e n z a , e m p ie z a en el in te rio r de l b e it m id r a sh . L a situ a c ió n q u e r e in a ­
b a en e s te ú ltim o c o n s titu y e ta m b ié n la c irc u n s ta n c ia q u e p e rm ite el
c o m ie n z o d e l a rr a ig o d e la filo s o fía en P ro v e n z a y p o r e s o c o n v ie n e
p r o fu n d iz a r en su e stu d io . E n e ste e n s a y o n o s o c u p a re m o s d el m ic ro -
c lim a d e la s o c ie d a d ju d ía en P ro v e n z a y no d e las d ife re n c ia s q u e se
d a n en g e n e ra l e n tre S e fa ra d , y a s e a la m u su lm a n a o la c ris tia n a , y
P r o v e n z a .47

El beit midrash y el Templo: destrucción

y construcción

L a sin a g o g a c o m o fo rja d o ra d e c o stu m b re s en su c o n d ic ió n de

T e m p lo “ m e n o r ” ha sid o o b je to de d iv e rso s e s tu d io s .48 E lc h a n a n R e i-
n e r49 o fre c e en su o b ra u n a s lín e a s d ire c tric e s p a ra situ a r el d e b a te de
los S a b io s a n te los c a ra íta s c o m o re p re se n ta n te s a m b o s, ta n to en el re ­
c in to d e la s in a g o g a c o m o en la v id a c o tid ia n a , d e d o s e stra te g ia s de
m e m o ria d istin ta s re la c io n a d a s c o n la d e stru c c ió n del T e m p lo ; la
p rim e ra , la d e lo s c a ra íta s, se e x p re s a m e d ia n te p rá c tic a s a s c é tic a s y

4 6 . E n o c a s i o n e s s im u ltá n e a m e n te y, a v e c e s , e n p r o c e s o s q u e s e p u e d e n se ñ a la r c o m o
t r a n sv a s e s p a u la tin o s d e c u e ip o p lu ral d e c o n o c im ie n t o d e u n a z o n a a otra p o r in te r m e d io
d e m a e st r o s y d is c íp u lo s .
4 7 . U n a r e f e r e n c ia a P r o v e n z a e n c o m p a r a c ió n c o n E sp a ñ a e n T w e r sk y , S t u d i e s in J e -
w ish L a w .
4 8 . S h . S a fr a i, B i e m e i h a B a i t u b i e m e i h a M i s h n a h , 2 v o ls ., J e r u sa le m 1 9 9 6 , p á g s . 1 0 5 -
1 5 3 ; I. M . T a -S h m a , ‘“ M iq d a sh m e ’a t’ , h a s e m e l v e h a m a m a sh u t” , e n S . E lit z u r , A . S h in a n
y G . S h a k e d ( c o m p s .) , K n e s e t E i r a : S a f r u t v e j a i m b e b e i t h a k n e s e t — O s e f m a ’a m a r i m m u -
g a s h i m l e E z r a F l e i s c h e r , J e r u sa le m , 1 9 9 4 , p á g s. 3 5 1 - 3 6 4 ; R e in e r , J u r b a n M i q d a s h .
4 9 . R e in e r , ib id . A g r a d e z c o a E lc h a n a n R e in e r q u e m e e n v ia r a e s t a o b r a a n t e s d e su
p u b lic a c ió n .
 ' ' ~vy '{ • \ ' vr ' *7
Los comienzos de lu zduaia en Provenza 65

lu ctu o sa s, a s í c o m o e n u n a n h e lo d e re v e la c ió n ; la s e g u n d a , la d e los
S ab io s, in c o rp o ra c ie rto s e le m e n to s del T e m p lo d e n tro d e la c o n fig u -
iac ió n in te rn a de l ritu a l s in a g o g a l,50 q u e im ita la del T e m p lo .
L as c u e stio n e s q u e p la n te ó R e in e r n o a fe c ta n só lo a la sin a g o g a , si­
no ta m b ié n al b e it m id r a sh . D ia lé c tic a m e n te , p o d e m o s d e s c rib ir el b e it
m id ra sh c o m o c e n tro a rq u ite c tó n ic o e d ific a d o d o n d e , en la c o n c ie n c ia
di* q u ie n e s lo fre c u e n ta n , la re a lid a d d e la S h e jin á se m a te ria liz a p o r
m edio d e l e stu d io , y n o tra ta n d o d e re p ro d u c ir u n a e x p e rie n c ia e x tá ti­
ca d e c o n c e n tra c ió n en el re c u e rd o d e la d e s tru c c ió n d e l T e m p lo . Si es-
ic ú ltim o e ra un re c in to en c u y o in te rio r se c e le b ra b a un c u lto y q u e se
I(¡oponía a c tu a r c o m o fo c o d o n d e la d iv in id a d m o ra b a en su re v e la c ió n
y p re se n c ia , el b e it m id r a s h , en su c a lid a d d e re c in to e in stitu c ió n q u e
o rg an iz a el e stu d io , v ien e , e n tre o tras co sas, a s u s titu ir al T e m p lo en su
calid ad d e in stitu c ió n q u e o rg a n iz a el cu lto . E l e s tu d io es el r e n a c i­
m iento p e re n n e de la p a la b ra d e D io s c o m o c o n o c im ie n to e s tru c tu ra d o
y, po r e so , la v iv e n c ia es u n a v iv e n c ia d e su re c o n s tru c c ió n p e re n n e en
la c o n c ie n c ia de l q u e e stu d ia . E n o tra s p a la b ra s, el b e it m id r a s h re p re -
:.cnta ta m b ié n la tra n s ic ió n d e la re v e la c ió n al d isc u rs o m id rá sh ic o . E sa
tra n sic ió n d e in sp ira c ió n d iv in a a d isc u rso m id rá sh ic o c o m o fe n ó m e n o
relig io so e n c u e n tra e x p re sió n e sc rita en la tra n s ic ió n d e l e sta d io de
cre a c ió n lite ra ria p ro fé tic a a la h o m ilé tic a d e los S a b io s y, en el a s p e c ­
to físico, se a p o y a en el b e it m id r a s h c o m o c e n tro a rq u ite c tó n ic o en lu ­
gar del T em p lo .
E n e ste e n s a y o tra ta ré a lg u n o s d e los a sp e c to s q u e p re s e n ta b a la si­
tu ació n e n el b e it m id r a sh en la é p o c a d e los p rim e ro s c a b a lis ta s en
P ro v en za; d e sc rib iré el b e it m id r a sh c o m o e s p a c io y fo c o a rq u ite c tó n i­
co q ue sirv e d e p u n to d e e n c u e n tro en tre el c o n o c im ie n to o ral y el e s ­
crito , d o n d e se p ro d u c e u n a c o n v e rg e n c ia d e d istin ta s te n d e n c ia s, y q u e
sig ue las h u e lla s de l m o d e lo sa c e rd o ta l en la fo rm a d e c o n s id e ra r al e s ­
tudio so. T a m b ié n d e sc rib iré la situ a c ió n en el b e it m id r a s h d e s d e la

50. A d e m á s d e to m a r e n c o n s id e r a c ió n la p o s ic ió n d e R e in e r , e s t a s fo r m a s d e a c tu a -
i ión in s t it u c io n a liz a d a s e n c o n tr a p o s ic ió n a la s n o in s t it u c io n a liz a d a s , p r o p o n g o situ a r e l
le m a e n e l c o n t e x t o g e n e r a l d e la s fo r m a s d e p r e se n c ia d e la d iv in id a d q u e e lig ie r o n lo s S a ­
in o s , q u e in c lu y e n a s im is m o , e n e s t e m a r co , e l p a so d e la in sp ir a c ió n d iv in a a la h e r m e n é u -
i u a m id r á s h ic a y al e s t u d io e n e l b e i t m i d r a s h . E n e s t e p u n to s e tr a slu c e ta m b ié n u n a te n ­
sió n e n tr e e l p r o c e s o d e la p r e p a r a c ió n m ís t ic a in t e n s iv a y la s fo r m a s d e p r e s e n c ia d e la
d iv in id a d b a s a d a s e n la c o n s t r u c c ió n e s p ir itu a l d ía a d ía.
 Haviva h' Pedayah

p e rs p e c tiv a d e los in ic ia d o s en el m é to d o h e rm é tic o q u e fo rm a n p a rte

de é l, c o m o fo rja d o r del m a rc o e x o té ric o en lo m á s p ro fu n d o d e l c u al,
y c o m o p a rte d e la c o b e rtu ra e sp iritu a l re lig io sa q u e p ro p o rc io n a , se
p ro d u c e e sa a c tiv id a d e so té ric a e sp iritu a l q u e es la c o n s tru c c ió n d ía a
d ía del T e m p lo e sp iritu a l en la c o n c ie n c ia del in ic ia d o en los se c re to s
h e rm é tic o s. L a in te n sid a d q u e la re c o n s tru c c ió n del T e m p lo d e s tru id o
a d q u ie re e n un m u n d o en el q u e el b e it m id r a sh c o n s titu y e el c e n tro
c o n s tru id o y c o n s tru c to r p ro p o rc io n a c o n te n id o a d ic io n a l a los te s ti­
m o n io s q u e n o s h a n lle g a d o so b re las c o stu m b re s d e a le ja m ie n to d e los
a su n to s m u n d a n o s y d e lu to p o r el T e m p lo q u e o b se rv a b a n p a rte d e
e so s cabalistas-jíw z'éftra y filó s o fo s -ja s id im q u e v iv ía n in m e rso s en su
d o c trin a e n tre las c u a tro p a re d e s del b e it m id r a s h .51
T a m b ié n en e s te p u n to , s ig u ie n d o c o n e llo el im p o rta n te tra b a jo
d e R e in e r, s e ñ a la ré q u e , en m i o p in ió n , h a y q u e s u b ra y a r la c o n tin u i­
d a d h is tó r ic a q u e e x is te en e s te te rre n o e n tre los c a la íta s , c o n su s c o s ­
tu m b re s lu c tu o s a s y a n h e lo d e re v e la c ió n , y los h e rm e n e u ta s e s o té ­
ric o s d e tip o a p o c a líp tic o d e la p rim e ra é p o c a .52 Si to m a m o s en
c o n s id e r a c ió n q u e ta m b ié n los c a b a lis ta s , al ig u a l q u e lo s s e g u id o re s
d e la d o c tr in a e s o té r ic a d e la p rim e ra é p o c a m e n c io n a d o s , p ro d u c e n
a su m a n e r a s e c u e n c ia s d e c o n tin u id a d c o n e s o s e s c r ito s a p o c a líp ti­
c o s, re s u lta q u e e l d iá lo g o e n tre a m b a s fo rm a s d e p rá c tic a r e lig io s a
c o n tin ú a d e s a r r o llá n d o s e p o r c o n d u c to s in te rn o s 53 y n o h ay q u e c o n ­
s id e ra rlo s ó lo c o m o la e x p re s ió n re n o v a d a d e u n o s c o n ta c to s c u ltú r a ­
le s - re lig io s o s y s o c ia le s e n tre los c a ra íta s y lo s s e g u id o re s d el ju d a i s ­
m o r a b ín ic o . A m b a s p o s ib ilid a d e s e x is te n sin q u e te n g a n p o r q u é
e x c lu irs e e n tr e e lla s.
L o q u e c o n fie re su p e c u lia rid a d y g ra n d e z a al c e n tro p rin c ip a l de

5 1 . V é a s e Y. G a r tn e r, G u i l g u l e i m i n h a g b e o l a m h a H a l a k h a h , J e r u sa le m 1 9 9 5 , p á g s.
3 2 -4 9 .
5 2 . S o b r e la r e la c ió n e n tr e e l lu to y la r e v e la c ió n e n lo s e s c r it o s a p o c a líp t ic o s v é i 2
H im m e lfa r b , A s c e n t t o H e a v e n in J e w i s h a n d C h r i s t i a n A p o c a l y p s e s , p á g . 1 0 7 . S o b r e la r e ­
la c ió n d e e s t e f e n ó m e n o p r im it iv o c o n lo s q u e g u a r d a n lu to p o r S ió n , e s t o y p r e p a r a n d o u n
trab ajo: T ik .s e i g a l u t .
5 3 . V é a s e G a rtn e r, G u i l g u l e i m i n h a g , p á g s . 2 9 - 3 2 ; e n lo q u e r e s p e c ta a n u e s tr o te m a ,
r e s u lta in te r e sa n te la o p in ió n d e G a rtn er q u e a fir m a q u e “ n o fu e r o n la s c o m u n id a d e s c a r a í­
ta s d e E u r o p a o c c id e n t a l la s q u e in flu y e r o n e n e l c a r á c te r d e la s c o s t u m b r e s d e l 9 d e A v e n
la é p o c a r a b ín ic a ” .
 v) r * "vy*
Los coru^nzos de i •/ / enza 67

l'io v i'ii/.a en N a rb o n a es, en re a lid a d , la e x is te n c ia d e u n a in stitu c ió n ,

. I b ii i in id r a s h , q u e sirv ió d e p u n to de re u n ió n a e s tu d io s o s 54 no fo r-
mimim en te re la c io n a d o s c o n u n a c a d e n a in in te rru m p id a d e m a e stro s,
lu d o e llo c o n a p o y o d e u n a fa m ilia ,55 los d irig e n te s d e la c o m u n id a d ,
ti n q u e z a y, al p a re c e r, ta m b ié n un m a y o r n ú m e ro d e d isc íp u lo s si lo
■ u iiip ara m o s p ro p o rc io n a lm e n te con la e s tim a c ió n q u e se h a h e c h o del
num ero d e e stu d ia n te s en las a c a d e m ia s ra b ín ic a s d e S e fa ra d , el n o rte
ilt I'ra n c ia y A s q u e n a z .56

I )esde allí hay tres jo rn a d a s hasta N arbon a, que es ciu dad donde se es-
Ilidia la Torá desde antiguo, y desde allí se d ifu n d ió la Torá a todos los
países; en ella hay sabios, notables y prín cipes, a cu y a cab eza están:
R. Q alonim os, hijo del gran príncip e R. Todros, de la estirp e de D avid
en línea d irecta; posee heredades y tierras d onadas po r el gob ern ad o r
de la ciu d ad y nadie se las puede ex p ro p iar por la fuerza, y a cuya c a ­
beza están: R. A braham , je fe de la academ ia rabínica, R. M akir, R.
Ichudá y otros, ante los cuales [estudian] m uchos eruditos. A ctu al­
m ente hay en la ciu dad trescientos ju d ío s.57

I ’,n e sa a c a d e m ia ra b ín ic a e n se ñ ó R. M o s h é H a d a rsh a n , c u y a s h o ­
m ilías y a g a d o t e n c o n tra ro n fu erte e c o en las d o c trin a s d e los p rim e -
m s c a b a lis ta s; ta m b ié n e stu v o , a u n q u e a in te rv a lo s, R. A b ra h a m A v
lli-il D in .58
T a m b ié n en los c e n tro s d e L u n e l y d e P o s q u ié re s se d e sta c a ro n
• nulas fa m ilia s d e e ru d ito s q u e o c u p a ro n p o s ic io n e s d e lid e ra z g o . E n

5 4 . G r a b o is ( H a j e v r a h h a i e h u d i t , p á g . 8 3 ) lo c o n tr a p o n e in c lu s o a o tr o s c e n tr o s d e
I i in icia y A s q u e n a z , c u y a g r a n d e z a p r o v ie n e d e la fu e r z a d e l m a e st r o q u e e n s e ñ a b a e n e llo s .
I n c s le p u n to s i g u e a U r b a c h , B a ’a l e i h a to s a f o t . T a m b ié n M . B r e u e r , q u e d e s ta c a e l h e c h o
ilc q u e , n o r m a lm e n te , la s a c a d e m ia s r a b ín ic a s s e m e n c io n a b a n c o n e l n o m b r e d e lo s e r u d i-
II <pie e st a b a n a su fr e n te , s e ñ a la e l c a s o d e l su r d e F r a n c ia c o m o e x c e p c io n a l (M . B r eu er ,
le q cr h a tip o lo g u ia s h e l ie s h i v o t h a m a a r a v b im e i h a b e in a im ” , P e r a q i m b e t o l e d o t h a j e v r a h ,
prtgs. 4 8 - 4 9 ) .
5 5 . V é a s e G r o s sm a n , l e r u s h a t a v o t , p á g s . 2 1 3 - 2 1 4 .
5 6 . B r eu er , “J eq e r h a tip o lo g u ia ” .
5 7 . B e n ja m ín d e T u d e la , L i b r o d e v i a j e s , p á g . 1 6 0 . V é a s e ta m b ié n T a -S h m a , R a b e i n u
t id jia h H a le v i, pág. 38.
5 8 . V é a s e lo q u e e s c r ib e T a -S h m a a c e r c a lo s lu g a r e s y f e c h a s d e su s tr a sla d o s, ib id .,
prtgs. 3 8 - 5 0 , e s p e c ia lm e n t e p á g . 3 9 ; ta m b ié n B e n e d ik t, M e r c a z h a T o r á , p á g . 3 6 y n o ta 19.
 ht¿... Pedayah

el lib ro d e v ia je s d e R. B e n ja m ín d e T u d e la se d e s c rib e a los e ru d ito s

d e L u n e l en té rm in o s e x tre m a d a m e n te la u d a to rio s:

D esde a llí hay cuatro leguas hasta Lunel. H ay allí una com unidad is­
raelita que, día y noche, se dedica al estu dio de la Tora. A llí está el gran
rabino R abenu M esh ulam -b e n d ito sea su re c u e rd o - y sus cinco hijos,
grandes sabios y ricos: R. Iosef, R. Itzjaq, R. Ia ’aqov, R. A haron y R.
A sher el asceta, que está apartad o de los asuntos m undanos, entregad o
al (estudio del) L ibro (de la Torá) noche y día y no com e carne; es un
gran sabio en el Talm ud. Están, asim ism o, R. M o sh é su cuñado, R.
S hem uel el Viejo, R. U lsarnu, R. Shelom oh H ako hen y el m édico R.
Iehudá ben Tibon H asefaradí, quien sustenta y enseña a cuantos vienen
de lejanos países para aprender la Torá; y allí encuentran sustento y
vestido, en la com unidad, todos los días de su estancia en la m idrash á .
So n varones sabios, inteligentes, santos, cu m plid ores de los preceptos;
socorren a todos sus herm anos, cercanos o lejanos. H ay en Lunel una
co m u n id ad de unos trescien tos ju d ío s, poco m ás o m enos (ibidem ).

T a m b ié n a q u í e n c o n tra m o s u n a d ire c c ió n c o m u n ita ria q u e a ú n a el

lid e ra z g o e c o n ó m ic o y el e sp iritu a l. L a p ro v isió n e s p iritu a l y m a te ria l
p ro c e d e n d e las m ism a s fu e n te s. L o s q u e a llí e s tu d ia n T o rá n o so n s ó ­
lo los re s id e n te s d el lu g ar, sin o ta m b ié n p e rso n a s lle g a d a s d e m u y le ­
jo s. A los fo ra s te ro s , en la m e d id a en q u e p e rm a n e c e n e n el e sp a c io del
b e it m id r a s h , d e s tin a d o a im p a rtir a lim e n to e s p iritu a l, se les p ro v e e
ta m b ié n d e a lim e n to m ate ria l. S a b e m o s d e la c o n c e n tra c ió n d e lid e ra z ­
g o y e x c e le n c ia en m a n o s d e u n a fa m ilia en la q u e h a y e ru d ito s ta lm ú ­
d ico s y q u e e s d u e ñ a , a d e m á s, d e u n a g ra n fo rtu n a .59 E l a m b ie n te es de
a le ja m ie n to d e los a su n to s m u n d a n o s y c o n s a g ra c ió n a la T orá. E ste
b e it m id r a s h , a c u y o fre n te e stá n R . M e sh u la m y sus h ijo s ,60 c o n stiu -

5 9 . H a y c ie r t a im p r e c is ió n e n la r e d a c c ió n d e l p á r ra fo . L a fr a s e “s u s te n ta y e n s e ñ a a
c u a n to s v ie n e n d e le ja n o s p a ís e s ” , e n e l o r ig in a l h e b r e o ( “ h e m m e f a m e s i m o t o u m e l a m e d i m
o t o ” ) p a r e c e r e f e r ir se a R . M e s h u la m y s u s h ijo s . E n c a m b io , la c o n t in u a c ió n d e la fr a se , “ y
a llí e n c u e n t r a n s u s t e n t o y v e s t id o , e n la c o m u n id a d , to d o s lo s d ía s d e su e s t a n c ia e n la m i-
d r a sa ” , s e r e fie r e a la c o m u n id a d .
6 0 . V é a s e la m u y f a m o s a d e s c r ip c ió n q u e R . Ie h u d á ibn T ib o n h a c e d e R . M e s h u la m ,
J o v o t h a l e v a v o t , p á g . 5 7 . V é a s e T w e r sk y , I e h u d e i P r o v a n s , p á g s . 1 9 5 - 2 0 2 ; H a lb e r ta l, B e in
T o r á l e j o k h m a h , p á g s . 1 1 0 -1 1 3 .
 <LV
\ : n ¡? x* i
Los comienzos de tu ¿--¿Liuia en Provenza 69 i

un lu g a r d e e n c u e n tro p a ra e stu d io so s v e n id o s d e lejo s y p ro v e n ie n -

li ■ . de d ife re n te s h o riz o n te s in te le c tu a le s. D e e s ta fo rm a , el lu g a r se
i (in vierte en u n a e n c ru c ija d a c u ltu ra l, un e sp a c io d o n d e c o n v e rg e n d is-
luilas te n d e n c ia s d e l m o m e n to . E s m u y im p o rta n te q u e R . Ie h u d á ibn
I ilion e s tu d ia ra en e se b e it m id r a s h y el h e c h o m is m o d e su e s ta n c ia y
»l»irndizaje en él. L a s tra d u c c io n e s q u e fu e p e rg e ñ a n d o p ro d u c e n , en
(••.le c e n tro p ro v e n z a l, el in ic io d e u n a re la c ió n c o n la filo s o fía ju d ía
i icad a en la E s p a ñ a m u su lm a n a .61
A e sta c o m u n id a d d e L u n e l p e rte n e c e n ta m b ié n R . I a ’a q o v H a n a -
ii (“el N a z a re n o ” ) y su h e rm a n o m e n o r R . A s h e r (b a r S h a u l) q u e es-
. lib io el S e fe r H a m in h a g o t. E sta o b ra c o n s e rv a te n d e n c ia s e sp iritu a le s
y c o n c e p to s c a ra c te rís tic o s d e la e ta p a de c o n fo rm a c ió n d el s u rg im ie n ­
to de la c á b a la y, en e se c o n te x to , d e ja ta m b ié n tra s lu c ir el a m b ie n te
general q u e sirv ió d e s o p o rte a la a p a ric ió n d e e sta ú ltim a ; es a s im is ­
mo in stru m e n to d e tra n sm isió n d e tra d ic io n e s h e rm é tic a s sin g u la re s,
.m uque m u y e sc a sa s. L a s c o stu m b re s d e a le ja m ie n to d e l m u n d o q u e
¡iparecen en el S e fe r H a m in h a g o t d e R. A s h e r e stá n v in c u la d a s a las
c o stu m b re s lu c tu o sa s p o r la d e stru c c ió n d e Je ru s a le m , lo q u e es d e la
m ayor im p o rta n c ia p a ra c a p ta r la in te n sid a d q u e tie n e el T e m p lo en
la c o n c ie n c ia d e los e ru d ito s d e P ro v e n z a , a sí c o m o en el m ás a m p lio
de la fo rm a d e p e rc ib ir el a le ja m ie n to d e los a su n to s m u n d a n o s e n e sa
/.ona y é p o c a .62 J u n to co n e so , su lib ro c o n s titu y e ta m b ié n u n a d e las
Itientes im p o rta n te s d e q u e d isp o n e m o s p a ra c o n o c e r las c o s tu m b re s
que e s ta b le c e n u n a c o m p a ra c ió n e n tre la s in a g o g a y el T e m p lo .63 T a m ­
bién el h e rm a n o m a y o r d e R. A sh e r, el c a b a lis ta R . I a ’aq o v H a n a z ir,
e sta b a m u y in te re sa d o en el te m a del T em p lo , tal c o m o se d e s p re n d e
de la tra d ic ió n q u e a firm a q u e v iajó a la T ie rra d e Isra e l y d el tip o
de se c re to s q u e a llí se le tra n sm itie ro n . S e d e s c o n o c e la re la c ió n e x a c -
la de los d o s h e rm a n o s c o n el b e it m id r a sh c o n c re to d e R . M e sh u la m .

6 1 . V é a s e T w e r sk y , ib id ., p á g s . 1 9 5 - 2 0 2 ; H a lb e r t a l, B e i n T o rá le jo k h m a h , pá gs.
110- 112.
6 2 . C o m o y a h e m o s d ic h o , B e n ja m ín d e T u d e la a d ju d ic a a R . A s h e r b ar M e s h u la m e l
e p íte t o d e “ a p a r ta d o ” (d e lo s a su n t o s m u n d a n o s) . A c e r c a d e R . A s h e r , v é a s e T a -S h m a , R a -
Ix 'in u Z e r a j i a h H a l e v i , p á g s . 1 6 2 - 1 6 6 .
6 3 . E n lo q u e r e s p e c ta a la s in a g o g a , S e f e r h a m i n h a g o t s e in ic ia c o n la s ig u ie n t e c o s ­
tu m b re: “ y p o r e s o h a y q u e e n c e n d e r la v e la e n la s in a g o g a , p o r q u e a s í s e h a c ía e n e l T e m ­
p lo ” (p á g . 1 2 9 ). V é a s e T a -S h m a , M i q d a s h M e ’a t , p á g . 3 5 3 .
' 7O Ha-, ',,<i r>FPedayah

E n c u a n to a la c o m u n id a d d e P o sq u ié re s, R. B e n ja m ín d e T u d e la la
d e sc rib e d e la fo rm a sig u ie n te :

D esd e a llí hay dos leguas hasta P osquiéres, q ue es una gran urbe; en
ella hay co m o unos cu aren ta ju d ío s. H ay allí una academ ia rabínica a
cargo del g ran rab in o R. A b rah am bar D avid, b en d ito sea su recuerdo,
rab in o de dos gran des acciones, gran sabio en Talm ud y en leg isla ­
ción. D esd e lejos vienen a él para aprender la Torá h allan d o reposo en
su casa, y les enseña. A quienes no tienen dinero para gastar, él m is­
m o les su frag a todas sus necesidades: es un gran potentado. A llí están
el m ag n án im o R. Io se f b ar M enajem , R. B enbenist, R. B in iam in, R.
A b rah am y R. Itzjaq bar M eir, bendito sea su rec u e rd o .64

C o m o p o d e m o s c o m p ro b a r p o r las p a la b ra s d e R. B e n ja m ín de T u ­
d e la , ta m b ié n a q u í las a c a d e m ia s ta lm ú d ic a s a c tu a ro n a la m a n e ra d e
im án p a ra lo s lle g a d o s d e lejo s, lo q u e re su lta s ig n ific a tiv o p a ra el c r u ­
c e d e los c irc u ito s d e l s a b e r en e se p e río d o . T a m b ié n en e ste c a so se re ­
p ro d u c e n las p a u ta s d e c o m p o rta m ie n to c a ra c te rís tic a s d e la é p o c a y d e
la z o n a g e o g rá fic a : la sa b id u ría , la To rá, la riq u e z a y la d ire c c ió n c o ­
m u n ita ria e stá n en m a n o s de u n a fa m ilia q u e c o n s titu y e un c e n tro e s ­
p iritu a l d e l e s tu d io ta lm ú d ic o y h a lá jic o . L a s o lv e n c ia m a te ria l p o s ib i­
lita c re a r u n a in fra e s tru c tu ra q u e, al o fre c e rle un re sp a ld o , p e rm ite
so s te n e r en el s e n tid o e sp iritu a l al q u e d e se a e s tu d ia r T o rá y p o n d e ra r
la n e c e s id a d d e o tro s sa b e re s “ lle g a d o s d e f u e ra ” , c o n c re tiz á n d o lo s p o r
m e d io d e l e n c a rg o d e tra d u c c io n e s.
P o d e m o s a ñ a d ir q u e e sta p o n d e ra c ió n a c tú a ta m b ié n en la m e d id a
en q u e se e s tim a q u e h ay un d isc íp u lo a d e c u a d o al q u e tra n s m itir la
d o c trin a e s o té ric a . L a tra n sm isió n d el sa b e r e s o té ric o , in c lu id a en el
m u n d o d el b e it m id r a s h , sig n ific a q u e , d e n tro del c o n te x to e s tru c tu ra ­
d o d e la tra n s m is ió n del c o n o c im ie n to a b ie rto , c irc u la a s im is m o el c o ­
n o c im ie n to o c u lto d e fo rm a e s tru c tu ra d a y re la c io n a d o c o n los s is te ­
m as d e s u p e rv is ió n re lig io s a y so c ia l; es d e s u p o n e r q u e las re la c io n e s
d ia lé c tic a s q u e se fo rm a b a n e n tre a m b o s c irc u ito s d e c o n o c im ie n to
a c tu a b a n e n los d o s s e n tid o s y q u e re su lta b a n e s e n c ia le s p a ra am b o s.

6 4 . L ib r o d e v ia je s , p á g s. 1 6 0 -1 6 1 .
 Los comienzos de la cabala en Provenza 71

A u n q u e d e la m isiv a d e R . Isa a c el C ie g o se d e s p re n d e c o m o a lg o e v i­
d en te q u e fu e te stig o d e los p ro c e so s d e e s tu d io en el b e it m id r a s h de
P e sq u ie re s, al m e n o s en su ju v e n tu d (“y a m í n o se m e a c o stu m b ró
así” , a firm a ), sa b e m o s q u e en a lg ú n m o m e n to d e su v id a a d u lta e stu v o
en G e ro n a y q u e e n s e ñ ó en e sa c iu d a d . N o p o d e m o s d e te rm in a r e x a c ­
tam en te c u á n d o ni si e s tu v o o n o en o tro s m o m e n to s d e su v id a en d is ­
tintos lu g a re s d e P ro v e n z a, p e ro al m en o s al fin a l d e su v id a re s id ió d e
nuevo en e sa re g ió n , a u n q u e el lu g a r e x a c to a d o n d e le lle g ó la m isiv a
uo re su lta c la ro . L a c u e stió n q u e se p la n te a es si h u b o a lg u n a e ta p a en
que lle g a ro n a él d isc íp u lo s, c o m o su c e d ió c o n los b a te i m id r a sh de
l’ro v e n z a q u e a c tu a ro n c o m o im a n e s, o si to d a su re la c ió n c o n e llo s se
d eriv a d e h a b e rse c o n o c id o e n G ero n a.
Q u is ie ra d e sta c a r, p o r o tra p a rte , q u e h a y un e d ific io (u n e sp a c io
real c o n s tru id o ) y un m o d e lo (u n a serie d e p a u ta s d e c o m p o rta m ie n to
vital) q u e c o n c e n tra ro n en sí la v id a ju d ía d e d ic a d a al e s tu d io d e la
Torá. R . B e n ja m ín de T u d e la , q u e lle g ó a P ro v e n z a p ro v e n ie n te “del
e x te rio r” en su c a lid a d d e v ia je ro , n o s tra n s m ite u n a im p re sió n y un
am b ien te.
E l b e it m id r a sh p ro p o rc io n a un “ n ú c le o ” q u e es el T a lm u d Torá, y
p erm ite la c re a c ió n d e un “ a u ra ” , un e sp a c io e sp iritu a l en to m o al n ú ­
cleo, q u e se n u tre d e e ste ú ltim o y, a su v ez, lo a lim e n ta . L a b a se del
núcleo, el T a lm u d Torá y la L ey, se rv ía p a ra c o m p ro b a r su c a p a c id a d
nutricia.
C o n s id e ra r al b e it m id r a sh c o m o T e m p lo fu e c a ra c te rís tic o d e las
ideas c a b a lis ta s y e x p lic a ta m b ié n m u y a d e c u a d a m e n te el c a rá c te r de
los e s c rito s p ro to c a b a lístic o s d e la é p o c a. E s d ecir, q u e c a ra c te riz a a
a q u e lla c re a c ió n e sc rita q u e d e ja tra slu c ir c o rrie n te s n o d e lim ita d a s de
d istin ta s fo rm a s d e c o n o c im ie n to .65
P o d e m o s s u p o n e r q u e en los do s b a te i m id r a s h im p o rta n te s d e

65. S o b r e la r e la c ió n e n tr e e s p a c io , p o r u n la d o , y e s tr u c tu r a d e la e sc r it u r a y fo r m a s
de o r d e n a r e l c o n o c im ie n t o , p o r e l o tr o , v é a s e F. A . Y a te s, T h e A r t o f M e m o r y , H a r m o n d s -
vvorth, 1 9 6 6 , p á g s . 1 7 -1 1 3 . E n lo q u e r e s p e c ta a lo s c a b a lis ta s y a la o b r a p r o to c a b a lís tic a ,
la s it u a c ió n d e l c o n o c im ie n t o se d e sp r e n d e d e e s o s p r im e r o s e s c r it o s d e fo r m a n o e str u c tu -
im la ni e q u ilib r a d a . E st o n o s e d e b e f o r z o s a m e n te a u n a in te n c ió n c o n s c ie n t e d e l a u tor n i a
su a b s te n c ió n d e lib e r a d a d e a te n e r se a fo r m a s d e o r d e n a c ió n p r o p ia s d e l t e x to e s c r ito , s in o
i|n c se p r e se n t a c o m o u n a s e r ie d e c o n o c im ie n t o s sin c a ta lo g a r q u e r e v e la la c o n c e n tr a c ió n
ilc lo d o s lo s o b j e t i v o s d e l c o n o c im ie n t o e n to r n o al e s tu d io d e l T a lm u d y d e la h a l a j á .
72 Havivah Pedayah

P o s q u ié re s y L u n e l, lig a d o s a m b o s a d o s fa m ilia s y a fo rm a s d e lid e ­

r a z g o c e n tr a liz a d o q u e u tiliz a b a in te n s iv a m e n te la s o lv e n c ia m ate ria l
p a ra a fia n z a r v a lo re s e s p iritu a le s , se p ro d u c e n d o s p ro c e s o s d ife r e n ­
tes: en P o s q u ié re s , en to m o a la fa m ilia d e R. A b ra h a m b e n D a v id , un
c u e rp o d e c o n o c im ie n to a n tig u o se m a n ifie s ta y s u fre un p ro c e s o le n ­
to d e c a m b io p o r el q u e , d e c o n o c im ie n to o c u lto , p a s a a se r un c o n o ­
c im ie n to m á s a b ie rto . E n L u n e l, p o r su p a rte , en to m o a la fa m ilia de
R . M e s h u la m se fu e a g re g a n d o y e n s a m b la n d o p a u la tin a m e n te un
c u e rp o d e c o n o c im ie n to re la tiv a m e n te “ n u e v o ” , fo rá n e o , q u e a flo ró
en el “ a u ra ” q u e r o d e a b a al T a lm u d Torá. S e tra ta d e u n c u e rp o d e c o ­
n o c im ie n to q u e , p o r la fo rm a d e d e fin irs e a sí m ism o , te n ía q u e ser
a b ie r to .66 J u n to c o n e llo , a p e s a r de las d ife re n c ia s , h a b ía un te rre n o
c o m ú n im p o rta n te : la te n d e n c ia a lig a r siste m a s c o n c e p tu a le s , lé x ic o s
y s ím b o lo s ju d ío s a sis te m a s n e o p la tó n ic o s , e s p e c ia lm e n te a los q u e
y a e s ta b a n s u b y a c e n te s en lo s e s c rito s d e los filó s o fo s ju d ío s . H u b o un
p e río d o d e c ie r ta s o b re p o s ic ió n en el q u e , p o r un la d o , la tra d ic ió n f i­
lo s ó fic a p e n e tró en P ro v e n z a y, p o r el o tro , la c á b a la se m a n ife s tó a
p a rtir d e p ro c e s o s in te rn o s in m a n e n te s a la p u e s ta al d e s c u b ie rto d e un
c u e rp o d e c o n o c im ie n to a n tig u o y p o r el im p u ls o d e te n d e n c ia s g e n e ­
ra le s al c a m b io c u ltu ra l y al c o n ta c to c o n tra d ic io n e s e s o té ric a s e s c r i­
ta s lle g a d a s p o r d iv e rs o s c o n d u c to s . E s te p ro c e s o es c o m p le jo , p o rq u e
to d a c iu d a d tie n e su b e it m id r a s h y sus m é to d o s p ro p io s , y ta m b ié n
p o rq u e p a rte d e las e ta p a s del c o n ta c to tie n e n lu g a r en la re a lid a d c o ­
tid ia n a d e l b e it m id r a s h . E n e ste m a rc o se p ro d u c e u n e n c u e n tro e n tre
d ife re n te s tip o s d e c o n o c im ie n to o ra lm e n te tra n s m itid o 67 y d e c o n o -

6 6 . E l e s t u d io d e l T a lm u d e n e l b e i t m i d r a s h d e n tr o d e l s is t e m a j u d ío g e n e r a l in d ic a
c o n o c im i e n t o a b ie r to ; p e r o e l e n c u e n tr o d e e s t e ú l tim o c o n la f i l o s o f í a c o m o s is t e m a d e c o ­
n o c im ie n t o a b ie r t o c o n l le v a e n su in te r io r d ist in to s g r a d o s d e te n sió n ; ta n to c o n r e s p e c t o a
la t e o lo g í a c o m o al p ú b lic o e n g e n e r a l, la f i lo s o f ía se a u to d e fin e a m e n u d o c o m o e s o t é r ic a
y c o m o s is t e m a o c u l t o d e c o n o c im ie n t o . V é a s e e l a n á lis is q u e h a c e A b b a M ari e n H a lb e r -
tal, B e in T o r á l e j o k h m a h , p á g s . 1 5 4 - 1 5 9 .
6 7 . V é a s e T w e r sk y ( I e h u d e i P r o v a n s , p á g . 1 8 0 ) q u e in s is te e n q u e la t r a n sm isi ó n oral
d e l c o n t e n id o d e l lib r o p r e c e d ió a su tr a d u c c ió n . L a d ife r e n c ia c o n la tr a n sm isi ó n d e la d o c ­
trin a e s o t é r ic a e st r ib a e n q u e n o se trata d e tr a n sm itir un c o n o c im ie n t o q u e f u e o r d e n a d o e n
p r in c ip io d e fo r m a o r a l. E l c o n c e p t o d e o r a lid a d p u e d e e star lig a d o a la t r a n sm is ió n d e u n a
tr a d ic ió n a n t ig u a p o r u n la d o a s í c o m o , p o r e l o tr o , a un c o n o c im ie n t o su m a m e n t e a c tu a li­
z a d o e n e l te r r e n o d e la c u ltu r a q u e aú n n o h a s id o p u e s to p o r e s c r it o o tr a d u c id o . E n c u a l­
q u ie r c a s o , e l r e s p o n s a b le y e l r e c e p to r d e la tr a d u c c ió n se e n c u e n t r a n j u n t o s b a jo e l m is m o
t e c h o , e l m e n s a je n o e st á c o r t a d o d e su e m is o r .
 3
-tí 5
Los comienzos de la cabala en Provenza 73

c im ie n to e s c rito , ric o en m a tic e s , q u e in c lu y e las p rim e ra s tra d u c c io ­

nes d e filo s o fía n e o p la tó n ic a , e s p e c ia lm e n te c o m o fo rm a d e d e s p e rta r
el in te ré s p o r la d o c trin a m o ra l.68 E s d ecir, en e sta e ta p a ,69 a n te s d e
que se tra d u je ra G u ía d e p e r p le jo s y M is h n é T o rá re s u lta ra a c c e s ib le ,
la te n sió n q u e la filo s o fía p o d ía g e n e ra r n o e ra a c u s a d a .7071A l c o n tr a ­
rio, en e s o s m o m e n to s , la sed e sp iritu a l y la v o lu n ta d d e e n la z a r el s is 7
lem a d e c o n o c im e n to ju d ío in te rn o a los sis te m a s d e p e n s a m ie n to
n e o p la tó n ic o s fo rm a b a n , al p a re c e r, p a rte in te g ra n te d e l a m b ie n te g e ­
neral en lo s b a te l m id r a s h 71 y e s tu v ie ro n ín tim a m e n te lig a d a s a los
p ro c e so s q u e lle v a ro n al s u rg im ie n to d e la c á b a la , a sí c o m o a la f o r ­
ma d e e n c a r a r la filo s o fía ; en ú ltim o té rm in o , a u n a e s tr u c tu r a c u ltu ­
ral. C re o im p o rta n te s u b ra y a r q u e , a p e s a r d e la g ra n d ife re n c ia q u e
hay e n tre c á b a la y filo so fía , a sí c o m o e n tre la in te rio riz a c ió n d el c o ­
n o c im ie n to c u ltu ra l y la p u e s ta al d e s c u b ie rto d e d e te rm in a d a s e n s e ­
ñ an zas, el te rre n o c o m ú n q u e lo h iz o p o s ib le fu e el b e it m id r a s h c o n
sus c a ra c te rís tic a s y su e se n c ia . L a s re la c io n e s q u e el b e it m id r a s h p o ­
ten ció e n tre lo s c irc u ito s d e c o n o c im ie n to a b ie rto (el T a lm u d ) y o c u j-
lo (la c á b a la o la filo s o fía ) re s u lta ro n e s e n c ia le s p a ra c a d a u n o d e los
p ro c e so s d e s c rip to s .
D e fo rm a b a s ta n te d ia lé c tic a , p o d e m o s s u p o n e r q u e , p o r lo m en o s
en el m a rc o ra b ín ic o , c o n c e n tra d o en to rn o al T a lm u d Torá y a la L ey,
los sis te m a s d e c o n o c im ie n to a b ie rto son los q u e c o n s titu y e n u n ap a-

6 8 . T a m b ié n e s p o s ib le q u e e l n e o p la t o n is m o (p o r in te r m e d io d e l o s tr a ta d o s m o r a le s
tr a d u c id o s ) a c tu a r a c o m o u n a lín e a q u e fo r ta le c ió la s c o r r ie n te s e s p ir it u a le s q u e p r e c o n iz a ­
ban e l a l e j a m i e n t o d e l m u n d o . V é a n s e ta m b ié n la s p a la b r a s d e M o o r e e n A . K le in b e r g
(c o m p .) , G u e u l a h v e k o a j l e t o l d o t h a n a t z r u t , p á g . 9 8 . V é a s e ta m b ié n Ib n Z ab arra, L i b r o d e
l o s e n t r e t e n i m i e n t o s , e d . p r ep a r a d a p o r M arta F o r te z a -R e y , M a d r id , 1 9 8 3 , c a p . 8 , p á g s. 1 4 7 -
166.
6 9 . L a s d o s f a s e s d e la p o lé m ic a e n to rn o a M a im ó n id e s h a n s id o o b je to d e v a r io s e s -
luclios. V é a s e H a lb e r ta l, B e i n T o r á l e j o k h m a h , p á g . 113. E n lo q u e r e s p e c ta a l o s in ic ia d o s
en lo s c o n o c im i e n t o s c a b a lís t ic o s , la d if e r e n c ia c ió n e n tr e n e o p la t o n is m o y a r is to te lis m o e s
c r ític a e n e s e m o m e n t o d e la m ís t ic a ju d ía .
7 0 . N o e s t á c la r o si e n la se g u n d a e ta p a d e la c o n tr o v e r si a , c u a n d o e s t a s e h iz o m á s
n gu d a , R . Isa a c e l C ie g o to d a v ía e s ta b a v iv o ; e n c u a lq u ie r c a s o , s i lo e st a b a e r a y a la ú lt i­
m a é p o c a d e su v id a . C a b e a firm ar q u e so n lo s m o m e n t o s e n q u e l l e g ó a su c u lm in a c ió n la
p rim er a e ta p a d e la ir r u p c ió n d e l e s o t e r is m o e x tr e m o .
7 1 . R . A b r a h a m b e n D a v id fu e u n o d e lo s q u e e n c a r g a r o n la tr a d u c c ió n d e L o s d e b e ­
r e s d e l o s c o r a z o n e s ( v é a s e la I n tr o d u c c ió n , p á g . 1 6 3 ). R . Ie h u d á ib n T ib o n tra d u jo lo s n u e ­
ve c a p ít u lo s d e l lib ro a p e tic ió n su y a . R . A b ra h a m b e n D a v id e m p le a c o n c e p t o s n e o p la tó -
n ic o s e n v a r io s lu g a r e s d e su lib r o B a ’a l e i H a n e f e s h .
 Havivah Pedayah

ra to d e su p e rv is ió n e sp iritu a l, re lig io sa y so cial so b re los siste m a s de

c o n o c im e n to o c u lto ; so n a s im is m o p ie d ra de to q u e p a ra c a lib ra r n o s ó ­
lo el h e c h o m is m o del p a so a la a lia n z a e so té ric a , sin o ta m b ié n la c a ­
p a c id a d d el d isc íp u lo y del e stu d io so p a ra re la c io n a r, e s c la re c e r y c o m ­
p re n d e r el s e c re to e so té ric o , a sí c o m o la d isp o s ic ió n y a c u e rd o p ara
p re s ta r a te n c ió n a su s in n o v a c io n e s y a las re la c io n e s e n tre los c irc u i­
tos d e c o n o c im ie n to q u e e n tre te je n .

El concepto de Torá oral y el beit midrash

E s ta c o n e x ió n e n tra m a d a en q u e se m u ev e la a c titu d m en ta l q u e
c o n e c ta la c o n s id e ra c ió n h a lá jic a c o n los c o n te n id o s d e la d o c trin a e s o ­
té ric a o c o n los c o n te n id o s d e m ate ria s p ro fa n a s n o c o n stitu y e , p u e s,
en e se m o m e n to d e d e sa rro llo d e la L e y y en e sa re g ió n g e o g rá fic a d el
su r d e F ra n c ia , u n a c u e stió n só lo d e ac titu d ; se tra ta d e un fe n ó m e n o
p e rfe c ta m e n te lo c a liz a d o en el tie m p o y en el e sp a c io : el m u n d o d el
b e it m id r a sh . E l b e it m id r a s h de L u n e l e ra un lu g a r d o n d e p o d ía n e s ­
tu d ia r ju n ta s p e rs o n a lid a d e s c o m o R. Ie h u d á ibn T ib o n y R. A s h e r b en
M e s h u la m d e L u n e l;72 es d e su p o n e r q u e en to d o s e so s b a te i m id r a sh
se p ro d u jo a lg u n a in te rre la c ió n d e to d o s e sto s fe n ó m e n o s en m a y o r o
m e n o r g ra d o , p e ro n u e stro te m a so n los c o m ie n z o s d e la c á b a la . Tal c o ­
m o se d e s p re n d e d e la c o n sid e ra c ió n c o n ju n ta d e los te s tim o n io s del li­
b ro J u q u e i T o rá ,73 d e las d e sc rip c io n e s d e R. B e n ja m ín d e T u d e la y de
la m isiv a d e R. Isa a c el C ie g o , p o d e m o s h a c e rn o s la s ig u ie n te id ea: la
fa m ilia del R . A b ra h a m ben D a v id so ste n ía un b e it m id r a s h ; p o r un la ­
do , los a n te p a s a d o s d e R. Isa a c , es decir, su p a d re R . A b ra h a m b en D a ­
vid, R. A b ra h a m b e n Itz ja q Av B e it-D in y el s u e g ro d e R. A b ra h a m b en
D a v id , e n s e ñ a b a n T o rá y, p o r el o tro , h a b ía u n as c u a n ta s p e rso n a s a las

7 2 . V é a s e Id e l, P e r u s h l o ic i d u a , p á g . 1 5 2 , d o n d e p r o p o n e la h ip ó t e s is d e q u e R . A s h e r
c o m e n t ó la s a g a d o t d el tra tad o B e r c ijo t, a s í c o m o ib id ., “S h e r id m ip e r u sh R. A s h e r b e n
M e s h u la m m e L u n e l le B c r a j o t ” , K o v e t z a l - y a d , 11, 1 9 8 5 , p á g s. 7 9 - 8 8 , d o n d e m á s tar de p u ­
b lic ó d ic h o c o m e n ta r io . T a m b ié n e s t a a c tiv id a d e x e g é t ic a d e R. A s h e r p o n e d e r e lie v e al b e i t
m i d r a s h c o m o f o c o d e a c t iv id a d e s y p u n to d e e n c u e n t r o d e d is t in to s e j e s d e c o n o c im ie n t o .
7 3 . C r e o q u e p o d e m o s c o n s id e r a r q u e e s a o b r a p r e s e n t a e l m o d o d e v id a d e lo s j u d ío s
d e l su r d e F r a n c ia , tal c o m o e x p lic a r e m o s a c o n t in u a c ió n c o n m á s d e ta lle .
 Los comienzos de la cabala en Provenza 75

i|i k * si* in ic ió en la d o c trin a e so té ric a c u a n d o se las c o n s id e ró a d e c u a -

•la-, p a ra ello . L a d ife re n c ia c ió n e n tre el p ú b lic o g e n e ra l y un p u ñ a d o
•Ir e le g id o s se lle v ó a c a b o ta m b ié n en o tro s se c to re s y n o só lo en el
111111c*x to d e la d o c trin a e so té ric a . D el lib ro J u q u e i T orá se d e sp re n d e
q u e tam b ié n los q u e se c o n sa g ra ro n al e stu d io d e la T o rá e ra n so m e ti-
.Ihn al m ism o tip o d e s e le c c ió n .74 N o to d o s lo s q u e ib an a e s tu d ia r el
lalm u d se in ic ia b a n ta m b ié n en las e n se ñ a n z a s se c re ta s, a u n q u e es de
u p o n e r q u e a la m a y o ría d e e sto s ú ltim o s se los s e le c c io n a b a d e e n tre
lie. q u e e stu d ia b a n en g e n e ra l. A c a so los e stu d io s d e las d o c trin a s h er-
it ir ticas se lle v a ra n a c a b o e n el re c in to m ism o del b e it m id r a sh en el
que se e s tu d ia b a ta m b ié n el T a lm u d y tal v ez no . L o q u e a n o so tro s n o s
Im porta aq u í, es q u e los d o s m a rc o s de e s tu d io e sta b a n b a jo la su p e r-
\ r,ion d e q u ie n e s d irig ía n la a c a d e m ia rab ín ica : lo s ra b in o s y su s m a-
vm es, y q u e , en m u c h a s o c a sio n e s, los d isc íp u lo s m ás e sc o g id o s fo r-
m nron p a rte d e a m b o s m a rc o s d e e stu d io . T e n e m o s un te s tim o n io de
ilo:; c irc u ito s q u e fu e ro n p a rte d el b e it m id ra sh , al m e n o s en lo q u e r e s ­
pecta al e s tu d io d e la é tic a y la filo so fía: R. Ie h u d á ibn T ib o n e sc rib e
i n su p re fa c io a la tra d u c c ió n d e L o s d e b e r e s d e lo s c o r a z o n e s un te x ­
to n irlo m u y e lo c u e n te : “P o rq u e re c u e rd a q u e tú y y o e stu d ia m o s aq u el
i ipilulo a n te é l” (a n te R. M e sh u la m ).75 D e sus p a la b ra s se d e s p re n d e
que el e stu d io en p a re ja s d e d o s d isc íp u lo s a n te u n g ran ra b in o y la si-
liiueión q u e re in a b a en el b e it m id r a sh c o n stitu y e n el m a rc o a d e c u a d o
p.n;i e s tu d ia r un te x to re la c io n a d o c o n la é tic a o la filo so fía . D a la im ­
plosió n d e q u e el m o d e lo d el b e it m id r a sh c o m o lu g a r q u e re ú n e m a-
t. ii¡is d e e stu d io , a s e m e ja n z a de un h az d e c o n o c im ie n to c o n c e n tra d o

/ 4 . E sa m is m a s e l e c c i ó n s e d e sp r e n d e ta m b ié n d e J u q u e i T o r á (M . G u e d e m a n , H a -
l u m v c l u i j a i m b i m e i h a b e i n a i m b e T s a r f a t u b e A s h k e n a z , T e l A v iv , 1 9 6 8 , p á g . 8 0 ): “ E x p u -
n iiiii lo s s a b io s e s t a s c o s a s al p u b lic o g e n e r a l c o n e l f in d e a tr a e r lo s a la f e y al te m o r [d e
I iin \| P o r q u e e l p u e b lo [e stá ] p e r s e g u id o e n su s tr a b a jo s, p o r e s o le s b a s ta c o n r e c ib ir la
i. Pi t o lo s a p a r ta d o s [d e lo s a su n to s m u n d a n o s ] p u e d e n c a s a r s e c o n lo s d o s: c o n e l e st u -
i li n y |c o n ] l o s a c t o s ” . E s m u y p o s ib le q u e e l te x to se r e f ie r a a q u e s ó l o a l o s 2 3 a ñ o s , tras
<i | i - | i d e r e c lu s ió n e n e l b e i t m i d r a s h ( s e g ú n la te o r ía q u e a fir m a q u e e l a is la m ie n t o se in i-
. i .iIm ,i lo s 16 a ñ o s ) p o d ía n lo s a p a r ta d o s c o n tr a e r m a tr im o n io ; ta m b ié n p u e d e se r q u e se
ii iiir d e u n a m e tá fo r a y a q u e , d u r a n te lo s a ñ o s d e r e c lu s ió n , e st a b a n c o m o c a s a d o s c o n la
lililí,
75. R . Ie h u d á ib n T ib o n r e c u e r d a e n e s t e p u n to a R . A s h e r e l e s t u d io c o n el p a d r e d e
■ ir íillim o , R . M e s h u la m . E s e e s e l c o n t e x to e n e l q u e su r g e la id e a d e tr a d u c ir e l S e f e r T i-
i/i/n l l i m e f e s h .
 T* w
76 Havivah Pedayah

en to m o al e s tu d io d el T a lm u d y la L ey, fu e el m o d e lo lo cal (p ro v e n -
z a l) y, al p a re c e r, ta m b ié n tra d ic io n a l, y q u e n o h a b ía sid o im p o rta d o
del e x te rio r. E s la a p lic a c ió n d e lo q u e se a c o stu m b ra b a a h a c e r n o r­
m a lm e n te y c o n s titu y e u na c o n c e n tra c ió n d e to d as las fo rm a s d e e s tu ­
dio: m id r a s h , é tic a , y ta m b ié n c o n o c im ie n to s h e rm é tic o s (a sí c o m o ,
d e n tro d e la m is m a d in á m ic a , ta m b ié n la in c ip ie n te re c e p c ió n d e la f i­
lo so fía ), b a jo el te c h o d el b e it m id r a sh .

El libro Juquei Torá

E s ta o b ra la p u b lic ó p o r v ez p rim e ra M . G u e d e m a n en 18 8 0 ,76 y,

p o r se g u n d a v e z , E p h ra im K a n a rfo g e l, q u e la c o m p le m e n tó c o n un e s ­
tu d io .77 K a n a rfo g e l e x a m in ó los m o tiv o s q u e lle v a ro n a d istin to s in ­
v e s tig a d o re s a la c o n c lu s ió n de q u e el lib ro e sta b a re la c io n a d o c o n P r o ­
v e n z a o c o n A sq u e n a z , o a d e sc rib irlo c o m o u n a m a n ife sta c ió n d e
e s p e ra n z a s u tó p ic a s q u e n o re p re s e n ta u n a re a lid a d e x is te n te .78 A d e ­
m ás, p ro p u so un n u e v o y d e ta lla d o a n á lisis d e las c u e stio n e s d id á c ti­
cas q u e p re o c u p a n al a u to r d e J u q u e i J a im , q u e c o in c id e n co n las q u e
se m a n ifie s ta n ta m b ié n en el S e fe r J a s id im . El m ism o se ñ a ló q u e la
o b ra n o p a re c e te n e r re la c ió n con los ju d ío s d e A s q u e n a z en lo q u e re s ­
p e c ta a las p a u ta s v ita le s re a le s y el m é to d o d e a p re n d iz a je d e e sto s ú l­
tim o s. A c o n tin u a c ió n m e p ro p o n g o m o strar, c o m o y a h e h e c h o en tra ­
b a jo s a n te rio re s, p o r q u é c re o q u e h ay q u e re la c io n a r el lib ro J u q u e i
T o rá c o n la v id a re lig io s a y e sp iritu a l de los ju d ío s d e P ro v e n z a .79 P a -

7 6 . M . G u e d e m a n , H a T o r á v e h a j a i m , p á g s. 7 2 - 8 0 ; p u b lic ó e l tr a tad o a d s c r ib ié n d o lo al
n o rte d e F r a n c ia .
7 7 . E . K a n a r fo g e l, J e w i s h E d u c a t i o n a n d S o c i e t y in t h e H i g h M i d d l e A g e s , D e tr o it ,
19 9 2, p á g s. 1 0 1 -1 1 5 .
7 8 . E l p r o fe s o r T a - S h e m a lla m ó m i a te n c ió n so b r e e l h e c h o d e q u e la e sc r it u r a d e l i ­
b r o s d id á c t ic o s q u e d e s c r ib e n u n a r e a lid a d “f ic t i c i a ” o , m á s b ie n , d e t e n d e n c ia u t ó p ic a , se
d a a s im is m o e n la c u ltu r a c r ist ia n a a u n q u e , al p ar ece r, e n un p e r ío d o m á s ta rd ío . E stá c la r o
q u e ta m b ié n la “f i c c i ó n ” o la s d e s c r ip c io n e s u tó p ic a s tie n e n v a lo r, y a q u e m u e str a n la e s c a ­
la d e v a lo r e s q u e in t e n ta se r v ir d e d ir e c c ió n a la r ea lid a d ; si n e m b a r g o , la s h e r r a m ie n ta s d e
a n á lis is s o n , e n e s e c a s o , d ife r e n te s.
7 9 . V é a s e S . A s s a f , “B e e i z o a r e tz n itja b e r S e fe r J u q u e i T o r á ” , H a t z o f e h L e j o k h m a t
I s r a e l , 8 , 1 9 2 4 , p á g s . 1 1 9 - 1 2 1 , y la r e a c c ió n d e D in u r , B i k o r e t . A s s a f ( M e s a f r u t h a g u e o n i m ,
p á g . 4 , n o ta 1 0 ) p r o p u so a c la ra r e s t e te m a p o n ié n d o lo so b r e e l tr a sf o n d o d e l lu to p o r la d e s ­
tr u c c ió n d e S ió n , a u n q u e to d a s la s e x p l ic a c io n e s p u e d e n m a n te n e r s e d e fo r m a in d e p e n d ie n -
 Los comienzos de la cabala en Provenza 77

i.i rilo , lo m o en c o n sid e ra c ió n los sig u ie n te s fa c to re s :80 a) c o n c u e rd a

• mi la d e sc rip c ió n d e R. B e n ja m ín de T u d e la ;81 b) se h a c e re fe re n c ia a
la e x p re sió n “c o stu m b re s d e los d e F ra n c ia ” ;82 c) h a y en él u n a a u se n -
■ m de c o n c o rd a n c ia g e n e ra l c o n lo q u e se d e s p re n d e d el S e fe r J a s id im
• n i u a n to al a m b ie n te d e l e stu d io d e la T o rá en la v id a rea l, tal c o m o
m uestra el p ro p io K a n a rfo g e l; d) el lib ro c o n c u e rd a ta n to c o n el am -
liiru te e sp iritu a l g e n e ra l en P ro v e n z a c o m o co n el ju d ío ;83 e) un arg u -
ilíenlo d e fin itiv o es, en m i o p in ió n , la e x is te n c ia d e la c o s tu m b re d e n o
j'ii.irdar lu to p o r el p rim o g é n ito “ y a q ue el p rim o g é n ito e s de D io s ” 84
que R. A h a ró n H a k o h e n , a u to r d e O rjo t J a im , m e n c io n a en n o m b re d e
I' A sh er d e L u n e l. R . A h a ró n a g re g a o tro a rg u m e n to q u e e n c o n tró en
lo1, lib ro s d e los a u to re s c e rc a n o s a su p ro p ia é p o c a: “ q u e e llo s so n c o ­
mo si no fu e ra n de los p a d re s p o rq u e e stá n [c o n js a g ra d o s a D io s ” .85 E n
mi o p in ió n , si la m en c ió n d e la c o stu m b re d e c o n s a g ra r a los p rim o g é -
uilos fuera e x p re sió n d e un d e se o u tó p ic o del au to r, n o se ría ló g ic o q u e
h u b iera e je rc id o u n a in flu e n c ia tan fu e rte en las c o s tu m b re s re la c io n a -
«l.is co n el d u e lo . E l lu g a r d o n d e se p ra c tic a b a n c o s tu m b re s lu c tu o sa s
Iiiii e x c e p c io n a le s p a re c e ser, p u e s, el m ism o en c u y a v id a fu e ro n ta m ­
bién n o to ria s las c a ra c te rís tic a s q u e p ro d u je ro n el lib ro J u q u e i Torá. L a
i o n c o rd a n c ia de ideas c o n A s q u e n a z , q u e c o n ra z ó n s e ñ a ló K a n a rfo -
j'cI, p u e d e n re fle ja r las c o s tu m b re s d e e x tre m a p ie d a d , q u e e ra n , al p a-
irc e r, c o m u n e s a los se g u id o re s d e la d o c trin a e s o té ric a en P ro v e n z a y

U ih id ., M e k o r o t , p a ite 1, p á g s. 6 - 1 6 . S c h o le m ( R e s h i t h c i Q a b a l a h , p á g s . 8 5 - 8 6 ) d e s t a c ó la
i o n c o r d a n c ia e n tr e la s d e s c r ip c io n e s q u e e l lib r o h a c e d e l tip o d e v id a q u e s e lle v a b a , y las
di lo s p r im e r o s c a b a lis ta s d e P r o v e n z a ; v é a s e ta m b ié n B e n e d ik t, M e r k a z h a T o r á , p á g . 17.
8 0 . E l p r o p io K a n a r fo g e l r e c o n o c ió la e x is t e n c ia d e e s t o s a r g u m e n t o s y le s a g r e g ó un
■ o m e n ta r io a Lodos e x c e p t o al ú lt im o . M i a n á lisi s e s t á c o n st r u id o ta m b ié n so b r e la b a s e d e l
u y o , p e ro m i e v a lu a c ió n e s d istin ta .
8 1 . D in u r su b r a y ó m u c h o e s t a c ir c u n s ta n c ia ( B i k o r e t ) c o n r a z ó n .
8 2 . C o m o e s b ie n sa b id o , un a p o d o a d s c r ito al n o m b r e e s p r u e b a d e e x ta n j e r ía ; p o r e s o ,
i •. m u y p o s ib le q u e l o s p r o c e d e n te s d e l su r d e F r a n c ia (la “P r o v in c ia ”), a d ju d ic a r a n a lo s
del n o r te , tal c o m o e s c o st u m b r e , e l e p ít e to : “lo s d e F r a n c ia ” . Y a D in u r lo p u s o d e r e lie v e ,
Ibid cm .
8 3 . T al c o m o s e ñ a ló S c h o le m ta n to e n su e s tu d io so b r e l o s c á ta r o s c o m o so b r e lo s c a ­
b a lista s ( S c h o l e m , R e s h i t Q a b a l a h , p á g s . 8 5 - 8 6 ) .
8 4 . S e f e r H a m i n h a g o t , p á g . 1 8 0 , p á r ra fo 2 3 .
8 5 . V é a s e O r j o t J a im d e R . A h a r ó n H a k o h e n d e L u n e l ( L e y e s a c e r c a d e l q u e e s t á e n
d u e lo 7 0 , p á r r a fo 1).
78 Havivah Pedayah

en A sq u e n a z , v a ria n d o en c a d a re g ió n seg ú n su id io s in c ra s ia y c a ­
rácter.
E l q u e y a R . A h a ró n H a k o h e n de L u n e l e x p lic a ra lo q u e e sc rib e R.
A s h e r d e L u n e l, a u to r d e S e fe r H a m in h a g o t, c o n re s p e c to a la c o s tu m ­
b re d e n o h a c e r d u e lo p o r los p rim o g é n ito s c o m o a lg o q u e n o le re s u l­
ta b a fa m ilia r, m ie n tra s q u e p a ra R. A sh e r se h a b ía tra ta d o de u n a p r á c ­
tic a c o m o c u a lq u ie r o tra, q u iz á p u e d a c o n s id e ra rs e p ru e b a d e q u e la
c o s tu m b re q u e h a b ía en L u n e l d e c o n s a g ra r a los p rim o g é n ito s al e s tu ­
d io d e la T o rá e s tu v o v ig e n te d u ra n te un tie m p o re la tiv a m e n te c o rto .86
E n c u a lq u ie r c a so , e se p e río d o c o n c u e rd a c o n la é p o c a d e los p rim e ro s
c a b a lis ta s d e P ro v e n z a , q u e es lo q u e a q u í n o s im p o rta .
C o n ta m o s , p u e s, c o n m o tiv o s só lid o s su fic ie n te s p a ra to m a r en
c o n s id e ra c ió n m i p ro p u e s ta d e e x a m in a r n u e v a m e n te la a fim a c ió n d e
q u e el lib ro J u q u e i Torá re fle ja en v e rd a d la situ a c ió n en el s u r d e F r a n ­
c ia e n la é p o c a en q u e e je rc ie ro n su a c tiv id a d los p rim e ro s c a b a lis ta s .87
A c o n tin u a c ió n , in te n ta ré m o stra r las c o n c o rd a n c ia s q u e su rg e n d e e sa
d e s c rip c ió n , en la m e d id a en q u e e sta ú ltim a se a c ie rta .

El beit midrash y el Templo según Sefer Juquei Torá

J u q u e i Torá d e s c rib e u na re a lid a d e x iste n c ia l en la q u e el c a rá c te r

del b e it m id r a s h p rin c ip a l e ra tal, q u e un n ú m e ro d e p e rso n a s d e d ic a ­
d a s al e s tu d io d e la T o rá fu e ro n e le g id a s, se le c c io n a d a s y c a lific a d a s de
“ s e p a ra d o s ” (d e la v id a p ro fa n a ) o “n a z a re n o s ” d e sd e la in fa n c ia , c o n
el fin d e c o n s a g ra rs e a un p ro g ra m a d e e stu d io s e x ig e n te y u n a s p a u ­
tas d e c o n d u c ta q u e los o b lig a b a a n o sa lir del b e it m id r a s h y v iv ir d ía
y n o c h e in m e rso s en el e s tu d io d e la Torá.
S e g ú n a firm a el lib ro m e n c io n a d o : “ ‘S e p a ra d o s ’ so n los a lu m n o s
c o n s a g ra d o s al e stu d io , y en el id io m a d e la M is h n á se les lla m a ‘fari-

8 6 . R . A h a r ó n H a k o h e n d e L u n e l e je r c ió su a c tiv id a d a f in a le s d e l s i g l o x m y c o m ie n ­
z o s d e l x i v (s o b r e to d o e n N a r b o n a ); R . A s h e r d e L u n e l, a u tor d e S e f e r H a m i n h a g o t , p o r su
p a r te, t e r m in ó su lib r o , al p a r e c e r , e n tr e 1 2 1 0 y 1 2 1 5 .
8 7 . S c h o l e m , R e s h i t h a Q a b a l a h , p á g s . 8 5 - 8 7 , trata e s t e te m a p o n ié n d o lo so b r e e l tr a s­
f o n d o d e la s te n d e n c ia s e n la so c ie d a d c r istia n a y e l f e n ó m e n o c á ta r o ; v é a s e ta m b ié n Id e l,
E l i t o t , n o ta 2 .
 ■ xA * ' / r •
Los comienzos de la cabala en Provenza 1 79

.. 1111.: ‘s e p a ra d o s ’ o ‘a p a rta d o s ’] y en el id io m a d e la B ib lia ‘n a z a -

i. im . . lal c o m o e stá e scrito : ‘os p u rific a ré is y se ré is s a n to s ’ [lit.: ‘os
I mi ¡iréis y seréis s e p a ra d o s ’] ’ y el a le ja m ie n to [de lo s a su n to s m u n -
.l.iiii in | llev a a la p u re z a , tal c o m o e stá e sc rito : ‘p u rific a o s y sa n tifi-
i. i . " ,KS D el lib ro se d e s p re n d e q u e a los jó v e n e s c o n s a g ra d o s al e stu -
>1111 tlr la T o rá se lo s e le g ía d e sd e el m o m e n to m is m o d e l n a c im ie n to ;
li ilna in clu so c e re m o n ia s e sp e c ia le s d e stin a d a s a s o le m n iz a r e s ta c ir-
im i n icia .89 El m ism o te s tim o n io so b re las c e re m o n ia s , p a re c e c o n -
111 in.li tam b ié n q u e el lib ro d e sc rib e u n a re a lid a d y n o se tra ta ú n ic a -
11n ule d e e s c ritu ra u tó p ic a . S e g ú n u n a d e sus v e rsio n e s, al jo v e n se le
im ponía la o lig a c ió n d e v iv ir a p a rta d o del m u n d o a p a rtir d e los 16
iiiii i'., a e sa e d a d , su p a d re lo lle v a b a al b e it m id r a s h d o n d e q u e d a b a re-
lindo d u ra n te sie te a ñ o s, en los c u a le s te rm in a b a un p ro g ra m a d e es-
Iililios e s ta b le c id o .90 L a a tm ó sfe ra g e n e ra l e n to rn o al b e it m id r a s h le
. M id ier e u na e s p e c ie d e a u ra del T e m p lo , ya q u e la c o n s a g ra c ió n d e los
|i «venes p a re c e n se g u ir las h u e lla s del m o d e lo s a c e rd o ta l a u n q u e só lo
• i en el te rre n o de la h e rm e n é u tic a y c o n s titu y e u n a e s p e c ie d e c o n -
iijn ació n al sa c e rd o c io : “L a p rim e ra ley p a ra los s a c e rd o te s y los lev i-
111■ . es se p a ra r u n o d e su s h ijo s y c o n sa g ra rlo al e s tu d io , in c lu so c u a n ­
do |to d a v ía ] e stá en el v ie n tre d e su m ad re , p o rq u e a sí lo o rd e n a n e n el
Ionio S in a í tal c o m o e s tá e scrito : ‘y son e n tre g a d o s , so n e n tre g a d o s
lío s’ es d e c ir, d e s d e el v ie n tre de su m ad re , y e s tá e sc rito : ‘e n se ñ a rá n
.i lucob tus p r e c e p to s ’ y los H ijo s d e Isra e l a s im is m o s e p a ra rá n [a uno]
d« e n tre su s h ijo s p o rq u e a sí lo a p a rtó J a c o b ” .91 L a s fu e n te s q u e se
m en cio n an c o m o p ru e b a y q u e te rm in a n a c u d ie n d o ta m b ié n a las na-
i i . k iones d e la T o rá (y n o só lo a sus p re c e p to s) re fle ja n la v o lu n ta d de
. p licar p o r q u é las ley es re la tiv a s a c o n s a g ra r a u n h ijo al e s tu d io re-
««leu a s im is m o so b re el p u e b lo e n te ro d e Isra e l y n o só lo so b re las fa ­
m ilias sa c e rd o ta le s. E n un m u n d o tal d e v a lo re s, la se p a ra c ió n sig n ifi-
• .i a is la m ie n to d el m u n d o d u ra n te sie te a ñ o s (c o m o m ín im o ) e n tre los
m uros d el b e it m id r a s h , u n a e sp e c ie d e e n c la u s tra m ie n to d e n tro del es-

K8. S e f e r J u q u e i T o r á (G u e d e m a n , H a T o r á v e h a j a i m , p á g s . 7 2 - 8 0 ) .
K'). S e g ú n u n a d e la s v e r s io n e s d e l S e f e r J u q u e i T o r á , in c lu s o la c e r e m o n ia d e c ir c u n -
. i .uní d e u n o d e e s t o s n iñ o s e ra e s p e c ia l.
9 0 . S e f e r J u q u e i T o r á (G u e d e m a n , H a T o r á v e h a j a i m , p á g . 8 0 ).
9 1 . Ib id ., p á g . 7 3 .
80 ▼ Havivah Pedayah

p a c ió d el sa b e n S e c re a u n a d ife re n c ia e n tre la “g e n te ” o “el p u e b lo ” y

los s e p a ra d o s, y se fo rta le c e el siste m a d e re la c io n e s e n tre el b e it m i-
d r a s h y el T e m p lo , y a q u e los q u e e stu d ia n la T o rá so n c o m o s a c e rd o ­
tes y le v ita s, y ta m b ié n la c o n sa g ra c ió n d e los p rim o g é n ito s re c u p e ra
su v ig e n c ia . L o s e stu d ia n te s n o se c o m p a ra n só lo c o n los sa c e rd o te s,
sin o ta m b ié n c o n los sa crificio s.
A p e s a r d e la o s c u rid a d q u e e n v u e lv e al lib ro , c a b e p re g u n ta rs e si
v ie n e a a g re g a r a lg o e s e n c ia l p a ra e n te n d e r el a m b ie n te q u e p re v a le c ía
en P r o v e n z a d u ra n te la é p o c a q u e e sta m o s tra ta n d o y v ic e v e rsa , es d e ­
cir, si lo q u e sa b e m o s d e P ro v e n z a en e ste p e río d o a rro ja a lg u n a lu z s o ­
b re e s ta o b ra. H a s ta a h o ra h e m o s h a b la d o del S e fe r J u q u e i Torá en sí
m ism o . A h o ra p a s a re m o s a p re g u n ta rn o s q u é p u e d e a p o rta r a n u e stro
c o n o c im ie n to so b re los p rim e ro s c a b alista s.
C o m o es b ien sa b id o , G e rsh o m S c h o lem h izo m u c h o h in c a p ié en la
im p o rta n c ia q u e tie n e n las c o n e x io n e s e n tre el S e fe r J u q u e i Torá y la a t­
m ó sfe ra e se n c ia l re in a n te p a ra e n te n d e r a los p rim e ro s c a b a lista s. S e
p u e d e a firm a r q u e S c h o le m n o d ife re n c ió e n tre el a m b ie n te q u e m u e s ­
tra el lib ro so b re la v id a ra b ín ic a g en eral y la d e los c írc u lo s c a b a lís ti­
cos en p a rtic u la r; lo c o n sid e ró tam b ié n m u y c e rc a n o a los m éto d o s e s p i­
ritu a le s d e la so c ie d a d c ristia n a .92 E n este c o n te x to , u tiliz ó el c o n c e p to
c la v e d e “ v id a c o n te m p la tiv a ” refirié n d o lo tan to a los p rim e ro s c a b a lis ­
tas c o m o al s e n tid o d el S e fe r J u q u e i Torá. E s ta fó rm u la im p lic a , p o r s u ­
p u e sto , a p re c ia c io n e s e x a g e ra d a s q u e fu e rz a n la re a lid a d p re se n ta n d o
u n a s itu a c ió n re lig io so -so c ia l d e m a sia d o u n ifo rm e .93 M o s h é Idel c riti­
c ó e sta d e sc rip c ió n c a lific á n d o la d e c o rre sp o n d e r a la d e u n a é lite s o ­
c ia l,94 en el m a rc o d e u n a p re se n tac ió n c o m p re h e n siv a q u e d e sc rib e la
c á b a ia c o m o lig a d a a u na é lite a lte rn a tiv a , c o n c e p to c o n el q u e Idel se
re fiere a los c a b a lista s q u e no e ra n e x p e rto s en h a la já . L a d e sc rip c ió n

9 2 . G e r s h o m S c h o l e m e Y itz ja k B a e r se e sf o r z a r o n e n d ist in ta s o c a s i o n e s e n a c la r a r la
im a g e n d e l j c i s i d j u d ío p o n ié n d o lo e n r e la c ió n c o n la s fo r m a s d e p ie d a d c r ist ia n a s . P o r o tra
p ar te , B a e r s o s t u v o q u e e l j a s i d i s m o te n ía u n a c o n t in u id a d in tern a. M a r c u s (e n s e c u e n c ia
d ia lé c t ic a c o n e l e n f o q u e d e B a e r ) y S h a fe r s o s t ie n e n q u e e x is t e u n a c o n tin u id a d e n tr e e l j a -
s i d a s k e n a z í y e l j a s i d p r im it iv o ; v é a s e ta m b ié n la c r ít ic a d e T a -S h m a ( “ H a la ja h , Q a b a la h
v e f il o s o f i a b e S e fa r a d h a n o tz r it ” , S h e n a to n H a m i s h p c i t H a i v r i , 1 8 - 1 9 , 1 9 9 1 - 1 9 9 3 ) al lib r o d e
B aer.
9 3 . V é a s e a e s t e r e s p e c t o la c r ít ic a d e M . Id e l, “ K a b b a la h a n d E lit e s in T h ir te e n th -C e n -
tur y S p a in ” , M e d i t e r r a n e a n H i s t o r i c a l R e v i e w , 9 , 1, 1 9 9 4 , p á g s . 6 -7 .
9 4 . T a m b ié n n ie g a q u e e l S e f e r J u q u e i T o r á te n g a r e la c ió n c o n la z o n a d e P r o v e n z a .
 Los comienzos de la cabala en Provenza 81

•Ir Idel p re se n ta un e sq u e m a c o m p re h e n siv o q u e, e n m u c h o s c a so s, es,

df '.de lu eg o , c ie rto ;95 p o r m i p a rte , sin e m b a rg o , p re s e n ta ré el te m a ce n -
ii,indolo e s p e c ífic a y d e ta lla d a m e n te en las e ta p a s y la d ia lé c tic a del
.ni )1,i m ie n to d e la c á b a la en P ro v e n z a , c o n te x tu a liz á n d o lo en u n a p re-
( nlació n g e n e ra l del m u n d o del b e it m id ra sh .
En m i o p in ió n , es a c e rta d a la tesis q u e a firm a q u e e x iste u n a rela-
• ion e n tre el S e fe r J u q u e i Torá y la situ a c ió n en q u e se e n c o n tra b a n los
in ¡m eros c a b a lista s. A c o n tin u a c ió n tra ta ré d e d e s a rro lla r m i a n á lisis d e
nu evo so b re e s te tem a , h a c ie n d o h in c a p ié en la n a tu ra le z a d el m u n d o
del b e it m id r a sh en sí m ism o c o m o p ro d u c to q u e e m e rg e d e fa c to re s
m iem os in m a n e n te s en la v id a re lig io sa ju d ía ; tra ta ré ta m b ié n su s rela -
t iones c o n el m u n d o de los c a b a lista s d e fo rm a m ás c o m p le ja q u e la
•|iie su g ie re la d e fin ic ió n d e “ v id a c o n te m p la tiv a ” a trib u id a p o r S c h o -
lem, y q u e g e n e ra p o r sí m is m a u na c e rc a n ía e x a g e ra d a e n tre el S e fe r
liK/uei Torá y la m ístic a ; p e ro ta m b ié n a n a liz a ré u n a p e rs p e c tiv a d is ­
lalia de l p la n te a m ie n to d e Id el q u e e sta b le c e u n a d ife re n c ia e n tre la
d e d ic a c ió n a la m ístic a p o r un lad o , y la L e y p o r el o tro . P a ra e llo , e s ­
tud iaré la e ta p a en q u e m ístic a y h a la já e sta b a n e n tre v e ra d a s, d e s p la ­
zand o el p u n to d e m ira del a n á lisis h a c ia el m u n d o d e la L ey, el
m id ra sh y la h o m ilía ra b ín ic a , tal c o m o se re fle ja ta n to en el m a te ria l
escrito c o m o e n el a m b ie n te e sp iritu a l del b e it m id r a sh .
El h e c h o d e q u e e n tre los p rim e ro s c a b a lista s so b re s a lie n te s u o tra s
p e rso n a lid a d e s lig a d a s a la d o c trin a e so té ric a a p a re z c a n en a lg u n a o c a ­
sión m ás b ie n ra ra 96 los e p íte to s d e “ n a z a re n o ” (R . I a ’aqov, el h e rm a ­
no d e R. A sh e r, a u to r del S e fe r H a m in h a g o t ), “el e s tric ta m e n te p ia d o ­
so” (e p íte to q u e se a d ju d ic a ta n to a R . Isa a c el C ie g o c o m o a R.
A b ra h a m b e n D a v id ) o “ el se p a ra d o ” (R . S h a lo m el h ijo d e R . M e sh u -
l;im d e L u n e l),97 p u e d e e x p lic a rs e d e la s ig u ie n te m an e ra: p o r u n lado,

9 5 . L a p o s ic i ó n d e Id el s e b a s a e n un e s q u e m a d e é lit e s a lt e r n a tiv a s y é lit e s p r in c ip a ­

les. E sta fo r m a d e p e r c ib ir e l p a p e l d e la s é lit e s la b a s a , e n o c a s i o n e s , e n su p e r c e p c ió n d e l
u p o d e c o n o c im i e n t o e s o té r ic o ; o tr a s v e c e s , e n d if e r e n c ia c io n e s g e n e r a le s so b r e la c á b a la
sin r e la c ió n c o n u n e n to r n o s o c i o r e li g i o s o c o n c r e to y, a v e c e s , s e g ú n e l c r ite r io d e su r e la ­
c ió n c o n la H a l a j á .
9 6 . L o q u e Id e l s o s t ie n e e s q u e S c h o le m “c o n s t r u y ó ” un e s tr a to s o c ia l b a s á n d o s e en
'e p ít e t o s q u e s e a d ju d ic a r o n a p e r so n a lid a d e s in d iv id u a le s.
9 7 . S o b r e la a d ju d ic a c ió n d e e p íte to s d e e st e tip o e n el n o r te d e F r a n c ia , v é a s e G r o s -
m an , J a k h m e i T z a r f a t , p á g s . 8 3 - 8 4 c o n r e s p e c to a R . M e n a je m y a su h ijo ; v é a s e ta m b ié n I.
M . T a - S h m a , “ A l k a m a in ia n e i M a jz o r V itr y ” , A l e i S e f e r , 11, 1 9 8 4 , p á g . 8 3 , n o ta 5 a . U n a m ­
 82 T Havivah Pedayah

es m u y p o s ib le q u e m u c h a s o tra s p e rso n a s d e d ic a d a s al e s tu d io d e la
T o rá en el b e it m id r a s h re c ib ie ra n el m ism o e p íte to , só lo q u e n o nos
son c o n o c id o s p o iq u e se tra ta b a d e e stu d io so s ju d ío s “ c o rrie n te s ” , de
los q u e ú n ic a m e n te c o n o c e m o s a los c a b a lista s. P o r o tro lad o , e sto s
“p o c o s ” so n la in m e n s a m a y o ría d e las p e rso n a lid a d e s q u e n o s so n c o ­
n o c id a s h istó ric a m e n te en el te rre n o d e la c á b a la , el T a lm u d y la f ilo ­
so fía en la P ro v e n z a d e la é p o c a (R . A b a d , R. A b ra h a m ben D a v id , R i-
san, R. I a ’a q o v b en S h a u l d e L u n e l, R. A s h e r b e n S h a u l d e L u n e l, R.
S h a lo m y R. A s h e r ben R. S h a lo m ); a e llo s se a p lic a n los e p íte to s de
n a z a re n o , s e p a ra d o o e s tric ta m e n te p ia d o s o ...98 E llo re su lta m u y s ig ­
n ific a tiv o .
L a o b ra J u q u e i Torá p re te n d e c re a r u n a c o n tin u id a d e n tre el c o n ­
c e p to d el a is la m ie n to o se p a ra c ió n d e los a su n to s m u n d a n o s y el s ig n i­
fic a d o d e e se m is m o c o n c e p to en la M ish n á . E l c o n c e p to d e “s e p a r a ­
c ió n ” q u e el lib ro p ro p o n e se p re se n ta lig a d o a u n a fin a lid a d . E s u n a
“ se p a ra c ió n p a r a . . . ” y n o u n a “ se p a ra c ió n d e . . . ” .99 S e tra ta d e un a le ­
ja m ie n to q u e tie n e c o m o o b je to lle v a r u n a v id a d e T o rá, u n a se p a ra c ió n
p a ra u n a fin a lid a d . T a m b ié n el n a z ire a to se a su m e co n el fin d e e s tu ­
d ia r T o rá, y n o p o r la p rá c tic a de la a b stin e n c ia c o n v e rtid a en fin en sí
m is m a .100

p lio e s t u d io d e la s r e la c io n e s e n tr e e l a is la m ie n t o d e lo s a su n to s m u n d a n o s e n A s q u e n a z y
e n e l n o r te d e F r a n c ia e n E . K a n a r fo g e l, P e e r i n g T h r o u g h th e L a t t i c e s : M y s t i c a l , M a g i c a l ,
a n d P i e t i s t i c D i m e n s i o n s in t h e T o s a f i s t P e r i o d , D e tr o it , 2 0 0 0 , p á g s . 3 3 - 9 2 .
9 8 . E l e p ít e t o d e p ia d o s o ( j a s i d ) e s t á m u c h o m á s e x t e n d id o q u e lo s d e n a z a r e n o y s e ­
p a r a d o , y a p a r e c e a p lic a d o a un n ú m e r o m u c h o m a y o r d e p e r so n a lid a d e s ; p o r e j e m p lo , R .
A s h e r d e L u n e l ( S e f e r H a m i n h a g o t , p á g s. 1 6 9 , 1 7 3 ) lla m a ta m b ié n a s í a R . I o s e f ib n P la t.
L o s d e n a z a r e n o y se p a r a d o s e a p lic a n a m b o s r e p e t id a m e n te a p e r s o n a lid a d e s d e L u n e l y,
e n lo q u e r e s p e c t a a la s o b r a s e sc r ita s, c o n c u e r d a n c o n lo s q u e a p a r e c e n e n J u q u e i T o r á .
T a m b ié n e l t e s t im o n io q u e m a n tie n e q u e n o h a y q u e g u a r d a r d u e lo p o r lo s p r im o g é n it o s
p r o v ie n e d e L u n e l.
9 9 . E l a m p lio tr a ta m ie n to y la c a n t id a d e x tra o r d in a r ia d e e j e m p lo s q u e a p o r ta K a n a r ­
f o g e l e n su ú ltim o lib r o ( M y s t i c a l , M a g i c a l , a n d P i e t i s t i c D i m e n s i o n s , p á g . 3 3 - 9 2 ) fo r ta le ­
c e la im p r e s ió n d e q u e lo s c o n c e p t o s d e se p a r a c ió n y a b s te n c ió n e st á n v in c u la d o s .
1 0 0 . E n J u q u e i T o r á a p a r e c e e l c o n c e p t o d e “ s e p a r a d o s” c o m o a d je tiv o , d e la m is m a
fo r m a e n q u e s e a p lic a a p e r so n a je s c o n o c id o s d e P r o v e n z a , m ie n tr a s q u e e n A s q u e n a z a p a ­
r e c e e l c o n c e p t o “s e p a r a c ió n ” y n o e l a d je tiv o “s e p a r a d o ” . A g r a d e z c o e s ta o b s e r v a c ió n al
p r o fe so r H . S o lo v e it c h ik .
 ''■ r IW
Los comienzos de la cabala en Provenza 83

l.r.idismo

M e o c u p a ré a h o ra del té rm in o “e stric ta m e n te p ia d o s o ” (ja s id ). L a s

iij iu as lig a d a s a los c o m ie n z o s d e la c á b a la re c ib e n el e p íte to de “es-
n n m ín en te p ia d o s o ” . E n P ro v e n z a e n c o n tra m o s los d e “ e s tric ta m e n te
Iii.uloso” , “ s e p a ra d o ” , “ n a z a re n o ” o “ p ro fe ta ” , a p lic a d o s a p e rs o n a líd a -
.1. \ y a d irig e n te s, m ie n tra s q u e en A sq u e n a z se h a b la en g e n e ra l d e un
i Hipo d e ja s id im (a p e sa r d e q u e, en o c a sio n e s, d ic h o s e p íte to s a p a re -
i «-ti a p lic a d o s a in d iv id u o s), y a se tra te d e un g ru p o e s c o g id o d e n tro d e
una c o m u n id a d m ás g ra n d e o de to d a u n a c o m u n id a d . L a u tiliz a c ió n
di esto s e p íte to s c o n c u e rd a c o n el h e c h o d e q u e el S e fe r J a s id im es u n a
ulna en la q u e hay, a un tie m p o , h u e lla s d e p e rs o n a je s in d iv id u a le s y
■ u m u n ita rio s,101 m ie n tra s q u e la c re a c ió n e s c rita en P ro v e n z a e stá li-
l'nila n o rm a lm e n te a p e rs o n a je s in d iv id u a le s c o n c re to s.
El e p íte to d e j a s i d (“ e stric ta m e n te p ia d o s o ” ) a p a re c e en d istin to s
pe ríodos h istó ric o s. Si se p u e d e d e sc rib ir la h isto ria d e la re lig ió n to ­
m a n d o c o m o c rite rio los p ro to tip o s re lig io so s c u y a tip o lo g ía p a re c e ir
a u m e n ta n d o p a u la tin a m e n te en d iv ersa s é p o c a s, ta le s c o m o lo s de p ro ­
lela, sa c e rd o te ; o p ro fe ta , sa c e rd o te y e ru d ito ; o p ro fe ta , sa c e rd o te , e ru -
dilo y sa n to , en e se c a so n o h ay d u d a d e q u e u n o de los m o d e lo s d e s-
m eados q u e se a g re g a ro n en el p e río d o d e los S a b io s y q u e c o n s titu y e
un p ro to tip o es el de ja s id .
L o s p ro to tip o s re lig io so s p o se e n te x to s y re g la s d e c o m p o rta m ie n ­
to e sp e c ia le s y e so s te x to s, en el tra n sc u rso h istó ric o d e la v id a re lig io -
sa, c o n s titu y e n u n p o lo h a c ia el cu al se d irig e la c o n c ie n c ia re lig io sa ,
a n clad a to d a v ía en el s e g u n d o p o lo d e su tie m p o y lu g a r y de los p rin ­
cip io s y n e c e s id a d e s de la relig ió n . L o s q u e a sp ira n a lle v a r u n a v id a

1 0 1. E st o c o n c u e r d a ta m b ié n c o n la c o m p a r a c ió n q u e s e h a c e e n A s q u e n a z d e la c o ­
le c tiv id a d to m a d a e n su c o n j u n to c o n e l T e m p lo , d e sc r ip ta p o r II. S o l o v e it c h i k ( H a l a j á , k a l -
k a la h v e d i m u i a t z m i : h a m a s h k a n a u t b i m e i h a b e i n a i m , J e r u sa le m , 1 9 8 5 , p á g s . 1 1 1 -1 1 2 ) p or
un la d o y, p o r e l o tr o , c o n la in te n sid a d d e la c o n c ie n c ia in d iv id u a l c o m o T e m p lo q u e e n ­
c o n t r a m o s e n l o s c a b a lis ta s r e la c io n a d o s c o n P r o v e n z a . I. G . M a r c u s ( “Q u id u sh h a S h e m
b c A s h k e n a z v e s ip u r R a b i A m n o n m iM a g u n tz a ” , e n Y. G a fn i, A . R a v itz k y [ c o m p s .] , Q u e -
i h i s h a t h a j a i m v e j i r u f h a n e f e s h : q o v e t z m a ’a m a r i m l e z i k h j m s h e l A m i r Y e q u ti e l, J e r u sa le m ,
1 9 9 3 , p á g . 1 3 9 ) p r e se n t ó u n m o d e lo d e d o s tip o lo g ía s : e l j u s t o ju d ío y la m u e r te d e lo s s a n ­
io s. L a d if e r e n c ia e n tr e la s c o m u n id a d e s p r o v e n z a l y a s k e n a z í e s tr ib a e n q u e la p r im e ra
a d o p ta u n m o d e lo d e j a s i d e s t u d io s o d e la T or á c o n si d e r a d o in d iv id u a lm e n t e y la s e g u n d a ,
el ilc u n a c o m u n id a d d e j a s i d i m .
 84 Havivah Pedayah

p ia d o sa , re p ite n la e n se ñ a n z a ja s íd ic a c o n te n id a en las p a la b ra s d e R.
P in ja s b en Iair:

Y así decía R. Pinjas ben Iair: La diligencia lleva a la lim pieza; la lim ­
pieza llev a a la pureza; la pureza lleva a la santidad; la santidad lleva
a la h u m ild ad ; la hum ildad lleva al tem or del pecado; el tem o r del pe­
cad o lleva a la piedad; la piedad lleva a la inspiración divina; la in sp i­
ración d iv in a lleva a la resu rrecció n de los m uertos; la resu rrecció n de
los m uertos lleva a[l profetal Elias de b en d ita m em oria. La d ilig en cia
lleva a la lim p ie za tal com o está escrito: “C uando haya term in ado la
e x p ia c ió n ” la lim pieza lleva a la pureza tal com o está escrito: “y el sa ­
cerd o te h ará ex p iació n por ella, que así será p u rificad a” ; la p ureza lle ­
va a la san tid ad tal com o está escrito: “y se p u rificará y se santificará;
la san tid ad lleva a la hum ildad tal com o está escrito: “ porqu e así dice
el A ltísim o que habita la eternid ad, cuyo N o m b re es sagrado. C o n m i­
go habita aquel que es de espíritu contrito y h u m ild e ” ; la h u m ildad lle­
va al tem o r del pecado tal com o está escrito: “ la h u m ildad y fd]el te­
m o r de D io s” ; el tem o r del pecado lleva a la piedad tal com o está
escrito: “la m iserico rd ia del E tern o es desde la eternid ad h asta la e te r­
nidad para los q ue le tem e n ” ; la piedad lleva a la in sp iració n div in a tal
co m o está escrito : “Tú hablaste en visión a tus fie le s” ; la inspiración
d iv in a llev a a la resurrecció n de los m uertos tal co m o está escrito: “y
p o n d ré mi esp íritu en vosotro s y v iv iréis” ; la resu rrecció n de los m u er­
tos lleva a E lias de buena m em oria tal co m o está escrito : “c o m p re n ­
derás el tem o r del E tern o y hallarás el c o n o cim ie n to de D io s” (T alm ud
de Jeru sale m , Shecjalim , cap. 3, h a la jah 3).

H a y a lg u n o s e je s im p o rta n te s en los v a lo re s q u e rig e n el c o m p o r­

ta m ie n to d el e s tric ta m e n te p ia d o so q u e ya los S a b io s c o n s id e ra ro n b á ­
sic o s: so n los q u e v an lig a d o s a la v id a re lig io s a tal c o m o se m a n ifie s ­
ta en a c to s, e n u n a o b s e rv a n c ia e x ig e n te q u e v a m ás a llá de la le tra d e
la ley y en un c o m p o rta m ie n to q u e re sa lta la im p o rta n c ia d e los p re ­
c e p to s .102 T a n to d e los re la c io n a d o s e s p e c ia lm e n te c o n el c u e rp o , tal

102. G . B e n - A m i S a r fa ti, “J a s id im v e a n s h e i m a a se h v e h a n e v iim h a r is h o n im ” , T a r b i z ,

2 6 , 1 9 5 6 , p á g s. 1 2 6 -1 5 1 .
 \r% r
Los comienzos de la cabala en Provenza 85

■ i im se m a n ifie sta en el e sta d o d e p u re z a o im p u re z a d e la p e rso n a o

n . I i n n siim o d e a lim e n to s ,103 c o m o los re la c io n a d o s c o n el e je h o m -
Im.'/I )ios, tal c o m o se p ro d u c e p o r m e d io d e la o ra c ió n , so b re to d o d e
m u o ra c ió n e sp e c ia lm e n te fe rv o ro sa q u e in c lu y e la se n sa c ió n d e reci-
I o i una re sp u e sta en el h e c h o m ism o d e p ro n u n c ia rla ; d e a q u í ta m b ié n
d e sp re n d e la re la c ió n e n tre ja s id is m o e in sp ira c ió n d iv in a , p ie d a d y
|u i d e c ía .104
I n el m u n d o d e los S a b io s, e ste fe n ó m e n o p u e d e a n a liz a rs e s itu á n ­
dolo n i el c o n te x to de las te n d e n c ia s id e o ló g ic a s y d e las m u ta c io n e s
ln \io tie a s d e la é p o c a .105 F iló so fo s, m o ra lista s, in ic ia d o s en la d o c tri-
iu i .o lérica y c a b a lista s p o n e n el p rin c ip io d e la p ie d a d ja s íd ic a en el
■ i nlro d e su m u n d o . A u n q u e m u c h o s d e e llo s se v in c u la n a e sa co n -
diit la d e e stric ta p ie d a d , h ay q u e a n a liz a r a c a d a g ru p o p o r sí m is m o y
■ n irn d e r cu ál es la te n d e n c ia e se n c ia l d e e se tip o re lig io s o d e te rm in a ­
do y d ó n d e y en q u é v ien e n a a g re g á rse le los v a lo re s y las fo rm a s es-
Iniitn ales p ro p ia s d e la é p o c a.
I lay un tip o d e in v e s tig a c ió n q u e d e sta c a el v ín c u lo e n tre el ja s i-
diMiio de l sig lo x ii y las te n d e n c ia s g e n e ra le s d e la so c ie d a d c ristia n a .
<Mías e s ta b le c e n u n a c o n tin u id a d h istó ric a d ire c ta e n tre el p ia d o s o p r i­
m itivo y el ja s id is m o m ed ie v a l d e la tra d ic ió n e re tz -is ra e lí d e lo s p ri­
m eros p ia d o s o s .106 O tra s e sc la re c e n y d e fin e n el ja s id is m o b a sá n d o se
i ii un e stu d io p ro fu n d o de las se c u e n c ia s d e c o n tin u id a d q u e se d a n en
tus e sc rito s y d e la c o n c ie n c ia re lig io sa q u e r e f le ja n .107
N o e n tra ré a q u í en la c u e stió n d e la e x is te n c ia o in e x is te n c ia d e u na
i mili u n id a d d e fin id a en ta n to vía de tra n s m is ió n d ire c ta . A c a m b io , m e

103. V é a n s e S a fr a i, B i e i n e i h a B a i t , p á g s . 5 0 1 - 5 3 9 ; S c h a f e r , “T h e Id e a l o f P ie t y ” , d o n -
•(< se r e fie r e a e s t e te m a e n e l c o n t e x t o d e la r e la c ió n e n tr e l o s j a s i d i m d e A s q u e n a z c o n lo s
i 11 n o s r e la t iv o s a la M e r k a b á a p e sa r d e q u e n o h a c e r e fe r e n c ia a l o s S a b io s .
1 04 . C o r n o R . J a n in a b e n D o s a . V é a n s e B e n - A m i T z a r fa ti, J a s id im - , S a fr a i, B i e m e i h a ­
l l a n . p á g s. 5 1 3 - 5 1 5 , 5 2 0 - 5 2 3 ; S . N a e h “ B o r e h N iv S e fa ta im : P e r e q b a f e n o m e n o lo g u ia sh e l
ir lila h al pi m is h n a t B r a k h o t” , T a r b iz , 6 3 , 1 9 9 4 , p á g s. 1 8 5 - 2 1 8 .
1 05 . I. B a e r, I s r a e l b a ' a m i m , J e r u sa le m , 1 9 5 5 , p á g s. 2 6 - 5 7 ; S a fr a i, ib id ., p á g s . 5 1 7 ,
V 0 -5 2 3 .
1 06 . M a r c u s , Q u id u s h h a S h e m , p á g s . 1 3 0 - 1 3 1 ; ib id ., P i e t y a n d S o c i e t y ; B a e r , I s r a e l
b ii ' a m i m , p á g s . 2 6 - 5 7 ; S c h a fe r , “T h e Id e a l o f P ie t y ” , p á g s. 9 - 1 0 .
1 07 . H . S o l o v e it c h i k , “T h r e e E le m e n t s in S e f e r H a s id im ” , A J S R R e v i e w , 1, 1 9 7 6 , p á g s.
111 3 5 7 , d e s c r ib ió al j a s i d c o m o a lg u ie n q u e a n h e la e n te n d e r y c u m p lir la v o lu n ta d d e D io s .
 86 Havivah Pedayah

c e n tra ré en e x p lo ra r en q u é c o n te x to s los p rim e ro s S a b io s de P ro v e n ­

za tra e n a c o la c ió n las e n s e ñ a n z a s ja s íd ic a s . L a p re g u n ta q u e se p la n ­
te a es m u y se n c illa : e sto s p o c o s in d iv id u o s, a lo s q u e su g e n e ra c ió n
c o n firió el e p íte to d e “ e s tric ta m e n te p ia d o s o s ” , ¿en q u é c o n te x to s u ti­
liz a ro n e llo s m is m o s la n o c ió n d e e stric ta m e n te p ia d o so o d e p ie d a d ja -
síd ic a ? In c lu s o a u n q u e n o se p u e d a lle g a r a d e m o s tra r n a d a el in te n ta r
d a r u n a re s p u e s ta s u p o n e u n a a p o rta c ió n p a ra e n te n d e r el a su n to m e jo r
y d e fo m a m ás c o n c re ta . E n el p re fa c io del S e fe r H a e sh k o l, R.
A b ra h a m A v B e it D in se c ita la e n se ñ a n z a d e R. P in ja s b e n Iair. L o h a ­
ce se g ú n la v e rsió n d el T a lm u d d e Je ru sa le m , p e ro en u n c o n te x to q u e
tra ta d e las le y e s so b re el h o m b re im p u rific a d o p o r u n a d e s c a rg a s e m i­
nal s e g ú n el T a lm u d de B a b ilo n ia y c o m o in tro d u c c ió n a su o b r a .108 A
e llo se re fie re R . A b ra h a m ben D a v id en el ú ltim o c a p ítu lo d e su lib ro
B a ’a le i H a n e fe s h , “ S h a ’ar H a q u e d u s h a h ” :

Y e m p ezaré ex p lican d o cuáles son estas dos [form as de] santid ad que
se citan en este versículo [“y os santificaréis y seréis sa n to s”]. En ese
caso , lo que dijeron en la b e r a ita : R. Pinjas ben Iair dice la pureza lle ­
va a la santid ad. E x p lic aré qu é es pureza y qué es santidad, y de ello
sabrás qué son las dos [form as de] santid ad [ ...] porque aquel que se
separa de los co n tacto s y dem ás im purezas sem ejan tes a ellos, ese só ­
lo recib e el nom bre de puro tal com o está escrito “y se bañará en el
ag u a para q u ed ar p u ro ” ; pero aquel que se separa de las tran sg resio ­
nes y de las p ro h ib icio n es recibe el nom bre de puro y santo, puro c o ­
m o h em o s d ich o y santo tal co m o está escrito en la secció n [de la Torá
que trata] de las uniones sexu ales prohibidas: “os sa n tificaréis y seréis
sa n to s” . Y no sólo eso, sino que las dem ás im purezas no incluyen
im pureza del pensam iento, sino las im purezas [pro ducid as por] las
tran sg resio n es y las prohib icio nes; al igual que hay que sep ararse del
co n ten id o de las tran sg resio n es, de la m ism a m anera tien e que d e s­
pren d erse de sus p en sam ien to s [es decir] que no e n treten g a p en sa­
m ientos sobre la transgresión en su corazón [ ...] y esa es la segunda
san tid ad de que el versículo nos advierte: “y os san tificaréis por vues-

108. T a lm u d d e J e r u sa le m , S h a b a t c a p . 1, H a l a j á 3 ; T a lm u d d e B a b ilo n ia , A v o d á Z a r a
2 0 :B ; S e f e r H a e s h k o l , “ H a la jo t B a ’a le i K e r i” , p á g . 1.
 ll\
Los comienzos de la cábala en Provenza

iros actos y seréis santos en vuestros p en sam ien to s” . Pu es m ira si no,

lo que está escrito al final de las E scrituras, “ po rq u e Yo soy santo. C o ­
mo soy Yo santo en m is actos y en mi pensam iento, así seréis vosotros
san to s” . A sí has aprendido que el ser hum ano no recib e el nom bre de
santo h a sta qu e se san tifiq u e por m edio de sus obras y de sus p en sa­
m ie n to s.109

C u a n d o R. A b ra h a m b e n D a v id c o n c lu y e su lib ro escrib e:

Y tú, hom bre, pon atenció n a todas estas cosas y m ira sus virtudes y
escu ch a con tus oídos y abre tus ojos y ve la im agen de tu C reador,
quien está delante de ti en fren te tuyo; y m ira que Él está en los cielos
y tú en la tierra y g uárd ate de toda cosa m ala. Se ap rende en una be-
m ita : “y g u árd ate de toda cosa m ala” , que no tenga el hom bre m alos
pensam ientos duran te el día y se im purifique d u ran te la noche y [a
prop ósito] de esto dijo R. Pinjas ben Iair [que] la piedad lleva a la d i­
lig e n c ia .110

El c o n te x to tra d ic io n a l c lá sic o d e la c ita d e R . A b ra h a m A v B e it

Din so b re los p rin c ip io s de la c o n d u c ta ja s íd ic a , va lig a d o , sig u ie n d o
con e llo los p a so s del T a lm u d de B a b ilo n ia , al c u id a d o d e n o im p u rifi-
carse c o n u n a p o lu c ió n se m in a l n o c tu rn a , p e ro n o a p a re c e c o m o c ita
in d ep e n d ie n te sin o en el c o n te x to d e u n a d isc u s ió n h a lá jic a m ás a m p lia
de e ste a su n to . L a im p o rta n c ia q u e R. A b ra h a m A v B e it D in c o n fie re
.il le m a q u e d a p a te n te en el h e c h o d e q u e lo m e n c io n a en la in tro d u c ­
ción d el S e fe r H a e s h k o l ',111 R. A b ra h a m ben D a v id , p o r su p a rte , lo a m ­
plía p a ra h a c e rle c o m p re n d e r la sa n tid a d en a c to s y p e n s a m ie n to s en la
rela ció n e n tre m a rid o y m u je r. T e n e m o s v a rio s te s tim o n io s de e sta s le ­
yes c o m p re n d id o s so b re to d o e n o tro g ru p o d e lib ro s q u e e stá ju s ta ­
m ente re la c io n a d o co n el m u n d o del b e it m id r a s h y su c o m p a ra c ió n
con el T e m p lo . E n el lib ro J u q u e i Torcí, el p á rra fo 3 dice:

1 0 9. B a ’a l e i h a n e f e s h , p á g s . 1 1 2 -1 1 3 .
110. I b ic L p á g . 12 8.
111. A l p a r e c e r r e la c io n á n d o lo c o n la n o c h e c o m o t ie m p o q u e p r e c e d e al a m a n e c e r y
;il s e r v ic io al C r e a d o r q u e s e in ic ia c o n e l la v a d o ritual d e la s m a n o s y la o r a c ió n .
 88 Hovivah Pedayah

Y tam bién ord en aro n a los que están al frente de las acad em ias rabí-
nicas que no hagan un beit m id ra sh en su casa sino ú n icam ente en ca­
sas de los apartados [de los asuntos del m undo], no sea que se e n cu en ­
tren sie m p re entre sus m ujeres. Y que estén a llí todo s los días de la
sem ana. Y, en la noche de S habat, [que] vuelvan a sus casas y se ale­
gren con sus m ujeres y con las perso nas de su casa. Y a la salida del
Sh abat, [que] vue lv an a las casas de los apartados y que ten gan vesti­
duras de recam bio una [para] que la vistan en sus casas y la otra para
h acer el serv icio divin o en el b e it m idrash. Y todo esto no vaya a ser
q ue se d estru y an con el acto sexual y se im p urifiq uen con una p o lu ­
ción sem inal ya q ue su deseo es decir palabras de Tora en [estado de]
p u re z a .112
.
A d e m á s d e c ita r y m e n c io n a r la d o c trin a ja s íd ic a , R a b i A b ra h a m
A v B e it D in u tiliz a el c o n c e p to d e “e stric ta m e n te p ia d o s o ” (ja s id) en
o tro s c o n te x to s ; to d o s e llo s se a p o y a n , sin e m b a rg o , en m e n c io n e s a n ­
te rio re s y n o p o d e m o s e x tra e r n in g u n a c o n c lu sió n s o b re a lg ú n fe n ó m e ­
no re lig io s o c o n c re to .
C o m o y a d ijim o s, el te m a q u e e sta m o s tra ta n d o es el d e un m o d e ­
lo -tip o re lig io s o q u e sirv e d e re fe re n c ia a la c o n c ie n c ia re lig io sa ; p o r
lo ta n to , h a y q u e a n a liz a r la rela ció n q u e se da e n tre las e x p re s io n e s
c o n c re ta s y p ro p ia s d e la é p o c a c o n re sp e c to al fe n ó m e n o d e la e x tre ­
m a p ie d a d ( ja s id u t ) p o r un lado, y la d o c trin a ja s íd ic a p o r el o tro .
N o s re fe rire m o s a h o ra a la re la c ió n e x iste n te e n tre p ied a d e x tre m a
e “ in sp ira c ió n d iv in a ” (R u a j H a q o d e s h ). E se v ín c u lo , q u e se s e ñ a la en
la d o c trin a ja s íd ic a , se p o n e d e re lie v e en los lib ro s d e filo s o fía d el p e ­
río d o c o m o H a e m u n a h H a r a m a h d e R. A b ra h a m ibn D a u d y K u z a r i d e
R. Y eh u d á H a le v i. T a m b ié n a p a re c e en los tra ta d o s d e m o ra l p o s te rio ­
res a la é p o c a d e la q u e no s o c u p a m o s, y c u y a p ro c e d e n c ia es p o sib le
q u e se a p r o v e n z a l.113
R. A b ra h a m b e n D a v id n o u tiliz a la e x p re sió n “ in sp ira c ió n d iv in a ”
en su s e n tid o lig a d o a la re v e la c ió n m ístic a , s in o al c o n tra rio . S u f o r ­
m a d e re fe rirs e a la in sp ira c ió n d iv in a q u e se m a n ifie s ta en el b e it m i-

1 1 2 . G u e d e m a n , H a T o r á v e h c ij a im , p á g . 1 2 8 .
113. V é a s e J. W o lf, “ M a ta i n itja b e r S e f e r O r j o t T z a d i q i m ?” , K i r y c i t S e fe r , 6 4 , 1 9 9 2 -
1994, p ágs. 3 2 1 -3 2 2 .
 Los comienzos de la cabala en Provenza 89

h. r.li nos p ro p o rc io n a in fo rm a c ió n so b re el c o n ta c to e n tre d o s e sfe ra s

.!• i n n o c im ie n to en el b e it m id r a s h , ju s ta m e n te p o rq u e re su lta c la ro
inc mi a c titu d a n te el te m a n o es m ística, sin o q u e e stá re la c io n a d a c o n
I i in d io y la c o m p re n sió n d e lo q u e en él se e n se ñ a . A c o n tin u a c ió n ,
ilu n ía R. A b ra h a m b e n D a v id : “ y el lu g ar no s lo a trib u y e ro n d el C ie-
ln , es d ecir, en lo q u e se re fie re a la Ley, R . A b ra h a m b en D a v id se
un ícnta c o m o q u ie n e sc rib e en un á m b ito en el q u e sig u e p e rg e ñ a n d o
nuevos c o m e n ta rio s, a llí d o n d e le p ro p o rc io n a n u n lu g a r d o n d e re c lu ir-
• y no d o n d e tra n s m itir lo q u e y a e x iste. L a e x p re s ió n “ in sp ira c ió n d i-
lna” va lig a d a a q u í ju s ta m e n te a la n o c ió n d e n o v e lla o in n o v a c ió n en
ii \r n tid o h a lá jic o y n o p u e d e v in c u la rse de h e c h o a la d o c trin a e so té -
iii ,i, q u e va lig a d a al c o n c e p to de tra d ic ió n en u n se n tid o c o n s e rv a d o r
i m n o . 114 C o m o la in sp ira c ió n d iv in a e stá v in c u la d a a las n o v e lla e en
. I terren o d e la L ey, lo e stá ta m b ié n , c o n se c u e n te m e n te , a la n o c ió n d e
/•■ a m id ra sh y d e c o n g re g a c ió n d e los q u e e stu d ia n T o rá y su p o se sió n
i (im p artid a d el fru to d e las e lu c u b ra c io n e s q u e e n él se lle v a n a ca b o .
Ln m i o p in ió n , el tra s fo n d o del c o n c e p to “ in sp ira c ió n d iv in a ” 115
i. ii la m e d id a en q u e n o su rja e x p líc ita m e n te d e l c o n te x to te x tu a l de
I r, c u e stio n e s d e q u e se tra te ), se d e sp re n d e en g e n e ra l del v ín c u lo
i n iilex tu al q u e lo r o d e a .116 L o q u e es m ás, en lo q u e re s p e c ta al a n á li-
r; d e la in sp ira c ió n d iv in a hay q u e d ife re n c ia r e n tre d o s c u e stio n e s:
i orno d e fin ir la “ in sp ira c ió n d iv in a ” y c ó m o lle g a r a ella. P a re c e ría ser
(|iie hay u n a c u e rd o m ás a m p lio en lo re la tiv o a la fo rm a d e c o n s e g u ir­
la q u e en lo re fe re n te al sig n ific a d o m ism o d e la e x p re sió n . E l c a m in o ,

114 . D e s d e to d o p u n to d e v ista , d a la im p r e s ió n d e q u e , e n lo q u e r e s p e c ta a la c o n c e p -
, ion c o n s e r v a d o r a d e la c ú b a la c o m o tr a d ic ió n e so té r ic a , h a y q u e e s t a b le c e r u n p a r a le lism o
i n iic R . A b r a h a m b e n D a v id y N a jm á n id e s . S o b r e la c o n c e p c ió n c o n se r v a d o r a d e la trad i-
i Ióm e s o t é r ic a d e N a jm á n id e s , v é a s e Id e l, W e H a v e N o K a b b a l i s t i c .
115. V é a s e A . J. H e s c h e l, “ A l ruaj h a q o d e sh b im e i h a b e in a im (a d z m a n o s h e l h a R a m -
I u n ) ”, S e f e r h a i o v e l l i k h v o d A l e x a n d e r M a r x , N u e v a Y o r k , c .1 9 5 0 , p á g s . 1 8 5 - 2 0 8 , q u e si-
l'ur s ie n d o u n e s t u d io fu n d a m e n ta l d e l te m a . T o d a v ía se e c h a d e m e n o s u n a in v e s t ig a c ió n
q u e c la s if iq u e la s fo r m a s q u e fu e t o m a n d o e l c o n c e p t o y s u s v í n c u l o s c o n d is t in to s s is t e m a s
v las d o c tr in a s e n la E d a d M e d ia c o m o n o c ió n d e im p o r t a n c ia t e o ló g ic a .
116. E s te c o n c e p t o a d q u ie r e , e n to d o si s te m a f i lo s ó f ic o y r e l i g io s o o d o c t r in a m o r a l,
un s ig n if ic a d o q u e e s tá r e la c io n a d o c o n e l s is te m a e n e l q u e s e in se r ta . A m e n u d o , lo q u e
lo d o s e s o s s i g n i f i c a d o s tie n e n e n c o m ú n e s e l a c e n to q u e s e p o n e e n la im p o r ta n c ia d e m e -
|oi ar la s c u a lid a d e s m o r a le s c o m o fo r m a d e lle g a r a c o n s e g u ir lo . H a y e j e m p lo s d e s ta c a d o s
i ii e l S e f e r H a e m u n á H a r a m á ( s e g u n d a p ar te , p r in c ip io q u in to ). C o m p á r e s e c o n R . Y e h u d á
1 lu lc v i, K u z a r i (d is c u r s o 5 , p ar te 12 ).
 90 Havivah Pedayoh

p a ra un a m p lio n ú m e ro de h a la jista s de la é p o c a , ya fu e ra n in ic ia d o s
en las e n s e ñ a n z a s e so té ric a s o in c lin a d o s a la filo so fía , e ra la d o c trin a
m o ral.
N o s ó lo fig u ra s q u e n o so tro s d e fin im o s c o m o c a b a lis ta s 117 o in i­
c ia d o s en los s e c re to s e s o té r ic o s 118 a sp ira b a n a se r “e s tric ta m e n te p ia ­
d o s o s ” ( ja s id im ), s in o ta m b ié n p e rso n a lid a d e s en c u y o fu e ro in te rn o el
id eal d e in m e rsió n en la T o rá ib a m e z c la d o c o n u n a c o n s a g ra c ió n d e la
vida. E s im p o rta n te e n te n d e r e sa idea, q u e d e sd e el p u n to d e v ista r e ­
lig io so c o n s titu y e la b a se d e la situ a c ió n d e h e c h o , p a ra p e n e tra r en el
a m b ie n te d e la é p o c a .119
C o m o y a a p u n ta m o s , h ay q u e d istin g u ir e n tre la d e fin ic ió n d e “ in s ­
p ira c ió n d iv in a ” y el c ó m o lle g a r a ella. S e tra ta d e d o s c u e stio n e s d is ­
tin ta s a u n q u e c o m p le m e n ta ria s . R. A b ra h a m b en D a v id no d ic e “ r e s i­
d ió so b re m í o s o b re m is h ijo s la in sp ira c ió n d iv in a ” , “ a s í se m e re v e ló
d e sd e el C ie lo ” o “ la in sp ira c ió n d iv in a se re v e ló en m i c a s a ” , sino: “ ya
se m a n ife stó la in sp ira c ió n d iv in a en n u e stro b e it m id r a s h h a c e u n o s
c u a n to s a ñ o s ” ( H a s a g o t L e m is h n e h T o rá , H a la jo t lu la v , c a p ítu lo 8
5 :5). C a b e p re g u n ta rs e cu ál es la n a tu ra le z a d e la re la c ió n e n tre la in s ­
p ira c ió n d iv in a y el b e it m id r a sh q u e se d e s p re n d e d e e sta s p a la b ra s.
U n b e it m id r a s h b a s a d o en a c titu d e s d e se p a ra c ió n d e los a su n to s
m u n d a n o s, p ie d a d e s tric ta y fo rm a d e e s tu d io tal c o m o d e sc rib im o s
m ás a rrib a , un b e it m id r a s h c o m o e s ta b le c im ie n to q u e a g lu tin a el e s tu ­
d io de un g ru p o , c o n s titu y e un á m b ito a p ro p ia d o p a ra q u e se m a n ifie s ­
te la in sp ira c ió n d iv in a y la m ise ric o rd ia d iv in a re s id a en la m e n te h u ­
m an a. L a in sp ira c ió n d iv in a es d isc e rn im ie n to y u n a e s p e c ie d e
in sp ira c ió n q u e so s tie n e el p ro c e so d e la p o n d e ra c ió n y el e s tu d io in te ­
lec tu al; p e ro q u iz á q u e p a su p o n e r q u e la e s p e ra n z a d e q u e la in sp ira -

1 1 7 . V é a s e u n t e s t im o n io in t e r e sa n te e n lo s R e s p o n s o , d e R . A b r a h a m A v B e it D in (p á g .
1 6 4 , p arte 2 1 1 ) ; v é a s e ta m b ié n T a -S h m a , R o b e i n u Z e r a j i a h H a L e v i , p á g . 5 7 .
1 1 8 . P ara un a n á lis is a m p lio d e la c o n c o m it a n c ia e n tr e ritual y o r a c ió n y e n tr e m a g ia
y m ís t ic a , v é a s e K a n a r fo g e l, ib id ., p á g s . 9 3 - 1 8 8 .
1 1 9. V é a s e B a e r , I s r a e l b e a m i m , p á g s. 2 6 - 5 7 ; id e m , T o l e d o t h a i e h u d i m b e S e f a r a d h a -
n o t z r i t , T el A v iv , 1 9 6 5 , p á g s . 2 - 9 . E s p o s ib le q u e , al to m a r e n c o n s id e r a c ió n e l c o n c e p t o d e
j a s i d e n la é p o c a d e l o s S a b io s , h a y a q u e su b r ay a r e n lo s c o m ie n z o s d e la c á b a la la d if e r e n ­
c ia e n la r e la c ió n s o c i o r e li g i o s a e n tr e la s fo r m a s d e v id a c o n c r e ta s d e l j a s i d i s m o y d e l b e i t
m i d r a s h . E s t o , c o m o c o n t r a p o s ic ió n a la d e s c r ip c ió n d e l j a s i d p r im it iv o c o m o a q u e l q u e “ s e
q u e d a u n p o c o d e la d o y n o e s e str ic ta m e n te id e n tific a b le c o n lo s S a b i o s ” (S a fr a i, B i e m e i
h a B a it, pág. 5 3 6 y 5 1 6 -5 1 9 , 5 3 7 -5 2 9 ).
 y i
Los comienzos de Ja cávala en Provenza 91 r* i

h ni d iv in a d e sc ie n d a so b re la m e n te h u m a n a v a lig a d a a to d a s las for-

m,r. (pie p ro p o rc io n a n fu n d a m e n to y b a se a la e s e n c ia del b e it m id ra sh .
I ii el b e it m id r a s h c o n flu y e ro n d o s e sfe ra s d e l sab er: a b ie rto y el
..... lio. Id a b ie rto e sta b a d irig id o a las in n o v a c io n e s e n m a te ria leg a l y
I oí tillo, a la tra d ic ió n e so té ric a . S eg ú n R. A b ra h a m b en D a v id , sin
mi mi go , es ju s ta m e n te la c o m p re n s ió n d e la in n o v a c ió n leg al p o r p ar-
i. del in te le c to h u m a n o , lo q u e c o n stitu y e la e x p re s ió n d e la in sp ira-
i ii m d iv in a.
N o p o d e m o s e x te n d e rn o s en la c u e stió n d e c u á l fu e, p a ra R.
A bialuim b en D a v id , la a p o rta c ió n del c o n c e p to de in sp ira c ió n d iv in a
. ii la e sfe ra d e c o n o c im ie n to o c u lto (d o c trin a e s o té ric a ) a la d e l co n o -
. lím enlo a b ie rto (e stu d io d e la L e y ) si es q u e h u b o tal a p o rta c ió n ; p ero ,
il m enos, p o d e m o s d e te n e rn o s en el c a so d e R. Isa a c el C ie g o c u y o s
i m ieeptos en el te rre n o del c o n o c im ie n to a b ie rto fu e ro n a p re c ia b le s en
l,i fo rm a ció n d e l m u n d o d e v a lo re s del o c u lto , q u e, a su vez, ta m b ié n
nli ¡ó la in flu e n c ia c o n s ta n te d e siste m a s d e c o n o c im ie n to y a e x iste n -
i. . o n u ev o s, le g a le s o filo só fic o s. E s p o sib le , p o r lo ta n to , q u e p o d a ­
m os c o n s id e ra r ta m b ié n la c e n tra lid a d del c o n c e p to “ in sp ira c ió n d iv i-
ii, i" de c ie rto s c a b a lis ta s p r o v e n z a le s 120 s o b re el tra s fo n d o d e su
posición en el m u n d o del p ia d o so e stric to (ja s id ) c o m o c o n c o rd a n te
. mi un a fo rm a d e c o n c e b ir la m o ra l y los p rin c ip io s v ita le s, a sí c o m o
ob re el tra sfo n d o d e la p o sic ió n q u e o c u p a el á m b ito d e la L e y c o m o
r \p r e s ió n d e la m is e ric o rd ia d e un D io s q u e se m a n ifie s ta en el p ro c e -
I) ile la e s p e c u la c ió n ra c io n a l.
O tro e je d el ja s id is m o es el q u e v a lig a d o a la p ie d a d y la o rac ió n .
I ,i s ig u ie n te d e sc rip c ió n d e R. A sh e r b en D a v id se re fie re , al p a recer,
,i K. Isaac el C ieg o : “ L o s e s c la re c id o s de Isra e l q u e a n h e la n a D io s, los
d ev o to s d el S u p re m o q u e c la m a n y h a c en v a c ila r los a b ism o s a n te to-
<l.i a n g u stia d e su s s e m e ja n te s y d e se a n a su C re a d o r y a y u n a n ; a q u e ­
llos c u y a s p le g a ria s so n a c e p ta d a s y c u á n to s m ila g ro s o b ra ro n p o r su

1 20 . V é a s e H . P e d a y a h , “ A ju z im b e d ib u r ” , T a r b i z , 6 5 , 1 9 9 6 , p á g s. 5 7 0 - 5 7 3 , d o n d e se
di '.laca c ó m o R . E z ra , R . A z r ie l y R . A s h e r b e n D a v id , d is c íp u lo s d e R . Isa a c e l C ie g o , p o -
.i ian la tr a d ic ió n d e q u e la o r a c ió n d e l o s j a s i d i m p r im it iv o s te n ía p o r o b j e t iv o c o n s e g u ir la
In sp ir ac ió n d iv in a e n f o r m a d e r e v e la c ió n tan to e n e l c o r a z ó n c o m o e n la b o c a d e l q u e re-
/n , v é a n s e t a m b ié n (ib id ., p á g . 5 8 5 ) la s d e s c r ip c io n e s d e R . E z r a y R . A z r ie l q u e a firm a n
q u e la m e n t e a trae a la in sp ir a c ió n d iv in a h a c ia e l a lm a .
92 Havh ,i)h Redayah

m a n o ta n to al in d iv id u o c o m o a los m u c h o s ” .121 L a d e s c rip c ió n q u e R.

A s h e r h a c e d e R. Isa a c el C ie g o se b a sa en la d e R . Ja n in a b e n D o sa ,
el p ia d o s o c u y a p le g a ria e ra a te n d id a c u a n d o e sta b a en su b o c a c o m o
si fu e ra u n a e s p e c ie d e p ro fe c ía . R. E z ra y R. A z rie l, d isc íp u lo s d e R.
Isa a c , al d e s c rib ir la o ra c ió n q u e a sp ira a la p ro fe c ía , se a p o y a n e n la
d e s c rip c ió n d e lo s p rim e ro s p ia d o so s (ja s id im ) en un te x to q u e tie n e
c la ro s fu n d a m e n to s en la e n se ñ a n z a d e su m ae stro .
El ú ltim o e je rele v a n te q ue hay q ue e x a m in a r es la d e la ética. P o r un
lado, tan to en R. A b ra h a m Av B e it D in c o m o en R. A b ra h a m ben D av id ,
e n c o n tram o s u n a b a se clara p ara la ap licació n de los c o n c ep to s d e a isla ­
m ien to san to y p u rez a en los co n tex to s de las leyes co n c ern ie n te s a la
p o lu ció n sem in al y a la relación sexual. D el S e fe r J u q u e i Torá se d e sp re n ­
de tam b ié n una o rien tació n sem ejante, au n q u e en él se a g re g a al c o n c e p ­
to de sep aració n del m u n d o y c o n fin a m ie n to en el b e it m id ra sh . E l tem a
está, p o r o tro lado, v in cu la d o a los tratad o s m orales: R. A b rah am b en D a ­
vid p idió a R. Ie h u d á ibn Tibon q u e trad u jera p ara él los n u ev e c a p ítu lo s
restan te s d e D e b ere s d e lo s c o r a z o n e s , d e sp u és de q u e R. Ieh u d á tra d u je ­
ra p ara R. M e sh u la m el ca p ítu lo so b re la U n id ad d e D io s .122 El n o v e n o
cap ítu lo del libro trata d e la ab stin en cia d e los asu n to s m u n d an o s. D ic h a
ab stin e n cia in clu y e el so m e tim ie n to d e los apetito s, el a isla m ien to y el a s­
c etism o , q u e c o n d u c e n a u na c o n sid eració n m uy c rític a del m u n d o .123
T am bién se tra d u jero n p a ra los e ru d ito s de P ro v e n za las o b ras T ikun M i-
d o t H a n e fe s h y M iv ja r H a p en in im . El m o d elo q u e se atien e a esta m oral
e stric ta d e b a se su fí y n e o p la tó n ic a recib e el n o m b re d e “e stric tam e n te
p iad o so ” . L a d ific u ltad d e aislar u no de los co m p o n e n tes c u a n d o d e ja si-
d ism o se trata, está, al parecer, e sen c ialm en te lig ad a al c a rá c te r del b e it
m id ra sh en tan to q u e e n c ru c ija d a religio sa y espiritual.
L o s a sce tas y n a z a re n o s, cu y a im a g e n se p e rfila c o n ta n ta n itid e z en
la d e sc rip c ió n d e R . B e n ja m ín de T u d ela, no v iv ía n u n a v id a p u ra m e n ­
te “c o n te m p la tiv a ” 124 en el e stric to se n tid o m ístic o d e la p a la b ra. D el li-

1 2 1 . A b r a h a m s, R . A s h e r b e n D a v i d , p á g . 1 2 0 . T a m b ié n l o s t e s t im o n io s s o b r e é l q u e
m e n c io n a R . M e n a je m R e c a n a ti, h a b la n d e l j a s i d e n té r m in o s t r a d ic io n a le s; v é a n s e la s p a ­
la b r a s d e R . M e n a je m R e c a n a ti (p e r ic o p ia K i T e tz e h , 5 1 , p á g . 3 ).
1 22 . J o v o t h a le v a v o t, pág . 163.
1 2 3 . Ib id ., p á g . 5 5 3 .
1 2 4 . S e g ú n e l té r m in o u tiliz a d o p o r S c h o le m , R e s h i t h a Q a b a l a h , p á g . 8 6 .
 l\ ' r r \

Los comienzos de ^ cávala en Provenza

l'i.i lin /iw i Torá se d e sp re n d e c la ram e n te q u e el c a m in o d e la m oral y,

mi' m is d istin ta s facetas, el del ja s id is m o sirv iero n d e base a su c o n sa -
i un ion al e stu d io de los tex to s sag rad o s en el se n tid o n o rm a tiv o . E n la
..... na iv lig io so -so cia l a la q u e resp o n d ía n , el c o n te n id o del e stu d io es-
i i . I.iia y e n fá tic a m e n te d e fin id o . R. B e n ja m ín d e T u d e la, q u e d e scrib e
I aislam ien to de los a su n to s m u n d an o s en el q u e v iv ía R. A sh e r y d ice
a rl q ue está “ e n tre g a d o al (e stu d io del) L ib ro (d e la T orá) n o c h e y día,
■ allig e y n o c o m e c a rn e ” , 125 lo d e scrib e tam b ié n c o m o “ un g ran sab io
im I T a lm u d ” . C a b e su p o n e r q u e R. A sh e r c o n o c ía tam b ié n sistem as f i­
losóficos y tra d icio n e s e s o té ric a s.126 E n e ste u n iv e rso , el d e la L e y y el
beit m id r a sh , q u e p e rm itió a sim ism o el su rg im ie n to d e un p e n sa m ie n to
.1. c a rá c te r filo s ó fic o ,127 irru m p ie ro n los c o m ie n z o s d e la d o c trin a eso -
ii i ira en P ro v e n za . P o d e m o s c o n sid e ra r q u e la v id a p o ste rio r, d istin ta y
i' l.ilivam ene n u e v a de la cáb ala , fo rm ó p a rte in te g ral h a sta su d e s p re n ­
dim iento d el c o n ju n to e sp iritu a l y del d e b a te re lig io so q u e c a ra c te riz a -
mu a los p rim e ro s e ru d ito s d e P ro v e n za ; o, p o r d e c irlo d e fo rm a m ás
i o n iu n d en te, fue un d e sg a ja m ie n to del c irc u ito d e c o n o c im ie n to in te m o
ile aquel a m p lio c írc u lo q u e lo ro d ea b a y a p a rtir d el cu al se d e sarro lló .

11 Templo en la conciencia de los primeros cabalistas

Lo s p rim e ro s c a b a lis ta s, d isc íp u lo s de R. Isa a c el C ie g o , d e v e la ro n

Iíi d o c trin a e so té ric a q u e g ira b a en to rn o al T e m p lo en un u n iv e rs o q u e
len ía la id ea de l T e m p lo ta n to en su c o n d ic ió n d e e s tru c tu ra c o m o en
mi e se n c ia ; e llo s m ism o s d a n m u e stra s d e e s ta r im b u id o s d e la a u to -

1 2 5. V é a s e a s im is m o A s s a f , M e s a f r u t h a g u e o n i m : T e s h u v o t h a g u e o n i m v e s r i d i m m e -
u f r e i h a H a l a j á m i t o k h k i t v e i i a d s h e l h a “ G u e n i z á " u m e q o r o t a j e r i m , J e r u sa le m , 1 9 3 3 , p á g .
•I, n o ta 10.
1 26 . M . Id e l, “Q u e ta ‘iu n i le R a b i A s h e r b e n M e s h u la m m iL u n e l” , K i r y a t S e f e r , 4 ,
1 97 5 , p á g s . 1 4 9 - 1 5 3 ; id e m , S e r i d m i p e r u s h , p á g s . 7 9 - 8 8 .
127. V é a s e I. T w e r sk y , R o b a d o f P o s q u i é r e s , C a m b rid g e , M A , 1 9 6 2 . D e to d o e l lib ro se
d e sp re n d e la e x is te n c ia d e u n a b ib lio te c a rica en T alm u d , m i d r a s h , lib r o s d e c o st u m b r e s y h a la -
¡ií, y e x é g e s i s d e l m i d r a s h . E n lo q u e s e r e fier e al a sp e c to f i lo s ó f ic o , T w e r sk y d e sc r ib e c ó m o
■ U. A b ra h a m b e n D a v id n o se o p o n ía al e s tu d io d e m a ter ia s p r o fa n a s (ib id . p á g . 2 5 8 ) a sí c o m o
In a b u n d a n c ia d e e sc r ito s f ilo s ó f ic o s ju d ío s q u e p u d o c o te ja r (ib id ., p á g . 2 6 3 ) . S e ñ a la la e x a c ­
titud c o n q u e R . A b ra h am e m p le ó e s o s e sc r it o s (ib id ., p á g . 2 7 4 ) y su g ie r e q u e B a r J iya h y R .
A b rah am b e n D a v id e je r c ie r o n u n a in flu e n c ia so b re la c á b a la p r o v e n z a l (ib id . p á g . 2 5 9 ) .
 ñ a T '/O h '’p .dayah

c o n c ie n c ia d e e s ta r c u m p lie n d o u n a e s p e c ie d e ro l sa c e rd o ta l. A u n q u e
re s u lte d ifíc il c o n je tu ra r si R. E z ra y R. A zriel e s tu d ia ro n co n R . Isaac
el C ie g o en P ro v e n z a , la e n se ñ a n z a q u e e ste ú ltim o les tra n s m itió no
e stá d e s lig a d a d el c o n te x to en el q u e él m ism o se h a b ía fo rm a d o . El
q u e o b s e rv a d e sd e a fu e ra lo q u e su c e d e en G e ro n a en la é p o c a en q u e
se d e s e n c a d e n a la c o n tro v e rs ia e n to rn o a los e sc rito s d e M a im ó n id e s,
to d a v ía los p e rc ib e así. A e sto s c a b a lista s, q u e a un tie m p o lo e d ific a n
y sa n tific a n a D io s, d e s c rib e a lu siv a m e n te R. M e s h u la m d e P ie ra ,
el p o e ta c a b a lis ta q u e los c o n s id e ra c o m o s a c e rd o te s q u e ilu m in a n el
altar:

E z ra y A z rie l y los d e m á s q u e a m a n / el d isc e rn im ie n to y no

m in tie ro n
S o n s a c e rd o te s e llo s e ilu m in a n m i a lta r / S o n e stre lla s d e m i
a lm a y n o se han o sc u re c id o ;
E n tie n d e n d e lib ro s y d e e x p o n e r [su s c o n o c im ie n to s] en lib ro s /
se c u id a ro n d e c o n ta r lo p rin c ip a l;
C o n o c e n p ro fu n d a m e n te a D io s su C re a d o r p e ro / d e tu v ie ro n sus
p a la b ra s p o r m ie d o a la h e re jía .128

S u a c tiv id a d e sp iritu a l c o m o c a b a lista s h o m o lo g a d o s a sa c e rd o te s

e je rc ie n d o un m in is te rio q u e se e q u ip a ra a la s a n tific a c ió n del N o m b re
d e D io s y a u n a e x p ia c ió n p a re c e p ro v e n ir d e u n a c o n tin u id a d d e tra ­
d ic io n e s e s o té ric a s ju d ía s a n tig u a s. Tal c o n d ic ió n fo rta le c e la c e n tra -
lid ad d e las tra d ic io n e s s a c e rd o ta le s en las e n se ñ a n z a s e s o té ric a s ju d ía s
a n tig u a s 129 y en su in c o rp o ra c ió n a la c á b a la .130 Ju n to c o n e sto , n o h ay
q u e o lv id a r q u e el in te ré s q u e p re se n ta e sta im a g e n es to d a v ía m ás sig -

1 2 8 . Id e l, Q u e t a ‘iu n i , p á g s . 1 4 9 - 1 5 3 ; id e m , S e r i d m e p e r u s h , p á g s . 7 9 - 8 8 .
1 2 9 . I. G r u e n w a ld , “ M e q o m a n sh e l m a so r o t k o h a n io t b a ie tz ir a h sh e l h a m is tiq a sh e l
h a M e r k a v a h v e s h e l sh iu r q o m a h ” , e n 1. D a n (c o m p ) , D i v r e i h a k e n e s h a b e i n l e u m i h a r i s h o n
le to le d o t h a Q a b a la h : H a m is tiq a h a ie h u d it h a q u e d u m a h , M e j q a r e i le r u s h a la im B e m a js h e -
v e t I s r a e l , 6 , 1 9 8 6 , p á g s . 6 5 - 1 2 0 ; H im m e lf a r b , A s c e n t t o H e a v e n , p á g s . 2 9 - 7 1 ; R . E lio r ,
“ B e in h a h e ik h a l h a a r tz i le h e ik h a lo t h a s h a m a im : h a te fila h v e s h ir a t h a q o d e s h b e sa fr u t h a -
h e ik h a lo t v e z iq a ta n le m a s o r o t h a q u e sh u r o t la M iq d a sh ” , T a r b iz , 6 4 , 1 9 9 5 , p á g s . 3 4 1 - 3 8 0 .
1 3 0 . V é a s e ta m b ié n e l p a p e l c e n tr a l q u e d e se m p e ñ a n e n e l Z o h a r : Y. L ie b e s , “ H a -
m a sh ia j s h e l h a Z o h a r ” , e n H a r a ’a i o n h a m e s h i j i b e l s r a e l : I o m 'iu n l e r e g u e l m l e a t s h e m o -
n i m s h a n a h l e G u e r s h o n S c h o l e m , J e r u sa le m , 1 9 8 2 , p á g s. 1 9 1 - 1 9 7 .
F r« ¡ » ? '
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Los comienzos de la cójala en Provenza 95

niI ¡cativ o si te n e m o s en c u e n ta q u e n o s re fe rim o s a u n a é p o c a p ró x i-

m,i a a q u e lla en la q u e los ju d ío s d e A sq u e n a z y d e l n o rte d e F r a n c ia ,131
habían c o n s a g ra d o e sto s v a lo re s con su p ro p ia m u e rte . O tra fo rm a d e
i o n sid e ra r la c u e stió n c o n s is te en v e r la c á b a la c o m o d o c trin a q u e re ­
vela una a d e c u a c ió n a la id ea q u e c o n sid e ra el b e it m id r a s h c o m o T e m ­
plo y a los e stu d io s o s d e la T o rá c o m o s a c e rd o te s y v íc tim a s p ro p ic ia -
litrias. D e e s ta m a n e ra , se p u e d e c o n sta tar, p o r lo m e n o s, la e x iste n c ia
de un c irc u ito d e c o n o c im ie n to in te rn o n u trid o p o r la a tm ó s fe ra del cir-
i ii i lo d e c o n o c im ie n to e x o té ric o .

R. Abraham Av Beit Din, R. Abraham ben David

y R. Isaac el Ciego

C o m o y a h e m o s d ic h o , los p rim e ro s en p o n e r c o n c e p to s c a b a lís ti­

cos p o r e s c rito fu ero n R. A b ra h a m Av B e it D in y R. A b ra h a m b en D a ­
vid. R. S h e m T ov ibn G ao n , d isc íp u lo d e R . S h e lo m o b en A d re t, re c o ­
gió n u m e ro s a s tra d ic io n e s al c o m ie n z o d e su lib ro B aclei H a ’a ron ,
donde d ice:

El piadoso rabino el C iego, de bendita m em oria, lo ex p licó [el S e fe r

le tz ir á ] entero según lo recibió y R. A braham ben D avid, de bendita
m em oria, aludió a ello un poco en la exégesis al Talm ud cuando vio
[algún] lu g ar donde era necesario y no m ás y le b astó con el rabino,
su hijo, qu e era conocid o por su sabid uría en este asunto que [la] re­
cib ió de su boca; y el R. A braham , ju e z principal del tribunal rabíni-
co, de b en d ita m em oria, escribió únicam ente e n u n cia d o s y vi p u b lica­
das palabras excelentes [para] despertar con ellas a todo cab alista en
cu a lq u ier lugar en que se encuentre palabra de ello s en la B iblia y en
el T a lm u d .132

1 3 1 . L a i n v e s t ig a c ió n e n to r n o a la s a n t if ic a c ió n d e l N o m b r e d e D i o s e s a b u n d a n te y
c u b r e t o d o e l p e r ío d o ; v é a s e G r o ss m a n , Q u id u s h h a S h e m .
1 3 2 . B a d e i H a ’a r o n , p á g . 2 9 .
96 Hainvah Pedayah

A c o n tin u a c ió n h a ré un b re v e re p a s o de c a d a u n a d e e sta s fig u ra s

p o n ie n d o el a c e n to en lo s a sp e c to s b á sic o s q u e re su lte n re le v a n te s d e s ­
de el p u n to d e v ista d e su d o c trin a e s o té ric a .133

R. Abraham Av Beit Din

T a n to en su s responso, c o m o e n el S e fe r H a e s h k o l, R . A b ra h a m Av
B e it D in m e n c io n a a R . Ie h u d á d e B a rc e lo n a y su s o b ras, d e lo q u e se
d e s p re n d e q u e e n tre a m b a s p e rs o n a lid a d e s h a b ía u na e s tre c h a r e la ­
c ió n .134 L a m a y o r p a rte del S e fe r H a e s h k o l c o n s titu y e un re su m e n del
S e fe r H a ’itim , y c ita s d e R. Ie h u d á d e B a rc e lo n a ; en c ie rto s lu g a re s, re ­
su lta c la ro q u e R. A b ra h a m A v B e it D in a ñ a d ió a lg u n a s fra se s q u e in ­
c lu y e n a p re c ia c io n e s y o b s e rv a c io n e s p e rs o n a le s .135136P o r se r e s te el c a ­
so, es d ifíc il e v a lu a r el c a rá c te r d e su d o c trin a . C o n to d o , m e p a re c e
q u e se p u e d e a firm a r q u e la re la c ió n e n tre a m b o s lib ro s c o m p re n d e
ta m b ié n u n a a c e p ta c ió n e in c lu sió n d e id eas y e n s e ñ a n z a s h e rm é tic a s
c a ra c te rís tic a s d e R . Ie h u d á d e B a rc e lo n a p o r p a rte del e ru d ito p ro v e n -
zal. S e p u e d e n d e te c ta r a s im ism o re la c io n e s c o n la d o c trin a d e la g lo ­
ria ( k a v o d ) ,]?>6 y c o n las tra d ic io n e s so b re la o ra c ió n q u e a p a re c e n en
el S e fe r le tz ir á , tal c o m o o c u rre en e l c a so d e la re c ita c ió n p re c e p tiv a
del S h e m a ’. 137 R . A b ra h a m Av B e it D in , al ig u al q u e R . Ie h u d á d e B a r-

1 3 3 . D e s c r i p c i o n e s b ie n fu n d a d a s e im p o r ta n te s d e l q u e h a c e r h a lá j ic o d e e s t a s p e r s o ­
n a lid a d e s e n B e n e d ik t , M e r c a z H a T o r á , p a ss im ; T w e r sk y , R o b a d o f P o s q u i e r e s . T a - S h m a
e s c r ib e so b r e R . A b r a h a m A v B e it D in e n R a b e i n u Z e r a j i a h a L e v í , p á g s . 3 8 - 5 0 .
1 3 4 . S . A s s a f d e f i n i ó a R . Ie h u d á d e B a r c e lo n a c o m o m a e s tr o d e R . A b r a h a m A v B e it
D in ( A s s a f , S i f r a n s h e l r i s h o n i m t e s h u v o t v e p o s q u i m v e m i n h a g o t , J e r u s a le m , 1 9 3 5 , p á g s .
2 -3 ).
1 3 5 . V é a s e la in tr o d u c c ió n d e H . A lb e c k e n su e d ic ió n d e Is a a c M iN a r b o n a , S e f e r
H a e s h k o l , J e r u sa le m , 1 9 3 5 - 1 9 3 8 , p á g s. 3 1 - 3 3 .
1 3 6 . E n lo q u e r e s p e c t a a la s p r e sc r ip c io n e s r e fe r e n te s a la s fila c te r ia s, d ic e : “L e m o str ó
a M o is é s u n a e s p e c ie d e fo r m a s [d e fila c te r ia s] d e m a je sta d p ara in fo r m a r le d e q u e e s un p r e ­
c e p to a m a d o p o r e l S a n to , b e n d ito s e a ” (p á g . 2 2 3 ) . V é a s e S c h o le m , R e s h i t H a Q a b a l a h , p á g .
6 7 . S o b r e la D o c tr in a d e la G lo r ia v é a s e D a n , T o r a l H a s o d , p á g s. 1 0 4 - 1 7 0 . M á s so b r e la s f i ­
la c te r ia s e n e st e c o n t e x to e n P e d a y a h , “ H aR a m b a n : O t u m a j sh a v a h ” , L i m u d i m (e n p re n sa ).
1 3 7 . E n lo q u e r e s p e c t a a la r e c it a c ió n d e S h e r n a ’ I s r a ’e l, y al a la r g a m ie n to e n la p r o ­
n u n c ia c ió n d e l s o n id o “d ” [d e la letra d a l e t e n la p a la b r a e j a d , “ u n o ” , N . d e l T .] y a e n la
G u e m a r á e s t á e sc r ito q u e e l o b j e t iv o d e d ic h o a la r g a m ie n to e s p r o c la m a r la so b e r a n ía d e
D i o s a l o s c u a tr o v ie n t o s [e l v a lo r n u m é r ic o d e la letra d a l e t e s c u a tr o ] ('T B B e r a j o t , 1 3 :B ).
A e s t e r e s p e c to c it a a R . Jai G a o n q u e s o s t ie n e q u e h a y s e is v ie n to s e in c lu y e ta m b ié n e n tr e
 Los comienzos dt .áu-Ja en Provenza 97

■ lona, lla m a al S e fe r le tz ir á “L e y e s d e la C re a c ió n ” , se g ú n u n a e x p re -
!mu (|iie a p a re c e en la G u e m a rá .138 L a u tiliz a c ió n d e e s te n o m b re no
pi rím e le ú n ic a m e n te e s ta b le c e r u na id e n tific a c ió n d e l S e fe r le tz ir á co n
la lia se d e la G u e m a rá , sin o q u e tam b ié n c o n fie re a u to rid a d a la o b ra
al aii ¡h u irle el ra n g o d e fu n d a m e n to de las c o s tu m b re s p e rtin e n te s a la
■ a ai ion. C o n e llo , p o r su p u e sto , R. A b ra h a m A v B e it D in c o n tin ú a los
pasos d e su m ae stro . S a b e m o s, p o r o tra p a rte , q u e en su fa m ilia se si-
■ ii< e stu d ia n d o el S e fe r le tz ir á p u e sto q u e su n ie to Isa a c el C ie g o es el
i i.m m a e stro q u e lo e n s e ñ a a los c a b a lista s; p o r e s o im p o rta ta m b ié n
am in ar la c o n tin u id a d de la re la c ió n d e e sa fa m ilia y d e los m ie m -
hios d e su b e it m id r a s h c o n la o b ra. D ic h a c o n tin u id a d in c lu y e u n a e ta ­
pa te m p ra n a e n la q u e se p ro d u c e u na in te g ra c ió n n a tu ra l d e las id ea s
ilrl S e fe r le tz ir á en el te rre n o d e la h a la já ,139 lo q u e es im p o rta n te p a -
i a e n te n d e r las se c u e n c ia s q u e e x iste n e n tre h a la já y c ú b a la c o n el ob-
|eio de e v a lu a r el p e n s a m ie n to p ro to c a b a lístic o e n el s e n tid o a m p lio de
la palabra.
Id h e c h o de q u e el S e fe r H a e s h k o l re fle je las e n s e ñ a n z a s d e R .
f Imdá d e B a rc e lo n a n o s p e rm ite a sim ism o s o s te n e r q u e R. A b ra h a m
Av lle it D in , q u ie n sirv ió d e in te rm e d ia rio p a ra la re c e p c ió n en P ro -
venza de las d e c isio n e s h a lá jic a s d e R. Itz ja q A lf a s i,140 d e s e m p e ñ ó
tam bién e se p ap el en la re c e p c ió n d e la d o c trin a e s o té ric a d e e se m is ­
mo o rig e n se fa rd í q u e , a su vez, es d e c a rá c te r p ro to c a b a lístic o . E n c o n -
11.irnos a d e m á s en el S e fe r H a e s h k o l un fra g m e n to q u e p u e d e c o n sid e -
i .11 se un a g re g a d o del p ro p io R. A b ra h a m Av B e it D in .141 Si e sto es así,

las d is p o s ic io n e s in te n c io n a le s ( k a v a n o t ) q u e h a y q u e a p lic a r al p r o n u n c ia r la o r a c ió n , e l m o -
i lid ie n to q u e s e h a c e c o n la c a b e z a y l o s o j o s a e s a s d ir e c c io n e s m ie n tr a s s e a la r g a la p a la -
Ihii c ia d : “ P e r o R . Jai e sc r ib ió : h a y q u e p o n e r in te n c ió n e n e l m o v im ie n t o d e c a b e z a y v o l-
w i e l ro stro e n a lu sió n a lo s s e i s v ie n t o s y [a sí] r e c ib irá [e l y u g o d e l] r e in o d e lo s c ie l o s y
p o lín las m a n o s so b r e e l r o stro e x p lic a r o n lo s r a b in o s q u e [lo h a c e p ara q u e ] n o lo v ie r a su
d isc íp u lo c u a n d o h a c e r e p o sa r (! ) su s o jo s [e n d ir e c c ió n ] a t o d o s l o s v ie n t o s ” ( S e f e r H a e s h -
Ai>/. le y e s r e la tiv a s a la o r a c ió n y a la r e c ita c ió n d e l S h e m a ’, p á g . 14; v é a n s e la s n o ta s d e A l-
lirk al r e s p e c t o ). V é a s e e l c o m e n ta r io al S e f e r l e t z i r á d e R . Ie h u d á d e B a r c e lo n a , p á g . 2 0 4 .
138 . 77?. S a n h e d r i n , 6 7 :b ; 6 5 : b y lo s c o m e n ta r io s d e R a s h i a h í.
13 9. M a j z o r V itr y , a p a r ta d o s 1 3 8 , 2 8 8 , 3 2 8 , 4 2 6 . P e r o , n o r m a lm e n te , n o s e u s a p ara
• ip lic a r e l p o r q u é d e l p r e c e p to e n la o r a c ió n s in o r e fir ié n d o s e a lo s c o m e n ta r io s a l o s p o e ­
m as litú r g ic o s y la c o n m e m o r a c ió n d e N o m b r e s.
14 0 . T a -S h m a , R a b e i n u Z e r a j i a H a l e v i , p á g s . 6 8 - 7 2 .
1 4 1. P a s a a e x p o n e r su s p r o p ia s p a la b r a s c u a n d o d ic e “ y n o s o t r o s lo c o n s id e r a m o s ” .
I‘.iia lle g a r a e s t a c o n c lu s ió n m e h e b a s a d o e n lo s p r in c ip io s q u e f ij ó A lb e c k e n la s n o ta s d e
ai in tr o d u c c ió n al S e f e r H a e s h k o l .
ye Havivah Pedayah

n o s a g re g a in fo rm a c ió n a c e rc a d e las c o s tu m b re s e s p e c ífic a s d e P r o ­
v e n z a. E n d ic h o fra g m e n to , R. A b ra h a m a firm a las h o ras n o c tu rn a s
“ so n m o m e n to s d e sú p lic a , y h ay q u e p re o c u p a rse p o r la d e stru c c ió n
d el T e m p lo [ ...] y, p o r e so , tie n e la C a sa d e Isra e l q u e le v a n ta rs e en la
n o c h e [y h a c e r] g u a rd ia s y m u ltip lic a r las sú p lic a s p o r la d e stru c c ió n
del T e m p lo ” . 142
Ya G e rsh o n S c h o le m se p e rc a tó d e q u e el o rig e n d e la c o s tu m b re
c a b a lís tic a d e r e c ita r u n a se rie d e p le g a ria s n o c tu rn a s “ r e p a ra d o ra s ”
p o r el e s ta d o d e d e s tru c c ió n en q u e se h a lla el T e m p lo (tik u n ja t z o t ) e s ­
tá en el te x to ta lm ú d ic o q u e h a b la d e las tres g u a rd ia s q u e h a b ía en el
T e m p lo ; p e ro a S c h o le m le s o rp re n d ía q u e h u b ie ra n p a sa d o “c a si m il
a ñ o s h a s ta q u e e s te te x to d io o rig e n a u n a c o s tu m b re c o n c re ta ” a d o p ­
ta d a p o r R. Jai G a o n .143 S e g ú n S c h o le m , só lo en el c a so d e l c írc u lo de
los c a b a lis ta s d e G e ro n a h ay p ru e b a d e q u e e x is tió u n a re la c ió n e n tre
las o ra c io n e s n o c tu rn a s y las c o stu m b re s d e d u e lo .144 E l e s tu d io d e e s ­
te p u n to c o n c re to a g re g a un p o sib le e sla b ó n c la ro e n tre los g a o n e s y

1 4 2 . E s d e d e st a c a r la in t e r e sa n te d o b le v e r t ie n te q u e s e d a y a e n la G u e m a r á e n tr e la s
p a la b r a s a tr ib u id a s a R a v , c u y a p o s ic i ó n e s ta n g e n c ia l a la s d e s c r ip c io n e s d e la d o c tr in a h e r ­
m é tic a y d e lo s e s c r it o s a p o c a líp t ic o s p o r un la d o , y la s p a la b r a s d e R . Io ja n a n q u e h a b la d e
e s tu d ia r la s p a r te s d e la T o r a q u e tratan d e l o s s a c r if ic io s . L o s d is c íp u lo s d e R . Isa a c e l C i e ­
g o fu n d ie r o n e s t a s d o s c o r r ie n te s h e r m e n é u tic a s.
1 4 3 . L a s p a la b r a s d e R . S h rir a G a o n , p a d r e d e R . Jai G a o n , s o n d e e s p e c ia l im p o r t a n ­
c ia : “q u e h a b ía u n a c o s tu m b r e d e lo s p ia d o s o s , d e le v a n ta r s e e n p le n a n o c h e y d e c ir c á n ­
t ic o s y a la b a n z a s” . E s t e t e s t im o n io p u e d e c o rr o b o r a r q u e s e d a u n a s e c u e n c ia d e c o n t in u i­
d a d c o n la s c o s t u m b r e s d e l o s p ie tis ta s te m p r a n o s. D e la r e la c ió n e n tr e e l j a s i d i s m o
te m p r a n o y l o s q u e g u a r d a n d u e lo p o r S ió n m e o c u p a r é e n u n p r ó x im o tra b a jo. A l p a r e c e r ,
h a y q u e d ife r e n c ia r e n tr e lo s c á n t ic o s n o c t u r n o s y la s c o st u m b r e s p ie tis ta s p o r u n la d o y lo s
c á n t ic o s d e d u e lo p r o p io s d e lo s q u e g u a r d a n lu to p o r S ió n , p or e l o tr o .
1 4 4 . S c h o l e m s e b a s ó p a r a lle g a r a e st a c o n c lu s ió n e n e l a n ó n im o S e f e r H a i a s h a r c u ­
y o a u to r h a b r ía e s c r it o su o b r a e n e l c ír c u lo d e lo s c a b a lis ta s g e r u n d e n s e s e n e l a ñ o 1 2 6 0 .
S in e m b a r g o , la lo c a l i z a c ió n y e l c o n t e x to m e n ta l y s o c ia l e x a c t o s d e e s t e tr atad o p la n te a n
n u m e r o s o s in t e r r o g a n t e s (e n m i o p in ió n , h a y q u e e x a m in a r ta m b ié n su r e la c ió n c o n e l s u ­
f is m o ) ; Y. T is h b y ( M i s h n a t h a Z o h a r , 2 , J e r u sa le m , 1 9 7 5 , p á g . 6 6 2 , n o ta 5 0 ) p r e se n t a u n t e s ­
tim o n io m á s d e c is iv o : la s p a la b r a s d e R . l a ’a q o v b e n S h e s h e t e n su lib r o S h a ’a r H a s h a -
m a i m , p á g . 1 6 4 . V é a s e ta m b ié n S . S h o k e k , “Z ik a to sh e l S e f e r H a i a s h a r le j u g m e q u b a le i
G ir o n a ” , M e j q a r e i l e r u s h a l a i m B e m a j s h e v e t ¡ s r a ' e l , 6 , 1 9 8 7 , p á g s . 3 5 6 - 3 5 8 ; u n tr a b a jo r e ­
c ie n t e so b r e e l te m a d e l T ik u n J a t z o t p r in c ip a lm e n te e n la c á b a la d e l s i g l o x v i , e n I d e l, M e s -
s i a n i c M y s t i c s , N e w H a v e n y L o n d r e s, 1 9 9 8 , p á g s . 3 0 8 - 3 2 0 ; m á s d a to s so b r e lo s c o m ie n ­
z o s d e la c á b a la e n P e d a y a h , “ M in e g u e d V e ’iv r im : H a M a s h ia j H a m it ’a k e v ” , e n Z . H a r v e y ,
A . S h ilo a h y H . S a a d o n ( c o m p s .) , P r o c e e d i n g s o f t h e F if t h I n t e r n a t i o n a l C o n g r e s s o f M i s -
g a v Y e r u s h a la y i m (e n p r e n s a ) .
 ' J
¿os comienzos de &✓ cábula en Provenza 99

Im . c a b a lista s g e ru n d e n se s: la e n se ñ a n z a d e los c a b a lis ta s p ro v e n z a le s

la fo rm a c o m o R . A b ra h a m A v B e it D in re la c io n ó e s a c o s tu m b re c o n
la d e stru c c ió n d el T e m p lo .145 E sto a m p lía el c o n te x to n e c e s a rio p a ra
i iiin id e r las e n se ñ a n z a s d e sig n ific a d o c a b a lís tic o e x p líc ito tra n s m iti­
da1, po r R. Isa a c el C ie g o a su s d isc íp u lo s q u e a firm a n , c o n u n se n tid o
i a b a lístico d e c la ra d o , q u e a q u e l q u e p ro c la m a la u n id a d d e l N o m b re
ile D ios, e s c o m o si h u b ie ra c o n stru id o el T e m p lo ; to d o e llo c o n s titu ­
ye, al p a re c e r, u n a ú n ic a se c u e n c ia relig io sa . P o d e m o s a firm a r q u e R.
\b ra h a m A v B e it D in e s tá v in c u la d o p o r lo m e n o s a d o s ra m a s d e sta -
. atlas d e la d o c trin a e so té ric a : a la p rim e ra , p o r in te rm e d io d e su s m a ­
yóles p ro v e n z a le s , y a la s e g u n d a p o r in te rm e d io d e R . Ie h u d á d e B a r-
i clona. L a s c o stu m b re s re la c io n a d a s c o n la d e s tru c c ió n el T e m p lo
quizá ten g a n q u e v e r c o n su s a n te p a sa d o s en P ro v e n z a. H a y o tra e n s e ­
n a n /, a a trib u id a a R. A b ra h a m Av B e it D in en un tra ta d o a n ó n im o lla ­
m ado M a ’a m a r a l H a g u e u la h (“ T ra ta d o so b re la re d e n c ió n ” ).
Si el p rim e r te x to m u e stra la in te n sid a d d e l ritu a l e s ta b le c id o en
lom o a la d e stru c c ió n d el T em p lo , e ste ú ltim o tra n s m ite un in te rés p o r
el lem a d e la re d e n c ió n , q u e se e x p re sa m e d ia n te u n a re p re s e n ta c ió n
del T ro n o d e G lo ria y u tiliz a un le n g u a je p ro p io d e l s iste m a astra l. L a
c o n tin u id a d c o n el m id r a sh d e las v isio n e s p ro p o rc io n a un c o n te x to
a p o c a líp tic o a d ic io n a l al te m a d e los se te n ta m in is tro s a n g é lic o s q u e
ro dean el T ro n o d e G lo ria , q u e fu e c e n tra l en la c á b a la g e ru n d e n se . R e-
sultan in te re s a n te s , en e ste c o n te x to , las p a la b ra s d e R . A b ra h a m Av
lle it D in : “ a sí [lo] re c ib í d e m is m a y o re s ” . C u a n d o R . Isa a c el C ie g o
su re fie re a “ m is m a y o re s ” , sa b e m o s q u e sus m a y o re s e fe c tiv a m e n te
in v iero n q u e v e r c o n la d o c trin a e so té ric a ; c u a n d o lo h a c e R . A v B e it
I )¡n, a lu d e a a lg o d e lo q u e n o se h a c o n s e rv a d o r a s tro a lg u n o .

145. S c h o l e m , P i r q u e i I e s o d , p á g s. 1 4 0 -1 4 4 ; c r e o q u e la s p a la b r a s d e R . A b r a h a m A v
lle it D in c o n s t it u y e n u n a e s p e c ie d e h i l o c o n d u c t o r q u e p e r m it e arrojar n u e v a lu z so b r e e l
e n c a d e n a m ie n to d e tr a d ic io n e s a e s t e r e s p e c to y, si n d u d a , m u e str a n u n n u e v o a s p e c t o d e la
c o n c ie n c ia d e l o s q u e g u a r d a n lu t o p o r S ió n c o m o u n e str a to m á s, y tal v e z in d e p e n d ie n te ,
d e n tr o d e la c o n c ie n c i a r a b ín ic a . V é a n s e G ratn er, G u i l g u l e i m i n h a g , p á g s. 2 9 - 3 2 ; R e in e r ,
. tu r b a n M i q d a s h .
 100 Haviva h Redayah

R. Abraham ben David: secreto y halajá

L o s fra g m e n to s te x tu a le s a trib u id o s a R. A b ra h a m b e n D a v id q u e
tie n e n re la c ió n c o n lo e so té ric o e stá n d ise m in a d o s en d istin to s e sc rito s
o en fra g m e n to s m a n u s c r ito s .146 N o e n tra ré a h o ra a e x p o n e r el c o n te ­
n id o d e la e s p e c u la c ió n d e R . A b ra h a m b en D a v id s o b re la d o c trin a
e s o té ric a , sin o q u e m e re fe riré ju s ta m e n te a u n a sp e c to d o n d e se p r o ­
d u c e u n a v in c u la c ió n e n tre d ic h a d o c trin a y la to ta lid a d d e su m u n d o
e sp iritu a l. P a ra m o s tra r la re la c ió n e n tre e so te ris m o y h a la já en su s is ­
te m a d e p e n s a m ie n to a n a liz a ré u na c u e stió n a títu lo d e e je m p lo . M i in ­
te n c ió n es c o m p le ta r co n u n n u e v o e n fo q u e el p a n o ra m a q u e he v e n i­
d o p re s e n ta n d o so b re el T em p lo .
P o r un lad o , h ay q u e te n e r en c u e n ta q u e los c a b a lis ta s a trib u y e ro n
a p a ric io n e s d el p ro fe ta E lia s y fe n ó m e n o s d e in sp ira c ió n d iv in a a R.
A b ra h a m A v B e it D in , R . A b ra h a m b en D a v id e Isa a c el C ie g o .147 P o r
el o tro , el p ro p io R . A b ra h a m b en D a v id lo m e n c io n a e x p líc ita m e n te
en su s e lu c u b ra c io n e s e in n o v a c io n e s h a lá jic a s y no , ju s ta m e n te , e n los
fra g m e n to s c o rto s q u e tra n sm ite n e n se ñ a n z a s h e rm é tic a s. T o m a ré e sto
c o m o p u n to d e p a rtid a p a ra p ro fu n d iz a r en el c a rá c te r del m u n d o del
b e it m id r a s h c o m o lu g a r d e c o n v e rg e n c ia d e to d a s las fo rm a s d e a p re n ­
d iz a je a las q u e sirv e n d e b a se la h a la já y el e s tu d io del T a lm u d e n tre
los m u ro s d el b e it m id r a s h .
R e s u lta in te re s a n te d e s ta c a r q u e los c o n c e p to s d e “ s e c re to ” e “ in s­
p ira c ió n d iv in a ” a p a re c e n ju n to con in n o v a c io n e s h a lá jic a s n o p re c is a ­
m e n te p a ra p la n te a r u n a d ific u lta d d e l tex to , sin o c o m o d e c la ra c ió n :
c o m o re m isió n a u n m a rc o c o m p re h e n s iv o q u e c re a la d e fin ic ió n del
s ig n ific a d o d e c a d a u n o d e e sto s c o n c e p to s en sí m ism o . L o p rim e ro
q u e h a y q u e p re g u n ta rs e es en q u é s e n tid o u tiliz a R. A b ra h a m b e n D a ­
vid el c o n c e p to d e “ s e c re to ” . E n su in tro d u c c ió n a su s n o v e lla e al tra ­
ta d o E d u io t a firm a R . A b ra h a m b en D a v id :

1 4 6 . L a m a y o r ía fu e r o n p u b lic a d o s p o r S c h o le m , R e s h i t H a Q a b a l a h , p á g s . 7 3 , 7 5 ,
7 9 - 8 1 , 8 3 . L a s a n o t a c io n e s al T a lm u d d e R . A b r a h a m A v B e it D in q u e tie n e n c o n t e n id o d e
c a r á c t e r e s o t é r ic o s e c ita n e n l o s e s c r it o s d e su n ie t o R . A s h e r b e n D a v id (A b r a m s , R . A n ­
tie r b en D a v id , pág. 1 4 1 , a n o t a c io n e s a lo s tr a tad os B e r a j o t y T a ’a n i t ) . R . I a ’a q o v b e n
S h e s h e t m e n c io n a u n a tr a d ic ió n q u e o y ó d e R . Isa a c e l C i e g o e n n o m b r e d e su p a d r e.
1 4 7 . S e trata, e n t o d o c a s o , d e c a b a lis ta s c o n t e n d e n c ia a la lite r a tu r a y la e x é g e s i s , y
n o d e t e s t im o n io s d e a lle g a d o s .
 \T V y
Los comienzos de la cácala en Provenza 101

A n tes de d e c ir c u a lq u ier cosa an u n cio a todo el q u e lea e ste libro que

yo h e c o m p u e sto que no ten g o co n m ig o [en se ñ a n z as] ni de b o c a de
ra b in o ni d e la b o ca de m aestro sino [que m e valg o] de la ay u d a ú n i­
c a m e n te de D io s que en señ a d isc e rn im ie n to al h o m b re. Y qu izás h a ­
ya en e llo s alg u n a e q u iv o c a c ió n [ya sea] e q u iv o c a c ió n de la m an o o
e q u iv o c a c ió n del c o razó n , que sepa [en ese caso] el lec to r q u e en m í
re c a e la fa lta y no en m is m aestro s. Y aquel q u e e n c u e n tre en ello
alg o b u e n o y d erech o , sep a que es [bon dad q u e v ien e] del secreto
tal c o m o e stá escrito: “ el secreto de D ios [se rev ela] a q u ien es lo
te m e n ” .

P a ra H . S o lo v e itc h ik , e sta s p a la b ra s d e fin e n s u s ta n c ia lm e n te el

perfil e s p iritu a l y la fo rm a d e e s c rib ir y a c tu a r d e R . A b ra h a m b en D a ­
vid; d ic h o in v e s tig a d o r p ro fu n d iz ó su a n á lisis s o b re R . A b ra h a m p o r
m ed io d e u n a c o m p a ra c ió n c o n R a sh i en su v ín c u lo h a c ia las tra d ic io ­
nes e x is te n te s , d e sta c a n d o in c lu so la fig u ra d e R . A b ra h a m b en D a v id
c o m o in n o v a d o r y c re a d o r c u y o s lo g ro s d e riv a n d e la in d e p e n d e n c ia de
su p o sic ió n y n o d e su fid e lid a d a la tra d ic ió n .148
L a s p a la b ra s d e R. A b ra h a m b en D a v id p la n te a n u n a d ific u lta d : p o r
un la d o a d v ie rte al le c to r q u e n o re c ib ió sus in n o v a c io n e s en el te rre ­
no h a lá jic o “ de b o c a d e ra b in o ni d e b o c a d e m a e s tro ” , y, p o r el o tro
lado, e sc rib e : “ Y a q u el q u e e n c u e n tre en e llo a lg o b u e n o y d e re c h o ,
sepa q u e e s [b o n d ad q u e v ien e] del s e c re to ” . U n e x a m e n d el tra ta d o
m u estra q u e n o c o n tie n e a lu sio n e s c a b a lístic a s. H ip o té tic a m e n te , h a ­
bría c a b id o e s p e ra r q u e R . A b ra h a m b e n D a v id a lu d ie ra a a lg ú n se cre -
lo im p o rta n te de l tra ta d o E d u io t , y a q u e al fin al d e e se tra ta d o se tra e n
;i c o la c ió n las fa m o sa s a firm a c io n e s d e R. E lie z e r y R . I o s h u ’a so b re la
p rim era y la se g u n d a sa n tid a d y, en su re fu ta c ió n d e las p a la b ra s de
M a im ó n id e s so b re e ste te m a en M is h n e Torá, R . A b ra h a m h a c e con
resp e c to a e lla s a lu sio n e s c la ra s al se cre to en el s e n tid o de tra d ic ió n
h e rm é tic a p ro p ia m e n te d ic h a y u tiliz a id é n tic a e x p re sió n : “ el se c re to
de D io s [se re v e la ] a q u ie n e s lo te m e n ” .
A l p rin c ip io d e su re fu ta c ió n , R. A b ra h a m a firm a q u e las p a la b ra s

148. L o q u e p u n tu a liz a a fir m a n d o q u e R . A b r a h a m b e n D a v i d n o c o n t a b a c o n

un a tr a d ic ió n e x e g é t i c a c o m p r e h e n s iv a o q u e q u iz á s e li g i e r a n o d a r le e x p r e s ió n ( ib id .,
p á g . 1 3 ).
 102 Havivah Pedayah

d e M a im ó n id e s so n u n a in te rp re ta c ió n p e rs o n a l d e e ste ú ltim o . A l f i­
n al d e e s a m is m a re fu ta c ió n e s c r ib e :149

N o sólo eso, sino que yo digo que inclu so R. Iosi, que dijo que la se­
g u n d a san tid ad [será] santid ad en el futuro no lo dijo sino del resto de
la T ierra de Israel, pero de Jeru salem y del Tem plo no lo dijo, p o rq u e
E sd ra s sa b ía q u e el Tem plo y Jeru salem c a m biará n en e l fu tu r o y se
c o n sa g ra rá n co n una co n sa g ración d istin ta [y] etern a co n la g loria
de D io s p a r a la. eternidad. A s í se m e reveló de los se cre to s de D io s
[q u e se revelan ] a q u ie n es lo tem en. P o r eso, el que ahora en tra allí no
se hace reo de [pena de] m uerte prem atura.

N o p o d e m o s e x te n d e rn o s a q u í en los té rm in o s d e su p o lé m ic a con
M a im ó n id e s . N o s c e n tra re m o s e x c lu s iv a m e n te en la p o sic ió n d el p ro ­
p io R. A b ra h a m b e n D a v id .
E n lo q u e re s p e c ta a la p rim e ra sa n tid a d , q u e fu e a b o lid a p o r el e x i­
lio y n o c o n s a g ra rá en el fu tu ro , R. A b ra h a m ben D a v id n o d ife re n c ia
e n tre J e ru s a le m y el T e m p lo p o r un lad o y la T ie rra d e Isra e l p o r el
o tro , m ie n tra s q u e e n el c a so d e la s e g u n d a sa n tid a d y d e q u ie n e s d ije ­
ro n q u e c o n s a g ró p a ra el fu tu ro , él d istin g u e e n tre J e ru s a le m y el T e m ­
p lo p o r un lad o , y la T ie rra d e Israel p o r el o tro . P a ra d ó jic a m e n te e sa
m is m a d ife re n c ia c a te g ó ric a q u e h izo M a im ó n id e s e n tre la T ie rra de
Isra e l y el T e m p lo en lo q u e se re fie re a la p rim e ra sa n tid a d , y q u e ta n ­
to m o le s tó a R. A b ra h a m b e n D a v id , e ste ú ltim o la re to rn a a la in v e r­
sa en lo q u e re s p e c ta a la se g u n d a sa n tid a d . R . A b ra h a m b en D a v id p a ­
rec e s e g u ir e s ta lín e a d e p e n sa m ie n to , n o p o rq u e e sté in te re s a d o en
h a c e r tal d istin c ió n e n tre la T ie rra d e Isra e l y la c iu d a d p o r un la d o y el
T e m p lo p o r el o tro , s in o p o r el in terés q u e tie n e en e s ta b le c e r u n a d i­
fe re n c ia ta ja n te e in e q u ív o c a e n tre la situ a c ió n d u ra n te el e x ilio y en

149. C ap. 6, h a ta jó 14. E n r e s u m e n , la s o p in io n e s d e M a im ó n id e s d e la s q u e R .

A b r a h a m b e n D a v id d if ie r e so n la s q u e tratan d e la d if e r e n c ia q u e e l p r im e r o h a c e e n tr e la
sa n tid a d d e l T e m p lo y la d e la T ier ra d e Isra e l. L a s e g u n d a sa n t if ic a c ió n , q u e t u v o lu g a r en
lo s d ía s d e E sd r a s, se g ú n M a im ó n id e s s a n tif ic ó la tier ra y n o e l T e m p lo . L a c e r e m o n ia d e
in a u g u r a c ió n y c o n s a g r a c ió n d e l T e m p lo q u e E sd r a s l le v ó a c a b o n o t u v o v e r d a d e r o s i g n i ­
f ic a d o c o n fu e r z a p a r a c o n sa g r a r . L a c e r e m o n ia p o d r ía h a b e r se o m it id o y s ó lo s e l le v ó a c a ­
b o c o m o c o n m e m o r a c ió n . L a sa n tid a d d e l T e m p lo e st a b a t o d a v ía v i g e n t e p o r la p rim e r a
c o n s a g r a c ió n q u e e f e c t u ó S a lo m ó n c u a n d o in a u g u r ó e l T e m p lo y la S h e j i n á m o r ó e n é l.
 \
r»

Los comienzos de la cáuula en Provenza 103

los tie m p o s d e la re d e n c ió n , d istin c ió n q u e se d e s p re n d e d e las r e la c io ­

nes y la d ife re n c ia d e la s a n tid a d del lu g ar en el p a s a d o , en el p ré s e n ­
le y en el fu tu ro .
S u p o sic ió n es m u y e sc la re c e d o ra de la fo rm a en q u e c o n sid e ra tan -
to la h isto ria c o m o el e x ilio y la red en ció n . L a n o c ió n d e q u e la sa n ti­
dad no q u e d ó a b o lid a p e rm ite una c o n tin u id a d en la m a n e ra d e c o n c e ­
bir el lu g a r sa n to q u e, a su vez, h a c e p o sib le u n a c o n tin u id a d en la
c o n c e p c ió n de l tie m p o en re la c ió n co n las situ a c io n e s q u e p u e d e n d a r­
se en la é p o c a d e la re d e n c ió n . E n c a m b io , la p o s tu ra q u e a firm a q u e la
sa n tid a d fu e a b o lid a a g u d iz a la ru p tu ra de la c o n tin u id a d del lu g a r c o n ­
sag rad o c o m o lu g ar sa n to y o b lig a a e fe c tu a r tra n sp o sic io n e s m ás im ­
p o rta n tes en el tie m p o p a ra su sta n c ia r y re stitu ir la sa n tid a d d e n u ev o .
C u a n d o R . A b ra h a m b e n D a v id afirm a: “ p o rq u e E s d ra s sa b ía q u e
el T e m p lo y J e ru s a le m c a m b ia rá n en el fu tu ro y se c o n s a g ra rá n c o n u n a
c o n sa g ra c ió n d istin ta e te rn a c o n la g lo ria d e D io s p a ra la e te rn id a d ” ,
e m p le a u n a fra se m u y c a rg a d a de a x io m a s d e d is tin to c a rá c te r: “ p o r­
q ue E s d ra s sa b ía ” se ñ ala un tip o d e c o n o c im ie n to s u sta n c ia l, y p a re c e
q u e e ste tip o d e c o n o c im ie n to su sta n c ia l d e E s d ra s c o rre a q u í p a ra le lo
a las tra d ic io n e s h e rm é tic a s en q u e R. A b ra h a m b e n D a v id e sta b a in i­
cia d o , y c u y a p o se sió n se d e fin e c o m o “c o n o c im ie n to ” . L a c o n c a te ­
nació n d e c o n c e p to s a b so lu to s: “c a m b ia r” , “ d is tin to ” , “ e te rn o ” , u tiliz a ­
do s en re la c ió n c o n el fu tu ro , se ñ a la un m o d o d istin to d e e n te n d e r el
c o n c e p to d e re d e n c ió n , en su e se n c ia o n to ló g ic a , d el m u n d o tal c o m o
es en el p re se n te . Q u iz á la e x p re sió n “ g lo ria d e D io s ” sea u n a a lu sió n
a la S h e jin á se g ú n los c a b a lis ta s la e n tie n d e n . E l a c e n to q u e p o n e R.
A b ra h a m b e n D a v id e n e se c o n c e p to del fu tu ro , tal c o m o se d e s p re n ­
de d e la se g u n d a sa n tid a d , e q u iv a le d e h e c h o a p o la riz a r las c u e stio n e s
de la re d e n c ió n , el fin al d e lo s tie m p o s y el te rc e r T e m p lo .
L a s p a la b ra s de R. A b ra h a m a lu d e n a u n a id e a q u e o c u p ó u n a p o ­
sic ió n c e n tra l en los e sc rito s d el m id r a sh q u e tra ta n d e las v isio n e s: el
d e s c e n s o d e Je ru s a le m y d e l T e m p lo d e sd e a lle n d e lo s c ie lo s. S e tra ta,
p u es, d e un c a m b io , d e un a c o n te c im ie n to ra d ic a lm e tn te d istin to d e la
rea lid a d c o n o c id a . L a o tra c o n sa g ra c ió n e te rn a es la a p a ric ió n del e s ­
p len d o r, la S h e jin á , en la c iu d a d y en el T e m p lo q u e d e s c ie n d e n d el c ie ­
lo c o n s tru id o s p o r la m a n o d e D io s d e u n a fo rm a q u e n o tie n e p r e c e ­
d e n te , y d e s d e el p u n to d e v ista c a b a lístic o re p re s e n ta n ta m b ié n la
p le n itu d e n el m u n d o d e las se firo t. N o p a re c e q u e e sto s c o n c e p to s se
 104 Havivah Pedayah

h a y a n c o n s tru id o en to rn o a la id ea d e un e d ific io p u ra m e n te m a te ria l

q u e b a ja del c ie lo , sin o q u e es p re c is o e n te n d e rlo c o m o u n a fo rm a de
e x p a n sió n d e la g lo ria en el e sp a c io , en c o n tra p o s ic ió n al tie m p o del
e x ilio c o m o é p o c a d e d e sa p a ric ió n d e la d im e n sió n e sp a c ia l del e s p le n ­
dor. E l c o n c e p to d e “ d is tin to ” es a q u í fu n d a m e n ta l p a ra e s c la re c e r la
a u s e n c ia to ta l d e c o n tin u id a d e n tre e x ilio y re d e n c ió n .
P o r un la d o , p u e s, la e sp e ra de los tie m p o s d e la re d e n c ió n es, d ia ­
lé c tic a m e n te , e s p e ra d e u n a c o n te c im ie n to re v o lu c io n a rio y c a te g ó ri­
c a m e n te d istin to . P e ro c o m o d ic h o a c o n te c im ie n to se p ro d u c e p o r m i­
se ric o rd ia d e D io s y d e b id o a su in ic ia tiv a , se e rig e c o n e llo u n a b a rre ra
a la in te rv e n c ió n a c tiv a del h o m b re en la h isto ria . F re n te a e sto , la c o n ­
tin u id a d d e la s a n tid a d del lu gar, se g ú n lo e n tie n d e M a im ó n id e s , p o s i­
b ilita en m a y o r m e d id a la s e c u e n c ia h istó ric a y ta m b ié n la c o n tin u id a d
e n tre la é p o c a d e l e x ilio y la d e la red e n c ió n .
L a o tra p o sic ió n d ia lé c tic a su rg e en tre los c a b a lista s del c ír c u L R.
Isaac el C ieg o , h ijo d e R. A b ra h a m ben D av id , p ara q u ie n só lo el T em ­
p lo en su se n tid o m aterial de e d ificio será c o n stru id o p o r D io s y no se
h a rá p re se n te h a sta el fin al de los tiem p o s, m ien tras q u e los c a b alista s
c o n trib u y e n d ia ria m e n te a su co n stru c ció n c o n su ac tiv id a d esp iritu al.
Q u e d a c la ro , p u e s, q u e p a ra R. A b ra h a m ben D a v id , J e ru s a le m y el
T e m p lo c e le s tia le s se rá n c o n stru id o s p o r D io s. E so s c o n c e p to s so b re
el te rc e r T e m p lo so n c a ra c te rístic o s de los e s c rito s a p o c a líp tic o s te m ­
p r a n o s .150 S ig u ie ro n p e rv iv ie n d o en las p ro fu n d id a d e s del m iclrash v i­
sio n a rio ta rd ío y fu e ro n tra n sm itid o s ta m b ié n p o r R. M o s h é H a d a rsh a n
d e N a rb o n a , q u ie n v o lv ió a incluir, p o r m e d io d e un c o n d u c to a b ie rto ,
tra d ic io n e s h e rm é tic a s te m p ra n a s q u e h a b ía n p e rv iv id o en el ju d a is m o
“ ra b ín ic o ” . 151 S u s h u e lla s se e n c u e n tra n en la d o c trin a d e R. A b ra h a m
b en D a v id p o r u n la d o y, en o tra d ire c c ió n , ta m b ié n en R a s h i.152
A s im is m o e n el c o m e n ta rio d e R. A b ra h a m b e n D a v id al tra ta d o

150. V é a se H . P ed a y a h , H a S h e m ve h a M iq d a sh b e m is h n a t R . I tz ja q Seguí N aor,

J e r u sa le m , 2 0 0 1 , c a p .3.
1 5 1 . B e r e s h i t R a b a t i , p á g s. 1 2 6 - 1 2 7 .
1 5 2 . V é a s e R a s h i, R o s h H a s h a n á 3 0 :A : “ Y si d i c e s : n o s o tr o s s o s t e n e m o s q u e s e c o n s ­
tru irá e l [d ía ] 15 q u e e s f i e s t a y s e c o n str u ir á e n la n o c h e , e s t á e s t a b le c id o e n e l tr a tad o S h a -
v u o í ( 1 5 : B ) q u e e l T e m p lo n o se c o n st r u ir á ni e n f ie s t a n i p o r la n o c h e . E st o s e r e f ie r e a la
c o n s t r u c c ió n lle v a d a a c a b o p o r e l h o m b r e , p e r o e l fu tu r o T e m p lo , se r á [c o n st r u id o ] p o r m a ­
n o d el C ie lo ” .
 Los comienzos de la cabala en Provenza 105

l'ilu io t a p a re c e u n a b re v ís im a a lu sió n al fin a l d e los tie m p o s q u e p a re -

t r e s ta r in flu id a p o r el m id r a s h q u e tra ta d e las v isio n e s. S u te n o r es el
'.ig u ien te: “ E s a sí c o m o en los d ías del M e sía s, c u a n d o el S a n to , b e n ­
dito sea, lo s re d im a , n o e n tra rá n in m e d ia ta m e n te en la T ie rra [de Israel]
','nio q u e los c o n d u c irá p o r el d e sie rto de las n a c io n e s c o m o [se c o n sig -
n a| en las p ro fe c ía s d e E z e q u ie l” . 153 T a m b ié n las p a la b ra s d e - R .
A b rah am A v B e it D in so b re la re d e n c ió n n o s h a n lle g a d o ju n to c o n un
lia g m e n to a g re g a d o del L ib ro d e Z e r u b a b e l ; es p o s ib le q u e fu eran
tra n sm itid a s a sí o rig in a lm e n te .
L a p o stu ra d e R . A b ra h a m ben D a v id a n te el te m a d e la sa n tid a d d e
la tierra, J e ru s a le m o el T e m p lo , n o p u e d e e n te n d e rse , sin e m b a rg o , sin
c o m p re n d e r el d e stie rro de la P re se n c ia d iv in a q u e ta m b ié n se e n c u e n ­
tra en el tra s fo n d o del a n á lisis de M a im ó n id e s. E n e sta s p o c a s frases de
IL A b ra h a m b en D a v id , se n o s d e sv ela un c o n c e p to d istin to d e la h isto ­
ria, de la e se n c ia del tie m p o actu al y d e la é p o c a d e la re d e n c ió n . L a s
palabras “c o n s a g ra c ió n ” , “d istin to ” , “e te rn o ” e sta b le c e n u n a d ife re n c ia
tem p o ral, c u a lita tiv a y fu n d a m e n ta l en tre la é p o c a d e l e x ilio y la d e la
red en ció n y só lo en el m o m e n to tem p o ral d e e sta s se d a a c o n o c e r su
n atu ra le z a esp ac ial. El lu g a r del T em p lo y d e J e ru sa le m e sta rá c o n sa ­
grado co n un tip o d e c o n sa g ra c ió n q u e n o se a se m e ja a la q u e lle v a n a
cabo los seres h u m a n o s sin o q u e será una c o n sa g ra c ió n e tern a. El té r­
m ino “ e te rn o ” ( o la m i ) e stá c a rg a d o de sig n ific a d o : p o r un lado, lo in ­
clu y e la o rac ió n : “y c o n strú y e la un e d ificio e te rn o ” y, p o r el o tro , c o m o
ya h em o s d ich o , “o la m i ’ en el se n tid o de “e te rn o ” su g ie re la c o n o c id a
a se v e ra c ió n a p o c a líp tic a d e q u e el te rc er T e m p lo n o se rá d e stru id o p o r ­
que h a b rá sid o c o n stru id o p o r D ios. “D istin to , e te rn o ” alu d e , p o r un la ­
do, al te rc e r T e m p lo c o m o c o n stru id o p o r D io s se g ú n la tra d ic ió n a p o ­
c a líp tic a y, p o r el o tro , a las tra d icio n e s e so té ric a s q u e en la e x é g esis
c a b a lístic a se refiere n al T e m p lo y a Je ru sa le m c o m o sím b o lo s del e d i­
ficio d iv in o , c o n un fu e rte a c en to p u e sto en la d e stru c c ió n de la c iu d a d
celestial en los tie m p o s del ex ilio : de h ech o , c o m o fo rm a d e in te rp re ta r
(d d e stie rro d e la P re se n c ia d iv in a. P e ro R. A b ra h a m b e n D a v id no c o n ­
trad ice la o p in ió n d e M a im ó n id e s de q ue “ la P re se n c ia d iv in a n o q u e d ó
a b o lid a ” a firm a n d o , p o r su p arte, alg o así c o m o q u e la P re se n c ia d iv in a

1 5 3 . C o m e n ta r io d e R . A b r a h a m b e n D a v id al tr a tad o E d u i o t , 2 , 9 - 1 0 .
 106 Haviva h Pedayah

se m a rc h ó o fu e d e ste rra d a . L o s se cre to s q u e g u a rd a el d e stie rro de la

S h e jin á n o só lo c o m p re n d e n u n a alu sió n al m id r a sh q u e so stie n e la d e ­
sa p a ric ió n d e e s ta ú ltim a a ra íz d e la d e stru c ció n del T e m p lo ju n to con
u na d e sc rip c ió n d e l fin a l d e l e x ilio q u e c o n lle v a la v u e lta d e la g lo ria
q u e m o ra en el e x ilio “p o rq u e ta m b ié n El m o ra c o n e llo s ” . L a s p a la b ra s
d e R. A s h e r ben D a v id , n ie to de R. A b ra h a m ben D a v id , c o rro b o ra n la
le c tu ra q u e p ro p o n g o .154
C o n s id e ra n d o el c o n s e n s o e n tre los d isc íp u lo s d e R . Isa a c el C ie g o
c u a n d o s u b ra y a n el p ro fu n d o sig n ific a d o d el e x ilio c o m o é p o c a en q u e
la P re se n c ia d iv in a re p o s a en un lu g ar (el e x ilio ) y n o en o tro (el T e m ­
p lo ), p o d e m o s d e c ir q u e la id ea de R. A b ra h a m b en D a v id , en su o b je ­
c ió n a M a im ó n id e s s o b re la p rim e ra y se g u n d a sa n tid a d , e stá b a sa d a
ta m b ié n e n o tra e x é g e s is e so té ric a q u e h a b la del e x ilio d e la P re se n c ia
d iv in a . Tal e x é g e s is d e b ilita el p rin c ip io q u e s o stie n e la p re s e n c ia d e
e sta ú ltim a en el lu g a r d o n d e e stu v o el T e m p lo d e stru id o .
V o lv a m o s a h o ra a las p a la b ra s de R. A b ra h a m b en D a v id en el tra ­
ta d o E d u io t. P ro s ig u ie n d o c o n n u e stro in te n to d e e n te n d e r los c o n ­
c e p to s d e “ s e c r e to ” e “ in te rp re ta c ió n p e rs o n a l” en el c o n te x to d e las
o b je c io n e s a M a im ó n id e s , p o d e m o s d e c ir q u e h ay d o s o p c io n e s p rin ­
c ip a le s. L a p rim e ra c o n s is te en c o n sid e ra r q u e el c o n c e p to d e se c re to
a lu d e a q u e la m e n te h u m a n a c o n sig u e lo g ro s en m o m e n to s p ro p ic io s
q u e e x p re s a n la re v e la c ió n d e D io s en la c o n c ie n c ia del e s tu d io s o y, de
e sta m a n e ra , p e rm ite n e m p le a r el té rm in o “ s e c re to d e D io s ” . L a s e g u n ­
d a, s u p o n e r q u e el c o n c e p to q u e R. A b ra h a m tie n e del se c re to n o c o ­
rre s p o n d e n e c e s a ria m e n te a la n u estra. E n e ste c a so , q u iz á p o d a m o s
s u p o n e r q u e el se c re to es el m e d io m ás a m p lio p o r el c u a l se c o n e c ta n
la d o c trin a e s o té ric a y la e lu c u b ra c ió n h a lá jic a . D ic h o m e d io lo c o n s ­
titu y e n las tra d ic io n e s so b re los m é to d o s e x e g é tic o s y las e n s e ñ a n z a s
d e la T o rá oral. C o m o e s b ien sa b id o , n o se p u e d e te n e r a c c e s o al T a l­
m u d sin c o n ta r c o n la tra d ic ió n e x e g é tic a . P o d e m o s tra d u c ir las p a la ­
b ras “ no d e b o c a d e ra b in o ” d e R. A b ra h a m b e n D a v id en su in tro d u c ­
c ió n al tra ta d o E d u io t d ic ie n d o q u e e q u iv a ld ría n a “ e x p lic a c ió n
p e rs o n a l” (lo q u e , e n m i o p in ió n , a te m p e ra y p o n e b a jo o tro p ris m a lo
q u e d ic e a c e rc a d e M a im ó n id e s). Y, d e la m ism a fo rm a , se p o d ría in-

1 5 4 . A b r a m s, Q a b c i l a t R c ib i A s h e r , p á g s . 2 2 7 - 2 2 8 .
 Hjiir *

Los comienzos de la cabala en Provenza 107

le rp re ta r la c o n tin u a c ió n d e sus p a la b ras: “ a q u e l q u e e n c u e n tre en e llo

alg o b u e n o ... es d e l se c re to d e D io s [que se re v e la ] a q u ie n e s lo te ­
m en ’’ c o m o e q u iv a le n te s a ‘lo q u e se a b u e n o ’, tie n e re la c ió n c o n las
tra d ic io n e s e x e g é tic a s q u e re c ib í o q u e e la b o ré se g ú n e sa s tra d ic io n e s
y c o m o c o n tin u a c ió n d e e lla s, y a sea en el te rre n o d e la hcilajá p ro p ia ­
m ente d ic h a o en el d e la h a g a d á en el se n tid o d e c á b a la .
E s p o sib le q u e p o d a m o s situ a r e sta d e c la ra c ió n p e rso n a l en un
c o n te x to m ás am p lio : el de la p u e sta de las e n se ñ a n z a s p o r e scrito . T a m ­
bién a q u í se g u im o s el a n á lisis d ia lé c tic o de H a y im S o lo v e itc h ic k q u e
su b ray a el a b ism o e x iste n te en tre el fe n o m e n a l c o n o c im ie n to de
R. A b ra h a m b en D a v id y lo q u e d e h e c h o e s c r ib ió ;155 m u e stra a s im is ­
mo q u e e ste fe n ó m e n o e stá re la c io n a d o c o n su p e rso n a lid a d y q u izá
tam bién c o n su fo rm a d e e n te n d e r la su erte d el c e n tro p ro v e n z a l en g e ­
neral n o só lo en la h isto ria de la h a la já , sin o ta m b ié n en la d e la
c a b a la .156 S u d e sc rip c ió n al p rin c ip io del tra ta d o E d u io t p u e d e c o n s id e ­
rarse q u e n o só lo m u e stra un m o d o de e stu d iar, sin o q u iz á ta m b ié n c o n ­
duce a R . A b ra h a m a p o n e r p o r e sc rito u na e n se ñ a n z a o a a b ste n e rse de
hacerlo. E n o tra s p ala b ras: p re c isa m e n te p o rq u e n o h a b ía tra d ic io n e s
e x eg éticas d e v e la d a s d e e ste tra tad o , e sc rib ió él su c o m e n ta rio .157 E n la

1 5 5. V é a s e la e x p lic a c ió n d e S o lo v e it c h ik , p á g s. 19-31 e n lo q u e r e s p e c ta a la fo r m a
en q u e R . A b r a h a m b e n D a v id e x p o n e su s o b j e c io n e s a M a im ó n id e s y a lo q u e o m it e su v e r ­
sió n e sc r ita .
1 5 6 . V é a s e la d e s c r ip c ió n q u e h a c e S o l o v e it c h i k ( “ H a r a v a d : H is to r y o f H a la já -
M c t h o d o lo g ic a l I s s u e s : A R e v i e w E s s a y o f I. T w e r s k y ’s R a b a d o f P o s q u i é r e s ”, J e w i s h
H i s t o r y 5 [ 1 9 9 1 ] , p á g s . 7 5 - 1 2 4 ) d e la a s im ila c ió n d e e s t e c e n tr o h a lá j ic o d e P r o v e n z a c o n
lo s c e n t r o s c a t a la n e s .
1 5 7 . S o l o v e it c h i k , ib id ., p á g . 14; s ig u ie n d o c o n su c o m p a r a c ió n e n tr e R . A b r a h a m b e n
D a v id y R a s h i, q u iz á p o d a m o s d e c ir q u e s e d a un p a r a le lism o c o n t r a r io e n e l p r o c e s o d e
p u esta p o r e s c r ito . E n e l n or te d e F r a n c ia , R a s h i e sc r ib ió lo q u e e ra y a c o n o c id o d e a n tig u o
cu la tr a d ic ió n a s k e n a z í; e n e s t e c a s o , u n in d iv id u o ( R a s h i) tr a n sm it e la o b r a d e m u c h o s ,
m ien tr a s q u e e n e l su r d e F r a n c ia , el in d iv id u o (R . A b ra h a m b e n D a v id ) lo q u e p o n e p or e s -
i i n o e s ú n ic a m e n t e su p r o p ia ob r a. E l q u e e n P r o v e n z a n o s e m e n c io n e e x p r e s a m e n t e la
ob ra d e lo s d e m á s n o s ig n if ic a q u e n o e x is t ie r a ; .e s m u y p o s ib le q u e s e tr a n sm it ie r a o r a lm e n -
le e n e l b e i t m i d r a s h y p o r e s o f in a lm e n t e s e p e r d ió ; v é a s e a e s t e r e s p e c t o la n o ta 3 1 . R e -
•,r'*a in te r e sa n te d e stac a]- q u e , e n o p in ió n d e B e n c d ik t ( M e r c a z h a T o r á , p á g . 5 2 , n o ta 1 4 5 ),
K. M o s h c b e n I o s e f , d ir e c to r d e la a c a d e m ia r a b ín ic a d e N a r b o n a y m a e str o d e m u c h o s
■ ..ibios p r o v e n z a le s , a q u ie n e l p r o p io R . A b r a h a m b e n D a v id lla m a su m a e str o ( v é a s e
I T w e r sk y , R a b a d o f P o s q u i é r e s , C a m b r id g e , M A , 1 9 6 2 , p á g s. 1 0 - 1 2 ) , se a b s tu v o d e e sc r i-
lui p ara q u e la tr a d ic ió n p r o v e n z a l n o c a y e r a e n e l o lv id o e n m o m e n t o s e n q u e la s d e c is io ­
n e s h a lá jic a s d e R . Itz ja q A lfa s i e sta b a n a b r ié n d o se c a m in o e n P r o v e n z a p o r in te r m e d io d e
U. Ic h u d á d e B a r c e lo n a y d e R . A b ra h a m A v B e it D in .
 108 Havivah Pedayah

m ism a lín ea, p o d e m o s d e c ir q ue e ste fe n ó m e n o se c o rre sp o n d e c o n el

h e c h o d e q u e p a rte d e sus e sc rito s e sté n re la c io n a d o s c o n o tro fe n ó m e ­
n o p re v a le c ie n te e n tre los sa b io s d e P ro v e n za : ju s ta m e n te su v a c ila c ió n
a la hora d e p o n e r p o r e sc rito la tra d ic ió n c a b a lístic a q u e p o se ía n , es d e ­
cir, u n a tra d ic ió n e n sa m b la d a c on e le m e n to s h e rm é tic o s y h a lá jic o s. D i­
c h o d e o tra fo rm a : n o se p o n ía p o r e sc rito ju s ta m e n te lo q u e se d a b a p o r
s o b re e n te n d id o 158 y, q u iz á tam b ié n p o r e so , la p a rte d e las n o c io n e s
a tin g e n te s al s a b e r c a b a lístic o q u e se p u so p o r e sc rito c o rre sp o n d e a c rí­
tic a s y p o lé m ic a s q u e rep re sen ta n u n a p a rte ín fim a d e u n a d o c trin a y un
c o n o c im ie n to e x e g é tic o c o m p le to s q u e no se m u estra n ; q u iz á tam b ié n
p o r e so se p e rd ie ro n en su m a y o r p a rte .159 Si a n a liz a m o s el c a rá c te r de
las e n se ñ a n z a s te m p ra n a s d e la d o c trin a e so té ric a , p o d e m o s d e c ir q u e
fu e ra d e a lg u n a s a n o ta c io n e s co rtas p a ra a y u d a r a la m e m o ria y al re p a ­
so (R . A b ra h a m Av B e it D in ) y unas c u a n ta s e n se ñ a n z a s b re v e s so b re
la T o rá (R . A b ra h a m b en D a v id ), los p rim e ro s c a b a lista s p e q z nos
o c u p a m o s p u sie ro n p o r e sc rito ju sta m e n te a q u e llo q u e e ra v e rd a d e ra ­
m e n te n u e v o ;160 el m a te ria l an tig u o se a p re n d ía o ralm en te .
P a ra te rm in a r el a n á lisis de la fig u ra d e R. A b ra h a m ben D a v id ,
a ñ a d iré q u e c re o q u e el c o n te x to del a m b ie n te en el b e it m id r a s h , tal
c o m o h e tra ta d o d e d e s c rib irlo , c o n s titu y e el c o n te x to p rin c ip a l en el

1 5 8 . L o s v ia j e s d e R a s h i a A le m a n ia y d e v u e lta a F r a n c ia p u e d e n e x p lic a r e l c a r á c te r
d e su o b r a y e s t a b le c e r u n a r e la c ió n e n tr e la m ig r a c ió n g e o g r á f ic a y la v e r s ió n d e la e n s e ­
ñ a n z a o r a l p o r e s c r ito . V é a n s e A . 1. A g u s , “R a s h i u b e it m id r a sh o ” e n B . R o th ( c o m p .) , T e -
q u f a t h a ’o f e l : h a i e h i i d i m b e E u r o p a h a n o t z r i t , T e l A v iv , 1 9 7 3 , p á g s. 1 2 8 - 1 2 9 ; S o lo v e it c h ik ,
ib id ., p á g s . 1 3 - 1 6 ; G r o s s m a n , J a k h a m e i T z a r f a t , p á g s . 1 2 6 - 1 3 1 ; S . S c h w a r z f u c h s “ R c sh it
d a r k o sh e l R a s h i” , e n Z . A . S t e in f e ld ( c o m p .) , R a s h i : i ’u n im b e i e t z i r a t o , R a m a l G a n , 1 9 9 3 ,
p á g s . 1 7 7 - 1 8 3 . E l h e c h o d e q u e e n P r o v e n z a n o se d ie ra n e s o s m o v im ie n t o s , a s í c o m o la c o ­
h e s ió n in te r n a y la c o n tin u id a d d e l c e n tr o p r o v e n z a l, p u e d e n c o n tr ib u ir a e x p lic a r q u e n o se
p u sie r a n la s e n s e ñ a n z a s p o r e s c r it o c o m o c o m e n ta r io s s in o e n o tra s f o r m a s d e e sc ritu r a ; a
la d if ic u lt a d d e a c e r c a r n o s a u n m é to d o d e e s tu d io d e l T a lm u d y la h a l a j á q u e c o n s t it u y e n
p a rte d e u n m u n d o e s p ir itu a l c o m p r e h e n s iv o , s e su m a la d ific u lt a d d e r e c o n s tr u ir lo s c o ­
m ie n z o s d e la c á b a la .
1 5 9 . O tra m a n e r a d e c la r if ic a r e l u s o q u e h a c e R . A b r a h a m b e n D a v id d e l c o n c e p t o d e
“ s e c r e t o ” c o n s i s t e e n c o m p a r a r lo c o n N a jm á n id e s : e n e l ú n ic o lu g a r d e l c o m e n ta r io d e e s ­
te ú ltim o a la G u e m a r á d o n d e a lu d e a la p o n d e r a c ió n h a lá jic a e n q u e h a y e le m e n t o s m is t é ­
r ic o s , e m p le a , ta m b ié n é l, la p a la b r a “se c r e t o ” . V é a s e e l c o m e n ta r io d e N a j m á n id e s a S h a -
v u ’o t 2 9 :1 : “ Y la e x p l ic a c ió n d e lo q u e h a y e n tr e N e d a r i m y S h a v u ’o t [ c o n t ie n e ] s e c r e t o ” ;
un e s t u d io m á s d e t a lla d o e n P e d a y a h , H a R a m b a n , c a p . 5; v é a s e ta m b ié n A b r a m s , K e t i v a t
h a s o d , p ágs. 9 4 -1 0 3 .
1 6 0 . M e r e f ie r o a d is tin ta s r e la c io n e s e n tr e la s x e f i r o t q u e tie n e n q u e v e r c o n la s in t e n ­
c io n e s q u e h a y q u e te n e r e n m e n t e d u ra n te e l r e z o .
 "V\J*
Los comienzos de la cabala en Provenza 109

(|iie h ay q u e c o lo c a r las fa m o sa s p a la b ra s q u e h an s id o c ita d a s en m u l­

lí pies o c a sio n e s:

ya ap areció la insp iración divina en nuestro b e it m id ra sh desde hace

varios años y ya establecim os que él [el m irto cu y a punta está rota] no
es válid o [para ser utilizado en la fiesta de Sucot] co m o trae la
M ish ná , y todo está claro en nuestra co m p ilació n y [por ello] nos han
da do un lu g ar en el C ie lo .161

Q u is ie ra ha cer, p o r ú ltim o , las sig u ie n te s p u n tu a liz a c io n e s: a) una

vez m ás, re s u lta c la ro q u e R. A b ra h a m ben D a v id e s c rib e en el lu g a r
en q u e c re a e in n o v a , el lu g a r q u e le a sig n a ro n p a ra c o n fin a rs e y p e r ­
g e ñ a r su o b ra y no d o n d e lim ita rse a tra n s m itir lo q u e y a e x istía ; b) la
in sp irac ió n d iv in a se re v e la en el b e it m id ra sh . R . A b ra h a m b en D a v id
no d ice: “ la in sp ira c ió n d iv in a se m e a p a re c ió a m í o a m i h ijo ” , o “ así
se m e re v e ló de l C ie lo ” o “ se rev e ló la in sp ira c ió n d iv in a en m i c a s a ” .
Id lu g a r a p ro p ia d o p a ra la re v e la c ió n d e la in sp ira c ió n d iv in a , q u e fa ­
v orece en sí m ism a el p ro c e s o de la p o n d e ra c ió n y el e stu d io , es el b e it
m id r a sh b a s a d o en v a lo re s p ie tista s y c a ra c te riz a d o p o r la fo rm a d e es-
ludio q u e d e s c rib im o s an tes. C u a n d o p e n sa m o s en u n a in sp ira c ió n d i­
vina q u e se re v e la en el b e it m id ra sh , te n e m o s q u e p e n s a r a s im ism o en
la ín d o le d e un b e it m id r a sh e sp ec ífic o .

R. Isaac el Ciego

A l p a re c e r, n o se h a c o n se rv a d o d o c trin a c a b a lís tic a e sc rita d e la

p ro p ia m a n o de R. Isa a c el C ieg o . E n el c o m e n ta rio a su S e fe r Ie tz ir á
se señ ala: “ Y n u e stro m a e stro d ijo ” . 162 E n el tra ta d o B i ’u r a l S o d o t h a -

1 6 1 . H a s a g o t H a R a b a d l e M i s h n e T o r á , h a l a j o t l u l a v 8 :5 ; K a tz , H a l a j a h v e Q a b a í a h ,
p á g s. 1 2 -1 6 .
1 6 2 . P á g . 12, lin c a 2 5 6 : “Y n u e str o m a estr o d ijo ” . E n e l c o n t e x to d e l c o m e n ta r io a R a sh i,
se p r e g u n ta S . S c h w a r z fu c h s ( “ R e s h it d a r ko sh e l R a sh i” , p á g . 1 8 2 ) si s e trata d e d o s tip o s d is-
iin to s d e e sc ritu r a: q u n t r a s (c u a d e r n o d e lo s d isc íp u lo s ) y i e s o d (c u a d e r n o d e l m a e str o ). En lo
q u e r e s p e c t a al con c ep L o i e s o d h a y q u e agr egar q u e a sí lla m a R a sh i al tratad o d e R. M o sh é
I la d a r sh a n . E n lo q u e a ta ñ e al f e n ó m e n o e n sí, c a b e afirm ar q u e e l c o m e n ta r io al S e f e r I e t z i r á
e s un c u a d e r n o d e lo s d is c íp u lo s p u e s to q u e e n é l e stá e sc rito : “ Y n u e str o m a e str o d ijo ” .
 110 Havivah Pedayah

R a m b a n se m e n c io n a n e n se ñ a n z a s e s o té ric a s q u e se le a trib u y e n . T a m ­
b ié n hay un tra ta d o b re v e a trib u id o a él so b re el te m a de la C r e a c ió n .163
E s to es to d o e n lo q u e re sp e c ta al m ate ria l re la tiv o al S e fe r Ie tz ir á o al
c o m e n ta rio d e las E s c ritu ra s. S e ñ a la rlo re v iste g ran im p o rta n c ia , ya
q u e en m u c h a s o c a sio n e s re su lta d ifíc il rec ib ir, p o r m e d io d e u n a re la ­
c ió n d e los c o m e n ta r io s 164 al S e fe r Ie tz ir á , u n a im p re sió n c a b a l d e la
p o sic ió n d e l c o m e n ta ris ta en lo q u e re s p e c ta a c ie rto s te m a s c a ra c te rís ­
tic o s c o n c o n te n id o s e sp e c ífic o s d e la re lig ió n ju d ía , c o m o la T o ra y los
p re c e p to s o el e x ilio d e la S h e jin á (a p e sa r d e q u e ta m b ié n en el S e fe r
Ie tz ir á h a y a lu s io n e s a e se tem a ). E n c ie rto s te x to s d e R . l a ’a q o v ben
S h e s h e t a p a re c e n a s im is m o a lg u n o s fra g m e n to s c o rto s q u e se a trib u ­
y e n e x p líc ita m e n te a R. I s a a c .165 H a n lle g a d o ta m b ié n h a sta n o so tro s
un r e s p o n su m s u y o a c e rc a d e la b e n d ic ió n “el c o n s tru c to r d e J e ru sa -
le m ” , 1661
7u n a e n s e ñ a n z a e s o té ric a so b re los s a c rific io s q u e él tra n s m i­
6
tió a s im is m o en el tra ta d o B i ’u r a l P e ru sh h a R a m b a * - ' j a lg u n o s
te x to s c o rto s q u e tra ta n en su m a y o ría d e las in te n c io n e s q u e el o r a n ­
te d e b e te n e r en m e n te en d istin ta s p a rte s d el r e z o .168 A d e m á s, se h a
c o n s e rv a d o su fa m o s a m isiv a a N a jin á n id e s y a R. lo n a d e G e ro n a ,
q u e G e rs h o m S c h o le m d e s c u b rió y e s tu d ió 169 y q u e h a s id o o b je to d e
n u m e ro s a s in v e s tig a c io n e s .170

1 6 3 . P a ra u n r e p a so d e l o s d is tin to s m a n u sc r ito s d e l tr a tad o y s u s d if e r e n t e s v e r s io n e s

v c a s e A b r a m s , R a b í A s h e r b e n D a v i d , p á g s. 3 0 2 - 3 0 3 , 3 1 0 - 3 1 6 .
1 6 4 . E p s te in ( M i q a d m o n i o t h a i e h u d i m , p á g . 2 0 1 ) lo e n u n c ió d e fo r m a e x t r e m a .
1 6 5 . V é a s e , p o r e j e m p lo , su tra ta d o H a e m u n a h v e h a b i t a j o n , p á g . 3 5 7 , 3 6 2 , 3 6 4 .
1 6 6 . S . A b r a m s o n , I n i a n u t b e s q f r u t h a g u e o n i m , J e r u sa le m , 1 9 7 4 , p á g s . 1 5 0 - 1 5 5 .
1 6 7 . B i ’u r a l p e r u s h h a R a m b a n , so b r e L e v ít i c o , 2 3 , 1-4.
1 6 8 . S c h o le m , R e s h i t h a Q a b a l a h , p á g s. 9 9 - 1 2 6 ; M . Id e l, “ A l k a v a n a t S h e m o n e h E s -
r eh e t z e l R . Itz ja q S a g u i N a h o r ” , e n A . G o ld r e ic h y M . O r ó n ( c o m p s .) , M a s u ’o t. M e j q a r i m
b e s q f r u t h a Q a b a l a h u b e m a j s h e v e t I s r a e l, m u q d a s h i m l e z i k h r o s h e l P r o f E f r a ir n G o t t l i e b ,
J e r u sa le m y T e l A v iv , 1 9 9 4 , p á g s . 2 8 - 3 0 .
1 69 . S c h o le m , T e u d a h J a d a s h a h , p á g s. 1 4 3 -1 4 4 .
1 7 0 . Id e m , O r i g i n s o f t h e K a b b a l a h , p á g s. 3 9 3 - 4 0 4 ; J. D a n , J e w i s h M y s t i c i s m a n d J e -
w i s h E t h ic s , S e a ttle , 1 9 8 6 , p á g s . 3 3 - 3 5 ; ib id ., “H a r e q a h a r a a io n i v e h a je v r a ti le h it g a b sh u t sh e l
sa fr u t h a m u sa r h a m a s o r t it b e m e a h h a - 1 3 ” , e n W. Z . Z a d ik H a r v e y y M . Id e l ( c o m p s .) , S e f e r
h a i o v e l l e S h l o m o P i n e s b e m l e a t l o s h m o n im s h a n a h , 1, J e r u sa le m , 1 9 8 8 , p á g s . 2 3 9 - 2 5 2 ; V er-
m a n , T h e B o o k s o f C o n t e m p l a r o n , p á g s. 1 7 0 -1 7 1 ; M . S e n d o r , “T h e E m e r g e n c e o f P r o v e n -
gal K a b b a la h : R a b b i Isa a c th e B lin d ’s C o m m e n ta r y o n S e f e r Y e z ir a h ” , te s is d e d o c to r a d o ,
H arvard U n iv e r sity , 1 9 9 4 , p á g s . 1 4 8 , 3 0 4 ; A b r a m s, R a b í A s h e r b e n D a v i d , p á g s . 2 3 - 2 5 ;
M . Id e l, “ R . M o s h é b e n N a jm a n : Q a b a lá , H a lajá v e m a n h ig u tr u ja n it ” , T a r b iz , 6 4 , 1 9 9 5 , p á g s.
5 4 1 - 5 4 8 . E n lo q u e r e s p e c ta a la le c tu r a d e la m is iv a , c o n c u e r d o e n g e n e r a l c o n e l a n á lis is d e
Id el (q u e s o s t ie n e q u e h a y un d e b ilit a m ie n to e n e l e s o t e r is m o d e R . Isa a c e l C i e g o y q u e e s -
 Los comienzos de la cébala en Provenza 111

L o s p rim e ro s ra b in o s y g a o n e s p ro v e n z a le s q u e e s c rib ie ro n tra ta ­

dos h a lá jic o s , R. A b ra h a m A v B e it D in , a u to r del S e fe r H a e s h k o l, y su
y ern o R . A b ra h a m b e n D a v id , a u to r de las c rític a s a M a im ó n id e s y
padre d e R . Isa a c el C ie g o , fu e ro n ta m b ié n lo s p rim e ro s en p o n e r p o r
e scrito fra g m e n to s d e la d o c trin a e so té ric a . L a s p rim e ra s tra d ic io n e s
e scrita s d e la d o c trin a e s o té ric a p re se n ta n la fo rm a d e a p u n te s c o ito s
e fe c tu a d o s p a ra fa c ilita r la re m e m o ra c ió n y el re p a so (R . A b ra h a m Av
Beit D in ), a s í c o m o b re v e s e n se ñ a n z a s so b re la T o rá (R . A b ra h a m b en
D avid). L o s p rim e ro s c a b a lista s d e los q u e n o s o c u p a m o s en e ste e n ­
sayo p u s ie ro n p o r e s c rito ju s ta m e n te lo q u e se e s ta b a e la b o ra n d o en el
m o m e n to ;171 lo n u e v o , p u e s, fu e e sc rito , m ie n tra s q u e el m a te ria l a n ti­
guo to d a v ía se re p a sa b a o ra lm e n te ; p o r e so , la m a y o ría d e lo q u e se ha
c o n s e rv a d o es y a fru to d e la tra n sic ió n y n o re fle ja la e ta p a a n te rio r en
sí m is m a .172
C u a n d o se tra ta d e u n a e x p e rie n c ia e sp iritu a l del tip o q u e h e m o s
d e sc rip to , h ay q u e a v a n z a r c o n p re c a u c ió n a la h o ra d e c a lib ra r si R.
Isaac el C ie g o e ra o n o e x p e rto en h a la já , ya q u e su im a g e n re su lta b a s ­
tan te n e b u lo sa . N o e ra d irig e n te d e u na c o m u n id a d ni e s c rib ió n in g ú n
tra tad o d e c a rá c te r leg al; ju n to c o n ello , los a n á lisis s o c ia le s, p o r im ­
p o rta n tes q u e sean , n o e x c lu y e n la n e c e sid a d d e e fe c tu a r ta m b ié n u n a
c a ra c te riz a c ió n in te rn a d e su e x p e rie n c ia re lig io s a c o m o e x p e rto en
h a la já (q u e n o tie n e p o r q u é re s p o n d e r a un c a rg o so c ia l c o n c re to ); d i­
ch a v iv e n c ia n o es fo rz o s a m e n te ig ual a la q u e c o n lle v a u n a p o sic ió n
de lid e ra z g o o la e sc ritu ra d e p o n d e ra c io n e s o n o v e lla e en el te rre n o
h a lá jic o .173 R e su lta in te re s a n te c o n s ta ta r q u e el m a te ria l q u e no s h a líe ­

le h a b ía e n s e ñ a d o p r e v ia m e n te e n G e r o n a ) . E n m i o p in ió n , e n o t r o lu g a r d e la m is iv a h a y q u e
p o n er e n d u d a p a rte d e la d e s c r ip c ió n ( in c lu s o a u n q u e N a jm á n id e s y R . lo n a h h a y a n in v ita ­
d o a R . Isa a c , e n a q u e l m o m e n to c o n c r e to n o a c u d ió . A u n q u e p r o p u sie r a q u e R. A s h e r f u e ­
ra a llí e n r e p r e se n t a c ió n su y a , n o p o d e m o s sa b e r si e l v ia je s e lle v ó a e f e c t o o n o ; p o r otro
la d o , ta m p o c o p o d e m o s e st a b le c e r d e fo r m a in e q u ív o c a q u e n o l le g ó a G e r o n a ).
1 7 1 . M e r e f ie r o a lo s d is t in to s v ín c u lo s c o n la e str u ctu ra c o m p u e s t a p o r la s d ie z s e f i-
m t y su r e la c ió n c o n la s in t e n c io n e s q u e h a y q u e p o n e r e n c ie r t o s m o m e n t o s d e la o r a c ió n
o b ie n a lo s v ín c u lo s e n tr e c o n c e p t o s n e o p la t ó n ic o s e im á g e n e s p r o v e n ie n t e s d e l m u n d o d e l
m id r a s p o r u n la d o , y s í m b o l o s c a b a lís t ic o s p o r o tr o .
1 7 2. V é a s e m á s arriba, d o n d e c a li f i c o al m a ter ia l p r o t o c a b a lís t ic o d e t e s t im o n io e sc r i-
lo , p o r s u p u e s t o p a r c ia l, a c e r c a d e l “e st a d o d e la c o n c ie n c i a ” d e la tr a n s ic ió n m ie n tr a s e sta
se e st a b a lle v a n d o a c a b o ; e n su m a y o r p a r te , n o h a lle g a d o h a st a n o s o tr o s .
1 7 3 . Q u iz á r e s u lte c o n v e n ie n t e p r oc u r ar d e fin ir a lg u n o s tip o s d e e x p e r to s e n h a l a j á .
P o d e m o s d e c ir q u e “c r e a c ió n ” h a lá jic a p ara lo s r e c lu id o s e n e l b e i t m i d r a s h y d e d ic a d o s al
 112 Havivah Pedayah

g a d o c o m o fru to rea l d e la p lu m a d e R. Isa a c , aq u el en el q u e a p a re c e

c o m o a u to r e n p rim e ra p e rso n a , son cartas: su fa m o sa m is iv a a N a jm á -
n id e s y a R. lo n a d e G e r o n a ,174175y o tra c a rta q u e p u e d e in c lu irse en el
g é n e ro d e los r e s p o n s a .]15 El tem a d e e s ta ú ltim a es la e n u n c ia c ió n de
la b e n d ic ió n “E l q u e e d ific a J e ru s a le m ” en la p le g a ria S h e m o n e h E s-
reh, con la fó rm u la : “D io s d e D a v id y C o n s tru c to r d e J e ru s a le m ” , tal
c o m o a p a re c e e n el T a lm u d J e ro s o lim ita n o .17617E n m i o p in ió n , h ay q u e
re la c io n a r e ste fe n ó m e n o con el h e c h o d e q u e R . Isa a c n o p a re c e h a b e r
e s c rito p e rs o n a lm e n te n in g ú n tra ta ta d o c a b a lístic o . E s d e c ir, q u e se v a ­
lió d e la e s c ritu ra p a ra los a su n to s p ra g m á tic o s en q u e tra d ic io n a lm e n ­
te se e m p le a e s te m e d io d e e x p re sió n : c u a n d o n e c e s ita b a e n v ia r un
m e n sa je .

Dios de David y constructor de Jerusalem

S e g ú n to d o s los te stim o n io s, R. Isa a c el C ie g o te n ía la c o s tu m b re

d e e m p le a r la fó rm u la d el T alm u d J e rs o lim ita n o en e sta b e n d ic ió n de
la p le g a ria S h e m o n e -e s r e h , lo q u e c o n c u e rd a c o n su d o c trin a c a b a lís ti­
ca. ¿ S e ta ta en e ste c a so d e u n a tra d ic ió n q u e le h a b ía sid o tra n sm itid a ,
o fu e él p e rs o n a lm e n te q u ie n d e c id ió c a m b ia r su fo rm u la c ió n ? L a m a ­
y o ría d e los in v e s tig a d o re s e stim a q u e se tra ta d e u n a in n o v a c ió n suya.
A lo q u e se a ñ a d ie ro n las e s p e c u la c io n e s en to rn o a si R. Isa a c el C ie ­
g o e ra o no un e x p e rto en h a la j á .'71

e s t u d io d e la G u e m a r á a lo la r g o d e u n a jo r n a d a e s a lg o m á s a m p lio q u e e l p u ro h e c h o d e
p o n e r la p o r e s c r ito . H a y q u e e sf o r z a r s e al m e n o s p o r a c u ñ a r d is tin to s r a n g o s o s it u a c io n e s
in te r m e d ia s a d ic io n a le s y m á s c o m p le j a s a la c u e s t ió n d e si e l c a b a lis ta e s o n o e x p e r to e n
h a l a j á . E n tre o tr a s, p o r e j e m p lo , la c u e s tió n d e si s e trata d e u n a e x p e r ie n c ia r e lig io s a c o ­
m o la d e p e r m a n e c e r d ía y n o c h e e s tu d ia n d o T orá y h a l a j á .
1 7 4 . S c h o le m , T e u d a h J a d a s h a h , p á g s. 1 4 3 - 1 4 4 .
1 7 5 . A b r a m s o n , I n i a n u t, p á g s. 1 5 1 - 1 5 2 .
1 7 6 . V é a s e T J, B e r a j o í , 4 :5 ; R o s h H a s h a n á , 4 :6 . H a y n u m e r o s o s e s t u d io s so b r e e s t e
te m a . V é a s e u n a n á lis is n u e v o y a c tu a liz a d o en U . E h r lic h , “L e n u sj a n h a q a d u m s h e l b ir k a t
‘B o n e h I e r u s h a la im ’ v e - ’B ir k a t D a v i d ’, b a te fila h ” , P e a m i m , 7 8 , 1 9 9 9 , p á g s. 1 6 -4 3 .
1 7 7 . S c h o l e m ( R e s h i t h a Q a b a l a h , p á g . 1 0 2 ) s e ñ a la q u e n o h a y lib r o s s u y o s so b r e
c a m p o s q u e n o te n g a n r e la c ió n c o n e l e s o t e r is m o , y a s e a h a l a j á , e x é g e s i s m id r á s h ic a o é t i ­
c a ; a c o n t in u a c ió n a fir m a q u e: “ si e ra g r a n d e , r e s u lta c la r o q u e n o e ra p o r su e x c e l e n c i a e n
la s r a m a s d e la T o r á ” ; v é a s e ta m b ié n K a tz , H a l a j á v e q a h a l a h , p á g s . 1 7 - 2 0 . K a tz e s c r ib e
e n tr e o tr a s c o s a s : “R . Is a a c e l C i e g o , la p e r so n a lid a d c a b a lís t ic a m á s d e s t a c a d a d e l g r u p o ,
 Los comienzos de la cabala en Provenza
A
113

E l te x to d e la m isiv a, así c o m o el te stim o n io d e o tro s c a b a lis ta s ,178

no s in fo rm a n d e q u e e sa e ra fó rm u la q u e R. Isa a c el C ie g o a d o p ta b a en
sus re z o s. H a y e n las e n s e ñ a n z a s d e e ste ra b in o un p ro fu n d o se c re to
c a b a lís tic o q u e v in c u la el te m a d e la Je ru s a le m c o n s tru id a con el d e
D a v id c o m o re fo rm a d o r, p e ro , en e ste r e s p o n s u m , R. Isa a c n o h a c e re ­
fere n c ia a lg u n a al m o tiv o in te le c tu a l del c a m b io , s in o q u e se o c u p a e x ­
c lu s iv a m e n te d e e s c la re c e r la fó rm u la re fo rm a d a y p rim itiv a de la o ra ­
c ió n . L a s p ru e b a s q u e a p o rta n o s p e rm ite n a p re c ia r el a lc a n c e d e su
e ru d ic ió n , los c o n te x to s d e su e s c ritu ra y la p ro fu n d a re la c ió n q u e en -
tra m a los te m a s h a lá jic o s y c a b a lístic o s c o m o in te g ra n te s in se p a ra b le s
de la n o c ió n d e T orá o r a l.179
R . Isa a c el C ie g o e ra c o n o c id o c o m o e x tre m a d a m e n te p u n tillo s o y
p e rito en la o ra c ió n y, p o r lo tan to , p o d e m o s c o n je tu ra r q u e en su r e s ­
p o n s u m s o b re la fó rm u la e x a c ta de la p le g a ria b u s c ó p re c e d e n te s p ara
fo rta le c e r la n o c ió n d e c o n tin u id a d v iv a d e las tra d ic io n e s d e l T a lm u d
Je ro s o lim ita n o . E n su b ú s q u e d a se b a só en lo e s c rito a c e rc a d e lo s re ­
zos, los lib ro s d e o ra c io n e s p a ra las fe stiv id a d e s, los p o e m a s litú rg ic o s

p e r o q u e n o e s c o n o c id o c o m o s u c e s o r d e su p a d re e n [e l te r r e n o d e la] h a l a j á ” ( ib id ., p á g .
17). E n c a m b io Id e l (J M o s h é b e n N a j m a n , p á g s . 5 7 1 - 5 7 3 ) h a c e u n a d is t in c ió n e n tr e N a jm á -
n id e s c o m o e x p e r t o e n h a l a j á y R . Isa a c e l C ie g o q u e , s e g ú n é l, n o lo e ra si n o s a t e n e m o s
a c a t e g o r ía s c la r a s d e lid e r a z g o r e l i g io s o - s o c i a l . H a y q u e e x a m in a r y d e sa r r o lla r c o n m a ­
y o r p r o fu n d id a d lo s p r e s u p u e s t o s fu n d a m e n ta le s d e la i n v e s t i g a c i ó n y n o ju s t a m e n t e d e l
a n á lis is f e n o m e n o l ó g ic o o f i l o s ó f i c o d e lo q u e e s un “ e x p e r to e n h a l a j á ” . A d e m á s d e la s
d e f i n i c i o n e s al u s o , ta m b ié n e s im p o r t a n te la c o n c ie n c ia r e l i g io s a in te r n a d e l e x p e r t o e n
h a l a j á . L a im p o r ta n c ia d e e s t e tip o d e c o n c ie n c i a e s tr ib a e n la e x is t e n c i a d ia lé c t ic a d e un
f o r ta le c im ie n t o in te r n o a n te p o st u r a s o e n f o q u e s c o n tr a p u e s to s . E n m i o p in ió n , p o d e m o s
c o n si d e r a r q u e la te n d e n c ia m á s in m e d ia ta d e u n c a b a lis t a e x p e r t o e n h a l a j á , e s u tiliz a r e l
e le m e n t o e s o t é r i c o p ara so s t e n e r la tr a d ic ió n h a lá jic a q u e a lte r a y r e n u e v a la fó r m u la e s t a ­
b le c id a , y n o s e lim ita a d ar s ig n i f i c a d o a u n a c o s tu m b r e tr a d ic io n a l e x is t e n t e d e s d e a n t i­
guo.
1 7 8 . S o n e s p e c ia lm e n t e im p o r ta n te s la s p a la b r a s d e R . I a ’ a q o v b e n S h e s h e t , q u e tu v o
c o n t a c to d ir e c to c o n R . Is a a c , e n su lib ro H a e m u n a h v e h a b i t a j o n \ in c lu id o e n C h . B . C h a -
v e l (c o m p .) , K i t v e i R a m b a n , 2 , J e r u sa le m , 1 9 6 4 , p á g . 3 9 6 .
1 7 9 . R . Isa a c e l C ie g o m e n c io n a a R . E lie z e r K alir , e l S h e m o n e h E s r e h d e E lia h u ( T z a -
l u t a d e E l i a h u ) , H a l a j o t G u e d o l o t , M i d r a s h T a n ju m a , e l c o m e n ta r io a C r ó n ic a s, y al R a s h -
b a m (R . S h m u e l B e n M e ir ) , A g a d t a d e S h e m u e l , u n a n tig u o lib r o d e o r a c io n e s p a r a la s f e s ­
tiv id a d e s, p o e m a s lit ú r g ic o s p a r a m i n j á y tr a tad os a n tig u o s q u e in c lu y e n la u t iliz a c ió n d e
N o m b r e s , t o d o e ll o a d e m á s d e r e fe r ir se al T a lm u d J e r o s o lim ita n o y al b a b iló n ic o . V é a s e e l
r e s p o n s u m q u e p u b lic ó A b r a m s o n , I n i a n u t , p á g s. 1 5 2 - 1 5 5 y e l a n á lis is y o b s e r v a c io n e s q u e
ahí h ace.
 114 Havivah Pedayah

y los m id ra sim . S a b e m o s q u e uno d e los m e d io s p rin c ip a le s a tra v é s de

los c u a le s se tra n s m itió la d o c trin a e so té ric a fu e la o ra c ió n . C a b e p re ­
g u n ta rs e si R . Isa a c d e sc rib e ú n ic a m e n te v e rsio n e s q u e e x a m in ó p a ra
s o s te n e r y e s c la re c e r la v e rsió n q u e p o se ía n sus m a y o r e s ,180 si fu e él
a u to r d e la in n o v a c ió n , o si los e sc rito s en to rn o a la o ra c ió n fu e ro n a
p rio ri el g é n e ro a tra v é s del c u a l y p o r m e d io d e c u y o s c o m e n ta rio s se
le le g ó la d o c trin a e so té ric a ju n to c o n o tro s a sp e c to s d e la h e re n c ia e s ­
p iritu a l d e su s m a y o r e s .181 R e su lta d ifíc il re s p o n d e r a e s ta p re g u n ta ;
q u iz á s e s te m o s a q u í a n te un te s tim o n io a n tig u o d e la re la c ió n e n tre el
c e n tro p ro v e n z a l y el d e la T ie rra d e Isra e l, y a q u e se tra ta d e la v e r­
sió n d e la b e n d ic ió n tal cu al a p a re c e en el T a lm u d J e ro s o lim ita n o .182
E s p o sib le q u e p o d a m o s h a b la r en e ste caso , tal c o m o h a n s e ñ a la d o los
in v e s tig a d o re s d el ju d a is m o a sk e n a z í, d e u n a re la c ió n e n tre la tra d ic ió n
h a lá jic a d e la T ie rra d e Isra e l y el T a lm u d J e ro s o lim ita n o p o r un lado,
y la tra d ic ió n local p o r el o tro ; a u n q u e a c a so se tra te d e u r ve. '■ 'gio q u e
se c o n s e rv ó m ás en el te rre n o d e la o ra c ió n y d el “ se c re to ’ y q u iz á s el
v ín c u lo e s p e c ífic o h a y a q u e b u sc a rlo en la p ro p a g a c ió n d e tra d ic io n e s
p ro v e n ie n te s d e I ta lia .183
Q u is ie ra s u b ra y a r q u e e s to n o p a sa d e s e r u n a s u p o s ic ió n y q u e no
p u e d e d a rs e p o r “ s e g u ro ” q u e R. Isa a c el C ie g o “ in n o v a r a ” la f o rm u ­

1 8 0 . R . A b r a h a m A v B e it D in c it a e n e l S e f e r H a e s h k o l, p á g . 2 8 , la v e r s ió n d e l T a lm u d
J e r o s o lim ita n o p a r a to d a s la s o r a c io n e s S h e m o n e h E sre h -, d e su s p a la b r a s n o p o d e m o s d e ­
d u c ir c u á l e s la fó r m u la q u e é l u tiliz a b a .
1 8 1 . S o y c o n s c i e n t e d e q u e p o d e m o s p la n te a r e n e s t e c o n t e x to u n a c u e s t ió n a d ic io n a l:
¿ P r o v e n ía d e su s m a y o r e s e st a d o c t r in a se c r e ta tal c o m o e st á lig a d a a la v e r s ió n u tiliz a d a e n
la p le g a r ia , o s e tr a n sm it ió p o r m e d io d e a lg u ie n p r o c e d e n te d e Ita lia ? R . Isa a c e l C i e g o , e n
su r e s p o n s u m , h a c e r e fe r e n c ia a un a n t ig u o lib ro d e o r a c io n e s p ara la s f e s t iv id a d e s e n e l q u e
la v e r s ió n q u e tra e d e l p o e m a litú r g ic o : “ d a lu z y a g u a D i o s d e D a v id y c o n s tr u y e
J e r u sa le m ” s e e n c u e n t r a , p o r e j e m p lo , e n e l lib r o d e o r a c io n e s p ara la s f e s t i v id a d e s d e la c o ­
m u n id a d d e R o m a ( c o m o s e ñ a ló A b r a m so n , p á g . 1 1 ); v é a s e ta m b ié n H a k o h e n , H c i t a l m u d
H a ie r u s h a lm i.
1 8 2 . T J, B e r a j o t , 4 :5 ; R o s h H a s h a n á , 4 :6 . L a p o s ic ió n d e s c o lla n t e d e l T J e n tr e lo s e r u ­
d it o s d e P r o v e n z a s e p o n e d e m a n if ie s t o e n d is t in to s a s p e c t o s . V é a s e B e n e d ik t , M e r c a z h n -
T o r á , p á g . 11; v é a s e ta m b ié n H a k o h e n , ib id e m .
1 8 3 . L a r e la c ió n e n tr e P r o v e n z a y R o m a e n c u e n tr a e x p r e s ió n ta m b ié n e n la lle g a d a d e
R . N a t a n d e R o m a p ara e st u d ia r c o n R . M o sh é H a d a r sh a n . L a r e la c ió n e n tr e Ita lia y P r o ­
v e n z a fo r m a p a r te a s im is m o d e la r e la c ió n b á s ic a c o n e l c e n tr o e n la T ier r a d e Isr a e l. V é a ­
se R . B o n f il, “ B e in E r e t z - Isr a e l le b e in B a b e l: q a v im le j e q u e r t o le d o t h a ta r b u t s h e l h a ie h u -
d im b e lt a lia h a d r o m it u b e E u r o p a h a n o tz r it b im e i h a b e in a im h a m u q d a m im ” , S h a l o m , 5 ,
1 9 8 7 , p á g s . 1 9 -2 9 .
 Los comienzos de La cabala en Provenza 115

lación d e las o ra c io n e s . In c lu s o si, en e ste p u n to , h u b ie ra in tro d u c id o

( 'le c tiv a m e n te un “n u e v o ” e n u n c ia d o , c re o q u e h a b ría q u e m a tiz a r la
a s e v e ra c ió n d e q u e se tra ta d e la d e c is ió n d e un c a b a lis ta q u e n o e ra
e x p e rto en h a la já . E l h e c h o d e q u e el to s a fis ta R . M o s h é h ijo d e R.
lom T o v d e L o n d re s re z a ra ta m b ié n e m p le a n d o e s a fó rm u la , tal c o m o
su h ijo R . E lia h u a f ir m a ,184 r e s ta fu e rz a a q u ie n e s s o s tie n e n q u e se
trata d e un p a s o ra d ic a l d a d o p o r un c a b a lis ta q u e n o e ra e x p e rto en
lu ila já ; e s ta a firm a c ió n se b a s a en la s u p o s ic ió n d e q u e el s is te m a h a-
lájico re c h a z a n o v e d a d e s d e e s te ta la n te .185 E n tal c a so , la re la c ió n de
R. Isa a c el C ie g o c o n la o ra c ió n se a s e m e ja a la d e R . Ie h u d á H e ja sid .
Se tra ta , en a m b o s, d e u n a re la c ió n c o n s e r v a d o ra c o n re s p e c to a la
o ra c ió n y p u n tillo s a c o n las p a la b ra s q u e la c o m p o n e n , p o r u n lad o ,
pero q u e m a n tie n e u n a lib e rta d d e e le c c ió n en c u a n to a su f o rm u la ­
c ió n .186

Esoterismo y revelación

E l p a s o d e e s o te ris m o a re v e la c ió n en los in ic io s d e la c á b a la fu e
re la tiv a m e n te rá p id o y p ro n u n c ia d o , y e stu v o re la c io n a d o ta m b ié n co n
un m o m e n to d e te rm in a d o en q u e se p ro d u jo un c ru c e d e un e je m ís ti­
co b a s a d o s o b re to d o en la e sc ritu ra (S e fe r H a b a h ir ) c o n o tro d e tra d i­
c io n e s tra n s m itid a s p rin c ip a lm e n te de fo rm a o r a l.187 E n la c a rta q u e ya
h em o s m e n c io n a d o , R a b í Isa a c el C ie g o e sc rib ió : “ y lo e s c rito n o tie ­
ne d u e ñ o 188 y a q u e m u y a m e n u d o se p e rd e rá o m o rirá n sus p ro p ie ta ­
rio s y los lib ro s lle g a rá n a m a n o s d e ig n o ra n te s y frív o lo s y el N o m b re

1 8 4. T o s q f o t d e R . M o s h é h ijo d e R . lo m T o v d e L o n d r e s al tratad o P e s a j i m , c ita d o p or

E. U r b a c h , M e j q a r i m b e m a d a e i h a ia h a d u t , J c ru sa le m , 1 9 9 8 , p á g s . 3 4 - 3 5 ; v é a n s e la s n o ta s ahí.
1 8 5 . Y. K a tz , H a l a j á v e Q a b a l a h , J e r u sa le in , 1 9 8 6 , p á g . 18.
1 8 6 . U n a r e la c ió n d e la q u e h a b la 1. M . T a -S h m a e n su r e s e ñ a “A b r a h a m G r o s sm a n ,
J a k h m e i A s h k e n a z h a r is h o n im ” , K ir y a t S efe r , 5 6 , 1 9 81 , p á g s. 3 4 8 -3 4 9 .
1 8 7 . C o n e s t o n o p r e t e n d o a firm ar q u e s e trate d e l p r im er e n c u e n tr o d e e s o s e j e s (a la
v e z s e m e j a n t e s y d is t in to s so n lo s c o m ie n z o s d e la e x é g e s i s al S e f e r l e t z i r á ) , s in o q u e e s un
e n c u e n tr o s ig n i f i c a t i v o p ara e l su r g im ie n to d e la c á b a la . C r e o ta m b ié n q u e s e trata d e la ú n i­
c a s e c c i ó n q u e p e r m ite e n te n d e r e l r e c e p to r d e l q u e e s t a m o s h a b la n d o . L a e x is t e n c ia d e
o tr a s s e c c i o n e s e x p lic a t iv a s su r g e d e l c o n t e x to d e l b e i t m i d r a s h y e l c o n t a c to c o n s is t e m a s
n e o p la t ó n ic o s . V é a s e ta m b ié n P e d a y a h , H a R a m b a n , c a p ítu lo 1.
1 8 8 . S o b r e la fo r m a c o m o e st á e s c r ito , v é a s e L ie b e s , M i d o t a v .
 116 Havivah Pedayah

d e l C ie lo re s u lta rá p ro fa n a d o [a c a u sa d e e llo ]” . H a sta a q u í h e m o s te ­

n id o n o tic ia d el p ro c e d im ie n to e so té ric o m ás b á s ic o y o rig in a l: s im p le ­
m e n te , n o e sc rito . L a fo rm a d e tra n sm isió n , e stu d io y m e m o riz a c ió n
so n o ra le s, lo q u e c o n s titu y e el m é to d o típ ic o d e la c u ltu ra ju d ía en la
e ta p a d e la M is h n á , a n te s d e q u e fu e ra p u e s ta p o r e s c rito y d a d a p o r
c o n c lu id '', y q u e s ig u ió sie n d o la fo rm a tra d ic io n a l d e la cu al se sirv ió
el ju d a is m o ra b ín ic o p a ra tra n s m itir las d o c trin a s h a sta los c o m ie n z o s
d e la c á b a la .189 A c o n tin u a c ió n , R. Isa a c d e sc rib e el p ro c e d im ie n to d e
tra n s m is ió n d e los s e c re to s h e rm é tic o s en q u e lo in ic ia ro n a él: “p o r ­
q u e m is m a y o re s fu e ro n n o b le s y p ro p a g a ro n la T o rá en p ú b lic o ” , lo
q u e no s in fo rm a ta m b ié n d e la re la c ió n de q u ie n e s c o n o c ía n y se g u ía n
las tra d ic io n e s y m é to d o s d e e n se ñ a n z a del T a lm u d en la v id a d iaria,
co n los in ic ia d o s e n las d o c trin a s e so té ric a s. E n e ste c o n te x to , re su lta
a s im is m o im p o rta n te d ife re n c ia r e n tre “ m u c h o s ” y “ u n o s c u a n to s ” :
“ p ro p a g a ro n la T o rá en p ú b lic o y n o sa lió p a la b ra d e su ’ «oc ” . El h a ­
bla, la tra n s m is ió n o ral, c o n stitu y e , ta m b ié n a q u í, un m é to d o re s e rv a ­
d o a u n a m in o ría , a c o n ta d o s in d iv id u o s, n o es la m a n e ra d e d irig irs e
al p ú b lic o g e n e ra l, “ y se c o n d u c e n c o n e llo s c o m o [con] p e rs o n a s q u e
n o so n e x p e rta s en s a b id u ría y lo vi de e llo s y a p re n d í” . E s ta c o rta f ra ­
se n o s p ro p o rc io n a m u c h a in fo rm a c ió n so b re la m a n e ra c o m o s u rg ió la
d o c trin a e s o té ric a en los p rim e ro s m o m e n to s. D e u n a fa m ilia : “ p o rq u e
m is m a y o re s ” ; d e u n a fa m ilia ra b ín ic a q u e e je rc ía el lid e r a z g o :190 “ fu e­
ro n n o b le s y p ro p a g a ro n la T o rá en p ú b lic o ” ; lo q u e no s m u e s tra ta m ­
b ié n la re la c ió n e n tre h a la já y c á b a la y el v ín c u lo q u e se d io , d e n tro d el
lid e ra z g o ra b ín ic o , e n tre los q u e c o n o c ía n y se g u ía n las tra d ic io n e s y
m é to d o s d e e n s e ñ a n z a del T a lm u d en la v id a d ia ria , y los in ic ia d o s en
las d o c trin a s e so té ric a s. L a im p o rta n c ia d e l m a g is te rio d e los a n c e stro s
en e sa fa m ilia se d e s p re n d e tam b ié n d e las p a la b ra s d e R. A s h e r ben
D a v id e n su p re fa c io al c o m e n ta rio d e los tre c e a trib u to s d e D io s .191 L a
d e s c rip c ió n d e R. Isa a c el C ie g o p re se n ta un a c u sa d o p a ra le lis m o con
la s itu a c ió n d e los ja s id i m d e A s q u e n a z .192

1 8 9 . P e d a y a h , H a R a m b a n , c a p . 1.
1 9 0 . P a ra la r e la c ió n e n tr e lid e r a z g o e sp ir itu a l, c a d e n a s g e n e a ló g i c a s y c a d e n a s d e
tr a n sm isi ó n d e la T o r á e n A sq u e n a z , v é a s e G r o ss m a n , I e r u s h a t A v o t , p á g . 2 1 7 .
1 9 1 . A b r a m s, R . A s h e r b e n D a v i d , p á g . 150.
1 9 2 . V é a s e D a n , T o r a t h a s o d , p á g s . 9 - 2 0 ; ib id ., “ H a Q a b a la h h a a s h k e n a z it: ‘lu n n o s a f ” ,
e n Íd e m ( c o m p .) , D i v r e i h a k e n e s h a b e i n l e u m i h a s h e n i l e t o l d o t h a m i s t i q a h a i e h u d i t : r e s h it
 Los comienzos de la cábala en Provenza 117

E sto p la n te a la c u e stió n d e la re la ció n e x is te n te e n tre la irru p c ió n

del e s o te ris m o y su sa lid a d e l e n to rn o d e la fa m ilia y el b e it m idrash-,
esto s d o s ú ltim o s c o m p o n e n te s c o n stitu y e n el c írc u lo m ás a m p lio q u e
ju stifica y p o s ib ilita la e x is te n c ia d e lo e so té ric o sin a c u d ir a la e s c ri­
tura, q u e r e p re s e n ta el c írc u lo m ás re strin g id o . E l lid e ra z g o c e n tra liz a ­
do (e c o n ó m ic o y e sp iritu a l, c o n o c im ie n to a b ie rto y c o n o c im ie n to e s o ­
térico) en m a n o s d e u n a fa m ilia ra b ín ic a so stu v o los s iste m a s d el sa b e r
e so té ric o y, al m ism o tie m p o , al c o m b in a rse d e n tro d e un c o m ú n á m ­
bito d e e s tu d io d e la T o rá c o n p rá c tic a s p ro p ia s d e la p ie d a d ja s íd ic a ,
p erm itió e s ta b le c e r re la c io n e s m u tu a s co n o tro s sis te m a s d e c o n o c i­
m iento q u e se c o n sid e ra b a q u e v e n ía n a c o m p le m e n ta r e se m u n d o e s ­
piritual
S e d io un te rre n o in te rm e d io q u e, en s e g u n d a in sta n c ia , se p re s e n ­
ta c o m o un p e río d o de tra n sic ió n e x tre m o . L a s e x p e rie n c ia s p ro p ia s del
b e it m id r a s h y las p a u ta s de c o n d u c ta p ro p ia s d el ja s id is m o , a sí c o m o
el e s fu e rz o p o r lo g ra r la e s p iritu a lid a d c o m o fo rm a d e v id a c o m p re ­
h en siv a q u e n o se id e n tific a e x a c ta m e n te c o n la c á b a la , la filo so fía o el
m id r a sh , p e rm itie ro n u n a e n o rm e a p e rtu ra .193 E s ta d ia lé c tic a e n tre
c o n se rv a d u ris m o e in n o v a c ió n , c o n o c im ie n to a b ie rto y e so té ric o , r e ­
nuncia v o lu n ta ria a u n a c re a tiv id a d p e rso n a l y o rig in a lid a d se p ro d u jo
en m a y o r o m e n o r m e d id a en los b a te i m id r a sh d e s ta c a d o s d e L u n e l y
P o sq u iére s. F u e d ic h a d ia lé c tic a la q u e p e rm itió f o rm a r un e n tra m a d o
de in te rre la c io n e s e n tre d o s o m ás siste m a s d e c o n o c im ie n to (c o n o c i­
m ien to ju d ío in te rn o , c o n c e p to s m id rá sh ic o s y p ro p io s del o c u ltism o ,
c o n o c im ie n to sis te m á tic o d e m a te ria s p ro fa n a s) q u e fo rja ro n e n tre to ­

h a m is tiq a b e E u r o p a , M e jq a r e i I e r u s h a la im b e m a js h e v e t I s r a e l, 6 , 1 9 8 7 , p á g s. 1 2 7 -1 2 8 ;
A b r a m s, “ K c tiv a t h a s o d b c A s h k e n a z v e h a m a a v a r liS e fa r a d ” , M a h a n a y i m , 6 , 1 9 9 4 , p á g s.
9 4 -1 0 3 .
193. S o b r e e l r e n a c im ie n to d e l s i g l o x n e n g e n e r a l, v é a n s e C . H . H a sk in s, T h e R e n a i s -
s a n c e o f t h e T w e lf th C e n t u r y , C a m b r id g e , M A , 1 9 2 7 ; S to c k , T h e I m p l i c a t i o n s o f L i t e r a c y ;
R. L. B e n s o n y G . C o n s ta b le ( c o m p s .) , R e n a i s s a n c e a n d R e n e w a l in t h e T w e lf th C e n tu r y ,
C a m b r id g e , M A , 1 9 8 2 . V é a s e ta m b ié n M . D . S w a r t z , S c h o l a s t i c M a g i c : R i t u a l a n d R e v e -
l a t i o n in E a r l y J e w i s h M y s t i c i s m , N u e v a J e r se y , 1 9 9 6 . A s im i s m o e n la c u ltu r a g e n e r a l, q u e
se e n c u e n tr a e n p e r ío d o d e tr a n sic ió n , s e d e s ta c a n la s r e la c io n e s in t e r in s lit u c io n a le s tal c o ­
m o se s e p o n e n d e m a n if ie s t o e n e s tr u c tu r a s y si s te m a s d e o r g a n iz a c ió n d e l sab er . H a y a d e ­
m á s d e s c r ip c io n e s d e s is t e m a s t e o ló g i c o s e n c o n ta c to c o n in s t it u c io n e s y u n p ú b lic o r e la ­
c io n a d o c o n e ll o s . V é a s e e l a r t íc u lo d e J e an L e c le r c e n R . L . B e n s o n y G . C o n st a b le
( c o m p s .) , R e n a i s s a n c e a n d R e n e w a l in th e T w e lf th C e n t u r y , p á g s . 6 8 - 8 7 .
118 Havivah Pedayah

d o s u n a e s tru c tu ra e sp iritu a l a b ig a rra d a . P o r o tro lad o , se d a u n a c o n ­

c o rd a n c ia e n tre la d e s in te g ra c ió n y la d e s m e m b ra c ió n d e e sta fo rm a de
v id a y la tra n s ic ió n a un tip o d e c o n o c im ie n to a b ie rto y d e c o n o c im ie n ­
to e s o té ric o c o n v e rtid o s en siste m a s q u e a c tú a n en p ro c e s o s “ in d e p e n ­
d ie n te s ” y se p a ra d o s el u n o del o tr o .194 E s c o m o si el C orpus d e c o n o ­
c im ie n to e s o té ric o se h u b ie ra d e sc o n e c ta d o d e la tie rra en q u e n a c ió y
q u is ie ra v iv ir u n a v id a in d e p e n d ie n te e n el s iste m a d e c o n o c im ie n to
g e n e ra l d o n d e e s ta b a a rra ig a d o c o m o p a rte p ro fu n d a m e n te lig a d a al
b e it m id r a s h .
E l m a te ria l te x tu a l d e c a rá c te r c o m p le jo re fle ja b a un u n iv e rso e s ­
p iritu a l c re a d o a p a rtir del e n c u e n tro d e m u n d o s d istin to s e n el b e it m i­
d r a s h . A m b o s m u n d o s e sp iritu a le s, d ife re n te s a sim p le v ista , se n u trie ­
ro n y se ra m ific a ro n en u n a p la ta fo rm a c o m p a rtid a d e v a lo re s de
rig u ro s a p ie d a d y c o n s a g ra c ió n d ía y n o c h e al e s tu d io d e la T o rá y la
h a la já . E s d e s u p o n e r q u e e sta p la ta fo rm a , c u a n d o s v iv e c o n in te n s i­
d ad , c re a un a m b ie n te n a tu ra l d e a is la m ie n to 195 q u e , p o r su p a rte , p e r­
m ite a lc a n z a r un a lto n iv el d e a p e rtu ra q u e re s p o n d e a la sed d e c o n e c ­
ta r e se in te n so m u n d o e sp iritu a l c o n siste m a s q u e c o n trib u y a n a
e x p lic a r la re a lid a d , la d iv in id a d y el se r h u m an o .
P a re c e c la ro q u e h ay u n a re la c ió n e n tre el o c a so d e e ste tip o d e b e it
m id r a s h y las d istin ta s fo rm a s d e d e s lig a m ie n to y te n sió n e n tre las d o s
e s fe ra s d e c o n o c im ie n to . D e h e c h o , el su rg im ie n to in c ip ie n te d e c o m u ­
n id a d e s in ic ia d a s en los se c re to s e s o té ric o s c u y o fo c o c o m ú n , q u e s ir­
ve d e e n la c e e n tre e lla s, es la d o c trin a h e rm é tic a e sc rita . S e tra ta d e un
d e s g a ja m ie n to d e l m o d e lo y e s tru c tu ra d e la tra n s m is ió n d el c o n o c i­
m ie n to p o r v ía o ra l d o n d e tra n sm iso r, re c e p to r y c o n te n id o d e la tra n s ­
m isió n e stá n fu n d a m e n ta lm e n te re la c io n a d o s p o r e n c o n tra rs e ju n to s en
un m is m o lugar. E n lo q u e re sp e c ta a la z o n a d e P ro v e n z a , y só lo a
e lla ,196 se p ro d u jo u n p ro c e s o nuevo: la a g u d iz a c ió n d e las e s tru c tu ra s,

1 9 4 . C r e o q u e , e n e s t a e ta p a , la d if e r e n c ia c ió n e n tr e a le g o r ía y s i m b o l i s m o e r a m e n o s
p r o n u n c ia d a q u e e n la é p o c a d e la p o lé m ic a c o n tr a lo s e s c r it o s d e M a im ó n id e s .
1 9 5 . V é a n s e S o l o v e it c h i k , T h r e e E le m e n t s , p á g s. 3 5 0 - 3 5 4 ; S c h a fe r , T h e I d e a l o f P i e t y .
E n e f e c t o , ta m b ié n e l j a s i d i s m o e s un tip o d e s o c ie d a d su p e rio r. Id e l, e n c a m b io , e n su e s ­
tu d io s o b r e l o s in i c i o s d e la c a b a la e n P r o v e n z a (Id e l, E l i t o t ) s e c e n tr ó e n c a t e g o r ía s lig a d a s
al c r ite r io e n su r e la c ió n c o n la h a l a j á .
1 9 6 . S e tra tab a d e u n a c o m u n id a d d e d ic a d a al e s t u d io d e la T o r á y la p r á c t ic a d e su s
v a lo r e s q u e p r o p o r c io n ó ta m b ié n a la tr a d ic ió n f i l o s ó f ic a lle g a d a d e E sp a ñ a , c o n lo q u e p o -
 Los comienzos de la cabala en Provenza 119

luí. I i po s d e e x é g e s is y lo s d istin to s g ru p o s so c ia le s - c a b a lis ta s , filó so -

Idn y e ru d ito s ta lm ú d ic o s -, c a d a cu al p o r su lad o , en q u e p a rte de es-
lir. u liim o s m a n tie n e n un n e x o c o n la cú b a la o la filo so fía . C o n la ag u -
d i/a c ió n d e las d e lim ita c io n e s so c io re lig io sa s, se p ro d u c e ta m b ié n un
i ii aso de la a p e rtu ra . E n e ste p u n to , hay un p a ra le lism o e n tre la ten sió n
i|iii* se p ro d u c e c o n re sp e c to a la filo so fa y a la c ú b a la , y su d iso c ia c ió n
de la v id a d el b e it m id ra sh .
I ,a im p ro n ta d e e s ta situ a c ió n se a p re c ia en el c a rú c te r y la n a tu ra -
ir /a de la c re a c ió n e sc rita d e los p rim e ro s c a b a lis ta s d e P ro v e n z a , así
i orno en su c o n c e n tra c ió n en to rn o al te m a d e l T e m p lo .197
En la m is iv a m ism a en q u e R . Isa a c el C ie g o d a la im p re sió n de d e-
Irn d e rse y d isc u lp a rs e m o stra n d o la fo rm a d e a c tu a r d e su s a n c e s tro s a
lo largo d e g e n e ra c io n e s , se e n c u e n tra ya u na d e s c rip c ió n d e c ó m o se
i o n d u c e n p a rte d e sus d isc íp u lo s. C o m o d ijim o s a n te s, los in v e s tig a ­
dores han d a d o y a n u m e ro sa s le c tu ra s d e e sta c a rta. P o r m i p a rte , en
olio s lu g a re s h e tra ta d o del c o n te x to q u e p u e d e c o n trib u ir, e n tre o tras
ro sa s, a c o m p re n d e r la situ a c ió n so b re c u y o tra s fo n d o h a y q u e situ a r
la ca rta; a h o ra tra ta ré d e ir a lg o m ús lejo s e x a m in a n d o d e n u e v o a lg u ­
nos d e ta lle s d e su c o n te n id o . R e su lta m u y ra z o n a b le su p o n e r q u e se
habla a q u í de d o s g ru p o s d e d isc íp u lo s. L o s p rim e ro s p u sie ro n e x te n ­
dí m ente p o r e s c rito c ie rta s d o c trin a s c a b a lístic a s m ie n tra s q u e los se ­

ili ía m o s lla m a r “ in g e n u id a d ” , la e s tr u c tu r a tr a d ic io n a l d e l b e i t m i d r a s h c o m o lu g a r q u e a n i­
da en su in te r io r s is t e m a s d e c o n o c im ie n t o e s o t é r ic o . P o r e s o m is m o , c o n t a m o s c o n un b u e n
. i iic r io p ara e v a lu a r la r e la c ió n q u e s e p r o d u c e e n tr e f o c o s a r q u it e c t ó n ic o s q u e d a n e x p r e -
uón a u n m u n d o e n e l q u e e l c o n o c im ie n t o s e a r tic u la e n to r n o a u n a c o lu m n a v e r te b r a l c o n ­
sist e n t e e n e l e s t u d io d e la G u e m a r á y la h a l a j á p o r un la d o , y, p o r e l o tr o , f o c o s te x tu a le s
q u e se b ifu r c a n p o r g é n e r o s y s e d ir ig e n a c o m u n id a d e s te x tu a le s .
197. C r e o m u y p o s ib le q u e la te n d e n c ia d e lo s e x p e r to s en h a l a j á s e g u id o r e s d e M a i-
m ó n id e s ( v é a s e H a lb e r ta l, B e in T o r á , p á g s . 181 s s .) a o r d e n a r su c r e a c ió n e sc r ita e n la e s -
l m e tura fo r m a l d e l b e i t m i d r a s h ( v é a s e e l S eJ 'er H a b a t i m d e R . D a v id H a k o ja b i, q u e H a l-
herlal p r e se n ta e n e l lib r o m e n c io n a d o , p e r o o b s é r v e s e ta m b ié n e l títu lo d e l lib r o d e
I la in e ir i: B e i t H a b e j i r a h [lite r a lm e n t e : “ L a c a s a d e la e le c c i ó n ” , i.e ., “ E l T e m p lo ” ] ) , a s í c o ­
m o la e x p l ic a c ió n e s p ir it u a list a q u e s e a p lic a a la s c e r e m o n ia s y a c c io n e s q u e tie n e n lu g a r
en e l T e m p lo , h a y q u e e s c la r e c e r la s ta m b ié n c o n e c tá n d o la s c o n e l e n c u e n tr o d e la f i lo s o f ía
n n iim o n id e a n a c o n e l p r o fu n d o fu n d a m e n to d e la e x p e r ie n c ia p r o v e n z a l e n to r n o a la p o s i ­
c ió n d e l T e m p lo c o m o m o d e lo d e l b e i t m i d r a s h e n su c o n d ic ió n d e e s p a c io y fo r m a d e o r ­
g a n iz a r e l c o n o c im i e n t o y c o m o c o r a z ó n d e la o r g a n iz a c ió n d e l c u lt o y n o s ó lo c o m o d e s a ­
n u d o d e u n a la b o r e x e g é t ic a e st r e c h a m e n te lig a d a a la c r e a c ió n m a im o n id e a n a . E st o , e n m i
o p in ió n , e s y a fr u to d e l e n c u e n t r o . E n o tra s p a la b r a s, ta m b ié n la f i lo s o f ía m a im o n id e a n a r e ­
c ib ió a lg o d e l f u n d a m e n to d e l m u n d o e s p ir itu a l r e lig io s o e n lo s b a t e l m i d r a s h p r o v e n z a le s .
 120 Havivah Pedayah

g u n d o s e n s e ñ a ro n en el e sp a c io p ú b lic o al aire libre. A los p rim e ro s los

lla m a sa b io s, e n te n d id o s y p ia d o so s, m ie n tra s q u e d e los se g u n d o s d i­
ce: “y p o r su s p a la b ra s se c o n o c e q u e sus c o ra z o n e s se a p a rta ro n d e la
e x c e le n c ia y c a y e ro n en la h e re jía ” . L o s p rim e ro s c o m e tie ro n g rav e s
e rro re s p o r e s c rito y lo s se g u n d o s al h a b e r h a b la d o a n te to d o el m u n ­
d o sin d isc re c ió n . D e los p rim e ro s n o se d ic e d ó n d e e sta b a n ra d ic a d o s
y p a re c e n h a b e r te n id o u n a re la c ió n d ire c ta c o n R. Isa a c , y a fu e ra c u a n ­
d o lle g a ro n a él a P ro v e n z a o c u a n d o él m is m o e s tu v o en G e r o n a ;198
los s e g u n d o s re s id ía n en B u rg o s, en C a stilla .
L o s p rim e ro s so n “ sa b io s, e n te n d id o s y p ia d o s o s q u e a la rg a ro n su
le n g u a y e x te n d ie ro n su s m a n o s p a ra e s c rib ir c o sa s g ra n d e s y te rrib le s
en lib ro s y e n su s m isiv a s, y lo e sc rito n o tie n e d u e ñ o ” ; d e los s e g u n ­
d o s d isc íp u lo s se a firm a : “ q u e e llo s h a b la n d e fo rm a d e s c u b ie rta en los
m e rc a d o s y en las c a lle s c o m o a to lo n d ra d o s y c o n fu so s, y p o r sus p a ­
la b ra s se c o n o c e q u e sus c o ra z o n e s se a p a rta ro i d e ía e x c e le n c ia y c a ­
y e ro n en la h e re jía ” . L o s d isc íp u lo s d e e sto s d isc íp u lo s v io la ro n , p o r lo
ta n to , las re g la s q u e p re s c rib ía n h a b la r a a u d ito rio s re strin g id o s d e in i­
c ia d o s , y lo h ic ie ro n en lu g are s q u e son sím b o lo s p o r e x c e le n c ia d e la
v ía p ú b lic a : “m e rc a d o s y c a lle s ” . C o n e llo , h e m o s p a s a d o tre s e tap as:
o ral, e sc rita , o ral. L a e s c ritu ra es así in te rm e d ia ria e n tre la p a la b ra q u e
p a sa d e b o c a en b o c a c o m o señal de c o n o c im ie n to c e rra d o y lim ita d o ,
y la p a la b ra q u e se d e ja o ír en el e sp a c io p ú b lic o a b ie rto c o m o se ñ al de
c o n o c im ie n to tra n s m itid o al p ú b lic o g e n e ra l. L a a firm a c ió n d e q u e e n ­
tre los d isc íp u lo s y los d isc íp u lo s de los d isc íp u lo s d e R. Isa a c el C ie ­
g o se h a b ía p r o d u c id o un fe n ó m e n o q u e se p e rc ib ía c o m o n e g a tiv o se
ve re fo rz a d a p o r su s p a la b ras: “ y así lle g ó a e llo s ” . ¿ Q u é sig n ific a e s ­
ta fra s e ? ¿ q u é es lo q u e lle g ó a e llo s? P a ra e n te n d e rlo , h ay q u e v o lv e r
a u n a fra se a n te rio r d e la m isiv a: “ y los lib ro s lle g a rá n a m a n o s d e ig ­
n o ra n te s y frív o lo s y el N o m b re d el C ie lo re su lta rá p ro fa n a d o [a c a u sa
de ello ] y así lle g ó a e llo s ” . “L le g ó a e llo s ” en el se n tid o d e “ a s í s u c e ­
d ió c o n e llo s ” [h e g u i ’a a le ih e m en h e b re o a d m ite las d o s tra d u c c io n e s.
N . d el T.]. E s o e s lo q u e p a s ó c o n ello s, q u e sus lib ro s lle g a ro n a m a ­

198. Id e l r e c o g e la s p a la b r a s d e R . Isa a c e l C ie g o : “ y y o [ e s t o y ] c o n e l l o s ” , y sa c a d e
e lla s la c o n c lu s ió n d e q u e fu e R . Isa a c q u ie n e s t u v o e n G e r o n a y n o su s d i s c í p u lo s e n P r o ­
v e n z a . H a st a q u e n o s e e n c u e n tr e n u e v a in fo r m a c ió n , e n m i o p in ió n h a y q u e a c e p ta r e st a
le c tu r a y to m a r e n c o n s id e r a c ió n su s c o n s e c u e n c ia s .
 Los comienzos de la cabala en Provenza 121

nos d e ig n o ra n te s y frív o lo s, lo q u e se ve re fo rz a d o en un lu g a r p o ste -

lio r de la c a rta d o n d e se a firm a q u e “p ro d u je ro n u n c o n tra tie m p o ” . A
■ líos no se les a d ju d ic a n in g ú n e p íte to p e y o ra tiv o , p e ro se los c o n sid e -
i .i ¡igentes d e l c o n tra tie m p o . E n c u a n to al d a ñ o q u e p ro v o c a ro n los d is-
11 pillos d e los d isc íp u lo s, R . Isa a c e m p le a p a la b ra s m u c h o m ás c o n tu n -
dentes: “ su s c o ra z o n e s se a p a rta ro n d e la e x c e le n c ia y c a y e ro n en la
h erejía” .
El e s la b ó n d e q u e h a b la c o n m e n o s d e ta lle d e to d o s es él m ism o ,
.uinq ue re s u lta c la ro q u e es él q u ien sirv e de in te rm e d ia rio e n tre a n c es-
u os y d isc íp u lo s. C u a n d o d e c la ra “ n o se m e a c o stu m b ró a s í” , e stá co n -
m d o ran d o la fo rm a d e p ro c e d e r d e sus m a y o re s, p e ro n o d a d e ta lle s d e
mi p ro p ia a c tu a c ió n . Si e n v e rd a d fu e él q u ie n e s tu v o en G e r o n a 199 y
no fu ero n su s d isc íp u lo s q u ie n e s a c u d ie ro n al lu g a r d o n d e él re sid ía ,
q u izá su fo rm a d e a c tu a r c o m o tra n sm iso r fo rm a ra p a rte , al m en o s p a r­
cial, del p ro c e s o (fu e ra c o n s c ie n te d e e llo o n o ) a u n a n te s d e q u e sus
e n se ñ a n z a s se p u sie ra n p o r e scrito . E l c írc u lo m ás a m p lio e ra el a m ­
biente e sp iritu a l d e P ro v e n z a en g e n e ra l y, en p a rtic u la r, el d el b e it m i­
d ra sh , q u e m a n te n ía y a s e g u ra b a la s a lv a g u a rd a d e los fu n d a m e n to s
del se c re to en el e s tra to so c io re lig io s o p o s e e d o r d e siste m a s n o rm a ­
tivos c ris ta liz a d o s y c la ro s. Q u iz á R . Isa a c el C ie g o n o lo tu v ie ra en
c u e n ta c u a n d o fu e a G e ro n a , e in c lu so , a u n q u e tra n s m itie ra a sus d is ­
c íp u lo s la d o c trin a e so té ric a q u e p o se ía se g ú n to d o s los p rin c ip io s q u e
sus m a y o re s c o n s id e ra b a n v á lid o s, lo h izo en o tra re g ió n y en un lu g a r
qu e n o in c lu ía las p a u ta s d e d e fe n s a q u e p ro p o rc io n a b a el m u n d o tra ­
d icio n a l, c o n o c id o y c o n stru id o , del b e it m id r a s h a c u y o fre n te se e n ­
c o n tra b a p o r lo g e n e ra l u na fa m ilia ra b ín ic a d irig e n te . H a y en e sto a s i­
m ism o u n a in d ic a c ió n m ás g e n e ra l d e la se p a ra c ió n d e c á b a la y h a la já
en á re a s d e c o n o c im ie n to q u e n o se p re se n ta n ju n ta s y s im u ltá n e a s. L a
e s tru c tu ra a n te rio r q u e u n ific a b a las d o s e sfe ra s d e c o n o c im ie n to b a jo
el te c h o d e l b e it m id r a s h fu e la q u e p o sib ilitó su b ifu rc a c ió n en un m is ­

199. T a l c o m o s u g ie r e Id e l, R . M o s h é b e n N a j m a n , p á g s . 5 4 1 - 5 4 8 , y su s p a la b r a s r e ­
su lta n c o n v i n c e n t e s . E n g e n e r a l d ig a m o s q u e , e x c e p t o c ie r t o s p e r s o n a j e s c u y o s v ia j e s f o r ­
m an p a rte d e su c a r á c t e r y d e su d e s t in o (p o r m o t iv o d e c r is is o i n d ig e n c ia p e r so n a l o n o r -
m a t iv o - s o c ia l) , n o r m a lm e n te e n e l m u n d o d e la h a l a j á so n lo s d is c íp u lo s q u ie n e s v ia ja n al
lug ar d o n d e se im p a r te la e n s e ñ a n z a . E n lo q u e se r e f ie r e a la d o c t r in a e so té r ic a , la s narra-
d o n e s d e v ia j e s d e m a e s tr o s, e n o c a s io n e s le g e n d a r io s y a v e c e s r e a le s , s o n m á s a b u n d a n te s.
122 Havivah Pedayoh

m o eje. E s ta s c irc u n s ta n c ia s c a m b ia ro n , y el c a m b io h iz o q u e los c o ­

m ie n z o s d e la c á b a la q u e d a ra n v in c u la d o s a un C orpus e s c rito d e c o n o ­
c im ie n to d e ta la n te in d e p e n d ie n te , c o rta d o de la re la c ió n d ire c ta e n tre
tra n s m is o r y re c e p to r o en el q u e , al m e n o s, a m b o s fa c to re s no ten ía n
q u e e s ta r n e c e s a ria m e n te re la c io n a d o s. E s p o sib le ta m b ié n q u e el m is ­
m o R . Isa a c el C ie g o no p u sie ra n a d a de sus e n s e ñ a n z a s p o r e s c rito y
no c a lc u la ra a p rio ri el a lc a n c e q u e ib a a te n e r el q u e p e rm itie ra h a c e r­
lo a su s d isc íp u lo s . E n m i o p in ió n , es m u y p o sib le q u e los te x to s q u e
d e él n o s h a n lle g a d o se d e b a n a la p lu m a d e su s d is c íp u lo s .200 S u a c u ­
sa c ió n p rin c ip a l a sus p rim e ro s d isc íp u lo s, los q u e s ig u ie ro n fie lm e n te
su c a m in o , e s la d e q u e e sc rib ie ro n e x te n s a m e n te so b re a su n to s q u e c a ­
lific a d e g ra n d e s y te rrib le s. N o es ló g ic o q u e a lg u ie n q u e se q u e ja d e
su s a lu m n o s c o n e se a rg u m e n to , h a g a , a su v ez, lo m ism o ; c o m o d iji­
m o s m ás a rrib a , en el c o m e n ta rio al S e fe r Ie íz ir á . q u e se le a trib u y e ,
c o n ta m o s c o n u n te s tim o n io q u e p ru e b a q u e el oro fue c o p ia d o p o r
sus d isc íp u lo s.
E n u n a m isiv a tan c o rta , te n e m o s p o r lo m e n o s c u a tro e sla b o n e s:
los a n te p a s a d o s d e R . Isa a c el C ie g o , el m ism o R . Isa a c , su s d isc íp u lo s
y lo s d isc íp u lo s d e sus d isc íp u lo s, a d e m á s de tres z o n a s g e o g rá fic a s c o ­
m o m ín im o : P ro v e n z a , C a ta lu ñ a y C a stilla . D e h e c h o , e s te re d u c id o
d o c u m e n to n o s p e rm ite a d sc rib ir tres fo rm a s d istin ta s d e e s tu d io a c a ­
da u n a d e e sa s re g io n e s: en P ro v e n z a , la tra n s m is ió n o ral y la e n s e ñ a n ­
za a u n o s c u a n to s in ic ia d o s; en C a ta lu ñ a , u n a e n s e ñ a n z a q u e p e rm ite
la p u e s ta p o r e sc rito ; en C a stilla , e n se ñ a n z a o ral en p ú b lic o .

El lugar de Provenza en los orígenes de la cábala

A u n q u e la b re v e m isiv a a n u n c ie a c o n te c im ie n to s q u e se p ro d u c i­
ría n a lo la rg o d e lo s c in c u e n ta a ñ o s s u b sig u ie n te s, se re v e la c o m o c e r­
te ra y, p o r lo ta n to , se p la n te a u n a p re g u n ta e se n c ia l: si p a rte d e los p r o ­
c e so s q u e tu v ie ro n lu g a r d e sp u é s e stu v ie ro n re la c io n a d o s , e n v e rd a d ,

200. R . Is a a c e l C i e g o p a r e c e se r e l p r im e r o - e n la c a d e n a c o n la q u e e s t á e m p a r e n ta ­
d o - q u e p e r m it ió p o n e r p o r e s c r it o un tra ta d o e n te r o y n o s ó l o lis ta s d e p a la b r a s s u e lta s p a ­
ra a y u d a r a r e c o r d a r y r ep asar .
 Los comienzos de la cábala en Provenza 123

nmi iim en te c o n u n a c a d e n a d e c a u sa s y c o n s e c u e n c ia s , o e stu v ie ro n li-

iMilus ya d e sd e un p rin c ip io y d e fo rm a e s e n c ia l al c a rá c te r b á sic o del
* .1lidio y la c re a tiv id a d so c ia l d e c a d a u n a d e e sas z o n a s g e o g rá fic a s.
I ”, decir: el c a rá c te r p ro p io d el lu g a r ¿ p u e d e h a b e r e je rc id o in flu e n c ia
v c o n trib u id o , c o n su e sp a c io y el m a rc o de su m u n d o lo cal, al c o rp u s
de c o n o c im ie n to , a su c o n te n id o , a su fo rm a y al h e c h o m is m o d e su
i re c im ie n to y d ise m in a c ió n ? ¿ S e rá e sa o tra d e las ra z o n e s p o r las q u e
l.i a c e le ra c ió n m ás p ro n u n c ia d a del s u rg im ie n to d e la c á b a la tu v o lu-
}-,ii\ fin a lm e n te , ju s to en E sp a ñ a ? ¿en C a stilla ? Q u iz á se a e s e el c o n -
icxlo so c io re lig io s o m ás e s e n c ia l p a ra el su rg im ie n to d e la e sc ritu ra
l»';cudoepig ráfica,201 e sc ritu ra e sta q u e se d irig e y a a u n a c o m u n id a d de
iniciados e n la d o c trin a e so té ric a , u n a c o m u n id a d te x tu a l d e n tro d e la
general de l b e it m id r a sh . Si q u ie n e s e s c rib ie ro n re c ib ie ro n d e sus
m aestro s q u e el m a e stro d e e sto s ú ltim o s era, a su v ez, R . Isa a c el C ie ­
go, d ic e n la v e rd a d c u a n d o a firm a n q u e los p a so s d e la tra d ic ió n d e q u e
eran d e p o s ita rio s v u e lv e n a P ro v e n z a ; só lo q u e n o c o n s ig n a n los v e r­
d ad ero s n o m b re s d e los m a e stro s. P e ro es p o s ib le q u e su s m a e stro s y
el h ech o d e q u e d ic h a tra d ic ió n p ro c e d ía d e P ro v e n z a fu e ra n re a le s en
la m ism a m e d id a en q u e lo fu e su p ro p ia v id a en C a s tilla , y a q u e e sto
c o n c u e rd a c o n los d e ta lle s h istó ric o s q u e se d e s p re n d e n d e la m isiv a de
R. Isa a c el C ie g o . E sc o n d e n sus p ro p io s n o m b re s y los d e su s m a e stro s
d e b id o a la c rític a d e q u e e ra n o b je to p o r p a rte d e la so c ie d a d y a las
d e sa g ra d a b le s c o n s e c u e n c ia s q u e p o d ía a c a rre a rle s, p e ro n o el c o n te x -
lo g e o g rá fic o p o r d o n d e el c o n o c im ie n to h izo su p e rip lo . S in e m b a rg o ,
a q u í n o se tra ta ú n ic a m e n te d e o c u lta r el tra n s m is o r c o n el fin d e lle ­
gar a c u a lq u ie r re c e p to r p o sib le y d e sc o n o c id o , sin o d e la tra n s ic ió n al
uso d e la e s c ritu ra c o m o e s p in a d o rsa l del c o n o c im ie n to . M ie n tra s q u e

2 0 1 . V é a s e e l e s t u d io d e V e rm a n , T h e B o o k s o f C o n t e m p l a t i o n , p á g s . 2 4 - 3 0 , 1 6 5 ss.;
tic e s t a fo r m a d e s c r ib í la r e la c ió n e n tr e tr a n sm iso r y r e c e p t o r e n la a p o c a líp t ic a a n tig u a , v é a ­
se P e d a y a h , H a R a m b a n , c a p . 1. E s m u y p o s ib le q u e ta m b ié n e l d e sa r r o llo d e la c á b a la e n
C a s tilla h a y a q u e e s c la r e c e r lo m á s so b r e e l tr a sfo n d o d e l c a r á c t e r e s p e c ia l d e l o s b a t e i m i ­
d r a s h y la s a c a d e m ia s r a b ín ic a s e n e s a z o n a , a s í c o m o ta m b ié n la c u e s t ió n d e la e x is t e n c ia
o n o d e e s t o s ú lt im o s . V é a s e Y. B a e r, T o l d o t h a ie h u d i m , p á g s . 5 8 - 5 9 , 1 1 2 -1 1 4 ; v é a n s e ta m ­
b ién : B . S e p t im u s , H i s p a n o - J e w i s h C u l t u r e in T r a n s i t io n : T h e C a r e e r a n d C o n t r o v e r s i e s o f
R a m a h , C a m b r id g e , M A, 1 9 8 2 , p á g . 7 , 3 0 s s ., 112 ss .; Y. L ie b e s , “ K e itz a d n itja b e r
h a Z o h a r ” , e n H a r a ’a i o n h a m e s h i j i b e l s r a e l : I o m ‘iu n l e r e g u e l m l e a t s h m o n i m s h a n a h l e -
G e r s h o n S c h o l e m , J e r u sa le m , 1 9 8 2 , p á g s . 6 8 - 7 1 .
 124 Havivah Pedayah

en P ro v e n z a se e s c rib e d e la m ism a fo rm a q u e se tra n s m itía o ra lm e n te

u n a e n s e ñ a n z a e s o té ric a , en C a ta lu ñ a es un h o m b re e n c e rra d o en su h a ­
b ita c ió n q u ie n p o n e p o r e sc rito d istin to s e stra to s d e c o m e n ta rio s en
to rn o a un tra ta d o q u e tie n e a n te su s o jo s. E n C a stilla , en c a m b io , se
e sc rib e d e la m is m a m a n e ra c o m o se h a b la en u n a d ise rta c ió n p ú b lic a .
U n a h o m ilía e n el m e rc a d o sig n ific a u n a tra n s m is ió n d e c o n o c im ie n to
c u y o o b je tiv o es, d e sd e un p rim e r m o m e n to , lle g a r a los in ic ia d o s y a u ­
m e n ta r su n ú m e ro p o r m e d io del c o n o c im ie n to del m e n sa je . El tra n s ­
m is o r d e l c o n o c im ie n to e so té ric o re q u ie re un re c e p to r “ q u e s a b e ” al
q u e tra n sm itir, y u n tra n s m is o r del c o n o c im ie n to q u e e n s e ñ a en el e s ­
p a c io p ú b lic o se in te re sa ta m b ié n p o r el re c e p to r d e s c o n o c id o .202

2 0 2 . V é a s e S t o c k , T h e I m p l i c a t i o n s o f L i t e r a c y , p á g s. 8 8 - 2 4 0 , d o n d e tra ta e l te m a d e
la s “c o m u n id a d e s t e x t u a le s ” ; d e s c r ib e e l p a s o a la p u e s ta p o r e s c r ito e n lo q u e a ta ñ e a la f o r ­
m a c ió n d e d o s t ip o s d e g r u p o s r e lig io s o s : la h e r e j ía y la r e fo r m a . D e s c r ib e a m b o s g r u p o s
d ic ie n d o q u e e m p le a n l o s t e x to s p ara j u s tif ic a r lo q u e se c o n si d e r a n n o r m a s n o te x tu a le s .
U t i l iz o e s a n o c ió n e n e l c o n t e x t o d e la r e la c ió n e s c in d id a e n tr e tr a n s m is o r y r e c e p to r e n la
tr a n sm is ió n d e l c o n o c im i e n t o q u e se h a c e p o s ib le c o n la e x is t e n c ia d e la t r a n sm isi ó n d e l c o ­
n o c im ie n t o h e r m é t ic o p o r e s c r it o , lo q u e p e r m ite c o rta r e l m e n s a je d e l tr a n sm iso r . A d e m á s ,
s u p o n g o q u e e x is t e n p o r lo m e n o s d o s tip o s d e d in á m ic a : a ) e l t e x to q u e p o n e e n c o n t a c to
a p e r s o n a s “ le j a n a s ” ; b ) e l te x to c o m o e s p in a d o r sa l d e u n a c o m u n id a d c a m u f la d a p e r o q u e
m a n tie n e u n c o n t a c to v i v o , e s d e c ir , q u e h a y u n e str a to o r a l y v it a l d e e s p a ld a s a la e s c r it u ­
ra. H a b r ía q u e e st u d ia r c u á l e s la d e f in ic ió n d e l e s p a c io , e l c o n t e x to , e n e s t e c a s o .