O documento discute a história do direito, desde as origens no Egito Antigo e Código de Hamurabi até o desenvolvimento do direito romano. Apresenta como o direito se originou de costumes e crenças e influenciou regras jurídicas ao longo da história, moldando sistemas jurídicos modernos.
O documento discute a história do direito, desde as origens no Egito Antigo e Código de Hamurabi até o desenvolvimento do direito romano. Apresenta como o direito se originou de costumes e crenças e influenciou regras jurídicas ao longo da história, moldando sistemas jurídicos modernos.
Descrição original:
O arquivo mostra uma breve explicação dá origem do direito
O documento discute a história do direito, desde as origens no Egito Antigo e Código de Hamurabi até o desenvolvimento do direito romano. Apresenta como o direito se originou de costumes e crenças e influenciou regras jurídicas ao longo da história, moldando sistemas jurídicos modernos.
O documento discute a história do direito, desde as origens no Egito Antigo e Código de Hamurabi até o desenvolvimento do direito romano. Apresenta como o direito se originou de costumes e crenças e influenciou regras jurídicas ao longo da história, moldando sistemas jurídicos modernos.
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DIREITO: ORIGEM, SIGNIFICADOS E FUNÇÕES
A HISTÓRIA DO DIREITO, como parte da História geral, estuda o Direito
como fenômeno histórico e cultural, que se forma ao longo do tempo. Acrescente-se, que o objeto da História do Direito não é apenas a descrição dos fatos passados, mas sobretudo uma visão crítica das normas, códigos, leis, sentenças, obras jurídicas, bem como das instituições e institutos jurídicos do passado, para que se possa estabelecer uma conexão com o direito atual. A propósito, a História do Direito visa fazer compreender como é que o direito atual se formou e desenvolveu, bem como de que maneira evoluiu no decurso dos séculos
O QUE É O DIREITO? - De certo modo, segundo a doutrina dominante,
não é possível estabelecer uma única definição lógica de Direito.
SERIA POSSÍVEL ESTUDAR O DIREITO SEM CONHECER AS SUAS ORIGENS? -
Neste caso, quer seja admitindo-se que o Direito seja apenas lei e ordem, não podemos desvinculá-lo de suas origens. Aqui, para se conhecer bem uma legislação é necessário que se conheça bem a sua história. Acrescente-se, um dos fundadores da escola histórica, a matéria do direito é fornecida pelo passado inteiro da nação, não como resultado do arbítrio, assumindo, indiferentemente, qualquer forma, mas como produto da essência íntima da nação e sua história.
Por fim, o Direito é história em sua origem, essência e evolução, pois
originou-se dos usos e costumes ligados a religião nas sociedades primitivas, influenciando várias e diferentes civilizações. Aliás, como disse o historiador Francês Fustel de Coulanges na sua obra clássica A Cidade Antiga: O confronto entre crenças e leis mostra-nos como esta religião primitiva constituiu as famílias grega e romana, estabeleceu o casamento e a autoridade paterna, fixou os seus graus de parentesco, consagrou o direito de propriedade e o direito sucessório. Portanto, as crenças, usos e costumes, elementos do direito consuetudinário (costumeiro), influenciaram as mais importantes regras jurídicas na história da humanidade. Hoje estamos acostumados a pensar no direito em termos de codificação, como se ele devesse necessariamente estar encerrado num código. Isto é uma atitude mental particularmente enraizada no homem comum e da qual os jovens que iniciam os estudos jurídicos devem procurar se livrar. Apesar da existência milenar do direito nas sociedades humanas e de sua estreita relação com a civilização (costuma-se dizer que "onde está a sociedade, ali está o direito"), há um grande debate entre os filósofos do direito acerca do seu conceito e de sua natureza.
Mas, qualquer que sejam estes últimos, o direito é essencial à vida em
sociedade, ao definir direitos e obrigações entre as pessoas e ao resolver os conflitos de interesse. Seus efeitos sobre o cotidiano das pessoas vão desde uma simples corrida de táxi até a compra de um imóvel, desde uma eleição presidencial até a punição de um crime, dentre outros exemplos.
No mundo, cada Estado adota um direito próprio ao seu país, donde se
fala em "direito brasileiro", direito português", "direito chinês" e outros.
Aqueles "direitos nacionais" costumam ser reunidos pelos juristas em
grandes grupos:
- os principais são o grupo dos direitos de origem romano-
germânica (com base no antigo direito romano; o direito português e o direito brasileiro fazem parte deste grupo)
- e o grupo dos direitos de origem anglo-saxã (Common Law, como o
inglês e o estadunidense), embora também haja grupos de direitos com base religiosa, dentre outras. Há também direitos supranacionais, como o direito da União Europeia. A história do direito está ligada ao desenvolvimento das civilizações. O direito do antigo Egito, que data de pelo menos 3000 a.C., incluía uma compilação de leis civis que, provavelmente dividida em doze livros, baseava-se no conceito de Ma'at e caracterizava-se pela tradição, pela retórica, pela igualdade social e pela imparcialidade.
O mais antigo texto de lei de que se tem notícia é o Código de Ur-
Nammu, redigido por volta de 2100 a.C. O Código de Hamurabi (1750 a.C.), erradamente considerado como o mais antigo texto legal conhecido, é na verdade o mais antigo texto jurídico quase completo que chegou até os nossos dias
Em cerca de 1760 a.C., o rei Hamurábi determinou que o
direito babilônio fosse codificado e inscrito em pedra para que o povo pudesse vê-lo no mercado: o chamado Código de Hamurábi. Neste caso, tal como o direito egípcio, poucas fontes sobreviveram e muito se perdeu com o tempo.
A influência destes exemplos jurídicos antigos nas civilizações posteriores
foi, portanto, pequena. O mais antigo conjunto de leis ainda relevante para os modernos sistemas do direito é provavelmente a Torá do Velho Testamento. Na forma de imperativos morais, como os Dez Mandamentos, contém recomendações para uma boa sociedade.
A antiga cidade-Estado grega de Atenas foi a primeira sociedade
baseada na ampla inclusão dos seus cidadãos, com exceção das mulheres e dos escravos. Embora Atenas não tenha desenvolvido uma ciência jurídica nem tivesse uma palavra para o conceito abstrato de "direito", o antigo direito grego continha grandes inovações constitucionais no desenvolvimento da democracia. a Deusa Diké (Justiça, que tinha nas mãos uma balança e uma espada e olhos abertos), filha de Themis (lei) e Zeus (da mitologia grega) - derectum; directum(latim); rectum, rigth (indueuropéia).
Iustitia (mitologia romana) a qual distribuía s justiça por meio da balança
que segurava com as duas mãos. Ela ficava de pé e tinha os olhos vendados e dizia (declarava) o direito (jus) quando o fiel estava completamente vertical – direito (rectum, perfeitamente reto, reto de cima a baixo (de + rectum).
Do grego prudentia, do romano, legere (ler, em voz alta) Jus e Díkaion e
ison – os pratos estavam iguais dito pelas Deusas. A influência em nosso direito é primordialmente romana ou seja, do gênio prático dos romanos, que contrastava com a sabedoria teórica dos gregos.
Os gregos não foram tão aptos á “desenvolver o direito”, pois entendiam
que tal valor deveria fazer parte da educação de todos os “Helenos”, logo todos os gregos eram ou pelo menos entendiam que deveriam ser aptos a defender sua causa nos tribunais.
Como o direito fazia parte da educação dos gregos logo foi um ramo que não se profissionalizou naquela época na Grécia.
Assim como os poemas de Homero, os gregos tinham o costume de
aprender de cor, recitando em forma poética, alguns textos jurídicos. O direito, a justiça e política estavam ligadas intimamente na educação grega, as leis de Sólon, por exemplo, eram ensinados como poemas, de modo que praticamente todos os cidadãos atenienses conheciam sua tradição político-jurídica comum. Roma
A evolução do direito romano é mais tardia que a do direito egípcio e a
do direito grego. A história do direito romano atravessa 22 séculos, de VII a.c a V d.c, com a queda do império romano do ocidente, também conhecido como império bizantino.
O direito em Roma não era para todos os membros da sociedade, havia
algumas restrições, como o direito civil era apenas para os patrícios, enquanto os estrangeiros, os peregrinos, estavam submetidos apenas ao Ius gentium, o direito comum a todos os homens. O direito romano foi dividido em três fases, época antiga ou arcaica e baixo império.
Época antiga, tendo como princípios características um direito de tipo
arcaico, de uma sociedade rural baseada sobre a solidariedade clãnica e caracterizada pelo seu formalismo e pela sua rigidez, período em que o centro do saber jurídico estava nas mãos dos pontífices. Nesse período o Estado tinha funções limitadas a questões sociais de relevância, como guerra, punição dos delitos. Os cidadãos romanos eram considerados mais como membros de uma comunidade familiar do que como indivíduos, momento em que a defesa privada tinha larga utilização, a segurança dependia muito mais do seu grupo do que do próprio Estado.
Época clássica, início de uma ciência do direito coerente e racional ,na
qual realmente caracteriza-se uma sociedade evoluída. Época do baixo império, época marcada pela expansão do cristianismo, direito absoluto do poder imperial, início das invasões bárbaras
Como o inicio de toda civilização, regras morais, jurídicas e religiosas
ainda não estavam totalmente diferenciadas. Nessa época, apenas os sacerdotes conheciam as formas ritualísticas.
Chegou um certo período que a sociedade passou a exigir transparência
nas decisões jurídicas, é que o direito romano era extremamente ritualístico, caso não se falasse as coisas certas na hora certa o contrato não tinha validade, o casamento demonstra um pouco desse ritual.
No entanto a evolução do direito teve início com os conflitos entre os
plebeus e os patrícios, os plebeus reivindicando igualdade de direitos, políticos, religiosos e sócias.
Além de servir como inspiração para muitos países, em questões de
direito e até mesmo de formação de Estado, sendo o primeiro governo representativo do mundo, Roma foi a base para o mundo.
Considerado uma ponte entre as antigas experiências do direito e o
mundo jurídico moderno, o direito romano foi fortemente influenciado pelos ensinamentos gregos, mas suas regras detalhadas e sofisticadas foram desenvolvidas por juristas profissionais.
Ao longo dos séculos transcorridos entre a ascensão e a queda do
Império Romano, o direito foi adaptado para lidar com as mudanças sociais e passou por um grande esforço de codificação por ordem do Imperador Justiniano I, o que resultou no Corpus Iuris Civiliza. O conhecimento do direito romano perdeu-se na Europa Ocidental durante a Idade Média, mas a disciplina foi redescoberta a partir do século XI, quando juristas medievais, posteriormente conhecidos como "glosadores", começaram a pesquisar os textos jurídicos romanos e a usar os seus conceitos. O direito romano - e o sistema jurídico nele baseado - afetou o desenvolvimento do direito em todo o mundo. É o fundamento dos códigos da maior parte dos países da Europa e desempenhou um importante papel no surgimento da ideia de uma cultura europeia comum.
Na Inglaterra medieval, os juízes reais começaram a desenvolver um
conjunto de precedentes que viria a tornar-se a Common Law.
Aos poucos, formou-se na Europa medieval a Lex Mercatoria, que
permitia aos mercadores comerciar com base em práticas padronizadas. A Lex Mercatoria, precursora do direito comercial moderno, enfatizava a liberdade de contratar e a alienabilidade da propriedade.
Quando o nacionalismo recrudesceu nos séculos XVIII e XIX, a Lex
Mercatoria foi incorporada ao direito interno dos diversos países do continente em seus respectivos códigos civis. O Código Napoleônico e o Código Civil Alemão tornaram-se as leis civis mais conhecidas e influentes.
O papel do Estado
A sociedade medieval constituía-se de uma diversidade de
agrupamentos sociais, cada um com uma ordem jurídica própria, local. Na alta Idade Média, o direito era um fenômeno produzido não pelo Estado (que ainda não existia em sua acepção moderna), mas pela sociedade civil, por meio do costume jurídico, que vem a ser um tipo de consenso manifestado pelo povo quanto a uma certa conduta social, ou até mesmo com o recurso à equidade. Com a formação do Estado moderno, este concentrou todos os poderes da sociedade, como o de criar o direito com exclusividade (quer diretamente, por meio da lei, quer pelo reconhecimento e controle das demais fontes do direito).
A partir da Idade Moderna, portanto, os conceitos de direito e de Estado
se confundem, pois se este último é estabelecido e regulado pelo direito (como pessoa jurídica de direito público), a primeira passa a ser ditado e imposto pelo Estado. À consolidação do Estado moderno corresponde o paulatino fortalecimento do direito positivo (posto pelo Estado), em detrimento do chamado direito natural.
Escolas do Direito
Escola de Viena: diz que o Estado é a personificação da Ordem
Jurídica. •
Escola Alemã: supremacia do Estado sobre o Direito.
•
Escola do Direito Natural: surgiu entre os séculos XVII e XVIII, e diz
que o Direito é natural do ser humano, algo inato e universal. •
Escola Histórica de Savigny: apresenta uma visão histórica do
Direito. •
Teoria do Direito Divino: segundo a qual, as leis humanas são de
inspiração divina, inefáveis.
Famílias do direito
O estudo das semelhanças e diferenças entre os ordenamentos jurídicos
dos vários Estados permite agrupá-los em grandes famílias, conforme as suas características mais relevantes. As duas principais famílias do direito são a do sistema romano-germânico e a da Common Law. A família romano-germânica é formada pelo conjunto dos direitos nacionais que sofrem forte influência do direito romano e do seu estudo ao longo dos tempos. Em termos geográficos, pertencem a esta família os direitos da maioria dos países europeus (mas não o do Reino Unido e o da Irlanda), de toda a América Latina, de grande parte da África, do Oriente Médio, do Japão e da Indonésia. São romano-germânicos os direitos nacionais do Brasil e de Portugal. Caracterizam-se pelo fato de a regra de direito ser genérica, para aplicação ao caso concreto pelos tribunais. Esta regra de direito genérica costuma ser criada por meio de lei escrita. A generalização permitiu o fenômeno da codificação do direito, pelo qual as regras genéricas são compiladas em códigos de leis e posteriormente aplicadas pelos juristas e tribunais.
Já a família da Common Law é formada a partir do direito originário
da Inglaterra, com as atividades dos tribunais reais de justiça, após a conquista normanda. Além do direito britânico, este sistema inclui todos os países de língua inglesa, inclusive os Estados Unidos (exceto pelo estado da Luisiana). A base desta família do direito é jurisprudencial (a case law, em inglês), cujo cerne é a regra do stare decisis (ou regra do precedente), pela qual as decisões judiciais anteriores (os precedentes) devem ser respeitadas quando da apreciação de um caso concreto.