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Normas e recomendações para a realização de projeto

UC.: MTIS
2023/24
Célia Rodrigues
Normas e recomendações

Planeamento do trabalho a desenvolver ao longo do semestre:

1. Levantamento de recursos;

2. Pesquisa bibliográfica (conceitos chave e principais contributos teóricos);

3. Previsão dos tempos e espaços para pesquisa empírica (em particular se envolver
pesquisa de terreno) e reflexões ou trabalho em grupo;

4. Cronograma;

5. Divisão de tarefas pelos elementos do grupo;

6. Redação da fundamentação teórica;

7. Preparação da pesquisa empírica;

7.1. Constituição do corpus documental (se for o caso);

7.2. Estabelecimento de contactos no terreno (se for o caso);

7.3. Visita ao local/locais de recolha de dados e informação;

7.4. Construção dos instrumentos de pesquisa;

8. Aplicação dos instrumentos de pesquisa;

9. Tratamento dos dados e informações recolhidos;

10. Apuramento dos resultados;

11. Elaboração do relatório da pesquisa.

Depois de uma primeira redação, é necessário proceder a uma revisão do texto.

NOTAS:

 A dimensão não deverá exceder as 15 páginas A4, processadas a 1,5 espaços entre
linhas e espaço duplo entre parágrafos, tendo como corpo de letra o modelo TNR 12.

 A organização do trabalho deverá obedecer às normas de elaboração de um relatório


(ver orientações gerais).

 As referências bibliográficas devem obedecer às normas APA, dadas a sua


generalização e simplicidade.

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Normas e recomendações

TRABALHO FINAL/RELATÓRIO DE PESQUISA – ORIENTAÇÕES E


RECOMENDAÇÕES

Depois de recolhido todo o material e realizadas todas as tarefas inerentes à recolha de


informação, tratamento dessa informação e de dados, apuramento de resultados e sua
discussão à luz da fundamentação teórica construída, estamos em condições de proceder
à organização do relatório da pesquisa.

1. ESQUEMATIZAÇÃO

Se foi elaborado um esquema inicial, há que repensá-lo, refletir sobre ele e alterá-lo ou
completá-lo, atendendo aos dados entretanto recolhidos.

“É preciso submeter o esquema a um exame atento e a uma reflexão para descobrir quer
a colocação dos diferentes pontos, quer aquilo que ainda pode ser eliminado ou
completado.” (Dias, 1999:131).

As qualidades do esquema definitivo devem ser: clareza, coerência, proporcionalidade,


completude e elegância. Deve estar em conformidade com os objetivos inicialmente
estabelecidos e distinguir entre o importante e o acessório.

2. REDAÇÃO

Há alguns cuidados a ter na redação, que podemos sintetizar do seguinte modo:

 Iniciar com o primeiro ponto do esquema, embora, em caso de dificuldade, se possa


começar com aquilo que pareça mais claro e fácil de escrever, superando o bloqueio
psicológico. De qualquer modo deve retomar-se a sequência definida no esquema de
trabalho. (Dias, 1999:132)

 Antes de iniciar a redação, poder-se-á fazer uma esquematização com a informação


disponível o que servirá de esboço para iniciar a redação.

 A ligação entre as ideias que explicitamos deve ter uma sequência lógica.

Esta sequência pode ser temporal, física, temática, ou resultante da aplicação do


raciocínio dedutivo ou indutivo.

Ao redigir, é importante:

 Escrever de forma clara;

 Evitar redundâncias (repetição de ideias ou utilização de formas gramaticais


complexas) – exemplos: divididos em quatro grupos diferentes; essencial.

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Normas e recomendações

 Utilizar as palavras com precisão – o que muitas vezes implica a sua repetição ao
longo do texto, mas deve evitar-se criatividade semântica;

 Utilizar frases curtas – são mais fáceis de compreender e menos suscetíveis de erros
gramaticais – mas sem espartilhar as ideias;

 Não incluir mais do que duas ideias por frase;

 Evitar frases no passivo e negativas.

 Utilização do sujeito impessoal (deve realizar-se; foram considerados), ou da


primeira pessoa do plural (pretendemos realizar);

 Os números até nove devem ser redigidos por extenso.

Depois de uma primeira redação, é necessário proceder a uma revisão do texto. A


verificação e correção da primeira redação dizem respeito ao conteúdo, à coerência
lógica, à língua e ao estilo do trabalho.

Conteúdo – deverá verificar-se a objetividade, a evidência, a concisão, a evidência e


sequencialidade do desenvolvimento temático, a correspondência com o esquema, a
abrangência de pontos de vista.

Os assuntos devem estar bem articulados em termos de lógica e em termos de discurso.


As transições entre assuntos não devem ser abruptas. Devem usar-se elementos de
ligação:

 Então, depois (ligação temporal)

 Assim, consequentemente (ligação causa – efeito)

 Similarmente, mais ainda (ligação por adição)

 Contudo, no entanto (ligação por contraste)

Lógica – verificar a integridade lógica dos argumentos, da sequência dos conteúdos e da


proporção das diversas partes no todo.

Língua – deve verificar-se atentamente a correção ortográfica e gramatical. As palavras


devem ser usadas com propriedade e refletir adequadamente as ideias que se pretende
transmitir. Deve usar-se um dicionário e um bom corretor ortográfico.

Estilo – deve garantir-se a coerência no tom e no estilo. Partes do trabalho escritas em


momentos diferentes podem ser estilisticamente diferentes, o que torna o texto
assimétrico e deselegante.
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Normas e recomendações

3. ESTRUTURA FORMAL

Podemos considerar diferentes tipos de trabalhos académicos e científicos:

Trabalho teórico (pesquisa bibliográfica)

Deve conter:

 Folha de rosto

 Índice

 Introdução

 Revisão da literatura

 Discussão

 Conclusões

 Referências bibliográficas

 Apêndices/ Anexos

Relatório de pesquisa

Deve conter:

 Folha de rosto

 Resumo

 Índice

 Introdução

 Enquadramento teórico/fundamentação teórica

 Metodologia

 Resultados

 Discussão dos resultados

 Conclusões

 Referências bibliográficas

 Apêndices/ Anexos

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Normas e recomendações

Monografia (tese)

Deve conter:

 Folha de rosto

 Folha de agradecimentos

 Resumo

 Índice geral

 Índice de quadros e figuras

 Introdução

 Enquadramento teórico

 Metodologia

 Resultados

 Discussão

 Conclusões

 Referências bibliográficas

 Apêndices/ Anexos

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Normas e recomendações

(CAPA)

Denominação da Instituição de Ensino


Denominação da Faculdade/Escola

Título
Subtítulo (caso exista)

Nome completo do aluno

Denominação do curso
Professor: nome
Data

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Normas e recomendações

Folha de rosto

Repete a informação da capa

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Normas e recomendações

1. Resumo

Deve conter informação que permita o leitor identificar o conteúdo do trabalho. Síntese
do trabalho, destacando os pontos essenciais (tema, breve apresentação do
enquadramento teórico, principais objetivos orientadores da pesquisa, critérios
metodológicos e evidências das conclusões).

O número de palavras deve oscilar entre as 120 e as 250.

Devem ser indicadas 3 a 5 palavras-chave (ordem alfabética).

2. Índice

Deve corresponder, em termos de conteúdo e formais, aos títulos e subtítulos que


constam do trabalho. No caso de haver figuras e quadros, deve ser elaborada uma Lista
de Tabelas e/ou Figuras, que é introduzida após o Índice. Em caso de se utilizarem
abreviaturas, estas devem estar identificadas, também em forma de lista, nesta parte do
trabalho, incluindo as abreviaturas utilizadas e o seu significado por extenso.

3. Introdução

A introdução deve apresentar o tema do trabalho e a questão a ser investigada. A


introdução deve permitir ao leitor encontrar respostas para as seguintes questões:

Qual o objetivo do trabalho/estudo? Qual a sua relevância (interesse de estudar/trabalhar


determinado tema)? Quais as implicações teóricas do estudo/trabalho e como se
relacionam com o conhecimento existente sobre o tema.

Na introdução deve-se, também, fazer um enquadramento espácio-temporal do trabalho


realizado e definir os objetivos a alcançar. Também se pode apresentar os conceitos
utilizados, ou, se for o caso, justificar o quadro conceptual adotado. Devemos apresentar
os pontos do relatório.

4. Revisão da literatura

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Normas e recomendações

A revisão da literatura fornece o enquadramento teórico ou fundamentação teórica. Esta


deverá ser adequada ao tema e atual. Não deve ser apenas uma transcrição daquilo que
outros autores dizem e pensam mas uma síntese comentada de ideias diversas sobre o
mesmo tema, definindo-o de forma exata e enquadrando-o no contexto da literatura
existente sobre o tema. Neste trabalho de IES, não se pretende uma revisão exaustiva,
mas uma síntese da informação mais relevante.

As citações de autores podem ser conceptuais ou formais. As formais consistem na


transcrição entre aspas das palavras do autor; as conceptuais são a reprodução, por
palavras próprias, das ideias ou opiniões do autor.

As citações conceptuais são preferíveis, sendo as formais apenas utilizadas em casos em


que se julgue absolutamente necessário recorrer às palavras do autor. Neste caso
deverão ser transcritas na língua original e, se for o caso, apresentada tradução em nota
de rodapé. Quando se omitem partes da citação, deverão ser utilizadas reticências entre
parêntesis retos para assinalar essas omissões. No princípio e fim das citações só devem
ser utilizadas reticências quando a parte omissa altera o sentido da frase citada. Se
pretendemos acrescentar palavras nossas à citação, poderemos fazê-lo entre parêntesis
retos. Se a citação contiver uma parte entre aspas, estas serão representadas com uma
única aspa.

As citações devem sempre ser acompanhadas da respetiva referência bibliográfica, com


indicação do nome do autor e do ano de publicação. No caso de citação formal
acrescenta-se o número da página (conforme norma seguida).

5. Metodologia

A metodologia tem por objetivo descrever o que foi feito e como. Aplica-se a trabalhos
que tenham uma dimensão empírica - que implique recolha de dados.

Deve conter informação relativa a:

 Problema a investigar;

 Objetivo de estudo;

 Hipóteses e variáveis, ou questões orientadoras da pesquisa;

 Tipo de estudo;

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Normas e recomendações

 População ou caso (s) (conforme o tipo de estudo);

 Amostra (se for o caso) – inclui critérios de seleção e caracterização (quando


aplicável);

 Instrumentos de recolha de dados e sua justificação e procedimentos de aplicação;

 Procedimentos do estudo piloto (caso tenha sido realizado).

6. Apresentação dos resultados

Na apresentação dos resultados, qualitativos ou quantitativos, deve fazer-se a sua


descrição e não a sua análise. Podem ser apresentados em gráficos e/ou tabelas,
devidamente identificados com números e títulos. Não devem ser incluídos gráficos
nem tabelas que não sejam mencionados/descritos no texto.

7. Discussão (interpretação dos resultados)

Deve-se relacionar o conhecimento existente, as hipóteses ou as questões orientadoras


da pesquisa e os resultados obtidos, comparando-os com resultados de outros estudos,
destacando as semelhanças e diferenças, e as suas implicações. É obrigatório discutir os
resultados tendo em conta os que foram obtidos pelos autores citados no enquadramento
teórico.

8. Conclusões

Devem ser apresentadas de forma clara, sintética e, se desejável, numeradas.

Devem constituir uma síntese da reflexão feita ao longo do trabalho/estudo, na qual de


deve dar resposta aos objetivos estabelecidos na Introdução. Devem salientar as
limitações do trabalho elaborado, recomendações para futuros estudos e as implicações
deste para a prática.

Devemos referir se o (s) objetivo(s) e a(s) hipótese(s) iniciais foram cumpridos ou, se
for o caso, quais as respostas às questões orientadoras da pesquisa.

9. Referências Bibliográficas

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Normas e recomendações

Devemos identificar devidamente, de acordo com as normas bibliográficas todas as


obras/autores citados no trabalho/estudo. Deve incluir não apenas fontes escritas mas
fontes bibliográficas em todos os suportes – vídeo, áudio, Internet.

10. Anexos

Os anexos devem aparecer individualizados, em páginas separadas.

Devem estar devidamente identificados, paginados e referenciados no índice e ao longo


do texto do relatório.

Adaptado de Maria Adalgisa Brito (IES – 2015)

Bell, J. (1997). Como realizar um projecto de investigação. Um guia para a pesquisa


em ciências sociais e da educação. Lisboa. Gradiva.

Coutinho, Clara Pereira Coutinho (2016) Metodologia de Investigação em Ciências


Sociais e Humanas: Teoria e Prática. Almedina. Coimbra

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