Patologias Do Quadril

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Patologias do Quadril

Disciplina: FDME II
Profª Drª Janesca Mansur Guedes
● Osteoartrite - Coxoartrose
● IFA
Patologias do quadril ● Osteonecrose
● Bursite
● PTQ
Osteoartrite / ose
Osteoartrose – Coxoartrose

● É uma doença degenerativa crônica caracterizada pela


deteriorização da cartilagem e pela neoformação óssea
nas superfícies e margens articulares.

(BOSCHIN, SCHWARTSMANN, 2003)

nao pode fazer adução e agachamento ate o chao


Osteoartrose

● Dor no quadril, geralmente localizada ao redor do


trocanter maior, que pode irradiar para virilha, coxa
anterior, joelho e articulações sacro-ilíacas.
● OA está associada com perda da ADM em todos os
planos e fraqueza de abdutores e extensores do quadril
(perda precoce de RI)
Osteoartrose

● Derrame articular do quadril pode inibir a contração do


glúteo médio.
● Frio e umidade podem intensificar o desconforto.
● Pode ser encontrada marcha em Trendelemburg.
● Contratura em adução.
Produz redução na integridade biomecânica das
articulações e estruturas ao seu redor, que resulta
em:
○ ADM, rigidez articular, crepitação;
● Atrofia muscular;
● Fraqueza;
● Derrame articular, aumento do volume articular;
● Dor (no repouso ou à noite);
● Padrões de marcha ineficientes;
● Respostas alteradas da articulação à carga.
A dor, na artrose de quadril, pode
se desenvolver lentamente e
ocasionar uma deambulação
antálgica dolorosa e
cambaleante. Os pacientes
mantêm o membro em rotação
externa e, muitas vezes, em
flexão.
A osteoartrose de quadril
pode causar dor
referida na coxa, joelho,
virilha e região glútea
A limitação dos
movimentos torna o
ato de sentar e
levantar muito
doloroso
Com a progressão da
doença, pode ocorrer
encurtamento do membro
devido à subluxação da
cabeça femoral.
Fisioterapia

● Aliviar os sintomas
● Proporcionar uma boa QDV - função
Coxoartrose - Fisioterapia

● Crioterapia: dor e inflamação


● Calor superficial: músculos contraturados
● Cinesioterapia: mobilidade articular, força muscular,
estabilidade articular.
● Terapia Manual
● Hidrocinesioterapia
ARTROPLASTIA DO QUADRIL
Artroplastia de quadril

● A prótese total de
quadril é um dos
avanços mais
revolucionários da
moderna cirurgia
ortopédica, emergindo
em seu formato atual
graças a evolução de
técnicas antigas.
Devido a casos de
afrouxamento precoce,
acreditou-se que o cimento
provocava uma reação
óssea, denominada “Doença
do Cimento”.
● No início dos anos 80 iniciou-
se o uso de próteses não
cimentadas, cujo objetivo era
a fixação biológica da
prótese ao osso.
Indicações
● Paciente idoso;
cimentada

● Dor;
● Incapacitação;
● Não respondem as medidas conservadoras;
Indicações
● Comprometem a qualidade de vida do paciente.
● Pacientes jovens: envolvimento poliarticular
decorrente de doenças sistêmicas, tais como
artrite reumatoide, EA.
CONTRA-INDICAÇÕES - Relativas

● Preocupação: pacientes jovens 20-50 e que


possuem atividade física;
● Paciente com menos de 60 anos;
● Atividades com esforço;
● Respeito a cada paciente;
● Imaturidade esquelética;
● Doença neurológica progressivas;
● Déficit musculatura abdutora.
CONTRA-INDICAÇÕES - Absolutas

● Artropatia neuropática;
● História prévia de infecção do quadril.
Abordagem Cirúrgica

● Póstero lateral
● Transglútea
● Trocantérico
TÉCNICAS

● Com cimento
● Sem cimento
● Híbrida
COMPLICAÇÕES

● Trombose venosa profunda:

○ mais comum;

○ Maior incidência no 4º dia PO;

○ Pode evoluir p/ embolia pulmonar 1 %;

○ Responsável 50% da mortalidade PO;

○ Pct sem profilaxia 40-70%;

○ Ttº: oxigênio e anticoagulante p/ evitar a propagação


de trombo.
● Embolia pulmonar
COMPLICAÇÕES

● Luxações:
○ Até 6 semanas;
○ Associada a retroversão (luxação posterior) do
componente acetabular;
○ Tensão inadequada das partes moles;
○ Índice de 3% nas artroplastias primárias
● Anemia
● Infecção do trato respiratório urinário
COMPLICAÇÕES

● LESÃO NERVOSA:
● 3,5% nas artroplastia primária;
● Pode ser envolvidos o ciático, o femoral, o obturados e
o fibular;
● Geralmente não se identifica a causa e pode estar
associada com alongamento do membro, trauma intra
ou pós operatório, extrusão de cimento e luxação da
prótese.
● LESÃO VASCULAR:
● Raro 0,2 – 0,5%
● Pela colocação de parafuso
COMPLICAÇÕES

● Discrepância de membros: componente


femoral pode alongar até 2 cm.

● Osteólise
● Infecção
● Afrouxamento do implante
REABILITAÇÃO DA
ARTROPLASTIA DE QUADRIL
PRÉ - OPERATÓRIO

OBJETIVOS:
● Maximizar ganhos pós-operatórios;
● Explicar a conduta PO;
● Avaliação física: marcha, ADM, grau de lesão muscular,
mobilidade da coluna vertebral, dor, alguma deformidade
presente, desigualdade comprimento de MI;
PRÉ - OPERATÓRIO

● Ensinar exercícios de rotina PO e às trocas de decúbito;


● Trabalhar estabilizadores do quadril (abdutores);
● Fortalecer musculatura dos MsSs (para auxiliar a
marcha com muletas)
● Treino de marcha com auxílio de muletas (ensinar o
paciente).
● Redução de peso para pacientes obesos.
Reabilitação Pós-Operatória

Objetivos

○ Aliviar a dor
○ Maximizar o estado funcional do paciente, com
respeito à ADM e AVD
○ Minimizar complicações pós-operatórias
○ Técnicas de proteção articular que evitam
sobrecarga da articulação protética
Conduta Pós-Operatório

FASE HOSPITALAR - Sala de recuperação:


● Controle dos sinais vitais;
● Manutenção pulmonar;
● Exercícios ativos livres dos MsSs;
● Exercícios passivo e ativo do membro inferior não
acometido;
● Exercício passivo para o membro inferior acometido
dentro ADM permitida;
● Crioterapia.
Conduta Pós-Operatório

FASE HOSPITALAR - Enfermaria:


● Higiene brônquica;
● Fortalecimento dos MsSs;
● Crioterapia;
● Mobilidade ativa do membro inferior não
acometido e dos tornozelos e artelhos do
membro inferior acometido;
Conduta Pós-Operatório

FASE HOSPITALAR - Enfermaria


● Manutenção da ADM do quadril dentro do permitido
nessa fase;
● Fortalecimento dos MsIs (quadríceps, glúteos e IQT);
● Dissociação de cinturas e de transferência de peso –
com o paciente sentado;
● Estímulos proprioceptivos;
● Treino de marcha com muletas.
Conduta Pós-Operatório

FASE AMBULATORIAL
● Mobilidade da cicatriz após a retirada dos pontos;
● Manutenção da elasticidade muscular;
● ADM do quadril e da pelve;
● Estabilização articular do quadril e da pelve;
Conduta Pós-Operatório

FASE AMBULATORIAL
● Aumento da força muscular de forma progressiva dos
MsIs;
● Liberação das muletas;
● Propriocepção;
● Reorientação da marcha e das habilidades do dia-a-dia.
Conduta Pós-Operatório

fisio nao pode fazer adução

ABORDAGEM POSTERIOR - Paciente:


● Decúbito dorsal;
● Com coxim de abdução e rotação externa do quadril.
● Dreno até o 2º dia e mantém o coxim de abdução até a
alta hospitalar.
Paciente em decúbito dorsal, com coxim de
abdução e rotação externa do quadril

● O fisioterapeuta sustenta o membro


operado com flexão de joelho
 Flexão passiva de quadril 60ª

 Abdução passiva de quadril 20ª


Conduta Pós-Operatório

ABORDAGEM POSTERIOR
● 2º dia pode colocar o paciente sentado fora do leito (se
não houver complicações);
● 3º dia ele deve ser colocado em pé e iniciar a marcha
com auxílio de muletas com apoio do membro não-
operado.
Conduta Pós-Operatório

● Prótese não–cimentadas o apoio


parcial do membro operado - inicio
em 2 - 6 semanas e total - 10
semanas;
● Prótese cimentadas o apoio parcial
inicia-se no 3º dia e total em até 4
semanas.
Precauções para manter a prótese congruente
(mantidas por ± 3 meses) :

■ Não fletir quadril além de 90°;

■ Não aduzir perna além da linha média;

■ Não girar externamente a perna;

■ Não inclinar o corpo na cintura além de 90°;


Precauções para manter a prótese congruente
(mantidas por ± 3 meses):

■ Não cruzar as pernas adução

■ Usar coxim abdutor quando em decúbito dorsal;

■ Equipamentos adicionais: pegador de cabo longo,


colocador de meias, laços elásticos, assento para
transferência p/ banheira, assento de toalete
elevado...
Orientações Pós-Operatório

○ Instrução domiciliar e dispositivos adaptativos


para compensar a flexão do quadril que está
limitada (p.ex., elevar vaso sanitário)
○ Quando não tiver mais dor, fazer exercícios
isométricos para aumentar força muscular do
quadril
○ Exercícios de fortalecimento devem continuar
por período prolongado
IMPACTO
FEMOROACETABULAR
Impacto femoroacetabular (IFA)

principal achado: diminuição de rotação interna


exame que indentifica: RX pois é uma alteração morfologica do osso

 Pode desenvolver artrose no quadril em


pacientes jovens
Alterações morfológicas do quadril
Proximal do fêmur Margem acetabular
Fisioterapia

Lesões do labrum e da cartilagem

Progridem para degeneração do quadril

Parvizi et al., 2007


Pode ocorrer por: Fisioterapia

• Amplitudes fisiológicas
numa articulação com
alterações morfológicas
• Amplitudes suprafisiológicas
em articulação normal
cam: cabeça do femur mais ovalada osso bate no acetabulo e causa

Tipos deseneração do labrum e cartilagem. mais em homens


pincer: aumento da cobertura do acetabulo. mas em mulheres

Fisioterapia

• Came
• Pincer
• Raramente isolado
CAME Fisioterapia

• As lesões ocorrem pela entrada forçada de


uma porção não esférica da cabeça femoral
(anormalidade femoral), no acetábulo,
especialmente durante a flexão;
• jovens sexo masculino;
* Causa força de cisalhamento labrum e
cartilagem levando lesão cartilaginosa difusa
Fisioterapia

A) Seta demonstra cabeça esférica e o acinturamento do colo femoral.


B) Perda da esfericidade e do acinturamento do colo(perda do offset
da cabeça femoral). C) Outra visão da perda do offset femoral. D e E)
demonstração do efeito dinâmico do impacto ao movimento, a
entrada forçada do CAME no acetábulo levando a lesões da
cartilagem por cisalhamento.
Fisioterapia
PINCER Fisioterapia

• Aumento da cobertura acetabular generalizado


Fisioterapia

Morfologia do IFA tipo PINÇA. A) Excesso de parede acetabular


causando indentação no colo femoral. B e C) Representação
dinâmica demonstrando maior lesão labral neste tipo de impacto e a
lesão do contra golpe no aspecto póstero-inferior do acetábulo.
FATORES PREDISPONENTES Fisioterapia

• Legg-Pethes-Calve
• Displasia congênita
• Epifisiólise proximal do fêmur
• Necrose avascular
• Sequelas de fraturas proximais
• Protusão acetabular
• Retroversão acetabular
ACHADOS CLÍNICOS Fisioterapia

• Jovens entre 20 e 40 anos


• Tipo Came: M:F 14:1 (32 anos)
• Tipo Pincer: M:F 1:3 (40 anos)
• Prevalência estimada: 10-15%
QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO Fisioterapia
• Adultos na 2ª e 3ª décadas da vida
• Ativos
• Dor no quadril e região inguinal
• Sem história de trauma precipitante
• Sinal em C
• Dor é exacerbada com
atividade física e sentados
por longos períodos

Crestani, Telöken e Gusmão, 2006


Situações causadoras da
sintomatologia Fisioterapia

 Ao levantar de uma posição sentada


 Ao entrar ou sair do carro
 Calçar meias, sapatos, cortar unhas dos pés
 Ao cruzar as pernas
 Caminhar muito tempo
 Correr
 Após prática esportiva
 Durante atividade sexual.
EXAME CLÍNICO Fisioterapia

• Restrição de movimento (flexão e rotação


interna)
• Teste positivo de impacto
– Anterior: dor ao forçar rotação interna,
adução em 90 graus de flexão
– Posterior: dor ao forçar rotação externa e
extensão.
Fisioterapia
Pode ser confundido com
outras patologias Fisioterapia

• Dor lombar
• Radiculopatia lombar
• Dor sacroilíaca
• Bursite trocantérica
• Síndrome do piriforme – Dor
glútea profunda
• Tendinite/Tendinose iliopsoas
Fisioterapia
Incidências Radiográficas mais comuns.
Raio-x antero posterior de bacia
Raio-x coxofemoral tipo Dunn 90 graus
bilateral
Raio-x coxofemoral tipo Dunn 45 graus
bilateral
Raio-x coxofemoral lequesne bilateral
Fisioterapia

Rx antero-posterior de Bacia. O pontilhado no acetábulo representa as paredes anterior e


posterior do acetábulo. Normalmente estas linhas não e cruzam. O cruzamento significa
que a parede anterior está maior que a parede posterior, sendo um caso de IFA tipo
PINÇA. As setas brancas demonstram resquícios da fise de crescimento, que normalmente
no adulto deveria ficar restrita a cabeça e não se estender em direção ao trocanter, esse
sinal é suspeita de IFA tipo CAME. As setas pretas mostram cistos sinoviais (pit lesions,
herniation pits) que são um sinal muito forte de IFA naquela região
Fisioterapia

Rx coxofemoral tipo Dunn 45 graus bilateral. O desenho sobre o quadril


direito representa a medição do angulo alfa, conforme descrito acima. As
setas brancas demonstram a perda da esfericidade da cabeça femoral,
IFA tipo CAME. As setas pretas demonstram o efeito CAME corrigido no
lado oposto
Fisioterapia

Rx perfil de Lequesne. As setas brancas demonstram a cobertura


anterior da cabeça do femur. As setas pretas demonstram a
porção postero-inferior do acetábulo, local frequente de artrose
oculta na patologia do IFA.
Fisioterapia
Fisioterapia
Esfericidade da cabeça femoral Fisioterapia
Fisioterapia

Ângulos Mensurados Valores normais

OFF- Set Maior que 8 mm

Cabeça do fêmur Esférica

Ângulo Alfa Até 55 graus

Sinal do cruzamento Ausente

Ângulo VCA 25-39 graus


Fisioterapia
Fisioterapia
TRATAMENTO

CONSERVADOR

CIRÚRGICO

Janesca Mansur Guedes


Conservador

IFA Pincer

Mulher, 28a

MUAY THAI
Amador
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Conservador

IFA CAME

Homem, 28

Jogador
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profissional
Tratamento conservador ou
pré-operatório
TRATAMENTO INICIAL

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Tratamento conservador ou
pré-operatório
TRATAMENTO INICIAL

Com cuidado!!!!

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Tratamento conservador
• Controle da dor:
• Dor miofascial

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Tratamento conservador
• Controle da dor:
• Bursite trocantérica
• Lombo-sacra

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Tratamento conservador
• Estabilização central – lombopélvica
• Fortalecimento muscular quadril
• Flexibilidade: sem ADM final de quadril

ganhar alongamento em mais de 90 graus de flexao de quadril

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Alongamento
• Isquiotibiais soleo

• Quadríceps
• Psoas

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ESTABILIZAÇÃO

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ESTABILIZAÇÃO

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ESTABILIZAÇÃO

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ESTABILIZAÇÃO

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Tratamento Conservador

CUIDADOS POSTURAIS
• Evitar longos períodos sentado
• Evitar hiperflexão e rotações
• Evitar cruzar membros inferiores
• Sentar no chão ou bancos baixos

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Esportes - evitar

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nao pode fazer alongamento a mais de 90 graus para artrose de quadril e IFA

Alongamentos – contra-indicados

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Janesca Mansur Guedes
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N=37

Dor Orientações
unilateral
28 sem

Alfa>60ª

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N=37 4 cirurgia

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Melhorou:
N=33 Função e
Sintomas

Não melhorou
a ADM
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Reabilitação
fisioterapêutica pós
Artroscopia de quadril

Janesca Mansur Guedes


Griffin KM, Henry CO, Byrd JWT. Rehabilitation after hip arthroscopy. J
Sport Rehabil. 2000;9:77–88.

Enseki KR, Martin R, Draovitch P, et al. The hip joint: arthroscopic


procedures and postoperative rehabilitation. J Orthop Sports Phys
Ther. 2006;36:516–25.

Stalzer S, Wahoff M, Scanlan M. Rehabilitation following hip


arthroscopy. Clin Sports Med. 2006;25:337–57.

Singleton SB. Rehabilitation after arthroscopy of an acetabular


labral tear. N Am J Sports Phys Ther. 2007;2:241–8.

Enseki KR, Martin R, Kelly BT: Rehabilitation after Arthroscopic


Decompression for Femoroacetabular Impingement. Clin Sports
Med 2010;29:247–55.

Enseki KR, Draovitch P. Rehabilitation for Hip Arthroscopy. Oper


Tech Orthop. 2010;20:278–81.

Wahoff M, Ryan M: Rehabilitation after hip femoroacetabular


impingement arthroscopy. Clin Sports Med 2011;30:463–82
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Wahoff M, Ryan M: Rehabilitation after hip femoroacetabular


impingement arthroscopy. Clin Sports Med 2011;30:463–82
Janesca Mansur Guedes
Janesca Mansur Guedes
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Diretrizes - reabilitação PO

- Características do
paciente
12 - Propriedades básicas do
tecido de cicatrização;
sem - Experiência clínica dos
profissionais envolvidos -
procedimento cirúrgico

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FASE I – Proteção: 0-4 sem
OBJETIVOS
• Reduzir a dor e o processo inflamatório
• Promover cicatrização tecidos lesionados
• Prevenir a hipotrofia e combate inibição neural
• Recuperar a ADM
• Manutenção da flexibilidade
• Iniciar estabilização lombopélvica

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FASE I – Proteção: O-4 sem
- Dor / inflamação / cicatrização
Drenagem linfática CRIOTERAPIA TENS

LASER

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FASE I: O-4 sem
Recuperar/progredir na ADM
• Indolor e sem desconforto
- CPM: durante 3 sem.
– Flexão
– Rotações
– Abdução

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FASE I: O-4 sem
DESCARGA DE PESO BICICLETA
20%: 2 SEM ESTACIONÁRIA: 20’

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FASE I: O-4 sem

ISOMÉTRICOS: TRANSVERSO FISIOTERAPIA AQUÁTICA


DO ABDÔMEN; QUADRÍCEPS;
GLÚTEOS

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FASE I: O-4 sem
Flexibilidade:
• Isquiotibiais
• Quadríceps
• Psoas
• Adutores

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Fase I – 0-4 sem
Orientações:
• Evitar sentar em superfícies baixas e macias;
• Não cruzar as pernas;
• Não levantar a perna operada sozinha;
• Evitar posições mantidas por longos
períodos que levam à rigidez dos tecidos;
• Evitar forçar ADM dolorosas = risco
sobrecarregar labrum e articulares em
cicatrização.

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FASE I
• deslocamento/reparo capsular: RE e extensão
limitada (6sem);
• liberação de psoas: flexão ativa de quadril é
restrita por 6sem e cuidados no fortalecer os
flexores de quadril;
• reparo glúteo médio: proteção de abdução
ativa quadril e adução passiva do quadril passiva
durante 6 sem;
• Procedimento com microfratura: 6 sem para
descarga de peso.
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Fase I – 0-4 sem
Metas:
• Marcha sem o uso de órteses: pelve sem
rotações, sem sinal de Trendelenburg;
• 80% da ADM

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FASE II – 4-8 sem - Objetivos
• Conseguir independência nas AVD sem
nenhum desconforto;
• Reestabelecimento da marcha normal;
• Fortalecimento/reeducação do psoas; glúteos.
• Recuperação completa da ADM do quadril;
• Proprioceptivo.

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Fortalecimento de psoas

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FASE II – 4-8 sem - Objetivos

• Fortalecer glúteos
• Reeducar o transverso abdominal

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Critérios para avançar de fase II para a fase III:
• Nenhuma dor nas atividades diárias,
• Amplitude completa de movimento do quadril,
• Estabilização central

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Fase III – 8-12sem
Força e resistência
• Manter uma estabilidade lombopélvica
durante as suas atividades;
• Reforço muscular;
• Aeróbica;
• Controle proprioceptivo;
• Pliometria

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Janesca Mansur Guedes
Janesca Mansur Guedes
Janesca Mansur Guedes
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pra gluteos

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Fase IV – 12-16 sem –
Retorno ao esporte
• Programa de manutenção (força, flexibilidade,
controle sensório-motor);
• Evitar um retrocesso;
• Repetir o movimento;
• Trabalho de hipertrofia direcionado para à pratica
esportiva específica do paciente
• Condicionamento cardiovascular
• Controle da progressão de impacto sobre quadril.

Janesca Mansur Guedes


BURSITE DE QUADRIL
se o tendão esta estirado inflama e inflama a bursite

principal bursa do quadril: bursa trocantérica

Bursa para proteção

Fisioterapia

 Latim: pequena bolsa entre tendão e o osso

 Definição: Pequenas quantidades de fluidos


embolsados entre tendões e o osso
 Função: diminuir o atrito entre tendões e
músculos sobre proeminências ósseas
Fisioterapia

 13 bursas na região do quadril:


 Trocantérica entre gluteo maximo e tendao do gluteo
medio. acontece em pctes q sentam mto cm
a perna cruzada, pctes q tem fraqueza...

 Iliopectínea
 Isquioglútea
Bursa trocantérica Fisioterapia

 Entre o glúteo máximo


e o tendão do glúteo
médio
Fisioterapia
Fisioterapia
Sintomas fazer gelo, laser, US, e liberar mm. que ta pressionando a bursa

Fisioterapia

 Dor contínua, localizada e profunda


 Dor piora a noite
 Pressão sobre o local desencadeia um
intenso desconforto.
Síndrome do Piriforme
Xou

Síndrome da dor glútea profunda


Piriforme vem do sacro e vai pro femur

Fisioterapia
Ciatalgia Fisioterapia

 Prevalência na população adulta: 5%


 Prevalência ao longo da vida: 40%
50% do ciatico passa atras do
piriforme e 50% passa atras
Fisioterapia

em amarelo: ciatico
Síndrome do piriforme Fisioterapia

 Muito tempo sentado


 Exercícios exagerados para glúteos
 Variações anatômicas
 Presença de aderências locais ou bandas
fibrosas que restringe o movimento do nervo
 Pós trauma do nervo
 Desequilíbrio muscular
Clínica Fisioterapia

 Dor radicular na nádega ou região posterior


da coxa com parestesias;
 Intolerância do paciente de permanecer
sentado;
 Dor a palpação do forame isquiático.
Diagnóstico Fisioterapia

 Diferenciada das dores de


origem na coluna vertebral;
 Exame físico
 Radiografias e ressonância
nuclear magnética, além da
ENMG (eletroneuromiografia),
que pode mostrar alterações
funcionais específicas da
síndrome.
Fisioterapia

 Síndrome da dor glútea profunda


 Além do nervo ciático, os nervos cutâneo femoral
posterior e os nervos glúteos podem ser
responsável pela dor, e outros músculos além do
piriforme, como os isquiotibiais, gemelares, ou
obturador interno podem estar envolvidos na dor.
Fisioterapia
OSTEONECROSE DO
QUADRIL
Osteonecrose da cabeça femoral

• Sinônimos: necrose asséptica, necrose avascular e


necrose isquêmica da cabeça femoral.

• Definição: Diminuição ou interrupção na circulação


sanguínea numa área específica do osso medular
com consequente necrose tecidual.
• é o resultado de dano à microcirculação da cabeça
com morte dos osteócitos.
• Fisiopatologia: Interrupção do fluxo
sanguíneo normal à cabeça femoral. A
osteonecrose é a condição final, que pode ser
originada por diversos fatores.
● 25.000 novos casos/ano EUA
● Adultos jovens, bilateral em até 80%
● 80% evoluem para ATQ em 3-4 anos
Fases da osteonecrose

2. Reações à agressão
1. agressão vascular e na tentativa de
morte celular reparação

3. Edema local que pode


estender-se por uma
8. Achatamento da cabeça femoral região considerável

4. Estresses biomecânicos
7. Colapso progressivo do ossos Microfaturas não podem ser
Subcondral (sinal do crescente) reparadas

6. Reabsorção > q neoformação 5. Enfraquecimento progressivo


+ enfraquecimento Do osso subcondral
Fisiopatologia da osteonecrose

Lesão inicial com morte do osteócito

Hemorragia e edema

Osteoclastos e macrófagos

Deposição de osteoblastos = esclerose

Reparo e cura ou fratura sub-condral


RM:Comprometime
nto bilateral

Visão
Macroscópica Visão radiográfica Visão
Microscópica
TC: área necrótica
+ fratura subcondral
Sinal do Crescente

Achatamento ou colapso do osso subcondral

TC: Necrose 50%,


perda esfericidade
● Fragilidade óssea = fratura subcondral
● Perda da esfericidade = degeneração articular
● Coxartrose = estágio final da doença
Etiologia

• Idiopática: etiologia não esclarecida, 25%


dos casos;

• Traumática: decorrente dos traumas


regionais, luxações e procedimentos
cirúrgicos
• Atraumática:

a) Corticoterapia
b) Alcoolismo
c) Lúpus Eritematoso Sistêmico
d) Artrite Reumatóide
e) Coagulopatias e hemoglobinopatias
(anemia falciforme)
f) Pancreatite
g) Radioterapia; Quimioterapia
h) Tabagismo
i) AIDS
Diagnóstico

• História pregressa:

-Traumáticas trauma ou cirurgia prévia

- Atraumáticas 30 a 50 anos, uso


abusivo de corticóides, álcool ou outros fatores
de risco: Radioterapia, quimioterapia,
transplante.
Diagnóstico
• Queixa principal:

- Dor insidiosa com episódios intermitentes. Muitas


vezes inguinal, mas pode aparecer na nádega, joelho
ou região trocantérica.
- Dor em repouso, piora com exercícios;

• Sinais Clínicos

- Mobilidade do quadril pode estar limitada (flexão e RI);


- Pode haver claudicação antálgica;
- Rotação interna dolorosa.
- Bilateral em 60-80% dos casos
Exames Complementares:

• RX: difícil diagnóstico na fase inicial. Durante evolução


alterações podem variar desde uma tênue linha
esclerótica até fratura subcondral;

• Cintilografia: baixo custo, não diferencia de moléstia


inflamatória ou tumoral;

• RM: 99% de sensibilidade e especificidade para o


diagnóstico;

• TC: usada + frequentemente para acompanhar a


evolução da necrose.
Diagnóstico diferencial

● Osteoporose
● Edema ósseo
● Artrites infecciosas
● Fraturas de stress
Tratamento

conservador

• Não cirúrgico:

- Prevenção: identificar e eliminar ou minimizar fatores de


risco;

- Manejo medicamentosos: certas patologias como


hiperlipidemias ou coagulopatias, têm sido associadas
com a osteonecrose. O manejo destas patologias pode
ser útil no TTO.

- Tratamento sintomático: proteção da descarga de peso.


(Diagnóstico precoce ou alto risco clínico impedindo tto
cirúrgico).
• Cirúrgico:

- Descompressão: para descomprimir a cabeça


femoral e restaurar o fluxo circulatório normal;

- Enxerto ósseo: Com osso esponjosos ou


corticalizado, após retirada do osso necrótico.

- Osteotomia: Objetivo preservação da cabeça


femoral por alteração das áreas necróticas que são
transferidas das áreas de apoio e de transmissão de
carga.

- Hemiartroplastia ou artroplastia total.


Referências Bibliográficas

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HEBERT, Sizínio et al. Ortopedia e Traumatologia: princípios e prática. 3. ed. Porto Alegre:
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● MEHLHOFF, Mark. Quadril do adulto. In.: WEINSTEIN, Stuart; BUCKWALTER, Joseph.
Ortopedia de Turek: princípios e sua aplicação. 5. ed. São Paulo: Manole, 2000. p. 523 – 574.
● SCHNARNDORF, Déborah. Tratamento fisioterapêutico do quadril. In.: HEBERT, Sizínio et al.
Ortopedia e Traumatologia: princípios e prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 406 -424
● SCHWARTSMANN, Carlos Roberto; BOSCHIN, Leonardo Carbonera. Quadril do adulto. In.:
HEBERT, Sizínio et al. Ortopedia e Traumatologia: princípios e prática. 3. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2003. p. 362 – 392
● MAGEE, D. Avaliação Musculoesquelética. 5. ed. São Paulo: Manole, 2010.
● HEBERT, Sizínio; XAVIER, Renato; PARDINI JR., Arlindo; BARROS FILHO, Tarcísio E. P. de.
Ortopedia e traumatologia: princípios e prática . 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.
● TUREK, Samuel; WEINSTEIN, Stuart L; BUCKWALTER, Joseph A; NASCIMENTO, Fernando
Gomes do (Trad.). Ortopedia de Turek: princípios e sua aplicação. 5. ed Barueri: Manole,
2000

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