Aula Bactérias e Protozoários

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Procariotos e Protistas

Professora: Patricia Nery Competência: C2, C3


Série: 2 ano Habilidades: EM13CNT203, EM13CNT206,
Escola: Aluísio Germano EM13CNT207, EM13CNT302

Procariotos – Antigamente chamados de Reino Monera

Neste grupo estão incluídos os organismos autótrofos (fotossintetizantes ou quimiossintetizantes)


como as cianobactérias e algumas bactérias e organismos heterótrofos como as bactérias parasitas. São
procariotos (citoplasma sem núcleo individualizado = carioteca ausente) e unicelulares, podendo ser
aeróbios, anaeróbios ou facultativos. Há os representantes menos convencionais como os Micoplasmas
“PPLO” (Pleuro-pneumonia-like organisms) – Heterótrofos; as Rickéttsias – Heterótrofas e as Clamídias –
Heterótrofos.

O DNA dos procariotos não está ligado a histonas sendo a bactéria Escherichia coli estudada
profundamente. Em seu citoplasma somente existem os ribossomos como organelas e são do tipo 70S, os
eucariotos apresentam o tipo 80S.

São divididos em arqueobactérias e eubactérias:

 Archaea- São moneras que vivem e estão altamente adaptadas em condições extremas, que
provavelmente prevaleceram durante o início da vida na Terra. São divididas em 3 grupos:
- Metanogênicas: formadoras de metano, podem ser encontradas em ambientes encharcados e
também associadas a alguns animais como os ruminantes. Sobrevivem conforme a reação abaixo:

Fonte: vestibular UFRGS 2007


- Termoacidófilas: são as que vivem em acidez ou temperaturas extremas, como próximo de ilhas
vulcânicas e águas termais ou em regiões ácidas.
- Halófitas: apresentam alta afinidade aos ambientes salinos.

 Eubactéria: são os moneras mais comuns como as cianobactérias e as bactérias causadoras de


doenças (heterótrofas) e as bactérias autótrofas. Para fins didáticos, vamos estudar mais profundamente
este grupo.

Uma bactéria:

Algumas bactérias:
Quanto ao método de coloração as bactérias podem ser:

Importância das bactérias:


- Decompositoras – reciclagem da matéria
- Causadoras de doenças
- Indústria alimentícia- laticínios
- Produtoras em ecossistemas, incluindo abissais
- Mutualismo
- Biotecnologia – vetores de genes (transgenia) – “Sistema Agrobacterium”

Metabolismo bacteriano:

- Bactérias autótrofas fotossintetizantes (fotoautotróficas)- A clorofila encontra-se em todos os


organismos fotossintéticos, inclusive nas cianobactérias, porém, não estão presentes nas bactérias
fotossintéticas. Aqui, encontram-se as bacterioclorofilas, podendo ser a,b,c,d ou e. Muitos desses
procariotos realizam fotossíntese anoxigênica (que não libera oxigênio como produto secundário) e utilizam
outras fontes de hidrogênio que não a água. Por exemplo, nas sulfobactérias que realizam fotossíntese os
doadores de hidrogênio são compostos de enxofre, como o gás sulfídrico.

- Bactérias autótrofas quimiossintetizantes (quimioautotróficas)- não possuem pigmentos


fotorreceptores e utilizam energia química proveniente da oxidação de compostos inorgânicos simples para
sintetizar glicose a partir de dióxido de carbono e uma fonte de hidrogênio. O esquema representa a
quimiossíntese realizada em Nitrosomonas e Nitrobacter. Lembre que estas são etapas do ciclo do
nitrogênio onde amônia = NH3, nitrito = NO2 e nitrato = NO3.

OBS: Quanto ao aproveitamento ou não do oxigênio podem ser aeróbias, anaeróbias ou facultativas (podem
viver na ausência ou presença de O2).

Reprodução das bactérias:

Dos tipos reprodutivos mais comuns a forma assexuada por cissiparidade é a predominante, porém,
muitas bactérias também reproduzem-se sexuadamente. Há três tipos de reprodução sexuada:

- Conjugação: Uma bactéria (macho), através de uma ponte citoplasmática, doa material genético
(DNA) a outra (fêmea), tornando esta mais variável geneticamente.
- Transformação: Bactérias podem incorporar fragmentos de DNA de bactérias mortas presentes do
meio, assim há aumento da variabilidade genética.
- Transdução: Durante a reprodução viral (de um bacteriófago), o vírus injeta material genético
(DNA) em uma “bactéria 1”. Ao final da reprodução, novos vírus atacam novas bactérias levando e
introduzindo parte do material genético da bactéria 1. As bactérias, ao receberem o ataque viral, incorporam
o DNA da bactéria 1, o que aumenta a variabilidade.
Doenças bacterianas: As doenças bacterianas são tratadas com antibióticos, já que estes atuam
impedindo a síntese protéica das bactérias (nos ribossomos, por exemplo) ou degradando a parede celular
bacteriana. Ambos os processos levam a bactéria à morte. Já os vírus são tratados com inibidores
enzimáticos.

Abaixo uma tabela com as principais doenças bacterianas.

Doença Transmissão/agente causador Sintomas/tratamento/prevenção


Hanseníase Bac.Mycobacterium leprae Falta de sensibilidade e lesões na
Vias respiratórias pele
Há vacina BCG e tratamento
Sífilis Bac. Treponema palidum Rinite sanguinolenta, inflamações
Via sexual ou congênita na pele, surdez, entre outros
Uso de preservativos e
tratamento.
Gonorréia Bac. Neisseria gonorroheae Purulência, ardência na uretra e
Via sexual dor ao urinar, podendo dar febre.
Há tratamento com bons
resultados
Pneumonia Bac. Streptococcus pneumoniae Febre alta, dores no peito e
Bac. Diplococcus pneumoniae dificuldades de respirar.
Vias respiratórias Tratamento do doente
Antraz (carbúnculo) Bac. Bacillus anthracis Úlceras cutâneas – infecção por
Infecção do esporo pela pele pele
Inalação do esporo Tosse, febre, dor no corpo –
Ingestão do esporo infecção por inalação
Não há por contato pessoal Cólica, dores abdominais e
diarréia – infeção por ingestão
(mais grave)
Há diversos antibióticos e a vacina
não é muito eficaz.
Tuberculose Bac. Mycobacterium tuberculosis Perda de apetite, tosse com
(Bacilo de Koch) Gotículas contaminadas no arescarro, são sudorese, emagrecimento
liberadas por espirro ou tosse Vacina BCG e tratamento dos
Vias respiratórias doentes
Botulismo Bac. Clostridium botulinum Doença grave que inibe a
Forma esporos resistentes que transferência dos sinais nervosos
vivem no solo e água doce. para os músculos. O doente pode
Alimentos contaminados (latas) morrer por parada cardíaca e
Produzem a toxina botulínica respiratória.
A doença é letal, exceto com o
atendimento imediato.
Cólera Bac. Vibrio colerae Diarréia com fezes em “água de
Água e alimentos contaminados arroz”, vômitos e forte
com o vibrião, que é eliminado desidratação e cãibra.
pelas fezes da pessoa A falta de tratamento acarreta na
contaminada. morte por falência renal e
desidratação.
Coqueluche Bac. Bordetella pertussis Pode causar pneumonia pela
Gotículas eliminadas pelos própria bactéria e convulsões e
portadores ao falar, tossir ou hemorragias cerebrais. A tosse
espirrar. seca e prolongada é um sintoma
típico.
Há vacinação e deve-se evitar o
contato com doentes.
Difteria (Crupe) Bac. Corynebacterium diphteriae Fossas nasais, laringe, faringe e
Gotículas pelo nariz e boca de amígdalas são afetadas pela
pessoas contaminadas. bactéria. Pode haver asfixia.
Há vacinação e deve-se evitar o
contato com pessoas doentes.
Disenteria bacilar Bac. do gên. Shigella Diarréia intensa com muco e
Transmitida por água e alimentos sangue nas fezes. Pode haver
contaminados. desidratação.
Saneamento básico e tratamento
do doente. É uma doença grave.
Febre tifóide Bac. Salmonella typhi Febre alta, dor de cabeça, falta de
(Doença das mãos sujas) Contaminação via oral, por água e apetite, bradicardia, aumento do
alimentos contaminados ou baço, diarréia e manchas
contato com pessoas doentes se vermelhas no corpo.
higiene. A vacina é de baixa eficácia e
temporária. Trata-se o doente.
Febre maculosa Bac. Rickettsia rickettsi O parasita é intracelular
O transmissor é o “carrapato obrigatório e causa um estágio
estrela”(Amblyomma cajennense) febril agudo variável. Dores de
cabeça, náuseas e vômitos são
comuns, assim como manchas
avermelhadas pelo corpo.

Gastrite bacteriana Bac. Helycobacter pilori Causa ulcerações na parede do


Infecção geralmente dá-se na estômago, pois destroem o muco
infância por via oral-oral ou oral- protetor do epitélio estomacal.
fecal. Muitos não desenvolvem a Há tratamento com antibióticos
doença. sob recomendação médica.
Doença dos legionários Bac. Legionella pneumophyla Forma-se um quadro de
(Legionelose) É uma forma de pneumonia grave pneumonia necrotizante, com
A bactéria vive em sistemas de febre, dores de cabeça, tremores e
distribuição água e ar tosse seca.
condicionado. Um caso típico é a “febre de
Vias respiratórias Pontiac”, não pneumônica.
Há tratamento convencional para
a doença em estágios iniciais, pode
ser fatal.
Meningite bacteriana Bac. Neisseria meningittidis Inflamação nas meninges, febre,
Pode ser causada por outros dores de cabeça, rigidez na nuca,
agentes como vírus, fungos e vômitos, paralisia. Pode levar à
protozoários. morte.
Portadores liberal o meningococo Há vacinação e evita-se locais
no ar por meio de gotículas abafados e aglomerações de
faringeanas e nasais. pessoas.
Peste Bac. Yersinia pestis Febres, dores no corpo e
Picada de pulgas infectadas que inflamação nos gânglios linfáticos
podem viver em ratos, coelhos, (que crescem formando o “bulbão
gatos, cães, etc. pestoso”) que podem se romper
liberando purulência.
Pode haver tosse com sangue pela
complicação pulmonar.
Controle das pulgas e
transmissores, tratamento do
doente e saneamento básico são
as principais medidas.
Tétano Bac. Clostridium tetani Os bacilos afetam o sistema
Objetos contaminados com nervoso liberando uma toxina que
poeira, terra, ou fezes de animais causa fortes contrações
contaminados, inclusive musculares (tetania) e dor. Pode
humanos. Feridas são a porta de ocorrer parada respiratória ou
entrada dos esporos bacterianos cardíaca. Leva à morte em muitos
(forma de resistência) casos.
Há vacinação eficaz

-As Cianobactérias

Antigamente chamadas de algas azuis ou cianofíceas, são incluídas no grupo das eubactérias.
Podem ser células isoladas, agregados celulares, colônias ou até fazendo parte dos líquenes. O DNA não
está ligado a histonas e encontra-se em certas zonas do citoplasma. Fazem fotossíntese de modo
semelhante ao que ocorre nos vegetais e protistas clorofilados, o que ajuda a explicar que provavelmente
foram as formas fotossintetizantes mais primitivas do planeta. Vivem em locais úmidos, sobre rochas, água
doce, solo e até tronco de árvores. Algumas vivem em temperaturas extremas. Pode haver uma bainha de
mucilagem externa à parede celular e é frequentemente pigmentada (dourada, amarela, azul, violeta,
marrom, etc.). A cor das cianobactérias é dada devido a pigmentos contidos nos sistemas de membranas e
não em plastos: azul (ficocianina), vermelho (ficoeritrina), clorofila “a” e carotenóides. Algumas podem fixar o
nitrogênio atmosférico através de um tipo celular chamado heterocisto. Ainda podem formar os acinetos
(estruturas muito resistentes em ambientes desfavoráveis). Quanto à reprodução é assexuada por
cissiparidade ou ainda podem se partir em fragmentos chamados hormogônios.

Importância das cianobactérias


- Atuam como pulmão do planeta produzindo
grande parte do O2 da atmosfera
- Fixação do nitrogênio
- Produtoras e pioneiras nas sucessões ecológicas
sendo essencial nas teias alimentares aquáticas e
terrestres.

ATENÇÃO: No grupo dos eucariontes, os organismos apresentam material genético envolto por membrana
nuclear (carioteca). Há casos de unicelularidade (protozoários, algas e fungos) e de multicelularidade
(algas, fungos, vegetais e animais). Podem ser autótrofos (algas protistas e vegetais) ou heterótrofos
(protozoários, fungos e animais). Os seres vivos eucariotos são divididos didaticamente em 4 reinos:
protistas, vegetais, fungos e animais.

Protistas

O termo protista deriva do grego e significa “primeiro de todos”, dando a idéia de serem os primeiros
eucariontes da escala evolutiva. Podem ser unicelulares (algas e protozoários) ou multicelulares (algas),
autótrofos (algas) ou heterótrofos (protozoários). No caso das algas, seu corpo pode ser chamado de Talo,
independentemente de serem uni ou multicelulares. É um reino com diversas classificações, sendo que no
sistema de cinco reinos proposto por Whittaker ele é considerado Reino Protista, porém, foi modificado por
Schwartz e Margulis para Reino Protoctista, onde mostra que este reino é claramente polifilético, isto é,
seus representantes não apresentam ancestralidade direta comum. Usaremos como base uma das
bibliografias amplamente usadas no ensino médio (Bio2-1.ed. Sônia Lopes- Ed. Saraiva-São Paulo-2008).

-PROTOZOÁRIOS

Atualmente a classificação em quatro filos, tomando por base a presença e o tipo de estrutura
empregada na locomoção, não é mais aceita. Hoje, consideram-se cerca de dez filos, cujas relações
filogenéticas ainda não são bem compreendidas. Acompanhe abaixo os grupos de protozoários:

*Protozoários ameboides- Deslocam-se ou capturam alimentos por meio de pseudópodes, constituem


cerca de quatro filos, com origens bastante distintas; por isso não devem ser considerados dentro de um
único filo, como antigamente (filo Sarcodina, os Rizópodes). São dulcícolas, marinhos ou solos úmidos.
Alguns são parasitas. Inclusive dos humanos (Entamoeba histolitica -figura abaixo- e Entamoeba
gengivalis). A ameba de vida livre mais conhecida é a Amoeba proteus (foto abaixo). O tipo de reprodução
mais comum é a divisão binária.

Entamoeba histolitica

OBS: As amebas dulcícolas, possuem citoplasma com concentração maios que a do meio externo,
em função disso muita água entra na célula por osmose o que pode causar rompimento, entretanto,
apresentam vacúolos contráteis ou pulsáteis, que expulsam a água em excesso (osmorregulação). Nos
marinhos não há esses vacúolos, pois são isosmóticos com o meio. Não há esses vacúolos nos parasitas.
As amebas são do filo Rhizopoda e os outros protistas amebóides são os Heliozoários e os
Radiolários, que pertencem ao filo Actinopoda e os Foraminíferos que pertencem ao filo Granuloreticulosea.

*Protozoários flagelados- Deslocam-se ou obtém alimentos por meio de flagelos; compõem cerca de três
filos, antigamente considerados em um único filo (filo Flagellata ou Mastigophora), o que não é mais aceito.
Há muitos de vida livre aquáticos, como o gênero Bodo, comuns em águas paradas. Outro exemplo é o
Trychonympha que vive em mutualismo no corpo de outros animais, degradando celulose presente na
madeira ingerida por cupins e baratas.
Os parasitas mais conhecidos com seus métodos de contaminação são o Trypanosoma cruzi (Mal de
Chagas- Percevejo Barbeiro ou Chupança- Triatoma), Trypanosoma gambiense (Doença do sono- Mosca
Tsé-Tsé), Giardia lamblia (Giardíase- Água e alimentos contaminados), Trychomonas vaginalis
(Tricomoníase- Contato sexual), Leishmania brasiliensis (Leishmaniose tegumentar americana- Úlcera de
Bauru ou ferida brava- Mosquito fêmea do gên. Lutzomyia, Mosquito palha) e Leishmania chagasi
(Leishmaniose vísceral americana- Calazar- Mosquito palha). Abaixo o ciclo de vida da Doença de Chagas.

O barbeiro pica e defeca próximo ao local da


picada. Assim, os tripanossomos penetram no
ferimento após serem liberados nas fezes do
inseto. CUIDADO: na saliva do inseto não há os
tripanossomos, logo, não há contaminação
apenas com a picada.

Outro ponto importante a se identificar é que o


barbeiro é um percevejo e NÃO É UM
MOSQUITO.

*Protozoários ciliados- Deslocam-se ou obtêm alimentos por meio de cílios; é o único grupo que se
mantém igual à classificação tradicional, a qual propõe o agrupamento de todos os ciliados em um único filo
(Ciliophora). Podem ser encontrados em água doce, salgada, salobra e solos úmidos. Existem espécies
parasitas sendo a Balantitium coli a parasita do ser humano. Os gêneros mais conhecidos de vida livre são
o Paramecium e a Vorticella, que se alimentam de material em suspensão na água e a Frontonia que é
predador de outros protozoários. Usaremos como base o Paramécio que apresenta estruturas típicas como
o sulco oral, uma reentrância ciliada onde o alimento entra no ser vivo; o citóstoma, onde o alimento
penetra na célula; citopígio ou citoprocto, por onde os restos não aproveitados são eliminados do vacúolo
para fora. Há também presença de vacúolos pulsáteis para osmorregulação e a presença de dois núcleos, o
macronúcleo (metabolismo) e o micronúcleo (reprodução sexuada-conjugação, conforme abaixo)

*Protozoários esporozoários- Não possuem estruturas especiais para deslocamento, mas podem se
deslocar por flexões do corpo ou deslizamento; obtêm alimentos principalmente por absorção ou pinocitose;
eram chamados de Sporozoa. São todos endoparasitas e completam seu ciclo de vida dentro de células do
seu hospedeiro. Seu ciclo de vida apresenta formas de intensa multiplicação no interior do corpo dos
organismos parasitados (esquizogonia e esporogonia). Podem formar estruturas de resistência
(esporocistos) onde ficam os esporozoítos, uma das formas celulares dos esporozoários. Os principais
parasitas deste grupo são os seres do gênero Plasmodium, causador da Malária e o Toxoplasma, causador
da Toxoplasmose.

-Malária:

-Hospedeiro intermediário: Homem; -Hospedeiro definitivo: Fêmea do mosquito do gên. Anopheles


(hematófago)

-Espécies causadoras:
*Plasmodium vivax – Febre terçã benigna, acesos febris a cada 48 horas.
*Plasmodium malariae – Febre quartã benigna, acessos febris a cada 72 horas.
*Plasmodium falciparum – Febre terçã maligna, acessos febris de 36 a 48 horas (irregulares).
*Hemácias parasitadas aglutinam e provocam obstrução dos vasos. Frequentemente é fatal.

Abaixo o ciclo de vida do Plasmodium vivax:

-Toxoplasmose

Contágio: As pessoas podem ingerir diretamente os cistos do Toxoplasma gondii presentes no meio
ou ao ingerir carnes malpassadas que contenham os cistos especiais do toxoplasma.
OBS: O parasita prejudica o sistema nervoso e também pode causar cegueira, sendo um dos
exames importantes durante o período gestacional.

-ALGAS

No geral são classificadas de acordo com os tipos de substâncias de reserva de carboidrato e os


tipos de pigmentos fotossintetizantes. São divididas em vários filos. Abaixo das possíveis classificações das
algas:

Filo Euglenophyta- Parede celular ausente. Apresentam dois flagelos que partem do saco flagelar ou
reservatório. Voltada para o citoplasma, apresentam uma película flexível formada por fibrilas protéicas que
dão forma mais constante à célula. Existem espécies fotossintetizantes (apresentam estigma para
percepção da luz) como a Euglena e a Phacus e heterótrofos, que se alimentam de outros protistas. A
Peranema é um exemplo de heterótrofo que se alimenta de euglenas. Essas espécies vivem em água doce,
mas são comuns exemplos em água salgada. Também apresentam vacúolos para osmorregulação, como
outros protistas.

Euglena

Filo Dinophyta (Dinoflagelados)- São também chamadas de Pyrrophyta (algas de fogo). Abriga
organismos unicelulares autótrofos, heterótrofos de vida livre, mutualistas e até parasitas de protozoários,
crustáceos e peixes. Possuem endoesqueleto com sacos membranosos associados à membrana
plasmática e podem conter depósitos de celulose. Muitas espécies fazem parte do plânton marinho (gên.
Ceratium é autótrofo e o gên. Noctiluca é heterótrofo com um tentáculo móvel).
O gênero Noctiluca apresenta bioluminescência, sendo a reação química dependente de uma
substância chamada luciferina que é oxidada pela enzima luciferase na presença de ATP e oxigênio,
liberando a luz. Isso também acontece com outros seres vivos. Algumas espécies são formadoras da MARÉ
VERMELHA.

Um dinoflagelado

Filo Bacillariophyta- Este filo é representado pelas Diatomáceas, algas muito comuns no plâncton marinho
e em água doce. A maioria é autótrofa, mas existem espécies heterótrofas no sedimento marinho. A sua
parede celular é rígida (frústula ou carapaça), impregnada de compostos de sílica. A frústula é composta
por duas valvas que se encaixam. Há muitas formas de vida neste grupo, não havendo um padrão comum.

OBS: Após a morte das diatomáceas formam-se depósitos dessas carapaças, formando as terras de
diatomáceas, ou diatomito, que podem ser classificadas como um tipo de rocha sedimentar. O diatomito
pode ser usado como filtro e essas carapaças podem ser usadas como abrasivos e até na produção de
dentifrícios e cosméticos.

As diversas formas das diatomáceas

Filo Phaeophyta- Algas pardas. São multicelulares e de tamanho variado, podendo chegar de
microscópicos até mais de 60 metros. Ocorrem principalmente no ambiente marinho. Na região Nordeste
temos tipicamente o Sargassume a Padina. No Atlântico Norte forma-se o Mar de Sargaço. Apresentam
ramos diferenciados com função reprodutora e pequenas vesículas cheias de gás que funcionam como
flutuadores, mantendo a alga na superfície. Em alguns ambientes costeiros e frios podemos encontrar algas
pardas gigantes (Kelps) que formam florestas aquáticas. São fonte de muitos produtos para a indústria para
alginatos (substâncias viscosas para fabricar o papel), estabilizadores de cremes dentais e sorvetes. Os
principais gêneros são o Macrocystis e Laminaria. A espécie Laminaria japônica (Kombu), comum na China
é usada na alimentação e seu alto teor de Iodo combate o Bócio.

Uma alga parda


Filo Rhodophyta- Algas vermelhas. Maioria marinha, existem algumas espécies usadas na alimentação
humana, como no nori (gênero Porphyra), usada no sushi. Apresenta alto teor de vitamina C, logo, é muito
usada para combater o escorbuto. A parede celular é formada por uma camada interna e rígida de celulose
e outra externa mucilaginosa (com polissacarídeos ágar e carragenina). Usada na indústria farmacêutica,
cosmética e na preparação de meios de cultura para bactérias. Certos grupos ainda apresentam carbonato
de cálcio na parede celular (algas vermelhas calcárias) que auxiliam na formação de recifes.

Uma alga vermelha

Filo Chlorophyta- É o grupo mais diversificado de algas, com representantes uni ou multicelulares e mais
de 7 mil espécies. São marinhos, dulcícolas ou meio úmido (cascas de árvores, barrancos). A Ulva (alface-
do-mar) é um exemplo bem conhecido. A parede celular é rica em celulose e algumas podem apresentar
carbonato de cálcio (algas verdes calcárias), comuns no litoral brasileiro. Podem também fazer parte da
formação mutualística dos líquenes.

Ciclo de vida da Ulva


Abaixo um resumo de uma das classificações das algas:
Referências para a elaboração deste material

-Fundamentos de Biologia Moderna- Amabis e Martho. Ed. Moderna


-Biologia, Programa completo. Sérgio Linhares e Fernando gewandsznajder. Ed.Ática.
-Biologia, Série Brasil. Sérgio Linhares. Ed ática
-Biologia César e Sezar
-Biologa Sônia Lopes
- Vítor e César- Biologia para o ensino médio
- Botânica geral- Wilhelm Nultsch
-Vida. A Ciência da Biologia
-Sistema COC de ensino- Livro eletrônico
-Tolweb.org
-Infoescola.com
-afh.bio.br
-nilofrantz.com.br
-bio012.com.sapo.pt
-Sobiologia.com.br
-Scribd- aulas biologia
-www.britannica.com/EBchecked/topic-art
-cienciasn9.wordpress.com
-objetoseducacionais2.mec.gov.br
-portalsaofrancisco.com.br
-Simbiotica.org
-Brasilescola.com.br
-Vestibulandoweb.com.br
-Editorasaraiva.com.br
- 2.bp.blogspot.com
-1.bp.blogspot.com
- upload.wikimedia.org
- professores.unisanta.br
- 4.bp.blogspot.com
- http://www.prof2000.pt/users/jlebre/Image50.gif
- http://curlygirl.no.sapo.pt/imagens/crescimento2.jpg
- http://images.paraorkut.com/img/papeldeparede/1024x768/g/gavinhas-2157_thumb.jpg
- enq.ufrs.br
-http://www.ceasacampinas.com.br/novo/img/abacaxi9.jpg
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