Desgate Erosivo MOinho Vale
Desgate Erosivo MOinho Vale
Desgate Erosivo MOinho Vale
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
PROJETO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
VITÓRIA
2007
EDUARDO COSTA BRAVIM
RENAN ALVES PEREIRA
VITÓRIA
2007
EDUARDO COSTA BRAVIM
RENAN ALVES PEREIRA
COMISSÃO EXAMINADORA
___________________________________________________
Prof. M. Sc. Flávio José da Silva
Universidade Federal do Espírito Santo
Orientador
___________________________________________________
Prof. Dr. Antônio César Bozzi
Universidade Federal do Espírito Santo
___________________________________________________
Prof. Eng. Mecânico Yordan Madureira de Almeida
Universidade Federal do Espírito Santo
A DEUS, sobretudo.
1 MINÉRIO DE FERRO................................................................................................................................ 7
3 POLÍMEROS ............................................................................................................................................. 18
4 TRIBOLOGIA EM POLÍMEROS........................................................................................................... 25
7 CONCLUSÃO ............................................................................................................................................ 53
8 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 54
7
1 MINÉRIO DE FERRO
Tabela 1: Elementos químicos mais comuns na crosta terrestre. Adaptado de Klein e Hulburt, 1985.
Elementos % peso % atômico % Volume
O 46,60 62,55 93,8
Si 27,72 21,22 0,9
Al 8,13 6,47 0,5
Fe 5,00 1,92 0,4
Ca 3,63 1,94 1,0
Na 2.83 2,64 1,3
K 2,59 1,42 1,8
Mg 2,09 1,84 0,3
Total 98,59 100,00 100,00
1.1 Mineralogia
Serão descritos a seguir algumas das características dos principais óxidos e hidróxidos
de ferro presentes nos minérios de ferro e outros minerais que também são constituintes destes
minérios. A hematita, magnetita e a goethita são os principais minerais formadores de
depósitos (os mais comumente explorados).
A magnetita é fortemente magnética, com brilho submetálico, cor preta com tons
variados de marrom ou cinza, azul do aço em partes intemperizadas; é opaca em lâmina
delgada. Apresenta dureza 6,0 Mohs e densidade de 5,2. Composta essencialmente por 72,4 %
de Fe e 27,6% O. Entretanto, algumas análises podem mostrar consideráveis porcentagens de
Mg e Mn2+ substituindo o Fe2+ e Al, Cr, Mn3+ e T4+ substituindo o Fe3+.A magnetita é o
óxido de ferro que, comparado com a hematita, é mais estável a alta temperatura e baixa
pressão (Klein, 2002; Ramdhor, 1980; Deer et ai., 1981).
9
Figura 1 – Goethita mostrando seu hábito tipicamente botrioidal (Santos e Brandão, 1999).
Microscopia óptica de luz refletida (MOLR), apenas polarizador.
10
2.3 Hidrociclones
Overflow
Fluxo de entrada
APEX
Underflow
Fluxo de saída
É importante salientar que o caráter rotacional do escoamento continua nos dois fluxos
que se dirigem ao vortex e ao apex. Assim, dentro do hidrociclone, toda a massa de água está
girando num mesmo sentido, mas uma parte dela tem uma componente vertical de velocidade
no sentido descendente e se dirige para o apex (vórtice descendente) enquanto a outra tem um
sentido ascendente e se dirige para o vortex finder (vórtice ascendente). Devido ao projeto do
hidrociclone o vórtice ascendente fica no centro do hidrociclone e o vórtice descendente na
periferia. Devido ao tamanho da secção dos orifícios, a vazão do vórtice ascendente é maior
que a do descendente.
Partículas
Finas e Leves
Alimentação
aoão
Partículas Maiores e
Pesadas
Fluxo de Ar (atmosfera)
Figura 5 – Características do escoamento nos hidrociclones.
Este escoamento tem algumas outras características que também são importantes (ver
figura 5)
1 A velocidade angular (w) depende da pressão da alimentação (p). Quanto maior for
esta, maior será aquela;
2 A velocidade linear (v) depende da velocidade angular (w) para um determinado
ciclone (diâmetro) - para esse hidrociclone, aumentando a pressão de alimentação,
aumentarão tanto a velocidade linear como a angular. Em hidrociclone de grande
diâmetro é possível obter elevadas velocidades lineares com pequenas velocidades an-
gulares (ou pequenas pressões). Hidrociclones de pequeno diâmetro, por sua vez,
16
descarregam via underflow. As partículas internas via overflow. As partículas que estão neste
lugar geométrico são submetidas de maneira equilibrada à ação da força centrífuga e ao
"empuxo" das partículas mais pesadas que as empurram na direção do vortex finder. Elas têm,
portanto, chances iguais se dirigirem seja para o underflow ou para o overflow.
Isto estabelecido é fácil de entender que no hidrociclone atuam dois mecanismos
diferentes sobre a separação das partículas sólidas. Um deles é o de sedimentação no campo
centrífugo, através do qual as partículas mais pesadas deslocam-se em direção às paredes e
depois para o apex, enquanto empurram as partículas mais leves para o fluxo ascendente que
sai pelo vortex finder. Outro é o de arraste das partículas mais leves pelo fluxo ascendente.
Estes dois mecanismos são afetados pela presença das partículas no manto: a existência destas
partículas, nessa posição, interfere com o movimento em direção ao overflow ou ao
underflow, podendo melhorar ou prejudicar a seletividade da separação, conforme o caso. A
Krebs, tradicional fabricante de ciclones, recomenda o uso de porções cilíndricas longas para
favorecer as separações de diâmetro de corte menor e curtas para separações mais grossas.
As partículas menores podem sair em qualquer um dos fluxos, dependendo da
quantidade de outras partículas presentes, da quantidade de partículas no manto, da
viscosidade da polpa etc. Já as partículas maiores são pesadas demais para serem arrastadas
pelo fluxo ascendente e só podem sair pelo apex. Isto é, sua massa é de magnitude tal que, em
qualquer posição em que se encontrem, serão lançadas contra a parede do hidrociclone e
escorrerão em direção ao apex.
18
3 POLÍMEROS
Figura 7 – Representações Esquemáticas de estruturas moleculares (a) lineares, (b) ramificadas, (c)
ligadas cruzadamente, e (d) ligadas em rede (tridimensional). Círculos designam unidades de mero
individuais.
Para polímeros lineares, podem existir extensas ligações de van der Waals entre as
cadeias. Alguns dos polímeros comuns que se formam com estruturas lineares estão
polietileno, cloreto de polivinila (PVC), poliestireno (PS), polimetil metacrilato, poliamidas
(náilons) e fluorocarbonos. Nos polímeros ramificados, as ramificações são consideradas
como parte da molécula da cadeia principal, resultam a partir de reações laterais que ocorrem
durante a síntese do polímero. A eficiência de empacotamento da cadeia é reduzida com a
formação de cadeias laterais, que resultam num abaixamento da densidade do polímero.
Muitos dos materiais elásticos de borracha são polímeros com ligações cruzadas. Em
borrachas, isto é chamado vulcanização. Polímeros compostos de unidades trifuncionais são
denominados polímeros em rede. Um polímero que é altamente ligado cruzadamente pode
ser classificado como um polímero em rede. Estes materiais têm propriedades mecânicas e
térmicas distintas. Epóxis e fenolformaldeídos pertencem a este grupo.
20
3.2 Classificação
Deformação
Figura 8 – Comportamento tensão-deformação para fibras (A), plásticos (B) e elastômeros (C).
[Callister]
Grandes extensões elásticas são possíveis para materiais elastômeros que são amorfos
e extensivamente ligados cruzadamente. Deformação corresponde ao distorcimento e ao
desbobinamento das cadeias em resposta a uma tensão de tração aplicada. Ligação cruzada é
às vezes encontrada durante o processo de vulcanização, que confere alta resiliência a esses
materiais.
3.3.1 Viscoelasticidade
Deformação
Carregamento
ta Tempo tr ta Tempo tr
(a) (b)
Deformação
Deformação
ta Tempo tr ta Tempo tr
(c) (d)
Figura 9 – Carregamento em função do tempo, onde o carregamento é aplicado no tempo ta e aliviado
no tempo tr. [Callister]
Tensão (MPa)
Deformação
3.4.1 Revestimentos
4 TRIBOLOGIA EM POLÍMEROS
Pressão
Nominal
(kgf/cm²) Polimento Polimento Retificado Usinado Estado
fino grosseiro bruto
102
10-1
10-4
0,5 1,0 2,0 4,0 8,0
Fator de
plasticidade
Figura 11 – Comportamento dos polímeros em função do fator de plasticidade e do contato superficial.
Polímeros em geral são cerca de dez vezes mais conformáveis e elásticos que metais e
cerâmicas. Para polímeros termoplásticos, são possíveis tanto o modo dútil quanto o modo
frágil e muitos desses materiais são capazes de experimentar uma transição dútil-frágil.
A teoria da abrasão também mostra que a taxa de desgaste é inversamente
proporcional à dureza, mas para os polímeros esta correlação não é tão boa por dois motivos:
4.2 Fadiga
Polímeros podem experimentar falha por fadiga sob condições de carregamento cíclico.
Tal como acontece com os metais, fadiga ocorre em níveis de tensão que estão abaixo do
limite de escoamento. O processo de fadiga ocorre em polímeros com baixo módulo de
elasticidade, ou com módulos maiores contra contra-corpos lisos. O desgaste resulta da
28
Abrasão
Superfície
rugosa Superfície lisa
Fadiga
Módulo de elasticidade
Elastômeros Termoplásticos Fibras
Figura 13 – Diagrama esquemático mostrando o percentual de contribuição da abrasão e da fadiga na
taxa de desgaste em polímeros, bem como a influência do acabamento superficial. (Evans D C e
Lancaster J K, in Scott D (Ed.) Wear, Treatise on Materials Science and Tecnology, Academic Press,
13, 85-139, 1979)
força de contato exercida pela partícula contra uma superfície. A extensão do desgaste
depende também do número de partículas, da massa de cada uma delas, e de sua velocidade
de impacto. Podem ocorrer tanto mecanismos de deformação plástica quanto por fratura
frágil. Estudamos os mecanismos de desgaste erosivo por deformação plástica.
.
Figura 14 – Processo de penetração de uma partícula rígida em uma superfície plana, deformando
plasticamente o material. O contato inicial ocorre quando t=0 e a partícula assume repouso em t=T
d
1
HA( x)dx 2 mv
2
(3)
0
Assumindo H constante
mU 2
V (5)
2H
30
O material deslocado pode ser acomodado por deformação elástica para fora da
indentação. Pode também formar rebarbas em volta da indentação ou ainda ser removido em
mU 2
forma de particulados. Podemos estimar a massa de material removido como K , onde
2H
é a densidade de material erodido e K é um fator dimensional. Isto sugere uma relação
linear entre o volume de material erodido e a massa de partículas incidentes. Contudo,
observa-se experimentalmente um período de incubação, onde inicialmente ocorre um ganho
de massa (figura 15). Aumentando-se a taxa de massa de abrasivo, o desgaste erosivo volta a
apresentar comportamento linear conforme previsto.
Erosão (transferência de massa)
Perda
ganho
Massa de abrasivo
Figura 15 – Dependência da erosão com a massa de abrasivo. (a) comportamento linear. (b) para
baixas taxas de massa de abrasivo, observa-se em alguns casos, aderência dessas partículas à
superfície.
dimensional de desgaste K, o qual pode ser associado como medida de eficiência do processo
de remoção do material.
KU 2
A equação E não considera a variação da taxa de erosão como o ângulo de
2H
impacto. A geometria da deformação causada pelo impacto de uma partícula dura depende
tanto da velocidade da partícula quanto do ângulo de impacto, bem como da forma e
orientação da partícula. Para impacto normal, = 90°. Erosão em materiais dúteis depende
fortemente do ângulo de impacto, conforme ilustrado na figura 16. Materiais dúteis, como
polímeros apresentam máximo desgaste para ângulos entre 20° e 30°.
(a) dútil
(b) frágil
Erosão
Estudos sobre impacto a 30° de diferentes partículas sobre uma superfície apresentam
três tipos básicos de danos, conforme ilustrado na figura 17. Partículas arredondadas
deformam a superfície por sulcamento, deslocando material pelas laterais do sulco e pela
frente da partícula (a). Impactos futuros nas áreas próximas levam a um destacamento das
microrrebarbas.
32
Sulcamento
Corte tipo I
Corte tipo II
Contato
Durante o inicial
impacto
Erosão
Figura 18 – modelo 2-D idealizado de uma partícula incidindo contra uma superfície dútil a um ângulo
o volume de material removido é diferente do volume deslocado da indentação. Nesse modelo
prediz erosão zero para incidência normal.
Erosão
Ângulo de impacto (graus)
Figura 18 – Dependência da taxa de erosão com o ângulo de impacto para vidro erodido por partículas
de carboneto de silício de 9 m e 21 m a 136 m/s (Sheldon G L, Trans. ASME B: J. Eng. For
Industry 88, 387-392, 1966).
Influência da velocidade
MOINHO DE
BOLAS
CIRCUITO
DENSIDADE ABERTO PARA O
DESCARGA ESPESSADOR
ADIÇÃO ÁGUA
POTÊNCIA
CARGA ENCHIMENTO NÍVEL
TANQUE
BOMBA
5.1.1 Densidade
5.1.2 Granulometria
O fator de forma é um dos parâmetros usados para quantificar a angulosidade das partículas.
Uma das definições para o fator de forma é a razão entre a área de sua seção e o quadrado de
seu perímetro (4A/P²). Essas medidas podem ser estimadas através de uma imagem de
MEV, por exemplo. F varia entre 0 e 1. Partículas em forma de agulhas têm F próximo de 0,
enquanto partículas esféricas têm valores próximos de 1.
O estudo foi feito para um circuito fechado de moagem, como mostrado na figura 21,
onde o moinho processa, na maioria do tempo, um minério da mina de Cauê / Conceição, que
37
possui as dimensões e formas como mostrado na figura 22. Essas partículas duras de minério
são as causadoras do desgaste, porém com dimensões menores e diferentes formas após a
moagem.
As principais características dos minérios metassomáticos são:
(a) (b)
38
(c) (d)
Figura 22 – MEV de partículas do minério metassomático recebida no Moinho, em frações de 0,004 a
0,017 mm (a) e (b). e frações de 0,017 mm (c) e (d)
Q V A (9)
onde:
Q vazão
V = velocidade
A Área da seção circular
Onde:
A =π x 0,1524² = 0,073 m² (11)
1280
Vb (12)
0,073 x3600
Vb = 4,8m/s (13)
Secção de entrada com diâmetro 0,134 mm, a vazão total que entra na bateria de
hidrociclones é 1280 m³/h, porém temos seis hidrociclones, logo à vazão será distribuída para
cada hidrociclone, portanto a vazão de entrada de um hidrociclone será 1280m³ dividido por
seis, nos dando um valor de 213m³/h.
213
Vh (15)
0,0141 x3600
Figura 23 – Hidrociclones
41
O mapeamento dos principais pontos desgastados foi feito após a retirada de um hidrociclone
com vazamento, onde todos os revestimentos, apex e vortex foram separados para uma inspeção
visual. Os pontos foram numerados como mostrado na figura 24:
Depois de retirados os materiais citados acima, partimos então para a fase de análise visual e
críticas. Das partes que apresentaram maior desgaste, amostras menores foram cortadas para
facilitar o manuseio. A figura 25 mostra uma foto das peças com as amostras já retiradas:
846 mm
6 2
3
8 7 5 1058mm
mm
1 4
1057mm
150 mm
300 mm
(a) (b)
150 mm
115 mm
(c) (d)
Figura 26 – Desgaste no tubo PAD: (a); (b) Corte de uma seção do tubo; (c) Desgaste
apresentado; (d) Ampliação da foto anterior.
Foi observada a ocorrência de desgaste com crateras grandes (Figura 26c), eventos
bem maiores que as partículas provocadoras, com superfícies lisas e ausência de riscos
visíveis. Na alimentação de cada hidrociclone partículas de minério são transportadas pela
água (polpa) onde chegam com uma pressão de 1,20 kgf/cm², o fluxo de ar ascendente
transporta as menores partículas para o vortex finder. Uma queda de pressão é imposta pelo
44
aumento do diâmetro, saindo do vortex para o tudo de PAD gerando turbulências provocadas
pelas junções dos flanges, onde há o maior desgaste. Com essas considerações sugere-se que
tenha ocorrido cavitação erosiva. As bolhas geradas nas regiões de baixa pressão seriam
transportadas para a o interior do tubo de saída do vortex, onde existem mudanças bruscas de
direção a 30°, responsáveis pelo aumento da turbulência, redução da velocidade e aumento da
pressão. Nesses locais podem ocorrer implosão das bolhas, gerando ondas de choque. Essas
perturbações podem provocar o desprendimento minúsculas partículas do tubo, quando
ocorrem suficientemente próximas a este.
45
84 mm
46 mm
(a) (b)
18,5 mm 31 mm
(c) (d)
20 mm
19 mm
(e) (f)
Figura 27 – Vortex finder: (a) Foto peça retirada; (b) Foto da parte interna do vortex; (c) Foto ampliada do
interior do vortex; (d) Vortex com recorte da amostra; (e) Foto da superfície da amostra; (e) Ampliação da
foto superfície da amostra.
46
197 mm 103 mm
(a) (b)
69 mm
50 mm
(c) (d)
Figura 28 – Revestimento caracol (a); Ampliação da foto anterior (b); Corte feito para amostra (c);
Foto da amostra cortada (d).
47
Ângulo de 35º
(a) (b)
Figura 29 – (a) Desenho mecânico de um caracol de hidrociclone;
(b) Foto da amostra do caracol retirado.
K1 U n
A equação E f1 ( ) estabelece a contribuição da velocidade e do
H
ângulo de impacto na taxa de desgaste. Valores de n entre 2 e 2,5 sugerem maior contribuição
da velocidade no desgaste. Dos elementos revestidos com elastômero, como veremos mais a
frente, esse é o que apresenta o maior desgaste, pois além do ângulo de incidência, o efeito da
velocidade também é maior, devido ao maior diâmetro dessa secção (Cap. 2.4).
48
154 mm
154 mm
(a) (b)
80 mm
132 mm
(c) (d)
Figura 30, a) Revestimento com recorte da amostra b) Foto do revestimento, com setas
indicando a trajetória do desgaste c) Foto do perfil desgastado d) Foto da amostra recortada.
288 mm 288 mm
(a) (b)
112 mm
176 mm
(c) (d)
Figura 31: a) Foto interna do revestimento do cone superior b) Foto do mesmo revestimento
mostrando o recorte da amostra c) Foto da amostra retirada do revestimento d) Foto da
amostra
Podemos observar pelas fotos e pela inspeção feita no revestimento que nessa área do
hidrociclone o desgaste foi mínimo, salvo na figura 31(d), onde aparece um risco vertical,
porém não consideramos ser causado pela trajetória das partículas, mas sim um possível
defeito de fabricação. Sabemos que nesse ponto da classificação há concentração das
partículas maiores, no entanto a diminuição do diâmetro no sentido decrescente impõe
menores velocidades. Esse pode ser o motivo do desgaste nesse local ser inferior aos das
demais regiões até agora mapeadas.
50
160 mm
150 mm
(a) (b)
Figura 32 – (a) Fotos do cone intermediário e amostra (b) Foto interna do cone intermediário
As fotos da figura 32 mostram que não há desgaste consideráveis a olho nu nessa região.
Nesse ponto as velocidades das partículas são bem inferiores, sendo os diâmetros pequenos
comparados aos das áreas de maior desgaste. Sugere-se desgaste erosivo a baixo ângulo, com
valores pequenos devido à baixa velocidade.
150 mm
desgaste
75 mm
Desgaste decrescendo com
(a) (b) o diâmetro
Figura 33 (a) Foto do revestimento inferior com a amostra já retirada; (b) Revestimento com
amostra mostrando superfície interna, o desgaste decresce com o diâmetro.
Como nos revestimentos cônicos intermediário e inferior, podemos mais uma vez
observar que o desgaste não se apresenta tão acentuado, mas há um aumento do diâmetro na
parte superior do cone, ocasionado pelo desgaste de forma uniforme. Esse é um dos motivos
51
da troca principalmente do apex, pois como vimos no item 2.3 fig 4, o fluxo ótimo em sua
saída é diretamente influenciado pelo diâmetro do mesmo.
Amostra nº 08 Apex
40 mm
54 mm
(a) (b)
20 mm
105 mm
(c) (d)
Figura 34 (a) e (b): fotos do apex com amostra recortada; (c) superfície da amostra; (d) foto
ampliada da superfície da amostra.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
7 CONCLUSÃO
8 REFERÊNCIAS
4. Callister Jr., William D. John Wiley & Sons Materials Science and Engineering - an
5. Shewmom P., Sundarajan G.S. The Erosion of Metals. 1. ed. Ann. Rev. Master. Sci.,
13,301 1983.
Signus, 2002.