SLIDE - Ensinando Habilidades Sociais Emocionais

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Ensinando

habilidades sociais
emocionais
Segundo Baião (2019), cinco categorias constituem a base para uma interação social bem-sucedida
na infância.

1. Contato visual.
2. Linguagem corporal.
3. Emoções.
4. Brincar social.
5. Habilidades de comunicação.
Lembre-se: De uma forma geral, pessoas com TEA têm mais facilidade em aprender a partir de situa-
ções concretas, próximas da sua realidade. Por isso, os treinos podem ser feitos com o uso de ima-
gens, vídeos, role-play ou vivências propositais.
1. Contato visual
O contato visual é uma habilidade primordial para a interação social e para a comunicação, pois, ao
olhar nos olhos e se atentar ao que a pessoa está falando, é possível iniciar e responder a uma in-
teração.
1. Contato visual
Contingência de aprendizagem Ajuda intermediária (+AI)
Posicione o objeto reforçador atrás da sua cabe-
Antecedente
ça e solicite o olhar.
Peça para o aprendiz olhar para você e, ao mes-
mo tempo, segure o objeto reforçador, interrom- Resposta
pendo a sua manipulação. O aprendiz deve olhar (mesmo que muito breve)
nos olhos do aplicador.
Ajuda total (+AT)
Posicione o objeto reforçador atrás da sua cabe- Consequência
ça, ou próximo aos olhos, diga “olhe para mim” e, O aprendiz obtém elogio e acesso imediato ao
ao mesmo tempo, com a outra mão, segure a reforçador.
mão do seu aprendiz e coloque em seu rosto.
1. Contato visual
Uma vez que a criança esteja respondendo ao seu nome com o contato visual, deve-se começar a
acrescentar pequenas demandas. Outra habilidade importante nesta área é direcionar o olhar para
o interlocutor durante um episódio comunicativo.
2. Linguagem corporal
A linguagem corporal refere-se ao posicionamento do corpo diante de diferentes situações. É impor-
tante que a criança aprenda posturas corporais para evitar posições inadequadas que podem levar a
falsas interpretações.
2. Linguagem corporal
Exemplos de habilidades:
▪ Manter distância entre duas pessoas.
▪ Manter postura ao sentar.
3. Emoções
Habilidades emocionais são fundamentais para a autorregulação e melhor qualidade de vida de uma
criança com TEA. Perceber o que está sentindo, ou o outro, e reagir adequadamente a esse senti-
mento pode ser difícil para pessoas autistas. No entanto, segundo Baião (2019), quando aprendem
mais sobre os sentimentos, por meio de imagens, da imitação e da interpretação de situações, pas-
sam a compreender mais sobre as emoções e a reagir de forma mais assertiva diante delas.
3. Emoções
Passo a passo do ensino de habilidades:
▪ Identificar emoções em figuras.
▪ Identificar emoções nos outros.
▪ Nomear emoções identificadas.
▪ Imitar emoções de adultos.
▪ Identificar situações e ações relacionadas a emoções.
▪ Desenvolver estratégias para o autocontrole.
3. Contato visual
Contingência de aprendizagem Ajuda mínima (+AM)
Identificar emoções em figuras. Mostre o quadrinho.
Determinar a causa de emoções em figuras.
Sem ajuda (+)
Antecedente O aprendiz não recebe ajuda.
Após controle do acesso ao reforçador, e a expe-
Resposta
riência citada, pergunte por que o personagem
O aprendiz deve responder corretamente o por-
sentiu aquela emoção.
quê, relatando a ação.
Ajuda total (+AT)
Consequência
Mostre o quadrinho que dá a resposta da ação e
O aprendiz obtém elogio e acesso ao reforçador.
diga, oralmente, a resposta para ele repetir.

Ajuda intermediária (+AI)


Dê parte da resposta mostrando o quadrinho.
4. Brincar social
É importante que a pessoa com TEA aprenda sobre brinquedos e jogos que pessoas da sua idade cos-
tumam se interessar, para encontrar uma nova forma de se divertir com o outro, reduzindo buscas
estereotipadas por prazer e melhorando a interação social.
4. Brincar social
Contingência de aprendizagem Ajuda mínima (+AM)
Aguardar a sua vez de jogar. Questione de quem é a vez agora, para fazer
com que ele mesmo sinalize.
Antecedente
Seu aprendiz acabou de fazer a jogada. Sem ajuda (+)
O aprendiz não recebe ajuda.
Ajuda total (+AT)
Impeça seu aprendiz de jogar novamente, bar- Resposta
rando os seus braços e dizendo que é sua vez O aprendiz aguarda a vez novamente.
agora.
Consequência
Ajuda intermediária (+AI) O aprendiz continua o jogo de forma animadora.
Lembre-o que é sua vez agora.
5. Habilidades de comunicação
e amizades
O estabelecimento de regras de comunicação, a partir de ensaios de situações, pode facilitar o enten-
dimento das regras sociais pelas crianças com TEA. As habilidades devem ser escolhidas de forma a
aumentar as chances das crianças terem relações reforçadores no seu cotidiano.
5. Habilidades de comunicação
e amizades
Exemplos:
▪ Pedir desculpas apropriadamente.
▪ Responder e fazer perguntas.
▪ Cumprimentar ao chegar e ao sair.
▪ Trocar turnos durante uma conversa.
▪ Elogiar e aceitar elogios.
▪ Seguir regras propostas por grupos de amigos.
▪ Agradecer.
▪ Apresentar-se para outros.
5. Habilidades de comunicação
e amizades
Contingência de aprendizagem Ajuda intermediária (+AI)
Pedir desculpas apropriadamente. Lembre ao aprendiz se ele não está esquecendo
de falar algo, peça a ele que pergunte como a
Antecedente
moça está.
Observe o comportamento inadequado realizado
pelo aprendiz, e.g.: ao andar rapidamente na re- Ajuda mínima (+AM)
cepção da clínica, esbarra em uma recepcionista Faça gestos para o aprendiz perceber que es-
e ela cai no chão. queceu de pedir desculpas.

Ajuda total (+AT) Consequência


Se o mesmo não se desculpar, o aplicador falará Recebe as desculpas da moça e os seus para-
ao aprendiz o que ele deveria fazer na situação, béns.
ou dará um modelo de como fazer.
Referências
• ALBERTI, R. E.; EMMONS, M. L. Comportamento assertivo: um guia • CABALLO, V. E. Manual de técnicas de terapia e modificação do
de autoexpressão. Belo Horizonte: Editora Interlivros, 1978. comportamento. 1ª ed. São Paulo: Santos, 1996.

• BOLSONI-SILVA, A. T. Habilidades sociais: breve análise da teoria e • CABALLO, V. E. Manual de avaliação e treinamento das habilida-
da prática à luz da análise do comportamento. Interação em Psico- des sociais. 1ª ed., 4ª reimpr. São Paulo: Santos, 2012.
logia. Bauru, v. 6, p. 233-242, 2002.
• DEL PRETTE, Z. A. P.; DEL PRETTE, A. Psicologia das habilidades
• BAIÃO, F.; CASTRO, M. Ensino de habilidades sociais para pesso- sociais: terapia e educação. 3ª ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2008.
as com TEA: Guia prático baseado em ABA. CIA do eBook, 2019.
Referências
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terpessoais: vivências para o trabalho em grupo. 7ª ed. Petró- sociais. In: DEL PRETTE, Z. A. P.; DEL PRETTE, A. (Orgs.). Psicologia
polis: Editora Vozes, 2008. das habilidades sociais: diversidade teórica e suas implicações,
p. 17-56. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
• DEL PRETTE, Z. A. P.; DEL PRETTE, A. No contexto da travessia pa-
ra o ambiente de trabalho: treinamento de habilidades sociais com • SANTOS-CARVALHO, L. H. Z. Caracterização e Análise das Habi-
universitários. Estudo de Psicologia, v. 8, n. 3, p. 413-420, 2003. lidades Sociais e Problemas de Comportamento de Crianças
com Autismo. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de
• FALCONE, E. M. O. O papel da tomada de perspectiva na experiência São Carlos. São Carlos. 2012.
da empatia. Produções em terapia cognitivo-comportamental.
1ª ed., p. 61-69. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012. • WOLPE, J. Prática da Terapia Comportamental. São Paulo: Brasi-
liense, 1973.
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