Rácios

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 16

UCAN

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA


FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

Trabalho de Gestão Financeira I

3º Ano
Curso: Economia e Gestão

Docente
____________________
PEDRO FERNANDES

Luanda, Outubro de 2013.


Resolução do 2º trabalho de Gestão Financeira I 2013

INTEGRANTES DO GRUPO
Nomes nº curso

António D. Manuel 9309 Gestão


Cecília P. Ekuikui 9599 Economia
Iracelma Faustino 8029 Gestão
Lunfuakenda Nicolau 8481 Economia
Nelito André Caíza 9132 Economia
Olavo Paulino F. Quintas 8900 Economia
Vuculo Maurício Bengui 9472 Gestão

2
Resolução do 2º trabalho de Gestão Financeira I 2013

Exercício 1: Apresentamos de seguida, os valores em falta do balanço e da conta


de exploração da Transylvania Railroad (Quadro abaixo), que tinham perdido após o
descuido dos funcionários1:

Dezembro Dezembro
de 2004 de 2003
Balanço
Disponibilidades 11 20
Contas a Receber 44 34
Existências 22 26
Total dos Activos Circulantes 77 80
Imobilizado Líquido 38 25
Total do Activo 115 105

Títulos a Pagar 30 35
Contas a Pagar 25 20
Total do Passivo Circulante 55 55
Endividamento de longo prazo 24 20
Capital Próprio 36 30
Total 115 105

Contas de Exploração
Vendas 200
Custo das Mercadorias
vendidas 120
Despesas de venda, gerais e
administrativas 10
Depreciações 20
Lucros antes de juros e impostos sobre o rendimento
(LAJIR) 50
Juros 6,27
Lucros antes de impostos 43,73
Impostos 30,2
Lucros disponíveis para accionistas 13,53

1
Os cálculos dos valores em falta são apresentados após a descrição do Balanço e da conta de
Exploração.
3
Resolução do 2º trabalho de Gestão Financeira I 2013

Cálculos auxiliares dos valores que estavam em falta no Balanço e na Conta de


Exploração da Transylvania Railroad:

1) Cálculo para o Balanço:

Sabe-se que: Total do Passivo+ Capital Próprio=115 logo:

 Total do Activo = 115 e total do passivo de Curto Prazo = 30+25 = 55;


Dado o Rácio de Liquidez Geral (L.G = 1,4), consegue-se calcular o total dos
Activos circulantes:
Total dos Activos Circulantes T .dos Act ivos Circulantes
R . Liquidez Geral= ⟺ 1 , 4= ⟹
Passivo de Curto Prazo 55

Total dos ActivoCirculante=55 ×1 , 4=77

 Dado o Rácio de Liquidez Imediata (L.I = 0,2), e do passivo de curto prazo


conseguimos obter as disponibilidades do Balanço, isto é:

Disponibilidades Disponibilidades
R . Liquidez Imediata= ⟺ 0 , 2= ⟹
Passivo de Curto Prazo 55

Disponibilidades=55 ×0 , 2=11

 Já com o Rácio de Liquidez Reduzida (L.R = 1,0), disponibilidades e passivo de


curto prazo, consegue-se facilmente determinar o montante do crédito a receber
que a Transylvania Railroad tinha no seu Balanço no ano de 2004:

Disponibilidades +Crédito a Receber


R . Liquidez Reduzida= ⟺
Passivo de Curto Prazo

11+Crédito a Receber
1 , 0= ⟹ 11+ Crédito a Receber =55 ×1 , 0
55

Crédito a Receber=44

 Como já temos o Total de Activo Circulante, o montante de Disponibilidades e o


respectivo Crédito a Receber já podemos determinar o volume das existências
do balanço da Empresa em análise; logo:

ActivoCirculante=Disponibilidades +Crédito a Receber + Existências


77=11+ 44+ Existências ⟹ Existências=22

4
Resolução do 2º trabalho de Gestão Financeira I 2013

 Com as Existências calculadas, o Total do Activo, e o Total do Activo


Circulante é possível reencontrar o valor perdido do Imobilizado Líquido:

Total do Activo= ActivoCirculante+ Imobilizado Líquido


115=77+ Imobilizado Líquido ⟹ Imobilizado Líquido=38

 Atendendo que: Dívida a longo Prazo + Capital Próprio = 115 – 55 = 60, e um


Rácio de Endividamento de 0,4, podemos determinar a Dívida de longo prazo
que a empresa tinha no seu Balanço:

Dívidaa Longo Prazo


R . de Endividamento= ⟺
Dívida a Longo Prazo +Capital Próprio

Dívida a Longo Prazo


0 , 4= ⟹ Dívida a Longo Prazo=0 , 4 × 60=24
60

 Finalmente com o endividamento de Longo Prazo, o Capital Próprio será dado


por: Capital Próprio=60−24

2) Cálculo para a Conta de Exploração:

 Atendendo o tempo de duração das existências (73 dias), é possível determinar o


Custo das Mercadorias Vendidas, tal como se segue:

Existências Médias
i) Duração das Existências= × 365 ⟺
Custo das Mercadorias Vendidas

(22+26)
Onde: Existências Médias= =24 ; logo, pela expressão i) vem:
2

24 8760
73= × 365 ⟺73 CMV =8760 ⟹CMV =
Custo das Mercadorias Vendidas 73

Custo das Mercadorias Vendidas=120

 Por outro lado, como temos à disposição o Prazo Médio de Recebimento (71,18
dias), podemos determinar o volume das vendas de 2004, com base na seguinte
expressão.

Valor Médio a Receber


ii ¿ Prazo Médio de Recebimento= × 365 ⟺
Vendas

(34+ 44)
Onde: Valor Médio a receber = =39 ; logo substituindo em ii) vem:
2

5
Resolução do 2º trabalho de Gestão Financeira I 2013

39
71 ,18= × 365 ⟺ 71, 18 vendas=14235⟹
Vendas

14235
Vendas= =199 , 99 ≅ 200
71 , 18

 Assim sendo, com o montante das Vendas e o Custo das Mercadorias Vendidas,
Despesas e Depreciações, o Lucro antes de impostos e juros sobre o rendimento
(LAJIR) será dado por:

LAJIR=Vendas−CMV −Despesas de Vendas G . Administ .−Depreciações


LAJIR=200−120−10−20=50

 Com o Rácio de cobertura de juros (11,16), Amortizações e LAJIR, podemos


descobrir os Juros que constavam na Conta de Exploração de 2004:

(LAJIR+ Amortizações)
Rácio de cobertura de Juros= ⟺
Juros
(50+20) 70
11, 16= ⟹ Juros= =6 , 27
Juros 11 ,16

 Com estes juros determina-se os lucros antes de impostos:


Lucro Antes de Impostos=LAJIR−Juros
Lucro Antes de Impostos=50−6 , 27=43 , 73

 Assim sendo, utilizando novamente o Rácio de Cobertura de Juros podemos


determinarmos os impostos, pelo que:

(LAJIR+ Amortizações)
Rácio de cobertura de Juros= ; Logo,
Juros
Imposto=30 , 2

 Finalmente, para o cálculo dos lucros disponíveis para os accionistas interessa-


nos a Rendibilidade do Capital próprio. Assim temos:

Resultados
iii ¿ Rendibilidade do Capital Próprio=
Capital Próprio Médio

(30+ 36)
Onde: Capital próprio Médio= =33 ; logo substituindo em iii) vem:
2

Resultados
0 , 41= ⟹ Resultados=13 , 53
33

6
Resolução do 2º trabalho de Gestão Financeira I 2013

Em suma, foram estes os cálculos utilizados que possibilitaram recuperar os


dados do Balanço e da Conta de exploração da Empresa Transylvania Railroad,
perdidos no ano de 2004.

7
Resolução do 2º trabalho de Gestão Financeira I 2013

Exercício 2: Sabemos que as Necessidades de Fundo de Maneio (NFM)


encontram-se associadas às necessidades de financiamento do ciclo de exploração.
Assim as NFM podem ser calculadas a partir da seguinte equação:
NFM =Existências ( Stock )+ Clientes−Fornecedores

Assim para o caso da Empresa INOVADORA Ld.ª e dadas as informações


relativas às matérias-primas, mão-de-obra directa, e gastos gerais de fabrico temos:

Rúbricas Operação vs Valor/usd


 Stock Médio de Matérias-Primas 2
220000 × = 8461,5
52
 Stock de Médio de Produtos em vias de Fabrico

- Matérias-primas
5
220000 × = 21153,8
52
- Mão-de-Obra directa
5
260000 × ×50 % = 12500
- Gastos Gerais de Fabrico 52
Total
5
160000 × ×50 % =
52
7692,3
41346,1

Calculemos assim o Stock médio de produtos acabados, saldo médio dos


clientes, reserva de segurança de tesouraria bem como o saldo médio dos
fornecedores, para depois calcularmos as NFM e o ciclo de caixa:

Rúbricas Operação vs Valor/usd


 Stock Médio de produtos acabados 4
640000 × = 49230,8
52
 Saldo Médio de clientes2
2
950000 × = 158333,3
- Reserva de Segurança de Tesouraria 12
15
950000 × = 39583,3
- Saldo Médio de Fornecedores 360
45
220000 ×
= 27500
360
- Necessidades de FM = (8461,5+41346,1+49230,8+158333,33+39583,3) – 27.500
Necessidades de FM = 269.455,03

- Ciclo de Caixa = ( 2+5+ 4 ) ×7+ 60−45=82 dias

Saldo Médio de Cliente


2
Sabemos que PMR= ×360. Para o caso da Empresa INOVADORA,
Vol . Negócio ( 1+ Tx IVA )
não tem o IVA. Logo no cálculo do saldo não levamos em conta o efeito do IVA. Pensamento similar ao
Saldo Médio dos Fornecedores.
8
Resolução do 2º trabalho de Gestão Financeira I 2013

Constata-se que as Necessidades de Fundo de Maneio ascendem a USD


269.455,03, sendo a duração de ciclo de caixa de 82 dias.

9
Resolução do 2º trabalho de Gestão Financeira I 2013

Exercício 3:

a) – Antes de determinarmos o valor do Custo Médio Ponderado, e atendendo uma


taxa de 12% de rentabilidade mínima exigida pelos detentores de capital, depois
de impostos, devemos em primeiro lugar transformar esta rentabilidade depois de
impostos dos detentores de capital em rentabilidade antes de impostos. Em
termos práticos teremos:

Rúbricas Taxas
RCP (depois de impostos) 12%
Taxa de Tributação 35%
RCP3 (antes dos impostos) 18,46%

Assim sendo, sobre o capital próprio, Financiamento bancário de Médio Longo


Prazo, os Fornecedores, bem como o Financiamento bancário de curo prazo, terá de
incidir as respectivas taxas, para depois determinarmos o Custo Médio Ponderado da
Empresa. Por forma a facilitar o cálculo sintetizemos a informação na seguinte tabela:

Assim sendo, o Custo Médio Ponderado (CMP) será dado por:


Rúbricas Operação vs Valor/USD
Capital Próprio 1300×18,46% ¿ 240
Financiamento bancário de M/L prazo 2000×8,5% =170
Fornecedores 3900× 0 %=0
Financiamento Bancário de C/ prazo 5000×8% = 400
Total 810
Activo 12.200

810
CMP= =6 ,64 %
12200

b) A conclusão final desta questão, dependerá do montante de cada Custo Médio


Ponderado (CMP) resultante em cada uma das substituições que a empresa
realizar. De realçar que como a Empresa pretende estar numa situação de
vantagem, necessariamente escolherá um custo inferior. Assim sendo, faremos
uma comparação cada Custo Médio Ponderado resultante das respectivas
substituições em relação ao custo inicial (calculado em a)).

12 %
3
Nota: RCP (antes de Impostos) = =18 , 46 %
1−35 %
10
Resolução do 2º trabalho de Gestão Financeira I 2013

11
Resolução do 2º trabalho de Gestão Financeira I 2013

b 1) – Se a empresa em análise substituir o Crédito Bancário de Médio e Longo Prazo


por capital próprio terá:

Rúbricas Operação vs Valor/usd


Capital Próprio 3300× 18,46% = 609
Financiamento Bancário C/prazo 5000× 8% = 400
Crédito a Fornecedor 3900× 0% = 0
Total 1.009
Activo 12.200
Custo Médio Ponderado4 8,27%

Como o novo Custo Médio Ponderado é superior ao anterior (8,27%¿ 6 ,64%),


neste caso, a substituição de crédito bancário de Médio, Longo Prazo por capitais
próprios, não é favorável para a Empresa. Contudo, há toda necessidade de analisar
o risco financeiro que está por trás desta hipótese.

b 2) – Na segunda hipótese, se a empresa substituir o crédito de fornecedores por


crédito bancário de curto prazo estará na seguinte situação:

Rúbricas Operação vs Valor/usd


Capital Próprio 1300× 18,46% = 240
Financiamento Bancário M/L prazo 2000× 8,5% = 170
Financiamento Bancário curto prazo 8900× 8% = 712
Total 1122
Activo 12.200
Custo Médio Ponderado5 9,2%

Constata-se que se a empresa substituir o crédito de fornecedores por crédito


bancário curto prazo, o custo médio ponderado continua sendo superior em relação a
situação inicial (9,2%¿ 6 , 64 % ), pelo que esta hipótese não parece ser
recomendável. Desde já, há que analisar o prazo a acordar com os fornecedores.

b 3) – Finalmente resta-nos analisar se é vantajoso para a empresa, substituir o


crédito de fornecedores por crédito bancário de curto prazo, no caso de conseguirem
desconto de pronto pagamento6 de 2,75%. Neste caso, está claramente evidente que
a Empresa tem dois caminhos por optar:

i) – Pagar aos fornecedores no prazo de 90 dias a totalidade da dívida, ou


ii) Pagar a pronto com um desconto de 2,75%.

1009
4
CMP= =8 ,27 %
12200
1122
5
CMP= =9 ,2 %
12200
6
Não esquecemos que o prazo médio de pagamentos é de 90 dias.
12
Resolução do 2º trabalho de Gestão Financeira I 2013

Dito por outras palavras, a hipótese ii) indica que por cada USD 100 de compras,
pagará a pronto USD 97,25 (100-2,75%). Isto significa que a empresa tem que
escolher se é ideal pagar a pronto os USD 97,25 ou só pagar dentro de 90 dias o
montante de USD 100.

Por outro lado, o exercício diz-nos que a Tesouraria da empresa está equilibrada,
pelo que se a empresa quiser reembolsar o valor a pronto pagamento terá
necessariamente que recorrer à crédito bancário; em ermos práticos fica:

Rúbricas Operação vs Valor/usd


Montante do Crédito 97,25
Taxa a pagar 8%
Prazo 90 dias
Juros a Pagar7 1,945
Custo Total (ao fim de 90 dias)8 99,195

Veredicto Final

Após a análise das diferentes substituições apresentadas para a empresa,


podemos verificar que é vantajoso para a empresa pagar a pronto com um desconto
de 2,75% e, recorrer a crédito, pois o custo total avaliado é menor do que se pagar a
90 dias. Em suma, podemos sintetizar este processamento no seguinte gráfico:

Desconto

USD 97,25 USD 100

90 dias

Empréstimo

USD 97,25 USD 99,195

Deste modo consegue-se verificar que a Poupança Financeira será igual USD
0,805 (100-99,195).

97 ,25 × 0 , 08
7
Juros a Pagar = × 90=1,945
360
8
Custo Total a Pagar ( ao fim de 90 dias )=97 , 25+1,945=99,195
13
Resolução do 2º trabalho de Gestão Financeira I 2013

Exercício 4:
Para facilitarmos o cálculo das questões que se pretendem, vamos primeiro
completar o extracto das Demonstrações Financeiras da Empresa “ESTOU AQUI”,
relativamente aos Capitais próprios, Margem Bruta, Resultado Operacional, Resultado
Corrente e Resultado Líquido, já que serão necessários.

Rúbricas 2011 2012

200.00
(1) Activo Económico 0 230.000
(2) Capitais Alheios 20.000 57.500
180.00
(3) Capitais Próprios (1-2) 0 172.500
(4) Vendas 12.000 16.000
(5) Custos Variáveis 7.200 9.600
(6) Margem Bruta (4-5) 4.800 6.400
(7) Gastos Fixos 2.000 2.000
(8) Resultados Operacionais (6-7) 2.800 4.400
(9) Encargos Financeiros 800 3.450
(10) Resultado Corrente (8-9) 2.000 950
(11) Imposto S/Lucros 800 380
(12) Resultados Líquidos (10-11) 1.200 570

Com o extrato de demonstrações completa, passaremos agora pela determinação


dos valores que se pretendem:

1. Determinação da Rentabilidade de Activo (Ract) e da Taxa de Remuneração


dos Capitais Alheios (TRCA) da empresa ESTOU ADQUI Lda:

RL+ EF ( 1−T ) EF ( 1−T )


Sabe-se que: Ract = e TRCA= ou TRCA=Juros ( 1−T )logo
Activo Passivo
substituindo os valores vem:

2011 2012

1200+ 800 (1−0 , 4 ) 570+3450 ( 1−0 , 4 )


Ract = =0,008 Ract = =0,011
200.0000 230.0000

800 ( 1−0 , 4 ) 3450 ( 1−0 , 4 )


TRCA= =0,024 ou TRCA= =0,036
20.000 57500
4 % × (1−40 % )=0,024 6 % × ( 1−40 % )=0,036

Constata-se que de 2011 à 2012 a Rentabilidade do Activo (Ract) aumenta


ligeiramente, pois os custos variáveis apesarde serem os mesmos isto é em termos
percentuais, aumentaram em termos relativos, devido ao aumento das vendas (de USD
12.000 para USD 16.000), além de mais, verifica-se que a a Ract não é influenciada

14
Resolução do 2º trabalho de Gestão Financeira I 2013

pelo aumento da taxa de juros. A Taxa de Remuneração dos Capitais Alheios (TRCA)
aumenta, justamente porque a taxa de juros relativa aos financiamentos que a empresa
paga aumentou de 4% para 6%.
2. Cálculo do Grau de Alavanca Financeira para ambos os anos:
RL+ EF ( 1−T )
Sabe-se que: GAF= ; substituindo os valores vem:
RL

2011 2012

1200+800 ( 1−0 , 4 ) 570+3450 ( 1−0 , 4 )


GAF= =1 , 40 GAF= =4 , 63
1200 570

Sabemos que o GAF no fundo reflecte o excedente dos Resultados Operacionais


(RO) sobre os Efeitos Fiscais (EF). Porém, constata-se que de 2011 para 2012,
apesar da Empresa ter tido Resultados Operacionais superiores, a mesma é menos
capaz de superar os efeitos fiscais, que aumentaram mais do que
proporcionalmente. O GAF aumentou, já que se verificou um aumento no Passivo;
daí o aumento do risco financeiro da empresa.

3. Determinação do Efeito da Alavanca Financeira (EAF) e a Rentabilidade dos


Capitais Próprios (RCP) da Empresa.

Activo RL RL
Sabe-se que EAF = × e RCP= substituindo os
Capital prórpio RL+ EF ( 1−T ) CP
valores vem:

2011 2012

200.000 1.200 230.000 570


EAF = × =0 , 79 EAF = × =0 , 29
180.000 1.200+800 ( 1−40 % ) 172.500 570+3450 ( 1−40 % )

1.200
RCP= =0,007 570
180.000 RCP= =0,003
172500

Pelos resultados obtidos, constata-se que o Efeito da Alavanca Financeira (EAF)


diminui, porque o nível de endividamento atingido é excessivo; por essa razão, o
aumento da dívida levou a uma redução da rentabilidade dos Capitais Próprios (RCP), o
que evidencia de forma clara que já se atingiu um nível de risco bastante elevado,
diminuindo desta forma o seu valor.

4. A relação que se pode estabelecer entre a variação da Rentabilidade dos Capitais


Próprios com a Rentabilidade do Activo e a taxa de Remuneração dos Capitais
Alheios pode ser sintetizada no seguinte:

15
Resolução do 2º trabalho de Gestão Financeira I 2013

i.) Se a Rentabilidade do Activo for superior à Taxa de Remuneração dos


Capitais Alheios (Ract > TRCA), então, o aumento de endividamento
levaria a um aumento do Efeito da Alavanca Financeira (EAF) e
consequentemente da Rentabilidade dos Capitais Próprios.

ii.) Em segundo plano, importa salientar que no caso da empresa em Análise


(ESTOU AQUI), a Rentabilidade do Activo é inferior à Taxa de
Remuneração dos Capitais Alheios; o que implica que o aumento do
endividamento levou a uma diminuição da Rentabilidade dos Capitais
Próprios, evidenciando que a empresa deve reduzir a dívida.

5. Finalmente vamos determinar o Grau de Alavanca Operacional (GAO), para


MC
ambos os anos. Sabe-se que este grau é dado por: GAO= ; assim sendo,
RO
substituindo os valores na fórmula obteremos:

2011 2012

4.800 6.400
GAO= =1 ,17 GAO= =1 , 45
2.800 4.400

Interpretação: sabe-se que o Grau de Alavanca Operacional reflecte o


excedente da MC sobre os Custos Fixos (CF). Porém, para a empresa em estudo, o Grau
de Alavanca Operacional diminuiu, dado o aumento das vendas, e aumentou o
excedente da MC sobre os Custos Fixos, apesar de a percentagem da margem ser a
mesma. Assim, o risco de mercado diminuiu.

16

Você também pode gostar