Regulamento Interno Centro de Dia

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R.CDD.

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REGULAMENTO INTERNO 1ª edição

CENTRO DE DIA 01-03-2020

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Registo de Revisões

Edição Data Descrição da alteração

1ª 01-03-2020 1ª Edição

ELABORADO APROVADO

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Índice
CAPÍTULO I ........................................................................................................... 4
DENOMINAÇÃO E FINS DO CD ................................................................................ 4
Artigo 1º (Âmbito de aplicação) ........................................................................................ 4
Artigo 2º (Legislação Aplicável) ......................................................................................... 4
Artigo 3º (Objetivos do Regulamento)............................................................................... 4
Artigo 4º (Objetivos do CD) ............................................................................................... 4
Artigo 5º (Serviços e Atividades) ....................................................................................... 5
CAPÍTULO II .......................................................................................................... 6
PROCESSO DE ADMISSÃO DE CLIENTES ................................................................... 6
Artigo 6º (Critérios de Admissão) ...................................................................................... 6
Artigo 7º (Prioridades de Admissão).................................................................................. 7
Artigo 8º (Candidatura) ..................................................................................................... 7
Artigo 9º (Admissão) ......................................................................................................... 9
Artigo 10º (Período de Ambientação) .............................................................................. 9
Artigo 11º (Processo Individual de Cliente).................................................................... 10
Artigo 12º (Base de Dados de Inscrições) ...................................................................... 11
CAPÍTULO III ....................................................................................................... 12
CONDIÇÕES GERAIS DE FUNCIONAMENTO ............................................................ 12
Artigo 13º (Instalações) ................................................................................................. 12
Artigo 14º (Horário de Funcionamento) ........................................................................ 12
Artigo 15º (Entrada e Saída de Visitas) .......................................................................... 12
Artigo 16º (Saídas ou pedidos de licença ou dispensa) .................................................. 12
Artigo 17º (Determinação da Comparticipação) ............................................................ 12
Artigo 18º (Cálculo do Rendimento Per Capita) ............................................................. 13
Artigo 19º (Comparticipação do Cliente) ....................................................................... 16
Artigo 20º (Alimentação) .............................................................................................. 17
Artigo 21º (Quadro de Pessoal) ..................................................................................... 18
Artigo 22º (Direção Técnica) ......................................................................................... 18
CAPÍTULO IV ....................................................................................................... 18
DIREITOS E DEVERES ........................................................................................... 18
Artigo 23º (Direitos dos Clientes) .................................................................................. 18
Artigo 24º (Deveres dos Clientes) .................................................................................. 19
Artigo 25º (Direitos da Misericórdia) ............................................................................. 20
Artigo 26º (Deveres da Misericórdia) ............................................................................ 20
Artigo 27º (Significativo) ............................................................................................... 21
Artigo 28º (Direitos e Deveres dos Colaboradores) ........................................................ 22

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Artigo 29º (Direitos e Deveres do Voluntários) .............................................................. 22


Artigo 30º (Significativo) ............................................................................................... 22
Artigo 31º (Haveres Pessoais) ....................................................................................... 24
Artigo 32º (Responsabilidade) ....................................................................................... 24
Artigo 33º (Contrato de Prestação de Serviços) ............................................................. 24
Artigo 34º (Cessação da Prestação de Serviços) ............................................................. 24
CAPÍTULO V ........................................................................................................ 26
CULTO ............................................................................................................... 26
Artigo 35º (Religiões) .................................................................................................... 26
Artigo 36º (Custeamento do Funeral e Sufrágios) .......................................................... 26
CAPÍTULO VI ....................................................................................................... 26
DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................................... 26
Artigo 37º (Alterações ao Regulamento) ....................................................................... 26
Artigo 38º (Integração de Lacunas) ............................................................................... 27
Artigo 39º (Disposições Complementares) .................................................................... 27
Artigo 40º (Sugestões e Reclamações)........................................................................... 27
Artigo 41º (Regulamento Geral de Proteção Dados - RGPD) .......................................... 27
Artigo 42º (Aprovação, Edição e Revisões) .................................................................... 28
Artigo 43º (Entrada em Vigor) ....................................................................................... 29

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CAPÍTULO I
DENOMINAÇÃO E FINS DO CD

Artigo 1º
(Âmbito de aplicação)

O presente Regulamento contém as normas que disciplinam a frequência, pelos respetivos


clientes, da resposta social Centro de Dia da Irmandade Santa Casa da Misericórdia da
Mealhada, sita em Rua Dr. Costa Simões, nº42, 3050-386 Mealhada doravante designadas
por CD e Misericórdia.

Artigo 2º
(Legislação Aplicável)

O CD é norteado pelos princípios gerais estabelecidos no Compromisso da Irmandade,


normativos legais e pelo disposto no presente regulamento, assim como pelo Acordo de
Cooperação celebrado com o Instituto de Segurança Social.

Artigo 3º
(Objetivos do Regulamento)

1. O presente Regulamento Interno visa:


1.1. Promover o respeito pelos direitos/deveres dos clientes, nomeadamente da sua
dignidade e intimidade da vida privada, e demais interessados;
1.2. Assegurar a divulgação e o cumprimento das regras de funcionamento da
instituição prestadora de serviços;
1.3. Promover a participação ativa dos clientes ou seus representantes legais.

Artigo 4º
(Objetivos do CD)

1. São objetivos, fundamentais da Resposta Social de CD:


1.1. Proporcionar serviços adequados à satisfação das necessidades dos Clientes;

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1.2. Promover relações do cliente com e na comunidade;


1.3. Prestar apoio psicossocial;
1.4. Fomentar relações interpessoais e intergeracionais;
1.5. Favorecer a permanência da pessoa idosa no seu meio habitacional de vida;
1.6. Contribuir para retardar ou evitar a institucionalização definitiva;

Artigo 5º
(Serviços e Atividades)

1. A Resposta Social de CD presta um conjunto de atividades e serviços, designadamente:


1.1. Alimentação adequada às necessidades dos clientes, respeitando as prescrições
médicas;
1.2. Apoio psicossocial;
1.3. Cuidados de higiene pessoal;
1.4. Tratamento de roupa;
1.5. Atividades de animação sociocultural, lúdico-recreativas e ocupacionais que visem
contribuir para um clima de relacionamento saudável entre clientes, na promoção
da estimulação e manutenção das suas capacidades físicas e psíquicas;
1.6. Cuidados de enfermagem (engloba a administração de fármacos, quando
prescritos).
2. O CD pode, ainda, disponibilizar outro tipo de serviços não abrangidos pela
mensalidade, e que devem ser pagos mediante a tabela de preços de serviços
complementares em vigor:
2.1. Transporte e acompanhamento a cuidados de saúde;
2.2. Acompanhamento a consultas médicas;
2.3. Aquisição de bens e serviços;
2.4. Atividades lúdico-culturais como passeios e participação em eventos que
impliquem acréscimo de custos;
2.5. Fisioterapia;
2.6. Terapia ocupacional;

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2.7. Cuidados de imagem;


2.8. Transporte.

CAPÍTULO II
PROCESSO DE ADMISSÃO DE CLIENTES

Artigo 6º
(Critérios de Admissão)

1. Para ser admitido é necessário que o indivíduo se encontre numa das seguintes
condições:
1.1. Indivíduo isolado;
1.2. Indivíduo que não se poder bastar a si próprio para satisfação das suas
necessidades básicas;
1.3. Indivíduo em situação de carência social;
1.4. Indivíduo com desajustamento familiar grave;
1.5. Indivíduo cuja família não tenha capacidade para prestar cuidados básicos;
1.6. Indivíduo em risco social.
2. São condições concomitantes de admissão do cliente:
2.1. Ser pessoa de idade igual ou superior a 65 anos, cuja situação não lhe permita
permanecer no seu meio natural de vida, ou que, independentemente da idade se
encontre em situação de carência ou disfunção social que possa ser minorada
através de todos ou alguns dos serviços prestados pela Resposta Social de CD;
2.2. Não sofrer de doenças impeditivas ou de foro psiquiátrico, que possa pôr em risco
a integridade física de outros clientes ou perturbe o bom funcionamento da
organização;
2.3. Expressar uma concordância inequívoca de ingressar no CD, de acordo com a
declaração de vontade que a Instituição disponibilizará;
2.4. Comprometer-se a agir, em todos os atos, de acordo com os princípios, valores e
as normas regulamentares da Misericórdia;
2.5. Submeter-se a prévio exame médico pelo clínico designado pela Misericórdia;
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2.6. Responder por si ou por um representante a uma entrevista de averiguação das


suas condições por responsável nomeado pelo Provedor, Mesário do Pelouro,
Diretor Técnico ou Técnico Responsável.

Artigo 7º
(Prioridades de Admissão)

1. A admissão do cliente será feita de acordo com os seguintes critérios:


1.1. Ser proveniente de meio social desprotegido;
1.2. Situação que não possa ser gerida noutra resposta social;
1.3. Ser natural, residente ou ligado afetivamente ao concelho ou à instituição;
1.4. Ser cliente das respostas sociais de Serviço de Apoio Domiciliário (SAD);
1.5. Ser benemérito ou honorário da Misericórdia, ser ou ter sido corpo gerente, ser
irmão da Misericórdia (nos últimos 5 anos quanto a este último), sendo, quanto
aos últimos, regalia extensível aos respetivos familiares de primeiro grau;
1.6. Ser cônjuge ou familiar direto de cliente de outra resposta social da área da
geriatria na Misericórdia.
2. Na aplicação destes critérios deve atender-se que o CD procurará dar resposta
prioritária a pessoas e grupos sociais e economicamente mais desfavorecidos, de
acordo com os critérios definidos nos respetivos estatutos e regulamentos,
conjugadamente garantindo a sustentabilidade da resposta social.

Artigo 8º
(Candidatura)

1. Para efeito de admissão do candidato deverá ser preenchida a “Ficha de Inscrição” que
constitui parte integrante do processo de candidatura, devendo fazer prova das
declarações efetuadas, mediante a entrega de cópia dos seguintes documentos:
1.1. Documentos de identificação civil, fiscal, segurança social e de inscrição no Serviço
Nacional de Saúde, ou outro subsistema de saúde de que seja beneficiário;
1.2. Relatório do médico assistente, com indicação da situação de saúde e da
comprovação clinica do cliente nomeadamente, tabela terapêutica, prescrição de
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dieta alimentar (se aplicável), situação sobre o plano de vacinação, e outras


informações relativas à situação de saúde do cliente que sejam relevantes para a
segurança do cliente, dos colaboradores e dos restantes clientes.
1.3. Última declaração de IRS e respetiva nota de liquidação do cliente e agregado
familiar;
1.4. Declaração anual de pensões; declaração de rendimentos no estrangeiro, ou na
ausência de rendimentos, uma declaração comprovativa da Segurança Social;
1.5. Comprovativo dos rendimentos prediais, caso existam, ou a declaração de
compromisso de honra de não existência de rendimentos prediais;
1.6. Cadernetas prediais atualizadas, caso existam, ou a declaração de compromisso de
honra de não existência de bens imóveis;
1.7. Declaração dos rendimentos de capitais, caso existam, ou a declaração de
compromisso de honra de não existência de rendimentos de capitais;
1.8. Documento comprovativo de despesas mensais fixas com medicamentos do uso
crónico e permanente (média dos últimos 3 meses);
1.9. Comprovativo do estado de dependência do 1º ou 2º grau (cópia do ofício dos SVI
com a informação sobre o grau de incapacidade atribuído) ou comprovativo de
entrega do requerimento junto dos serviços da Segurança Social;
1.10. Comprovativo de morada dos significativos;
1.11. Em caso de admissão urgente, pode ser dispensada a apresentação de
candidatura e respetivos documentos probatórios, devendo, todavia, ser desde
logo iniciado o processo de obtenção dos dados em falta;
1.12. Em situações que se julgue necessário poderá ser solicitada a sentença judicial
que regule a representação legal do cliente.
2. Em caso de dúvida, podem ser solicitados outros documentos comprovativos.
3. Se vier a apurar-se que houve falsidade e/ou omissões nas declarações relativas ao
cliente, ou na documentação entregue para formalização do seu processo de admissão,
considera-se existir justa causa, por falsas declarações, para a invalidade da inscrição
por parte da Misericórdia.

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4. As inscrições serão aceites durante todo o ano e terão a validade de doze meses. Após,
o que deve proceder-se à renovação da referida inscrição com o preenchimento de um
modelo de manifestação de interesse.
5. A “Ficha de Inscrição” e os documentos comprovativos referidos anteriormente
deverão ser entregues na secretaria da Instituição, durante o horário de expediente.

Artigo 9º
(Admissão)

1. Recebido o pedido de admissão, o mesmo é analisado pelo Diretor Técnico ou pelo


Técnico Responsável desta Instituição, a quem compete elaborar a proposta de
admissão, quando tal se justificar. A proposta acima referida é baseada numa
informação social que terá em consideração as condições e os critérios de admissão,
constantes neste Regulamento.
2. As admissões serão efetuadas pelo Diretor Geral ou pelo Mesário responsável pelo
pelouro com base no parecer do Diretor Técnico ou do Técnico Responsável.
3. Após decisão da admissão do cliente, proceder-se-á à abertura de um processo
individual, que terá por objetivo, permitir o estudo e o diagnóstico da situação, assim
como a definição, programação e acompanhamento dos serviços prestados.
4. Em situações de emergência, a admissão será sempre a título provisório com o parecer
do Diretor Técnico ou do Técnico Responsável e autorização do Diretor Geral, tendo o
processo tramitação idêntica às restantes situações.

Artigo 10º
(Período de Ambientação)

1. A admissão será sempre condicionada ao período experimental não superior a três


meses, quer para uma perfeita ambientação quer para a verificação ratificadora das
condições deste regulamento.

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Artigo 11º
(Processo Individual de Cliente)
1. A Instituição organiza os processos individuais dos clientes, dos quais constam, para
além da identificação pessoal, elementos sobre a situação social e financeira e outros
relevantes. É elaborado com respeito pelo seu desenvolvimento integral, pelas suas
potencialidades e competências, pelas suas necessidades e expetativas, bem como das
respetivas famílias.
2. Após a admissão, caso se justifique, poderá ser marcada uma reunião com quem exerça
responsabilidade legal e o Técnico da Resposta Social a fim de preencher todos os
formulários/informação em falta que constituem o Processo Individual.
3. A Instituição deve manter atualizado o processo individual do cliente, que será
organizado em três vertentes, área sociofamiliar, área saúde e área jurídica:
3.1. Área Sócio-familiar:
3.1.1. Os necessários ao cálculo do rendimento “per capita” nos termos do artigo
18;
3.1.2. Declaração de vontade;
3.1.3. Documento onde conste o cálculo da comparticipação a liquidar ao CD;
3.1.4. Ficha de inscrição do cliente;
3.1.5. Carta de admissão;
3.1.6. Identificação, contacto telefónico e morada do representante pelo
acolhimento do cliente ou dos familiares;
3.1.7. Plano Individual de Cuidados (PIC);
3.1.8. Relatório da evolução da situação do cliente na instituição;
3.1.9. Registo de ocorrência de situações anómalas, nomeadamente, ausências
periódicas ou prolongadas, hospitalização, doença, alterações de
comportamento.
3.2. Área da Saúde:
3.2.1. Fotocópia do cartão de cliente do centro de saúde;
3.2.2. Identificação e contacto do médico assistente;

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3.2.3. Relatório do médico assistente, com indicação da situação de saúde/clínica


do cliente, prescrição e posologia da medicação a efetuar.
3.2.4. Outros documentos médicos e informações de saúde que sejam pertinentes
e necessárias ao acompanhamento do cliente no CD. Tais como dieta e
alergias.
3.3. Área Jurídica:
3.3.1. O cliente e o seu significativo/representante legal, deverão assinar um
contrato de prestação de serviços com a Misericórdia, onde conste
obrigatoriamente as despesas a suportar pelo cliente, bem como a
comparticipação mensal para com o CD, sujeitando-se o cliente às atualizações
do valor do Rendimento Per Capita ou aos montantes definidos pela Mesa da
Administração para renovação do contrato.
4. O Processo Individual é de acesso restrito e é permanentemente atualizado, no
entanto, quando solicitado, pode ser consultado por quem exerça a responsabilidade
legal.

Artigo 12º
(Base de Dados de Inscrições)

1. A ordem de inscrição não constitui critério de prioridade na admissão do cliente.


2. Serão registadas na base de dados todas as inscrições de potenciais clientes, para
posteriormente proceder à admissão.
3. No caso em que o cliente ou o seu significativo informar que não está interessado na
sua manutenção na lista de candidatos o processo é arquivado.

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CAPÍTULO III
CONDIÇÕES GERAIS DE FUNCIONAMENTO

Artigo 13º
(Instalações)

1. O CD é composto por: 1 Sala de atividades/Sala de estar; 1 Refeitório; 3 WC’s; 1


Gabinete médico/enfermagem; 3 Dispensas.

Artigo 14º
(Horário de Funcionamento)

O CD funciona 7 dias por semana, sendo o horário de funcionamento dos serviços das 08:00
às 20:00 horas.

Artigo 15º
(Entrada e Saída de Visitas)

É livremente facultada a visita de familiares e amigos aos clientes do CD, contando que se
efetive em período e nas condições definida no Manual de Acolhimento.

Artigo 16º
(Saídas ou pedidos de licença ou dispensa)

As saídas são livres, estando apenas subordinadas a registo e horário próprio, elaborado de
acordo com o funcionamento do CD e às demais condições definidas no Manual de
Acolhimento.

Artigo 17º
(Determinação da Comparticipação)

1. A comparticipação devida por cada cliente pela utilização dos serviços do CD é


determinada pela aplicação de uma percentagem sobre o seu rendimento per capita
de acordo com a seguinte quadro:

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Percentagem sobre Percentagem sobre


Rendimento PER Capita Rendimento PER Capita
5 Dias 7 Dias
SEM JANTAR 45% 50%
COM JANTAR 55% 60%

Artigo 18º
(Cálculo do Rendimento Per Capita)

1. O cálculo do rendimento “per capita” do cliente é realizado de acordo com a seguinte


fórmula:

𝑅𝐴𝐹
−𝐷
12
RC = 𝑛

Sendo:

RC= Rendimento per capita mensal

RAF= Rendimento do cliente (anual ou anualizado)

D= Despesas mensais fixas

n= Número de elementos do agregado

2. Para efeitos do presente Regulamento, sem prejuízo do disposto na legislação


aplicável, entende-se que:
Rendimento Mensal Ilíquido do cliente e dos significativos de primeiro grau da
linha reta ou de quem se encontre responsável pela prestação de alimentos é
o duodécimo da soma dos rendimentos anualmente auferidos, incluindo os
valores referentes aos subsídios de férias e de Natal.
3. Para efeitos de determinação do montante de rendimento do cliente (RAF) e dos
significativos de primeiro grau da linha reta ou de quem se encontre responsável pela
prestação de alimentos, consideram-se os seguintes rendimentos:

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3.1. Do trabalho dependente;


3.2. Do trabalho independente - rendimentos empresariais e profissionais;
3.3. De pensões;
3.4. De prestações sociais (RSI, CSI, Subsídio de Desemprego) - exceto as atribuídas
por encargos familiares (abono de família e assistência a 3ª pessoa e por
deficiente a cargo);
3.5. Bolsas de estudo e formação (exceto as atribuídas para frequência e conclusão,
até ao grau de licenciatura);
3.6. Prediais.
4. Consideram-se rendimentos prediais os rendimentos definidos no Código do IRS,
designadamente:
4.1. As rendas dos prédios rústicos, urbanos e mistos, pagas ou colocadas à
disposição dos respetivos titulares;
4.2. As importâncias relativas à cedência do uso do prédio ou de parte dele e aos
serviços relacionados com aquela cedência;
4.3. A diferença auferida pelo sublocador entre a renda recebida do subarrendatário
e a paga ao senhorio;
4.4. À cedência do uso, total ou parcial, de bens imóveis e a cedência de uso de
partes comuns de prédios;
4.5. Sempre que desses bens imóveis não resultem rendas, ou destas resulte um
valor inferior ao determinado nos termos do presente número, deve ser
considerado como rendimento o montante igual a 5 % do valor mais elevado
que conste da caderneta predial atualizada ou de certidão de teor matricial;
4.6. O disposto no ponto anterior não se aplica ao imóvel destinado a habitação
permanente do requerente e do respetivo agregado familiar e dos significativos
de primeiro grau da linha reta ou de quem se encontre à prestação de
alimentos, salvo se o seu valor patrimonial for superior a 390 vezes o valor do
Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG), situação em que é considerado
como rendimento o montante igual a 5 % do valor que exceda aquele limite.

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5. De capitais:
5.1. Consideram-se os rendimentos de capitais, os rendimentos definidos em
legislação fiscal, designadamente os juros de depósitos bancários, dividendos
de ações ou rendimentos de outros ativos financeiros;
5.2. Sempre que os rendimentos referidos no ponto anterior sejam inferiores a 5 %
do valor dos créditos depositados em contas bancárias e de outros valores
mobiliários, de que o requerente ou qualquer elemento do seu agregado
familiar e dos significativos de primeiro grau da linha reta ou de quem se
encontre responsável pela prestação de alimentos sejam titulares em 31 de
dezembro do ano relevante, considera-se como rendimento o montante
resultante da aplicação daquela percentagem;
6. Outras fontes de rendimento (exceto os apoios decretados para menores pelo Tribunal,
no âmbito das medidas de promoção em meio natural de vida).
6.1. Para apuramento do montante do rendimento do cliente e dos significativos de
primeiro grau da linha reta ou de quem se encontre responsável pela prestação
de alimentos consideram-se os rendimentos anuais ou anualizados.
7. No que respeita às despesas fixas do agregado familiar, consideram-se para o efeito:
7.1. O valor das taxas e impostos necessários à formação do rendimento líquido,
7.2. Renda de casa ou de prestação devida pela aquisição de habitação própria
permanente;
7.3. Despesas com transportes, até ao valor máximo da tarifa de transporte da zona
de residência;
7.4. As despesas com saúde e a aquisição de medicamentos de uso continuado em
caso de doença crónica.
8. A comparticipação familiar mensal é efetuada no total de 12 mensalidades, sendo que
o valor do rendimento mensal ilíquido do agregado familiar é o duodécimo da soma
dos rendimentos anualmente auferidos, por cada um dos seus elementos.

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9. A prova dos rendimentos do cliente é feita mediante a apresentação da declaração de


IRS, respetiva nota de liquidação e outros documentos comprovativos da sua real
situação.
10. Sempre que haja dúvidas sobre a veracidade das declarações de rendimentos, e após
efetuarem as diligências que se considerem adequadas, pode a Misericórdia
convencionar um montante de comparticipação do cliente.
11. A falta de entrega da declaração de IRS, respetiva nota de liquidação e outros
documentos comprovativos da real situação do cliente, no prazo concedido para o
efeito, determina a fixação da comparticipação familiar máxima.
12. A prova das despesas fixas do cliente é efetuada mediante a apresentação dos
respetivos documentos comprovativos referentes aos três meses anteriores à
admissão.

Artigo 19º
(Comparticipação do Cliente)

1. As mensalidades serão analisadas e revistas anualmente pela Mesa da Administração,


tendo em conta a legislação e as disposições do Compromisso de Cooperação em vigor.
2. As despesas com vestuário, medicamentos, fraldas, algálias, sacos de urina ou
colostomia, intervenções cirúrgicas e/ou internamento hospitalar, deslocações e
transporte com ambulância ou viatura da instituição, chamadas telefónicas, realizadas
pelo cliente ou por sua conta, assim como as inerentes ao seu falecimento e as
adicionais com atividades ocupacionais de carácter excecional e não previstas no Plano
de Atividades de Desenvolvimento Pessoal nomeadamente, Musicais, Concertos
Teatros, Museus, Revistas Populares, Circos, são da responsabilidade do cliente ou do
responsável legal pelo internamento no CD.
3. A comparticipação do cliente é mensal e deverá ser liquidada até ao dia dez do mês a
que se refere, preferencialmente por débito direto ou na secretaria, sendo a primeira
no ato de admissão, caso contrário podem ser aplicadas as seguintes taxas:
3.1. Acréscimo de 5% sobre a mensalidade até ao final do mês em dívida;

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3.2. Acréscimo de 10% no 2º mês e seguintes sobre as mensalidades em dívida.


4. Sempre que devidamente justificado, o pagamento poderá ser efetuado até ao dia 30
de cada mês. No caso do pagamento não se registar até esse prazo, a mensalidade será
acrescida de uma penalização de 10% no mês seguinte.
5. Iniciando-se a frequência do CD na primeira quinzena do mês, o cliente é responsável
pelo pagamento da totalidade da mensalidade, mas só deverá retribuir metade da
mesma no caso da frequência se iniciar na segunda quinzena do mês.
6. As ausências justificadas (internamentos e/ou férias) verificadas até 15 dias
consecutivos não implicam qualquer redução na mensalidade. Às ausências superiores
a 15 dias consecutivos corresponderá uma redução de 25% na mensalidade.
7. As ausências do cliente, devidamente comprovadas (internamentos e/ou férias) com
duração consecutiva superior a 30 dias, conferem direito a redução de 50% calculada
sobre as comparticipações mensais acordadas.
8. Perante ausências de pagamento superiores a dois meses, a instituição poderá
suspender a permanência do cliente até regularização das mensalidades ou até
proceder à resolução do contrato de prestação de serviços, após ter sido realizada uma
análise individual do caso.
9. A falta de pagamento por um período igual ou superior a 90 dias, será motivo para
resolução do contrato celebrado.
10. Caso a desistência ou falecimento do cliente ocorram na 1ª quinzena do mês, haverá
lugar a um desconto no custo da mensalidade de 25%; se ocorrer na 2ª quinzena não
haverá qualquer redução na mensalidade e/ou comparticipação familiar.

Artigo 20º
(Alimentação)
Os horários e condições relativas a alimentação e refeições são definidas no Manual de
Acolhimento.

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Artigo 21º
(Quadro de Pessoal)

1. O quadro de pessoal será estabelecido de modo a garantir a qualidade do desempenho


e eficácia dos serviços, tendo por base os indicadores que, com essa intenção, sejam
definidos pela Mesa da Administração da Misericórdia.
2. A seleção e recrutamento do pessoal serão da responsabilidade da Mesa da
Administração da Misericórdia;
3. O quadro de pessoal deste serviço encontra-se afixado em local visível, contendo o
número de recursos humanos, formação e conteúdo funcional, definido de acordo com
a legislação em vigor.

Artigo 22º
(Direção Técnica)

A Direção Técnica do CD da Misericórdia deve ser assegurada por um elemento com


formação superior técnica e académica adequada, de preferência na área das ciências
sociais e do comportamento, saúde ou serviços sociais, cujo nome, formação e conteúdo
funcional, nos termos do Decreto-Lei n.º 33/2014, de 4 de Março, se encontra afixado em
lugar visível.

CAPÍTULO IV
DIREITOS E DEVERES

Artigo 23º
(Direitos dos Clientes)

1. Os clientes do CD têm os seguintes direitos:


1.1. O respeito pela sua identidade pessoal e reserva de intimidade e familiar, bem
como pelos seus usos e costumes;
1.2. Ser tratado com consideração, reconhecimento da sua dignidade e respeito pelas
sias convicções religiosas, sociais e políticas;

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1.3. Obter a satisfação das suas necessidades básicas, físicas, psíquicas e sociais,
usufruindo do plano de cuidados estabelecido e contratado;
1.4. Ser informado das normas e regulamentos vigentes;
1.5. Participar em todas as atividades, de acordo com os seus interesses e
possibilidades;
1.6. Ter acesso à ementa semanal;
1.7. Apresentar reclamações e sugestões de melhoria do serviço aos responsáveis da
instituição;
1.8. A articulação com todos os serviços da comunidade, em particular com os da
saúde.

Artigo 24º
(Deveres dos Clientes)

1. Os clientes do CD devem:
1.1. Colaborar com a equipa do CD na medida das suas capacidades, não exigindo a
prestação de serviços para além do plano estabelecido e contratualizado (se
houver novas necessidades, pode justificar-se a revisão do contrato de prestação
de serviços);
1.2. Tratar com respeito e dignidade os colaboradores do CD e os órgãos sociais da
instituição;
1.3. Cuidar da saúde e comunicar a prescrição de qualquer medicamento que lhe seja
feita;
1.4. Participar na medida dos seus interesses e possibilidades, nas atividades
desenvolvidas e em sugestões para melhoria do serviço;
1.5. Proceder atempadamente ao pagamento da mensalidade, de acordo com o
contrato previamente estabelecidos;
1.6. Observar o cumprimento das normas expressas no regulamento interno desta
resposta social bem como de outras decisões relativas ao seu funcionamento;

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1.7. Comunicar por escrito à Mesa da Administração, com 60 dias de antecedência,


quando pretender suspender o serviço temporária ou definitivamente.

Artigo 25º
(Direitos da Misericórdia)

1. São direitos da Instituição:


1.1. Exigir dos clientes o cumprimento do presente regulamento.
1.2. Encaminhar o cliente para outra resposta social da Misericórdia ou de outra
instituição, e quando tal se justifique pela necessidade de preservar a qualidade de
vida do cliente e dos colaboradores, em articulação com os familiares e ou
significativo.
1.3. Rescindir o contrato com o cliente nos termos do art. 34º do presente
regulamento.
1.4. Suspender o serviço, sempre que os clientes, grave ou reiteradamente, violem as
regras constantes do presente regulamento, quando ponham em causa ou
prejudiquem a boa organização dos serviços, as condições e o ambiente necessário
à eficaz prestação dos mesmos.

Artigo 26º
(Deveres da Misericórdia)

1. A Misericórdia, além das demais obrigações legais e constantes dos vários artigos deste
regulamento, obriga-se a:
1.1. Garantir o bom e seguro funcionamento da resposta social, assegurar o bem-estar
e qualidade de vida dos seus clientes e o respeito pela individualidade e dignidade
humana;
1.2. Proporcionar serviços individualizados e personalizados aos clientes, dentro do
âmbito das suas competências;
1.3. Assegurar uma estrutura de recursos humanos qualitativa e quantitativamente
adequada ao desenvolvimento do CD;

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1.4. Fornecer a cada cliente ou familiar responsável, um exemplar deste regulamento


no ato da respetiva admissão, bem como comunicar as alterações posteriormente
introduzidas;
1.5. Organizar um processo individual por cliente;
1.6. Planificar anualmente as atividades a desenvolver pelo CD;
1.7. Afixar, em local visível, o nome do Diretor Técnico, o mapa das ementas, turnos e
horários de visitas;
1.8. Integrar e promover a valorização das competências dos voluntários e dos
profissionais envolvidos no desenvolvimento da resposta social.

Artigo 27º
(Significativo)

1. O significativo é a pessoa que assumirá os direitos e deveres titulados pelo cliente ou


por conta própria, e que se relacionará com a Misericórdia.
2. A Misericórdia relacionar-se-á para efeitos de relação contratual, apenas com o
significativo, prestando unicamente a este quaisquer informações ou esclarecimentos
pertinentes.
3. O significativo tem os seguintes direitos:
3.1. Obter todas as informações sobre o cliente, à exceção das informações de natureza
confidencial ou relativas à reserva da vida íntima do cliente, caso em que
dependerão do consentimento deste;
3.2. Ser recebido pela Direção Técnica da ERPI, sempre que o solicite e que se justifique;
3.3. Apresentar sugestões e reclamações;
3.4. Todos os demais direitos atribuídos ao cliente que não sejam de natureza pessoal
daquele.
4. O significativo tem os seguintes deveres:
4.1. Responsabilizar-se solidariamente como fiador e principal pagador, renunciando
ao benefício da excussão prévia, pelo pagamento de tudo o que vier a ser devido à
Misericórdia, pela celebração do contrato de alojamento e prestação de serviços,

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designadamente o pagamento das comparticipações mensais, demais despesas


decorrentes da prestação de serviços e respetivas penalizações, prestando, desde
já, o seu acordo a todas e quaisquer modificações do montante da comparticipação
e penalizações que venham a ter lugar;
4.2. Respeitar as cláusulas do contrato e presente regulamento, que não sejam de
natureza pessoal do cliente, não podendo fazer cessar para si o contrato, sem que
seja cessação conjuntamente com o cliente;
4.3. Prestar todas as informações sobre o cliente relevante ao bem-estar e correto
acompanhamento daquele, e colaborar com a Misericórdia na satisfação das
necessidades do cliente, comparecendo sempre que para tal seja solicitado;
4.4. Assinar o contrato de prestação de serviços em nome próprio, e ainda como gestor
de negócio, quando por qualquer razão, o cliente esteja impedido de o fazer;
4.5. Efetuar o pagamento integral de todas as despesas relativas a eventual falecimento
no estabelecimento, bem como assunção do valor das mensalidades em dívida até
à data.

Artigo 28º
(Direitos e Deveres dos Colaboradores)

1. O colaborador em serviço tem os direitos e deveres consignados na legislação em vigor.

Artigo 29º
(Direitos e Deveres do Voluntários)
1. O voluntário tem os direitos e deveres consignados na legislação em vigor.

Artigo 30º
(Significativo)

1. O significativo é a pessoa que assumirá os direitos e deveres titulados pelo cliente ou


por conta própria, e que se relacionará com a Misericórdia.

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2. A Misericórdia relacionar-se-á para efeitos de relação contratual, apenas com o


significativo, prestando unicamente a este quaisquer informações ou esclarecimentos
pertinentes.
3. O significativo tem os seguintes direitos:
3.1. Obter todas as informações sobre o cliente, à exceção das informações de natureza
confidencial ou relativas à reserva da vida íntima do cliente, caso em que
dependerão do consentimento deste;
3.2. Ser recebido pela Direção Técnica do CD, sempre que o solicite e que se justifique;
3.3. Apresentar sugestões e reclamações;
3.4. Todos os demais direitos atribuídos ao cliente que não sejam de natureza pessoal
daquele.
4. O significativo tem os seguintes deveres:
4.1. Responsabilizar-se solidariamente como fiador e principal pagador, renunciando
ao benefício da excussão prévia, pelo pagamento de tudo o que vier a ser devido à
Misericórdia, pela celebração do contrato de alojamento e prestação de serviços,
designadamente o pagamento das comparticipações mensais, demais despesas
decorrentes da prestação de serviços e respetivas penalizações, prestando, desde
já, o seu acordo a todas e quaisquer modificações do montante da comparticipação
e penalizações que venham a ter lugar;
4.2. Respeitar as cláusulas do contrato e presente regulamento, que não sejam de
natureza pessoal do cliente, não podendo fazer cessar para si o contrato, sem que
seja cessação conjuntamente com o cliente;
4.3. Prestar todas as informações sobre o cliente relevante ao bem-estar e correto
acompanhamento daquele, e colaborar com a Misericórdia na satisfação das
necessidades do cliente, comparecendo sempre que para tal seja solicitado;
4.4. Assinar o contrato de prestação de serviços em nome próprio, e ainda como gestor
de negócio, quando por qualquer razão, o cliente esteja impedido de o fazer;

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4.5. Efetuar o pagamento integral de todas as despesas relativas a eventual falecimento


no estabelecimento, bem como assunção do valor das mensalidades em dívida até
à data.

Artigo 31º
(Haveres Pessoais)

1. A SCMM não se responsabiliza por objetos ou valores que não tenham sido entregues
à sua guarda.
2. Os requisitos e condições relativas a haveres pessoais constam do Manual de
Acolhimento.

Artigo 32º
(Responsabilidade)

A SCMM não se responsabiliza por eventuais danos pessoais, de qualquer natureza,


decorrentes ou conexos com a idade ou o estado de saúde física e mental dos clientes.

Artigo 33º
(Contrato de Prestação de Serviços)

1. O acolhimento no CD pressupõe e decorre da celebração de um contrato de


alojamento e prestação de serviços, que vigora, salvo estipulação escrita em contrário,
a partir da data da admissão do cliente.
2. As normas do presente regulamento bem como do Manual de Acolhimento são
consideradas cláusulas contratuais a que os clientes, seus familiares e responsável legal
devem manifestar integral adesão.

Artigo 34º
(Cessação da Prestação de Serviços)

1. O contrato de prestação de serviços poderá cessar por:


1.1. Acordo das partes ou não renovação, o qual terá de ser reduzido a escrito e indicar
a data a partir da qual deixará de vigorar;

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1.2. Caducidade, nomeadamente por falecimento do cliente, impossibilidade


superveniente e absoluta de prestação dos serviços, dissolução da Misericórdia ou
alteração do seu corpo estatutário, atingido o prazo do período de ambientação,
ausência do CD por período superior a 30 dias sem motivo justificado;
1.3. Revogação por uma das partes;
1.4. Incumprimento;
1.5. Inadaptação do cliente.
2. No caso de o cliente desejar sair de modo voluntário e definitivo do CD, terá de o
declarar por si concomitantemente com o representante legal, através de forma
escrita.
3. No caso do cliente ou significativo pretenderem cessar o contrato terão de comunicar
por escrito a sua decisão à Misericórdia com 30 dias de antecedência.
4. A não comunicação naquele prazo implicará o pagamento da comparticipação mensal
correspondente ao prazo de aviso em falta.
5. Qualquer dos outorgantes poderá fazer cessar, com justa causa, o presente contrato
por incumprimento dos demais outorgantes.
6. Considera-se justa causa, nomeadamente:
6.1. Quebra de confiança dos outorgantes;
6.2. Existam dívidas à Misericórdia, designadamente, uma ou mais mensalidades e
respetivas despesas não liquidadas;
6.3. Desrespeito pelas regras do CD, equipa técnica ou demais funcionários;
6.4. Incumprimento pelo significativo das responsabilidades assumidas pela assinatura
do presente contrato.
7. Poderá ainda o contrato ser cessado nos primeiros 90 dias da sua vigência por
inadaptação do cliente, sendo neste caso, devida a comparticipação daqueles meses e
respetivas despesas.

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CAPÍTULO V
CULTO

Artigo 35º
(Religiões)

1. Os clientes poderão professar qualquer religião, mas as atividades de culto deverão


ser previamente avaliadas e autorizadas pela Mesa da Administração.
2. Considerando as disposições estatutárias, as actividades de culto relativas à religião
católica apostólica romana não carecem de autorização prévia da Mesa da
Administração.

Artigo 36º
(Custeamento do Funeral e Sufrágios)

As despesas com o funeral e sufrágios de um cliente são da responsabilidade da família do


mesmo, salvo no caso de cliente sem possibilidades económicas e sem que outrem tome
tempestivamente tal compromisso junto da Misericórdia, devendo então esta suportar os
encargos e arrecadar qualquer benefício/ subsídio da Segurança Social.

CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 37º
(Alterações ao Regulamento)

1. Nos termos da legislação em vigor, os responsáveis legais pela Instituição deverão


informar e contratualizar com os clientes ou seus representantes legais sobre quaisquer
alterações ao presente Regulamento com a antecedência mínima de trinta dias
relativamente à data da sua entrada em vigor, sem prejuízo do direito à resolução do
contrato a que a estes assiste.
2. Estas alterações deverão ser comunicadas à entidade competente para o
acompanhamento técnico da Resposta Social.

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Artigo 38º
(Integração de Lacunas)

Em caso de eventuais lacunas, as mesmas serão supridas pela Mesa de Administração,


tendo em conta os normativos internos e a legislação em vigor sobre a matéria.

Artigo 39º
(Disposições Complementares)

1. O Manual de Acolhimento complementa este regulamento especificando as regras de


funcionamento do equipamento sendo de cumprimento obrigatório e vinculando o
cliente e os significativos. Estará disponível para consulta sempre que solicitado, e será
entregue uma cópia ao cliente e/ou representante legal ou significativo juntamente
com o contrato de prestação de serviços.
2. Não é permitida a manutenção de hábitos tabágicos, consumo de álcool e outras drogas
não legais pelos clientes, dentro da mesma.

Artigo 40º
(Sugestões e Reclamações)
1. Encontra-se, disponível uma caixa de sugestões e/ou reclamações, que deverão ser
sempre registadas em impresso apropriado, seguindo o descrito no procedimento de
gestão reclamações e sugestões.
2. Nos termos da legislação em vigor, esta Instituição possui livro de reclamações, que
estará disponível, podendo ser solicitado sempre que desejado, junto da secretaria, em
horário laboral, as quais seguem os consequentes procedimentos legais.

Artigo 41º
(Regulamento Geral de Proteção Dados - RGPD)

1. Os dados pessoais recolhidos, fazem parte da documentação legalmente exigida pelo


Ministério da Solidariedade e Segurança Social, estando esta legislação disponível para
consulta nos serviços da Misericórdia.

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2. O seu tratamento é feito apenas enquanto se mantêm as obrigações legais decorrentes


do vínculo à instituição, sendo fornecido a terceiros, apenas dentro do estritamente
exigido pela Lei.
3. Os dados são tratados sob orientação do(a) responsável e do(a) encarregado da
proteção de dados e pelos profissionais que tratam apenas dos dados relativos ao grupo
de utentes que acompanham, estando relativamente aos mesmos obrigados ao dever
de confidencialidade.
4. O Regulamento Geral da Proteção de Dados encontra-se disponível para consulta na
secretaria da Misericórdia.

Artigo 42º
(Aprovação, Edição e Revisões)

1. É da responsabilidade da Mesa da Administração da Misericórdia proceder à


aprovação, edição e revisão deste documento, de modo a garantir a sua adequação à
missão e objetivos do CD
2. O presente regulamento será revisto, sempre que se verifiquem alterações no
funcionamento do CD, resultantes da avaliação geral dos serviços prestados, tendo
como objetivo principal a sua melhoria.
3. Quaisquer alterações ao presente regulamento serão comunicadas ao cliente ou seu
representante legal, com a antecedência mínima de 30 dias relativamente à data da sua
entrada em vigor, sem prejuízo da resolução do contrato a que estes assiste, em caso
de discordância dessas alterações.
4. Será entregue uma cópia do regulamento interno ao cliente e/ou representante legal
ou significativo.
5. Em caso de eventuais lacunas, as mesmas serão supridas pela Mesa da Administração,
tendo em conta a legislação em vigor sobre a matéria.

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Artigo 43º
(Entrada em Vigor)

O presente regulamento, aprovado, pela Mesa da Administração em 02/02/2020, entra em


vigor de imediato.

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