Plano Básico Ambiental

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 58

PLANO BÁSICO AMBIENTAL

FAZENDA FORTALEZA
g
Monte Alegre, Piauí

Eliseu Martins-Piauí
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................4


2. OBJETIVOS.....................................................................................................................................................................5
2.1. Do plano básico ambiental ........................................................................................................................................5
2.2. Do empreendimento ...................................................................................................................................................5
3. EQUIPE TÉCNICA .......................................................................................................................................................6
4. REGULAMENTAÇÃO APLICÁVEL .......................................................................................................................8
5. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO............................................................................ 11
5.1. Dados do empreendedor ......................................................................................................................................... 11
5.2. Localização do empreendimento ........................................................................................................................... 11
5.3. Descrição geral das atividades do empreendimento ........................................................................................... 13
6. IMPACTOS POTENCIAIS DO EMPREENDIMENTO .................................................................................. 14
7. PROGRAMAS AMBIENTAIS ................................................................................................................................. 15
7.1. Programa de Gestão Ambiental ............................................................................................................................. 15
7.1.1. Justificativa ................................................................................................................................................... 15
7.1.2. Objetivos ...................................................................................................................................................... 16
7.1.3. Metodologia ................................................................................................................................................. 16
7.1.4. Cronograma ................................................................................................................................................. 19
7.2. Programa de Educação Ambiental ........................................................................................................................ 19
7.2.1. Justificativa ................................................................................................................................................... 19
7.2.2. Objetivos ...................................................................................................................................................... 20
7.2.3. Metodologia ................................................................................................................................................. 20
7.2.4. Cronograma ................................................................................................................................................. 23
7.3. Programa de Recuperação de Áreas Degradadas e Recomposição Vegetal.................................................... 23
7.3.1. Justificativa ................................................................................................................................................... 23
7.3.2. Objetivos ...................................................................................................................................................... 24
7.3.3. Metodologia ................................................................................................................................................. 24
7.3.4. Cronograma ................................................................................................................................................. 27
7.4. Programa de monitoramento de recursos hídricos ............................................................................................. 27
7.4.1. Justificativa ................................................................................................................................................... 27
7.4.2. Objetivos ...................................................................................................................................................... 28
7.4.3. Metodologia ................................................................................................................................................. 29
7.4.4. Cronograma ................................................................................................................................................. 30
7.5. Programa de combate e prevenção de incêndios ................................................................................................ 30
7.5.1. Justificativa ................................................................................................................................................... 30
7.5.2. Objetivos ...................................................................................................................................................... 31
7.5.3. Metodologia ................................................................................................................................................. 31
7.5.4. Cronograma ................................................................................................................................................. 32
7.6. Programa de manejo de fauna ................................................................................................................................ 33
7.6.1. Justificativa ................................................................................................................................................... 33
7.6.2. Objetivos ...................................................................................................................................................... 34
7.6.3. Metodologia ................................................................................................................................................. 34
7.6.4. Cronograma ................................................................................................................................................. 37
7.7. Programa de gerenciamento de resíduos sólidos e efluentes líquidos ............................................................. 37
7.7.1. Justificativa ................................................................................................................................................... 37
7.7.2. Objetivos ...................................................................................................................................................... 38
7.7.3. Metodologia ................................................................................................................................................. 38
7.7.4. Cronograma ................................................................................................................................................. 44
7.8. Programa de segurança do trabalho ...................................................................................................................... 44
7.8.1. Justificativa ................................................................................................................................................... 44
7.8.2. Objetivos ...................................................................................................................................................... 45
7.8.3. Metodologia ................................................................................................................................................. 45
7.8.4. Cronograma ................................................................................................................................................. 47
7.9. Programa de gerenciamento e aplicação de agrotóxicos .................................................................................... 47
7.9.1. Justificativa ................................................................................................................................................... 47
7.9.2. Objetivos ...................................................................................................................................................... 48
7.9.3. Metodologia ................................................................................................................................................. 49
7.9.4. Cronograma ................................................................................................................................................. 52
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................................... 53
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................................................... 53
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
Os empreendimentos de grande porte naturalmente causam impactos ambientais de proporções
significativas e, por isso, necessitam de contrapartidas dos empreendedores para minimizar os efeitos
negativos das ações propostas e potencializar os pontos positivos em decorrência do empreendimento.
Portanto, além do estudo que trata dos impactos ambientais, é necessária a construção de um Plano
Básico Ambiental (PBA) onde são descritos os planos e programas ambientais capazes de reduzir os
impactos negativos e viabilizar o empreendimento do ponto de vista ambiental.

A Fazenda Fortaleza situada no município de Monte Alegre no Estado do Piauí, caracteriza-se


como um empreendimento de grande porte e por isso foi produzido este documento, em
complementação ao EIA apresentado à SEMAR-PI. Trata-se de um PBA que leva em consideração as
condições ambientais locais e características do referido empreendimento, garantindo que os impactos
ambientais específicos para a situação sejam mitigados ou compensados. Foram propostos dez
Programas Ambientais, a serem formalmente implementados na operação regular do empreendimento,
sendo eles: Programa de Gestão Ambiental, Programa de Educação Ambiental, de Recuperação de Áreas
Degradadas e Recomposição da Vegetação, de Monitoramento de Recursos Hídricos, de Combate e
Prevenção de Incêndios, de Manejo de Fauna, de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes
Líquidos, de Segurança do Trabalho e de Gerenciamento e Aplicação de Agrotóxicos. Cada um desses
programas neste PBA dispõe do seguinte conteúdo: justificativa, objetivos, metodologia proposta e
cronograma de execução.

Com este PBA, espera-se detalhar as propostas ambientais necessárias a serem seguidas pelo
empreendimento Fazenda Fortaleza para subsidiar informações aos órgãos responsáveis pela deliberação
sobre o licenciamento ambiental do empreendimento.

4
2. OBJETIVOS
2.1. Do plano básico ambiental
Geral
Este documento foi elaborado com o objetivo de detalhar a implementação das medidas
mitigação e, ou, compensação dos impactos ambientais descritos e previstos para o empreendimento
Fazenda Fortaleza, definidas no EIA/RIMA, de modo a se buscar a adequada gestão ambiental das
atividades produtivas desenvolvidas.

Específicos
• Estabelecer critérios e requisitos a fim de nortear as ações do empreendimento em relação ao
trato com o meio ambiente e sociedade;
• Definir procedimentos metodológicos para a implementação dos Programas Ambientais
propostos no EIA/RIMA;
• Assegurar que o empreendimento seja implantado e opere em condições ambientalmente
adequadas.

2.2. Do empreendimento
Geral
O empreendimento tem por objetivo regularizar as operações agropecuárias desenvolvidas na
Fazenda Fortaleza e adquirir as licenças necessárias para a expansão das atividades projetadas neste
documento, de acordo as normas ambientais vigentes.

Específicos
• Regularizar e expandir a atividade pecuária extensiva;
• Cultivar áreas com espécies forrageiras para alimentação do gado;
• Expandir a área produtiva, a partir da supressão da vegetação nativa;
• Implementar a atividade de psicultura, assim como a possibilidade de áreas para confinamento
bovino e produção agrícola;
• Contribuir para o desenvolvimento econômico e social do município de Monte Alegre-PI e
adjacências.

5
3. EQUIPE TÉCNICA

Tabela 1. Responsáveis Técnicos pelo projeto e por este PBA

RESPONSÁVEL TÉCNICA (1)

Nome: Fabrina Teixeira Ferraz CREA-MG: 142040764-3

Anotação de responsabilidade técnica: 1920240020622

Formação Profissional: Engenheira Florestal (UFPI); Técnica em Florestas (IFMA); Mestra em


Ciência Florestal (UFES); Doutora em Engenharia Florestal (UFLA).

E-mail: [email protected] Telefone: (35) 99236-2444

Endereço: R. Antônio Nogueira de Município: Corrente UF: PI CEP: 64980-000


Carvalho,182

RESPONSÁVEL TÉCNICO (2)

Nome: Luiz Henrique Lustosa Rocha CFTA: 056.752.253-90

Anotação de responsabilidade técnica: BR20240400637

Formação Profissional: Técnico em Agropecuária; graduando em Agronomia (UESPI)

E-mail: [email protected] Telefone: (89) 99927-5040

Endereço: R. Antônio Nogueira de Carvalho,


Município: Corrente UF: PI CEP: 64980-000
96.

Tabela 2. Colaboradores para elaboração e redação do PBA.

COLABORADORA 1

Nome: Clarissa de Moraes Sousa CREA: 220066

Formação Profissional: Engenheira Agronômica; Engenheira Florestal; Especialista em Educação


Ambiental; Mestra e Doutora em Engenharia Florestal - UFLA

E-mail: [email protected] Telefone: (35) 98403-4070

6
Endereço: R. Comendador José
Município: Lavras UF: MG CEP: 37200-000
Bianchini, 68, Ap. 201, Manoel Alves

COLABORADOR 2

Nome: Gabriel Soares Lopes Gomes

Formação Profissional: Engenheiro Florestal (UFPI); Mestre em Ciência Florestal (UFV) e


Doutorando em Ciência Florestal (UFES)

E-mail: [email protected] Telefone: (89)99981-7524

Endereço: R. Luiz Andrade, 94, Ap. Município:


UF: ES CEP: 29550-000
302 Jerônimo Monteiro

COLABORADORA 3
Nome: Fabrina Teixeira Ferraz CREA-MG: 142040764-3
Formação Profissional: Engenheira Florestal (UFPI); Técnica em Florestas (IFMA); Mestra em
Ciência Florestal (UFES); Doutora em Engenharia Florestal (UFLA).
E-mail: [email protected] Telefone: (35) 99236-2444
Endereço: R. Antônio Nogueira
Município: Corrente UF: PI CEP: 64980-000
de Carvalho, 182.
COLABORADORA 4
Nome: Patrine Nunes Gomes
Formação Profissional: Técnica em Meio Ambiente (IFPI - Corrente); Tecnóloga em Gestão
Ambiental (IFPI); Especialista em Estudos Geoambientais e Licenciamento (IFPI - Corrente).
E-mail: [email protected] Telefone: (89)99940-0812
Endereço: Rua do Campo,104 Município: Corrente UF: PI CEP: 64980-000
COLABORADOR 5
Nome: Temístocles Pacheco Lima CREA: 1915587123
Formação Profissional: Engenheiro Florestal (UFPI); Especialista em Estudos Geoambientais e
Licenciamento (IFPI Corrente); Mestre em Conservação de Recursos Naturais do Cerrado (IFGoiano)
E-mail: [email protected] Telefone: (89) 9972-9894
Endereço: Desembargador Amaral, Município: Corrente UF: PI CEP: 64980-000

7
1300, Centro, Corrente

COLABORADOR 6
Nome: Ytaro Lemos Rocha
Formação Profissional: Engenheiro Agronômo (UESPI)
Telefone:
E-mail: [email protected]
(89)99258574/(89)981075901
Endereço: R. Naidir Nogueira Município: Corrente UF: PI CEP: 64980-000

COLABORADOR 7

Nome: Luiz Henrique Lustosa Rocha CFTA: 056.752.253-90

Formação Profissional: Técnico em Agropecuária; Graduação em andamento em Agronomia

E-mail: [email protected] Telefone: (89) 99927-5040

Município:
Endereço: R. Benjamin Nogueira, 96 UF: PI CEP: 64980-000
Corrente

4. REGULAMENTAÇÃO APLICÁVEL
Para o adequado funcionamento do empreendimento, em conformidade com as normas de tutela
do meio ambiente, devem ser respeitados, no mínimo, os dispositivos legais descritos a seguir, os quais
foram também considerados e mencionados durante a elaboração do presente documento:
▪ LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981. Política Nacional do Meio Ambiente. Dispõe
sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação,
e dá outras providências (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm).
▪ LEI N° 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012. Código Florestal. Trata das normas gerais sobre
a proteção da vegetação, Áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a
exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos
florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e
financeiros para o alcance de seus objetivos. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12651.htm).

8
▪ LEI Nº 5.699 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2007. Lei Ordinária do Estado do Piauí. Altera
a Lei nº 5.178, de 27 de dezembro de 2000, e dá outras providências
(http://legislacao.pi.gov.br/legislacao/default/ato/13386).
▪ LEI Nº 4.854 DE 10 DE JULHO DE 1996. Política Ambiental no Piauí. Dispõe sobre a
Política do Meio Ambiente do Estado do Piauí e dá outras providências.
(https://www.leisdopiaui.com/single-post/2017/02/26/lei-485496-pol%C3%ADtica-
ambiental).
▪ INSTRUÇÃO NORMATIVA DA SEMAR N° 07 DE 02 MARÇO DE 2021. Trâmite
processual da SEMAR. Estabelece os procedimentos, informações e documentos necessários
à instrução de processos de licenciamento ambiental, além de outros atos e instrumentos emitidos
pela SEMAR e dá outras providências. (http://www.semar.pi.gov.br/core/legislacao/).
▪ LEI Nº 5.165 DE 17 DE AGOSTO DE 2000. Recursos Hídricos no Piauí. Dispõe sobre a
Política Estadual de Recursos Hídricos, institui o Sistema Estadual de Gerenciamento de
Recursos Hídricos e dá outras providências.
(http://legislacao.pi.gov.br/legislacao/default/ato/12446).
▪ RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001, DE 23 DE JANEIRO DE 1986. Impactos Ambientais.
Rege sobre as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso
e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental.
(https://www.ibama.gov.br/sophia/cnia/legislacao/MMA/RE0001-230186.PDF).
▪ LEI N° 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998. Lei dos Crimes Ambientais. Dispõe sobre
as sanções penais e administrativas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm).
▪ LEI No 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000. Unidades de Conservação. Institui o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) e dá outras providências.
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm).
▪ LEI N° 6.255, DE 14 DE JULHO DE 1975. Proteção e conservação do solo. Trata da
discriminação, pelo Ministério da Agricultura, de regiões para execução obrigatória de planos de
proteção ao solo e de combate à erosão e dá outras providências.
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6225.htm).
▪ LEI Nº 8.171 DE 17 DE JANEIRO DE 1991. Política Agrícola. Dispõe sobre a política
agrícola. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8171.htm).
▪ LEI N° 13.668, DE 28 DE MAIO DE 2018. Compensação Ambiental. Altera as Leis n º
11.516, de 28 de agosto de 2007, 7.957, de 20 de dezembro de 1989, e 9.985, de 18 de julho de
2000, para dispor sobre a destinação e a aplicação dos recursos de compensação ambiental e sobre

9
a contratação de pessoal por tempo determinado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (Instituto Chico Mendes); (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2018/lei/L13668.htm).
▪ RESOLUÇÃO Nº 1.938 DE 30 DE OUTUBRO DE 2017. Recursos Hídricos. Dispõe sobre
procedimentos para solicitações e critérios de avaliação das outorgas preventivas e direito de uso
de recursos hídricos. (https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-1-938-de-30-de-
outubro-de-2017-19396098).
▪ LEI Nº 5.889, DE 8 DE JUNHO DE 1973. Normas reguladoras do trabalho rural. Estabelece
os procedimentos, informações e documentos necessários à instrução de processos de
licenciamento ambiental, além de outros atos e instrumentos emitidos pela SEMAR.
(https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero=5889&ano=1973&ato=4acU
TVU5EenRVT382).
▪ RESOLUÇÃO CONSEMA Nº 46, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2022. CONSEMA.
Estabelece o enquadramento dos empreendimentos e atividades passíveis de licenciamento
ambiental no Estado do Piauí,
(http://www.diariooficial.pi.gov.br/diario/202108/DIARIO18_51903ef21a.pdf).

10
5. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO
5.1. Dados do empreendedor
Na Tabela 3 estão apresentados os principais dados relacionados ao empreendedor deste PBA –
Fazenda Fortaleza. Na sequência consta a descrição da localização e das atividades do empreendimento.

Tabela 3. Informações sobre o requerente do PBA.

EMPREENDEDOR

E-mail:
Nome: RODRIGO ANDRÉ BARBOSA BRANDÃO
[email protected]

Telefone: 89 99972-9894 CEP: 75806-890

Endereço: Al dos Jasmins NR, 262, residencial Terras


Município: Jataí UF: GO
de Toscana QD. 11 LT. 06

5.2. Localização do empreendimento


A Fazenda Fortaleza está localizada na zona rural do município de Monte Alegre, no sul do Piauí
(Figura 1). Portanto, para acessar o empreendimento a partir do município de supracitado, deve-se seguir
da cidade de Monte Alegre do Piauí em direção à Bom Jesus - PI pela BR-135 e percorre-se 36,8 km
passando pelas localidades Regalo e São Dimas – PI, ajusta-se a rota para a direita em uma estrada vicinal,
sendo percorridos 9 km, após a entrada principal, percorre-se 250 m até a sede da Fazenda Fortaleza.

O roteiro de acesso da Fazenda Fortaleza partindo-se de Monte Alegre do Piauí (PI), com as
referidas localidades e suas coordenadas geográficas é apresentado no mapa da Figura 1.

11
Figura 1. Mapa de localização e roteiro de acesso ao empreendimento Fazenda Fortaleza.

12
5.3. Descrição geral das atividades do empreendimento
O projeto produtivo da Fazenda Fortaleza tem como foco principal a agropecuária, tanto para as
áreas já abertas, quando para as áreas a serem suprimidas. Na área produtiva a ser implantada/expandida,
projeta-se que sejam realizadas sobretudo atividades voltadas à pecuária extensiva. Contudo, também há
a possibilidade de implantação da pecuária em regime de confinamento e agricultura de grãos, haja vista
serem atividades correlatas, possibilidades estas condicionadas a questões de mercado e recursos
disponíveis. Além disso, há a previsão da implantação de piscicultura em tanques, destinada à criação de
tilápia.
Estima-se que, como atividade principal já existente, a forragicultura, voltada para a criação de
bovinos em sistema extensivo, represente a maior da área produtiva no empreendimento. As demais áreas
seriam então destinadas às atividades correlatas de pecuária de confinamento, culturas anuais e
piscicultura. Reforça-se que a estimativa é meramente indicativa e que não há um projeto concretizado,
com tal zoneamento da área útil.
No entanto, visando uma análise completa da viabilidade do empreendimento, todas as atividades
correlatas foram também consideradas na avaliação dos impactos do projeto e propostas de medidas
ambientais de mitigação e controle. O detalhamento e uma abordagem aprofundada da vegetação e
demais características do empreendimento podem ser consultados em seu estudo ambiental apresentado
junto à SEMAR. Na Tabela 4 constam as principais informações a respeito do empreendimento.

Tabela 4. Informações gerais sobre o empreendimento Fazenda Fortaleza.


CARACTERÍSTICAS DA FAZENDA FORTALEZA

Área total escriturada: 6.296,2683 ha Área total medida: 6.290,49 ha

Área Total alvo de regularização:487,18 ha Área Total Alvo da Supressão: 3.748,66 ha

Área de APP total: 163,88 há Curso D’ Água: 10,86 ha

Área de Reserva Legal: 1.890,86 ha (30%)

Enquadramento do empreendimento (CONSEMA 46/2022):


A1 - 004: Forragicultura Porte grande: 700≤ hectares≤ 5.000 / Classe: C4
A1 - 002: Culturas anuais ou semi-perenes (excerto: horticultura, fruticultura e silvicultura) *. Porte
grande: 700≤ hectares≤ 5.000 / Classe: C4
A4 - 004: Criação de bovinos e bubalinos em regime extensivo ou semi-extensivo. Porte grande: 1.500
≤ N° de indivíduos≤ 5.000 animais / Classe: C4

13
CARACTERÍSTICAS DA FAZENDA FORTALEZA

A4 - 005: Criação de bovinos e bubalinos, em regime de confinamento *. Porte grande: 700 ≤ N° de


indivíduos≤ 1.500 animais / Classe: C4
A2-008: Psicultura de espécies exóticas em tanques/viveiros escavados, inclusive pesque-pague. Porte
Micro: Área Inundada < 2 hectares/ Classe: C1.

Atividade econômica principal: Comercialização de animais bovinos.

6. IMPACTOS POTENCIAIS DO EMPREENDIMENTO


No Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do empreendimento são detalhados todos os impactos
intrínsecos para as atividades realizadas em suas diferentes fases, bem como a metodologia aplicada para
a avaliação desses impactos. No entanto, apenas para contextualização e entendimento dos Programas
Ambientais aqui propostos, na Tabela 5 contém uma síntese dos principais impactos observados.

Tabela 5. Impactos potenciais gerados pelo empreendimento Fazenda Fortaleza.


MEIO COMPONENTE IMPACTOS
Aumento de processos erosivos;
Alteração da compactação do solo;
Solo
Contaminação do solo por agrotóxicos, líquidos inflamáveis
Meio Físico

e/ou graxa.
Contaminação de reservatórios e cursos de água;
Água
Aumento do escoamento superficial de água das chuvas.
Redução da qualidade do ar;
Ar Alteração do microclima local;
Aumento da emissão de gases do efeito estufa.
Desequilíbrio ecológico;
Meio Biótico

Flora Ocorrência de incêndios florestais;


Redução da diversidade florestal.
Aumento da caça ilegal;
Produção de ruídos e dispersão da fauna local;
Fauna
Atropelamento de fauna silvestre;
Perturbação dos hábitos da fauna local.
Fortalecimento do agronegócio;
Meio Antrópico

Aumento da demanda da infraestrutura viária;


Infraestrutura Demanda sobre bens e serviços públicos;
Abastecimento do mercado de commodities;
Risco de acidentes no ambiente de trabalho.
Geração de empregos e renda;
Economia Aumento na arrecadação de tributos;
Geração de expectativa positiva;

14
MEIO COMPONENTE IMPACTOS
Surgimento de novos negócios;
Melhoria das condições de vida da população local.

7. PROGRAMAS AMBIENTAIS
Os Programas Ambientais propostos no EIA/RIMA para o empreendimento Fazenda Fortaleza,
e detalhados neste PBA, serão desenvolvidos pelo empreendedor e acompanhados pela fiscalização da
política do meio ambiente, para fins de monitoramento das medidas mitigadoras e compensatórias
propostas e garantia da sustentabilidade do empreendimento.
Uma vez que algumas atividades já estão em fase de operação no empreendimento, algumas ações
dos programas listados aqui já foram integralmente ou parcialmente implantados pela gestão da Fazenda
Fortaleza. Contudo, o texto que detalha os programas ambientais foi posto no tempo futuro para que
não se perca nenhum detalhe de sua aplicação com ônus ao meio ambiente em questão, além de
padronizar com normas técnicas as medidas selecionadas para minimizar os impactos ambientais
negativos e potencializar os positivos.
Na sequência, é apresentada uma descrição dos Programas Ambientais mencionados,
contemplando diretrizes e medidas propostas para minimizar/controlar/compensar/potencializar os
potenciais impactos produzidos pelo empreendimento. Os Programas deverão ser implementados pelo
empreendimento a partir de ações específicas conduzidas por profissionais capacitados.

7.1. Programa de Gestão Ambiental


7.1.1. Justificativa
Para que um empreendimento com alto grau de impacto ambiental possa ser viável tecnicamente,
várias são as condicionantes ambientais necessárias em seu planejamento operacional. A formulação e
execução de programas e planos ambientais são uma maneira de mitigar e compensar os impactos
negativos e potencializar os positivos advindos da implantação e operação deste tipo de atividade.
Existem muitos programas que devem ser planejados e executados simultaneamente ou que de
alguma forma seus resultados estão interligados. Diante disso, é necessário que haja uma coordenação
para gerenciar o planejamento de suas atividades, surgindo, então, o Programa de Gestão Ambiental
(PGA).
O PGA é elaborado com o intuito de gerenciar as obras realizadas no empreendimento,
diagnosticar falhas na execução por meio de fiscalização e monitoramento prévio e corretivo;
acompanhar indicadores que garantam a execução das medidas mitigadoras e compensatórias propostas,
promover interação entre os agentes envolvidos nos programas e planos ambientais; elaborar e divulgar

15
relatórios públicos e internos com o desempenho das atividades proposta e estabelecer comunicação
constante com os órgãos ambientais responsáveis pelo licenciamento ambiental.

7.1.2. Objetivos
Objetivo Geral
Coordenar, fiscalizar e assegurar a excelência da execução e cumprimento dos prazos na execução
dos programas ambientais aqui proposto.

Objetivos Específicos
• Otimizar os recursos humanos, financeiros e de infraestrutura para a execução dos
programas e planos propostos;
• Centralizar as informações para comunicar os resultados dos programas e planos
ambientais aos órgãos públicos competentes e a sociedade;
• Fiscalizar a execução e os resultados dos programas estabelecidos;
• Promover ações que integrem a sociedade, órgãos públicos e as atividades desenvolvidas
nos programas e planos ambientais.

7.1.3. Metodologia
Diante da complexidade dos programas e planos do PBA, o gerenciamento das atividades deve
ser realizado levando em consideração possíveis eventualidades e a necessidade do contínuo
melhoramento estratégico. Desta maneira, para execução do PGA será utilizado um método de
gerenciamento amplamente difundido e utilizado: Planejar-Executar-Verificar-Agir, no inglês Plan-do-check-
Act (PDCA).
A seguir, na Tabela 6, são apresentadas as atividades para cada ação prevista nesse método. Na
sequência, o método PDCA é ilustrado graficamente na Figura 2.
De uma maneira mais detalhada, é esperado que o ciclo PDCA possa ser aplicado constantemente
nos diversos programas ambientais que constituem o PBA para que sejam constantemente aplicados em
sua integridade e melhorado conforme necessidade do empreendimento e área diretamente afetada.

Tabela 6. Atividades sugeridas para a condução do ciclo PDCA, adaptadas ao PGA do


empreendimento.
ESTRATÉGIA Ação
i.Levantamento dos impactos ambientais decorrentes da
operação do empreendimento;
Planejar (Plan) ii.Definição dos modelos de relatórios ambientais adotados e
frequência de reuniões entre a coordenação geral, consultores
especialistas e comunicação;

16
iii.Construção do cronograma geral do PBA e planejamento
interno para iniciar os programas e planos ambientais.
i.Definição dos responsáveis pelo desenvolvimento dos
programas e planos ambientais.
Executar (Do)
ii.Reunir setores para divulgar indicadores e ajustar a estratégia
caso seja necessário.
i.Realizar o controle das informações geradas nos procedimentos
de avaliação;
ii.Produzir relatórios para facilitar a leitura dos resultados obtidos
com as avaliações da execução do PBA;
Analisar (Check) iii.Conduzir reuniões periódicas entre as equipes de gerência dos
programas e planos ambientais para que seja avaliada a execução
dos trabalhos, levando em consideração as condicionantes
ratificadas pelos órgãos ambientais durante o processo de
licenciamento ambiental.
i.Adotar procedimentos operacionais padrões para as atividades
que obtiveram bom desempenho em sua execução;
ii.Modificar o planejamento para que os programas e planos
ambientais alcancem a qualidade esperada dentro do prazo
estipulado pelo cronograma previamente estabelecido;
Agir (Act) iii.Realizar reuniões interativas para que os envolvidos possam
sugerir modificações e apresentar as principais dificuldades na
execução dos programas e planos ambientais que não
alcançaram suas metas;
iv.Realizar novamente o PDCA para melhorar o processo e
resultados alcançados.

17
Figura 2 - Etapas de execução de um PDCA. Fonte
https://www.siteware.com.br/metodologias/ciclo-pdca/.

O acompanhamento do PGA, poderá ser mensurado por meio dos relatórios emitidos pelos
responsáveis de cada programa subsequente neste documento. O coordenador geral da equipe,
deliberado pelo empreendedor, poderá ser o responsável pelos relatórios gerais a partir desses relatórios.

18
7.1.4. Cronograma
Tabela 7. Cronograma do Programa de Gestão Ambiental.
PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL
Ano
Atividades
1 2 3 4
Acompanhamento da elaboração dos relatórios de
X X X X
cada um dos programas ambientais
Gerenciamento das informações do PBA e garantia de
cumprimento das condicionantes ambientais exigidas X X X X
durante o processo de licenciamento ambiental
Inspeções de campo e produção de relatórios sobre a
X X X X
evolução dos programas e planos ambientais
Acompanhamento das auditorias ambientais X X X X

7.2. Programa de Educação Ambiental


7.2.1. Justificativa
A Política Nacional de Educação Ambiental (Lei Federal n° 9.795/1999) define educação
ambiental como “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem
de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”, sendo considerada
um componente essencial e permanente da educação, devendo estar presente em todos os níveis do
processo educativo. Fundamentalmente, a educação ambiental prepara o ser humano para uma vida
harmoniosa com o meio ambiente.
No contexto do empreendimento Fazenda Fortaleza, a execução ambientalmente correta e todos
os Programas Ambientais propostos está relacionada ao nível de educação ambiental das pessoas direta
ou indiretamente envolvidas. Isto torna imprescindível a implementação de um Programa de Educação
Ambiental, de modo a estimular a conscientização coletiva quanto às questões ambientais e à relevância
das práticas do desenvolvimento sustentável. Incluídas nesse Programa estão as atividades de instrução
dos trabalhadores sobre os cuidados ambientais nas operações produtivas, sobre as práticas adequadas
de manuseio de produtos químicos, trato com resíduos sólidos, respeito à fauna e flora e uso racional da
água.
O princípio básico do Programa de Educação Ambiental é difundir o entendimento de que o
cuidado com o meio ambiente é responsabilidade de todos, a partir de informações sobre a importância
das condutas de preservação e a divulgação do papel do empreendimento em garantir essas condutas.
Considera-se a orientação quanto aos procedimentos corretos no exercício das diversas funções do
empreendimento, fazendo com que todos se tornem responsáveis pelas práticas conservacionistas em
seu ambiente de trabalho, chegando ao seu lar e à sua família. Com isso, espera-se promover a

19
participação dos diversos públicos, como empreendedor, funcionários, comunidade do entorno e
visitantes, com o incentivo ao desenvolvimento do senso de responsabilidade ambiental.

7.2.2. Objetivos
Objetivo Geral
Desenvolver uma consciência ambiental e reflexão crítica nas pessoas afetadas pelo
empreendimento sobre a vulnerabilidade do meio ambiente frente a operações produtivas
malconduzidas, para que estes venham a se tornar também agentes de fiscalização e preservação do
ambiente em que vivem.

Objetivos Específicos
• Interagir e estar integrado com os demais Programas Ambientais;
• Mobilizar e orientar os trabalhadores sobre as medidas de proteção ambiental e sobre as condutas
adequadas de relacionamento com a comunidade afetada;
• Aperfeiçoar o sistema de comunicação e a relação entre o empreendimento, os trabalhadores e a
comunidade afetada;
• Orientar nos trabalhadores sobre a importância da destinação correta dos resíduos sólidos gerados;
• Estimular nos trabalhadores atitudes que envolvam a economia do uso dos recursos hídricos;
• Orientar sobre a importância da biodiversidade de fauna e flora e a necessidade de preservar tais
recursos;
• Disponibilizar material educativo para apoiar o processo de sensibilização da população e dos
trabalhadores acerca da importância de se conservar e/ou recuperar o meio ambiente.

7.2.3. Metodologia
Para alcançar os objetivos idealizados, o Programa de Educação Ambiental compreende
atividades direcionadas à conscientização do empreendedor, dos trabalhadores, dos gestores, dos
visitantes e, eventualmente, da comunidade do entorno imediato ao empreendimento.
Os funcionários, tanto a equipe permanente quanto a temporária e o pessoal administrativo, serão
orientados e conscientizados quanto às questões ambientais relacionadas aos meios físico, biótico e
socioeconômico, para que a execução de todas as atividades produtivas no empreendimento seja realizada
pautada em escolhas de práticas e comportamentos ambientalmente adequados. Isto será realizado a
partir de palestras, campanhas educativas, oficinas e exposição de materiais impressos nas estruturas do
empreendimento sobre a conservação ambiental.

20
O Programa de Educação Ambiental é de responsabilidade do empreendimento Fazenda
Fortaleza, ficando a cargo do empreendedor a contratação de especialistas e palestrantes, confecção de
material impresso e a realização de oficinas e apresentações.

▪ Palestras e campanhas educativas com recursos audiovisuais

Antecedendo as atividades de implantação e do ciclo de operação do empreendimento, serão


preparadas apresentações sobre os aspectos ambientais do empreendimento, das atividades a serem
executadas na ocasião e das posturas esperadas dos funcionários em relação ao meio ambiente. O
conteúdo das palestras e do material disponibilizado nas campanhas educativas poderá ser articulado de
modo a conter um ou mais temas integrados com os demais Programas Ambientais.
Serão realizadas palestras para a equipe que atuará nas atividades de implantação, expansão e de
operação do empreendimento podendo contemplar: à apresentação de conceitos, importância dos
recursos naturais e recomendações de posturas e as demais palestras poderão conter atualizações,
avaliação dos resultados atingidos e da satisfação dos funcionários com as práticas conduzidas. As datas
previstas para a realização das palestras podem ser no início da instalação do empreendimento, antes das
primeiras atividades; ao término das operações de plantio; e ao término das operações de comercialização.
De forma complementar às palestras, podem ser conduzidas companhas educativas por meio da
distribuição de material impresso (cartilha e banners) ao público participante. As cartilhas/banners
conterão orientações aos funcionários quanto aos aspectos de saúde, segurança e meio ambiente
relacionados às atividades em pauta, em linguagem simples, direta e acessível aos trabalhadores.
Adicionalmente, cartilhas/banners serão fixadas nas instalações do empreendimento, de modo a serem
constantemente revisitados.
A Figura 3 a seguir ilustra exemplos de avisos empregados que podem direcionar para a
elaboração dos materiais próprios do empreendimento.

21
Figura 3. Exemplos de placas de sinalização para a conscientização e boas práticas. Fonte:
https://placas-digimetta.com.br/

De maneira indispensável, os responsáveis pela gestão da Fazenda deverão participar de cursos e


palestras capazes de direcionar as atividades desenvolvidas no empreendimento à sustentabilidade. Como
temas sugeridos, tem-se:
1. Manejo de resíduos sólidos; 6. Responsabilidade por manutenção de
2. Manejo de dejetos de animais; APP’s e RLs;
3. Mudanças do clima; 7. Monitoramento e conservação de
4. Normativa de uso do fogo; recursos hídricos.
5. Programa ABC e programa de crédito
rural associado;

▪ Oficinas expositivas e, ou, dia de campo

Propôs-se para o empreendimento a realização de um dia de campo, ou uma oficina expositiva,


para visita da comunidade externa e outros agricultores da região, de modo a difundir e divulgar as
atividades desenvolvidas em conformidade com o desenvolvimento sustentável. Não foram estipuladas

22
datas, ficando a critério do empreendedor. No entanto, uma vez definido, o cronograma do evento deverá
ser divulgado na mídia local, para que a população possa selecionar temas de interesse e participar.
No dia de exposições, poderá haver palestras ministradas por consultores especialistas, incluindo
o contexto da educação ambiental ao tema. Também, dinâmicas de grupo e de participação. Deverá ser
incluída uma abordagem das características do empreendimento e de sua implantação, com os impactos
sobre o meio ambiente e as formas de minimização e compensação desses impactos adotadas.

7.2.4. Cronograma
As ações de educação e conscientização ambiental podem ser combinadas em um momento único
integrando todos os agentes. Ações pontuais, como as palestras propostas detalhadas anteriormente,
poderão se ajustar conforme o cronograma das atividades previstas para o empreendimento (detalhado
no EIA/RIMA). Um cronograma para as atividades deste Programa Ambiental é proposto na Tabela 8.

Tabela 8. Cronograma do Programa de Educação Ambiental.


PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Atividades Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Palestras com recursos audiovisuais X X X X
Campanhas educativas X X X X
Oficina e, ou, dia de campo anual X X X X

7.3. Programa de Recuperação de Áreas Degradadas e Recomposição Vegetal


7.3.1. Justificativa
As alterações antrópicas dos ambientes naturais podem provocar impactos negativos e degradar
áreas, comprometendo o equilíbrio ecossistêmico e a saúde do habitat. Por isso, processos locais de
recuperação e, ou, restauração ambiental podem se fazer necessários para devolver a estabilidade ao meio
ambiente. Além disso, a recuperação de áreas degradadas está prevista em legislação, amparada pela
Política de Meio Ambiente (Lei Federal n° 6.938/1981).
O Programa de Recuperação de Áreas Degradadas e recomposição Vegetal foi proposto para
estabelecer a estabilidade do solo, evitando-se processos erosivos ou controlando possíveis processos já
iniciados em ocasião das atividades produtivas do empreendimento Fazenda Fortaleza. Para o
empreendimento, o maior risco de geração de áreas degradadas decorre especialmente das atividades de
supressão da vegetação natural, abertura de estradas e aceiros e o pastoreio animal.
Como premissa fundamental desse Programa, a cobertura de eventuais áreas de solo exposto deve
ser prioridade e as recomendações apresentadas fundamentam-se principalmente em medidas de

23
conservação de solo e implantação de uma cobertura vegetal. Isso porque a descaracterização do solo e
ativação de processos erosivos acarreta diversas consequências negativas ao ambiente e à sociedade
afetados. Por exemplo, a compactação e impermeabilização do solo e o aumento dos escoamentos com
o carreamento de sólidos para os cursos hídricos nas adjacências do empreendimento.
A atividade de supressão vegetal está prevista para o empreendimento e, no geral, é uma operação
que se relaciona à maior movimentação e perturbação do solo e tráfego de maquinário pesado. Isto
evidentemente pode afetar a estrutura dos solos, desagregando-os e desencadeando processos erosivos e
carreamento de partículas, o que pode levar à perda das camadas superficiais do solo e ao assoreamento
dos recursos hídricos. Diante disso, ressalta-se a importância do monitoramento e controle das condições
edáficas na área do empreendimento.
Neste Programa inclui-se o monitoramento das áreas compostas por vegetação nativa, de modo
que seja avaliada a necessidade de recomposição de cobertura vegetal, tanto quanto possível, caso essas
áreas apresentem algum indício de antropização ou degradação, melhorando-se também as oportunidades
de abrigo para a fauna. A participação dos órgãos ambientais no processo de recuperação de áreas
degradadas é bem-vinda, pois estes podem contribuir assessorando tecnicamente as atividades de
recuperação.

7.3.2. Objetivos
Objetivo Geral
Propor medidas para a recomposição de eventuais áreas degradadas que existam ou que possam
surgir devido às alterações ambientais necessárias à implantação e operação do empreendimento Fazenda
Fortaleza.

Objetivos Específicos
• Identificar a presença de áreas degradadas no empreendimento;
• Proteger o solo da erosão superficial e carreamento de sólidos, com atenção especial às áreas
em que os horizontes superficiais estiverem expostos;
• Aumentar as possibilidades de infiltração da água no solo;
• Promover a estabilização do solo nos casos de processos erosivos já iniciados;
• Evitar o aspecto visual negativo da paisagem degradada;
• Recompor a vegetação natural em áreas degradadas.

7.3.3. Metodologia

24
Dentre os Programas Ambientais propostos, o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas
e Recomposição Vegetal talvez seja o que envolva recomendações metodológicas mais gerais, uma vez
que é complexa a determinação de técnicas individualizadas, pois as áreas naturais têm suas características
especificas e os processos de degradação devem ser recuperados por metodologia própria, de acordo com
as particularidades do caso.
A recomendação geral consiste em determinar que tão logo sejam identificadas áreas com indícios
de degradação, tais como processos erosivos, camada de solo removida, ausência ou diminuição da
cobertura vegetal (principalmente na zona de borda da Reserva Legal), haja o isolamento da área das
intervenções antrópicas e, ou, fatores de risco, como a presença dos animais bovinos e a circulação de
maquinário. A partir disso, um profissional capacitado deverá ser consultado para avaliar a melhor
estratégia de correção ou controle, admitindo-se as possibilidades de recuperação, restauração ou, ainda,
de reabilitação de áreas, a depender do local alterado e em conformidade com as legislações em vigor.
Esses casos específicos serão tratados entre o profissional e o empreendedor, mediante a elaboração de
projetos mais direcionados à realidade e necessidade locais.
A seguir, em conformidade com medidas mencionadas no EIA/RIMA, estão apresentadas as
formas propostas gerais para evitar e controlar as áreas degradadas, incluindo-se as ações que serão
necessárias para atingir os objetivos e metas estabelecidos.

▪ Identificação e caracterização das áreas a serem recuperadas


A identificação das áreas a serem recuperadas no empreendimento deverá ser conduzida a partir
do monitoramento e vigilância de rotina na propriedade. Cabe ao empreendedor instruir os demais
funcionários para que eles também auxiliem nesse monitoramento, alertando sobre possíveis áreas que
mereçam maior atenção e consequente avaliação. A avaliação da existência e do nível de degradação será
conduzida por profissional capacitado, o qual também será responsável por determinar a melhor
estratégia para reversão do problema.

▪ Proteção e cobertura do solo


Sabendo-se que a exposição do solo é um importante fator que contribui para a degradação das
áreas, devem ser conduzidas estratégias que evitem essa exposição, como a aplicação das técnicas de
cultivo denominada plantio direto. Destaca-se que no plantio direto tem-se o solo sempre coberto por
uma camada de restos da colheita, acumulando matéria orgânica com o passar dos sucessivos cultivos.
Após a supressão vegetal e limpeza da área, as etapas seguintes de preparo do solo devem ser
conduzidas no menor número de dias possível. Em caso de chuvas, essas atividades precisam ser
interrompidas.

25
Antecedendo as operações de preparo do solo, um profissional capacitado (engenheiro agrônomo
ou engenheiro florestal) deverá avaliar a necessidade da construção de terraços e curvas de nível para
reduzir o escoamento superficial proveniente da água da chuva. Isso deverá ocorrer em áreas declivosas,
que são potencialmente mais suscetíveis ao arraste de sedimentos e à erosão.
Mediante a implantação das áreas agrícolas, após as operações de colheitas dos cultivos agrícolas,
o sorgo (Sorghum bicolor) – ou afins – poderá ser plantado na entressafra, proporcionando, entre outros
fatores, cobertura aos solos da área produtiva.

▪ Compactação e infiltração do solo


Na compactação tem-se a redução dos espaços livres do solo, diminuindo a quantidade de
oxigênio. A compactação se relaciona fortemente com a redução da produtividade das culturas, uma vez
que as plantas têm um mau desenvolvimento radicular e, consequentemente, são prejudicadas em
absorver água e nutrientes do solo. Além disso, pode haver maior escoamento superficial e transporte de
partículas de solo, gerando e, ou, intensificando processos erosivos.
Sugere-se que o empreendimento, sob a responsabilidade de um profissional capacitado, conduzir
a análise do grau de compactação das áreas produtivas, a partir de pontos de amostragem aleatoriamente
distribuídos, onde serão analisadas a resistência à penetração, a macroporosidade e densidade do solo,
entre outras propriedades físicas. Consultas na literatura poderão ser realizadas para comparação de
resultados e diagnóstico. O método para avaliação da compactação do solo poderá ser variável de acordo
com a realidade local.
Caso sejam identificadas áreas com nível crítico de compactação, potencialmente prejudicial às
culturas e à estabilidade do solo, poderão ser aplicadas técnicas de recuperação localizadas para romper
a camada compactada. Pode-se usar técnicas como subsolagem, escarificação, uso de plantas de cobertura
e rotação de culturas, entre outras, à escolha e determinação do profissional, de acordo com o caso
específico encontrado.

▪ Cobertura vegetal
As áreas protegidas serão mantidas pelo empreendimento, o que naturalmente favorecerá a
conservação desses locais. A fins de impedir distúrbios antrópicos nessas áreas, que podem levar à
degradação, serão instaladas placas indicativas da RL contendo o aviso de proibição da perturbação.
A borda das áreas protegidas merece maior atenção, pois tem maior vulnerabilidade às ações
antrópicas e agentes de degradação. Nesse sentido, será construída uma zona de amortecimento entre as
áreas protegidas e as áreas produtivas. Esta zona de amortecimento será útil também para a prevenção
de incêndios florestais.

26
Ao longo das áreas produtivas de pasto deverão ser mantidos alguns indivíduos arbóreos. Esses
indivíduos atuarão como conectivos entre os fragmentos naturais, facilitando o transporte de propágulos
e o fluxo gênico, o que contribui para o potencial de resiliência do local e facilita a recuperação de
eventuais cenários de degradação. A prioridade de manutenção dos indivíduos arbóreos deve ser dada às
espécies ameaçadas e, ou, de menor Valor de Importância, segundo levantado no inventário florestal do
empreendimento, uma vez que se trata de espécies menos numerosas e com distribuição relativa mais
restrita.
Para a recomposição da vegetação em áreas que se façam necessárias, recomenda-se o isolamento
da área e aproveitamento do potencial de resiliência do local para a regeneração natural. Em casos de
necessidade de plantio de espécies para recomposição da vegetação, a escolha das espécies deve se basear
nos dados florísticos (detalhado no EIA), aumentando-se as chances de adaptabilidade, tolerância às
condições climáticas, capacidade de produção de sementes e reprodução.

7.3.4. Cronograma
As ações do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas deverão ocorrer em conformidade
com o início da implantação/expansão do empreendimento, para que a prevenção dos agentes de
degradação seja mais efetiva. Além disso, as vistorias de rotina para identificação de áreas degradadas ou
em início de degradação deverão ocorrer continuamente ao longo do ano, fazendo parte dessa vigilância
todos os agentes relacionados ao empreendimento, como funcionários e gestores. Um cronograma para
as atividades deste Programa Ambiental é proposto na Tabela 9.

Tabela 9. Cronograma do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.


PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Atividades Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Monitoramento e identificação de áreas degradadas X X X X
Plantio de entressafra X X X X
Análise da compactação do solo X X
Instalação das placas indicativas das áreas de Reserva
X
Legal
Abertura da zona de amortecimento X

7.4. Programa de monitoramento de recursos hídricos


7.4.1. Justificativa

27
Com este Programa, deve-se assegurar um monitoramento da qualidade dos recursos hídricos
utilizados no empreendimento, uma vez que há potencial riscos de contaminação por efluentes,
agrotóxicos e pela salinização pelo uso de fertilizantes.
No caso da piscicultura proposta para a propriedade, há o risco de eutrofização, que ocorre em
decorrência do acúmulo de matéria orgânica, sobretudo compostos nitrogenados e fosfatados, em
ambientes aquáticos. Este fenômeno pode ocasionar o surgimento de zonas mortas, em que não há
oxigênio suficiente para os peixes que ali vivem.
Análises de parâmetros físico-químicos e microbiológicos da água devem ser implementadas.
Com isso, será possível verificar a adequação ao padrão de qualidade, construir um histórico de
monitoramento e identificar eventuais prejuízos nos indicadores de qualidade da água, possibilitando a
intervenção de melhoria, caso se faça necessário.
Este programa deverá estar alinhado com as diretrizes da Política Nacional de Recursos Hídricos
(PNRH) (Lei Federal n. 9.433). A importância da qualidade da água está bem-conceituada na PNRH, que
define, dentre seus objetivos, “assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água,
em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos” (Art. 2°, Cap. II, Tit. I, Lei n° 9.433). A Política
Nacional de Recursos Hídricos também determina, como uma das diretrizes de ação do Sistema Nacional
de Gerenciamento de Recursos Hídricos, “a gestão sistemática dos recursos hídricos, sem dissociação
dos aspectos de quantidade e qualidade e a integração da gestão dos recursos hídricos com a gestão
ambiental” (Art 3°, Cap. III, Tit. I, Lei n° 9.433).

7.4.2. Objetivos
Objetivo Geral
Assegurar o monitoramento da qualidade dos recursos hídricos utilizados no empreendimento e
garantir a qualidade ambiental do ecossistema local.

Objetivos Específicos
• Analisar parâmetros físico-químicos e microbiológicos das águas subterrâneas e superficiais
utilizadas no empreendimento;
• Inventariar os recursos hídricos da fazenda;
• Orientar os trabalhadores sobre a importância da conservação dos recursos hídricos.

28
7.4.3. Metodologia
Para alcançar os objetivos idealizados para o Programa de Monitoramento de Recursos Hídricos,
o empreendedor, os funcionários, tanto a equipe permanente quanto a temporária e o pessoal
administrativo, serão orientados e sensibilizados quanto às questões ambientais relacionadas a
conservação e uso racional dos recursos hídricos, para que a execução de todas as atividades produtivas
nesta fase de operação no empreendimento seja realizada e pautada em comportamentos ambientalmente
adequados. O programa é de responsabilidade do empreendimento Fazenda Fortaleza, ficando a cargo
do empreendedor a contratação de especialistas para as análises laboratoriais relacionadas ao programa.

▪ Análise dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos


É recomendável a execução do monitoramento da qualidade da água dos recursos hídricos
disponíveis, com o objetivo de controlar os impactos positivos e negativos das atividades desenvolvidas.
Entende-se por qualidade da água a conservação de suas características que garantam a sua funcionalidade
como elemento fundamental à vida do ecossistema.
Deverão ser considerados pontos de coleta de captação de água na saída do poço tubular,
responsável pelo abastecimento das demandas do empreendimento. A metodologia específica para coleta
e armazenamento das amostras ficará sob decisão do profissional responsável contratado e
responsabilidade do empreendedor, mantidas as observâncias das normativas pertinentes, como a
Portaria 888/2021. Em alguns casos, o próprio laboratório de análise direciona o profissional, sendo essa
uma possibilidade para o empreendimento, se disponível na região.
A abrangência do monitoramento deve contemplar as condições e padrões estabelecidos para
cada classe da Resolução CONAMA Nº 357/2005 e suas modificações, sendo que os parâmetros
analisados devem ter relação com os possíveis impactos no empreendimento. Alguns parâmetros são
recomendáveis, tais como: demanda bioquímica de oxigênio, sólidos suspensos, pH, graxas e óleos,
coliformes fecais, e resíduos de agroquímicos. No entanto, destaca-se que isso não exclui a necessidade
e obrigatoriedade de monitoramento de outros parâmetros para os quais haja suspeita da sua presença
ou não conformidade em qualquer momento durante a operação do empreendimento, ou mediante
especificação e exigência do órgão ambiental.

▪ Inventário dos recursos hídricos locais


O produtor deverá providenciar a realização do inventário dos recursos hídricos (nascentes,
córregos, rios, lagos, eventuais outras formas hídricas locais, etc.) da sua propriedade. No inventário
devem ser indicados as dimensões (largura e comprimento) e a vegetação existente nas margens.

29
▪ Análise de águas subterrâneas e superficiais
O monitoramento e a avaliação da qualidade das águas superficiais e subterrâneas são fatores
primordiais para a adequada gestão dos recursos hídricos, permitindo a caracterização e a análise de
tendências em bacias hidrográficas, sendo essenciais para várias atividades de gestão e uso, tais como
planejamento, outorga, cobrança e enquadramento dos cursos de água.
As análises de águas subterrâneas e superficiais são realizadas de acordo com as normas das
legislações vigente, devendo, portanto, uma empresa especializada ser acionada para coleta e análises
laboratoriais.
No que se refere às águas subterrâneas utilizadas para as atividades do dia a dia e necessidades
produtivas, ressalta-se a existência de poços tubulares ativos próximos a sede, destinados ao consumo
humano animal e destinada à piscicultura na propriedade, para o qual será encaminhado processo à parte
para regularização ambiental. No que se refere às águas superficiais deverão ser consideradas para as
análises os tanques de piscicultura.

7.4.4. Cronograma
As ações do Programa de Monitoramento de Recursos Hídricos deverão ocorrer em
conformidade com o início da implantação do empreendimento, para que a prevenção dos agentes de
contaminação hídrica seja mais efetiva. Além disso, avaliações de rotina para avaliação da qualidade da
água local, devem continuamente ser realizadas ao longo do ano. Um cronograma para as atividades deste
Programa Ambiental é proposto na Tabela 10.

Tabela 10. Cronograma do Programa de Monitoramento de Recursos Hídricos.


PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS
Atividades Ano1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Amostragem dos pontos de avaliação X
Análise dos parâmetros físico-químicos
X
e microbiológicos

Monitoramento de qualidade de água X X X

7.5. Programa de combate e prevenção de incêndios


7.5.1. Justificativa
Os incêndios florestais são uma realidade no Cerrado e acarretam perdas significativas, muitas
vezes incalculáveis, como a destruição florestal e a morte de animais e pessoas. Por isso, práticas de

30
ordenamento dos combustíveis e materiais inflamáveis são necessárias no empreendimento para a
proteção do meio ambiente local e dos trabalhadores.
Umas das principais causas dos incêndios gerados pela ação humana são as queimadas realizadas
sem controle para renovação de pastagens e limpeza da área (Fiedler, 2006). Por isso, estratégias de
prevenção e combate aos incêndios florestais e uso controlado do fogo são de extrema necessidade. Uma
das formas de minimizar a ocorrência dos incêndios é adotar medidas preventivas, ou seja, estabelecer
técnicas de proteção contra o fogo desde o início das atividades no empreendimento, uma vez que
atividades agrícolas são potencialmente suscetíveis aos incêndios.
Como parte deste Programa devem constar a criação de aceitos ou linhas de fogo em quantidade
e extensão apropriados ao tamanho do empreendimento, a logística de manutenção da limpeza de
estradas e aceiros para se reduzir a quantidade de material combustível, a aquisição de equipamentos de
gestão de fogo que estejam em bom estado de utilização.

7.5.2. Objetivos
Objetivo Geral
Estabelecer práticas de gestão, prevenção e controle de incêndios florestais, de forma a garantir a
qualidade ambiental do ecossistema local, bem como evitar danos econômicos e, sobretudo, humanos.

Objetivos Específicos
• Estabelecer o uso das melhores práticas de manejo de combustíveis e controle/combate de
incêndios nos empreendimentos;
• Orientar nos trabalhadores sobre a importância dos cuidados com uso do fogo e conservação
ambiental.

7.5.3. Metodologia
Para alcançar os objetivos idealizados para o Programa de Combate e Prevenção de Incêndios, o
empreendedor, os funcionários, tanto a equipe permanente quanto a temporária e o pessoal
administrativo, serão orientados e sensibilizados quanto às questões ambientais relacionadas ao uso do
fogo e manejo de combustíveis, para que a execução de todas as atividades produtivas nesta fase de
operação no empreendimento seja realizada e pautada em comportamentos ambientalmente adequados.
Os responsáveis pelo empreendimento devem fornecer, através de um especialista, os
procedimentos básicos para evitar que haja riscos de incêndios durante o manuseio dos combustíveis
armazenados. Além disso, as instalações de armazenamento dos combustíveis deverão atender a norma
ABNT 17505. Algumas especificações desta norma técnica devem ter destaque, como:

31
• Escolha do tipo do tanque de armazenamento mais adequado para o armazenamento e transporte;
• Recobrimento do Tanque de armazenamento fixo;
• Condicionantes para transporte dos líquidos inflamáveis (combustível);
• Piso específico para impedimento do líquido inflamável percolar no solo;
• Construção de uma bacia de contenção.
Num contexto geral, o referido programa é de responsabilidade do empreendimento Fazenda
Fortaleza, ficando a cargo do empreendedor a contratação de especialistas e treinamento de equipes e,
ou viabilização de brigadas de incêndio locais.

▪ Práticas e equipamentos úteis de controle e combate à incêndios


O empreendimento deverá manter um arquivo fotográfico atualizado das APP, RL, Aceiros,
Cercas, e infraestruturas existentes. Além disso o empreendimento deverá fazer a aquisição dos
equipamentos úteis de combate à incêndios, tais como bombas d’água, trator equipado com lâmina e
grade, bombas costais, abafadores, luvas, óculos, botas e protetores respiratórios. Treinamento de equipe
brigadista também será necessário. Mais estratégias de prevenção e combate à incêndios poderão seguir
as recomendações da Cartilha de Prevenção e Combate a Incêndios da Aprosoja, que pode ser acessada
em: http://www.aprosoja.com.br/storage/site/downloads/comunicacao/publicacoes/cartilha-de-
orientacao-de-combate-a-incendio5786a77e5cd16.pdf.

▪ Monitoramento
Para o monitoramento das condições de clima e previsão dos riscos de incêndios, bem como
subsídio às ações de controle, recomenda-se a criação de uma rotina de acompanhamento dos parâmetros
meteorológicos da região, especialmente nos períodos mais quentes e secos do ano. O monitoramento
poderá ser feito a partir de informações disponibilizadas por instituições públicas ou privadas, como
previsões meteorológicas, mapas de risco de incêndio e focos de calor.

7.5.4. Cronograma
As ações do Programa de Prevenção e Combate a Incêndios deverão ocorrer em conformidade
com as práticas de manejo e uso da terra para fins de implantação agrícola, e monitoramento ao longo
do ano. Um cronograma para as atividades deste Programa Ambiental é proposto na Tabela 11.

32
Tabela 11. Cronograma do Programa de Prevenção e Combate a Incêndios.
PROGRAMA DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS
Atividades Ano1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Aplicação de práticas de manejo de
X X X X
combustíveis e fogos
Treinamento e formação de equipe de
X
combate a incêndios

Aquisição de equipamentos e materiais


X X
de segurança para combate a incêndios

7.6. Programa de manejo de fauna


7.6.1. Justificativa
Empreendimentos em ambientes rurais acabam impactando a fauna silvestre da área
diretamente afetada. Tais impactos criam uma necessidade de os responsáveis aplicarem um
programa de manejo da fauna para minimizar ao máximo esses impactos ambientais
Um dos impactos mais visíveis e merecedor de atenção é a presença de animais silvestres no
momento da supressão vegetal (já ocorrida parcialmente no caso deste empreendimento) e em
eventuais visitas na área da Fazenda, de forma que é necessário o afugentamento da fauna dos locais.
Outro motivo pelo qual se faz necessária a construção de um programa de manejo são possíveis
acidentes envolvendo a fauna, necessitando de cuidados prolongados por parte da gestão do
empreendimento.
O Programa de Manejo de Fauna durante a fase de supressão da propriedade é uma
importante ferramenta para a redução de impactos sobre a fauna. Antes e durante das intervenções
na vegetação, é realizado o afugentamento de fauna para espécies com baixa mobilidade, com o
objetivo de mitigar os impactos gerados sobre o meio biótico. É uma ação contínua, sendo ligada e
dependente da supressão vegetal.
O afugentamento da fauna silvestre ocorrerá em função do Programa de Supressão da
Vegetação, seguido das ações referentes à movimentação dos trabalhadores, como também aos
ruídos e movimentação de maquinário na fase de construção. Em função da supressão vegetal e
limpeza da área, a atividade influenciará diretamente na área de ocorrência dos animais terrestres; e
as obras indiretamente, devido ao barulho, poeira, movimentação de equipamentos e colaboradores.
Ressalta-se que a adoção de critérios para a minimização de impactos sobre a flora refletirá
diretamente na redução dos efeitos negativos sobra a fauna. As técnicas adequadas de supressão da
vegetação com a direção ideal de desmatamento, velocidade das atividades propiciando a fuga dos

33
animais e equipamentos apropriados associado com acompanhamento de biólogo para eventual
resgate de espécies durante a obra, e ainda o programa de educação ambiental.
A movimentação de veículos promoverá o afugentamento de espécies terrícolas, em especial,
grupos com capacidade de locomoção mais rápida, como por exemplo, os mamíferos. Sendo assim,
é prevista a redução da densidade populacional da fauna terrestre em áreas próximas às infraestruturas
que serão instaladas. A frente de atividade seguirá um caminhamento de supressão coerente e
contínuo, partindo sempre de uma extremidade pontual. Este tipo de avanço das operações garante
o bom resultado da dispersão de animais.

7.6.2. Objetivos
Objetivo Geral
As ações de afugentamento da fauna terrestre visam minimizar os impactos sobre as espécies
de animais presentes nas áreas que sofrerão supressão de vegetação, afugentando e resgatando
espécies nas áreas adjacentes à supressão.

Objetivos Específicos
• Promover o acompanhamento dos procedimentos de supressão da vegetação;
• Acompanhar as atividades que potencialmente possam afetar a fauna local; e
• Promover ações direcionadas, principalmente, ao afugentamento e, em casos onde o
afugentamento não for possível, promover ações direcionadas ao resgate de espécimes durante
a supressão da vegetação, se for o caso.

7.6.3. Metodologia
A prática de afugentamento da fauna deve ser executada de forma direcionada, em sentido
único, respeitando o plano de supressão e suas indicações, na medida em que ocorrer o avanço da
supressão vegetal. Durante a execução do Programa de Afugentamento um biólogo responsável
estará equipado com materiais próprios para as atividades, como ganchos, pinças, buzinas, entre
outros equipamentos específicos se necessário.
O método de afugentamento consiste em afastar a maior parte da fauna existente dos locais de
intervenção. Para isso, precedendo as atividades de supressão vegetal, toda a área onde irá ocorrer
interferência será percorrido, com a finalidade de reconhecer os locais mais críticos, onde
possivelmente existam tocas, ninhos e passagens de fauna os quais serão delimitadas com fita tipo
zebrada.

34
O profissional responsável pelas atividades de afugentamento da fauna, ficará responsável
pela varredura inicial das linhas de supressão vegetal, onde registrará em uma planilha a visualização
dos animais que estão se deslocando (espécie, local, hora), como também a presença de ninhos com
ovos ou ninhegos, tocas e de outros animais que permaneceram no local.
Os animais que apresentarem baixa mobilidade, ou hábitos fossoriais, bem como qualquer
exemplar da fauna de vertebrados que não tenha conseguido se deslocar por conta própria das áreas
suprimidas serão manejados para área próxima (pré-designada), porém segura.
Toda a atividade de supressão vegetal deverá ser comunicada antecipadamente ao
profissional, que autorizará o início das atividades de supressão após o afugentamento da fauna.
Enquanto ocorrer a supressão de vegetação, o profissional responsável pelo afugentamento deverá
permanecer durante todo o período.
▪ Procedimentos de afugentamento
O método de afugentamento consiste em afastar a maior parte da fauna existente dos locais
de intervenção. Uma vez que a supressão vegetal foi realizada parcialmente, para a área alvo da
regularização, grande parte dos impactos imediatos associados à fauna também já ocorreu. Contudo,
nestas recomendações gerais, sugere-se os principais procedimentos que poderão ser seguidos
mediante atividades de intervenção direta nas áreas produtivas, sobretudo com uso de maquinário
no preparo de extensas áreas.
O afugentamento da fauna silvestre poderá ocorrer em função: de ações referentes à eventual
nova supressão da vegetação remanescente, como a movimentação dos trabalhadores, ruídos e
movimentação de maquinário; em função do cultivo agrícola, influenciando diretamente na área
territorial de ocorrência dos animais terrestres; e em função de obras, devido ao barulho, poeira,
movimentação de equipamentos e colaboradores.
Mediante eventual futura supressão, anteriormente a qualquer intervenção na vegetação
deverá ser realizado o afugentamento de fauna para espécies com baixa mobilidade, com o objetivo
de mitigar os impactos gerados sobre o meio biótico. Além disso, faz-se necessário que
procedimentos específicos de captura, afugentamento e controle de supressão sejam relatados em
um Plano de Manejo de Fauna a ser apresentado no bojo do processo de ACMB e, ou, de autorização
de supressão.
A movimentação de veículos na operação promoverá o afugentamento de espécies terrícolas,
em especial, grupos com capacidade de locomoção mais rápida, como os mamíferos. Sendo assim,
é prevista a redução da densidade populacional da fauna terrestre em áreas próximas às áreas
produtivas. Para os anfíbios de hábitos fossoriais deverá ser dada uma atenção especial, devido a

35
menor capacidade de locomoção para fora da área de intervenção. Para tanto, deverá ser realizada
uma vistoria continua nas áreas produtivas, possibilitando a mitigação dos impactos sobre a fauna.

▪ Detalhamento da captura, triagem e procedimentos a serem dotados


A captura dos animais será realizada de forma manual com o uso de equipamentos como:
puçá, luva de raspa, gancho herpetológico e cambão. Os animais serão acondicionados em sacos
plásticos, potes, caixas plásticas e caixas herpetológica, de acordo com as particularidades de cada
animal.
A fim de evitar o estresse do animal, a biometria consistirá basicamente na extração do
comprimento total e peso, de animais aptos ao manejo. Sempre que possível, serão anotadas
informações adicionais de acordo com cada grupo (e.g. sexo, idade, comprimento bico, cauda, etc).
Como não é previsto o monitoramento da fauna, não se sugere marcações individuais.
Anfíbios serão coletados manualmente com o uso de luvas de algodão revestidas por látex. Os
espécimes serão acondicionados em sacos plásticos e enviados ao CETAS a qual será analisado toda
integridade física do animal. Posteriormente será realizada a identificação, marcação através do
implante de elastômeros ou ablação de falanges.
Serpentes serão coletados manualmente com o uso de puçás hepertológicos. Os espécimes
serão acondicionados em caixa de madeira para o transporte. Em caso de transporte de espécimes
peçonhentas a caixa deverá conter fita zebrada, e informação que evidencie o risco envolvido.
Lagartos, quelônios e anfisbenas serão capturados manualmente com o uso de luvas de raspa
e acondicionados em caixas de plástico, caixas de madeira e sacos de pano para o transporte.
Aves serão capturadas com o uso de luvas de raspa e puçás (Psitacídeos). Passeriformes
devido ao seu tamanho, exigem maior cautela, evitando o estrangulamento do indivíduo. Neste caso
é necessário que o espécime seja colocado em saco de pano para o transporte até o centro de triagem.
Já espécies de maior porte (ex: araras, mutuns, etc), serão transportadas em caixas de madeira.
Mamíferos (pequeno porte) serão capturados manualmente com o uso de luvas de raspa e
transportados em caixas de plástico. Mamíferos (médio e grande porte) serão capturados com o uso
de cambões e puçás. O transporte dos indivíduos contará com o uso de caixas de madeiras
condizente com o porte de cada animal. Quanto ao uso de marcação, caso necessário, este ficará
vinculada ao uso da telemetria ou outro método consagrado.
Os espécimes capturados durante o resgate de supressão deverão ser soltos na área de soltura
pré-estabelecida. Antes do início das atividades de resgate é necessário estabelecer uma parceria com
uma clínica médica veterinária e/ou estruturação do Cetras, quando for o caso, e o mais próximo
ao local, capaz de receber e atender possíveis espécimes.

36
Requisitos legais
• Lei de Proteção à Fauna (Lei n. 5197/67);
• Lei de Crimes Ambientais (Lei n. 9605/98);
• Decreto n. 3179/99;
• Instrução Normativa n. 146 de 10 de janeiro de 2007 do Ministério do Meio Ambiente;
• Portaria Normativa n. 10 de 2009 do Ministério do Meio Ambiente;
• Portaria n. 421 de 26 de outubro de 2011 do Ministério do Meio Ambiente; e
• Resolução Nº 1.000, de 11 de maio de 2012 do Conselho Federal de Medicina Veterinária –
CFMV.

7.6.4. Cronograma
As ações do Programa de Manejo de Fauna deverão ocorrer em conformidade com o inicio da
implantação do empreendimento, bem como durante o funcionamento deste. Um cronograma para as
atividades deste Programa Ambiental é proposto na Tabela 6, conforme prazo da autorização de
supressão a ser solicitada.

Tabela 6. Cronograma do Programa de Manejo de Fauna.


Bimestre
Atividades
1 2 3 4 5 6
Identificação e mapeamento das áreas de maiores intervenções x
Parceria com clínica médica veterinária/estruturação cetras x x x x x
Instrução e orientação dos trabalhadores x x x x
Resgate da fauna durante a supressão x x x
Emissão de Relatório x

7.7. Programa de gerenciamento de resíduos sólidos e efluentes líquidos


7.7.1. Justificativa
A produção de resíduos sólidos e efluentes líquidos pode ser considerada um tema sensível para
os empreendimentos rurais, uma vez que as regiões onde elas estão inseridas é raro quando há coleta de
lixo doméstico por parte da prefeitura.
No caso de efluentes líquidos, o tratamento quando não realizado na propriedade, se torna um
grande problema ambiental, causando poluição e desequilíbrio ecológico nos cursos d’água da região.

37
Desta maneira, um programa para gerenciar os resíduos sólidos e efluentes líquidos se torna
imprescindível na expansão das atividades propostas para o empreendimento Fazenda Fortaleza.
As características predominantes dos resíduos sólidos oriundos do empreendimento devem ser
de cunho doméstico e de atividades agropecuárias, sendo restos de comida, sacolas e materiais plásticos
os principais descartes. O manejo inadequado destes resíduos no ambiente rural pode trazer inúmeros
problemas ambientais, sobretudo os relacionados a emissão de gases de efeito estufa quando incinerado,
possíveis riscos a fauna, poluição de recursos hídricos e do solo além de poder oferecer riscos à saúde
dos funcionários e dos moradores da região.
O gerenciamento dos resíduos sólidos efluentes líquidos deve abordar estratégias e medidas que
elucidem pontos como a fonte dos resíduos, formas de acondicionamento, coleta, transporte,
aproveitamento (reciclagem) e disposição final. Assim, em linhas gerais, é possível afirmar que o
cumprimento deste Programa se torna crucial para a condução de várias medidas mitigadoras propostas
no EIA do referido empreendimento.

7.7.2. Objetivos
Objetivo Geral
Gerenciar os resíduos sólidos e efluentes líquidos produzidos no empreendimento para evitar
possíveis agravamentos nos efeitos dos impactos ambientais listados para a expansão e operação das
atividades produtivas.

Objetivos Específicos
• Minimizar o máximo possível a quantidade de resíduos sólidos efluentes líquidos produzidos no
empreendimento;
• Estabelecer a melhor maneira de manuseio, armazenamento e disposição final dos resíduos
sólidos;
• Monitorar e destinar adequadamente e tratar a produção de efluentes líquidos da propriedade;
• Adequar as ações com a legislação vigente.

7.7.3. Metodologia
A metodologia adotada para alcançar os objetivos propostos pode ser visualizada nos tópicos
seguintes:
• Implantar pontos de coleta seletiva na área do empreendimento;
• Agendar coletas com empresas devidamente licenciadas, recomendadas pelos órgãos
competentes;

38
• O resíduo líquido (esgoto) proveniente das atividades domésticas deverá ser coletado e
acumulado em fossas sépticas, estrutura popularmente conhecida como sumidouro;
• As fossas sépticas deverão passar por revisões e manutenções anuais, de modo a monitorar a
situação destas para que não ocorra vazamentos que possam poluir o ambiente;
• Transportar os resíduos gerados até um local adequado e indicado pelos órgãos municipais
competentes;
• Fica facultado ao empreendedor contratar uma empresa terceirizada, que possua as licenças
ambientais necessárias, para coletar, transportar e destinar os resíduos em ambientes adequados
a sua natureza.

Para que aumentar a efetividade do programa recomenda-se a implantação das seguintes


estruturas, a saber:

Deposição e separação inicial dos resíduos


Para a coleta dos resíduos sugere-se que esta seja feita por meio da adoção de recipientes,
devidamente identificados, e estrategicamente dispostos. Deverão ser distribuídas lixeiras próprias para
separação dos principais resíduos gerados no empreendimento, conforme determinação da Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, Lei 12.305 / 2010) e da resolução nº 275/2001 do CONAMA
(Conselho Nacional de Meio Ambiente), facilitando a identificação durante o transporte e o manuseio
dos materiais. As lixeiras devem ser de fácil visualização. Este tipo de coleta é baseado na diferenciação
do tipo de resíduos por cores, apresentadas a seguir na Figura 4.

39
Figura 4– Esquema meramente ilustrativo de cores das lixeiras para coleta seletiva, que deverão ser
alocadas no empreendimento, conforme os tipos de resíduos a serem gerados. Fonte da imagem:
https://recicla.club/cores-da-coleta-seletiva/

Gerenciamento dos resíduos


O material que for destinado à reciclagem deve ser transportado para os locais receptores
disponíveis nas proximidades (por exemplo, centros de reciclagem, grupos de cooperativas etc.)
periodicamente, sendo recomendado estabelecer parcerias com empresas locais para fortalecer esta
atividade na região.
As embalagens de produtos químicos aplicados nas atividades agropecuárias deverão ser
armazenadas em local seco e isolado, ao abrigo do sol, para que sejam descartadas/destinadas conforme
as indicações dos fabricantes com maiores detalhes no Programa de gerenciamento e aplicação de agrotóxicos.

Os resíduos domésticos não recicláveis poderão ser coletados nos pontos/lixeiras de


armazenamento próprios e encaminhados aos pontos receptores do município (aterro/ “lixão”). A
compostagem é uma técnica recomendada para tratamento dos resíduos orgânicos. As composteiras
domésticas são uma opção de baixo custo e fácil operação que poderão ser implantadas (Figura ).

40
Figura 5 – Alternativa para tratamento dos resíduos orgânicos. À esquerda: modelo ilustrativo de
composteira caseira. Fonte da imagem: https://www.leroymerlin.com.br. À direita, esquema teórico de
funcionamento de uma composteira. Fonte da imagem: https://ciclovivo.com.br.

Para coleta e armazenamento de resíduo líquido (esgoto) proveniente das atividades domésticas
poderão ser construídas fossas sépticas. A manutenção de máquinas e equipamentos que implique na
geração de eluentes líquidos (por exemplo, lavagem e troca de óleo) deverá ser feita em ambiente
específico, como em empresas/oficinas especializadas, em que será possível maior controle quanto ao
arraste de óleos e graxas, evitando-se o descarte diretamente no solo no empreendimento. No que diz
respeito ao uso de combustíveis no empreendimento, atualmente a Fazenda Fortaleza dispõe de um
posto de combustível de pequeno porte, porém, encontra-se em condição desativada. Como as atividades
em operação demandam baixo fluxo de veículo e, consequentemente de combustíveis, na fazenda há
tambores e galões com capacidade de 20 a 50 L a fim de oferecer suporte ao deslocamento de combustível
do tanque para as máquinas em operação nas áreas produtivas. Assim, visando tanto a adequação às
normas nacionais e questões ambientais quanto a necessidade de uso, recomenda-se que, caso o o tanque
de combustível seja novamente ativado e revisado, seja em estrutura física apropriada e mantendo-se
distante da circulação de pessoas e atividades, de acordo com critérios da Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT, em particular a NBR 7505. Informa-se que algumas especificações desta norma
técnica têm destaque, como:

41
• Escolha do tipo do tanque de armazenamento mais adequado para o armazenamento e
transporte;
• Recobrimento do Tanque de armazenamento fixo;
• Piso específico para impedimento do líquido inflamável percolar no solo;
• Construção de uma bacia de contenção.

Ressalta-se que para o uso de depósitos portáteis para fins de armazenamento de combustível, o
empreendimento deverá destinar um local apropriado para estes. Como sugestão indica-se o documento
de Instrução Técnica dos bombeiros de Minas Gerais, especificamente o trecho que trata dos pisos, a
saber:

“Os pisos dos locais de armazenagem devem ser de material incombustível,


preferencialmente em concreto, em desnível de 0,15 m em relação ao piso do local,
considerando uma faixa lateral de 1,5 m ao redor do local de armazenamento, para
conter o líquido em caso de vazamento, evitando que atinja outras áreas de
armazenagem ou edifícios. A área de armazenagem deverá ser livre de vegetação e de
outros materiais combustíveis.” Instrução Técnica N. 22, 1ª edição. Bombeiro Militar
de Minas Gerais.

▪ Biodigestor residencial ou caseiro


A construção de um biodigestor é uma alternativa facultativa ao empreendedor, sugerida para
tratamento dos resíduos, especialmente os de origem domésticas (orgânicas) e de dejetos humanos. Com
a implantação desta estrutura, além da produção do biofertilizante, também poderá ser extraído o biogás.
O biofertilizante ganha destaque pois poderá ser espalhado nas áreas de cultivo para aumentar a
produtividade ou mesmo até em eventuais hortas caseiras implantadas no empreendimento ou na
vizinhança.
Como se trata de uma estrutura complexa e onerosa, a instalação do biodigestor residencial pode
demandar um estudo técnico de viabilidade e que atenda os interesses ambientais e econômicos do
empreendedor. Eventuais consertos nos equipamentos, bem como a limpeza deles, serão realizados por
terceiros. Para tanto, toda manutenção se dará nos espaços físicos das empresas parceiras. Portanto, os
efluentes residuais (ex: água usada na lavagem de veículos e óleos oriundos da manutenção das máquinas
pesadas) serão de responsabilidade destas empresas, de forma a isentar o empreendimento da
responsabilidade de construir e manter estruturas para captação e coleta deste tipo de resíduo.

42
▪ Gestão dos dejetos dos animais de criação
Como o empreendimento trata da criação de bovinos é esperado que haja volume significativo e
frequente de dejetos. No que diz respeito ao gerenciamento destes dejetos informa-se que:
Para a criação no caso do regime extensivo as áreas de pasto serão subdividas em
piquetes/mangas. Essa estratégia permite que os animais não sobrecarreguem a área de pasto, com isso,
será evitado também o acúmulo de dejetos em pontos isolados, minimizando-se os riscos de
contaminação, bem como contribuindo para a adubação da pastagem ao longo do tempo.
No regime de confinamento os dejetos recolhidos das possíveis áreas também poderão ser
utilizados para fertilização do solo das áreas produtivas, mediante interesse e aplicabilidade da prática.
Contudo, para isso, deverão ser “curtidos” previamente, a partir da fermentação dos dejetos. Nesse caso,
sugere-se a construção de uma esterqueira, por equipe capacitada, compatível com o volume de dejetos
gerados pelo rebanho. A principal ressalva é de que esta seja construída de modo a conter a estrutura
impermeável, impedindo a infiltração dos dejetos no solo e consequente contaminação. Reforça-se que,
em caso de não implantação do sistema de confinamento, dispensa-se esta sugestão apresentada,
mantendo-se apenas o método indicado no sistema extensivo.
Para a atividade de piscicultura, há a produção de dejetos, que deve ser monitorada e a remoção
realizada após a despesca dos peixes dos tanques. Além disso, as águas residuárias deverão passar por
tratamento, como a filtragem, que poderão ser utilizadas posteriormente como fertilizante. Outro método
sugerido é o tratamento destas águas por escoamento superficial, como demonstrado na Figura 6 a
seguir:

Figura 6 – Alternativa para tratamento das águas residuárias. Fonte da imagem:


https://www.docsity.com/pt/tratamento-de-residuos-agroindustriais/4712959/

43
▪ Gestão das embalagens de produtos químicos vazias
As embalagens de produtos químicos vazias podem ser consideradas como resíduos de alto
potencial contaminante do meio ambiente e por isso deve-se tomar maior atenção aos detalhes de seu
armazenamento, sendo interessante que sua separação, armazenamento e destinação ocorra de maneira
detalhada.
As embalagens de produtos químicos aplicados nas atividades agrícolas deverão ser armazenadas
em local seco e isolado, ao abrigo do sol, para que sejam descartadas/destinadas conforme as indicações
dos fabricantes. Mediante o uso de agrotóxicos, os recipientes vazios deverão ser armazenados em locais
limpos, secos e abrigados do sol e devolvidos aos depósitos de recebimentos de embalagens – Instituto
Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) – ou aos fabricantes, quando indicado pela
legislação ambiental. O armazenamento de agrotóxicos e afins para as propriedades rurais deverá estar
de acordo com os requisitos da norma ABNT NBR 9843-3, Parte 3.

7.7.4. Cronograma
As ações do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos deverão ocorrer em conformidade
com o inicio da implantação/expansão do empreendimento, mas, sobretudo, durante todo o
funcionamento deste. Um cronograma para as atividades deste Programa Ambiental é proposto na
Tabela 7.

Tabela 7. Cronograma do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos.


PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Atividades Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Realizar a coleta seletiva X X X X
Acondicionamento do lixo sólido X X X X
Transporte e destinação final do lixo sólido X X X X
Construção de fossas sépticas X
Manutenção das fossas sépticas da propriedade X X X

7.8. Programa de segurança do trabalho


7.8.1. Justificativa
Os trabalhadores do empreendimento, sejam eles temporários ou permanentes, são parte
essencial do projeto de expansão deste. Portanto, é essencial garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores envolvidos nas atividades, além de proporcionar qualidade de vida e respeitar os direitos
humanos dos envolvidos.
Por meio das informações presentes na literatura, normas e legislações este programa deve servir
como base para os responsáveis pelo empreendimento antever possíveis fragilidades à segurança e à saúde

44
do trabalhador. Os principais pontos que devem ser observados são os acidentes em decorrência de
trânsito de veículos leves e com máquinas pesadas, utilização de ferramentas e equipamentos utilizados
na supressão vegetal e limpeza da área, animais peçonhentos e os tratos dos animais bovinos e cultivos
das culturas anuais.
Diante do exposto, deve-se estabelecer normas e critérios de utilização de equipamentos de
proteção individual, procedimentos para primeiros socorros, estabelecer rotinas para averiguação da
saúde ocupacional e segurança dos trabalhadores, assim como é exigida pela Legislação de Segurança no
Trabalho no Brasil.

7.8.2. Objetivos
Objetivo Geral
Estabelecer condições para garantir a preservação da saúde e segurança dos funcionários e
envolvidos nas atividades do empreendimento.

Objetivos Específicos
• Proporcionar estratégias e normas capazes de zelar pela segurança e saúde dos funcionários;
• Fornecer aos envolvidos equipamentos individuais de proteção;
• Fornecer palestras de segurança no trabalho para ampliar os conhecimentos dos funcionários
acerca de situações de risco de acidentes e como proceder caso aconteça algum acidente durante
as atividades do empreendimento;
• Detalhar sobre o plano de primeiros socorros.

7.8.3. Metodologia
Para estabelecer ações capazes de cumprir com o proposto no Programa de Segurança e Saúde
do Trabalhador é preciso que os responsáveis pelo empreendimento possuam conhecimento prévio das
leis que regem o tema e que sejam assessorados por um especialista em segurança no trabalho. Na Tabela
14, menciona-se as principais leis e normas sugeridas para o entendimento da segurança no
empreendimento.

45
Tabela 14. Leis e normas regulamentadoras sugeridas aos gestores da Fazenda Bernardino Aguão para
apreciação e implantação no ambiente de trabalho do empreendimento.
LEI/NORMA REGULAMENTADORA DESCRIÇÃO
Estabelece os preceitos a serem observados na
organização e no ambiente de trabalho rural, de
NR 31- Segurança e saúde no trabalho na
forma a tornar compatível o planejamento e o
agricultura, pecuária, silvicultura, exploração
desenvolvimento das atividades do setor com a
florestal e aquicultura
prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho rural.
Estabelece definições e indica os principais
equipamentos que garantam a segurança dos
NR 06- Equipamento de proteção individual
colaboradores na execução das atividades
desenvolvidas no empreendimento.
Aborda e descreve todos os riscos à saúde e
segurança aos quais os colaboradores estão
NR 9- Prevenção de riscos ambientais expostos. Sua base é pautada no reconhecimento do
risco, avaliação e controle dos riscos e antecipação
das ações para evitá-los.
Avalia o ambiente de trabalho e o correlaciona com
as características dos colaboradores envolvidos nas
operações inerente ao empreendimento. Seu
NR 17- Análise ergonômica do trabalho
objetivo maior é adaptar o ambiente de trabalho de
forma a preservar as condições psicofisiológicas dos
trabalhadores.
Este tem caráter de lei e se interrelaciona com a
Lei Nº 9.732, de 11 de dezembro de 1998- Laudo previdência social. Seu principal objetivo é registrar
técnico das condições ambientais do trabalho todos os agentes nocivos à saúde dos
colaboradores.
Analisa os riscos ambientais e correlaciona com os
colaboradores e a jornada de trabalho, objetivando
NR 15- Laudo de insalubridade desvendar os níveis de tolerância máxima e o tempo
de exposição que o metabolismo e corpo humano
resiste sem que haja danos consideráveis.
Aponta os principais riscos que as atividades ou
setor do empreendimento oferece aos
colaboradores, como por exemplo o manejo de
NR 16- Laudo de Periculosidade líquidos inflamáveis, agrotóxicos e operação de
máquinas pesadas. Este é imprescindível nos casos
em que há necessidade de adicional de 30% sob o
salário base.

A seguir são descritas algumas sugestões que devem ser cumpridas durante a expansão do referido
empreendimento, bem como em sua fase de operação.
• Fornecer palestras e treinamentos para a correta execução das atividades propostas;
• Fornecer os equipamentos de proteção individual (EPI) adequados a cada etapa do
empreendimento e promover sua utilização de maneira correta;

46
• Realizar inspeção da execução das atividades e do uso dos EPI’s para garantir que todas as normas
e orientações estejam sendo atingidas;
• Oferecer aos trabalhadores avisos visuais que possam instruir sobre o risco do manuseio de
materiais e equipamentos utilizados no empreendimento;
• Fornecer aos trabalhadores um local adequado para descanso e lazer;
• Estabelecer uma estrutura mínima para situações de primeiros socorros;
• Deixar um telefone acessível para situações em que é necessário solicitar suporte médico.

7.8.4. Cronograma
As ações do Programa de Saúde e Segurança do Trabalhador deverão ocorrer em conformidade
com o inicio das atividades produtivas. Contudo, o monitoramento da segurança e saúde dos
trabalhadores no ambiente de trabalho deve se manter constante durante todo o funcionamento do
empreendimento, como demonstrado na Tabela 8.

Tabela 8. Cronograma do Programa de Saúde e Segurança do Trabalhador.


PROGRAMA DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR
Atividades Ano1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Realização de palestras e treinamentos sobre segurança
X X X X
no trabalho
Instalar sinais visuais e alertas de acidentes X
Monitorar a segurança e saúde dos trabalhadores X X X

7.9. Programa de gerenciamento e aplicação de agrotóxicos


7.9.1. Justificativa
Os agrotóxicos, também denominados pesticidas, defensivos agrícolas ou agroquímicos, são
qualquer tipo de compostos destinados à agricultura e que têm como finalidade agir na ação a prevenção
ou redução dos efeitos causados por pragas, doenças, ervas daninhas, entre outros. Essas substâncias são
compostos orgânicos sintéticos com baixo peso molecular, geralmente com baixa solubilidade em água
e alta atividade biológica. Nesse grupo inclui-se todos os inseticidas, fungicidas, herbicidas, fumegantes e
outros compostos orgânicos ou substâncias utilizadas como reguladores de crescimento, desfolhantes ou
dissecantes. O uso excessivo e descontrolado dos agrotóxicos em lavouras tem sido considerado um
importante agente de contaminação do solo e da água (SOARES, FARIA & ROSA, 2017).
Nessa perspectiva, pensou-se na necessidade de um Programa de monitoramento, gerenciamento
e boas práticas de aplicação destes agrotóxicos, pois a utilização intensiva ou irracional destes defensivos

47
pode resultar em problemas ambientais graves às pessoas e ecossistema natural, tais como contaminação
das águas, do solo, do ar e alimentos, além da possibilidade de efeitos adversos em organismos não alvo.
No contexto do empreendimento Fazenda Fortaleza, a execução ambientalmente correta e todos
os Programas Ambientais propostos está relacionada ao nível de educação ambiental das pessoas direta
ou indiretamente envolvida, notadamente visto no Programa de Educação Ambiental proposto
anteriormente, programa este, imprescindível a implementação também do Programa de Gerenciamento
e Aplicação de Agrotóxicos, de modo a estimular a sensibilização e responsabilidade coletiva quanto às
questões ambientais e à relevância das práticas do desenvolvimento sustentável junto ao uso de
agrotóxicos.
Incluídas nesse Programa de Gerenciamento e Aplicação de Agrotóxicos, constam as seguintes
medidas: o emprego de equipamentos modernos e em bom estado de utilização para a aplicação dos
defensivos agrícolas; o treinamento dos trabalhadores para o uso de equipamento de proteção individual
(EPI) e para a aplicação dos agrotóxicos e o descarte de embalagens em concordância com a legislação
vigente (Lei Federal Nº 12.305, de 2 de agosto de 2010), segundo os princípios da Logística Reversa.
Como uma prioridade, a aplicação de agrotóxicos deverá considerar as condições climáticas adequadas
para evitar que o efeito deriva comprometa as bordas dos fragmentos florestais adjacentes às áreas
produtivas.
O princípio básico do Programa de Gerenciamento e Aplicação de Agrotóxicos é difundir o
entendimento de que o cuidado e segurança com o meio ambiente é responsabilidade de todos, a partir
de informações sobre a importância das condutas de preservação, implantação de práticas de uso racional
de agrotóxicos a divulgação do papel do empreendimento em garantir essas condutas. Considera-se a
orientação quanto aos procedimentos corretos no exercício das diversas funções do empreendimento
relacionados ao uso dos agrotóxicos, fazendo com que todos se tornem responsáveis pelas práticas
conservacionistas em seu ambiente de trabalho.

7.9.2. Objetivos
Objetivo Geral
Gerir a aplicação racional e ambientalmente correta de agrotóxicos e desenvolver uma consciência
ambiental e reflexão crítica nas pessoas afetadas pelo empreendimento sobre a vulnerabilidade do meio
ambiente frente a operações de uso de agrotóxicos.

Objetivos Específicos
• Interagir e estar integrado com os demais Programas Ambientais;

48
• Mobilizar e orientar tecnicamente os trabalhadores (via treinamento) sobre as medidas de
gerenciamento e aplicação com segurança de agrotóxicos;
• Orientar os trabalhadores via treinamento sobre a necessidade e importância da destinação
correta das embalagens de agrotóxicos geradas.

7.9.3. Metodologia
Para alcançar os objetivos idealizados para o Programa de Gerenciamento e Aplicação de
Agrotóxicos, os funcionários, tanto a equipe permanente quanto a temporária e o pessoal administrativo,
serão orientados e sensibilizados quanto às questões ambientais relacionadas ao gerenciamento e
aplicação de agrotóxicos. Os funcionários responsáveis pela aquisição, gestão e aplicação dos agrotóxicos
deverão passar por treinamento constante. Isto será realizado a partir de transferência de conhecimento
e educação apontadas no Programa de Educação Ambiental e de práticas detalhadas nas próximas seções
deste Programa.
O Programa de Gerenciamento e Aplicação de Agrotóxicos é de responsabilidade do
empreendimento Fazenda Fortaleza, ficando a cargo do empreendedor a contratação de especialista para
orientação técnica correta dos funcionários, quanto às dosagens necessárias de uso dos agrotóxicos e das
estratégias e de armazenamento e destinação correta das embalagens. O uso de agrotóxicos é uma das
atividades rotineiras do ciclo de produção agrícola de maior impacto sobre os recursos ambientais e sobre
a saúde dos trabalhadores. Sendo assim, para o empreendimento alvo deste PBA e do EIA/RIMA, é
fortemente necessário e importante que sejam implementadas as práticas constantes de gestão de uso
desses produtos.

▪ Segurança do Trabalhador na Aplicação de Agrotóxicos


Medida: Treinamento dos trabalhadores para o uso de equipamento de proteção individual (EPI) e para
a aplicação dos agrotóxicos com emprego de equipamentos modernos e em bom estado de utilização
para a aplicação dos defensivos agrícolas.
O uso de agrotóxicos pode contaminar o solo, os lençóis freáticos e a vegetação nas fronteiras
das áreas produtivas, o que desencadeia uma série de problemas no ambiente físico e nos recursos de
flora e fauna nativos. Além disso, contaminações dos recursos naturais por agrotóxicos são de difícil
detecção e tratamento. Também, há o risco de contaminação dos trabalhadores durante o manuseio e
aplicação dos agrotóxicos, devido à toxidez dessas substâncias. Para a segurança dos trabalhadores, é
imprescindível o uso de EPI e a obediência às recomendações de aplicação.
O contato de seres vivos com os agrotóxicos é alvo de debates acalorados entre especialistas do
agronegócio e ambientalistas. A utilização destes produtos nas lavouras é justificada por combaterem
pragas e doenças comuns às culturas e favorecerem o aumento da produtividade. No entanto, o uso

49
indiscriminado, em quantidades e frequências inadequadas, pode comprometer severamente diversos
aspectos do ambiente e causar danos à saúde não só das pessoas diretamente envolvidas na aplicação,
mas também das comunidades vizinhas ao empreendimento.

▪ Diretrizes para realização de treinamento para funcionários


O Treinamento deverá ser realizado de acordo com a Norma Regulamentadora 31 (NBR31). A
NR pode ser acessada em sua versão completa no link:
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/nr/nr31.htm.
O treinamento de NR31.8 deverá capacitar os funcionários para atuarem em exposições direta
ou indireta, manipulando agrotóxicos adjuvantes e produtos afins em qualquer uma das etapas de
armazenamento, transporte, preparo, aplicação, descarte e descontaminação de equipamentos e
vestimentas, deixando apto para o trabalho e regulamentado conforme as exigências do ministério do
trabalho. Como sugestão/recomendação de plano de trabalho e abordagem no treinamento, alguns
aspectos são essenciais, tais como:
• Definição de agrotóxico;
• Interpretação do rótulo dos agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins;
• Identificação de riscos e classes de toxicidade;
• Conhecimento das formas de exposição direta e indireta aos agrotóxicos;
• Rotulagem e sinalização das áreas de risco;
• Uso de vestimentas e equipamentos de proteção individual;
• Manipulação e uso de agrotóxico; – Transporte, armazenamento, preparo, aplicação;
• EPI – Equipamento de Proteção Individual: descarte, limpeza e manutenção das roupas,
vestimentas e equipamentos de proteção individual, responsabilidade;
• Tríplice lavagem;
• Principais vias de penetração: vias de exposição, ocular, inalação térmica, oral.

Na Figura 7 a seguir é apresentada uma ilustração dos principais EPI’s necessários ao uso dos
agrotóxicos no empreendimento. O empreendedor deverá providenciar a aquisição tanto do treinamento
quanto dos equipamentos de segurança dos respectivos funcionários.

50
Figura 7. Equipamentos de Proteção Individual para aplicação de defensivos agrícolas – (Fonte:
https://socicana.com.br/noticias/defensivos-agricolas-importancia-da-utilizacao-dos-epis-na-aplicacao-
de-agroquimicos/

▪ Destinação de Embalagens de Agrotóxicos


No uso de agrotóxicos, recomenda-se que os recipientes vazios sejam armazenados em locais
limpos, secos e abrigados do sol e devolvidos aos depósitos de recebimentos de embalagens – Instituto
Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) – ou aos fabricantes, quando indicado pela
legislação ambiental. O armazenamento de agrotóxicos deverá seguir a norma ABNT NBR 9843-3,
particularmente quanto à sessão “Agrotóxicos e afins – Armazenamento. Parte 3: Propriedades rurais”.
É necessário, para o correto cumprimento desta ação, o uso de equipamentos de segurança no
manuseio, a técnica do tríplice lavagem, a reciclagem controlada de embalagens vazias ou a incineração
em fornos especiais são maneiras adequadas de tratar resíduos agrotóxicos.
Neste plano de Destinação de Embalagens Vazias de Agrotóxicos engloba-se os resíduos de
agrotóxicos gerados no campo sem agredir o meio ambiente e reduz-se os riscos à saúde da população,
de modo a permitir o desenvolvimento sustentado rural do empreendimento Fazenda Fortaleza.
Este plano deve estar embasado em leis federais e estaduais que obrigam a devolução, pelos
agricultores, das embalagens vazias de agrotóxicos após a tríplice lavagem. A devolução deve ser feita nos
postos de recebimento licenciados, no prazo de até um ano a partir da data da nota fiscal. Na região do
empreendimento, os pontos de coleta do inpEV mais próximo localizam-se nas cidades de Bom Jesus
(PI), Barreiras (BA) e Formosa do Rio Preto (BA), que tem dois pontos de coleta.

51
Os postos de recebimento são de responsabilidade dos revendedores e as centrais de triagem das
associações dos revendedores de agrotóxicos e as indústrias. As indústrias de agrotóxicos, estão
representadas no programa pelo Instituto Nacional de Embalagens Vazias – INPEV, que é responsável
pelo transporte das embalagens tanto dos postos para as centrais, como também das centrais para a
reciclagem e para destruição. Abaixo é apresentado o passo a passo de como funciona todo o processo:
1) O agricultor faz a tríplice lavagem da embalagem com água limpa assim que a embalagem é
esvaziada, usando esta água de lavagem para pulverização;
2) Entrega a embalagem tríplice lavada nos postos de recebimento dos revendedores de agrotóxicos
em até 1 ano após a compra;
3) As embalagens são armazenadas nos postos em local seco e seguro;
4) O INPEV recolhe as embalagens vazias nos postos e encaminha para as centrais de triagem;
5) Nas centrais de triagem, as embalagens de agrotóxicos de papelão, plástico e metal são prensadas
e as de vidro trituradas;
6) O INPEV transporta o material para indústrias recicladoras e para os incineradores licenciados.
As embalagens plásticas transformam-se em conduítes (tubulação para instalação elétrica na
construção civil), e em outros materiais autorizados.

7.9.4. Cronograma
As ações do Programa de Gerenciamento e Aplicação de Agrotóxicos deverão ocorrer
constantemente após a fase de operação onde há o uso dos produtos, integrando todos os agentes. Ações
pontuais, poderão se ajustar, conforme o cronograma das atividades previstas para o empreendimento
(detalhado no EIA/RIMA). Um cronograma para as atividades deste Programa Ambiental é proposto na
Tabela 9.

Tabela 9. Cronograma do Programa de Gerenciamento e Aplicação de Agrotóxicos.


PROGRAMA DE GERENCIAMENTO E APLICAÇÃO AGROTÓXICOS
Atividades Ano1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Treinamento de funcionários sobre
segurança e uso de agrotóxicos X X X X
(NR31.8)
Destinação das Embalagens de
X X X X
Agrotóxicos Vazias*
*Até 1 ano após a compra e uso.

52
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os programas aqui listados, se implantados de maneira correta, possuem a capacidade de
amortizar os impactos ambientais negativos e potencializar os impactos positivos gerados pelas atividades
desenvolvidas na Fazenda Fortaleza.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGROFIT. Sistemas de Agrotóxicos Fitossanitários. Disponível em:
http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons
APROSOJA. Cartilha de Prevenção e Combate a Incêndios. Disponível em:
http://www.aprosoja.com.br/storage/site/files/projetos/Manual_de_Melhores_Praticas_Agricolas.pd
f
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente 2014. Lista de espécies ameaçadas. ICMBio. Disponível em:
https://www.icmbio.gov.br/portal/faunabrasileira/2741-lista-de-especies-ameacadas-saiba-mais.html.

CBMMG. IT 22 – Armazenamento de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis. 2006. 1ª ed. Disponível em:


https://www.bombeiros.mg.gov.br/storage/files/shares/legislacaoantiga/IT_22_portaria_06_2006.pd
f
SOARES, D. F.; FARIA, A. M.; ROSA, A. H. 2017.Análise de risco de contaminação de águas
subterrâneas por resíduos de agrotóxicos no município de Campo Novo do Parecis (MT), Brasil.
Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 22, n. 2, p. 277-284. Disponível em: https://doi.org/10.1590/s1413-
41522016139118

53
Página 1/1

Anotação de Responsabilidade Técnica - ART ART de Obra ou Serviço


Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977 CREA-PI 1920240020622
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí

1. Responsável Técnico
FABRINA TEIXEIRA FERRAZ RNP 1420407643 Registro 314483 Registro 000003
Título profissional: Engenheira Florestal
Empresa Contratada: PACHECO LIMA & SANTANA LTDA

2. Dados do Contrato
Contratante: RODRIGO ANDRÉ BARBOSA BRANDÃO CPF/CNPJ: 88925714191
Logradouro: Al dos Jasmins NR, residencial terras de Toscana QD. 11 LT. 06, Jatai Nº: 262
Complemento: Bairro:
Cidade: Jatai UF: GO CEP: 75806-890
Contrato: Sem número celebrado em 18/03/2024 Vinculado à ART:
Valor: R$ 8.500,00 Tipo de Contratante: PESSOA FÍSICA
Ação Institucional:

3. Dados da Obra/Serviço
Logradouro: FAZENDA FORTALEZA Nº: S/N
Complemento: ZONA RURAL Bairro:
Cidade: MONTE ALEGRE DO PIAUÍ UF: PI CEP: 64940-000
Data de Início: 18/03/2024 Previsão de Término: 18/03/2026 Coordenadas Geográficas: -09.393060, -44.574228
Finalidade: AMBIENTAL Código:
Proprietário RODRIGO ANDRÉ BARBOSA BRANDÃO CPF/CNPJ: 88925714191

4. Atividade Técnica
ASSESSORIA Quantidade Unidade
ESTUDO DE ESTUDOS AMBIENTAIS 6.296,27 hectare
GESTÃO DE DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 6.296,27 hectare

Após a conclusão das atividades técnicas o profissional deverá proceder a baixa desta ART
5. Observações
Gestão e diagnóstico ambiental, estudos, licenciamento e interação com órgãos ambientais.

6. Declarações
Acessibilidade: Declaro que as regras de acessibilidade previstas nas normas técnicas da ABNT, na legislação específica e no Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro
de 2004, não se aplicam às atividades profissionais acima relacionadas.

7. Entidade de Classe
Nenhuma
8. Assinaturas 9. Informações
Declaro serem verdadeiras as informações
• A ART é valida somente quando quitada, mediante apresentação do comprovante do pagamento ou
Corrente - PI 18 de Março de 2024
conferência no site do Crea-PI.
, • A autenticidade deste documento pode ser verificada no site www.crea-pi.org.br ou www.confea.org.br
Local Data • A guarda da via assinada da ART será de responsabilidade do profissional e do contratante com o objetivo
de documentar o vínculo contratual.

____________________________________________________
FABRINA TEIXEIRA FERRAZ - CPF: 03823906364

PP
____________________________________________________
www.crea-pi.org.br [email protected]
tel: (86)2107-9292
RODRIGO ANDRÉ BARBOSA BRANDÃO - CPF/CNPJ: 88925714191

Valor ART: R$ 99,64 Registrada em 18/03/2024 Valor Pago: 99,64 Nosso Número: 8201519580 Baixada em:
PROCURAÇÃO PARTICULAR

Por este instrumento particular de procuração, RODRIGO ANDRÉ BARBOSA


BRANDÃO, empresário, casado, inscrito no CPF sob nº 889.257.141-91,
residente na Al dos Jasmins NR, 262, residencial Terras de Toscana QD. 11 LT.
06, Jataí – GO, CEP: 75.806-890, nomeia e constitui como seu bastante
procurador GREEN Z –SOLUCOES AGROAMBIENTAIS, pessoa jurídica de
direito privado, inscrita no CNPJ de n°37.380.909/0001-22, com sede na Rua
Adolf Jonh Terry, nº 697, bairro Centro, Corrente-PI, CEP: 64980-000, tendo
como sócio gerente o Sr. TEMISTOCLES PACHECO LIMA, casado, Engenheiro
Florestal, portador do CPF nº 050.889.223-61, RG nº 3257735, expedido pela
SSP-PI, residente e domiciliado na Com reserva de poderes para representar
perante a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do
Piauí – SEMAR, Prefeitura Municipal de Monte Alegre – PI, Secretaria de
meio Ambiente do município de Monte Alegre - PI, Instituto de Terras do
Piauí - INTERPI e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis – IBAMA, o Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária – INCRA, a Fundação Cultural Palmares e o Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, para alterar,
incluir/apresentar e solicitar/acessar, documentos/peças técnicas dos processos
relacionados a Fazenda Fortaleza, zona rural do município de Monte Alegre
– PI, CEP 64940-000. A procuradora poderá substabelecer esta procuração a
outrem, com ou sem reserva de iguais poderes sobre os órgãos mencionados.
Válida até dia 07 de fevereiro de 2026
Corrente - PI, 07 de fevereiro de 2024
RODRIGO ANDRE Assinado de forma digital por
RODRIGO ANDRE BARBOSA
BARBOSA BRANDAO:88925714191
BRANDAO:88925714191 Dados: 2024.02.09 08:35:26 -03'00'
________________________________________________
RODRIGO ANDRÉ BARBOSA BRANDÃO

Green Z – Crédito Rural e Licenciamento – CNPJ: 37.380.909/0001-22


Elaboração de Projetos Agropecuários e Licenciamento Ambiental
Rua Adolf Jonh Terry, N° 697, Centro, Corrente – PI, Tel: (89) 99972-9894
Página 1/1

Termo de Responsabilidade Técnica - TRT


Lei n° 13.639, de 26 de MARÇO de 2018 CFTA TRT OBRA / SERVIÇO
Nº BR20240400637
Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas
INICIAL

1. Responsável Técnico
LUIZ HENRIQUE LUSTOSA ROCHA
Título profissional: TÉCNICO AGRÍCOLA EM AGROPECUÁRIA Registro CFTA: 05675225390

2. Contratante
Contratante: RODRIGO ANDRÉ BARBOSA BRANDÃO CPF/CNPJ: 889.257.141-91
ALAMEDA AL. DOS JASMINS NR, RESIDENCIAL TERRAS DE TOSCANA QD. 11 LT. 06, JATAI Nº: 262
Complemento: Bairro: RESIDENCIAL TERRAS DE TOSCANA
Cidade: JATAÍ UF: GO CEP: 75806890
País: Brasil
Telefone: Email:
Contrato: Não especificado Celebrado em:
Valor: R$ 1.000,00 Tipo de contratante: PESSOA FISICA
Ação Institucional: NENHUM

3. Dados da Obra/Serviço
Proprietário: RODRIGO ANDRÉ BARBOSA BRANDÃO CPF/CNPJ: 889.257.141-91
FAZENDA FORTALEZA Nº: S/N
Complemento: Bairro: ZONA RURAL
Cidade: MONTE ALEGRE DO PIAUÍ UF: PI CEP: 64940000
Telefone: Email:
Coordenadas Geográficas: Latitude: -9.393060 Longitude: -44.574228
Data de Início: 02/04/2024 Previsão de término: 02/04/2026
Finalidade: Ambiental

4. Atividade Técnica
2 - EXECUÇÃO Quantidade Unidade
101 - LICENCIAMENTO AMBIENTAL > DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL -> DE 6.296,2700 ha
DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL -> #CM105 - DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
101 - LICENCIAMENTO AMBIENTAL > GESTÃO AMBIENTAL -> DE GESTÃO AMBIENTAL -> 6.296,2700 ha
#CM772 - LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Após a conclusão das atividades técnicas o profissional deverá proceder a baixa deste TRT

5. Observações
Gestão e diagnóstico ambiental, estudos, licenciamento e interação com órgãos ambientais.

6. Declarações

7. Entidade de Classe
CRTA/CFTA (Valor Padrão)

8. Assinaturas
Declaro serem verdadeiras as informações acima Responsável Técnico: LUIZ HENRIQUE LUSTOSA ROCHA - CPF:
056.752.253-90
Corrente - PI ________
________________, 03 de ___________________
abril 2024
de ________ PP
Local data Contratante: RODRIGO ANDRÉ BARBOSA BRANDÃO - CPF: 889.257.141-91

9. Informações

10. Valor
Valor do TRT: R$ 41,54 Pago em: 02/04/2024 Nosso Número: 8203666264

A validade deste TRT pode ser verificada em: http://corporativo.sitag.org.br/publico/, com a chave: zx0ad
Impresso em: 03/04/2024 às 08:12:55 por: , ip: 45.237.1.233

www.cfta.org.br [email protected]
CFTA
Conselho Federal dos Técnicos
Tel: 0800 121 9999 Agrícolas
A B C D E

45°5'0"W 45°4'0"W 45°3'0"W 45°2'0"W 45°1'0"W 45°0'0"W 44°59'0"W 44°58'0"W 44°57'0"W 44°56'0"W 44°55'0"W 44°54'0"W 44°53'0"W 44°52'0"W 44°51'0"W 44°50'0"W

µ
9°38'0"S

9°38'30"S
Rio Contrato
1 1
9°39'0"S

9°39'30"S
9°40'0"S

9°40'30"S
9°41'0"S

2 2

9°41'30"S
9°42'0"S

9°42'30"S
é ia
r gu
Gu
Rio
9°43'0"S

3 3

9°43'30"S
0 1 2 4 6 8
9°44'0"S

km
45°5'0"W 45°4'0"W 45°3'0"W 45°2'0"W 45°1'0"W 45°0'0"W 44°59'0"W 44°58'0"W 44°57'0"W 44°56'0"W 44°55'0"W 44°54'0"W 44°53'0"W 44°52'0"W 44°51'0"W 44°50'0"W

PA
Uso e cobertura da terra do empreendimento
Currais
Baixa Grande do Ribeiro Convenções Cartográficas
4 4
Bom Jesus Sistema de Coordenadas Geográficas
Elipsóide e Datum: SIRGAS 2000 - Zona: 23S
MA
CE
Área Total (6290,49 ha)
Área a Suprimir (3748,66 ha)
Santa Filomena
Elaboração: Setor de Geoprocessamento da Green Z
Curso D'água 2 m (10,86 ha)
Redenção do Gurguéia

APP de 30m (curso d'água) (163,88 ha) Responsabilidade Técnica:


Monte Alegre do Piauí

TO
PI
PE Área a Regularizar (487,18 ha) Empreendimento: Data: Maio de 2024
5 Fazenda Fortaleza Escala: Indicada 5
Gilbués
Barreiras do Piauí
Curimatá
Reserva Legal - RL (1890,86 ha)
Barreiras do Piauí
Riacho Frio
Elaboração: Órgão Licenciador:
TO
BA
¯ São Gonçalo do Gurguéia
¯
Parnaguá

A B C D E

Você também pode gostar