PROVA DE HISTÓRIA - Cassiano
PROVA DE HISTÓRIA - Cassiano
PROVA DE HISTÓRIA - Cassiano
a) são citadas diversas riquezas coloniais oriundas da América Central que foram
exploradas pela metrópole portuguesa.
b) são indicados diversos produtos que equilibraram a balança de comércio entre a
Coroa espanhola e suas colônias na América.
c) é percebida uma das motivações da exploração mercantilista ibérica: o
metalismo.
d) é constatada a necessidade ibérica da importação de mão de obra escrava e
indígena para suas manufaturas.
e) é mostrado um sistema de produção, com base escravista, que originou a
encomenda utilizada pelo colonialismo lusitano
A à procura de soluções para a crise do feudalismo. Governos e setores da burguesia mercantil e da nobreza
interessavam-se, dentre outras coisas, em encontrar novas rotas marítimas que os levassem às regiões das
especiarias orientais; em buscar metais preciosos, matéria-prima para a manutenção do comércio e cunhagem das
moedas; em encontrar novas terras para uma nobreza territorial enfraquecida com a crise feudal; em descobrir
matérias-primas e produtos exóticos com valor no comércio europeu. Todo esse processo acabaria também por
fortalecer os soberanos modernos e a Igreja Católica, que perdia fiéis com o processo das reformas religiosas.
Garantir a posse de terras a oeste do Atlântico que pertenceriam a Portugal, segundo o Tratado de Tordesilhas,
como estratégia para controle da rota atlântica que levava às Índias. Dois dos motivos:
• busca de especiarias
• propagação da fé católica
3) Desde cedo, aprendemos, em casa ou na escola, que o Brasil foi descoberto por
Pedro Álvares Cabral, em abril de 1500. Esse fato constitui um dos episódios da
expansão marítima portuguesa, iniciada em princípios do século XV. Para entendê-
la, devemos começar pelas transformações ocorridas na Europa Ocidental, a partir
de uma data situada em torno de 1150.”
Boris Fausto. História do Brasil
Entre as transformações citadas no texto, e que se encontram entre as causas
da expansão marítima europeia no século XV, podemos, corretamente, citar:
Segundo o excerto:
A) a brutalidade das ações militares era incentivada pelos senadores romanos.
B) o conceito de imperialismo foi criado a partir do expansionismo romano.
C) os romanos celebraram acriticamente a conquista de outros territórios.
D) a violência cotidiana era estimulada nos territórios ocupados pelos romanos.
E) os povos dos territórios ocupados pelos romanos eram militarizados.
7) Roma não era apenas o parente mais violento da Grécia Clássica, não estava
apenas comprometida com engenharia, eficiência militar e absolutismo, enquanto
os gregos haviam preferido a especulação intelectual, o teatro e a democracia.
(Mary Beard. SPQR: uma história da Roma antiga. São Paulo, 2017. Adaptado.)
10) Embora a Igreja da Inglaterra tenha passado por uma espécie de Reforma no
curso do século XVI, continuava, quase cem anos depois do rompimento com
Roma, longe de ser uma igreja "protestante". Como não se registrara mudança
religiosa fundamental, muita gente da Inglaterra fazia restrições ao formalismo da
liturgia anglicana, à forma episcopal de governo eclesiástico e à falta de interesse
de inúmeros párocos pelo bem estar de seus paroquianos. A esses fiéis da Igreja
da Inglaterra que insistiam em nova reforma se deu o nome de Puritanos. A
perseguição movida aos puritanos, pelos reis da Inglaterra, foi terrível. Um grupo de
puritanos, em 1620, embarca para a América e começa, assim, a colonização dos
territórios mais ao norte da colônia, região denominada de Nova Inglaterra. Dos 65
000 ingleses que vieram para a América e para as Antilhas no decurso da década
de 1630, cerca de 20 000, puritanos na maioria, emigraram para a Nova Inglaterra.
ROBERTSON, Ross M. História Econômica Americana. Rio de Janeiro: Record,
1967 (Adaptação).O excerto refere-se a um dos processos de colonização inglesa
da América, que se diferencia da natureza das colonizações do "Novo Mundo" por
Portugal e Espanha, considerando:
11) "O puritanismo era uma teoria política quase tanto quanto uma doutrina
religiosa. Por isso, mal tinham desembarcado naquela costa inóspita, (...) o primeiro
cuidado dos imigrantes (puritanos) foi o de se organizar em sociedade".
Esta passagem de A DEMOCRACIA NA AMÉRICA, de A. de Tocqueville, diz
respeito à tentativa
A ) malograda dos puritanos franceses de fundarem no Brasil uma nova sociedade,
a chamada França Antártida.
B ) malograda dos puritanos franceses de fundarem uma nova sociedade no
Canadá.
C ) bem-sucedida dos puritanos ingleses de fundarem uma nova sociedade no Sul
dos Estados Unidos.
D ) bem-sucedida dos puritanos ingleses de fundarem uma nova sociedade no
Norte dos Estados Unidos, na chamada Nova Inglaterra.
E ) bem-sucedida dos puritanos ingleses, responsáveis pela criação de todas as
colônias inglesas na América
13) No século XII, padres e guerreiros esperavam da dama que, depois de ter sido
filha dócil, esposa clemente, mãe fecunda, ela fornecesse em sua velhice, pelo
fervor de sua piedade e pelo rigor de suas renúncias, algum bafio de santidade à
casa que a acolhera. Ela, por certo, era dominada. Entretanto, era dotada de um
singular poder por esses homens que a temiam, que se tranquilizavam clamando
bem alto sua superioridade nativa, que a julgavam contudo capaz de curar os
corpos, de salvar as almas, e que se entregavam nas mãos das mulheres para que
seus despojos carnais depois de seu último suspiro fossem convenientemente
preparados e sua memória fielmente conservada pelos séculos dos séculos.
A partir do texto,
a) identifique dois papéis sociais exercidos pelas mulheres na Idade Média;
No contexto das relações familiares, o texto aponta para os papéis de filha, esposa e mãe. Neste
espaço devem estar submetidas aos valores cristão, preconizados pela Igreja, de submissão ao
universo masculino.
Ainda no contexto religioso, associado ao papel da Virgem Maria na afirmação do modelo cristão
medieval, assumiam papel central, seja nas relações domésticas ou no papel de beatas, na
construção da identidade medieval.
14) Uma família de Guarujá vivia angustiada nas últimas semanas com boatos
sobre uma sequestradora de crianças à solta na periferia da cidade do litoral
paulista. O medo naquela casa do bairro de Morrinhos era que a criminosa se
aproximasse de Fabiane Maria de Jesus, 33 anos de idade, casada e mãe de
duas filhas. “Se ela chegasse na minha irmã, tomava as crianças dela. Porque a
Fabiane é assim: se alguém começa a conversar com ela no ônibus, ela já conta a
vida inteira.” O desabafo, com os verbos no presente, é de Leidiane, 31 anos de
idade, irmã mais nova de Fabiane, linchada na semana passada por moradores de
Morrinhos após ser confundida com a tal sequestradora que nunca agiu no
município. O que se soube após a morte de Fabiane é que tudo não passava de
um boato. Um retrato falado feito em 2012 pela polícia do Rio de Janeiro foi
divulgado em uma página na Internet voltada à população de Guarujá e a falsa
informação levou pânico aos moradores. Na família de Fabiane, por exemplo,
apenas ela não dava muita atenção à história da “bruxa” que levava crianças para
rituais macabros. A mãe, Raimunda Maria de Jesus, 50 anos de idade, conta que
chegou a alertar a filha, mas Fabiane não acreditou na conversa. “Ela me disse:
‘Isso é coisa do satânico. Isso é mentira’.” A opinião de Fabiane, porém, era
minoria em casa e também em Morrinhos. Na tarde de sábado, dia 3, ela foi
cercada e atacada por uma multidão. Ao longo de pelo menos duas horas, nas
ruas de terra e nas palafitas do bairro, foi arrastada, levou chutes e pauladas e foi
jogada ao chão. Internada em estado crítico após as agressões, morreu às
6h40min de segunda-feira. O linchamento foi registrado em fotos e vídeos
gravados com celulares, o que já permitiu à polícia prender suspeitos de agredir
Fabiane, mãe das meninas Yasmin, 12 anos de idade, e Esther Nicolly, 1 ano de
idade.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, responda aos itens a
seguir.
a) Discorra sobre o que era considerado como “bruxaria” no contexto da
sociedade europeia entre a Baixa Idade Média e o início da Idade Moderna.
Na sociedade europeia, as “bruxas” eram acusadas de adulterar o controle divino da natureza. Tal ingerência se
daria por meio de palavras, gestos, objetos ou oferendas. Portanto, estavam sempre relacionadas com a dimensão
sobrenatural. O estereótipo foi construído, a partir do século XVI, por teólogos e magistrados. As bruxas eram
comumente acusadas de fazerem pactos demoníacos e realizarem feitos sobrenaturais, como voar pelos ares. Foi
com esse imaginário simbólico que acusações foram legitimadas e várias mulheres foram mortas em diversas
cidades da Europa até a chegada do Iluminismo. A bruxaria foi considerada uma prática demoníaca, e a mulher, o
principal agente do demônio. A “caça às bruxas” era realizada pelo Tribunal da Inquisição.
A degradação da imagem feminina, mulher foi reduzida a um objeto sem valor, portanto, sua vida era
passível de ser removida. Em períodos do passado, as bruxas vivenciaram a fogueira e as torturas corporais
dos mais variados níveis de intensidade.
Outro ponto era a banalização da condição humana da mulher com base no preconceito, cujos exemplos são
inúmeros: o estupro justificado como responsabilidade da mulher; a violência doméstica contra a mulher
ainda existente e crescente; a diferença entre salários de homens e mulheres; o preconceito contra as
mulheres que amamentam em público; a desqualificação realizada em relação às mulheres que atuam no
espaço político ou profissional; a propensão de se ter mais assédio sexual no trabalho em relação à mulher,
entre outros.
15) A cidade é [desde o ano 1000] o principal lugar das trocas econômicas que
recorrem sempre mais a um meio de troca essencial: a moeda. [...] Centro
econômico, a cidade é também um centro de poder. Ao lado do e, às vezes, contra
o poder tradicional do bispo e do senhor, frequentemente confundidos numa única
pessoa, um grupo de homens novos, os cidadãos ou burgueses, conquista
“liberdades”, privilégios cada vez mais amplos. Jacques LeGoff. São Francisco de
Assis. Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado. O texto trata de um período em
que:
A) Os fundamentos do sistema feudal coexistiam com novas formas de
organização política e econômica, que produziam alterações na hierarquia
social e nas relações de poder.
B) O excesso de metais nobres na Europa provocava abundância de moedas, que
circulavam apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e dos comerciantes
internacionais.
C) O anseio popular por liberdade e igualdade social mobilizava e unificava os
trabalhadores urbanos e rurais e envolvia ativa participação de membros do baixo
clero.
D) À igreja romana, que se opunha ao acúmulo de bens materiais, enfrentava forte
oposição da burguesia ascendente e dos grandes proprietários de terras.
E) As principais características do feudalismo, sobretudo a valorização da terra,
haviam sido completamente superadas e substituídas pela busca incessante de
lucro e pela valorização do livre comércio.
16) Observemos apenas que o sistema dos feudos, a feudalidade, não é, como se tem dito
frequentemente, um fermento de destruição do poder. A feudalidade surge, ao contrário,
para responder aos poderes vacantes. Forma a unidade de base de uma profunda
reorganização dos sistemas de autoridade […].
(Jacques Le Goff. Em busca da Idade Média, 2008.)
Segundo o texto, o sistema de feudos
(Georges Duby. Ano 1000, ano 2000: na pista de nossos medos, 1998. Adaptado.)
O texto revela, em relação à Idade Média ocidental: