Contemporânea 063
Contemporânea 063
Contemporânea 063
Contemporary Journal
Vol.4 No.2: 01-27, 2024
ISSN: 2447-0961
Artigo
DOI: 10.56083/RCV4N2-063
Originals received: 01/02/2024
Acceptance for publication: 02/10/2024
ABSTRACT: The aim of this research was to carry out a floristic study of the
climbing vine species in Parque das Palmeiras, located in the municipality of
Maringá -Pr. It is an area with vegetation classified as Semideciduous
Seasonal Forest. The study of this topic is important to understand how the
overabundance of climbing plants can be an environmental bioindicator in
disturbed forest areas. The main results found were: a) among the species
of climbing plants present in the park, the Bignoniaceae family stood out, the
species with the most occurrences being Adenocalymma marginatum,
Fridericia chica, Stizophillum perforatum and Mansoa difficilis, which are
species with a tendril habit; b) the main species of climbing plants found in
the park have a voluble habit, i.e. they are species that need another support
to curl up; c) the intense vegetative aspect of the creepers can be considered
to limit the regeneration of the climatic forest, as these plants prevent the
regeneration process of slower-growing native species, which are unable to
compete with the very rapid development of the vegetation cover by the
creepers; d) the Momordica charantia L species appeared 33 times
throughout the plots, mainly in areas with a high degree of anthropization,
on the edges of the fragment with a lot of clearings.
1. Introdução
2. Referencial Teórico
Segundo Nigro (2016), “as áreas verdes públicas sofrem com a falta
de recursos, na maioria das vezes”; com isso, é necessário que, ao inserir
áreas verdes no meio urbano (antrópico), devem garantir um local de acesso
de qualidade para a população.
Essas áreas verdes exigem um olhar atento para sua conservação; um
exemplo é o parque em estudo nessa pesquisa que está cada vez mais
degradado pela falta de uma gestão eficiente, tendo a necessidade de uma
restauração florestal com melhor acompanhamento, nas áreas que foram e
estão sendo degradadas por ação antrópica.
A área vem passando por um processo de recuperação das áreas
degradadas pelo incêndio de 2021, mas nota-se que o acompanhamento das
áreas com replantio de espécies nativas e outras adequadas à recuperação
não vem ocorrendo de modo contínuo, havendo eventual sufocamento das
plantas estaqueadas por plantas invasoras mais rústicas.
De acordo com Loboda e Angelis (2005), existem problemas na
conservação dos espaços verdes, nas cidades brasileiras: há desorganização
nas medidas de conservação, poucos recursos econômicos, falta de mão-de-
obra, eventualmente uma gestão pública que não está preparada para a
interação entre meio natural e o meio urbano.
Nesta pesquisa optamos por trabalhar o conceito de áreas verdes
discutido por Lima et al. (1994), já utilizado por Cavalheiro (1999), na qual
áreas verdes são as com predominância de vegetação arbórea e engloba os
parques urbanos.
Segundo Polisel (2017), o interesse por esse grupo tem crescido nos
últimos anos, devido a um eminente “paradoxo”. De um lado a importância
ecológica das plantas trepadeiras em diferentes tipos de vegetação (Putz
1984; Sfair et al. 2010) e, também o seu potencial em se tornar
hiperabundante em florestas desequilibradas, prejudicando a regeneração e
a estrutura de remanescentes florestais (César et al. 2016), que é o caso da
área de estudo, que sofre diretamente com a ação antrópica e incêndio na
área.
Normalmente, a abundância de plantas trepadeiras é relacionada às
bordas de florestas, margens de cursos de água, clareiras e áreas sob
influência antrópica. Contudo, também representam um componente
significativo da vegetação do interior das matas (BARROS; RIBAS;
ARAÚJO,2009).
A relação observada na área de estudo evidencia uma forte presença
de atividades humanas, por ser um parque urbano, utilizado no cotidiano
pela população para lazer e caminhadas. Os espaços florestados sofrem ação
externa da área que a circunda; o efeito de borda é uma interação de
ecossistemas adjacentes separados por uma transição abrupta (GIMENES E
ANJOS,2003).
O aumento de luminosidade próximo às bordas estimula o crescimento
das plantas quanto às taxas de reprodução. Frequentemente, a abundância
de trepadeiras, principalmente aquelas de diâmetro menor do caule, é
aumentada como resposta a este fator (LAURENCE,1997).
As plantas trepadeiras são plantas que desenvolvem o hábito trepador,
ou seja, são plantas que na maior parte dos casos germinam no solo e
mantém enraizadas por toda vida, mas esse crescimento depende da
sustentação fornecida por outras plantas, pois não se sustenta sozinha
4. Resultados e Discussão
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Figura 4: Áreas com ocorrência de incêndio no Parque das Palmeiras, Maringá - Pr.
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Números de Espécies
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5. Considerações Finais
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DIAS, A. S.; SFAIR, J. C.; Associação entre árvores e lianas. In: VILLAGRA,
B. L P.; MELO, M. M. R. F.; et al. Diversidade e conservação de
trepadeiras: contribuição para restauração de ecossistemas
brasileiros. São Paulo: Instituto de Botânica de São Paulo, 2014. p. 163-
176.
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