Contemporânea 063

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Contemporânea

Contemporary Journal
Vol.4 No.2: 01-27, 2024
ISSN: 2447-0961

Artigo

LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DE ESPÉCIES DE


TREPADEIRAS NO PARQUE DAS PALMEIRAS - MARINGÁ -
PR

FLORISTIC SURVEY OF SPECIES OF CREEPERS IN PARQUE DAS


PALMEIRAS- MARINGÁ -PR

ESTUDIO FLORÍSTICO DE LAS ESPECIES TREPADORAS DEL


PARQUE DE PALMEIRAS - MARINGÁ -PR

DOI: 10.56083/RCV4N2-063
Originals received: 01/02/2024
Acceptance for publication: 02/10/2024

Amanda Honorato Marques


Mestranda em Geografia
Instituição: Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Endereço: Avenida Colombo, 5790, Zona 7, Maringá – PR, CEP: 87023-900
E-mail: [email protected]

Maria Eugênia Moreira Costa Ferreira


Doutora em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP)
Instituição: Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Endereço: Avenida Colombo, 5790, Zona 7, Maringá - PR, CEP: 87023-900
E-mail: [email protected]

RESUMO: Pretendeu-se com essa pesquisa realizar um estudo florístico das


espécies de trepadeira, no Parque das Palmeiras, localizado no município de
Maringá -Pr. É uma área com vegetação classificada como Floresta Estacional
Semidecidual. O estudo deste tema é importante para compreender como a
superabundância de plantas trepadeiras, e que pode seu um bioindicador
ambiental em áreas florestais perturbadas. Os principias resultados
encontrados foram:a) dentre as espécies de trepadeiras presente no parque,
destacou-se a família Bignoniaceae , sendo as espécies com mais ocorrência
a Adenocalymma marginatum, Fridericia chica, Stizophillum perforatum e
Mansoa difficilis que são espécies com hábito de gavinhas; b) as principais
espécies de trepadeiras encontradas no parque têm o hábito volúvel, ou seja,
são espécies que precisam de outro suporte para se enrolarem; c) o intenso

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aspecto vegetativo das trepadeiras podem ser considerado como limitador
da regeneração da floresta climática, pois essas plantas impedem o processo
de regeneração de espécies nativas de crescimento mais lento, incapazes de
competir com o desenvolvimento muito rápido da cobertura vegetal
efetivado pelas trepadeiras; d) a espécie de Momordica charantia L, teve sua
aparição 33 vezes, ao longo das parcelas, sendo principalmente nas áreas
com bastante grau de antropização, em bordas do fragmento com bastante
clareiras.

PALAVRAS-CHAVE: Espécies de Trepadeiras, Ação Antrópica, Áreas


Verdes.

ABSTRACT: The aim of this research was to carry out a floristic study of the
climbing vine species in Parque das Palmeiras, located in the municipality of
Maringá -Pr. It is an area with vegetation classified as Semideciduous
Seasonal Forest. The study of this topic is important to understand how the
overabundance of climbing plants can be an environmental bioindicator in
disturbed forest areas. The main results found were: a) among the species
of climbing plants present in the park, the Bignoniaceae family stood out, the
species with the most occurrences being Adenocalymma marginatum,
Fridericia chica, Stizophillum perforatum and Mansoa difficilis, which are
species with a tendril habit; b) the main species of climbing plants found in
the park have a voluble habit, i.e. they are species that need another support
to curl up; c) the intense vegetative aspect of the creepers can be considered
to limit the regeneration of the climatic forest, as these plants prevent the
regeneration process of slower-growing native species, which are unable to
compete with the very rapid development of the vegetation cover by the
creepers; d) the Momordica charantia L species appeared 33 times
throughout the plots, mainly in areas with a high degree of anthropization,
on the edges of the fragment with a lot of clearings.

KEYWORDS: Climbing Species, Anthropogenic Action, Green Areas.

RESUMEN: El objetivo de esta investigación fue realizar un estudio florístico


de las especies de plantas trepadoras del Parque das Palmeiras, localizado
en el municipio de Maringá -Pr. Es un área con vegetación clasificada como
Floresta Estacional Semidecidua. El estudio de este tema es importante para
entender cómo la sobreabundancia de plantas trepadoras puede ser un
bioindicador ambiental en áreas forestales perturbadas. Los principales
resultados encontrados fueron a) entre las especies de plantas trepadoras
presentes en el parque, se destacó la familia Bignoniaceae, siendo las
especies con mayor ocurrencia Adenocalymma marginatum, Fridericia chica,
Stizophillum perforatum y Mansoa difficilis, que son especies con hábito
zarcillo; b) las principales especies de plantas trepadoras encontradas en el

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parque tienen hábito voluble, o sea, son especies que necesitan de otro
soporte para enroscarse; c) el intenso aspecto vegetativo de las trepadoras
puede considerarse un factor limitante en la regeneración del bosque
climácico, ya que estas plantas impiden el proceso de regeneración de las
especies autóctonas de crecimiento más lento, que no pueden competir con
el rapidísimo desarrollo de la cubierta vegetal por parte de las trepadoras;
d) la especie Momordica charantia L apareció 33 veces a lo largo de las
parcelas, principalmente en zonas con un alto grado de antropización, en los
bordes del fragmento con muchos claros.

PALABRAS CLAVE: Especies Trepadoras, Acción Antropogénica, Zonas


Verdes.

1. Introdução

Os problemas ambientais decorrentes da eliminação da cobertura


vegetal são, em dias atuais, materializados pela perda da biodiversidade e
afetam drasticamente os ecossistemas. O ambiente urbano pode ser
considerado um dos ambientes mais alterados pela ação antrópica. Assim,
sendo resquícios de áreas naturais em meio ao cotidiano das cidades, as
áreas verdes urbanas são tão importantes para a qualidade de vida, o lazer,
a saúde mental e a educação ambiental.
O estudo do verde urbano é considerado um bioindicador da otimização
dos ecossistemas. A vegetação urbana influencia positivamente o clima local,
a qualidade do ar, a capacidade de infiltração das águas pluviais no solo, e
ainda atua diretamente na estética e na vida social do município.
Nesse contexto, o município de Maringá se destaca, pois conta com
uma extensa área verde urbana: no total, são 19 áreas verdes que, juntas,
formam uma imensa floresta com 1,8 milhão de metros quadrados, dentro
do perímetro urbano de Maringá (PREFEITURA DE MARINGÁ, 2020). Ainda

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que o município possua o título de “Cidade Verde”, as condições em que se
encontram a maior parte das áreas verdes do município indicam problemas
majoritariamente associados à manutenção de infraestrutura.
O Parque das Palmeiras, local onde a pesquisa foi realizada, está
situado na área urbana da cidade de Maringá -Pr. O parque está inserido no
Bioma Mata Atlântica e na região fitogeográfica da Floresta Estacional
Semidecidual.
Mas, o termo mais adequado para esse parque, seria de Área
protegida, porque os parques municipais não se enquadram dentro das
categorias Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza
(SNUC); esses parques urbanos de Maringá são fragmentos florestais em
área urbana com características eventualmente voltadas ao uso público;
estes, necessitam de ações de conservação e manejo e devem ser tratadas
como áreas protegidas. Mas a maior parte dessas 19 áreas protegidas são
cercadas e fechadas ao uso interno público.
Segundo Moreira (2014) a colonização no Norte do Paraná foi marcante
na substituição das paisagens naturais pela lavoura e pelo crescimento
urbano. “O processo de ocupação do chamado Norte Novo, aconteceu de
uma maneira muito rápida” (BRAGUETO, 2007, p.162). Com esse processo
de colonização, a vegetação vem paulatinamente sofrendo prejuízos,
ocasionando uma grande perda na biodiversidade, e dificultando o processo
de regeneração deste ambiente.
O Parque das Palmeiras, local da realização da pesquisa, está situado
na área urbana da cidade de Maringá -PR. O parque está inserido no Bioma
Mata Atlântica e na região fitogeográfica da Floresta Estacional Semidecidual.
O Parque das Palmeiras é um parque municipal de Maringá, tendo sido criado
pela Lei n°. 351/93 e declarado como unidade de conservação na categoria
de Parque Municipal através do decreto Municipal n°.504/94.
O Parque sofreu um incêndio em 2021 que afetou a paisagem em
diferentes locais ao longo da sua extensão, de forma que, muitas árvores do

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estrato arbóreo inferior e do estrato arbóreo superior morreram e cederam
espaço para o expressivo desenvolvimento da vegetação arbustiva e de
plantas trepadeiras.
Pretendeu-se, nesta pesquisa, investigar não o sistema em todos os
seus componentes, mas especialmente o desequilíbrio da dinâmica vegetal,
considerando as trepadeiras, como um indicativo desse desequilíbrio, através
do efeito de borda interna, ocasionado pela abertura de trilhas, e
consequentemente os incêndios (por ação antrópica) em partes do Parque
das Palmeiras.

2. Referencial Teórico

2.1 O Verde e o Urbano

Consideramos que o estudo das áreas verdes é uma variável integrante


na estruturação urbana. No entanto, o conhecimento da formação urbana só
é possível se analisarmos cada variável específica (LOBODA,2003).
Entendemos que uma cidade é um sistema antrópico; assim, o
planejamento da paisagem urbana é importante para gerenciar as questões
das áreas naturais dentro do sistema urbano, tanto do ponto de vista da
conservação de fragmentos florestais, como da criação de outras áreas do
espaço público, como praças e parques, áreas de lazer ou esportivas,
culturais, dentre outras.
O Parque das Palmeiras na cidade de Maringá-Pr, como local de estudo
desta pesquisa, é uma área verde situada no meio urbano, na qual esse
espaço público deve oferecer aos cidadãos condições de uso, seja para seu
lazer, melhoria da qualidade ambiental ou mental. Conforme diz Loboda e
Angelis (2005):

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A qualidade de vida urbana está diretamente atrelada a vários fatores
que estão reunidos na infraestrutura, no desenvolvimento
econômico-social e àqueles ligados à questão ambiental. No caso do
ambiente, as áreas verdes públicas constituem-se elementos
imprescindíveis para o bem-estar da população, pois influencia
diretamente a saúde física e mental da população (LOBODA;
ANGELIS,2005, p. 131).

Segundo Nigro (2016), “as áreas verdes públicas sofrem com a falta
de recursos, na maioria das vezes”; com isso, é necessário que, ao inserir
áreas verdes no meio urbano (antrópico), devem garantir um local de acesso
de qualidade para a população.
Essas áreas verdes exigem um olhar atento para sua conservação; um
exemplo é o parque em estudo nessa pesquisa que está cada vez mais
degradado pela falta de uma gestão eficiente, tendo a necessidade de uma
restauração florestal com melhor acompanhamento, nas áreas que foram e
estão sendo degradadas por ação antrópica.
A área vem passando por um processo de recuperação das áreas
degradadas pelo incêndio de 2021, mas nota-se que o acompanhamento das
áreas com replantio de espécies nativas e outras adequadas à recuperação
não vem ocorrendo de modo contínuo, havendo eventual sufocamento das
plantas estaqueadas por plantas invasoras mais rústicas.
De acordo com Loboda e Angelis (2005), existem problemas na
conservação dos espaços verdes, nas cidades brasileiras: há desorganização
nas medidas de conservação, poucos recursos econômicos, falta de mão-de-
obra, eventualmente uma gestão pública que não está preparada para a
interação entre meio natural e o meio urbano.
Nesta pesquisa optamos por trabalhar o conceito de áreas verdes
discutido por Lima et al. (1994), já utilizado por Cavalheiro (1999), na qual
áreas verdes são as com predominância de vegetação arbórea e engloba os
parques urbanos.

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2.2 Plantas Trepadeiras

Segundo Polisel (2017), o interesse por esse grupo tem crescido nos
últimos anos, devido a um eminente “paradoxo”. De um lado a importância
ecológica das plantas trepadeiras em diferentes tipos de vegetação (Putz
1984; Sfair et al. 2010) e, também o seu potencial em se tornar
hiperabundante em florestas desequilibradas, prejudicando a regeneração e
a estrutura de remanescentes florestais (César et al. 2016), que é o caso da
área de estudo, que sofre diretamente com a ação antrópica e incêndio na
área.
Normalmente, a abundância de plantas trepadeiras é relacionada às
bordas de florestas, margens de cursos de água, clareiras e áreas sob
influência antrópica. Contudo, também representam um componente
significativo da vegetação do interior das matas (BARROS; RIBAS;
ARAÚJO,2009).
A relação observada na área de estudo evidencia uma forte presença
de atividades humanas, por ser um parque urbano, utilizado no cotidiano
pela população para lazer e caminhadas. Os espaços florestados sofrem ação
externa da área que a circunda; o efeito de borda é uma interação de
ecossistemas adjacentes separados por uma transição abrupta (GIMENES E
ANJOS,2003).
O aumento de luminosidade próximo às bordas estimula o crescimento
das plantas quanto às taxas de reprodução. Frequentemente, a abundância
de trepadeiras, principalmente aquelas de diâmetro menor do caule, é
aumentada como resposta a este fator (LAURENCE,1997).
As plantas trepadeiras são plantas que desenvolvem o hábito trepador,
ou seja, são plantas que na maior parte dos casos germinam no solo e
mantém enraizadas por toda vida, mas esse crescimento depende da
sustentação fornecida por outras plantas, pois não se sustenta sozinha

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devido a seu peso em relação à pequena área da secção do caule;
(LIMA,2013).
Esse grupo de plantas é classificado como das trepadeiras herbáceas
(cujas espécies apresentam caules delgados ou sublenhosos) ou
semilenhosas e lenhosas (manifestam caule de maior diâmetro devido ao
superior desenvolvimento do lenho); estas duas últimas são chamadas lianas
ou cipós. Podem aderir a outras plantas por meio de gavinhas ou enrolando-
se nos troncos e caules de árvores, em espiral dextrosa ou sinistrosa e
volúvel. Em outros casos são apenas escandentes, apoiando-se em outras
plantas.
O aparecimento de trepadeiras em um ambiente pode ser um indicativo
de degradação ambiental, ou seja, acarretando efeitos negativos para outras
espécies vegetais como o sombreamento, problemas estruturais e a taxa de
crescimento da planta hospedeira. Mas, não se pode inferir a estas plantas
como uma causa primária de degradação, visto que seu aparecimento está
intimamente ligado a perturbações antrópicas do meio (DIAS; SFAIR,2014).
O Parque das Palmeiras é uma área com uma vegetação nativa
alterada, e uma área que sofreu diretamente com impactos antrópicos e,
consequentemente, geraram-se áreas com mais clareiras (luminosidade),
áreas degradadas por ação antrópica, e com isso, podemos observar o
hiperdesenvolvimento de algumas espécies de trepadeiras no parque.
Ainda assim, as trepadeiras de crescimento espontâneo podem sufocar
as plantas de apoio às mesmas. Elas precisam de forófitos para sua
sustentação e os utilizam para chegar ao dossel em busca de luminosidade,
o que acarreta problemas estruturais ao hospedeiro como diminuição do
crescimento, fecundidade e até mesmo aumento de taxa de mortalidade das
plantas de apoio (DIAS; SFAIR,2014).

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3. Procedimentos metodológicos

Pretendeu-se, nesta pesquisa realizar um levantamento florístico de


trepadeiras, levando em consideração as intervenções antrópicas e distúrbio
recentes, como é caso das queimadas que aconteceram na área. Para chegar
aos objetivos foram seguidos os seguintes procedimentos: levantamento
bibliográfico, levantamentos de campo e atividades em gabinete.

4. Resultados e Discussão

4.1 Área de Estudo

O Parque Florestal Municipal das Palmeiras – PMP (Figura 1), é


reconhecido pela Lei nº 3.513/1993 e pelo Decreto nº 504/1994, está
localizado no bairro Jardim Vitória, município de Maringá – Paraná. Trata-se
de uma área protegida de forma retangular, com uma área de 61.134,48 m²
(6,113 ha.), situada entre as Avenidas São Judas Tadeu e as ruas
Flamboyant, Ébano e Jequitibá.

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Figura 1 - Localização geográfica da área de estudo.

Fonte: Amanda Marques, 2023.

A formação geológica que constitui o substrato rochoso da área de


estudo é o Grupo São Bento - Formação Serra Geral. A Formação Serra Geral
é formada por rochas basálticas, segundo Pinese e Nardy (2003), descrevem
que essa litologia se originou de um extenso evento vulcânico que
caracterizou um derrame de lavas basálticas que recobriu aproximadamente
75% da superfície da Bacia Sedimentar do Paraná.
A área de estudo pertence ao município de Maringá, na qual está
inserido no Terceiro Planalto Paranaense (Figura 3), com unidade
morfoestrutural da Bacia Sedimentar do Paraná.
O Terceiro Planalto Paranaense divide-se em subunidades
morfoesculturais sendo, para a área de Maringá, três dessas unidades: o
denominado Planalto de Maringá, Planalto de Apucarana e Planalto de Campo
Mourão, mas subunidade morfoescultural do Planalto de Maringá é a que
apresenta maior área dentro do município de Maringá. Apresenta o relvo com

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declividade, em sua maioria, menor que 6% com forma formas
predominantes de topos alongados e aplainados de vertentes convexas e
vales em “v”, modeladas em rochas da formação Serra Geral. Devido a isso,
o relevo possui um gradiente de 400 metros de altitude, variando entre 340
de mínima e 740 de máxima (MINEROPAR,2006).

Figura 2 – Geomorfologia da área de estudo.

Fonte: Amanda Marques,2023.

Pinese e Nardy (2003) dividem as rochas vulcânicas do Terceiro


Planalto Paranaense em três tipos litológicos distintos: basaltos e andesitos
toleíticos; riodacitos e riolitos do tipo Palmas; quartzo latitos e riolitos do tipo
chapecó. Sendo, a de maior distribuição e mais tradicional é as rochas
vulcânicas de basaltos, a área de estudo em quase sua totalidade
corresponde a basalto, com cores em geral preta e cinza escura, cinza
esverdeada a castanho-escuro e tons mais claros quando alterados
(SALA,2005).

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O município de Maringá, situa-se em uma zona de transição climática
tropical/e subtropical. O estado do Paraná, sofre a ação das massas de ar
quentes e frias, em especial as massas de ar tropical marítimo e polar. O
encontro entre essas duas massas de ar gera irregularidade, tornando o
tempo instável e geralmente chuvoso.
O clima do estado do Paraná é influenciado pelas correntes perturbadas
do sul, que são as frentes polares, enquanto as correntes do noroeste são
típicas de circulação atmosférica tropical, e são restritas às regiões norte e
oeste do estado.
O sul do Brasil é cortado pelo Trópico de Capricórnio; essa linha
imaginária atravessa o município de Maringá.
De acordo com classificação de Köppen (1948), o tipo de clima
predominante é Cfa (clima mesotérmico úmido, com verão quente) de
transição para o Cwa, (subtropical úmido mesotérmico com verões quentes,
chuvas concentradas e geadas pouco frequentes). A área de estudo está
localizada geograficamente no clima Cfa.
As chuvas são bem distribuídas ao longo dos anos no município, com
uma ligeira diminuição nos meses de inverno. As geadas não são frequentes.
A umidade relativa do ar varia de 18.8% no inverno a 24.3% no verão
(CARFAN; NERY,2005).
Segundo Montanher e Minaki (2020), as médias mensais de
precipitação indicam um padrão de chuvas mais volumosas nos meses de
dezembro, janeiro e fevereiro e menores nos meses de julho e agosto. Mas,
além desse padrão também há máximos em maio e outubro, relacionados
com as estações de transição (outono e primavera); o desvio-padrão em
todos os meses é alto, o que mostra uma variabilidade interanual de
precipitação.
Segundo Montanher e Minaki (2020), as médias mensais de
precipitação é um padrão conhecido do município, de chuva mais volumosas
nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro e menores nos meses de julho

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e agosto. Mas, além desse padrão também há máximos em maio e outubro,
relacionado com as estações de transição (outono e primavera), o desvio-
padrão em todos os meses é alto, o que mostra uma variabilidade interanual
de precipitação.
Os solos identificados na área de estudo (Figura 5), são formados a
partir da alteração de rochas de origem eruptivas básicas do derrame do
Trapp, conhecido como basalto. Esses solos até ano de 1999, eram
denominados como Terra Roxa Estruturada e Latossolo Roxo. Após esse ano,
são reconhecidos como Latossolos Vermelhos Eutroférricos ou distroférricos
e Nitossolo Eutroférricos e distroférricos (EMPRAPA,1984;2013).
Esses dois solos, ambos de textura argilosa ocupam a maior parte da
área do município de Maringá, sendo solos profundos e bem drenados de
coloração vermelha-arroxeada, apresentam uma boa permeabilidade e
elevada capacidade de retenção de água e nutrientes (SALA,2005).
O Bioma Mata Atlântica é uma área que compreende aproximadamente
13% do território brasileiro, presente em 17 estados. A cobertura original
era de 1.315.000 km², é um bioma no qual se inserem vários ecossistemas
florestais, que apresenta grande índices de biodiversidade e de endemismo,
mas com o avanço das atividades econômicas como agricultura, pastagens,
cidades sobre áreas de vegetação nativa, vêm acontecendo uma
fragmentação dos ecossistemas e perdas na biodiversidade. (SEMA,2018)
Em dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente, a vegetação
remanescente era de 29% no ano de 2009; entretanto, o percentual de
remanescentes conservados é de apenas 12,4% segundo os últimos
levantamentos de 2016-2017, divulgados pela Fundação SOS Mata Atlântica
e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE (SEMA,2018).
A Mata Atlântica é extremamente importante tanto economicamente,
quanto ecologicamente. As diversidades de formações florestais encontradas
na Mata Atlântica ajudam, por exemplo, no clima e proteção do solo. Sete

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das nove maiores bacias hidrográficas brasileiras têm alguma inserção na
Mata Atlântica.
No Paraná, a área de abrangência do bioma Mata Atlântica engloba
98% do Estado, e se constitui de distintas unidades fitogeográficas: Floresta
Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista, Floresta Estacional Semidecidual,
Savana e Estepe (RODERJAN et al.,2002).
O processo de degradação, ocasionado pela ocupação antrópica,
acabou por reduzir a cobertura florestal nativa do Estado do Paraná para
apenas 10,5%, do que havia originalmente, considerando o período de
análise de 2005 até 2008 (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA; INPE, 2009).
Todos os ecossistemas florestais encontrados no Paraná foram degradados,
restando porções significativamente inferiores às originais (WILLIS, 1979;
BIERREGAARD; LOVEJOY, 1988; DURIGAN et al., 2000; CASTELLA; BRITEZ,
2004; FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA; INPE, 2009).
A Floresta Estacional Semidecidual (FES) tem sua formação
caracterizada por ocorrer em regiões em que existe uma sazonalidade do
regime de precipitação, o que acaba conferindo a perda de 20% a 50% das
folhas na estação mais seca (SEMA,2018). O conceito ecológico deste tipo
florestal é estabelecido em função da ocorrência de clima estacional que
determina a semideciduidade da folhagem da cobertura florestal.
Segundo Angelis et al. (2018) a expansão da atividade agrícola iniciada
no Norte do Paraná, a partir de 1920, em função da boa fertilidade solo,
trouxe a devastação da FES que rapidamente foi reduzida a pequenos
fragmentos florestais.
O município de Maringá foi um dos municípios que teve sua área
florestal mais devastada, estando atualmente entre aqueles com menor área
de florestas nativas do Estado, com apenas 3% de remanescentes no estágio
avançado da sucessão (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA; INPE, 2009). A
área de estudo está inserida no Bioma Mata Atlântica e na região
fitogeográfica da Floresta Estacional Semidecidual (Figura 2), o parque tem

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uma paisagem antropizada, composta principalmente por residência e
comércios no entorno.

Figura 3 - Fitogeografia da área de estudo.

Fonte: Amanda Marques,2023.

Em resultados obtidos recentemente no período de 2018-2020 conclui-


se que o Parque das Palmeiras, tem similaridade com outras áreas de
Florestas Estacional Semidecidual, encontradas regionalmente, no Norte e
Noroeste do estado do Paraná. Constatou-se que as famílias mais
representativas foram: Fabaceae, Asteraceae, Euphorbiaceae e Meliaceae,
de acordo com o autor, a Meliaceae foi a espécie com mais riqueza na coleta
e acervada (SILVA, no prelo).
Segundo Augusto (2011), a criação de unidades de conservação (no
sentido amplo) é uma forma reconhecida para garantir a proteção de
espécies e de ecossistemas. Dentro da UCs a categoria de divisões que são:

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parques nacionais, estaduais e municipais, reservas biológicas e extrativista,
refúgios biológicos, áreas de preservação permanente, dentre outros.
Porém, esse parque, assim como outros do espaço urbano de Maringá,
por ser um fragmento florestal em uma área urbana com características mais
voltadas ao uso público, necessita de ações de conservação e manejo e deve
ser tratado como área protegida (NIGRO,2020).

4.1 Levantamento Florístico

As coletadas de dados foram realizadas no ano de 2023, levaram-se


em consideração os fragmentos que possibilitavam analisar a expressiva da
florística das trepadeiras no parque. Através das bases cartográficas do
Google Satélite e Google Earth do ano de 2022, foi possível demarcar as
áreas com incidência de queimada (Figura 4).

Figura 4: Áreas com ocorrência de incêndio no Parque das Palmeiras, Maringá - Pr.

Fonte: Amanda Marques,2023.

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Observam-se os espaços florestados que sofrem ação externa da área
que a circunda, sendo que o efeito de borda é uma interação de ecossistemas
adjacentes separados por uma transição abrupta (GIMENES E ANJOS,2003).
Neste contexto, as áreas com vestígios das queimadas representam a
situação atual do parque, com bastante fragmentos com clareiras (maior
luminosidade); também, o aumento de luminosidade próximo às bordas
estimula o crescimento das plantas. Quanto às taxas de reprodução,
frequentemente, a multiplicação maior é de trepadeiras
Analisandos as imagens de satélites e com base nas visitas a campo,
foi aplicada a técnica de parcelas nas áreas que haviam sofrido o incêndio.
As 44 parcelas delimitadas, com dimensão 5m x 5m, e distanciamento de
10m entre parcelas, foram distribuídas nas áreas com vestígios de
queimadas, nos limites internos do parque (Figura 5).

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Figura 5: Coordenadas das parcelas

Fonte: Amanda Marques,2023.

Como podemos observar no mapa, as parcelas foram alocadas em cada


lado do parque, considerando as áreas maiores e com vestígios das
queimadas, e principalmente porque cada fragmento estava distribuído em
pontos diferentes do parque, contribuindo para a diversidade de espécies
encontradas.
Essas são as famílias coletadas através da técnica de parcelas, sendo
a Bignoniaceae família mais expressiva em termos de número de espécies
(Gráfico.1)

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Gráfico 1: Distribuição gráfica das famílias de trepadeiras identificadas no Parque das
Palmeiras, Maringá – Paraná.

8
7
Números de Espécies

6
5
4
3
2
1
0

Fonte: Amanda Marques,2023.

Essas são as famílias coletadas através da técnica de parcelas, sendo


a Bignoniaceae família mais expressiva em termos de número de espécies.
As espécies com mais ocorrência da família Bignoniaceae são:
Adenocalymma marginatum, Fridericia chica, Stizophillum perforatum e
Mansoa difficilis são espécies com hábito de gavinhas. A Bignoniaceae
configura a família mais rica na maioria dos estudos realizados em florestas
neotropicais, nas quais enquadram as Florestas Estacionas Semidecíduas,
que é o caso da área do estudo, dessa maneira, correndo sobre condições
climáticas e solos variados. Segundo Guerra; Streher; Ludtke (2014), a
Bignoniaceae está entre as famílias mais ricas nos levantamentos de
trepadeiras realizados no Sul do Brasil.
O quadro 1 existiu através das análises de campo e gabinete, na qual
foi importante para compreender as condições locais do ambiente em que as
espécies de trepadeiras estão se desenvolvendo, analisando em quais
ambientes são frequentes sua reprodução.

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Quadro 1: Levantamento florísticos de espécies de trepadeiras ocorrentes no Parque das
Palmeiras, Maringá (Paraná)
Família Espécie Origem
Acanthaceae Mendoncia puberula Mart. Nativa
Amaranthaceae Hebanthe erianthos (Poir.) Pedersen Nativa
Apocynaceae Apocynaceae sp.1 Juss. Nativa
Apocynaceae Apocynaceae sp.2 Juss. Nativa
Apocynaceae Gonolobus parviflorus Decne. Nativa
Apocynaceae Prestonia R.Br. Nativa
Aristolochiaceae Aristolochia elegans Mast. Nativa
Aristolochiaceae Aristolochia wendeliana Hoehne Nativa
Asteraceae Mikania glomerata Spreng. Nativa
Bignoniaceae Adenocalymma marginatum (Cham.) DC Nativa
Anemopaegma chamberlaynii (Sims)
Bignoniaceae
Bureau & K.Schum Nativa
Bignoniaceae Bignoniaceae Juss. Nativa
Bignoniaceae Dolichandra chodatii (Hassl.) L.G.Lohmann Nativa
Dolichandra dentata (K.Schum.)
Bignoniaceae
L.G.Lohmann Nativa
Bignoniaceae Fridericia chica (Bonpl.) L.G.Lohmann Nativa
Mansoa difficilis (Cham.) Bureau &
Bignoniaceae
K.Schum. Nativa
Bignoniaceae Stizophyllum perforatum (Cham.) Miers Nativa
Cactaceae Pereskia aculeata Mill. Nativa
Convolvulaceae Bonamia agrostopolis (Vell.) Hallier f. Nativa
Convolvulaceae Convolvulaceae sp.1 Juss. Nativa
Convolvulaceae Convolvulaceae sp.2 Juss. Nativa
Convolvulaceae Ipomoea batatas (L.) Lam. Exótica
Convolvulaceae Ipomoea hederifolia L. Nativa
Convolvulaceae Ipomoea L. Nativa
Cucurbitaceae Momordica charantia L. Exótica
Cucurbitaceae Sicyos polyacanthus Cogn. Nativa
Cucurbitaceae Wilbrandia ebracteata Cogn. Nativa
Euphorbiaceae Bia alienata Didr. Nativa
Euphorbiaceae Dalechampia stipulacea Müll.Arg. Nativa
Euphorbiaceae Tragia volubilis L. Nativa
Fabaceae Cochliasanthus caracalla (L.) Trew Nativa
Glycine wightii (Graham ex Wight & Arn.)
Fabaceae
Verdc. Exótica
Malpighiaceae Malpighiaceae Juss. Nativa
Não identificada Não identificada Nativa
Não identificada Não identificada Nativa
Passifloraceae Passiflora amethystina J.C.Mikan Nativa
Piperaceae Piper L. Nativa
Sapidaceae Serjania caracasana (Jacq.) Willd. Nativa
Sapidaceae Serjania sp. 1 Mill. Nativa
Sapidaceae Urvillea laevis Radlk. Nativa
Fonte: Amanda Marques,2023.

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As principais espécies de trepadeiras encontradas no parque têm o
hábito volúvel, ou seja, são espécies que precisam de outro suporte para se
enrolarem. As espécies de trepadeiras volúveis têm maior capacidade de
escalar suportes com diâmetros maiores, com isso estão presentes em
grande proporção em áreas fragmentadas e em estágios de sucessão mais
tardia (GENTRY, 1985; DEWALT et al., 2000).
O incêndio contribuiu para a abertura de clareiras (luminosidade), o
que resultou na hiperabundância de espécies de trepadeiras. A espécie de
Momordica charantia L, teve sua aparição 33 vezes, ao longo das parcelas,
o interessante é que a sua aparição em grande abundância foi em áreas com
bastante grau de antropização, em bordas do fragmento com bastante
clareiras.
A luminosidade interfere nas ocorrências de espécies de trepadeiras,
levando em consideração que é uma área com distúrbio recente, essa
comunidade tem tendencia em floresta com perturbações antrópicas do
meio, é um dos fatores para seu aparecimento, principalmente pelas
aberturas de clareias (luz).
No entanto, outro fator é determinante para a dinâmica das espécies
de trepadeiras no Parque das Palmeiras: é a disponibilidade de suporte nas
árvores jovens em crescimento, atrapalhando o desenvolvimento destas e a
consequente da sucessão regenerativa espontânea.

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Figura 6: Sucessão florestal presa devido a uma espessa infestação de emaranhados de
espécies de trepadeiras, no Parque das Palmeiras, Maringá – Paraná.

Fonte: Amanda Marques,2023.

Segundo os autores Hegarty e Caballé (1991) acima de um


determinado limite de luminosidade, a dinâmica das trepadeiras não é mais
determinada pela intensidade da luz, mas, sim, pela disponibilidade de
suportes, ou seja, essa disponibilidade de suportes (árvores jovens em
crescimento), é considerada crítica, até mais importante que a própria
intensidade de luminosidade.
A área vem passando por um processo de recuperação das áreas
degradadas pelo incêndio de 2021, mas nota-se que o acompanhamento das
áreas com replantio de espécies nativas e outras adequadas à recuperação
não vem ocorrendo de modo contínuo, havendo eventual sufocamento das
plantas estaqueadas por plantas invasoras mais rústicas.

5. Considerações Finais

O nosso objeto de estudo foi o levantamento das trepadeiras, sendo


possível analisar condições em que o Parque das Palmeiras se encontra.
Portanto, o objeto de estudo demonstrou dados importantes para continuar

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a pesquisa cientifica nesta área, a importância da conservação e do manejo
de áreas verdes degradadas urbanas.
O Parque das Palmeiras é uma área que sofreu diretamente com
impactos antrópicos e, consequentemente, geraram-se áreas com mais
clareiras (luminosidade), e com isso foi possível observar
hiperdesenvolvimento de algumas espécies de trepadeiras no parque,
principalmente a abundância de plantas trepadeiras nas bordas da mata em
áreas com clareiras, pois, são áreas com ação direta de antropização. Em
algumas clareiras as espécies mais heliófilas e rústicas foram responsáveis
por cobrir densamente o estrato arbóreo, como demonstram algumas
imagens aqui apresentadas, resultando, localmente, em um grau de
coberturas próximo de 90%.
É importante para elaborar um planejamento para a conservação dessa
área, para minimizar o processo perturbação, as trepadeiras não são as
causas primárias para degradação da área, mas, por sua predominância em
áreas de clareiras e mata secundária, faz, se importante estudar esse grupo
principalmente por ter uma importância ecológica em diferentes tipos de
vegetação.
A preservação do Parque das Palmeiras é fundamental importância
para população local e para cidade, pois, representa poucos remanescentes
de mata nativa na zona urbana, pois, atividades de conservação e
recuperação do parque, melhoria a qualidade e desempenho de vida da
população que o utiliza.

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