Questões Clínica Médica
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SEMANA 1
O que vemos nesse ECG? Quando nos deparamos com uma taquiarritmia, a primeira
coisa que devemos ver é se o QRS é estreito o alargado. Quando o QRS é estreito,
pensamos em taquiarritmias supraventriculares, quando é alargado, pensamos em
arritmias ventriculares.
Como nesse caso o QRS é estreito, ok, já sabemos que é supraventricular. Após isso,
vemos o RR (regular ou irregular). Se for regular, já excluímos FA. Agora vemos se tem
a presença de onda P e das outras ondas (F do flutter). Como aqui temos a presença da
onda F do flutter, já sabemos que o diagnóstico é flutter atrial.
No flutter o mecanismo é por macroreentrada, isso faz com que os átrios sejam
despolarizados sempre na mesma frequência, e é por isso que as ondas F tem a
mesma morfologia e regulares. Quando temos uma FA, o circuito ocorre por
microreentrada e com isso, as ondas f são irregulares e diferentes entre si.
Um dos efeitos dos hipolipemiantes é o aumento da CPK. Valores entre 3 a 10x o limite
superior, podem ser observados clinicamente (32 – 294). A medicação deve ser
suspensa, quando os níveis de CPK estiverem acima de 10x ou presença de sintomas.
Pode causar toxicidade muscular.
A IRA é definida como uma lesão aguda que ocorre no rim. Pelos critérios de KDIGO, é
definida por: aumento de creatinina 0,3 em 48 horas ou aumento de 1,5x Cr basal em
7 dias ou diurese menor que 0,5ml/kg/h durante 6 horas. Geralmente pré-renal tem
relação U/CR de 20:1. O sedimento urinário é normal, (Na < 20) para reabsorver água e
a urina é muito concentrada.
A IRA pré-renal ocorre como uma resposta renal a hipovolemia (seja ela absoluta ou
relativa). Como compensação ocorre vasodilatação das arteríolas aferentes e
vasoconstricao das eferentes. Se nao for tratado adequadamente, pode evoluir para
NTA. Basicamente o tratamento consiste em hidratação e otimização hemodinâmica.
Para pacientes de baixo risco, somente devemos retirar varfarina 5 dias antes do
procedimento.
Aqui, temos um ritmo de PCR. Temos um QRS largo, com os complexos diferentes,
então, estamos diante de uma FV. Nesse caso temos que desfibrilar o paciente (para
que o nó AS retome a geração e controle do ritmo). A CVES é usada para reverter as
taquiarritmia como FA, flutter (os choques são dados sincronizados com o complexo
QRS).
Solicitar um ECG;
Proteção cardíaca: gluconato de cálcio;
Shift celular: insulina, salbutamol ou bicarbonato. Transferem K para o
intracelular;
Espoliação: diuréticos ou sorcal.
Nesse caso, estamos diante de um quadro de anemia (adinamia e cansaço, além de palidez). A
paciente apresenta sinais de anemia hemolítica com icterícia, esplenomegalia e alteração de
coloração da urina e aumento de DHL. Além disso, os episódios de icterícia intermitentes e o
fato do irmão ter os mesmos sintomas (hereditária), são característicos da esferocitose
hereditária.
A paciente nesse caso, apresenta um quadro caracterísitico de LES como rash malar,
dor torácica ventilatório-dependente, FAN positivo. Vale lembrar que a paciente teve
inicio desses sintomas após inicio do medicamento. Junto com isso apresentava febre.
O anticorpo mais comum nos pacientes com LES induzidos por drogas, é o anti-histona.
Além disso, o captopril está entre algumas drogas que tem potencial para causar LES.
Essa paciente no caso, possui fatores de risco para pensarmos em TEP (um pós
operatório de neoplasia). Além disso apresenta sinais de dispneia de inicio agudo,
hipóxia e hipotensão. Uma outra coisa a se pensar seria também na atelectasia
pulmonar, contudo, ela provoca alterações na radiografia de tórax.
14.(USP-RP – 2019) Mulher, 22 anos, antecedente de tireoidite de Hashimoto,
queixando-se de distensão abdominal, flatulência e plenitude gástrica há vários
anos. Atribui sintomas à ingestão de massas, frituras e bebidas fermentadas. Nos
últimos 3 meses refere surgimento de lesões bolhosas e pruriginosas em cotovelos,
joelhos e dorso. Qual é o exame diagnóstico mais adequado?
SEMANA 2
Dentre as doenças que cursam com poliartrite, devemos lembrar a artrite reumatoide
e doenças do colágeno. Por que aqui, pensamos em AR? Pelo fato da rigidez articular
ser maior que 60 minutos e haver aumento de volume nas articulações de mãos. Além
disso, devemos lembrar das manifestações extra-articulares da AR como nódulos
reumatoides, inflamações oculares e as pleurites. Por isso, o fator reumatoide positivo
é o que mais encaixaria nessa questão.
Quando estamos diante de um paciente que esteja com níveis pressóricos acima de
180x120, devemos nos atentar para a emergencia hipertensiva, que é quando temos
LOA. Esse paciente tem sinais claros de emergencia hipertensiva, pois apresenta
confusão e desorientação (encefalopatia) e também B3, estertores crepitantes e
dispneia, compatíveis com edema agudo de pulmão. Desse modo devemos reduzir a
pressão rapidamente (tomando cuidados para nao causar isquemia secundária). Desse
modo devemos lançar mão das medicações EV. Como o paciente apresenta sinais de
EAP, devemos trata-lo elevando o decúbito, dando morfina, furosemida e oxigenio (se
necessário). Devemos reduzir <25% da PA em 1ª hora.
6. (UNIRIO – 2016) O dado que faz parte dos critérios para definição de síndrome
metabólica é:
8. (USP-RP – 2019) Menina com 8 anos de idade e história de ferida na perna, após
cair da bicicleta há 15 dias. Há 05 dias, edema palpebral e urina escura. Exame físico:
edema palpebral e de membros inferiores, murmúrio vesicular presente, simétrico,
com alguns estertores nas bases, estase jugular discreta, frequência cardíaca = 80
bpm, PA 120 x 80 mmHg, fígado percutível a partir do quinto espaço intercostal
direito e palpável cerca de 2,5 cm abaixo do rebordo costal direito, borda fina.
Presença de três lesões crostosas em pé esquerdo. Urina tipo 1: proteína ++/4+,
leucócitos 60 a 80; hemácias incontáveis. Ureia 71mg% e creatinina 0,7 mg%. O
tratamento medicamentoso inicial indicado para o caso acima é:
Criança com sinais e sintomas compatíveis com síndrome nefrítica (edema de MMII,
sedimento urinário alterado, hematúria) e provável etiologia pós-estreptocócica. A
GNDA é uma glomerulonefrite que costuma ocorrer após infecções cutâneas ou de
pele. Geralmente acomete crianças e cursa com hemácias na urina, hipertensao e
edema. Nesse caso, o tratamento específico é a redução do edema (com furosemida).
Prednisona usamos na síndrome nefrótica, cefalexina não é bem usada e enalapril não
usamos na IRA.
HbsAg é o primeiro marcador que se eleva. Sua persistência por mais de 6 meses
indica uma hepatite B crônica. O Anti-Hbs indica recuperação após infecção, apenas
ele positivo indica vacinação do paciente. Anti-HBC IGM aparece na infecção aguda.
ANTI-HBC IGG aparece também na infecção aguda. HbE Ag indica infectividade e
replicação viral. O tratamento da hepatite B aguda nao é indicado (exceto em casos de
falência hepática).
11. (UNICAMP – 2015) Mulher, 54a, acompanhada por artrite reumatoide, há 6
meses em uso de inibidor de fator de necrose tumoral. Refere diminuição do apetite
há 4 meses, já emagreceu 6 kg. Nega febre, refere sudorese durante a noite e tosse
com expectoração amarelada em moderada quantidade. Exame físico: PA= 128x74
mmHg; FC= 76 bpm; FR= 20 irpm; Oximetria de pulso= 96% (ar ambiente); Índice de
Massa Corpórea= 21 Kg/m2 . Regular estado geral. Pulmões: murmúrio vesicular
presente, estertores em ápice esquerdo. Coração: bulhas rítmicas normofonéticas,
sopro sistólico suave em foco mitral irradiado para axila. O exame complementar e a
conduta para o diagnóstico são:
O paciente tem sinais claros de tuberculose: febre, sudorese noturna, emagrecimento,
tosse com expectoração. Também estertores em ápice corroboram com essa hipótese.
Nao temos sinais claros de endocardite.
12. (UNICAMP – 2019) Mulher, 36a, queixa-se de evacuações aquosas com grande
quantidade de gotas de gordura, urina bem vermelha e manchas roxas nas pernas e
braços há 10 dias. Hábito intestinal: duas evacuações diárias de grande volume há
vários anos. Exame físico: Membros: equimoses disseminadas em pernas e braços.
Hemograma; Hb= 11,7 g/dL, Plaquetas= 140.000 mm3, ALT= 44 UI/L, AST= 66 UI/L,
RNI= 13,6, tempo de tromboplastina parcial= 81,5 segundos, tempo de protrombina=
146,7 segundos. A conduta é:
14. (EINSTEIN – 2018) Tetralogia de Fallot é uma cardiopatia congênita cianótica mais
comum na infância. A forma clássica consiste em defeito do septo:
15. (PUC – SOROCABA – 2017) Dona Maria, 32 anos de idade, é negra e casada. Foi
atendida na Unidade Regional de Emergência com queixa de febre alta (T. axilar
39,5°C), cefaléia retrorbitária importante e dores no corpo que impediam a
realização das atividades leves, rotineiras, há três dias. Há um dia piora dos
sintomas, com sede intensa e diminuição do volume urinário. A paciente chegou há
dois dias de viagem de férias pelos estados do Nordeste do Brasil, onde permaneceu
durante um mês. Na execução do exame físico deve-se valorizar:
Aqui temos que lembrar muito de dengue: febre alta, com cefaleia, dores musculares.
Os sinais de alarme devem chamar nossa atenção como: diminuição de volume
urinário, dor abdominal, vômitos.
16. (UNICAMP – 2019) Mulher, 56a, procura atendimento médico por dor abdominal,
evacuações líquidas com sangue e náusea há 4 dias. Exame físico: PA= 110X68
mmHg, T= 36,7°C, saturação de O2 (ar ambiente) = 95%, Abdome= difusamente
doloroso. Hemograma: hemoglobina= 12,6 g/dL, leucócitos= 7600mm3, plaquetas
96.000 mm3, creatinina= 1,52 mg/dL, ureia= 72 mg/dL, sódio= 132 mEq/L e potássio=
4,5 mEq/L. Após 2 dias, com hidratação e antibioticoterapia adequadas, apresentou
confusão mental e anúria. Novos exames: creatinina= 6,1 mg/dL, Hemograma:
hemoglobina= 8,9 g/dL, plaquetas= 62.000 mm3 e série vermelha: grande
quantidade de esquizócitos; desidrogenase láctica= 1112 U/L, haptoglobina< 6,63
mg/dL, C3= 62mg/dL e ADAMTS13 dentro dos valores da normalidade. A conduta é:
19. (EINSTEIN – 2018) Menino de 6 anos foi mordido, na mão esquerda, pelo cão de
vizinha pego na rua há 2 dias. Segundo o Ministério da Saúde, a conduta a ser
tomada deve ser:
Lembrar que nesse caso o cão foi pego na rua (área de raiva nao controlada). Nesse
caso devemos fazer duas doses da vacina (D0 e D3) e observar o cão por 10 dias. Se o
cão se mantiver sadio, encerrar o esquema. Se o cão morrer ou se tornar raivoso,
completamos o esquema até 5 doses e administrar soro.
1.(UNICAMP – 2017) Um médico legista faz uma necropsia em uma mulher não
identificada, com óbito secundário à hemoptise maciça. Ela aparenta ter entre 35 a
40 anos. Ao exame do tórax, observam-se aneurismas de artérias pulmonares com
rotura. Qual o provável diagnóstico?
Aqui nesse caso, temos que fazer o diagnóstico diferencial de hemorragia pulmonar
em pacientes jovens. Há várias causas de hemorragia pulmonar e devemos sempre
lembrar das causas reumatológicas como as vasculites por exemplo. Temos que
lembrar das seguintes doenças reumatológicas que cursam com formação de
aneurisma: Kawasaki (aneurisma de coronárias), Poliarterite nodosa e Síndrome de
Behçet (aneurisma de artéria pulmonar). Sempre que fala de aneurisma de artéria
pulmonar, temos que lembrar da doença de Behçet. Essa doença é uma vasculite mista
(que acomete tanto artérias como veias). Mas é composta de outros comemorativos
como úlceras bipolares (orais e genitais).
2. (UPS-RP – 2019) Homem, 62 anos, refere dor em joelho direito após deambulação,
há dois anos. Há quatro meses com piora da dor, tornando-se incapacitante. Etilista
de 1,2 litro de cerveja por dia. Em uso de enalapril 5 mg 12/12 horas, hidroclortiazida
25 mg/dia e alopurinol 200 mg/dia. Exame físico: bom estado geral; IMC: 32,2
kg/m2; varismo de joelhos; edema e calor em joelho direito, com restrição para
extensão completa e presença de cisto poplíteo. Qual é a melhor conduta para a dor
no joelho?
Paciente com monoartrite. O paciente tem fatores de risco tanto para gota como
osteoartrite. A artropatia por cristais de monourato de sódio é caracterizada por
monoartrite aguda com período intercrítico assintomático. Como a dor do paciente
iniciou há 2 anos e tem característica mecânica (que piora com a deambulação) e
piorou há 4 meses eliminamos as alternativas que fazem o diagnóstico de gota. O cisto
de Baker em geral é assintomático, mas quando causa sintomas, os sintomas são
parecidos com TVP (o que não é o caso do paciente). Frente a um quadro de
monoartralgia crônica (com anos de duração), de ritmo mecânico e de piora
progressiva, temos que pensar em osteoartrite, ainda mais que o paciente é obeso e
tem mais de 50 anos. Os sinais flogísticos podem estar presentes principalmente
quando temos sobrecarga da articulação. A presença de verismo também ajuda. As
medidas que melhoram a evolução da osteoartrite são: atividade física, fortalecimento
muscular e perda de peso.
3. (UFRJ – 2016) Homem, 72 anos, com dor intensa e edema em ambos os joelhos
imediatamente após cirurgia de hérnia inguinal. Há sinais inflamatórios em ambos os
joelhos com grande derrame articular. A artrocentese revela presença de cristais
birrefringentes positivos no líquido sinovial. A coloração de Gram é negativa. O
diagnóstico mais provável é:
A questão, aborda um quadro de artropatia pós cirurgia. Nesses casos temos que
pensar em gota aguda ou artrite séptica, pois no pós-operatório são comuns períodos
de jejum, estresse metabólico ou bacteremia. A presença de cristais, ausência de
coloração no gram e nao ser monoarticular favorece a artropatia por cristais. Contudo,
no caso descrito temos um quadro muito parecido com gota, mas que os cristais
apresentam birrefringência fortemente negativa. Então, nesse caso pensamos no
quadro de pseudogota (condrocalcinose). Esse quadro pode ser desencadeado por
traumas, cirurgias ou enfermidades graves.
8. (UNIRIO – 2016) Dissecção aguda da aorta ascendente pode causar infarto agudo
do miocárdio. A despeito de ser raro, a artéria coronariana ou o ramo coronariano
mais provavelmente envolvida(o) é:
O sintoma mais comum que o paciente que tem uma DAA apresenta é uma dor
torácica lancinante e de início súbito. Na DAA também temos alargamento de pressão
de pulsos, PA divergente em MMSS. Classificação de DeBakey:
Já o tratamento dos pacientes com EH deve ser feito com medicações EV para reduzir
rapidamente a PA e impedir a progressão das LOA. Devem reduzir PA < 25% na primeira hora,
reduzir PA 160/110 em 2 a 6 hrs e PA 135x85 em 24 a 48 horas. Cada sistema deve ser tratado
com os anti-hipertensivos específicos. No caso do paciente ele apresentava sinais claros de
edema agudo de pulmão e também de encefalopatia hipertensiva (pela desorientação).
11. (USP- RP-2017) -Homem, 45 anos, agricultor, referiu lesão papulosa no membro
superior há três meses, que evoluiu para formação de úlcera (Conforme imagem do
caderno de questões). Nega febre ou perda de peso. Exame físico: sem outras lesões
cutâneas, linfonodos de 1,5 a 2 cm de diâmetro na cadeia axilar ipsilateral. Qual é o
achado laboratorial mais provável?
I: ausência de sintomas;
II: atividades físicas habituais causam sintomas, mas tem uma limitação leve;
III: atividade físicas menos habituais causam sintomas, tem uma limitação
importante, porém confortável no repouso;
IV: sintomas no repouso e sintomas graves.
13. (USP-RP – 2017) Homem, 54 anos, etilista, sem outros problemas de saúde, procurou
atendimento em pronto socorro por picada de animal desconhecido em membro inferior
esquerdo há 2 dias enquanto trabalhava em área rural na proximidade de Ribeirão Preto.
Após o acidente apresentou dor local e após cerca de 12 horas notou a formação de eritema
e bolha hemorrágica associados com febre, calafrios e náuseas. Exame físico: bom estado
geral, descorado +/4, hidratado, acianótico, ictérico +/4, pele: lesão cutânea mostrada na
figura abaixo (Conforme imagem do caderno de questões), ausculta pulmonar e cardíacas
normais, FC: 92 bpm, PA: 135 X 80 mmHg, abdome: sem alterações. Exames: Hemoglobina:
9,5 g/dl; VCM: 94 fl (VN: 80-95); HCM: 31 (VN: 27-32); GB: 18.000 (05% bastões); Plaquetas:
180.000; ; LDH: 2300 U/L (VN<460); BI: 2,5mg/dl (VN<0,9); BD: 0,28mg/dl (VN<0,3);
Creatinina: 1,6 mg/dl (VN<1,5); ALT: 28 U/L (VN<31); AST: 40 U/L (VN<32); INR: 1,2 (VN: até
1,3); TTPA (ratio): 1,12 (VN<1,26). Qual é o agente etiológico mais provável?
Também pode ter o Loxoscelismo cutâneo hemolígico que é uma forma mais grave
que tem como principal complicação a insuficiência renal por necrose tubular.
Nao há exames específicos para o diagnóstico. O Hemograma visando avaliar hemólise
(BTF e DHL). Caso o paciente evolua com hemólise, outros exames devem ser
solicitados: contagem de reticulócitos haptoglobina, bilirrubinas.
Para avaliar onde o paciente deve realizar o tratamento de PAC, usamos o critério CURB-65.
Confusão mental, ureia > 50, respiração acima de 30, PA < 90 e > 65 anos.
0-1: ambulatorial
2: tratamento hospitalar (enfermaria);
> 3: hospitalar (considerar UTI).
O paciente em questão não está confuso, nao está com FR> 30, não tem mais que 65 anos e
está com PA estável. Esse paciente pode ser tratado ambulatorialmente.
Sempre que estamos diante de um paciente com IAM em parede inferior (DII, DIII e
AVF), temos um risco de ter um infarto de VD (de 10 a 50%). Temos uma tríade clássica
nesse caso, que é hipotensão arterial, elevação da pressão venosa jugular e ausculta
pulmonar limpa. Isso evidencia quase nenhum envolvimento ventricular esquerda e
necrose de massa de VD.
Tratamento:
16. (UNICAMP – 2019) Homem, 53a, refere episódios de dor precordial relacionados
aos esforços há cerca de 1 mês. O último episódio ocorreu há cerca de 2 horas, após
subir uma ladeira, e ainda persiste no momento da consulta. Antecedentes pessoais:
tabagismo 40 maços/ano. Exame físico: FC= 68bpm, FR= 14irpm, PA= 142X92 mmHg.
Eletrocardiograma:
Primeiro devemos reconhecer que é um paciente com um alto risco cardiovascular (>
50 anos, tabagista e hipertenso). Após isso, conseguimos identificar que o paciente
apresentava uma angina estável (dor aos esforços), mas que agora a dor persiste (> 20
minutos) e isso reforça a hipótese de SCA. Solicitamos um ECG que vem normal.
Mesmo assim, não descartamos a possibilidade de uma SCASSST. Para evidenciar isso,
devemos solicitar os marcadores (troponina) para ver se é uma angina instável ou se
realmente é uma SCASSST. Mas independente do que seja, a antiagregacao é
fundamental (AAS e inibidor do receptor ADP). Os inibidores seletivos da COX-2 são
associados a eventos isquêmicos. E os inibidores da glicoproteína IIb/IIIa são
reservados para pacientes que tiveram alguma abordagem percutânea. Lembrar que
os inibidores da COX 1 são os AINES (AAS) e os inibidores do receptor ADP
(clopidogrel).
SEMANA 4
1. (USP-RP – 2016) Mulher, 41 anos, queixa-se de dor e edema de mãos, punhos e joelhos há
03 meses, com piora progressiva. Refere também maior dificuldade para escrever e abotoar
roupas pela manhã. Nega outras queixas. Exame físico: BEG, corada, afebril. Artrite de
interfalangianas proximais, metacarpofalangianas, punhos, joelhos e tornozelos. Nódulos de
consistência borrachosa em face extensora de antebraços. Sem outras alterações. Qual é o
achado mais característico desta doença?
2. (IAMSPE – 2017) Mulher, 36 anos, relata quadro de xerostomia e xeroftalmia há 3 anos e
artrite de mãos e pés, no mesmo período. Considerando-se a principal hipótese diagnóstica
para esse caso, assinale a alternativa CORRETA:
Sempre que estamos diante de uma paciente com xerostomia e xeroftalmia, temos que
lembrar do diagnóstico de síndrome de Sjogren. A manifestação renal da SS ocorre por uma
tubulopatia intersticial e não por necrose da papila renal. Os pacientes com SS apresentam um
risco maior de desencadearem linfomas, mas principalmente linfoma não Hodgkin (e de 8 a
10x). Os anticorpos que mais estão relacionados com a SS é o anti-Ro e o anti-La. Hepatite B e
tuberculose não causam sintomas como tosse seca e olho seco.
O paciente apresenta uma leucocitose com desvio escalonado e apresenta baço palpável.
Temos que fazer o diagnóstico de LMC. Descartamos o diagnóstico de LMA pois não temos a
contagem de blastos. A trombocitose nesse caso é reacional (temos que descartar antes). E
também infecções nao costumam dar desvio a esquerda escalonado.
Lembrar que o diagnóstico de LMC é dado pela translocação do 9:22 (BCR-ABL) e o tratamento
é com inibidor da tirosina quinase.
Essa questão é uma questão que fala de MM. O paciente é assintomático (não
apresenta sinais de MM – CRAB calcinose, insuficiência renal, anemia e lises ósseas)
então descartamos o diagnóstico de MM. Contudo, na biopsia de medula encontramos
mais de 10% de plasmócitos e então descartamos gamopatia monoclonal de
significado indeterminado. Então, temos o diagnóstico de mieloma múltiplo
assintomático (smoldering).
5. (UFF – 2019) Paciente com doença renal crônica, em diálise, apresenta sangramento pelo
óstio do cateter de hemodiálise, hematúria e epistaxe. Exames laboratoriais mostram
hemoglobina = 12 g/dL, plaquetas = 120 ml/mm3, INR = 1,2 e PTT = 30 segundos. Nesse caso,
a melhor abordagem para o sangramento é:
Pacientes com DRC produzem várias toxinas que estão relacionadas a inibição das funções
plaquetárias. O paciente em questão apresenta manifestações típicas de sangramento por
diminuição da função plaquetária. Nesse caso a forma mais rápida é estimular a função
plaquerária com o uso de DDAVP (desmopressina) que estimula a liberação do fator de Von-
Willebrand.
Podemos definir que o paciente está em IRA quando: elevação sérica de Cr > 0,3 em
até 48 horas, elevacao de creatinina > 1,5 em até 7 dias e redução do volume urinário
<0,5ml/kg por 6 horas ou mais. Com o quadro clínico que foi apresentado pelo
paciente, estamos indo em direção a IRA pré-renal por hipovolemia (relação U/Cr
20:1).
Quando temos esse caso, ocorre ativação do SRAA bem como liberação do ADH.
Quando temos isso, ocorre reabsorção de sódio e consequentemente de água. Fracao
de excreção de sódio baixa e urina concentrada.
7. (ABC – 2019) entre as doenças renais crônicas abaixo, assinale a que apresenta rins de
tamanhos normais:
Geralmente quando falamos de DRC estamos falando de rins de tamanhos diminuídos, com
perda da diferenciação cortiço-medular.
Os rins policísticos, aumentam de tamanho e tem uma piora da função renal. A amiloidose
também cursa com rins de tamanhos normais. A nefropatia diabética também cursa com rins
de tamanhos normais.
O estágio G4A1 é um estágio onde o paciente tem um clearance entre 15 e 29. Quando
estamos diante de um paciente com IRC, temos que nos atentar para as possíveis
complicações que o paciente pode apresentar, como: hipertensão, distúrbios do calcio e
fosforo, hipercalemia, acidose e síndrome uremica.
O paciente no caso está hipertenso (meta para DRC <130x80), sobrepeso, mas sua dieta já está
adequada. O IECA está indicado para melhorar a TGF e também pela hipertensão (vasodilara
arteríola eferente). Também não podemos suspender os diuréticos (a nao ser que estejamos
em um quadro pré-renal).
A anemia na DRC é tratada com EPO em pacientes com Hb < 10. A osteodistrofia é tratada com
redução dos níveis de fosfato sérico com quelantes e posteriormente com calcitriol.
Aqui temos um quadro de meningite aguda: paciente com cefaleia, fotofobia e rigidez
nucal. Outros sinais que podem aparecer na meningite são: alteração do sono,
confusão, irritabilidade, delirium e coma. O quadro descrito é compatível com
meningite subaguda (dias a semanas). Em situações como essa, temos que fazer um
exame de imagem TC e depois proceder com a coleta de LCR.
10. (UNICAMP – 2019) Homem, 68a, é admitido em Unidade de Emergência com dor
precordial há 3 horas. Antecedentes pessoais: hipertensão arterial sistêmica e diabetes
mellitus. Após administração de ácido acetilsalicílico, clopidogrel e nitroglicerina, evoluiu
com hipotensão. A ausculta pulmonar não mostrou alterações. Eletrocardiograma: Onde
deve ser colocado o eletrodo do eletrocardiograma para determinar a região cardíaca
acometida que justifica o quadro clínico do paciente?
Aqui, temos diante de um paciente com SCACSST. Quando vemos o ECG, percebemos
que acomete a parede inferior (DII, DIII e AVF). Sempre que isso acontece, devemos
nos preocupar com um possível acometimento de VD. A evolução do paciente com
hipotensao pós nitroglicerina também corrobora com essa hipótese. Então, devemos
procurar derivacoes que consigam enxergar essa parede (V3R e V4R) que ficam no
quinto espaco intercostal mas na linha hemiclavicular direita.
11. (UNICAMP – 2019) Homem, 19a, começa a apresentar vários picos febris há dois dias.
Está internado há dez dias devido a acidente automobilístico. Colhidas hemoculturas que
positivaram para leveduras após 26 horas de cultivo. O perfil de suscetibilidade dos fungos
causadores de infecção da corrente sanguínea no serviço está descrito na tabela Levando-se
em consideração os princípios do uso racional de antimicrobianos (fármaco certo, na hora
certa, na dose certa, com o menor risco de efeitos colaterais a ao menor custo), a conduta é:
12. (Fatec – 2008) As pílulas estão entre os métodos contraceptivos mais utilizados pelas
mulheres, apesar de seus possíveis riscos à saúde. Normalmente, elas contêm uma
combinação de substancias sintéticas análogas ao estrógeno e à progesterona e, se tomadas
regularmente, as taxas desses hormônios se mantém elevadas no sangue, impedindo a
gravidez. Isso ocorre porque os hormônios contidos na pílula:
13. (VUNESP – 2010) Leia o texto. Esqueci a pílula! E agora? Tomo pílula há́ mais de um ano e
nunca tive horário certo. Em geral, tomo antes de dormir, mas, quando esqueço, tomo de
manhã̃ou, na noite seguinte, uso duas de uma só́ vez. Neste mês, isso aconteceu três vezes.
Estou protegida? (Carta de uma leitora para a coluna Sexo & Saúde, de Jairo Bouer, Folha de
S.Paulo, Folhateen, 29.06.2009.) Considerando que a pílula à qual a leitora se refere é
composta por pequenas quantidades dos hormônios estrógeno e progesterona, pode-se
dizer à leitora que:
Para que a paciente seja capaz de engravidar, é necessário que ocorra um pico de LH. Quando
se toma a pílula todos os dias, nao temos a liberação de LH e com isso nao corre risco de fazer
pico de LH. Se a paciente nao fizer uso da pílula regularmente, pode ter chance de liberar LH e
engravidar.
14. (USS-RJ – 2014) Paciente de 45 anos, portadora de diabetes mellitus há 10 anos, com
controle irregular da glicemia, procurou o consultório para avaliação clínica quando
detectamos: PA = 150/100 mmHg; FC = 72 bpm. Circunferência abdominal de 90 cm. Ao
exame de rotina TG = 200 mg/dl, HDL = 30 mg/dl, Glicemia = 125 mg/gl. Creatinina = 1,8
mg/dl. Proteinúria presente. Com os dados clínicos observados qual o anti- hipertensivo
ideal para o caso com implicância de melhor prognóstico para o paciente?
Para reduzir as chances de complicações, todo paciente diabético deve manter seus níveis
pressóricos entre 120/130 e a pressão diastólica abaixo de 90. Para que se consiga isso, é
necessário que o paciente perca peso, prefira uma alimentação saudável (dieta DASH), cesse o
tabagismo, evitar álcool e praticar atividade física. Quando isso nao é suficiente, é necessário
entrar com terapia anti-hipertensiva. Se nao houver lesao microvascular, podemos lancar mao
dos diuréticos tiazídicos e BCC (amlodipino). Nos pacientes que sugerem dano aos rins
(proteinúria) é necessário lançar mao dos IECA (PRIMEIRA ESCOLHA PARA PACIENTE DM COM
PROTEINURIA). Se o pacie te nao conseguir fazer uso do IECA, podemos prescrevar BRA
(Losartana).
15. (USP-RP – 2017) Homem, 65 anos, hipertenso, tabagista, procurou pronto socorro após
episódio de dor epigástrica de intensidade 6/10 desencadeada pelo estresse emocional que
durou cerca de 20 minutos com resolução espontânea. Vem apresentando episódios de dor
epigástrica de leve intensidade e náuseas desencadeados por esforços moderados há dois
meses. Medicamentos em uso: captopril e omeprazol. PA: 135 x 80 mmHg, exame físico sem
outras alterações. Troponina< 0,01 mcg/L. Foi optado por realização de estratificação não
invasiva por meio de teste de esforço em esteira rolante. Dois traçados deste exame são
mostrados abaixo. (Conforme imagem do caderno de questões). Qual é a conduta mais
adequada após realização deste exame?
Então, trata-se de um paciente com dor típica anginosa e com fator de risco. Foi optado pela
realização de um teste ergométrico para avaliação da isquemia de esforço. Os
infradesnivelamento são vistos como alterações de isquemia no esforço.
Infradesnivelamento >1mm
Infradesnivelamento >1,5 em indivíduos com risco moderado ou alto de doença
coronária e >2mm em indivíduos de baixo risco de doença coronária.
Então, quando estamos diante de um paciente com quadro clínico sugestivo de SCA com o
teste positivo, é necessário investigar anatomia coronariana com cateterismo/angiografia
coronária ou cineangiocoronariografia.
SEMANA 5
1. (UFPR 2017) Um paciente de 30 anos, que passou 5 dias viajando entre áreas urbanas e
silvestres da região Sudeste, tendo nadado em rios e lagos na região, procura atendimento
médico por quadro de febre, cefaleia e dores no corpo, com 5 dias de evolução, que
iniciaram 3 dias após ele retornar de viagem. Você solicita exames laboratoriais para auxiliar
no diagnóstico diferencial de síndrome febril, que mostram os seguintes resultados:
Hemoglobina 11,3 g/dL; 13.500 leucócitos, 15% bastões; 98 mil plaquetas/mcL; creatinina 3,5
mg/dL; sódio 135 mEq/L; potássio 4,0 mEq/L; creatinofosfoquinase 100; TGO 2540 U/L; TGP
4220 U/L; fosfatase alcalina 200 U/L; gama GT 90 U/L; bilirrubina total 8 mg/dL; bilirrubina
direta 6 mg/dL. Com base na história clínica e exames laboratoriais, a principal hipótese
diagnóstica nesse momento é:
Esse paciente apresenta um quadro típico de febre amarela, pois tem epidemiologia de viajar
por áreas urbanas e silvestres da região sudeste. Tem febre, cefaleia, dores no corpo. CPK não
está tão alterada para pensarmos em leptospirose e nem hipocalemia. Além disso, TGO e TGP
estão muitíssimo elevadas, sugerindo um diagnóstico de hepatite (a doença febril que cursa
com hepatite é a febre amarela). Além disso, hepatite C normalmente não causa sintomas
agudos.
A FA é uma doença febril, infecciosa aguda que é causada por um flavivírus que é transmitido
por vetores (Aedes ou Sabethes). Temos uma forma urbana e uma forma silvestre da doença.
O vírus é transmitido pela picada de mosquitos transmissores infectados e não há transmissão
de pessoas-pessoas. Ocorre mais nos meses de dezembro a maio (meses mais chuvosos).
Estamos tendo um aumento dos casos de febre amarela, por conta da migração do vírus para
locais em que as pessoas ainda não são vacinadas. A principal forma de prevenir a febre
amarela é e imunização pela vacina.
Os principais sintomas da febre amarela são: inicio súbito da febre, calafrios, dor de cabeça,
mialgias, náuseas, fadiga, icterícia, hemorragias (por alteração de fatores de coagulação). A
maioria das pessoas costuma melhorar após esses sintomas, mas 15% evoluem para uma
forma mais grave da doença. Nos casos graves, a pessoa pode evoluir para icterícia,
hemorragia e choque.
A vacina contra herpes zoster é recomendada para todas as pessoas com mais de 60 anos, com
contraindicação de imunossupressão pois é uma vacina de vírus atenuado, podendo causar
infecção nesses pacientes.
A dissecção aguda de aorta ocorre quando temos a separação da camada íntima da camada
média da aorta. Quando ocorre a rotura, a dissecção pode ter progressão proximal e distal. A
parede externa no processo de dissecção pode romper dando origem a hemopericardio,
hemotórax e morte.
As principais causas de DAA são hipertensão arterial e aterosclerose (75%), as demais causas
são Marfan e Ehler-Danlos (que são alterações do tecido conjuntivo).
Na maioria das vezes ocorre entre os 40 e 70 anos e é três vezes mais frequente em homens.
De Bakey:
A dor é caracterizada como uma dor intensa, retroesternal ou no dorso. Podem estar
presentes: síncope, dispneia, hemoptise, hemiplegia. Os pulsos devem ser todos palpáveis em
busca de diferenças. O principal diagnóstico diferencial é com o IAM, na DAA as enzimas
cardíacas e o ECG são normais.
Exames complementares:
RX: alargamento do mediastino.
Ecocardio TT ou TE: conseguem identificar o local da ruptura. Pode ser feito na beira do leito,
sendo importante para pacientes instáveis.
RM: mais preciso, mas precisa de paciente imóvel.
Classificação de Killip:
Killip I: sem congestão (sem dispneia, estertores ou B3). Mortalidade de 6%
Killip II: sinais de congestão pulmonar (estertores em bases, turgência jugular, B3).
Mortalidade de 17%;
Killip III: Edema agudo de pulmão (estertores difusos). Mortalidade de 38%;
Killip IV: choque cardiogênico (mortalidade de 81%).
5. (UFPR 2017) Paciente chega à emergência do hospital com queixa de dor retroesternal
intensa, que iniciou há cerca de 40 minutos, irradiada para a mandíbula e associada a
náuseas e vômitos. Imediatamente foi realizado um eletrocardiograma, que mostrou
supradesnivelamento do segmento ST em derivações DII, DIII e AVF. Quanto à conduta a ser
tomada, é correto afirmar:
O paciente aqui tem história de dor anginosa típica e supra de ST em derivações da parede
inferior então, temos que tratar o paciente imediatamente (não esperar resultado de exames
laboratoriais). Quando estamos diante de um paciente com IAM de parede inferior, lembrar
que devemos procurar sinais isquêmicos em VD (com as derivacoes direitas V3R e V4R), pois
vai nortear nossa conduta. As derivações V4R (5º espaco intercostal linha hemiclavicular
direita).
A ICP primária é uma das estratégias para abrir o vaso o mais rápido possível (usar cateter com
ou sem colocação de stent) com o objetivo de restabelecer o fluxo coronário (deve ser iniciada
em até 90 minutos). Na impossibilidade de ICP ou na necessidade de transferência, opta-se por
trombolítico. O início da administração da terapia de reperfusão deve ser realizado o mais
precocemente possível.
Na SCACST os marcadores não devem ser utilizados para diagnóstico, pois temos já dois
critérios clínicos (somente para critérios prognósticos).
Alguns objetivos devem ser cumpridos para realizar compressões torácicas em excelência:
7. (UFPR 2017) A hipertensão arterial, quando associada a outro fator de risco, pode piorar
muito o prognóstico do paciente. São riscos cardiovasculares, EXCETO:
As doenças CV permanecerão como a principal causa de mortalidade, visto que estamos diante
de um aumento da longevidade, mudanças do estilo de vida. Os principais fatores de risco que
podem ser analisados são: dislipidemia, HAS, DM, sobrepeso/obesidade, tabagismo, estresse).
Quanto a idade, o risco de DCV duplica após os 55 anos. É importante fator de risco de DAC
prematura em parentes do primeiro grau, homens abaixo dos 55 anos e mulheres abaixo de 65
anos.
A doença de Parkinson (DP) é uma doença que atinge o SN (especialmente a substância negra
com a morte dos neurônios dessa região). As pessoas com DP apresentam alterações motoras
assimétricas (que acometem inicialmente um lado do corpo e progridem para o outro lado). A
tétrade parkinsoniana é composta por:
Tremor de repouso: movimentos involuntários que são observados quando a pessoa
está parada e são observados em mandíbula, mãos e pés;
Bradicinesia: lentidão do movimento, demorando mais para fazer os movimentos
mesmo que simples;
Instabilidade postural: dificuldade de equilíbrio, caem com frequência;
Rigidez muscular: músculos enrijecidos, mesmo quando os pacientes estão em uma
posição relaxada, que pode causar encurtamento dos músculos e anormalidades
posturais.
9. (UNIFESP 2010) Das alternativas, qual pode indicar intoxicação aguda por sal de lítio?
O lítio é um metal leve, na forma de carbonato de lítio é usado para os quadros de TAB. Após
ingerido tem rápida e completa absorção pelo TGI, o pico plasmático ocorre após 1 a 2 horas
(liberação rápida) ou 4 a 6 horas (liberação lenta). A prevenção pode ser feita pela
psicoeducacao (orientar tomar bastante água e consumir os eletrólitos). Importante também o
paciente saber identificar os sinais precoces da intoxicação como tremores, fraquezas,
náuseas, dor abdominal, diarreia.
A intoxicação ocorre quando a litemia está acima de 1,5MEQ. O paciente começa a apresentar,
vômitos, náuseas, diarreia, dor abdominal, tremores de mãos/pernas, fraqueza, letargia,
vertigem, disartria, hiperreflexia, dismetria.
O tratamento envolve lavagem gástrica na primeira hora (nao adianta tratar com carvão
ativado), suporte e aumentar a excreção renal (hidratação, alcalinização da urina e
hemodiálise).
10. (USP-RP 2017) Homem, 33 anos, assintomático, procura atendimento médico para
realização de atividade física em academia. Nega hipertensão, diabetes mellitus, dislipidemia
e tabagismo. Pai faleceu aos 39 anos de idade por morte súbita. Exame físico: FC:72 bpm; PA:
130 x 80 mmHg; ritmo cardíaco regular, bulhas normofonéticas, sopro mesossistólico 3+/6+
em borda esternal esquerda média, cuja intensidade diminui com o agachamento e aumenta
com a posição ortostática. Vide eletrocardiograma (conforme imagem do caderno de
questões). Qual é a hipótese diagnóstica mais provável?
A CMH é uma doença genética autossômica dominante que é caracterizada por hipertrofia
ventricular sem ventrículos dilatados. Essas alterações nos músculos cardíacos podem
favorecer isquemias e disfunção diastólica, dando origem aos diversos sintomas como
insuficiência cardíaca, taquiarritmias atriais e ventriculares. O paciente pode ter quadros que
variam desde assintomáticos até ocorrência de morte súbita (MS).
A avaliação do paciente deve incluir: história clínica + ECG + Ecocardio. Os sintomas são muito
variáveis, mas pode cursar com dispneia, fadiga, angina, sincope, pré-síncope e palpitações. A
CMH é a principal causa de morte súbita em atletas jovens (questionar sobre morte súbita em
familiares com menos de 40 anos tem forte fator prognóstico e diagnóstico). No exame físico,
o paciente pode apresentar sopros sistólicos em crescendo e decrescendo atenuado pela
hand-grip e reforçado pela manobra de valsalva.
ECG: é alterado em 90% dos pacientes. Os achados mais frequentes são: SVE, desvio de eixo
para esquerda, amplitude aumentada de QRS, inversão de onda T, SAE, ondas Q patológicas.
Quando suspeitar de CMH: histórico familiar de morte súbita precoce, sopro cardíaco, ECG
com SVE sem HAS. Há indicação de investigar a doença nos familiares de primeiro grau do
paciente (exame clínico, ECG + ECO).
11. (UERJ 2019) Mulher de 25 anos apresenta quadro de icterícia iniciada há 60 dias,
associado a colúria, sem acolia fecal. Nos últimos seis meses, passou a apresentar
amenorreia. Nega uso de qualquer tipo de medicamento. Ao exame físico, apresenta acne,
estrias em abdômen, fígado a dois dedos do rebordo costal direito, com hepatimetria de 10
cm. Os exames laboratoriais demonstram hematócrito = 40%, leucócitos = 8.000/mm3, TGO
= 250U/L, TGP = 300 U/L, bilirrubina total = 7 mg/dL, bilirrubina direta = 5,6 mg/dL, fosfatase
alcalina = 240 U/L e gamaGT = 70 U/L. As sorologias virais mostravam: HbSAg (-), antiHbSAg
(+), Elisa de terceira geração para vírus C negativo e anti-HAV IgM (-) e IgG (+). A dosagem de
ceruloplasmina sérica apresentou resultado normal, alfafetoproteína = 10ng/mL e
antimúsculo liso de 1:720. O exame de lâmpada de fenda não mostrou alteração. O
diagnótico e o tratamento, respectivamente, são:
O que podemos pensar em uma paciente jovem de 25 anos, com icterícia as custas de BD,
associado a colúria, além de elevação de transaminases. Temos que pensar em quadros de
hepatite. Quando estamos diante de uma hepatite alcoólica AST >ALT e aqui temos um
predomínio de ALT.
Além disso, as sorologias para hepatite B não mostram infecção aguda (e sim cura seja ela por
infecção prévia ou vacinação – ANTIHBS +). Hepatite A com cicatriz (cura) e ausência de
contato com HCV. Alfafetoproteina dentro dos limites da normalidade e ceruloplasmina
normal (excluímos doença de Wilson). Após excluir todas essas causas e ver que a paciente
tem um anti-musculo liso positivo, aumenta as chances de ser hepatite autoimune. O
tratamento básico para hepatite autoimune é imunossupressão (corticoide + azatioprina).
12. (UERJ – 2019) Alcoolista crônico, 64 anos, após internação em emergência devido a
hipoglicemia, vem apresentando perda de equilíbrio, sonolência, tontura, confusão mental,
dificuldade de deambulação, com quedas ocasionais, movimentos estranhos nos olhos,
perda de memória para fatos recentes e invenção de histórias. Ao exame físico, apresenta
emagrecimento importante, ataxia, oftalmoplegia, sinais de polineuropatia, batimentos
cardíacos irregulares e sinais de insuficiência cardíaca. Diante desse quadro, o diagnóstico
mais provável é de:
13. (SES-PE – 2019) Uma paciente de 20 anos procurou o médico com queixas de astenia e
náuseas há dois meses. Ao exame físico, foram observadas leve icterícia e hepatomegalia.
Exames complementares mostram AST 980 UI/L, ALT 1230 1230 UI/L, BT 2,1 mg/dL,
fosfatase alcalina 1,3 vezes o limite superior da normalidade e IgG duas vezes acima do valor
normal. Sabendo que toda a sorologia viral foi negativa, qual exame mais provavelmente
será essencial para a definição do diagnóstico?
Novamente uma paciente mulher jovem, com icterícia, náuseas, com BT aumentada as custas
de direta, AST/ALT aumentadas (ALT>AST). E nenhuma sorologia positiva que justifique isso.
Uma vez que as hepatites virais foram excluídas, a segunda hipótese mais comum é a hepatite
autoimune (nesse caso, as pacientes apresentam FAN + e antimusculo liso +).
Analisando o que aparece para a gente: é uma paciente com uma hepatopatia (hepatite
autoimune) e então temos que impedir que ela adquira mais alguma hepatopatia. Além disso,
nao podemos prescrever para essa paciente vacinas de vírus atenuados pois essa paciente é
imunossuprimida.
Quando falamos das sorologias, a paciente é suscetível a hepatite A (devendo tomar vacina),
paciente já com cicatriz de cura de hepatite B e sem contato com o vírus da hepatite C.
Por ser imunossuprimida tem indicação para receber influenza e pneumo. Não precisa receber
vacina contra hepatite B e não pode receber vacina contra vírus atenuados.
15. (PUC-SP 2019) Paciente com 28 anos chega ao PS com sangramento gengival, hematúria
e petéquias em membros inferiores. Apresenta febre há 2 dias e em seu hemograma Hb =
9,3 g/dl, Leucócitos = 2100/mm3 (Segmentados = 15%, Linfócitos 40% e presença de 45% de
células imaturas) e Plaquetas = 16.000/ mm3. Qual é o provável diagnóstico, o exame
necessário para a confirmação diagnóstica e as primeiras medidas terapêuticas?
16. (FAMERP 2019) Um paciente de 34 anos queixa-se de fraqueza, que vem piorando
progressivamente há 4 meses. Nega histórico de tromboses. O exame físico não mostra nada
de relevante, além de mucosas hipocoradas. Um hemograma é, então, solicitado: Hb 7,5
g/dl; VCM 82 fl; Análise qualitativa da série vermelha : discreta anisocitose. Leucócitos
4500/mm3; Neutrófilos 70%; Linfócitos 25%; Eosinófilos 2%; Monócitos 3%; Plaquetas
180.000/mm3. Diante do quadro de anemia, novos exames são solicitados: ferritina 190
ng/ml; DHL 2100 U/l (valor normal até 280 U/l); Bilirruinas Indiretas 2,4mg/dl; Bilirrubinas
Diretas 0,5mg/dl; Bilirrubinas totais 2,9mg/dl; Coombs Direto negativo. Eletroforese de
Hemoglobina: Hb AA 96% com Hb A2 de 2,8%. Creatinina 1,0 mg/dl. Diante do quadro acima,
a alternativa que propõe a melhor hipótese diagnóstica seria:
Temos sinais claros que o paciente possui uma anemia hemolítica (HB baixo, VCM normal, LDH
elevado e BI elevada). Temos as causas:
Microangiopáticas: PTT;
Hemolíticas autoimunes (linfomas ou AHAI);
Anemia hemolítica não imune (HPN).
Vamos excluir as microangiopatias pois não temos nenhum sinal de esquizócitos, hemácias
fragmentadas ou plaquetopenia. Como não temos a presença de anticorpos temos que excluir
AHAI.
SEMANA 6
1.(SMS-SP 2014) Mulher, 51 anos de idade, tem artrite reumatoide há 18 anos, usando
metotrexate e infliximabe nos últimos 5 anos e queixa-se de dor intensa, de instalação
progressiva há 03 dias, em sua virilha direita. A dor acorda a paciente à noite e causa grande
dificuldade para andar. Exame clínico: paciente claudica, há deformidades das
metacarpofalangianas e interfalangianas proximais, a movimentação da articulação
coxofemoral direita está limitada e reproduz a dor à mobilização. Restante do exame
normal. Exames recentes: Hb = 11,0 g/dl; leucócitos = 9.200/mm3 (sem desvio); plaquetas =
380.000/mm3; VHS = 20 mm/h; proteína C-reativa = 1,5 mg/dl. Líquido sinovial obtido por
artrocentese da articulação coxofemoral direita: 1.100 leucócitos/mm3 (60% de
mononucleares). A principal hipótese é:
Aqui, temos que pensar nas possibilidades diagnósticas de um paciente com monoartrite em
um paciente já com AR em tratamento. Os pacientes com AR já tem um risco maior para
pensarmos em osteoporose e fratura por fragilidade, mas não temos história de trauma, nem
alterações no exame físico que justifiquem pensarmos em fratura (como rotação externa ou
encurtamento do membro). As outras alternativas que englobam as artrites infecciosas. Na
artrite séptica, frequentemente temos quadro sistêmico associado e um liquido sinovial
altamente inflamado (>50.000 leucocitos >80% de neutrofilos).
2. (Santa Casa SP 2019) Assinale a alternativa que não apresenta um aspecto prognóstico
relevante nas leucemias linfocíticas agudas (LLAs):
Quanto ao prognóstico das LLA, o único ítem que não faz parte dos fatores prognósticos é a
febre. Se tiver leuco >30.000 é mau prognóstico, se cariótipo complexo é mau prognóstico,
quanto maior a idade pior a resposta aos tratamentos e se acometer SNC, testículos e
amigdalas, também é fator de mau prognóstico.
3. (FAMERP 2019) Uma paciente com 42 anos de idade apresenta importante dor abdominal
em hipocôndrio direito. Ao exame físico, nota-se apenas a palpação dolorosa da região
abdominal citada. No interrogatório complementar, ela refere apenas prurido após o banho.
Alguns testes são, então, solicitados: US de abdome: Fígado aumentado em suas dimensões,
baço com 450cm3 (valor normal até 300cm3) e trombose de veia supra-hepática. Hb 14,5
g/dl; VCM 82 fl; Leucócitos 9500/mm3; Neutrófilos 70%; Linfócitos 25%; Eosinófilos 2%;
Monócitos 3%; Plaquetas 580.000/mm3; DHL 180 U/l (valor normal até 280 U/l). Diante dos
dados acima, pode-se afirmar que:
Eritrocitose é causa frequente de prurido após o banho. HPN dá queda de HB. Além disso, a
pesquisa de mutação JAK-2 é importante para o diagnóstico de PV.
4. (USP 2019) Homem de 75 anos com antecedente de fibrilação atrial crônica faz uso de
anticoagulante oral (varfarina sódica). Está em programação de hernioplastia incisional. Qual
é a conduta em relação ao uso do anticoagulante?
5. (USP 2017) Mulher de 32 anos de idade apresenta há 3 meses as lesões a seguir (VER
IMAGEM). Queixa-se também de fraqueza muscular e disfagia. No exame clínico, apresenta
força muscular grau IV proximal em membros superiores e inferiores, além das lesões
apresentadas. O restante do exame clínico está sem alterações. A principal hipótese
diagnóstica é:
O quadro clinico de fraqueza, disfagia e redução da força muscular nos chamam atenção para
polimiosite. Contudo, temos lesões típicas acometendo a pele do paciente como manchas de
Gottron e Heliotrôpo (periocular). Além disso, o paciente pode ter rash malar que não poupa o
sulco nasolabial (ao contrario do LES).
O quadro clínico da polimiosite é: fraqueza muscular progressiva de inicio insidioso (3 a 6
meses) de acometimento simétrico, proximal, de cintura escapular e pélvica. Com o passar do
tempo, vai evoluindo para comprometimento de faringe e esôfago (disfagia de transferência).
A dermatomiosite tem o mesmo quadro muscular da polimiosite, mas tem o acometimento da
pele que cursam com: sinal de Gottron, Heliotropo, sinal do V, sinal do xale e eritema em face
que não poupa o sulco nasolabial.
6. (PUC-SP 2017) Marília, 15 anos, foi encontrada comatosa. Tem diagnóstico prévio de
diabetes mellitus tipo 1. Foi encaminhada a Unidade Regional de Emergência com PA = 90 x
70 mmHg, FC = 140 bpm, FR = 44 irpm, Tax = 37°C, com pupilas mióticas. A ausculta
pulmonar era limpa, as mucosas muito desidratadas e diurese ausente. Os exames
laboratoriais revelaram: Na = 130 mEq/L; K = 3,0 mEq/L; Cl = 97 mEq/L; pH = 7,14; PaCO2 =
21mmHg e HCO3 = 7,0 mEq/L; PaO2 = 100 em ar ambiente; Glicose = 530 mg/dL. O
diagnóstico do distúrbio ácido básico primário de Marília é:
Como a paciente em questão é uma paciente diabética com uma glicemia de 530, já
suspeitamos de cetoacidose diabética e já sabemos que é causa de acidose metabólica com AG
aumentado.
7. (USP-RP 2015) Uma mulher de 30 anos refere sangramento gengival as escovações há 15
dias. Nega antecedentes pessoal e familiar de sangramento, faz uso de contraceptivos orais
refere etilismo social e nega tabagismo. Ao exame físico apresenta-se em bom estado geral.
corada, hidratada. anictérica. acianótica. sem linfonodomegalias. Encontram-se múltiplas
petéquias em tronco e membros. As auscultas cardíaca e pulmonar não têm alterações.O
abdome é indolor. sem visceromegalias. Hemograma: Hb = 13,79/dL, Ht = 44%, VCM = 881L.
leucócitos = 6.3 x 103lpL, neutrófilos = 4.9 x 10°/dL, Linfócitos 1.4 x 10’/uL, plaquetas = 12 x
103/uL e contagem de reticulócitos = 1%. O esfregaço do sangue periférico revela plaquetas
reduzidas em número, sem outras alterações. E mais: sorologias para HBV, HCV e HIV
negativas; FAN negativo: TSH normal; ultrassonografia de abdome sem alterações. Qual é a
conduta mais apropriada no momento?
Trata-se de PTI. A PTI é causada por anticorpos que atuam contra as plaquetas, que são
destruídas pelo sistema reticulo-endotelial. Os sintomas mais comuns são: sangramentos
mucocutaneos (pele, cavidade oral, nasal, vaginal) e no exame físico é comum encontrarmos
petequias principalmente em MMII.
Para o diagnóstico é necessário ter plaquetas < 100.000 e pode ser primária quando não tem
causa estabelecida, ou secundária (associada a infecções como HBV, HCV).
O objetivo do tratamento da PTI, não é normalizar o numero de plaquetas e sim obter uma
contagem suficiente para manter uma hemostasia adequada. Normalmente o tratamento é
indicado quando as plaquetas estão abaixo de 30.000, pois a partir dai a chance de eventos
mais graves aumenta. O tratamento se baseia em corticoterapia (prednisona 1mg/kg). Nos
sangramentos mais graves, é necessária uma elevacao mais rápida do numero de plaquetas, e
ai podemos usar imunoglobulina humana.
Nos casos de PTI que não respondem aos glicocorticoides, a esplenectomia é o tratamento
padrão. Lembrar que os pacientes que vão ser submetidos, devem ser vacinados para N.
meningitides, S. pneumoniae e H. influenza.
8. (USP-RP 2015) Uma mulher, caucasiana com pele e olhos claros, trabalhadora rural.
comparece ao ambulatório de especialidades com lesão vegetante e ulcerada na pele do
dorso da mão esquerda, sangrante ao pequeno trauma, há cerca de 8 meses. Relata ser
portadora de HIV. Qual é o diagnóstico mais provável da lesão na mão?
Essa lesão do paciente é típica de CEC. CEC é um carcinoma que ocorre nas células superiores
da epiderme e se desenvolve principalmente nas áreas que são mais expostas ao sol como
braços, pernas, pescoço, rosto e couro cabeludo.
pessoas com pele e cabelo claros, olhos azuis são mais propensas e desenvolver esse tipo de
carcinoma.
É 2x mais frequente em homens que em mulheres. A doença raramente se manifesta antes
dos 50 anos, atingindo o pico após os 70 anos.
O cancer pode aparecer em feridas de pele, queimaduras, cicatrizes ou ulceras.
O carcinoma basocelular se manifesta como uma papula perlácea.
O CEC se manifesta como lesões ulceradas que sangram facilmente. O melanoma são sinais
multicoloridos que mudam de cor e de tamanho (geralmente são muito pigmentados).
Os principais efeitos colaterais dos BCC costuma ser o edema maleolar, pois eles provocam
vasodilatação e transudação capilar, além disso os pacientes apresentam rubor facial.
As estatinas podem causar dor muscular (com ou sem aumento de CPK). Lembrar que a
metformina está CI nos pacientes com TGF < 30.
10. (UF-UBERLANDIA 2018) Paciente portador de cardiopatia chagásica em uso de
amiodarona 200mg/dia é admitido na sala de emergência com confusão mental e queixa de
mal-estar. Ao exame físico apresenta pressão arterial de 70x40 mmHg, frequência cardíaca
de 210 bpm, frequência respiratória de 28 irpm e saturação de O2 de 90%. Realizado
eletrocardiograma que evidencia o traçado abaixo:
Os sintomas de um paciente com TEP, podem ser dispneia, dor pleurítica (se relaciona com os
trombos que causam infarto pulmonar). EP maciça quando tem choque/hipotensão arterial. EP
não-maciça se manifesta com quadro de choque ou hipotensão arterial. Quando temos supeita
de TEP, então temos que aplicar o Escore de Wells. Quando o paciente tem baixa
probabilidade pelo escore, temos que fazer o D-dímero, que se der negativo, exclui a
probabilidade de TEP. Se o escore der alto, já vamos direto para a AngioTC que vai confirmar o
diagnóstico.
Trata-se de uma SCASST que é quando ocorre o IAM sem elevação do segmento ST no ECG.
Sabemos que foi uma dor anginosa pois foi uma dor típica com duração de mais de 20 minutos
(afastamos possibilidade de angina instável). Diante de um paciente assim, ele deve receber o
seguinte tratamento:
Acesso venoso;
Oxigenio (Se necessário)
AAS
Clopidogrel – será mantido por 1 ano;
Nitrato;
Morfina (Se dor);
IECA/BRA, Estatinas, BB...
Então, 4 drogas são consideradas tratamento de primeira linha para os pacientes com HAS não
negros: diuréticos, IECA, BRA e BCC. Os BB não são mais utilizados. Então, vamos iniciar
primeiro diuréticos.
Se nao funcionar, vamos fazer a associação de DIU + IECA/BRA. Se não der certo, vamos fazer a
associação de DIU + IECA/BRA + BCC. A 4ª droga sempre será espironolactona.
15. (UF-UBERLANDIA 2017) Homem de 50 anos com hipertensão crônica apresenta pressão
arterial de 220 x 104 mmHg. Ele está assintomático e suspendeu suas medicações (enalapril
e anlodipina) há 45 dias. Qual das seguintes é a melhor ação? Assinale a alternativa correta:
Mais uma vez uma questão sobre crise hipertensiva (PAS > 180 e PAD > 120). Quando
associada a lesão de órgão alvo, trata-se de EH, quando não temos lesão de órgão alvo, trata-
se de UH (que é o caso do paciente). Diante disso, o tratamento VO é o indicado.
16. (UF-UBERLANDIA 2017) Qual dos seguintes achados é comumente visto na imagem do
cérebro de pacientes com doença de Alzheimer? Assinale a alternativa correta.
SEMANA 7
1. (UNICAMP 2015) Mulher, 90a, branca, queixa-se de tosse e expectoração amarelada há 2
dias. Sem comorbidades. Exame físico: lúcida; peso= 80kg; PA= 140x80mmHg; FR= 18irpm;
temperatura 37,5OC; oximetria de pulso= 97% (ar ambiente). Coração: bulhas rítmicas
normofonéticas sem sopros. Pulmão: murmúrio vesicular presente com estertores
crepitantes em base direita. Radiograma de tórax: opacidade em base direita. Exames
laboratoriais: Creatinina sérica= 1,0mg/dL; Hemograma: Hb= 13,7g/dL; Leucócitos=
13500/mm3 com neutrofilia. Em relação à taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) e à
internação:
Para conseguirmos resolver essa questão, basta calcular a TGF da paciente e pensar nos
critérios de internação baseados no CURB-65.
O CURB-65 (confusão mental, U=50, R=30, PA<90, > 65 anos). A paciente apresenta um CURB
de 1, ou seja, não necessita de internação hospitalar para o tratamento.
2. (UNICAMP 2015) Homem, 78a, refere que não está conseguindo controlar a pressão
arterial há 3 meses. Antecedentes pessoais: tabagista, hipertenso há 20 anos, em uso de
hidroclorotiazida. Exame físico: corado; hidratado; FC= 72bpm; PA= 168x112mmHg. Pescoço:
sopro audível na topografia de carótida direita. Coração: ausculta cardíaca sem alterações.
Extremidades: pulso pedioso e radial esquerdos diminuídos. A propedêutica diagnóstica a
ser realizada é:
Esse paciente pode ter algo arterial, pois possui fatores de risco para doenças
cardiovasculares, assimetria de pulso (pedioso e radial diminuídos) e sopro carotídeo. Isso nos
faz pensar em dissecção de aorta. O exame de escolha nesses casos é a angioTC de aorta.
3. (UNICAMP 2015) Homem, 72a, queixa-se de tontura e cansaço há 2 dias. Hoje apresentou
queda da própria altura ao se levantar. Antecedente pessoal: hipertensão arterial em uso de
metoprolol e hidroclorotiazida. Realizou o ECG abaixo:
A tuberculose pleural é a forma mais comum de tuberculose extrapulmonar. A pleura pode ser
atingida por via Hematogênica. Manifesta-se clinicamente por febre, astenia, emagrecimento.
Dor pleurítica é o sintoma respiratório predominante.
Entao, o paciente apresenta HBS-AG negativo (não tem vírus da hepatite B) e tem ANTI-HBS
reagente (ou seja, ou o paciente é vacinado ou teve a infecção e ficou curado). Após analisar
isso, temos que analisar o C (ANTI-HBC que representa o core do vírus). Como o paciente
apresenta um anti-hbc nao reagente, indica que essa imunidade é oriunda da vacinação.
6. (UNICAMP 2015) Mulher, 54a, acompanhada por artrite reumatoide, há 6 meses em uso
de inibidor de fator de necrose tumoral. Refere diminuição do apetite há 4 meses, já
emagreceu 6 kg. Nega febre, refere sudorese durante a noite e tosse com expectoração
amarelada em moderada quantidade. Exame físico: PA= 128x74 mmHg; FC= 76 bpm; FR= 20
irpm;Oxi metria de pulso= 96% (ar ambiente); Índice de Massa Corpórea= 21 kg/m2. Regular
estado geral. Pulmões: murmúrio vesicular presente, estertores em ápice esquerdo.
Coração: bulhas rítmicas normofonéticas, sopro sistólico suave em foco mitral irradiado para
axila. O exame complementar e a conduta para o diagnóstico são:
Algumas condições que levam a imunossupressão podem facilitar a infecção pelo bacilo de
Koch, como TB, e uso de inibidor de fator de necrose tumoral, que é o caso da paciente
descrita.
7. (UNICAMP 2015) Mulher, 38a, negra, procura atendimento com queixa de fraqueza,
desânimo e inapetência há 6 meses, com piora progressiva. Nega outras queixas. Exame
físico: PA= 110x70mmHg; FC= 92 bpm; descorada 2+/4+. Exames laboratoriais: Hb= 9,0g/dL;
Htc= 27%; VCM= 77fl; HCM= 22pg; ferro sérico= 32μg/dL e TIBC= 400μg/dL. A classificação
morfológica e a causa da anemia são:
Essa paciente apresenta sinais claros de anemia, como fraqueza e desanimo, bem como uma
queda de Hb (9). Então após isso temos que olhar as características para conseguir identificar
qual anemia o paciente tem.
Nesse caso, a paciente tem um VCM baixo (80 – 100) indicando uma microcitose e um HCM
baixo também (>27) indicando uma hipocromia. Uma outra característica é que a anemia por
deficiência de ferro cursa com RDW alto, ou seja, cursa com anisocitose (isso pode diferenciar
das beta-talassemias por exemplo).
Quando solicitamos o perfil de ferro, o que podemos encontrar? O ferro é transportado pelo
plasma junto com a transferrina, então quando dosamos o ferro sérico, estamos querendo
saber a quantidade de ferro que está desligada da transferrina.
O ferro sérico normal é de 75 a 175 (homens) e 65 a 165 nas mulheres. Quando estamos
diante de uma deficiência de ferro, ocorre aumento da transferrina e sua capacidade de
ligação estará elevada (TIBC – capacidade total de ligação do ferro), pois como falta ferro a
transferrina estará avida para se ligar ao ferro.
8. (UNICAMP 2015 - modificada) Homem, 67a, diabético, há 6 dias em tratamento por infarto
agudo do miocárdio. Após pesadelo, sente dor precordial intensa, em aperto e sudorese
profusa. Exame físico: FC= 96 bpm. Pulmão: murmúrio vesicular sem ruídos adventícios.
Coração: bulhas rítmicas normofonéticas sem sopros. No momento, o eletrocardiograma não
apresenta alterações isquêmicas. Exames laboratoriais: Troponina= 20ng/L (Valor referência
< 14,0ng/L). Qual a conduta?
As troponina permanecem elevadas por mais tempo. A CK começa a elevar seus níveis em 4 a
8 horas e tem seu pico entre 12 e 24 horas. Nos pacientes que se apresentam com menos de 3
horas do inicio dos sintomas, devem ser submetidos a nova dosagem de troponinas, pois
podem subir. Medidas seriadas de troponina devem ser obtido no momento do sintomas e de
3 a 6 horas após.
9. (UNICAMP 2015) Homem, 78a, há 2 meses queixa-se de falta de ar, com piora progressiva.
Aos grandes esforços, sente queimação retroesternal e em uma destas ocasiões, sentiu
tonturas, escurecimento visual e quase desmaiou, melhorando ao se deitar. Para conseguir
dormir, eleva a cabeceira da cama e, mesmo assim, acorda com canseira todas as noites,
melhora quando senta. Refere inchaço nas pernas. Exame físico: PA= 128x88 mmHg; FC= 108
bpm; bom estado geral; extremidades quentes; jugulares túrgidas a 45 graus; pulsos
carotídeos diminuídos. Pulmões: murmúrio vesicular presente com estertores crepitantes
em bases. Coração: bulhas rítmicas normofonéticas, com desdobramento de B2 na expiração
e B4 audível em mesocárdio e foco mitral e sopro sistólico paraesternal à direita, irradiando
para carótidas. A ausculta cardíaca refere-se a:
Na estenose aórtica, ocorre uma dificuldade na abertura da valva aórtica então temos um
sopro sistólico no foco aórtico que irradia para as carótidas.
10. (UNICAMP 2015 - modificada) Homem, 21a, com fratura de fêmur devido à queda de
muro sobre a coxa esquerda, a qual permaneceu comprimida por 1 hora. Para prevenção da
injúria renal aguda, a conduta é:
A rabdomiólise é definida como uma lesão direta ou indireta do músculo esquelético, levando
a liberação de componentes e mioglobina, por isso temos mioglobinúria. Elevacao de CPK
pode ou não estar presente.
Para prevenir que ocorre alguma coisa ou atuar na hipercalemia é necessário hidratar
vigorosamente o paciente.
11. (UNICAMP 2015) Mulher, 43a, assintomática, realizou exame periódico da empresa e foi
auscultado sopro diastólico em foco mitral +++/4+. Radiograma de tórax: índice
cardiotorácico aumentado. Ecocardiografia: prolapso incontinente da valva mitral, com
ruptura de cordoalha tendínea do folheto posterior, diâmetro diastólico ventricular
esquerdo moderadamente aumentado e fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 45%.
Assinale a alternativa correta:
Sopro diastólico em foco mitral é um sopro de estenose mitral. É uma doença estritamente
cirúrgica. Indicações para cirurgia:
Sintomático;
Assintomático se: FE < 60, VE sistólico > 4,0, FA de inicio recente, PSAP > 50 ou
aumento do VE.
12. (UFES 2015) Um paciente de 52 anos, previamente diabético e dislipidêmico, com história
de dor, vermelhidão e calor no joelho direito há 02 dias, nega febre e episódios semelhantes
anteriores. Ao exame físico, apresenta FC = 104 bpm, PA = 120 x 80 mmHg, edema, calor, e
hiperemia do joelho direito com sinal da tecla positivo. A adequada conduta no
prontosocorro foi coleta do líquido sinovial, que se mostrou turvo e com viscosidade
diminuída. Assinale a alternativa correta:
13. (UNICAMP 2010) Um homem, de 60 anos, há 6 meses queixa-se de dor lombar baixa, de
ritmo mecânico em faixa, com irradiação para as regiões inguinal e glútea e face anterior da
coxa direita. Refere piora vespertina, necessitando do uso diário de analgésicos e
antiinflamatórios não hormonais, e trabalha em uma distribuidora, caminhando vários
quilômetros ao dia, sem carregar peso. Exame físico: dor à palpação da região lombar baixa
com retração dos músculos isquiotibiais, bloqueio de rotação interna do quadril direito,
abdução de 10o, sinal de Thomas (+) à direita, ausência de déficit neurológico, Lasègue
negativo. O radiograma de coluna não aponta alterações. O diagnóstico e conduta são:
Dor na articulação coxo-femoral ocorre principalmente na região inguinal, com irradiação para
anterior da coxa. A presença de ritmo mecânico, deambulação, alteração da rotação interna e
abdução da coxofemoral, sugerem comprometimento coxofemoral. Alteração na flexão e
rotação interna (paciente não consegue). Também ocorre contratura em flexão e rotação
externa (Sinal de Thomas). Diante disso, o paciente tem uma osteoartrite coxo-femoral. Mas já
faz uso de AINES e analgésicos diariamente. Então, o que nos resta para esse paciente é fazer
artroplasia.
14. (SANTA CASA 2015) Uma paciente de 69 anos, em consulta de rotina sem queixas
ginecológicas, refere antecedentes de artrite reumatoide em uso de corticosteroides há 2
anos. Nega outras comorbidades. Menopausa aos 47 anos, sem uso de terapia hormonal
prévia, já teve 3 gestações, 2 partos (normais) e 1 aborto. Tem boa alimentação, com
ingestão de 3 copos de leite diários. Dentre os exames solicitados, observam-se, na
densitometria óssea, valores de -2,8 desvios-padrão (escore T) para coluna lombar e -2,7
desvios-padrão (escore T) para fêmur proximal. Dentre as alternativas a seguir, qual seria a
melhor opção terapêutica para a condição descrita?
A paciente então, apresenta osteoporose na coluna lombar e no fêmur (> - 2,5). O principio do
tratamento se baseia em exercício e dieta rica em cálcio (além de comprimidos de calcio oral).
Mas como a paciente já apresenta osteoporose, temos que dispor de medicamentos que
bloqueiam a reabsorção óssea e aumentem a síntese óssea. Nao podemos utilizar
medicamentos a base de estrogênio, pois mesmo que estejam relacionados ao aumento do
risco CV. O inicio do tratamento então, deve ser baseado nos bisfosfonatos (Alendronato,
risendronato) que reduzem fratura tanto em coluna quanto em fêmur (onde os SERMS nao
estão indicados – nao atuam em fêmur).
15. (AMP 2015) Uma paciente de 48 anos relata 2 anos de evolução da dor e aumento de
volume envolvendo as articulações mestacarpofalangianas, o punho e a 3a e 4a
interfalangianas proximais, de forma aditiva. A paciente relata rigidez matinal com cerca de
1 hora de duração. Ao exame, apresenta artrite das articulações envolvidas, desvio ulnar
bilateral e nódulos subcutâneos na região extensora dos braços, móveis e fibroelásticos.
Qual destes achados NÃO é esperado no caso?
Essa paciente tem características de artrite reumatoide. Poliartrite simétrica aditiva com
rigidez matinal acima de 30 minutos, desvio ulnar e nódulos reumatoides. De inicio acomete
pequenas articulações (mãos, pés) e vai acometendo gradnes articulações como ombros,
cotovelos e joelhos. Raramente acomete interfalangeanas distais. O paciente apresenta FR +
além disso é esperado que tenha anti-CCP e as alterações radiográficas comuns são: erosões,
redução do espaco articular e diminuição da densidade óssea.
16. MCR, freira de 72 anos, branca, asmática com história de uso crônico e intermitente de
corticites, hipertensa em uso de enalapril e hidroclortiazida, com índice de massa corporal de
19 Kg/m2, sedentária, nuligesta, menopausa aos 46 anos e que nunca fez terapia de
reposição hormonal. MCR foi submetida a exame de densitometria óssea com os seguintes
resultados: Densidade mineral óssea (DMO) de L1-L4 de menos 3,7 desvios-padrão em
relação à curva de massa óssea ajustada para adultos jovens e menos 2,9 desvios-padrão em
relação à curva de massa óssea ajustada para a mesma idade, peso e sexo. DMO de colo
femoral de menos 1,4 desvios-padrão em relação à curva de massa óssea ajustada para
adultos jovens e menos 1,0 desvios-padrão em relação à curva de massa óssea ajustada para
a mesma idade, peso e sexo. Quanto ao diagnóstico densitométrico, pode-se afirmar que a
paciente tem: