Angina Estável
Angina Estável
Angina Estável
Angina estável
A angina estável basicamente é a doença coronariana crônica.
O que é necessário saber?
Quadro clínico: características da dor e sinais de instabilidade
Testes não invasivos: quando pedir e quais achados de alto risco
Tratamento: remédios que previnem eventos (mudam o prognóstico) e aliviam
os sintomas;
Aterosclerose:
Pode acometer qualquer artéria, principalmente coronária, cerebrais, renais e MMII.
Essa placa vai crescendo e pode ocluir o vaso e o paciente pode ter infarto, AVC ou
doença arterial periférica.
Fatores de risco:
HAS;
Diabetes;
Dislipidemia;
Tabagismo;
Obesidade/sedentarismo;
História familiar;
Quadro atípico:
Alguns pacientes podem ter essa dor atípica (idosos, gestantes e diabéticos). O
paciente pode fazer um quadro diferente.
Exame físico:
Normal na maioria dos casos.
Durante a angina, o paciente pode ter B3, B4 e estertores pulmonares.
Xantoma: protuberâncias amarelas nas pálpebras (indicando dislipidemia –
colesterol);
Pulso de MMII diminuídos (aterosclerose);
Como interpretar?
Paciente tem PPT < 10%: baixa probabilidade. Devemos procurar outra causa
de dor torácica. TNI pode ser solicitado: teste ergométrico.
PPT > 90%: alta probabilidade. Podemos fazer CATE para estratificação de risco.
PPT entre 10 e 90%: risco intermediário. Nesses pacientes os testes não
invasivos, estão mais que indicados.
Módulo de cardiologia – Medcel 2021
Exames básicos:
Para SCA – temos o protocolo de dor torácica (angina instável).
Mas podemos pedir, hemograma, creatinina, perfil lipídico, rastreio para DM, tireoide.
RX de tórax:
Bom para diagnóstico diferencial.
Pedir se houver suspeita de IC;
Ecocardiograma transtorácico:
Para avaliar função sistólica (FE) e função diastólica.
Para ver alterações de contratilidade de paredes, sugestiva de DAC.
Vamos pedir quando houver sintomas de IC
Diagnóstico diferencial: estenose aórtica e cardiomiopatia hipertrófica.
Contraindicações:
Dissecção de aorta;
Estenose aórtica importante;
Estenoses valvares sintomáticas;
SCA recente;
Angina instável de moderado a alto risco;
AngioTC de coronárias:
Importante para avaliação anatômica.
Para pacientes intermediários.
Sintomáticos de alto risco, não pedir angioTC, já encaminhar para CATE de alto risco.
Escore de cálcio:
Não necessita de contraste;
Pedir somente para ASSINTOMÁTICOS;
Bom para estratificação de risco cardiovascular;
Cintilografia miocárdica:
É interessante quando temos um ECG não interpretável.
Serve para uma avaliação funcional.
Podemos usar teste físico (corrida) ou farmacológico (dipiridamol).
Lesões importantes:
TCE > 50%;
Demais coronárias >70%;
Tratamento:
Temos que tratar os sintomas (a dor no peito).
Outra coisa é tratar para prevenir os eventos futuros.
Tratamento geral:
Módulo de cardiologia – Medcel 2021
MEV;
Controle dos fatores agravantes;
Controle PA, colesterol e DM;
Parar de fumar;
Atividade física;
Tratamento angina:
Betabloqueadores: é medicamento de primeira escolha na angina estável.
Aumenta a dose até melhorar os sintomas.
Sempre deixar FC entre 50 e 60.
Não podemos usar BB em angina vasoespástica (de Prinzmetal);
BCC: medicamento de 2ª linha;
Anlodipino (BCC diidropiridínico) pode associar com BB;
Os não-diidropiridínicos (Verapamil ou Diltiazem) não pode associar com BB;
Alguma CI aos BB, podemos usar os BCC
Não pode usar nifedipina de ação rápida: como causa uma diminuição de PA,
pode causar taquicardia reflexa (causa um consumo maior de O2).
Utilizar na angina vasoespastica.
Nitrato de ação rápida: podemos usar para alívio sintomático nas crises agudas
Podemos usar para profilaxia – atividade física e relação sexual;
Nitratos de ação prolongada: são medicamentos de 3ª linha somente. Não
podemos usar de rotina, pois estudos mostram que piora função endotelial.
Vasodilatação e vasodilatação coronariana.
OBS: não podemos combinar nitrato com sildenafila (Viagra) pois pode causar
hipotensão importante.
Quando revascularizar?
Tratamento otimizado e o paciente continua com sintomas;
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Paciente tem sintomas, então o escore de cálcio não serve. Não pedir teste
ergométrico.
Paciente de alto risco e piloto de avião e podemos fazer então estratificação invasiva
(chegar mais rápido ao diagnóstico e tratar o mais rápido possível).
Para pesquisar isquemia em paciente com BRE o teste ergométrico não tem utilidade.
Mas essa paciente não é alto risco para ir direto para o cateterismo.
Infra acima de 2mm no teste ergométrico que dura por 7 minutos, é achado de alto
risco.
E então temos que solicitar cateterismo cardíaco.