Rochas Sedimentares Abril 23-24

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Rochas sedimentares abril 23-24

Grupo I
Estudos geoquímicos realizados em sedimentos atuais, em distintos contextos de sedimentação,
permitem avaliar a fonte e o grau de meteorização desses sedimentos. Estes estudos revelam que a composição
química dos sedimentos presentes em linhas de água depende diretamente das litologias existentes na bacia de
alimentação.
As albufeiras das barragens são eficientes barreiras ao transporte de sedimentos até às zonas costeiras,
permitindo analisar as características mineralógicas e químicas dos sedimentos.
Neste âmbito, foi realizado um estudo que se baseou na recolha de dados geoquímicos dos sedimentos retidos
pela barragem do Maranhão, a maior reserva de água do Alto Alentejo.
A bacia da albufeira do Maranhão pertence ao sistema do rio Sorraia, onde aflora uma cobertura sedimentar
cenozoica, fundamentalmente detrítica, constituída por cascalheiras, saibros, areias, conglomerados, arenitos
argilosos, argilas e margas. Também afloram uma grande variedade de rochas metamórficas e magmáticas
paleozoicas e pré-câmbricas (Figura 1).
Foram analisadas 81 amostras de sedimentos recolhidas na albufeira e nos seus afluentes. Os dados obtidos
relativos à composição química dos sedimentos de granulometria areia e de granulometria silte-argila foram
analisados, aplicando sistemas paramétricos que relacionam a composição química com a composição
mineralógica (Figura 2). Outro dado analisado foi o índice de alteração química (CIA) relativamente ao conteúdo em
SiO2 (Figura 3).
Os resultados apontam que a granulometria areia tem uma proveniência em rochas sedimentares quartzosas e
as granulometrias silte-argila apresentam como fonte rochas magmáticas.

1. O
estudo apresentado tinha como objetivo
(A) determinar o grau de meteorização dos sedimentos presentes na albufeira de barragem.
(B) estudar as sequências sedimentares depositadas na albufeira de barragem.
(C) comparar a granulometria dos sedimentos ao longo dos afluentes que caracterizam a
albufeira.
(D) relacionar as características geoquímicas dos sedimentos da albufeira de barragem com a sua
proveniência litológica.
2. Para a fiabilidade do estudo apresentado contribuiu
(A) a recolha de sedimentos se ter realizado em diferentes estações do ano.
(B) o número de amostras recolhidas em cada local.
(C) a retenção dos sedimentos pela presença da barragem.
(D) a presença da cobertura sedimentar cenozoica.
3. De entre as afirmações seguintes, relacionadas com o estudo apresentado, selecione as duas que
estão corretas, transcrevendo para a folha de respostas os números romanos correspondentes.
I. Os sedimentos no troço E foram recolhidos a montante da albufeira e apresentam uma
composição química heterogénea.
II. Os sedimentos arenosos apresentam uma variedade composicional que vai desde a presença
de caulinite a feldspato potássico.
III. As granulometrias mais finas apresentam uma menor uniformidade na composição
geoquímica.
IV. Os sedimentos de granulometria silte-argila recolhidos apontam, na sua maioria, para uma
proveniência em rochas magmáticas pobres em sílica.
V. As rochas que constituem a cobertura cenozoica são, essencialmente, de natureza
metamórfica.
4. A análise de conglomerados da cobertura cenozoica da albufeira do Maranhão permite inferir que o
transporte dos seus sedimentos foi ____e, portanto, estes são ____.
(A) muito reduzido … arredondados (C) longo … angulosos
(B) muito reduzido … angulosos (D) longo … arredondados
5. A presença de caulinite nas amostras dos sedimentos recolhidos pode dever-se à
(A) hidratação de hematite. (C) hidrólise de feldspatos.
(B) dissolução de carbonatos. (D) oxidação de piroxenas.
6. As areias encontradas nas margens de um dos afluentes depositaram-se _____das argilas e dos siltes, o
que permite deduzir que houve _____da energia do agente de transporte.
(A) antes … uma diminuição (C) antes … um aumento
(B) depois … uma diminuição (D) depois … um aumento
7. A litificação de areias em arenitos implica ______ dos pontos de contacto entre os sedimentos,
aumentando _______da formação rochosa.
(A) um aumento ... o volume (C) uma diminuição ... a densidade
(B) um aumento... a densidade (D) uma diminuição ... o volume
8. Ordene as seguintes afirmações identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência
correta dos acontecimentos relacionados com a formação de uma rocha sedimentar detrítica.
A. Deposição de sedimentos e formação de estratos.
B. Remoção de clastos das rochas preexistentes.
C. Diminuição dos espaços intersticiais entre os sedimentos.
D. Alteração física e química de rochas da superfície.
E. Precipitação química de minerais.
9. Tendo em conta a sedimentogénese, explique de que modo poderá será assegurada a manutenção da
capacidade de armazenamento de água da albufeira de uma barragem.
10. Associe aos tipos de rochas sedimentares apresentados na Coluna I as afirmações da Coluna II
que lhes correspondem. Cada um dos números deve ser associado apenas a uma letra e todos os
números devem ser utilizados.

COLUNA I COLUNA II
(1) Forma-se por processos de evaporação e precipitação
de sais dissolvidos na água.
(2) Resulta da cimentação de conchas de seres marinhos.
(a) Rocha sedimentar biogénica (3) Forma-se pela acumulação de areias transportadas pelo vento.
(b) Rocha sedimentar detrítica (4) Resulta de um processo de incarbonização.
(c) Rocha sedimentar quimiogénica (5) Resulta de clastos de rochas preexistentes.
(6) Rocha de granulometria fina, geralmente impermeável.
(7) Forma-se por processos de precipitação de carbonato de
cálcio.
Grupo II
Calcários negros de Campanhó
A Serra do Marão é uma das regiões mais pluviosas de Portugal, tem o seu ponto mais alto a 1415 m de
altitude e é constituída essencialmente por xistos e granitos amplamente fraturados, quer por falhas
resultantes da atuação de forças associadas a períodos orogénicos quer por diáclases. As vertentes
íngremes da serra facilitam a escorrência superficial da água para zonas de menor altitude. A Serra
do Marão está separada da Serra do Alvão, a sul, pelo vale do Sordo e a Norte pelo vale de Pardelhas.
No vale de Pardelhas encontramos a Formação de Campanhó, unidade pertencente ao Silúrico.
Na sequência de rochas correspondentes à Formação de Campanhó podemos encontrar duas fácies
sedimentares. Inicialmente, num ambiente de água estagnada e pouco oxigenada, depositam-se
sedimentos finos, ricos em matéria orgânica. Estes sedimentos originaram uma sequência de xistos
negros carbonosos a que se sucedem níveis espessos de liditos1. De seguida, surgem calcários
escuros, com restos de animais pertencentes ao grupo dos crinoides, formados num ambiente de
águas pouco profundas. A presença de fosseis de crinoides permite inferir um ambiente deposicional
equivalente a uma zona de recife. A cor dos calcários resulta da grande percentagem de argila e de
matéria orgânica presentes na sua constituição
Na região de Campanhó é possível observar a presença de duas grutas: uma, aberta pelo Homem para a
exploração de calcário e outra, de origem natural, onde se pode observar estalactites e estalagmites
Apesar da reduzida área do afloramento, nestes calcários ocorre uma nascente de água conhecida
por “Olho Marinho".
Liditos1-rochas siliciosas, de cor escura, resultantes, geralmente, por precipitação química.

1. No contexto do documento, os fósseis de crinoides correspondem a fósseis de


(A) idade, permitindo datar os calcários em que se encontram.
(B) fácies, correspondendo a fósseis de seres vivos que colonizam diferentes habitats.
(C) fácies, permitindo caracterizar paleoambientes deposicionais.
(D) idade, correspondendo a fósseis de seres vivos que existiram durante um intervalo de tempo muito restrito.
2. A formação das estalagmites no interior das grutas da Formação de Campanhó envolve reações de _____do
carbonato de cálcio, que são promovidas _______da temperatura.
(A) precipitação … pelo aumento (C) precipitação … pela diminuição
(B) carbonatação … pela diminuição (D) carbonatação … pelo aumento
3. As reações de dissolução distinguem-se das reações de hidrólise porque
(A) a dissolução permite a formação de novos minerais, como os minerais de argila.
(B) a dissolução apenas origina iões que ficam em solução na água.
(C) a dissolução não implica uma perda de massa pela rocha.
(D) apenas a dissolução é intensificada pela acidificação da água.
4. As diáclases dos granitos da Serra do Marão
(A) são o resultado de reações de meteorização química.
(B) estão associadas ao movimento relativo dos blocos fraturados
(C) resultam da dissolução.
(D) são consequência do afloramento do maciço granítico.
5. Numa bacia deposicional com as mesmas características do local onde se formou a sequência sedimentar de
xistos e liditos, _____ocorrer a evolução de matéria orgânica de natureza _____para carvões.
(A) pode ... lipídica (C) pode … celulósica
(B) não pode … lipídica (D) não pode … celulósica
6. A crioclastia dos granitos da Serra do Marão
(A) resulta da formação de cristais de gelo em fissuras.
(B) é um processo de meteorização química que favorece a formação de clastos.
(C) é a fragmentação da rocha promovida por grandes amplitudes térmicas.
(D) resulta da tensão provocada pelo crescimento de minerais em fissuras e microfissuras.
7. Selecione a opção que permite classificar corretamente cada uma das seguintes afirmações relativas aos
Princípios Estratigráficos.
I. A aplicação do Princípio da Sobreposição dos Estratos permite inferir a idade relativa dos mesmos.
II. Fósseis com ampla distribuição estratigráfica permitem realizar a datação das rochas.
III. O Princípio da Inclusão pode ser aplicado ao conteúdo fóssil de uma rocha sedimentar.
(A) III é verdadeira ; I e II são falsas. (C) I e III são verdadeiras ; II é falsa.
(B) I é verdadeira ; II e III são falsas. (D) l e ll são verdadeiras ; III é falsa.
8. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência correta de
acontecimentos que permitem explicar a hidrólise dos granitos da Serra do Marão, culminando com a formação
de uma argila.
A. Formação da caulinite.
B. Enriquecimento da água de escorrência em iões potássio.
C. Substituição do K+ na estrutura cristalina do feldspato potássico.
D. Formação de ácido carbónico.
E. Dissociação do ácido carbónico.
9. Associe aos tipos de rocha apresentados na Coluna I as afirmações da Coluna II que lhe podem corresponder.
Cada um dos números deve ser associado apenas a uma letra e todos os números devem ser utilizados. Escreve
na folha de respostas cada letra da Coluna I, seguida do número ou dos números (de 1 a 7) correspondente(s).
Coluna I Coluna II

(1) Material geológico que resulta da evolução de matéria orgânica rica em


celulose.
a) Rocha detrítica (2) Rocha constituída por minerais que se formaram com a evaporação da água.
b) Rocha biogénica (3) Rocha constituída por sedimentos que resultam da precipitação química.
c) Rocha quimiogénica (4) Rocha constituída por grãos de quartzo e de moscovite.
(5) Rocha em que as estruturas esqueléticas dos corais estão presentes em
abundância.
(6) Rocha constituída por sulfato de cálcio.
(7) Rocha constituída por minerais de argila.
10. Ordene as afirmações identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos
acontecimentos que, no ciclo das rochas, podem conduzir à formação de uma rocha plutónica, como os granitos
do Marão, a partir de uma rocha preexistente.
A. Deposição dos sedimentos, originando estratos.
B. Meteorização da rocha devido à atuação dos agentes de geodinâmica externa.
C. Cristalização de minerais a partir do magma.
D. Fusão da rocha em resultado do aumento da temperatura.
E. Recristalização de minerais associada ao aumento da pressão.
11. A aplicação de princípios estratigráficos a uma dada unidade geológica possibilitou a
(A) determinação da sua idade relativa, através da aplicação de radioisótopos.
(B) identificação dos tipos de rochas existentes nessa formação.
(C) reconstituição da sequência de acontecimentos geológicos que a originou.
(D) determinação da sua idade absoluta, através do estudo dos fósseis encontrados.
Grupo III
Os Montes Apeninos formam uma crista de calcário que percorre toda a Península Italiana. A paisagem dos
Apeninos centrais, inserida no Parque Nacional Monti Sibillini, é uma manifestação dos processos geológicos que
atuam nesta região há mais de 200 Ma e que foi marcada, principalmente, por duas fases de forte deformação
tectónica durante o Cenozoico: inicialmente por um regime compressivo marcado pela formação de falhas
inversas, que contorceu e elevou rochas na zona oeste da cordilheira, seguido de um regime distensivo,
resultando na formação de falhas normais que criou bacias rodeadas por relevos de montanhas íngremes.
A história das rochas do Parque Nacional Monti Sibillini começa no final do Triásico, há 200 Ma, com a abertura do
mar de Tétis entre os supercontinentes Gondwana e Laurasia. No Jurássico Inferior (200 a 174 Ma), foram criadas
condições propícias para a deposição de sedimentos carbonatados. Com o tempo, as conchas de calcário de
organismos, particularmente de foraminíferos microscópicos, passaram a integrar esses sedimentos.
Uma formação geológica que ganhou destaque na comunidade científica, devido à sua cor e ao seu aspeto
laminado, é conhecida por calcários Scaglia.
A formação Scaglia Bianca é branca, a Scaglia Rossa é vermelha e a Scaglia Variegata é mista. Dentro da Scaglia
Rossa está a fronteira do Cretácico-Paleogénico que data de há 66 Ma. A queda repentina na diversidade, tamanho
e ornamentação dos foraminíferos na fronteira permitem inferir a existência de um evento global cataclástico que
aconteceu na época: a extinção em massa do fim do Cretácico. No desfiladeiro de Bottaccione perto de Gubbio,
cerca de 60 km a noroeste do parque nacional, o famoso afloramento onde os cientistas identificaram uma
anomalia de irídio – que mais tarde foi ligada ao impacto maciço de Chicxulub implicado na extinção em massa –
permanece um local de peregrinação para geólogos.
Adaptado de https://www.earthmagazine.org/article/travels-geology-jewel-apennines-italys-monti-sibillini-national-park/

Figura 4 – Corte geológico da zona central dos Montes Apeninos.

Adaptado de Pierantoni, P., Deiana, G. e Galdenzi, S. (2013). Stratigraphic and structural features of the Sibillini Mountains (Umbria-Marche
Apennines, Italy). Italian Journal of Geosciences, vol: 132, pp: 497-520

1. Algumas espécies de foraminíferos presentes nos calcários de Scaglia Rossa constituem bons fósseis de idade,
uma vez que possuem uma ________distribuição vertical e uma ____ distribuição geográfica.
(A)reduzida … restrita (C) reduzida … ampla
(B) elevada … restrita (D)elevada … ampla
2. As formações calcárias Scaglia apresentam um modelado cársico que é devido
(A) ao facto de a água da chuva adquirir menor acidez ao atravessar a atmosfera.
(B) a um processo lento e natural de abertura de fraturas através da dissolução do carbonato de
cálcio.
(C) ao enriquecimento do maciço calcário em dióxido de carbono atmosférico.
(D) à introdução de águas enriquecidas em iões de cálcio pelas fraturas do maciço.
3. Nos calcários Scaglia, foram encontrados _____ de conchas de foraminíferos que consistem na .
(A) moldes … reprodução da morfologia interna ou externa da concha
(B) marcas … preservação de registos da atividade do animal marinho
(C) moldes … substituição da totalidade do ser vivo por matéria mineral
(D) marcas … conservação completa das estruturas orgânicas do ser vivo
4. De acordo com o princípio da _____, as falhas representadas na figura 4 são ______ à formação dos estratos de
evaporitos e de calcários.
(A) interseção … anteriores (C) interseção … posteriores
(B) inclusão … anteriores (D) inclusão … posteriores
5. A sequência de turbiditos é _____ aos evaporitos do Triásico, contrariando, devido à deformação tectónica, o
princípio da _____.
(A) anterior… sobreposição de estratos (C) posterior … sobreposição de estratos
(B) anterior … horizontalidade inicial (D) posterior … horizontalidade inicial
6. Os depósitos de sedimentos superficiais representados na figura 4 podem transformar-se numa rocha
sedimentar se sofrerem ______ ocorrendo _______do volume inicial da rocha.
(A) sedimentogénese ... um aumento (C) diagénese ... um aumento
(B) sedimentogénese ... uma diminuição (D) diagénese ... uma diminuição
7. Associar a extinção em massa do final do Cretácico ao impacto de um meteorito de grandes dimensões é
contrariar o_______, de acordo com o qual as mudanças geológicas da história da Terra terão sido .
(A) uniformitarismo ... lentas e graduais (C) catastrofismo ... lentas e graduais
(B) uniformitarismo ... rápidas e pontuais (D) catastrofismo ... rápidas e pontuais
8. Ordene as expressões indicadas pelas letras A a E de modo a reconstituir a sequência de
acontecimentos geológicos da zona central dos Montes Apeninos.
A. Deposição de calcários e margas, na região sudoeste dos Montes Apeninos.
B. Formação de rochas em ambientes lagunares de zonas áridas.
C. Deformação em regime distensivo e formação de falhas normais.
D. Atuação de forças compressivas com consequente formação de falhas inversas.
E. Precipitação de carbonato de cálcio, no início do Jurássico.

9. Mencione uma condição física do meio favorável ao processo de fossilização dos foraminíferos.

10. Faça corresponder cada uma das descrições relativas a princípios da estratigrafia, expressas na
Coluna I, à designação correspondente, que consta na Coluna II.

COLUNA I COLUNA II
(a) Estratos com o mesmo conteúdo fossilífero têm a mesma idade. (1) Princípio da Continuidade Lateral
(b) O mesmo período de sedimentação pode ocorrer em diferentes (2) Princípio da Identidade
ambientes que se podem estender por uma vasta área. Paleontológica
(c) Fragmentos de rochas incorporados num estrato são mais antigos (3) Princípio da Inclusão
do que a rocha que os engloba. (4) Princípio da Interseção
(5) Princípio da Sobreposição

11. Explicite a importância do estudo do registo fossilífero para a caracterização de paleoambientes e para a
elaboração da escala de tempo geológico.

12. Relacione a presença dos calcários Scaglia dos Montes Apeninos com o contexto ambiental da sua formação.

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