Indagando A Origem LJ Práticas Culturais e A Visão de Mundo Dos Yanmami
Indagando A Origem LJ Práticas Culturais e A Visão de Mundo Dos Yanmami
Indagando A Origem LJ Práticas Culturais e A Visão de Mundo Dos Yanmami
BELÉM
2024
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Daniel Alencar 202304540027, Guilherme Furtado 202304540018, Raquel
Rabello 202304540010, Caio Santos 202304540011, Vitória Gabriela
202304540040, Ana Vitória 202304540039
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Belém
2024
Introdução: estáveis acerca de 1.000 anos no território, cujo ocupam até ao presente,
numa área de floresta tropical densa, entre os países da América do Sul, Brasil e
Venezuela, os yanomami são considerados um dos maiores povos indígenas da região
amazônica, embora sobrepujados a uma situação de crise, decorrente da invasão do
garimpo ilegal em seus territórios. Os povos yanomami, os quais possuem 640
comunidades espalhadas sobre um território de 230 mil km², nos dois países, são
marcados por costumes e mitos próprios, além de possuírem um certo desenvolvimento
intimo relativo à natureza. Destarte, a comunidade conserva seu modo de vida
tradicional, e se opõem a perspectiva de natureza, atribuída por não indígenas. Os povos
não indígenas, possuem perspectivas divergentes em relação à natureza, influenciados
por sua cultura, educação e experiências individuais ou coletivistas. Certos números de
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sujeitos compartilham de uma visão mais pragmática do mundo natural, advinda da
região ocidental, tal qual enxerga o ambiente de maneira exploratória utilizando-o
somente em prol do benefício humano. Após o surgimento do Iluminismo sob meados
do século XVII e XVIII, cujo movimento cultural na Europa buscou relevar concepções
humanocêntricas, as quais culminaram com a desagregação dos seres humanos à
natureza, formando um cenário de perspectiva humanista em relação aos outros seres
presentes no ambiente, uma visão de superioridade. Em contrapartida, o discernimento
dos povos indígenas sobre a natureza desloca-se para uma visão mais conservacionista,
valorizando a preservação da biodiversidade local e dos divergentes ecossistemas. Os
povos oriundos amazônicos reconhecem a sua interdependência entre o homem e a
natureza, promovendo uma abordagem holística e sustentável. Apesar de sua cultura em
síntese com a natureza, os indígenas possuem uma visão animista de seu mundo vivido,
essa perspectiva denota que todas as coisas presentes no espaço, seja animal, vegetal e
objetos mortos partilham de algum tipo de ligação, de acordo com o termo eles possuem
um espírito. O vocábulo “animista” se dá por uma construção antropológica,
comumente utilizada para identificar traços comuns de espiritualidade em diferentes
crenças. De acordo com as crenças dos demais povos oriundos, a terra é atribulada a
um grande organismo vivo, eles não enxergam a natureza separada deles, pois eles são o
ambiente, eles visam as florestas, os rios, o solo, os céus, os elementos interligados a
eles, quando algo acontece com esses tais elementos é como se uma grande parte de sua
alma padecesse. É imprescindível a importância de seus saberes para com a
humanidade, principalmente nestes últimos tempos, onde o conservacionismo do meio
ambiente se é inteiramente negligenciado. “Os conhecimentos ancestrais dos indígenas
não apenas enriquecem nossa compreensão da biodiversidade, mas também oferecem
insights valiosos para a conservação da sustentabilidade dos recursos naturais.” – Dr.
Jane Goodall.
Organização da comunidade:
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masculino) essas famílias são fomentadas por laços de intercasamentos
repetidos por duas ou mais gerações, necessariamente entre primos cruzados
(filhos da tia paterna ou do tio materno).
Essas famílias convivem juntas em casas comunais em forma de cone ou de
cone truncado (em caso dos yanomami ocidentais e orientais), outras
comunidades indígenas vivem em aldeias compostas por casa retangulares
(caso dos indígenas que vivem na região norte e nordeste do estado.
Por conseguinte, cada casa coletiva ou aldeia se considera uma entidade
econômica e política autônomas. Ao mesmo tempo, todas mantém relações
unânimes com outras comunidades vizinhas, essas comunidades são
classificadas como aliadas, frente a grupos mais distantes. O espaço social
afora desses limites é constantemente visado com desconfiança.
Economia e tradição:
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para satisfazer as suas necessidades materiais, enquanto o restante do tempo
é diligente às atividades de cunho sociais e de lazer.
“[Omama] disse a ele [seu filho] estas palavras: ‘Com estes espíritos,
você protegerá os humanos e seus filhos, por mais numerosos que
sejam. Não deixe que os seres maléficos e as onças venham devorá-
los. Impeça as cobras e escorpiões de picá-los. Afaste deles as
fumaças de epidemia xawara. Proteja também a floresta. Não deixe
que se transforme em caos. Impeça as águas dos rios de afundá-la e a
chuva de inundá-la sem trégua. Afaste o tempo encoberto e a
escuridão. Segure o céu, para que não desabe’”. Davi Kopenawa,
xamã e líder yanomami, no livro “A queda do céu: palavras de um xamã
yanomami”, escrito em coautoria com Bruce Albert.
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fragilizada. Para criar outra mais sólida, Omama derrubou o céu sobre a antiga
área, e a partir dele emergiu a terra original, nela introduziu as árvores, as
montanhas, os rios e os animais.
Todo o propósito da vida Yanomami está totalmente ligada aos seres líderes
espirituais (Xamãs), pois é pela sua conexão como a realidade “visível” e
“invisível”, os quais possuem o dever de proteger seus parentes e sua
comunidade das doenças, e de outros males, junto com os xapiri, as entidades
dos espíritos Yanomami.
Tais afazeres envolvem rituais, para avistar e chamar pelos xapiri, os Xamãs
precisam inalar um pó alucinógeno chamado Yãkoana, cujo é produzido da
resina de fragmentos secos e pulverizados da casca do interior de uma árvore.
A inalação é executada via tubo de palmeira: onde numa das duas pontas um
xamã sopra o pó, enquanto na outra ponta, o outro inala.
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A sensível experiência onírica dos Yanomami
Convizinha dos Yanomami desde 2008, Limulja conta em seu livro, que para
eles os sonhos fazem parte de um instrumento de conhecimento do mundo, a
pesquisadora diz: “Os yanomami sabem o que vivenciam em sonhos é
diferente do que experimentam em estado de vigília. No entanto, aquilo que
experimentam sonhando é considerado tão importante quando a vida
desperta”. De acordo com Limulja, quando um yanomami sonha, embora seu
corpo esteja repousado, o pei utupë (sua imagem vital) se desprende de seu
corpo e viaja para outros lugares, onde ele hipoteticamente reencontra seus
parentes próximos, semotos ou mortos. Para os indígenas Yanomami, os
sonhos estão aglutinados aos outros, e não a conveniência de seu ego.
É notório discernir que o sonhar, para povo Yanomami, vai bastante além de
ser apenas um fenômeno psicológico, os sonhos são uma das formas mais
essenciais, e transcendentais da obtenção de um conhecimento afora de
nossas convicções, o sonhar é uma fonte de sabedoria derivada, cuja
abrangem todas as questões envolto da humanidade. O surreal, de acordo com
Limulja, é o mais magnânimo instrumento de resistência do povo indígena
Yanomami, é uma potência onírica esvaecendo constantemente no ocidente
moderno positivista.
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conhecimento, o qual se diferencia do pensamento hegemônico da sociedade
ocidental.
“Está é a forma que eles fazem política. É preciso aprender a fazer política
como os Yanomami. Para fazer política, é preciso sair de uma visão
individualista, é preciso do outro, é preciso ter cuidado, pensar no outro.”
( LIMULJA, 2022,p.19).
O artista Yanomami
A exposição esteve no masp durante 27/07 a 27/10 de 2022, esse dia com
bicentenário da independência do Brasil.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HIPÓLITO, C. A. M. (2023). O LUGAR DOS SONHOS NO XAMANISMO YANOMAMI:
UMA INTERPRETAÇÃO DE “A QUEDA DO CÉU”. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE SÃO PAULO, FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SÃO PAULO, SP.
INSTITUTO BÚZIOS. (S.D.). YANOMAMI: ORIGEM, HISTÓRIA, PRÁTICAS E VISÕES
DE MUNDO . RECUPERADO EM 26 DE MARÇO DE 2024, DE [URL].
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Pesquisa autônoma realizada pelos discentes: Daniel Alencar Ribeiro, GuilhermeFurtado, AnaVitória,
CaioSantos, RaquelRabello e VitóriaGabriela, na faculdade de artes visuais (FAV). Instituição: UFPA.
Data de conclusão: 27/03/2024. Campus: Belém/ PA.
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