O Que É Subjetividade

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O que é subjetividade?

1.característica do que é subjetivo.


2.domínio do que é subjetivo.
3.FILOSOFIA - realidade psíquica, emocional
e cognitiva do ser humano, passível de
manifestar-se simultaneamente nos âmbitos
individual e coletivo, e comprometida com
a apropriação intelectual dos objetos
externos.
Subjetivo

1.pertinente a ou característico
de um indivíduo; individual,
pessoal, particular.

2. que pertence ao sujeito


pensante e a seu íntimo.
Seres grupais

Em grupo, abre-se a possibilidade de entrarmos


em contato com nossas próprias referências de
mundo, que constituem nosso existir e nossa
compreensão de si mesmo.
O ser-no-mundo, enquanto ser relacional (consigo,
com o outro, com o mundo e com as coisas), é
entendido como uma apropriação individual da
realidade coletiva que o cerca, que ele mesmo
contribui para construir, seu ser é, assim, resultante
desse processo de interiorização da exterioridade
social e da exteriorização de sua apropriação
individual. É o que os psicólogos chamam de processo
de sociabilização. (Schneider, 2001)
EXISTÊNCIA

CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE
Políticas Públicas e Direitos Humanos:
Desafios à Atuação do Psicólogo

Vivemos em um contexto social que, cada vez


mais, estabelece normas de como o sujeito deve
ser e se comportar que oprimem identidades
sociais no âmbito das dimensões de gênero,
geração, classe social, religião, sexualidade e
deficiência. Além disso, essas normas medeiam o
processo de constituição do sujeito e, por
estarem naturalizadas, contribuem para a
manutenção do status quo.
Esse padrão normativo, que exclui/inclui perversamente
quem dele difere, ao longo da história ocidental, tem sido
sustentado por diferentes discursos.
Corroborando o entendimento desse processo de
normalização do sujeito, autores como Amaral destacam
que ele é construído com base em um sujeito ideal que
hoje corresponde “(...) a um ser jovem, do gênero
masculino, branco, cristão, heterossexual, física e
mentalmente perfeito, produtivo (...)” (2002, p. 236), entre
outros diferenciadores/ marcadores identitários.
A Psicologia, no processo de inserção nas diferentes
políticas públicas, deve considerar a subjetividade
uma premissa fundamental à garantia dos direitos
humanos. Todavia, com base em autores como
Gonçalves (2010), Sawaia (2004a) e Bock (2009),
ressalta-se a necessidade de que essa seja
entendida como uma construção histórico-social,
ou seja, construída nas relações que o sujeito
estabelece com o contexto no qual está inserido.
De acordo com os princípios da psicologia
vygotskiana, por exemplo, o homem se forma a
partir da apropriação dos múltiplos significados
presentes nas relações intersubjetivas. Estes o
constituem como sujeito e medeiam seu modo de
pensar, de sentir e de agir no mundo; portanto, ele
é uma síntese inacabada das múltiplas relações
que estabelece com a cultura e a sociedade.
Ainda em relação ao processo de apropriação dos
signos e dos significados neles e por eles veiculados,
esse é marcado pelas condições concretas de
existência dos sujeitos e pela sua singularidade. Uma
vez que o sujeito se apropria desses significados de
forma a produzir um sentido singular, ligado às próprias
experiências, possibilidades e trajetórias de vida,
mesmo havendo, em determinada cultura, significados
predominantes, sentidos singulares podem emergir.
Esse processo de apropriação potencializa o sujeito a
ampliar cada vez mais o campo perceptivo e
imaginativo. Isso se dá porque a apropriação do
conhecimento promove a reconstrução de todos os
processos psicológicos complexos. Esse modelo teórico
contribui para o entendimento de que, mesmo em
contextos que reificam lugares sociais e oprimem de
diferentes formas determinados grupos sociais, estes
resistem a essa opressão.
A Psicologia histórico-cultural, dessa forma,
resgata a noção de processualidade
presente nesse processo de constituição do
sujeito, evidenciando que este não é um
mero efeito das práticas sociais, pois o
sujeito pode apropriar-se delas, criticá-las e
ressignificá-las.
Com isso, nos deparamos com um dos pontos
comuns entre as abordagens psicológicas;
enquanto sujeitos, precisamos ser considerados
sob todos os aspectos que nos constituem e não
como um mero resultado de um só: biológico,
sócio, histórico, cultural; é o que no
existencialismo chamamos de totalização-em-
curso.
Ref. GESSER, Marivete. Políticas Públicas e Direitos Humanos: Desafios à
Atuação do Psicólogo. PSICOLOGIA: CIÊNCIA E PROFISSÃO, 2013, 33 (núm.
esp.), 66-77

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