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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
PATRÍCIA CAROLINE PACHECO RIBEIRO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE
CURSO (TCC) DO CURSO DE SEGUNDA LICENCIATURA EM
EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
PATOS DE MINAS
2023
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OS DESAFIOS E PERPECTIVAS DA ESCOLA INCLUSIVA
Autor1, Patrícia Caroline Pacheco Ribeiro
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações
empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos
autorais.
Trabalho apresentado a Faculdade Faveni para obtenção de nota em TCC no curso de
Segunda Licenciatura em Educação Especial e Inclusiva.
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patrí[email protected]
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RESUMO
Este trabalho apresenta o movimento que atualmente circula em função de uma
nova política de atendimento a pessoas com necessidades educacionais especiais
no sistema regular de ensino e a complexidade que envolve essa questão, desde
uma simples atitude adequada até o cumprimento da legislação vigente, se constitui
a definição pelo tema a ser desenvolvido nessa pesquisa. Foi pensando numa
abordagem mais aberta e geral de tudo que se refere à efetivação de práticas
inclusivas no contexto escolar. É praticamente impossível nos dias de hoje, falar em
escola como uma instituição que promove o conhecimento e a informação sem
pensar nas condições necessárias para o atendimento de pessoas com
necessidades especiais. Esse estudo foi desenvolvido embasado em pesquisas
bibliográficas e tem a intenção de provocar uma discussão sobre a Inclusão dos
alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular que valorize a
diversidade tendo como objetivo apresentar um estudo teórico reflexivo sobre as
questões pertinentes à construção de uma escola inclusiva, seus desafios,
necessidades, medos e angústias da comunidade escolar. A pesquisa foi baseada
em observações, leituras, e discussões no ambiente escolar. Observa-se algumas
questões referentes ao grande desafio que as escolas de ensino regular estão
enfrentando para adaptarem-se às necessidades das pessoas com necessidades
especiais, buscando se não acabar, pelo menos minimizar consideravelmente com
os atos discriminatórios praticados diariamente em todos os ambientes onde as
pessoas com deficiências convivem e vivem. Dentre as questões abordadas nesse
trabalho, foram apontadas como necessidades relevantes, a formação específica
dos profissionais da educação para poderem desenvolver com maior eficácia suas
atividades pedagógicas junto aos alunos com deficiências, visto também a
importância de se ter uma metodologia flexível e adequada aos alunos, assim como
também a presença de técnicos especializados para auxiliarem no apoio em
atividades paralela e por último que a escola deve aos poucos procurar ir se
ajustando às normas NBR 9050 de adequação das edificações e do mobiliário
urbano à pessoa deficientes.
Palavras–chave: Escola. Educação inclusiva. Desafios. Inclusão.
INTRODUÇÃO
Percebe-se na sociedade atual uma busca a favor da inclusão das pessoas
com necessidades especiais, e as instituições de ensino como um espaço de
conhecimento, onde atenda a todos, sem qualquer discriminação ou preconceito,
onde não haja a preocupação apenas com os alunos que correspondem aos
modelos educacionais já existentes e que atenda aos critérios exigidos para ingresso
no mercado de trabalho, é que se formalizou a temática desse estudo, uma
pesquisa que nos faz pensar, refletir e por fim construir uma proposta pedagógica
diferente das existentes hoje na grande maioria das escolas.
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Trata-se de uma tarefa muito desafiadora discutir-se a inclusão de alunos com
necessidades educacionais especiais no contexto educacional. As discussões
acerca do tema perpassam inúmeras preocupações, possibilidades e continuidade
de ações bem planejadas. “Quanto mais sistemas comuns da sociedade adotarem a
inclusão, mais cedo se completará a construção de uma verdadeira sociedade para
todos? A sociedade inclusivista”. SASSAKI (1997, p.42).”
No âmbito da inclusão devemos entender que os sujeitos são plurais e que
essa pluralidade deve ser valorizada e aceita em suas singularidades. Devemos
rejeitar os rótulos que enquadram os sujeitos classificando-os como feios, bonitos,
aptos ou inaptos, entre outros, que acabam por excluí-los, ou limitando sua
participação no processo e suas possibilidades de crescimento e emancipação.
Sabemos que a inclusão de alunos é um processo lento, mas imprescindível,
por ser a escola um espaço social inclusivo, que atenda às diferentes características
e necessidades especiais de seu aluno.
Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares da Educação Especial (2006) deixam
claro que:
[...] considerar-se alunos com necessidades educacionais especiais os
TDAH, no processo educacional, apresentarem dificuldades acentuadas de
aprendizagem ou limitações para acompanhar as atividades curriculares
(não vinculadas a uma causa específica, relacionadas condições disfunções,
limitações ou deficiências); condições de comunicação e sinal diferenciados
dos demais alunos, exigindo uso de linguagens e códigos e altas habilidades
ou superdotação. (PARANÁ, 2006, p.28).
A definição do tema escolhido, tem como objetivo demonstrar a importância
da educação inclusiva. Sendo possível perceber de forma muito clara as
preocupações quanto à inclusão dos alunos com necessidades especiais no ensino
comum e algumas barreiras à implantação desse processo. Percebe-se que mais
cedo ou mais tarde será uma realidade continua a inclusão de alunos com
deficiência no dia a dia das escolas.
O presente estudo se caracteriza como pesquisa bibliográfica e descritiva,
embasada em artigos científicos, livros, entre outros documentos que tratam do
assunto. E justifica-se pela necessidade de buscar informações pertinentes à
inclusão escolar de crianças com necessidades especiais em escolas regular, bem
como abordagens pedagógicas inovadoras voltadas para facilitar esse processo,
uma vez que oferece a possibilidade de compreender a importância da intervenção
pedagógica no desenvolvimento pleno das crianças.
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DESENVOLVIMENTO
Para efetivação da educação inclusiva no Brasil é muito importante que se
faça adaptações curriculares de grande porte em todo o sistema educacional, é uma
questão social, política e administrativa que depende de ações conjuntas no
processo de inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais.
As adaptações curriculares são respostas educativas que devem ser dadas
pelo sistema educacional de forma a favorecer a todos os alunos, e, dentre estas, os
que apresentam necessidades educacionais especiais. É necessário promover o
desenvolvimento contínuo do ensino-aprendizagem, tendo como referência a
elaboração do projeto pedagógico, a execução das práticas inclusivas no sistema
escolar, oferecer atitude favorável para diversificar e tornar flexível o processo de
ensino de modo a atender as diferenças individuais e as peculiaridades da
aprendizagem.
Nesse sentido, MINETTO, (2008, p. 65) defende que:
[...] quando é necessário fazer as adaptações curriculares? A decisão deve
ser tomada por uma equipe e nunca somente pelo professor. Cada caso
deve ser considerado individualmente para que se chegue a uma conclusão
das reais mudanças necessárias e, por isso, deve contar com a participação
ativa de toda a equipe técnico pedagógica da escola, assessoria externa e
dos pais.
A proposta pedagógica curricular elaborada de modo contextualizado, com
foco nas adaptações curriculares significativas relacionadas à quantificação de
conteúdo, aos detalhamentos de objetivos, aos desenvolvimentos metodológicos,
aos recursos didáticos e aos instrumentos de avaliações diferenciadas, objetiva
atendimentos das necessidades educacionais de cada aluno.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os dados a seguir mostra como foi o resultado da pesquisa de campo, sendo
está por sua vez desenvolvida a partir da elaboração de um questionário. Após uma
análise, observa-se que os professores responderam como necessidades para a
efetivação do processo de inclusão em nossas escolas os seguintes critérios e
posturas:
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Primeira prioridade: a necessidade de possuir uma formação específica para
trabalhar com portadores de deficiência, considerando fundamental e necessário,
isto não significa cursos de graduação ou pós-graduação na área, e sim que a
instituições deve proporcionar mecanismos que favoreçam o conhecimento
necessário das deficiências, por meio de capacitações, como: minicursos, encontros,
debates e informações relativas as mais diversas deficiências;
Segunda prioridade: a metodologia que deve ser utilizado como um recurso
a ser desenvolvido e praticado de forma diferenciada de acordo que atenda as mais
diversas necessidades com os alunos presentes;
Terceira prioridade: a presença de técnicos especializados em todo o
processo de inclusão é necessária, uma vez que o auxílio e o apoio paralelo de um
profissional da área nas atividades, proporciona uma maior segurança na
aplicabilidade da metodologia;
Quarta prioridade: a escola deve possuir uma infraestrutura que atendam
aos princípios da tecnologia, proporcionando acessibilidade a todos;
Quinta prioridade: a colaboração entre os professores e a necessidade de
que haja uma interação e uma troca de informações com os alunos com
necessidades é também fundamental e muito importante numa escola inclusiva.
Sexta prioridade: a atitude dos professores e dos demais profissionais da
educação devem adotar frente aos alunos com necessidades especiais devem ser
respeitadas e entendidas. Essas atitudes irão mostrar se a direção do nosso olhar,
está voltada para a educação inclusiva.
Sétima e última prioridade: a avaliação e acompanhamento dos alunos como
sétima e última e importância na construção de uma proposta de escola inclusiva.
Para a efetivação de uma escola inclusiva além das prioridades acima
citadas, necessitamos de uma política inclusiva de qualidade, onde as oportunidades
sejam as mesmas para todos, que atenda aos alunos sem nenhum tipo de
discriminação e as diferenças sejam valorizadas. Se acreditamos que a escola existe
para promover educação para todos, através de condições favoráveis, onde a
aprendizagem seja permitida sem obstáculo algum e de forma justa e igualitária a
todos os alunos.
As modificações e adequações necessárias mais importantes no processo de
inclusão dos portadores de deficiência nas escolas regulares não estão afetas ao
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aluno, mas sim às escolas e aos profissionais que nela atuam. Nesse sentido alguns
critérios devem ser destacados por ordem de prioridade, após análise dos
questionários respondidos:
1° - Formação específica para trabalhar com os alunos;
2° - Metodologia de ensino aplicada
3° - Técnicos especializados;
4° - Materiais, recursos, infraestrutura
5° - Colaboração entre os professores
6° - Atitude dos professores;
7° - Avaliação e acompanhamento dos alunos.
CONCLUSÃO
Com base nos artigos estudos e na pesquisa de campo, ressaltamos que sair de
uma sociedade onde exclui e marginaliza o indivíduo com facilidade e sem culpa
alguma e nos tornarmos uma sociedade inclusiva nos mostra que não é tarefa fácil,
mas também não é impossível. A escola como parte integrante dessa sociedade tem
um papel fundamental para mudar esse cenário. Ela precisa rever seus valores e
princípios, e principalmente sua metodologia de ensino, reavaliar seus currículos,
seus planos políticos pedagógicos devem ser analisados e reconstruídos com um
novo olhar, o olhar da inclusão.
Precisamos de fato desenvolver um ambiente escolar adequado que favoreça
aos estudantes oportunidades necessárias para o desenvolvimento de suas
potencialidades e promova a aprendizagem a todos os alunos, ou seja, onde todos
os alunos possam aprender juntos sempre que possível, independentemente de
qualquer dificuldade e das diferenças que possam apresentar, sem que haja
qualquer atitude discriminatória. “O indivíduo é inserido no contexto real, assim como
ele é, e não naquele que gostaríamos que fosse (Werneck, 2001).
REFERÊNCIAS
CAVALCANTE, R.S.C. A Inclusão do aluno com necessidades educacionais
especiais na sala de aula do ensino regular: o papel do professor. 2000.
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BRASIL. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Princípios, políticas e prática em
educação especial. Espanha/1994.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Política Nacional de Educação Especial,
Secretaria de Educação Especial. BRASÍLIA DF. 1994.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa
Oficial, 1988.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política
nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília:
MEC/SEESP, 2008.
FIGUEIREDO, Rita Vieira. Políticas de inclusão: escola gestão da aprendizagem
na diversidade. In: Políticas organizativas e curriculares, educação inclusiva e
formação de professores. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer?
São Paulo: Moderna, 2003.
MAZZOTA, Marcos José Silveira. Pensando e fazendo educação de qualidade.
São Paulo: Moderna, 2001.
MAZZOTA, Marcos José Silveira. Educação especial no Brasil: histórias e
políticas. São Paulo. Cortez. 2003.
SASSAKI, R.K. Inclusão: Construindo uma Sociedade Para Todos. Rio de
Janeiro:WVA,1997.
SASSAKI, R.K. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 5.ed. Rio de
Janeiro: W.V.A, 2003.