Integração Entre Startups e Empresas Logisticas 2

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 27

CENTRO PAULA SOUZA

ETEC “DONA ESCOLÁSTICA ROSA”


Curso tecnico de logistica

Beatriz Carvalho
Isabelle Ferreira
Luiz Henrique
Thaís Fraga

Integração entre Startups e Empresas Logistica

SANTOS – SP.
2018
Beatriz Carvalho N°05
Isabelle Ferreira N°15
Luiz Henrique N°24
Thaís Fraga N°29

Integração entre Startups e Empresas Logistica

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso Técnico em
logistica da Etec Dona Escolastica Rosa,
orientado pelos Professores Angelo
Alvarez e Rommel Siqueira, como
requisito parcial para obtenção do título
de técnico em Logistica.

Santos – SP.
2018
Sumário

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 5

2. Inovação e suas Características Gerais ......................................................... 8

3. Análise de Mercados Internacionais e Nacional de Inovação na Logística. . 10

3.1 Comparativos de Cenários Internacionais e Nacional em Avanços


Tecnológicos na Logística e Relacionamento com Startups Logística.......... 11

4.Paradigmas – O medo do amanhã ................................................................ 15

5. Análise dos Impactos da Integração. ........................................................... 17

6. Consideração Finais ..................................................................................... 22

7. Referencias Bibliograficas ............................................................................ 25


Índice de ilustrações

Figura 1 - Caracteristicas das inovações radicais e incrementais - Fonte: ABGI


2018 apud FONTANINI e CARVALHO, 2005. ................................................ 9

Figura 2 - Equidade de fundos para Startups Logisticas no mercado


Estadunidense - Fonte: Consutoria Simon - Kucher & Partners. .................. 12

Figura 3 - Etapas da Plataforma. Fonte: Autores do artigo. ......................... 20

Figura 4 - Programa Conexão Startup Indústria, coordenado e lançado pela ABDI


em setembro de 2018 ................................................................................... 21

Figura 5 - Programa Conexão Startup Indústria, coordenado e lançado pela ABDI


em setembro de 2018 ................................................................................... 22
RESUMO

Este artigo tem como objetivo analisar o cenário da inovação e se a evolução das
empresas logísticas são o suficiente para sobreviver nesse novo mundo corporativos
que esta se formando ou se, para alcançar o mercado será necessário a parceria de
startups. Para isso toma-se como objeto de estudo, artigos e livros, como o programa
dirigido pelo o governo de São Paulo o “Programa Nacional Startup Indústria” e a obra
“Gestão do Amanhã, 2018” dos autores Sandro Magaldi e José Salibi, os quais foram
essencias para o direcionamento do artigo em questão da inovação e os processos
de integrações de grandes empresas e startups. Os resultados encontrados no artigo
mostram que empresas precisam ter equilíbrio sobre inovações incrementais e
radicais para a quebras de paradigmas, os quais a identificação é essencial de ser
observado e descurado para o intuito de moldar uma cultura organizacional
competente e eficiente para trabalhar com startups e facilitar a comunicação entre
esses dois mundos. Dessa forma é proposto a ideia da plataforma integradora digital,
para facilitar e auxiliar a integração de empresas e startups logísticas, já que
resultados no artigo mostram que para empresas na área de logística, possam
sobreviver e não ser substituida por startups logistica.

Palavras-chaves: Inovação, logística, startups, plataforma, intergração.


5

1 INTRODUÇÃO

A logística foi desenvolvida inicialmente para a estratégia militar, interpretada


como uma filosofia de guerra que estava relacionada à movimentação e coordenação de
tropas, armamentos e suprimentos para os locais necessários, com o intuito de
abastecer, transportar e alojar tropas, de maneira que estas estivessem no local certo e
na hora certa (COELIS, 2017).

Após a Segunda Guerra Mundial, a logística passou a ser vista nas empresas
com objetivo de reduzir custos de produção nas organizações, dando origem à
paradigmas associados a logística empresarial, o qual para Carmona, 2017 apud
BALLOU 2006 esse conceito desenvolve um conjunto de atividades logísticas das quais
venham a resultar o máximo retorno possível do investimento, no menor prazo,
caracterizado atualmente como um dos principais paradigmas, evitando empresas a
buscar por inovações. (MAGALDI.S; SALIBI.J. Gestão do Amanhã. São Paulo: Gente,
2018.)

A partir da década de 1990, a logística começou a ser mais relevante no Brasil


devido à abertura e estabilização da economia, assim como uma abrangência global dos
negócios, gerando mudanças no modelo de gerenciamento empresarial e substituindo o
modelo baseado na produtividade por um modelo baseado na competitividade.
(Carmona, André. Análise dos impactos da indústria 4.0 na logística empresarial.
(Graduação - Engenharia de Transportes e Logística.) 70p. Joinville, UFSC, 2017 apud
TABOADA, 2002).

Ainda na década de 90 com o episódio da Bolha da Internet, surgiram novos


négocios, os quais foram responsáveis pela mudança nos modelos de gerenciamento
empresarial, mas sobre tudo as mudanças comportamentais dos consumidores,
tornando-os mais exigentes por terem mais acesso às informações e, portanto, com
expectativas cada vez maiores em relação à qualidade de produto, serviços e
atendimento. ( MARROQUÍN.J. Os novos comportamentos dos consumidores. Folha
de São Paulo, São Paulo, 13 nov. 2014. Digital.)
6

Com isso a logística deixou de ser considerada uma abordagem operacional e


se tornou uma abordagem estratégica, motivando ainda mais o interesse das
organizações por este assunto. Isto se dá em razão da decorrência e da complexidade
de uma economia moderna, representada pelo rápido avanço da tecnologia da
informação e pela crescente necessidade de diminuir a lacuna entre a compra e entrega
de bens e serviços, trazendo desafios para as organizações empresariais brasileiras e
exigindo constante reposicionamento empresarial. Atualmente a logística no Brasil passa
por diversos desafios, como a falta de infraestrutura, precariedade dos equipamentos,
escassez de mão de obra especializada e falta de políticas públicas eficientes,
diminuindo a competitividade das organizações brasileiras no mercado mundial.

O escritor Peter Drucker em um dos seus livros cunhou a frase “Mais arriscado
do que mudar é fazer a mesma coisa”, no qual se torna uma frase reflexiva para o
momento em que empresas logística estão enfretando com gargalos e paradigmas que
dificultam entender como usar os beneficios da inovação.

Com a chegada do século XXI, mesmo as empresas logistica tendo visões


estrategicas ainda sim, se deparam o mundo dos negócios com uma realidade, os quais
não esperavam, não só o segmento logisticos, mas outros também. Uma época onde as
mesmas perdem seus espaços no mundo corporativo por conta de choques de
inovações tornando em curto prazo, obsoletos seus sistemas e modelos de negócios.
(MAGALDI.S; SALIBI.J. Gestão do Amanhã. São Paulo: Gente, 2018.)

Os novos concorrentes com modelos de negócios e ideias inéditas e inovadoras


estão ganhando o mercado e até reinventando como, apontam S.Magaldi (2018) e
J.Salibi (2018) em sua obra Gestão do Amanhã, que setores inteiros como de mobiliário,
transportes, mídias, industriais e financeiros foram reinventados e até perderam postos
para focada percepção de mercado dessas novas empresas, caracterizadas com o termo
usado atualmente; startups, os quais são negócios com um modelo inovador, que atua
em um cenário de incertezas e busca o maior lucro possível em um menor tempo.
7

Com o mundo corporativo vivenciando a necessidade de se reinventar em


diversos setores, a área da logística no ano de 2018 está sendo impactada por
movimentos de inovações como afirma o CEO da startup “7 waves” em entrevista para
o artigo.

Tenho percebido muitos movimentos de inovações no setor da logística e da


construção, pois são os dois setores em que 2018 e 2019 serão mais impactados
por movimento de inovação e de conexão com startups. (RIBEIRO, RODOLFO,
2018)

Porém ramos logísticos como o de transporte estão sendo muito abalados pelo o
reconhecimento de startups logísticas os quais crescem diante das falhas de
empresas logísticas, portanto precisam adquirir relacionamento com startups para ter
a mesma visão de mercado e se beneficiar das vantagens competitiva em que essa
relação traz.

O intuito desse artigo é identificar, como os paradigmas das empresas logísticas


podem ser quebrados com influências de parcerias com startups, para uma melhor visão
do mercado e resultar à soluções de gargalos já que startups logísticas estão ganhado
escabilidade pela grande ineficiência das atividades em empresas logísticas, “[...] O setor
de logística é um prato cheio para startups: com tanta ineficiência, as chances de
oferecer ganhos de escala também são maiores.” (KATO. R. Como startups de
logística realizam entregas "fora da caixa" no Brasil. 24 set, 2018. LinkedIn.
Disponível em: < https://www.linkedin.com/pulse/como-startups-de-log%C3%ADsticas-
realizam-entregas-fora-da-rafael-kato/>. Acesso em: 28 out, 2018).

No primeiro capitulo será apresentado avanços tecnológicos no setor logístico


no cenário internacional e no Brasil, com objetivo de comparar e catalisar o grande
problema das empresas logísticas no momento de inovar. No segundo capitulo a
apresentação dos atuais paradigmas, os quais impedem do setor logístico em
acompanhar o mercado disruptivo. Terceiro capitulo serão retratados os benéficos do
relacionamento com startups com o setor logístico, com a proposta da criação de uma
8

nova plataforma para facilitar a envoltura desses dois mundos entre empresas e startups.
No final do artigo a apresentação dos resultados em pesquisa com o propósito de apontar
se empresa logísticas estão interessadas em inovar e se encontram-se preparadas para
essa grande transformação em seu setor.

2 Inovação e suas Características Gerais

A explanação das características gerais de inovação tem como o objetivo de


evitar possiveis confusões conceituais entre inovações e invenções e entre outras
confuções. Em uma definição simples a “inovação é a criação de uma oferta nova e
viável”. (KEELEY, LARRY , 2016).
Inovação até requer alguns conceitos de invenção porém, não quer dizer que sejam a
mesma coisa, enquanto a invenção se refere a produto e serviços inéditos, nunca vistos
antes, a inovação visa a customização de um produto ou serviço em questão de
melhorias ou a transformação de algo comum para inovador, ou seja “mudar ou alterar
as coisas, introduzindo novidades que gere diferencial.” (AIRES 2010). O rádio
(GuglielmoMarconi- 1902), o avião ( Santos Dumont -19061) e a teoria da relatividade
(Albert Einstein - 1905) são exemplos de invenções. A venda em e-commerce
substituindo a venda de loja fisica, como plataforma digitais para a chamada de
motoristas, são exemplos de inovações.

Existem até 10 tipos de inovações como é mostrando na obra de Larry Keeley,


Dez tipos de Inovação, 2016, porém são apenas dois principais tipo de inovações
essenciais para ter compreensão do assunto, as quais são caracterizadas em radicais
e incrementais. As inovações radicais, são mais utilizadas em atuais novos négocios
como mencionada startups e são através dos conceitos desse tipo de inovação estão
liderado a maioria dos setores como: mobiliário, transportes, mídias, industriais e
financeiros (S.Magaldi; J.Salibi, 2018), pois proporcionam

“transformação no relacionamento entre consumidores e fornecedores,


reestruturam aspectos econômicos do mercado, desestabilizam produtos
existentes e dão origem a categorias de produtos completamente novos.
Proporcionam o motor para o crescimento em longo prazo que os líderes
empresariais atuais procuram” (ABGI, 2018).

Já a inovação incremental é a mais conhecida e utilizada em organizações e


principalmente em empresas logisticas, pois apenas reflete as melhorias em produtos ou
9

em linhas de produtos. Geralmente, representa “avanços nos benefícios percebidos pelo


consumidor e não modifica expressivamente a forma como o produto é consumido ou o
modelo de negócio, mas traz um impacto mensurável nos negócios” (ABGI, 2018). A
Tabela a seguir mostrará em mais detalhes as caracteristica das duas principais
inovações.

Tabela 1: Características das inovações radicais e incremetais

Figura 1 Caracteristicas das inovações radicais e incrementais - Fonte: ABGI 2018 apud
Fonte: ABGI 2018 apud FONTANINI e CARVALHO, 2005
FONTANINI e CARVALHO, 2005.

A importancia em ter conhecimento da diferença entre os dois principais tipos


de inovações é essencial nos dias atuais e principalmente a forma que irá ser
implementada na organização, pois as características de cada inovação é totalmente
diferente da outras. O impacto de uma inovação seja ela no produto, processo, marketing
ou organizacional depende exclusivamente da empresa, setor, das características do
país e da sua natureza.

O melhor caminho para aprimorar a atuação brasileira em inovação é optar pela


inovação do tipo radical, que integrasse e pensasse ciência, tecnologia, inovação e
educação em sua multidimensionalidade ( Desconhecido. A importância da inovação
para a sobrevivência das organizações.São Paulo: FNQ, 31 set, 2018. Entrevista a
10

Moysés Simantob, professor da FGV, co-fundador e coordenador doFórum de Inovação


da FGV)

3 Análise de Mercados Internacionais e Nacional de Inovação na


Logística.

No cenário internacional, regiões como Estados Unidos da América-EUA/Vale


do Silício na Califórnia, a Itália - região da Terceira Itália, a União Europeia, a China, e a
Irlanda valorizam o investimento em inovação (ALVES, FÁBIA, 2013, p.29, c.3.1), pois
são regiões onde a inovação possui o apoio do governo por meio de criação de
programas e politicas, a exemplos o programa New Urban Mechanics, o qual é realizado
na prefeitura de Boston nos EUA, no intuito de trazer inovações tecnológicas para os
serviços públicos. Atuando como uma incubadora para conectar os órgãos públicos e
empreendedores da região, visando desenvolver pilotos de projetos inovadores
(EXAME, 2017). Países como França, Austrália e entre outros países da Europa também
possuem programas de inovação para o seu incentivo dentro dos seus territórios.

No ranking dos países que mais inovaram no ano 2018 o IGI (Índice Global de
Inovação), a Suíça se mantém em primeiro lugar, enquanto o EUA em 6° lugar e a
posição do Brasil o qual pode ser observado, é um país longe em ser referência no
assunto de inovação com a posição de 64° lugar. O investimento total dos Estados
Unidos em pesquisa e desenvolvimento de inovação foi 25 vezes maior que o brasileiro
em 2017 de acordo com dados apresentados no CNI (Confederação Nacional da
Indústria), somando US$ 533 bilhões. Segundo o último dado disponível, o empenho do
Brasil foi de US$ 21 bilhões, ou 13 vezes menor que o chinês, nove vezes menor que os
investimentos do Japão e um quinto dos esforços alemães em inovação em 2017, esses
dados reforçam o tamanho do desafio nacional diante das maiores economias do mundo
quando o assunto é inovação.
11

3.1 Comparativos de Cenários Internacionais e Nacional em Avanços


Tecnológicos na Logística e Relacionamento com Startups
Logística.

Enquanto indústrias e empresas, as quais estavam atentas à chegada da “Era


Digital”, estão a frente no mundo corporativo e colhendo os benefícios dessa Era, com
novas culturas organizacionais em construção e tendo ganhos significativos, por outro
lado, há uma realidade diferente para empresas que não se atentaram à essa mudança
no mercado. Por falta de iniciativas, setores onde startups entraram na briga por espaço
no mercado, estão começando a enxergar a necessidade de encontrar-se nesse novo
mercado inovador e superar-se as transformações causadas por novos négocios.

O setor logístico é um grande exemplo que retardou-se para perceber as


transformações que startups logísticas estavam proporcionando, e a grande
consequência, são startups com pequena receita investida tornando-se grandes
concorrentes ou até substituindo suas atividades por um preço menor e tornando-se
meta de aquisição para grandes organizações. Prevê-se que o mercado global de
logística chegue a US $ 15,5 trilhões em 2023 (TECHGISTICSt, 2018), é um mercado
que cresce bastante, porém quem seria o foco desse finaciamento? startups ou
empresas logisticas? A realidade das empresas não são muito favoraveis, pois o mundo
funciona com comércio e tradicionalmente a indústria tem sido afetada por processos
ineficientes, intermediários e tecnologia arcaica. Como resultado, o capital de risco foi
despejado nas startups de logística nos últimos anos, na tentativa de digitalizar a cadeia
de suprimentos (TECHGISTICSt, 2018).

A escalabilidade de startups vem da ineficiência das atividades de estatais e


empresas logisticas acomodadas em seus paradigmas, com isso desenvolvendo o
cenário dessas empresas em um grande prato cheio de oportunidades para reiveintarem
o modo gerencial e operacional no setor logístico.

Ao analisar o cenário internacional em comparativo ao nacional, com base em


informações retiradas do site da consultoria internacional Simon-Kucher &Partners
(2018) nos EUA mais de US$ 1,5 bilhão foram investidos nos principais segmentos de
12

startups de logística americana, enquanto no Brasil de acordo com a obra Gestão do


Amanhã consultoria Deloitte em 2018, confeccionou um estudo onde realizaram
entrevistas com executivos de 750 empresas nacionais e no final do estudo, foi
identificado que o investimento médio em tecnologia é de 3% de seu faturamento anual.
Isso reflete a falta de interesse em inovação e preocupação com a longevidade das
empresas logísticas brasileiras. O EUA é o país de comparativo de investimento de
startups logística no cenário brasileiro, pois o Brasil é um dos países que possui uma
grande influência do EUA.

Os atuais investimentos em inovação logística no EUA são divididos em três


categorias: Domestic Delivery Marketplace (Mercado de entrega doméstica), Freight
Forwarding (Expedição de mercadorias), Robotics (Robótico). A tabela a seguir mostrará
as principais startups que estão recebendo maior financiamento capital nas três
categorias apresentadas, as quais estão transformando o setor logistico no EUA retirada
do blog da consultoria internacional Simon-Kucher &Partners (2018).

Tabela 2:

Figura 2 - Equidade de fundos para Startups Logisticas no mercado Estadunidense - Fonte: Consutoria
Simon - Kucher & Partners.

A maioria das ideias de ambas as startups é melhorar o relacionamento dos


remetentes com transportadoras e agentes de cargas para transportes marítimos e
13

aéreos, com um objetivo de melhoria nos processos de vendas em termos de


conveniência, porém apresentando preços competitivos para os transportadores.

As indústrias de transporte e logística do EUA estão no auge da sua


transformação positiva. Depois de fazer negócios basicamente da mesma forma há
décadas, saltos em áreas como inteligência artificial, inovação e automação estão
permitindo que as empresas diminuem custos e abram novos fluxos de receita. Startups
estão no centro dessa transformação, já que estão lado a lado das operações da
empresa para inovar e a garantir que seus principais negócios não se percam no seu
principal foco. Essas startups dedicam-se em áreas de necessidade em seu setor e estão
interagindo e desenvolvendo de maneira focada nas novas tecnologias para atender
essas necessidades. O monitoramento do desenvolvimento dessas startups oferece,
uma visão única do desenvolvimento dos setores de transporte e logística em geral, e de
como os operadores estão se ajustando ao novo ambiente de inovação.

Em 2018, empresas dos Estados Unidos focaram em startups com seus


principais focos em grandes setores aplicando valores comerciais em cada área
tecnológica e inovadora elaborando serviços, assim como apresentados na tabela 1, mas
vai além com os serviços de robótica em depósito, AI (Inteligência artificial) para
gerenciamento da cadeia de suprimentos, robótica de entrega e software para carros
autônomos.

Análise da consultoria Simon-Kucher & Partners (2018) conclui em seu artigo


sobre “Logistics startups are booming”, prevê um crescimento ainda maior desse
relacionamento de startups e empresas logisticas e afirma que terá grande frequência
nessa fusão, os quais empresários já tem noção dos beneficios e ganhos significativos,
também afirmam que os investimentos nas startups, apresentado na Tabela 1, não
significa o sucesso íntegro das mesma, pois o que pode definir o seu sucesso e
tendência no setor, será seus impactos nas atividades logisticas, tornando empresas
tradicionais mais competitivas e inovadoras para está sempre a frente das tendências do
novo mundo corporativo.

Ter o conhecimento da área logística em relação aos seus avanços tecnológicos


e sua visão perante as inovações logisticas nos Estados Unidos é importante já que se
14

situa a região do Vale do Silicio, no estado da California, a qual encontra-se várias


empresas de alta tecnologia é o berço de grandes startups como Apple, Facebook,
Google, Nvidia, HP, entre outras, ter como referência, permitem às companhias
brasileiras a se atentarem sobre as novas tendências do mercado e se prepararem para
se tornarem mais competitivasdiante do cenário internacional, além de incentivar
mudanças relevantes na área logística, porém não significa que terão sucesso com as
mesmas startups ou aplicando o mesmo investimento, pois cada país tem seus
diferenciais, como há uma grande diferença da infraestrutura brasileira comparada com
a estadunidense, “Existe muita diferença na mobilidade urbana, que é um grande
problema no Brasil”, ressalta Ricardo Molitzas, da Santos Brasil.

No cenário brasileiro, o problema reside no investimento de outros modais que


não sejam o rodoviário. Esse problema vem se instalando no país em decorrencia do
governo dos ultimos 30 anos, a falta de um investimento uniforme na intermodalidade de
entrega de produtos faz com que haja muito prejuízo tanto para a empresa, quanto o
consumidor final, os quais suas consequências são os encarecimentos de produtos e
serviços, diminuição da competitividade e comprometendo os níveis de consumo.
(REITZ, Guilherme. 18 de Janeiro de 2016. “Mercado Logístico no Brasil: é preciso
priorizar uma gestão eficiente”.
https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/mercado-logistico-no-brasil-e-preciso-
priorizar-uma-gestao-eficiente/. Acesso em 15/10/2018)

Essa gestão de recursos deficitiária gera prejuízos quase que incontaveis para
todos os elementos da cadeia de surprimentos, sendo assim, para reverter esse quadro
é necessário um pesado investimento no demais modais para abranger mais rotas,
diminuir custos, reduzir tempos de entrega e principalmente desonerar o custo de
manutenção do modal rodoviário que o faz com que se torne o segundo modal mais caro
de se manter, perdendo apenas para o aeroviário.(Blog Logística. 02 de Janeiro de 2017.
“Infraestrutura Logística Brasileira: O QUE PRECISA MELHORAR?”.
https://www.bloglogistica.com.br/mercado/infraestrutura-logistica-brasileira-o-que-
precisa-melhorar/. Acesso em: 16/10/2018).

Atualmente, existem algumas prestadoras de serviços que oferecem soluções


logísticas intermodais com oportunidade de inovação logística. Porém, são bastante
15

limitadas devido às questões infraestruturais e burocráticas do país, esse já é um assunto


que não compete mais as empresas e sim ao governo, o qual incentiva as indústrias com
plantas no Brasil a inovarem com conexões de startups com o Programa Nacional
Conexão Startup e Indústria , incentivando a inovação e facilitando a intregração, porém
o ramo logístico não esteve em foco, até o ano de 2018 onde empresas logísticas
enxergam a necessidade de inovação nesse setor, e como as parcerias com startups
possui burocracias menores por incentivo do próprio governo nacional. Mas não são
suficientes, pois os riscos de grandes investimentos e as incertezas se as interações
iram gerar lucro ou não, mexem com os paradigmas das empresas logísticas e outros
fatores acabam intimidando a chance de realizar essa conexão.

4 Paradigma – O medo do amanhã

No presente trabalho é muito citada a palavra “Inovação”, porém, podemos


tomar como antônimo dessa palavra, a palavra “Paradigma” que traz o caminho
contrário dessa definição. Tudo aquilo que envolve processos, normas e limites
envolvem paradigmas a serem seguidos e empresas no geral não escapam disso.
Portanto, o que é um paradigma? Etimoligicamente falando, esse termo tem origem
do grego “Paradeigma” que siginifica modelo ou padrão, que corresponde a algo que
deve ser seguido ferrenhamente como exemplo.

Dentro de empresas, sejam elas produtoras ou prestadoras de serviços, há


paradigmas a serem seguidos, que nascem a partir da necessidade de eficiência,
eficácia e execelência naquilo que a empresa faz, porém eles não tem vida perpétua,
tendendo a perecer de acordo com novos pontos de vista da área gerencial e
administrativa e/ou necessidades da empresa. Vale lembrar também que copiar outros
paradigmas de outras empresas concorrentes para fomentar uma “falsa inovação”
acarreterá um insucesso estratégico, pois há o risco de copiarmos apenas o externo,
as aparencias daquele modelo de gestão e não sua essencia em si.(Prof. Daniel
Martins, MESTRE em Administração, 31 de Julho de 2009. “QUEBRA DE
PARADIGMAS: as chaves para o sucesso empresarial”. Acesso em: 28/11/2018
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/quebra-de-paradigmas-as-
chaves-para-o-sucesso-empresarial/32381/).
16

Inovações incrementais são muito atrativas para empresas e indústrias por


conta da sua fácil aplicablidade, certeza de lucro e geração de vantagem competitiva,
além de atrair novos investidores. Em detrimento disso, as inovações radicais, as ditas
de longo prazo, acabam se tornando um “tiro no escuro” no intuíto de ser uma
incerteza para empresas que já estão préviamente estabelecidas no mercado.

Porém, inovações radicais são essenciais para não acabar ficando pra trás
em relação a concorrencia, cair na obsolecência. Toda empresa está fadada a perecer
caso não se reinvente, não inove e é o equlíbrio tênue entre a inovação incremental e
radical que garante o sucesso e a postergação da longevidade daquela empresa.
Inovações radicais podem não até não trazer o lucro imediato que uma incremental
traz, mas será ela quem garantirá a existencia do seu negócio no futuro próximo ou
longínquo, quando algum concorrente apresentar algum projeto que revolucionará o
segmento do qual ele faz parte.

Por conta disso, é correto afirmar que o investimento em Logística pode ser
um investimento a curto e longo prazo, pois será ela quem incrementará seu modo de
operar, organizar e administrar e além disso, trará bons resultados e até inovações
futuras. Um segmento que preza pela visão estratégica de forma aguçada, criando
disponibilidade e organização de forma geral é imprescindível para o funcionamento
congruente de qualquer empresa. Portanto, esses paradigmas podem estar
diretamente relacionados com a falta de flexibilidade de empresas longevas de se
reinventarem, com o receio de investimentos em qualquer tipo de inovações a longo
prazo por conta da possibilidade de êxito da mesma.

Contextualizando todos esses exemplos de paradigmas, percebe-se que


empresas tem sérios problemas para lidar com períodos instáveis em todos os níveis
hierárquicos. Na logística de transportes, por exemplo, esses problemas se agravam
mais ainda por ter a presença do marco regulatório, que são diretrizes, leis e métodos
de regular o funcionamento de empresas para a prestação de serviços públicos. São
órgãos responsáveis pelo conciliamento da saúde econômico-financeira das
empresas e a exigência, expectativa e satisfação do mercado consumidor. Esses
órgãos são divididos e ramificados para cada estado, como a SETRANS ( Secretaria
17

de Transportes do Estado do Rio de Janeiro), ARTESP (Agência de Transportes do


Estado de São Paulo) e etc.

5 Análise dos Impactos da Integração.

O mundo, definitivamente, está em um caminho sem volta rumo à Indústria


4.0, a nova era industrial interligadas aos novos avanços, máquinas inteligentes,
análise computacional avançada e trabalho colaborativo entre pessoas conectadas
para gerar profundas mudanças e trazer eficiência operacional para setores industriais
diversos: manufatura, transporte, energia e saúde (RIZZO, José. Saiba o que é a
Indústria 4.0 e descubra as oportunidades que ela gera. Sebrae. Disponível em:
<encurtador.com.br/dkqS8>. Acesso em: 26/11/2018) e principalmente a logística 4.0,
o qual é uma expressão que representa uma nova fase da logística, ultra conectada e
que atende aos requisitos de velocidade, ganho de eficiência, redução de custos e
disponibilidade de informações impostos pela indústria 4.0 (CUNHA, Fábio. Logística
4.0: como as transportadoras podem se preparar para as mudanças que estão
por vir? .Datamex. Disponível em: http://www.datamex.com.br/blog/logistica-4-0-
como-as-transportadoras-podem-se-preparar-para-as-mudancas-que-estao-por-vir/.
Acesso em: 26/11/2018). Ou seja, rumo a uma completa descentralização do controle
dos processos produtivos graças à proliferação de dispositivos inteligentes. É o
caminho natural para aumentar a competitividade e a produtividade do setor. Só que,
neste processo, o Brasil ainda está alguns passos atrás.

O atraso brasileiro em relação a integração das tecnologias físicas e digitais


em setores já citado no artigo, os seus desenvolvimentos e processo é evidente o
atraso. Porém, nem tudo está fora do controle, pois o Brasil ainda esta atrás dos
Estados Unidos e outros países como mostra no IGI (Índice Global de Inovação), no
qual é publicado anualmente desde 2007 pela Universidade Cornell, pelo INSEAD e
pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), porém os indicadores
de 2018, mostram que o Brasil escalou 5 posições e passou do 69º para a 64º lugar
no ranking geral (CALEIRO,João. Os 20 países mais inovadores do mundo.
EXAME.Publicado em 11/07/2018. Disponível em:<
encurtador.com.br/ehPW0>.Acesso em: 01/12/2018). O país está relativamente
parado nos aportes em inovação, mas consegui subir 5 posições em dois anos, o que
gera boas notícias, mostrando que por outro lado, o país encontra-se num momento
18

de transição importante e extremamente sensível para a adoção de uma nova forma


de inovar: a conexão com startups pela indústria tradicional, se transformando em
tendência para que outros setores, principalmentes de logística, o qual é vista como
um setor de competitividade pelas as indústria, junto ser transformado em um setor
menos tradicional e cheio de paradismas, por um mais inovador.

Conforme os dados do IGI (Índice Global de Inovação) o cenário é positivo


para a adoção, pois estudos como o Programa Conexão Startup Indústria, coordenado
, lançado pela ABDI em setembro de 2018, apresentam e com números
representativos que indústrias visionárias já compram startups e de indústrias
pragmáticas estão se preparando para a conexão. De acordo com o relatório do
Programa Conexão Startup Indústria, 408 indústrias foram pesquisadas, 22% já
negociaram (compra e venda) com startups e 21% delas estão se preparando para
iniciar processos comerciais com startups.

O fato é que as startups estão invadindo positivamente a logística tradicional.


A inovação é hoje uma necessidade competitiva e de sobrevivência para as empresas
do mundo moderno, que está muito dinâmico: são mudanças fortes e constantes e em
um tempo cada vez menor, fruto de uma época da inovação disruptiva sequencial.
Para continuar ou tornar-se relevante, a empresa precisa ser focada e flexível o
suficiente para se adaptar e se reinventar continuamente. Um bom exemplo desse
novo modelo é a VLI, com intuito de levar inovação para um setor tradicional como de
logística, decidiu abrir as suas portas para as startups e lançou o projeto Inova VLI.
Para continuar crescendo e melhorando suas logísticas, ampliando seus horizontes e
interagido cada vez mais com as startups.

Nesse sentido, incentivar o conceito de LEAN, o qual tem como objetivo


aumentar a performance de toda a empresa através da aplicação pragmática de
ferramentas enxutas para o combate de desperdícios em suas operações
logísticas.(COUTINHO,Thiago. Logística Lean: a evolução do Lean
Manufacturing. Publicado em: 19/06/2018. Disponível em:
https://www.voitto.com.br/blog/artigo/logistica-lean. Acesso em : 01/11/2018) junto
com integração de startups, os quais seram indispensáveis daqui a 5 à 10 anos, essas
parcerias e conceito dentro dos setores, principalmente no logístico para que o setor
produtivo brasileiro ganhe mais produtividade.
19

Conforme a pesquisa do novo cenário de inovação e como empresas logísticas


podem se beneficiar com a parceria de startups, é observado a dificuldade dessas
empresas em comunicar-se com startups com intuito de buscar o equilibrio da
inovação entre ferramentas logisticas e soluções inovadoras para as ineficiencias
estratégicas e processuais do setor. Dessa forma é proposta a ideia de uma
plataforma integradora que auxilia as empresas na identificação do seu problema e
na escolha de startups para melhor desempenho nesse novo cenário do mundo
corporativo.

O intuito da plataforma é dar apoio para empresas de pequeno e médio porte


e no ramo logístico e que não possuem estrutura como ambiente, setor e equipe
voltado para a inovação e por conta dessa defasagem estrutural e cultural para
trabalhar com startups a plataforma irá facilitar com suas etapas via digital e
presencial.

As etapas envolvidas na plataforma são referentes à identificação do


problema da empresa e o seu objetivo relacionado ao potencial da startup; etapa do
matchmaking de ambos os lados para o planejamento da estratégia a ser abordada e
a concilição do problema com a solução proposta pela startups; e por fim a geração
de relatórios informacionais referentes aos resultados dos benefícios desta parceria,
com apoios para a comunicação entre ambas as partes para manter a harmonização
do planejamento para as futuras etapas decididas pela empresa e startups serem
acordadas e cumpridas.
20

A seguir na tabela 3, é apresentado etapas de forma agrupadas com seus processos


mais detalhados.

Tabela 3: Etapas da Plataforma

Figura 3 Etapas da Plataforma. Fonte: Autores do artigo.

Empresas e startups não possuem devidos tempo para participar de vários


encontros presenciais, a ideia da plataforma vem para auxiliar na prosposta de inovar
com apenas os participante fornecendo informações e confiando na eficiencia da
plataforma.

O objetivo da plataforma além da integração é: alinhar os objetivos do


startups com os da empresa; identificar os esforços necessário de ambas as partes
para o possivel sucesso da parceria, mas o poder de escolha e decisão é das
empresas e startups, se vale a pena investir ou não na decisão do relátorio gerado,
auxiliar e direcionar para as empresas opções e melhores práticas de interação com
startups e facilitar a elaboração do Plano de Trabalho.
21

A proposta da plataforma é para suprir a problemática apontada pelo


entrevistado Rodolfo Ribeiro, CEO de Startups e ex-gerente de inovação em empresa
de telecomunicações, o qual empresas logisticas por estarem iniciando a sua
transformação no ano de 2018 como é apontado por rodolfo também, empresas
precisam muito mais de metodos de integração de parcerias, mas também de auxilio
para depois da escolha de parceria para a aceleração da visão da empresa em
inovação, além da adoção de três dos principais elementos para realizar/ampliar a
quantidade e a qualidade das conexões, sem levar em consideração os perfis de
startups e o grau de maturidade da empresas em relação à conexão, como: os
laboratórios de interação e inovação, para desenvolvimento e testes das novas
soluções advindas das possíveis conexões, o ambiente criativo, o qual seriam
espaços de interação e ferramentas de apoio tanto às startups, quanto às empresas
na conexão e os fomentadores, com recursos financeiros e econômicos de apoio à
integração.

Conforma os relátorios do Programa Conexão Startup Indústria, coordenado


e lançado pela ABDI em setembro de 2018, é identificados respostas de interesse de
startups e indústrias, os quais é possivel, relacionar como os interesse das empresas
logisticas e suas conexões, pois há semelhanças nos paradigmas de ambas e a
dificuldade da comunicação com novos modelos de gestão.

Para as indústria e empresas que buscar por inovações o motivo pelo qual procuram
essas conexões são: (Considere 1 muito fraco e 5
bastante intenso)

Figura 4 - Programa Conexão Startup Indústria, coordenado e lançado pela ABDI em setembro de 2018
22

Fonte da imagem 1: Programa Conexão Startup Indústria, coordenado e lançado


pela ABDI em setembro de 2018
Assim, em relação aos objetivos da indústria na conexão, verificou-se que
estão mais voltadas para Inovação e mudança de Cultura do que Marketing. As
indústrias demonstraram interesse em capturar o poder das tecnologias disruptivas e
de ponta, resolver problemas em negócios já existentes de uma maneira mais rápida
e econômica, criar uma visão sobre o segmento no qual a indústria atua, identificar
lacunas em processo, além de possuir desafios internos de tornar a organização mais
inovadores e disposta a assumir riscos.

O programa analisou como estava a maturidade das startups em relação a


conexão de indústria e empresas, os quais diferem por terem muito potencial ou pouco
potencial: (Considere 1 potencial muito fraco e 5 potencial muito forte)

Figura 5 - Programa Conexão Startup Indústria, coordenado e lançado pela ABDI em setembro de 2018

Assim, em relação aos recursos dos Startups selecionadas no matchmaking,


observa-se que Startups despertam os eixos de Talentos, Proposta de valor e
Mercado como motivos determinantes de interação com o ecossistema, todos estes
eixos com média geral acima de 4, indicando potencial muito forte nesses recursos.
23

Já o eixo do Marketing ficou com a menor média, indicando uma menor potencialidade
desse recurso no Startup.

6 Consideração Finais

Um novo patamar da economia brasileira passa pelo fomento à inovação,


principalmente via startups, que ao criarem ideias e soluções práticas para a indústria,
fortalecem a competitividade e a inserção internacional da indústria nacional. Em um
mundo cada vez mais digital e conectado, a indústria e as startups estão
reconhecendo o valor que pode ser criado por uma colaboração mais estreita e
profunda. As Corporações têm acesso a novas competências, ideias, talentos e
mercados, enquanto startups acessam mercado e utilizam as redes de distribuição e
as bases de clientes das grandes empresas, quando também se tornam seus clientes.
O engajamento das Corporações com startups já vem sendo objeto de discussão há
algum tempo, mas nos últimos três anos tem tido um papel central na Europa, Estados
Unidos e Ásia nos impactos da transformação digital não somente nos setores mais
tecnológicos, mas também em ramos tradicionais como logística, bancário e complexo
da saúde.

Grandes empresas tendem a ser menos ágeis e flexíveis para a adaptação


necessária aos processos e modelos de negócio compatíveis com a digitalização,
diversamente dos empreendedores de startups, os quais geram a inovação na
fronteira do conhecimento e possuem processos e modelos flexíveis de
administração. O setor industrial é progressivamente consumidor, parceiro, mentor e
comprador, além de ser beneficiado pelas tecnologias inovadoras das startups.

Novos profissionais cada vez mais têm de fornecer inteligência e


conhecimento, atuando como uma “ponte”, um elo entre os diversos agentes do
ecossistema de inovação brasileiro para melhorar o ambiente e dar aos
empreendedores condições adequadas e competitivas para realizar negócios.

São inúmeros os desafios pela frente. No entanto, investindo na associação


entre empresas consolidadas e aquelas que melhor entendem e atuam nesse
contexto, acredito que a indústria brasileira poderá se preparar melhor para
24

atransformação digital. E que, enfim, poderá aproveitar todas as oportunidades que o


novo contexto oferece.

Como sabemos a logística é o processo de planejar e executar de forma


eficiente para suprir ademanda imposta, o que garante um ciclo harmonioso ao
funcionamento da instituição, e para a decolagem de uma empresa é necessária uma
logística de ponta, para que possa se manter dentro do mercado empresarial,
ultrapassando desafios de gestão e operacionais, para que tenha assim um bom
crescimento. Um dos desafios mais comuns é a produção em menor tempo e custos
possíveis, que só é alcançada quando a empresa efetua uma boa gestão, o que
surpreende positivamente seus clientes e fornecedores. Um bom empreendedor para
promover melhorias, obrigatoriamente deve investir em uma boa operação logística.

Não tem sido uma tarefa fácil manter uma empresa dentro do mercado, pois
está cada dia mais competitivo, o que faz com que as empresas busquem inovações
e uma boa saída é a integração com startups, para que não corra o risco de ser
ultrapassada. A empresa VLI, por exemplo, buscou inovação em startups, e percebeu
uma melhoria eminente na solução de seus gargalos e com isso criou um projeto
chamado Inova VLI que segundo Vanderlei Marques, gerente-geral de
desenvolvimento de negócios e inovação da VLI, a ideia é que o projeto renda, em
curto prazo, parcerias com os startups e, principalmente, tecnologias que inovem o
setor de logística.

A indústria logística que conhecemos ainda é muito tradicional, o que deve


ser mudado não só para facilitar o funcionamento da empresa reduzindo ainda mais
o tempo de execução de suas operações, mas também para que possa sobreviver no
novo cenário econômico.
25

7 Referencias Bibliograficas

TRABALHOS ACADÊMICOS
ALVES, Fábia. Um estudo dos startups no Brasil. (CURSO DE GRADUAÇÃO EM
CIÊNCIAS ECONÔMICAS). 76pg. Bahia, Universidade Federal da Bahia, 2013.
SITES
COELIS, Elenice Lopes. Logística empresarial. 2017. Disponível em:
<http://www.ietec.com.br/imprensa/logistica-empresarial/>. Acesso em: 25 abr. 2017
BOWERSOX, Donald; CLOSS, David. Logística empresarial: o processo de
integração da cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2011.
ABGI. Impactos da inovação: Inovação Radical x Inovação Incremental. 22 mar,
2018. Disponivel em: <http://brasil.abgi-group.com/radar-inovacao/recursos-para-
inovacao/impactos-da-inovacao-inovacao-radical-x-inovacao-incremental/>. Acesso
em: 27 nov, 2018
MARROQUÍN.J. Os novos comportamentos dos consumidores. Folha de São
Paulo, São Paulo, 13 nov. 2014. Digital.
KATO. R. Como startups de logística realizam entregas "fora da caixa" no Brasil.
24 set, 2018. LinkdIn. Disponível em: < https://www.linkedin.com/pulse/como-startups-
de-log%C3%ADsticas-realizam-entregas-fora-da-rafael-kato/>. Acesso em: 28 out,
2018
WENGLER, Sven; BIERMANN, Philipp. Logistics Startups Are Booming.
Consultoria Simon Kucher&Partners, 2 mar,2018. Disponível em <https://www.simon-
kucher.com/en/blog/logistics-startups-are-booming>, Acesso em: 12 nov, 2018.
REITZ, Guilherme. 18 de Janeiro de 2016. “Mercado Logístico no Brasil: é preciso
priorizar uma gestão eficiente”.
https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/mercado-logistico-no-brasil-e-preciso-
priorizar-uma-gestao-eficiente/. Acesso em 15/10/2018)
.(Blog Logística. 02 de Janeiro de 2017. “Infraestrutura Logística Brasileira: O QUE
PRECISA MELHORAR?”. https://www.bloglogistica.com.br/mercado/infraestrutura-
logistica-brasileira-o-que-precisa-melhorar/. Acesso em: 16/10/2018).
.(Prof. Daniel Martins, MESTRE em Administração, 31 de Julho de 2009. “QUEBRA
DE PARADIGMAS: as chaves para o sucesso empresarial”. Acesso em:
28/11/2018 http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/quebra-de-
paradigmas-as-chaves-para-o-sucesso-empresarial/32381/).
(RIZZO, José. Saiba o que é a Indústria 4.0 e descubra as oportunidades que ela
gera. Sebrae. Disponível em: <encurtador.com.br/dkqS8>. Acesso em: 26/11/2018)
0 (CUNHA, Fábio. Logística 4.0: como as transportadoras podem se preparar
para as mudanças que estão por vir?.Datamex. Disponível em:
26

http://www.datamex.com.br/blog/logistica-4-0-como-as-transportadoras-podem-se-
preparar-para-as-mudancas-que-estao-por-vir/. Acesso em: 26/11/2018).
(CALEIRO,João. Os 20 países mais inovadores do mundo. EXAME.Publicado em
11/07/2018. Disponível em:< encurtador.com.br/ehPW0>.Acesso em: 01/12/2018).
.(COUTINHO,Thiago. Logística Lean: a evolução do Lean Manufacturing.
Publicado em: 19/06/2018. Disponível em:
https://www.voitto.com.br/blog/artigo/logistica-lean. Acesso em : 01/11/2018)
ARTIGOS

SILOCCHI, Paulo Roberto. Motivação à inovação de produtos. Um estudo nas


Empresas Industriais. Metal-Mecânicas de Caxias do Sul. 2002 p.12-13. Pós-
Graduação em Administração – PPGA- Escola de Administração-UFGS Porto Alegre
AIRES, Marcia. Qual a diferença entre invenção e inovação. RH.com, Espirito
Santos. 13 set, 2010. Digital. Disponível em:
<http://www.rh.com.br/Portal/Criatividade/Artigo/6773/qual-a-diferenca-entre-
invencao-e-inovacao.html>. Acesso em: 27 nov, 2018.
Carmona, André. Análise dos impactos da indústria 4.0 na logística empresarial.
(Graduação - Engenharia de Transportes e Logística.) 70p. Joinville, UFSC, 2017
apud TABOADA, 2002).
Desconhecido. A importância da inovação para a sobrevivência das organizações.
São Paulo: FNQ, 31 set, 2018. Entrevista a Moysés Simanto, professor da FGV, co-
fundador e coordenador do Fórum de Inovação da FGV)

LIVROS
MAGALDI.S; SALIBI.J. Gestão do Amanhã. São Paulo: Gente, 2018.
KEELEY, Larry.; et al. Dez tipos de inovação: a disciplina de criação de avanços
de ruptura. São Paulo: DVS, 2015
KEELEY, Larry.; et al. Dez tipos de inovação: a disciplina de criação de avanços
de ruptura. São Paulo: DVS, 2015 apud AIRES, 2010.

ENTREVISTA
RIBEIRO, Rodolfo. Integração de Startup e empresas logísticas. Santos, Autores
do Artigo, 3 set. 2018. Entrevista a Rodolfo Ribeiro.

Você também pode gostar