Fóruns Linguística

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 4

Fórum 1

Antes de dar seguimento ao tema principal, vamos compreender a conectividade conceptual.

A conectividade conceptual, refere-se à capacidade de conectar conceitos ou ideias de forma


significativa e coerente. Essa conexão pode ser estabelecida através de relações lógicas, associações
semânticas ou estruturas cognitivas que permitem a compreensão e a comunicação eficaz de
informações. Em resumo, a conectividade conceptual envolve a habilidade de relacionar e integrar
diferentes conceitos para criar um entendimento mais amplo e profundo de um determinado tema ou
assunto.

Quando um texto apresenta uma situação anormal, várias coisas podem acontecer, dependendo do
contexto e do propósito do texto.

Em contextos literários ou de ficção, os leitores são frequentemente convidados a suspender sua


descrença e aceitar elementos não realistas ou situações incomuns como parte da narrativa. Isso
permite que eles se envolvam mais profundamente na história e aceitem o mundo fictício criado pelo
autor.

Situações anormais muitas vezes são usadas pelos autores para explorar temas, ideias ou questões
complexas. Essas situações podem servir como metáforas para problemas da vida real ou para provocar
reflexões sobre diferentes aspectos da condição humana.

A apresentação de situações anormais também pode desafiar normas sociais, culturais ou morais
estabelecidas, levando os leitores a questionar suas próprias crenças e perspectivas.

Em resumo, a apresentação de uma situação anormal em um texto pode enriquecer a experiência de


leitura, oferecendo oportunidades para exploração criativa, reflexão profunda e engajamento emocional
dos leitores.
Fórum 2

As intuições dos falantes sobre a estrutura das frases podem ser confirmadas através de testes de
constituência, que permitem identificar os constituintes principais da frase.

Segundo a teoria da gramática cognitiva de Duarte, as intuições dos falantes sobre a estrutura das frases
são influenciadas pela experiência linguística e cognitiva de cada indivíduo. Essas intuições baseiam-se
na compreensão das estruturas gramaticais e semânticas da língua, que são adquiridas ao longo do
desenvolvimento linguístico e cultural de uma pessoa. Além disso, a teoria de Duarte enfatiza a
importância da contextualização e da interação social na construção e interpretação do significado das
frases.

Os testes de constituência são ferramentas úteis para confirmar as intuições dos falantes sobre a
estrutura das frases. Esses testes ajudam a identificar os constituintes principais de uma frase, ou seja,
as unidades gramaticais que formam a estrutura da frase de acordo com a gramática de uma
determinada língua.

Podemos aplicar testes(testes de constituência) para identificar osgrupos constituintes de uma frase.
Estes testes baseiam-se na manipulação dos constituintes da frase através de diferentes operações
(substituição, deslocação...). Quando o resultado dessa manipulação é uma frase gramatical, a sequência
que está a ser testada é um constituinte. Pelo contrário, se o resultado for uma frase agramatical é
porque a sequência testada não é um constituinte (cf. Duarte, 2000).

Para Duarte (2000: 130), “como mostram as intuições dos falantes, as combinações de palavras são
dotadas de uma estrutura hierárquica – a estrutura de constituintes –, como mostram o
comportamento das combinações”. As combinações de palavras, para formar unidades sintácticas
menores ou maiores, na sua maioria são livres, mas encontram-se sujeitas a certas operações como
substituição (de uma expressão por uma só palavra),

Alguns dos testes de constituência mais comuns incluem o teste de substituição, onde se substitui uma
palavra ou conjunto de palavras por um pronome ou outra palavra para verificar se a frase continua
gramaticalmente correta; o teste de movimento, onde se move um constituinte da frase para outra
posição para verificar se a estrutura continua aceitável; e o teste de fragmentação, onde se divide a
frase em partes menores para identificar os constituintes principais.

Esses testes são importantes na análise linguística para entender a estrutura das frases e como as
palavras e as partes das frases se combinam para formar significado.

Bibliografias:

Duarte, I. (2000). Língua Portuguesa: Instrumentos de Análise. Universidade Aberta.


Duarte, I. et al. (1998). “Não cheguei a aprender nada” Áreas de variação e tendências de mudança no
Português de Moçambique. In: Actas do 14º Encontro de Associação Portuguesa de Linguística. vol. 1.

Fórum 3

Referência e Sentido

A referência de um nome próprio é o próprio objeto que designamos com ele; a representação que
então temos é totalmente subjetiva; entre os dois reside o sentido, que não é subjetivo como a
representação, mas por certo não é o próprio objeto. A seguinte analogia talvez seja apropriada para
ilustrar essas relações.

De acordo com Branquinho & Murcho, os nomes próprios são expressões linguísticas que formam uma
subclasse própria da classe dos DESIGNADORES, ou termos singulares, ou ainda expressões referenciais
singulares. Essas são expressões empregadas com o propósito de referir, relativamente a dado contexto
de uso, um e um só item ou objeto específico. (MURCHO et al, 2006, p. 540).

Os nomes próprios geralmente têm uma função designatória, ou seja, eles identificam ou nomeiam
pessoas específicas, lugares, ou coisas. No entanto, em alguns casos, os nomes próprios podem conter
alguma informação sobre a cultura, origem étnica, ou até mesmo características pessoais dos indivíduos.
Por exemplo, alguns nomes podem indicar o sexo da pessoa, sua religião, ou até mesmo traços de
personalidade, mas essas associações não são universalmente aplicáveis a todos os nomes próprios.

Entre as gramáticas publicadas nas últimas décadas, a de Cunha e Cintra (2008, p. 192), por exemplo,
afirma que os nomes próprios são aqueles que designam determinado indivíduo da espécie (designação
específica), como Pedro, Brasil e Lisboa, que se aplicam a um determinado homem, a um país e a uma
cidade, e os nomes comuns, os que designam a totalidade de seres de uma espécie (designação
genérica) ou uma abstração, como homem, país, cidade, que se empregam para nomear todos os seres
e todas as coisas das respectivas classes.

Bechara (2015, p. 119) aponta ainda que os substantivos próprios podem se aplicar a um objeto ou a um
conjunto de objetos, mas sempre individualmente. Sendo assim, para o autor, cada João, cada Isabel, e
cada Açores é uma pessoa ou ilha considerada como inconfundível pelas demais pessoas.

Os nomes próprios são principalmente usados para identificar e distinguir indivíduos, fornecendo pouca
ou nenhuma informação sobre as características específicas desses indivíduos. Por exemplo, o nome
"Ana" ou "Pedro" não nos diz muito sobre a personalidade, interesses, habilidades ou qualquer outra
característica da pessoa que possui esse nome. Eles são simplesmente etiquetas que usamos para nos
referir a pessoas de maneira única e identificável.

Recorre-se à diferença entre denotação e conotação, apontando para o fato de que o substantivo
comum denotaria e conotaria, ao passo que o substantivo próprio apenas denotaria (CASTILHO, 2010, p.
468)
Referência bibliográfica:

BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 38. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2015.

BRANQUINHO, J., MURCHO, D. GOMES, N. Enciclopédia de termos lógicosfilosóficos. São Paulo: Martins
Fontes, 2006

CASTILHO, Ataliba Teixeira de. Nova gramática do português brasileiro. São Paulo: Contexto, 2010.

CUNHA, Celso; CINTRA, Luís Filipe Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de
Janeiro: Lexicon, 2008.

Você também pode gostar