Resumo - Corpus Iuris Civilis

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Corpus Iuris Civilis

O Saber jurídico romano foi colocado em risco após a crise do Império Romano
no século III d.C e a posterior queda do Império do Oriente 476 d.C, que acarretaram a
destruição de muitas das obras (por conta das invasões árabes) que tinham uma
formação linguística e cultural jurídica. Com o intuito de resguardar esse saber, o
imperador Justiniano auxiliado por uma equipe de juristas, em meados do século VI,
passa a recolher, ler, sistematizar e analisar os textos jurídicos da tradição romana.
O livro é composto por 4 partes: o Código de Justiniano; o Digesto ou;
Institutos, os princípios fundamentais do direito; e as Novelas ou Autênticas.Foram
reunidas desde as obras dos juristas clássicos, compilação que foi chamada de Digesto
ou Pandectas (excertos de jurisconsultos reunidos por Triboriano), passando pela
reunião das legislações imperiais que foram denominadas de Código ou Codex, sendo
acrescido por um manual de introdução ao direito, que expunha noções gerais,
definições e classificações dos dispositivos presentes no Digesto, que foi chamado de
Instituições ou Institutiones. 1
O Corpus Iuris Civilis foi completado por uma compilação póstuma, as Novelas
ou Novellae, que era composta pelas leis promulgadas pelo próprio Justiniano. Esse
seria, portanto, o conjunto de livros que vai constituir a memória do Direito Romano,
denominado Corpus Iuris Civilis e que futuramente se tornaria a base do direito civil
moderno.
É interessante notar também, que ele recebeu esse nome para se diferenciar do
Corpus Jus Canoni. Além de representar uma revolução jurídica, é também um
documento importante sobre a vida no Império Romano.

1
Informações retiradas do livro Cultura Jurídica Europeia, de Antonio Manuel Hespanha. p. 125
– 130.

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