Reforma Do Sector Público Natalino

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
Perceção da sociedade civil sobre reforma no
Sector público “reforma compulsiva” em moçambique

Nome do Estudante: Natalino Pedro Simone


Código: 708238802

Curso: Licenciatura em Administração Pública


Cadeira: Reforma no sector público
Docente: Alexandre Tocoloa
Ano de Frequência: 2º Ano

Cuamba, Maio de 2024


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problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
 Teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
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 Rigor e coerência
Normas APA 6ª
das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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Índice
1. Introdução............................................................................................................................3
1.1. Objetivos......................................................................................................................3
1.1.1. Objetivo Geral......................................................................................................3
1.1.1.1. Objetivos específicos........................................................................................3
2. Conceito de sociedade civil..................................................................................................4
2.1. Sociedade civil em Moçambique..................................................................................5
3. Tipificaçao e razões da proeminência da Sociedade Civil em Moçambique........................6
4. Constrangimentos da sociedade civil....................................................................................7
5. Riscos da sociedade civil......................................................................................................7
6. Desafios a resolver para assegurar o futuro..........................................................................8
7. Conceito de sector público...................................................................................................8
7.1. Reforma no sector público............................................................................................9
7.2. Reforma do sector público em Moçambique................................................................9
8. Conclusão...........................................................................................................................12
9. Referência bibliográfica.....................................................................................................13
1. Introdução

No que se refere à realidade moçambicana, a definição pela Estratégia Globalde


Reforma do Sector Público (EGRSP, 2006 - 2015) da necessidade de se
introduzirmudanças na administração pública possui um valor fundamental para a
adopção dasnovas práticas de gestão pública, o que ressalta a importância de se
examinar quais asconcepções que orientam o modelo de reforma administrativa em
Moçambique e sobreque pressupostos ou bases que esta estabeleceu.

O contributo do sector público está condensado na sua missão de prestar


serviços de boaqualidade e sustentáveis reduzindo desta forma o fardo social das
doenças de forma aaumentar a produtividade e diminuir as perdas económicas
resultantes de mortes prematuras, doenças e a escassez dos recursos humanos.

O trabalho a cima debruça-se em torno da Perceção da sociedade civil sobre


reforma no Sector público “reforma compulsiva” em moçambique, que serve de
trabalho avaliativo na cadeira de Reforma no Sector público, no curso de Licenciatura
em Administração Pública, 2º Ano. Em concernente a elaboração do mesmo usou-se
vários artigos publicados na internet, livros, e entre outros, no que culminou a uma
pesquisa bibliográfica.

1.1. Objetivos
1.1.1. Objetivo Geral
 Avaliar a Importância da sociedade civil e reforma no sector público em
Moçambique.
1.1.1.1. Objetivos específicos
 Definir sociedade civil;
 Definir reforma no sector público;
 Descrever as caracteristicas da sociedade civil em Moçambique;
 Descrever as caracteristicas da civil em Moçambique;
 Identificar os criterrios que determinar o sector pÚblico em
Mocambique;
 Verificar a nivel das acções das formas na segunda fase de
implementação da EGRSP.

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2. Conceito de sociedade civil

A noção de Sociedade Civil tem constituído o foco de debates acessos e por


vezes controversos em diversos contextos incluindo a academia, sendo portanto, um
conceito que suscita várias interpretações e que a sua concepção vem se desenvolvendo
de acordo com a evolução sócio-histórico de cada época.

Na perspectiva de Bobbio (1982, p. 14), estabelece que “para Marx, a Sociedade


Civil é o reino das necessidades e interesses, do trabalho e do direito privado, enquanto
que Hegel a concebe como sendo o reino da dissolução da miséria e da corrupção física
e ética”.

Segundo Bobbio (1982), afirma que “esse reino deveria ser regulamentado,
dominado e anulado na ordem superior do Estado, o que significa que a concepção de
Hegel não inclui apenas a esfera das relações económicas e a formulação de classes,
mas também a administração da justiça e o ordenamento administrativo e corporativo”.

Desta discussão entre Marx e Hegel, Bobbio (1982) advoga que:

“A Sociedade Civil compreende todo o conjunto das relações materiais entre os


indivíduos, no interior de um determinado grau de desenvolvimento e portanto,
transcende o Estado e nação, embora por outro lado, tenha novamente de se
afirmar em relação ao exterior como nacionalidade e de se organizar em relação
ao interior como Estado”.

Segundo Francisco (2010), estabelece que “A CIVICUS entende a Sociedade


Civil como sendo a arena da sociedade fora família, do mercado e do Estado onde as
pessoas se associam para realizarem interesses, não só interesses comuns, mas também
aspirações e interesses particulares ou mesmo privados, ou seja, arena pública de
convergência de acções colectivas”.

Actualmente no contexto moçambicano o conceito usado pela CIVICUS não é


consensual, pois, existem determinadas organizações do sector privado, profissionais e
até com filiação partidária cuja integração na Sociedade Civil é controversa.

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Segundo Topsøe-Jensen (2015, afirma que:

“Não é apropriada uma definição absoluta sobre a Sociedade Civil


moçambicana, interessa sobretudo compreender a complexidade, o papel e suas
características, bem como identificar as alianças adequadas para optimizar a sua
influência nas políticas e nos processos de desenvolvimento”.

2.1. Sociedade civil em Moçambique

Torna-se difícil indicar a génese da Sociedade Civil em Moçambique.

Segundo Francisco (2010, p. 135), estabelece que “com base nas definições
acima podemos dizer que a sociedade civil existiu sempre antes e depois da
independência e qualitativamente terá crescido nos dias de hoje, tendo se transformado
em verdadeiro e importante sector de indústria, movimentando biliões de meticais,
isento de imposto sobre o rendimento”.

Francisco (2010, p. 136), enfatiza que:

“Antes da independência, constatamos que nas zonas rurais as comunidades


sempre se organizaram em torno da sociedade tradicional e grupos, e resolviam
assuntos de interesse colectivo: no norte de Moçambique, por exemplo, há
registos de grupos de caçadores, pescadores, construtores de casas, e de
camponeses com escalas determinadas para trabalhar, alternadamente, na
lavoura ou colheita em machambas dum e doutro”.

Pode se pensar que foi com base no reconhecimento da efectiva existência e


utilidade da sociedade civil tradicional que, como estratégia para legitimar a sua
autoridade sobre as populações, o Estado Colonial criou os regulados e regedorias que
mobilizavam as populações para os propósitos do governo da época.

Na perspectiva de Francisco (2010, p. 137), salienta que:

“Após a independência, apesar da tentativa de destruição da sociedade e cultura


tradicional africanas e das igrejas, elas, de forma discreta, resistiram.
Paralelamente, induzidas e promovidas pela administração pós-independencia,
foram criadas organizações como a da mulher moçambicana, da juventude
moçambicana, dos trabalhadores moçambicanos, etc”.

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Durante a guerra civil dos 16 anos, para alivio das pessoas afectadas e
deslocadas de guerra, assistimos importante papel a ser desempenhado pelas ONGs
internacionais. Mas as suas actividades eram autorizadas de forma precária, sem
nenhuma legislaçao abrangente, caso a caso, para projectos especificos.

Mas o marco mais importante do surgimento das Organizações da Sociedade


Civil(OSC), foi a Constituição de 1990 e subsequente lei no.8/91, dois instrumentos
legais que permitiram, pela primeira vez na história de Moçambique aos cidadãos,
querendo, organizar-se em associações prosseguindo objectivos comuns lícitos.

Até 1990, em Moçambique, não havia liberdade de pensamento, de associação e


de reunião, apesar de independentes havia 15 anos.

3. Tipificaçao e razões da proeminência da Sociedade Civil em Moçambique

Segundo Scac (2005, p. 12), estabelece que “actualmente, a legislação


Moçambicana é aberta e os cidadãos podem, querendo, associar-se para constituírem
uma organização da sociedade civil, desde que os objectivos que enunciem sejam lícitos
e possíveis”.

Scac (2005), afirma que “em termos de tipos, encontramos predominantemente,


as seguintes”:

 De carácter cultural, religioso e de regioes;


 Sócio-recreativas;
 Organizações de interesses particulares;
 De provisão de serviços, de advocacia e movimentos sociais.

Segundo Scac (2005, p. 15), enfatiza que “mas a actual importancia e


proeminência da Sociedade Civil em Moçambique parece mais ter haver, entre outros,
com os seguintes factos”:

 Da necessidade de proteger direitos e liberdades, e satisfazer


necessidades básicas dos cidadãos, não satisfeitas devido as fragilidades
do Estado e dos mercados;
 O contágio do movimento global para governação democrática que
mobiliza os cidadãos moçambicanos a assumirem a necessidade de cada
vez mais participarem nos processos de desenvolvimento do seu país;

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 O domínio das novas tecnologias de informação e comunicaçao e o cada
vez maior contacto com o mundo exterior que abrem, aos
moçambicanos, novos horizontes e experiências antes não conhecidos e
sua réplica no país. Citamos o caso das associações de defesa do
consumidor, do fórum económico social, este último que faz ressonância
no país os ecos das ONGs internacionais contra a globalização.

Quanto as relações podemos notar nas Organizações da Sociedade Civil (OSC),


moçambicanas os seguintes traços:

 De elite, com tendência a influenciar politicas e opinão pública;


 De grupos de comunidades locais que procuram proteger/produzir
recursos para a sua subsistência: camponeses, pequenos produtores, etc;
 Sociais, baseados em formas de acção colectiva, tais como os sindicatos,
associação dos Chapa 100, etc
4. Constrangimentos da sociedade civil

Scac (2005), afirma que “ dos constrangimentos que as organizações da


sociedade civil enfrentam nos dias que correm podemos destacar os seguintes”:

 Falta de recursos: financeiros, tecnológicos, e pessoal qualificado


(know-how);
 A mesma crise que afecta o sector público de falta de transparência e
fraca prestação de contas em relação as suas constituências. As
organizações da sociedade civil tendem mais, também, a prestar contas
aos seus doadores e menos aos grupos que advogam defender;
 Um ambiente altamente politizado que “obriga” ao comportamento
“correcto” para quem queira levar a cabo qualquer iniciativa social,
mesmo tratando-se de carácter privado, o que inibe e frustra a
espontaneidade, o livre arbítrio e o espírito de empreendedorismo dos
cidadaos na busca de soluções alternativas e sustentáveis de
desenvolvimento.
5. Riscos da sociedade civil

Segundo Scac (2005), enfatiza que “analizando alguns sinais até então emitidos
e experiencia que estamos a viver, alguns dos potenciais riscos podemos destacar os
seguintes”:

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 A nova administração parece pretender controlar o espaço cívico, o que a
materializar-se, muitas organizações da sociedade civil que não têm
ligações com o Poder, experimentarão momentos difíceis;
 O fim do multipartidarismo e a restauração do regime de partido único
significará que vozes discentes não mais poderão existir e,
consequentemente, as liberdades cívicas serão limitadas;
 Falta de auto-sustentabilidade e fadiga de doadores em continuar o seu
apoio às OSC moçambicanas, o que conduzirá ao seu desaparecimento
prematuro;
 A pandemia do HIV/SIDA que ameaça as camadas mais jovens, o que
põe em risco o futuro de Moçambique;
 O desemprego que afecta os jovens incluindo os que terminam os seus
cursos nas universidades e institutos técnicos; estes jovens
desempregados podem vir a constituír, no futuro, um sério risco para a
estabilidade do país.
6. Desafios a resolver para assegurar o futuro

Tendo em conta as fragilidades dos partidos da oposição para o exercício da


monitoria e controlo do Poder, e a continua necessidade de satisfazer graves carências
que os cidadãos experimentam, principalmente nas zonas rurais, o grande desafio que se
coloca à SC nesta fase histórica, é o seu fortalecimento, para que ela tenha capacidade
adequada de intervenção, o que passa necessariamente na:

 Capacitação institucional, com destaque para as pequenas organizações


comunitárias locais nas zonas rurais;
 Formação de seus recursos humanos e sua afectação a tempo inteiro; o
que pressupõe, necessariamente, a oferta de salários razoáveis e outros
incentivos para poder mante-los.
7. Conceito de sector público

Lane (2000, p.15-16), afirma que “o sector público como a actividade do


Governo e suas consequências; como o processo decisório geral do Estado e seus
resultados; ou consumo, investimento e transferências governamentais; mais ainda,
como consumo e investimento governamental ou produção governamental”.

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Segundo CIRESP (2001), afirma que “Por sua vez, a EGRSP (2001-2011),
define Sector Público como o conjunto de instituições e agências que sendo directa ou
indirectamente financiadas pelo Estado tem como objectivo final a provisão de bens e
serviços públicos”.

7.1. Reforma no sector público

O segundo conceito é o da Reforma do Sector Público. Várias são as


perspectivas avançadas por diferentes autores em torno deste conceito.

O relatório da SIDA/Irish Aid (2013, p.3), define a reforma como sendo “um
conjunto de actividades que visam melhorar a administração pública do Estado, seus
papéis e funções, bem como a efectividade e eficiência das suas principais instituições
na prestação de serviço público de forma sistêmica e sustentável”.

Segundo Boyne et al. (2003, p.3), estabelece que“a reforma do sector público
consiste em mudanças deliberadas na estrutura e nos processos das organizações do
sector público, com o objectivo de fazer com que funcionem melhor”.

Na perspectiva de Alberti (2005), afirma que “A reforma significa o repensar de


sistemas, procedimentos, estruturas organizacionais, capacidades humanas, gestão da
informação, metodologias e ligações institucionais que dizem respeito a todo o
desenvolvimento do processo”.

Em outras palavras, quer dizer que a reforma é um processo de reajustamento


das instituições do Estado para a necessidade de maior custo-eficácia, a qualidade,
simplicidade e transparência.

7.2. Reforma do sector público em Moçambique

Segundo CIRESP (2001), afirma que “Presidente Joaquim Alberto Chissano


lançou oficialmente, a 25 de Junho de 2001, a EGRSP, para um período de 10 anos,
constituída por duas fases: Fase I, de 2001 a 2005,e a Fase II, de 2006 a 2011”.

A reforma enquadra-se na necessidade de abordar de formasistemática os


desafios que se colocam ao Estado, face a uma nova dinâmica política,económica e
social instalada e constitui um processo de mudanças profundas e radicaisnas estruturas
e nos processos fundamentais do sector público moçambicano.

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A Comissão Interministerial da Reforma do Sector Público CIRESP tem como
metas:a construção de uma administração pública voltada para o cidadão, a melhoria
daqualidade dos serviços públicos e o aperfeiçoamento das respostas
administrativasoferecidas à sociedade.

Segundo CIRESP (2001), enfatiza que:

“para tal, a EGRSP, assim como os vários ajustes efectuados e as reformas no


sector público que a antecederam, representa um esforço no sentido de adequar
o país as transformações e os desafios no âmbito nacional e internacional
permitindo capacitar o Estado para melhor implementar suas políticas e
programas de desenvolvimento”.

Segundo as directrizes da EGRSP, o maior desafio da reforma é o Homem, no


sentidode que deve haver uma mudança radical na atitude, no comportamento, nos
padrõeséticos e morais e na mentalidade dos funcionários públicos em relação ao
trabalho querealizam.

A reforma tem como principais objectivos:

 Melhorar a capacidade do sector público de prestação de serviços de


qualidadeao cidadão;
 Melhorar os Sistemas de Gestão políticas públicas, recursos
humanos, programas, gestão financeira, patrimonial e orçamental;
 Melhorar a qualidade dos sistemas de governação mecanismos de
prestação decontas e o aperfeiçoamento da estratégia e planos
de combate à corrupção;
 Desenvolver um ambiente favorável ao crescimento do sector privado e
eliminaras barreiras administrativas e “outsourcing”;
 Contribuir para a implementação efectiva do Plano de Acção para a
Redução da Pobreza Absoluta - PARPA.

Segundo o documento da CIRESP (2001, p. 17), estabelece que “se com a


reforma contar com umsector público que seja: o resultado desta visão seria um sector
público que opera de forma deficiente e efetiva para assegurar que todos os cidadãos
recebem os serviços básicos e que tenham oportunidade de monitorar a Implementação
das reformas e o acesso aos mecanismos de reclamações e consultas”.

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A EGRSP contempla as seguintes componentes:

 Racionalização e descentralização das estruturas e processos de prestação


deserviços públicos;
 Formulação e monitoria de políticas públicas;
 Profissionalização e melhoria das condições de trabalho dos
funcionários públicos;
 Melhoria da gestão financeira e prestação de contas;
 Boa governação e combate à corrupção; e
 Gestão da reforma.

A Fase II tem por objectivo fortalecer as reformas iniciadas durante a primeira


fase,ajustando-as às prioridades actuais do Governo, tendo ainda em conta o
ProgramaEconómico e Social - PES (2005 - 2009) e o Plano de Redução da Pobreza
Absoluta -PARPA (2006 - 2009).De acordo com a (CIRESP, 2001), para a Fase II,
foram definidas as seguintes prioridades:

 Melhoria da capacidade das instituições públicas de prestar


serviços,nomeadamente a reengenharia e simplificação de serviços
críticos e dos essenciais ao nível local e o melhoramento da prestação de
serviços de apoio aosector privado;
 Fortalecimento da autoridade e capacidade dos órgãos locais do Estado e
dasAutarquias, e das respectivas unidades de prestação de serviços,
pararesponderem aos anseios, necessidades e prioridades das
comunidades, tomandoo distrito como pólo de desenvolvimento;
 Profissionalização da Função Pública, através do desenvolvimento de um
corpode funcionários adequadamente qualificado, operando num sistema
de valoresque enfatiza a vocação para o serviço público centrado no
cidadão, a produtividade, a integridade, a honestidade e sistemas
de recompensa baseadosno mérito;
 Aprofundamento dos sistemas de boa governação e de prestação de
contas nastransacções públicas (gestão financeira e patrimonial), numa
cultura detransparência e de combate intransigente e permanente à
corrupção; e

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 Um sector público promotor de um bom clima de negócios.
8. Conclusão

No que concerne ao término do trabalho, conclui-se que apesar do movimento da


sociedade civil em Moçambique, estruturadamente, ser ainda novo, ele já marca passos
largos.

Ele mobiliza um conjunto de cidadãos que doutro modo se encontrariam hoje


em estado de desemprego; ao mesmo tempo que tem contribuído grandemente na
provisão dos serviços básicos de água, saúde, educação, produção de alimentos,
combate ao HIV/SIDA, na pressão pelo respeito aos direitos humanos e por uma justiça
célere, na cada vez maior inclusão da mulher e de outros grupos outrora negligenciados
nos esforços de combate à pobreza.

A sociedade civil em Moçambique existiu sempre antes e depois da


independência e qualitativamente terá crescido nos dias de hoje, tendo se transformado
em verdadeiro e importante sector de indústria, movimentando biliões de meticais,
isento de imposto sobre o rendimento.

Entretanto, antes da independência, constatamos que nas zonas rurais as


comunidades sempre se organizaram em torno da sociedade tradicional e grupos, e
resolviam assuntos de interesse colectivo: no norte de Moçambique, por exemplo, há
registos de grupos de caçadores, pescadores, construtores de casas, e de camponeses
com escalas determinadas para trabalhar, alternadamente, na lavoura ou colheita em
machambas dum e doutro.

Contudo, é de salientar que a reforma enquadra-se na necessidade de abordar de


formasistemática os desafios que se colocam ao Estado, face a uma nova dinâmica
política,económica e social instalada e constitui um processo de mudanças profundas e
radicaisnas estruturas e nos processos fundamentais do sector público moçambicano.

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9. Referência bibliográfica
1. Bobbio, N. (1982). Conceito da Sociedade Civil. Rio de Janeiro.
2. Boyne, G. (2003). Evaluating Public Management Reforms.
Philadelphia: Open University Press. New Work
3. SCAC. (2005). As Organizações da Sociedade Civil em Moçambique:
actores em movimento. Maputo.
4. Comissão Interministerial da Reforma do Sector Público - CIRESP
(2001). Estratégia Global da Reforma do Sector Público. Maputo:
5. Francisco, A. (2010). Sociedade Civil em Moçambique: Perspectivas e
Desafios. Maputo.
6. Lane, J. (2000). The Public Sector: concepts, models and approaches.
London:
7. SIDA/Irish Aid/UK Aid (2013). Synthesis Report of the Public Sector
Governance Reform Evaluation. SIDA/Irish Aid/UK Aid.
8. Topsøe-Jense,; at. al. (2015). Estudo de Mapeamento das Organizações
da Sociedade Civil. Niassa

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