A arte rupestre no Brasil data de 3 a 10 mil anos atrás e está presente em gravuras em pedras, principalmente no Nordeste. Os temas retratados expressam o cotidiano, fertilidade e objetos dos primeiros habitantes, além de possíveis vivências místicas.
A arte rupestre no Brasil data de 3 a 10 mil anos atrás e está presente em gravuras em pedras, principalmente no Nordeste. Os temas retratados expressam o cotidiano, fertilidade e objetos dos primeiros habitantes, além de possíveis vivências místicas.
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A arte rupestre no Brasil data de 3 a 10 mil anos atrás e está presente em gravuras em pedras, principalmente no Nordeste. Os temas retratados expressam o cotidiano, fertilidade e objetos dos primeiros habitantes, além de possíveis vivências místicas.
A arte rupestre no Brasil data de 3 a 10 mil anos atrás e está presente em gravuras em pedras, principalmente no Nordeste. Os temas retratados expressam o cotidiano, fertilidade e objetos dos primeiros habitantes, além de possíveis vivências místicas.
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Arte Rupestre
Há cerca de 50 mil anos atrás, o homem já apresentava a capacidade de
interferir no meio ambiente à sua volta, de criar tecnologia, linguagem e religião; É possível que muito do que hoje chamamos de Arte Primitiva ( ou Rupestre), na época em que foi criado, não fosse considerado como tal, de modo que esses artefatos desempenhavam possivelmente outras funções; Em um mundo extremamente hostil, os nossos ancestrais provavelmente procuravam se comunicar entre si e com suas divindades, criando formas às quais deram significados, símbolos que, acreditam-se, eram entendidos pelos diferentes grupos humanos; Não sabemos exatamente o que seu legado simbolizava, o que existem são hipóteses, mas consideramos essa herança a mais antiga manifestação artística da humanidade; Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada No período Paleolítico o ser humano, para se proteger das intempéries e por questão de segurança , procurou abrigar-se em cavernas e grutas; Misturando e triturando vegetais, cascas de árvores, gorduras (animal e vegetal), sangue de animais, grãos, argila e cinza, lá deixou marcas de sua existência através de pinturas nas suas paredes rochosas; Chamadas de Arte Rupestre ou Parietal, essas pinturas foram assim classificadas por terem se desenvolvido exclusivamente nas paredes do interior das cavernas, e com menor frequência fora delas; As cores eram aplicadas com instrumentos rudimentares, alguns pincéis feitos com pelos de animais ou até mesmo com a boca, com auxílio de canudos; As cores mais usadas foram os tons avermelhado, amarelo, castanho e branco; Comumente retratavam figuras de animais como renas, bisões, cavalos, mamutes e ursos, além de cenas de caçadas onde o homem e o animal estão presentes; As Pinturas Rupestres possuem dinamismo e um apurado senso plástico, além de seu sentido místico-religioso. Algumas até sugerem movimentações; Quando os seres humanos criaram a arte rupestre nos paredões das cavernas, colocaram ali sua visão e impressão do mundo da época; Usaram a linguagem das imagens como desenhos e pinturas, algumas enigmáticas; Não sabemos com certeza o que aquelas pessoas queriam expressar, mas especula-se que a vontade de se comunicar era forte e ,assim, foram criando materiais, experimentando procedimentos, maneiras de fazer imagens que nos intrigam até agora; Mãos em Negativo As primeiras técnicas que foram utilizadas pelos hominídeos eram bastante simples, consistindo em linhas e traços e em "mãos em negativo". Esse método resumia-se em colocar as mãos nas paredes das cavernas e assoprar pigmentos em pó sobre elas, a fim de obter a silhueta das mãos; Acredita-se que seja uma forma do Homem pré-histórico afirmar sua presença no território enquanto um testemunho de um evento, de uma narrativa ou de um mito. Gravuras Rupestres As Gravuras Rupestres também irão aparecer no período paleolítico; Elas eram gravações de desenhos feitos com fissuras/rachaduras nas rochas. A Figura Feminina Além da Arte Parietal, os primeiros humanos faziam pequenas esculturas, as quais representavam figuras femininas, que comparadas à terra fértil, eram consideradas símbolo de fecundidade; Tais figuras eram esculpidas com grandes seios, ventres e quadris, chamadas costumeiramente de Vênus. Vênus de Laussel (França) Vênus de Wilendorf (Áustria) Neolítico ou Idade da Pedra Polida Foi durante o Neolítico que o ser humano abandonou gradativamente as cavernas e procurou construir sua própria habitação, começando a viver em primitivas comunidades (vilas), que, mais tarde, formaram o que conhecemos pelo nome de sociedade; Nessas vilas, o ser humano fabricou vasos, estatuetas e pratos de argila, decorando-os com repetitivos sinais geométricos abstratos; O desenvolvimento intelectual permitiu-lhe utilizar os elementos materiais que a natureza colocava ao seu alcance, como pedras, árvores e etc.; A capacidade inventiva dos ser humano não se limitou à construção de habitações, embora ele tenha conseguido, por todos os meios, melhorá-las, fazendo inovações contínuas; O sentido religioso ganhou intensidade, sendo erguidos dólmens e menires, e para tal, foram usados blocos de pedras superpostos. Vaso em Exposição no MAX ( Museo Arqueológico de Sergipe) Menires de Carnac (França) Menires de Carnac vistos de cima (França) Dólmen de Cerqueira (Portugal) Dólmen Pedra da Santana (Bahia- Brasil) Stonehenge (Reino Unido) Moais na Ilha de Páscoa (Chile) Idade dos Metais A descoberta e utilização dos metais ( Cobre, Bronze e Ferro) caracterizaram o florescer das primeiras civilizações, com o desenvolvimento do comércio e do artesanato; A arte ganhou destaque na construção arquitetônica sacra ( templos e santuários) e também na confecção de estátuas, assim como na pintura em objetos. Barra de Cobre (Grécia) Cabeça de Touro, 3000 a.C. (Mesopotâmia) Música Certamente, é difícil explicar como tudo começou, mas, provavelmente, o ser humano começou a fazer música por meio de gritos, batendo os pés, as palmas das mãos, e o que estivesse ao alcance destas, até que finalmente fabricar seus próprios apitos e flautas feitos de ossos de animais, provavelmente usados para imitar o canto dos pássaros e os demais sons da natureza; No entanto, não sabemos ao certo como eram as músicas tocadas, se eram feitas em grupo, acompanhadas por canto, se eram dançadas, e como eram dançadas. Artes Cênicas A Existência humana provavelmente não era entendida como uma divisão entre realidade concreta do mundo mágico, onírico e sobrenatural; Para o homem primitivo, é possível que tudo estivesse conectado; Acredita-se que, na Era Primitiva, ao tentar entender a vida, a morte, o mundo e os fenômenos da natureza, o ser humano tenha criado mitos e rituais para simbolizar sua existência e sua conexão com tudo o que estava a sua volta, visível ou invisível; As manifestações artísticas teriam se originado desses rituais, como forma de comunicação e expressão; A música, a dança e as primeiras formas de representações cênicas faziam parte desses rituais, em que deuses e divindades eram associados aos animais, à flora e aos fenômenos naturais, como a chuva, o Sol e o trovão; Em várias partes do mundo há imagens da Era Primitiva em que aparecem representações de pessoas que parecem dançar, mas não sabemos como eram seus movimentos, ou o som de sua música. Ilustração alusiva à representatividade cênico-ritualística na Era Primitiva Arte Rupestre no Brasil No Brasil, a arte rupestre (também chamada de Arte Pré-Cabralina) está presente em gravuras feitas em pedras datando de 3 mil a 10 mil anos atrás. São produções artísticas dos primeiros habitantes do território brasileiro, registradas muito antes da chegada dos portugueses, em 1500; O Nordeste brasileiro é o local onde há maior concentração de arte rupestre em todo o mundo. Por conta da vegetação intransponível e das dificuldades de ocupação humana, a produção artística pré-histórica foi preservada nesses locais; Os temas retratados na arte rupestre brasileira são o cotidiano dos hominídeos, a fertilidade, e os objetos utilizados no dia a dia. Além disso, há registros que os estudiosos acreditam expressar vivências místicas; Os principais locais que podemos encontrar a Arte Pré-Cabralina são: Parque Nacional da Serra da Capivara (Piauí); Parque Nacional do Catimbau (Pernambuco); Lajedo de Soledade (Rio Grande do Norte); Parque Nacional Sete Cidades (Piauí); Cariris Velhos (Paraíba); Lagoa Santa (Minas Gerais); Rondonópolis (Mato Grosso); Peruaçu (Minas Gerais). Pinturas rupestres no Parque Nacional da Serra da Capivara (Piauí) Pinturas rupestres no Lajedo da Soledade (Rio Grande do Norte) Pintura Rupestre no Parque Nacional do Catimbau (Pernambuco) Pinturas no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu (Minas Gerais) Arte Marajoara Arte marajoara o conjunto de artefatos, sobretudo a cerâmica, produzida por antigos habitantes da Ilha de Marajó, no Pará; Estudos revelaram que esses vestígios datam de, pelo menos, mil anos a.C.; As famosas e belíssimas peças marajoaras podiam ser encontradas também em Santarém, recebendo o título de cultura Santarém, onde tinham como característica principal o fato de serem objetos antropomórficos, ou seja, com características humanas – representações do homem ou parte dele –, ou, ainda, zoomorfos ou zoomórficos, com representação de animais; Serpentes, lagartos, jacarés, tartarugas e mesmo escorpiões são os animais constantes, recriados com técnicas variadas e com formas de espiral, triângulo, retângulo, ondas e círculos concêntricos; Esse foi o local de uma sociedade avançada, que pode ter contado com mais de 100 mil pessoas em seu auge; Essa cultura resistiu e manteve alguns componentes tradicionais da época colonial, como a arte em cerâmica, cuja tradição vem passando de geração para geração; Quem faz arte marajoara hoje acredita que seu trabalho individual tem um significado cósmico superior, pois contribui para o legado artístico e cultural de seus ancestrais. Assim, os nativos da ilha acreditam que a cerâmica marajoara tem poderes místicos de proteção; A produção de cerâmica é o sustento de muitos que vivem na região.