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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR

PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO


ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Processo nº xxxxxxxxxx

SERAFIM, devidamente qualificado nos presentes


autos desta ação que move em face de INCORPORADORA X,
através de seu advogado signatário, vem respeitosamente e
tempestivamente à presença de Vossa Excelência, interpor o
presente

RECURSO ESPECIAL

com fulcro no art. 1029 do CPC, visando a anulação do respeitável


acórdão proferido nestes autos, conforme razões de fato e de
direito expostas doravante.

Outrossim, requer-se que seja o recorrido intimado


para, querendo, oferecer contrarrazões e, ato contínuo, sejam os
autos juntamente com as razões anexas, remetidos ao Egrégio
Superior Tribunal de Justiça.

Termos que,
Pede deferimento.

Local, data.

(Advogado)

OAB/UF xxx.xxx

RAZÕES RECURSAIS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE


DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Processo nº xxxxxxxxxxx

Recorrente: SERAFIM

Recorrido: INCORPORADORA X

Origem: Processo nºxxxxxxxx, Vara cível, Comarca/RJ

Colenda turma,
Nobres julgadores.

I - BREVE HISTÓRICO PROCESSUAL

O recorrente promoveu a ação visando à condenação


do recorrido ao pagamento de quantias indenizatórias a titulo de
lucros cessantes em razão da demora exacerbada na entrega da
unidade imobiliária e danos morais.

O recorrido, por sua vez, suscitou preliminar de


ilegitimidade passiva, indicando como devedora de eventual
indenização a Sociedade Construtora Y, contratada, para execução
da obra.

O juízo de primeira instância acolheu a preliminar de


ilegitimidade passiva. O recorrente, por sua vez, interpôs o recurso
de Apelação, mas o acórdão do r. O Tribunal de Justiça manteve a
decisão por seus próprios fundamentos, sem motivar específica e
casuisticamente a decisão.

Para sanar a omissão, o recorrente opôs embargos


declaratórios, que foram negados pelo Tribunal, além de ter sido
aplicada multa por ser considerado meramente protelatório.

Todavia, conforme restará comprovado, não merece


prosperar a decisão proferida, devendo ser anulado o respeitável
acórdão, pelas razões abaixo indicadas.
II - DO CABIMENTO

O presente recurso visa à anulação do acórdão,


portanto, em conformidade com o art. 105, III, a, da Constituição
Federal, bem como configura-se tempestivo nos termos do art.
1003, § 5º, do Código de Processo Civil, com guias judiciais
devidamente preparadas.

III - DAS RAZÕES DO PEDIDO DE ANULAÇÃO

A priori, há de se observar que, no referido caso,


houve uma afronta ao disposto do art. 489, § 1º, do CPC, uma vez
que o acórdão não fora fundamentado, devendo ser anulado.
Ademais, caso essa Nobre Corte entenda que a invalidação seja
excessivamente prejudicial ao recorrente, requer-se a reforma
integral do julgado, com fulcro no art. 282, § 2º, do CPC.

Diante da omissão do acórdão, o recorrente utilizou-se


dos embargos declaratórios com o intuito de prequestionar violação
a norma federal aplicável ao caso em tela. Entretanto, o r. Tribunal
inadmitiu-o, bem como aplicou multa por considerá-lo meramente
protelatório.

Nesse caso, houve violação ao disposto no art. 1025


do CPC, uma vez que deveriam ser incluídos no acórdão os
elementos suscitados pelo recorrente, ainda que os embargos
sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o Tribunal Superior considere
presente o erro, omissão, contradição ou obscuridade.

Assim, constatou-se que a aplicação da multa ocorreu


de forma indevida, uma vez que os embargos declaratórios
possuem a finalidade de prequestionamento, o que resulta na
inaplicabilidade do art. 1026, § 2º, do CPC. A própria Súmula 98 do
STJ destaca que os embargos com notório propósito de
prequestionamento não têm caráter protelatório.

A INCORPORADORA X é responsável solidária pelos


danos causados, conforme explicita o art. 942 do CC, uma vez que
quando houver mais de um autor responsável pela ofensa ou
violação do direito de terceiros, todos responderão solidariamente.

Ocorreu também a prática de ilícito contratual, tendo


em vista que o imóvel não fora entregue tempestivamente,
conforme previa o contrato, havendo uma demora exacerbada para
a entrega da unidade imobiliária. Assim, inclina-se para que sejam
reconhecidos os lucros cessantes e os danos morais causados ao
recorrente.

Em síntese, o acórdão proferido pelo r. O Tribunal


deverá ser anulado.

IV- DO PEDIDO DE ANULAÇÃO E NOVA DECISÃO


Ante ao exposto, requer-se à Vossa Excelência que o
presente RECURSO ESPECIAL seja CONHECIDO e
TOTALMENTE PROVIDO no sentido de que ANULE o r. acórdão
proferido pelo r. Tribunal local, conforme fundamentação alegada e,
eventualmente, que seja reformada a decisão recorrida, bem como
afastada a aplicação da multa.

Termos que,

Pede deferimento.

Local, data.

(Advogado)

OAB/UF XXX.XXX

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