Resumos
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MODELO BIOMÉDICO
O modelo biomédico é uma abordagem tradicional na medicina que se foca principalmente em explicar as doenças
e promover a saúde com base em fatores biológicos.
As doenças são frequentemente consideradas como disfunções ou desequilíbrios nos sistemas biológicos do corpo,
e o tratamento é direcionado para corrigir essas disfunções através de intervenções médicas, como medicamentos,
cirurgias e outros procedimentos. As emoções e imagens pertencem à mente e não afetam o corpo.
Críticas:
Desafios:
• Provas científicas da ligação entre sistema nervoso central e imunológico, sugerindo que algumas respostas
imunológicas podem ser aprendidas;
• As pessoas podem controlar voluntariamente os movimentos “involuntários” do corpo;
• Nem todas as pessoas ficam doentes quando expostas ao mesmo agente.
MODELO BIOPSICOSSOCIAL
Este modelo expandiu o modelo biomédico, ao introduzir outros fatores na saúde e na doença, como o
comportamento, as atitudes e o estilo de vida.
Os aspetos psicológicos e sociais são relevantes e integrados no tratamento do doente, assim como os aspetos
biomédicos são tidos em consideração neste processo.
Características:
• O individuo é visto como um todo, com múltiplas dimensões (física, afetiva, cognitiva, comportamental,
etc.) que se reflete nos fenómenos de saúde e doença;
• A saúde e a doença são vistas como processos dinâmicos, em evolução constante, em que se considera a
relevância dos fatores biológicos, psicológicos e sociais;
• O sujeito é agente dos seus próprios estados de saúde e doença e, consequentemente, autor nos processos
de recuperação.
CONCEITO DE SAÚDE
Segundo a OMS, a saúde não é apenas a ausência de doença. Esta manifesta-se ao nível do bem-estar e da
funcionalidade a nível mental, social e físico.
Define-se por uma configuração de bem-estar resultante de uma autoavaliação, da expressão de uma opinião
pessoal acerca de si próprio.
A saúde inclui várias dimensões de caracter subjetivo (sentir-se bem) e objetivo (capacidade funcional):
→ Saúde emocional;
→ Saúde social;
→ Saúde intelectual;
→ Saúde física;
→ Saúde espiritual.
DEFINIÇÃO DE DOENÇA
Disease (ter uma doença) – pode ser visto como um acontecimento biológico, caracterizado por mudanças
anatómicas, fisiológicas, bioquímicas.
Illness (sentir-se doente) – é um acontecimento humano, isto é, consiste numa configuração de desconforto e
desorganização psicossocial. A pessoa pode sentir-se doente com sintomas, mas, no entanto, nada ser detetado.
Sickness (comportar-se como doente) – é vista como uma identidade social, um estatuto ou papel assumido por
pessoas que foram rotuladas como não saudáveis.
Atividade que se ocupa da identificação e avaliação dos riscos inerentes a cada atividade específica e, da sua
minimização, eliminação ou controlo.
Estes riscos podem manifestar-se de várias maneiras, no âmbito de diversas relações, designadamente empregador
– trabalhador (quadro das relações laborais) e produtor – consumidor (quadro das relações de consumo).
Segurança no trabalho – conjunto de métodos que visam a prevenção dos acidentes de trabalho, através da
avaliação e controlo de riscos profissionais.
Higiene no trabalho – conjunto de métodos não médicos que visam a prevenção de doenças profissionais, através
do controlo da exposição a agentes físicos, químicos e biológicos.
• Segurança e higiene no trabalho – atividades exercidas por técnicos ou técnicos superiores de
segurança no trabalho
Saúde no trabalho – conjunto de métodos médicos que visam a vigilância médica e controlo dos elementos físicos,
sociais e mentais que possam afetar a saúde dos trabalhadores. A responsabilidade é do médico do trabalho.
Deve, portanto, estar constituído por uma estrutura capaz de pensar e executar as medidas de segurança
necessárias e, dotada de duas componentes principais:
• Organização para a gestão da segurança;
• Organização de segurança para emergência.
Comissão de higiene e segurança → Organismo próprio para informar, vigiar e, sensibilizar em questões que
envolvam riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores:
Desenvolvimento de técnicas de
prevenção de acidentes e controlo
de perdas
seleção de
medidas
corretivas
aplicação de
medidas corretivas
controlo de
resultados
• Representante da administração ou gerência
Medicina Ocupacional
Tem por objetivo a prevenção da ocorrência de alterações na saúde que sejam causadas ou agravadas pelo exercício
de uma atividade profissional
Atribuições:
Assegurar ao trabalhador condições de segurança, higiene e saúde em todos os aspetos relacionados com o trabalho
(esta obrigação geral está configurada como uma obrigação de resultado, uma vez que, são fixados ao empregador
os objetivos a atingir).
• Integrar no conjunto das atividades da empresa, estabelecimento ou serviço, a avaliação dos riscos para a
segurança e saúde dos trabalhadores, com a adoção de convenientes medidas de prevenção;
• Assegurar que as exposições aos agentes químicos, físicos e biológicos nos locais de trabalho não
constituam risco para a segurança e saúde do trabalhador;
• Dar instruções adequadas aos trabalhadores;
• Verificar se os trabalhadores têm formação e aptidão suficientes em matérias de SHST para exercer
determinadas tarefas;
• Serviços internos: Criados pela própria empresa, abrangendo exclusivamente os seus trabalhadores:
o Obrigatória em empresas com mais de 400 pessoas e/ou que desenvolvam atividades de risco
elevado
• Serviços comuns: Criados por várias empresas para utilização comum dos seus trabalhadores (pouco
utilizado)
• Serviços externos: Contratados pela empresa a outras entidades, mantendo o empregador as
responsabilidades atribuídas pela legislação.
o Tem as seguintes modalidades: associativos, cooperativos, privados (sociedades) e convencionados
(entidade da administração pública).
o O empregador não reúna as competências internas necessárias para a garantia da prevenção de
riscos profissionais e promoção da vigilância da saúde dos trabalhadores.
Obrigação de prevenção – artigo 273º CT: Assegurar aos trabalhadores condições de segurança e saúde em todos
os aspetos relacionados com o trabalho.
Avaliação dos riscos – Exame sistemático de todos os aspetos do trabalho, com o objetivo de identificar causas
prováveis de lesões ou danos e determinar de que forma tais causas podem ser controladas a fim de eliminar ou
reduzir os riscos.
FASES:
Proativa
Condições de trabalho Riscos potenciais;
• Trabalhador; Dano;
• Material; Probabilidade
• Tarefa;
• Ambiente.
1. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS
2. IDENTIFICAÇÃO DAS CATEGORIAS TRABALHADORES
3. AVALIAÇÃO DOS RISCOS
Para a avaliação de riscos é englobada toda a atividade laboral, que inclui a organização, as pessoas e a atividade
técnica.
Reativa
Clínica Epidemiológica
• Recolha de factos; • Analise de dados estatísticos;
• Dinâmica do acidente;
• Árvore das causas;
Métodos proativos:
• Segurança de máquinas;
• Controlo e verificações;
• Ergonomia;
• Auditorias.
• Percecionados diretamente;
• Percebidos através da ciência;
• Virtuais.
• Listas de risco;
• Propostas de prevenção;
• Plano de prevenção;
• Planificação de prevenção.
• Melhorar a informação;
• Melhorar a inspeção;
• Cooperar com outras entidades;
• Divulgar boas práticas.
ACIDENTES DE TRABALHO
“É acidente de trabalho aquele que se verifique no local e tempo de trabalho e produza direta ou indiretamente
lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou
a morte”.
Aspetos económicos
• Custos diretos – incluem indemnizações, gastos em assistência médica, custos judiciais e encargos
acessórios de gestão, podendo ser representados pelo prémio do seguro;
• Custos indiretos – geralmente designados por não segurados;
Custos totais = CD + CI
1 - A predisposição patológica do trabalhador num acidente não exclui o direito à reparação integral, salvo quando
tiver sido ocultada.
2 - Quando a lesão ou doença consecutiva ao acidente for agravada por lesão ou doença anterior, ou quando esta
for agravada pelo acidente, a incapacidade avaliar-se-á como se tudo dele resultasse, a não ser que pela lesão ou
doença anterior o trabalhador já esteja a receber pensão ou tenha recebido um capital de remição nos termos da
presente lei.
3 - No caso de o trabalhador estar afetado de incapacidade permanente anterior ao acidente, a reparação é apenas
a correspondente à diferença entre a incapacidade anterior e a que for calculada como se tudo fosse imputado ao
acidente.
Direito à reparação:
• Em espécie - prestações de natureza médica, cirúrgica, farmacêutica, hospitalar e quaisquer outras, seja
qual for a sua forma, desde que necessárias e adequadas ao restabelecimento do estado de saúde e da
capacidade de trabalho ou de ganho do sinistrado e à sua recuperação para avida ativa;
• Em dinheiro - indemnizações, pensões, prestações e subsídios previstos na presente lei.
Indemnizações e pensões:
Ao trabalhador:
• Indemnização por incapacidade temporária absoluta (ITA) ou parcial (ITP) para o trabalho;
• Indemnização por incapacidade permanente absoluta (IPA) ou parcial (IPP);
• Em capital ou em pensões (sujeitas a revisão e remíveis);
• Despesas de funeral
• Pensões (igualmente sujeitas a revisão e remíveis)
• A indemnização por incapacidade temporária é paga em relação a todos os dias, incluindo os de descanso
e feriados, e começa a vencer-se no dia seguinte ao do acidente.
• A pensão por incapacidade permanente é fixada em montante anual e começa a vencer-se no dia seguinte
ao da alta do sinistrado.
• A indemnização por incapacidade temporária e a pensão por morte e por incapacidade permanente,
absoluta ou parcial, são calculadas com base na retribuição anual ilíquida normalmente devida ao
sinistrado, à data do acidente.
A garantia do pagamento das prestações que forem devidas por acidentes de trabalho que não possam ser pagas
pela entidade responsável, nomeadamente por incapacidade económica, é assumida pelo Fundo de Acidentes de
Trabalho.
• Perigo – fonte, situação ou ato com potencial para o dano em termos de lesão ou afetação da saúde, ou
uma combinação destes.
• Risco – combinação da probabilidade de ocorrência de um acontecimento ou de exposição(ões) perigosas
e da gravidade de lesões ou afeções da saúde que possam ser causadas pelo acontecimento ou pela(s)
exposição(ões).
• Nos métodos diretos a apreciação é feita aprioristicamente, estabelecendo se fatores de risco antes da
ocorrência do acidente.
• Nos métodos indiretos, são os acidentes que fornecem indicações relativamente aos fatores de risco. Os
métodos indiretos dão-nos uma visão parcial dos fatores de risco, embora, sob o ponto de vista pragmático,
se deva reconhecer a sua eficácia.
Tanto os métodos diretos como os métodos diretos podem ser classificados em casuísticos (quando se analisam
casos individuais) e estatísticos (quando se retiram elementos a partir de um elevado número de casos).
Teoria:
• O dano é, invariavelmente, causado por um acidente e este, por seu turno, é sempre o resultado do fator
que imediatamente o precede.
• Esta teoria mostra que o acidente e consequentemente a lesão são causados por alguma coisa anterior,
alguma coisa onde se encontra o homem.
• Todo o acidente é sempre causado, ou seja, ele nunca acontece sozinho.
• É causado porque o homem não se encontra devidamente preparado e comete atos inseguros, ou então
existem condições inseguras que comprometem a sua segurança.
→ Segundo Heinrich, a ocorrência do acidente seria o somatório, em cadeia, dos 5 pontos anteriores, que seriam
traduzidos pela figura em efeito dominó.
Incidente: acontecimento relacionado com o trabalho em que ocorreu, ou poderia ter ocorrido, lesão, afeção da
saúde (independentemente da gravidade) ou morte.
• Se a capacidade de cada indivíduo depende da seleção e da formação, a motivação, por sua vez, revela-se
muito mais complexa, envolvendo diversas variáveis como a própria personalidade, o clima laboral, o tipo
de tarefas que compõem o trabalho, entre outras.
• A recompensa atribuída, fruto do desempenho do trabalhador, vai ser comparada com as suas expectativas,
resultando daí um determinado grau de satisfação, que influencia o seu nível de motivação para o
desempenho com segurança das suas tarefas.
Segundo Peterson, o erro humano não pode ser visto como uma simples falha provocada por um individuo, mas
sim como um produto de um sistema de trabalho que permitiu a existência e a continuação de determinada prática
que se provou insegura.
Segundo Reason, os operadores não são os principais “instigadores” dos acidentes, mas antes herdeiros das
deficiências de um sistema, geradas por um design deficiente, instalações incorretas, manutenção defeituosa ou
más decisões de gestão.
ERGONOMIA
Estudo da relação entre o homem e a sua ocupação, o equipamento em que decorre a sua atividade, e a aplicação
de conhecimentos no domínio das ciências Humanas por forma a obter a humanização do trabalho.
Consiste na conceção de produtos, ambientes e sistemas que sejam compatíveis com as capacidades, limitações e
necessidades das pessoas. O seu objetivo é garantir que os sistemas sejam projetados e adaptados de forma a
promover a segurança, eficiência, conforto e satisfação dos utilizadores. É utilizado para resolver problemas da SO.
• Novos processos e equipamentos, pois terão que ser alvo de avaliações de forma a perceber ue mudanças
iram trazer e quais são as alterações necessárias a fazer;
• Lesões por trauma cumulativo;
• Absentismo e rotatividade elevada;
• Modificações de postos de trabalho/máquinas (iniciativa dos trabalhadores);
• Sistemas de incentivos salariais.
Analise ergonómica:
Objetivos da ergonomia:
• Otimizar ao máximo as interações entre o Homem e o seu contexto com vista a promover a segurança,
saúde e bem-estar do utilizador;
• Promover a eficácia do sistema;
Tipos de ergonomia:
• Ergonomia de Produção - direcionada para o estudo e adaptação das condições de trabalho, em termos
organizacionais e de posto e ambiente de trabalho, em função das características e capacidades dos
trabalhadores
• Ergonomia do Produto - disciplina que disponibiliza metodologias para orientação acerca das escolhas
estratégicas do desenvolvimento de um produto.
Quanto a abrangência:
Quanto a contribuição:
Quanto a interdisciplinaridade:
Contributos/vantagens da ergonomia:
• DAF´s:
o Na (re)organização do trabalho;
o No desenho dos postos de trabalho e seu relativo espaço;
o Na adequação do ambiente físico com as características dos trabalhadores;
o No desenvolvimento de ações de formação profissional com vista a promover a HST
• Analise postos de trabalho:
o Informação relativa ao trabalhador/a que efetua o trabalho;
o Aos instrumentos de trabalho;
o Às tarefas a realizar;
o Às consequências da realização do trabalho quer para a organização quer para o trabalhador.
• Combate ao stress – este pode suscitar:
o Mal-estar psicológico;
o Diminuição da capacidade de trabalho;
o Esgotamento físico;
Ignorar a ergonomia é perder competitividade de mercado, ter dificuldade de escoar o produto e produzir sem
qualidade.
HIGIENE
Disciplina associada à prevenção de riscos ambientais com a finalidade de identificar e medir agentes (físicos,
químicos, biológicos, radiológicos), tomando medidas de eliminação ou controlo para resguardar a saúde e o
conforto dos trabalhadores durante toda sua vida de trabalho.
Riscos ambientais:
• Químicos:
o Aerodispersoides
o Gases e vapores
• Físicos:
o temperaturas extremas
o ruído;
o vibrações;
• Biológicos:
o Vírus;
o Bactérias;
o Fungos;
o Parasitas.
• Tempo de exposição: Quanto maior o tempo de exposição, maiores serão as possibilidades de se produzir
uma doença do trabalho.
• Concentração ou intensidade dos agentes ambientais: Quanto maior a concentração ou intensidade dos
agentes agressivos presentes no ambiente de trabalho, tanto maior a possibilidade de danos à saúde dos
trabalhadores exposto.
• Características dos agentes ambientais
• Estudo qualitativo: coletar o maior número possível de informações e dados necessários, a fim de fixar as
diretrizes a serem seguidas no levantamento quantitativo.
o Número de trabalhadores;
o Horários de trabalho;
o Matérias-primas;
o Maquinarias e processos;
o Produtos semi-elaborados; e acabados;
o Tipo de iluminação;
o Presença de poeiras, fumos, névoas.
• Estudo quantitativo: completará o reconhecimento preliminar dos ambientes de trabalho, através de
medições adequadas que nos dirão no final quais são as possibilidades de os trabalhadores serem afetados
pelos diferentes agentes agressivos presentes nos locais de trabalho
o Minucioso e completo;
o Representante das condições reais do ambiente de trabalho;
o Verificar a intensidade ou concentração dos agentes;
o Adotar medidas de controle.
Ventilação:
Técnica que permite a substituição do ar de um ambiente interior por ar do exterior, com o objetivo de reduzir as
concentrações dos contaminantes e/ou por razões de conforto.
• Ventilação geral: Introdução de ar limpo em quantidade suficiente para que as concentrações dos
contaminantes no ar ambiente se reduzam a níveis aceitáveis.
Limitações:
o Quando os postos de trabalho estão localizados muito perto da fonte emissora e, portanto, ser
difícil apenas por diluição atingir os níveis aceitáveis.
o Contra-indicado no caso do controlo do empoeiramento.
• Ventilação local: Captação do contaminante na fonte, a sua condução em tubagem até a um coletor que o
retém lançando o ar na atmosfera.
Limitações:
o Movimentar quantidades de ar muito menores que a VG
o Custos de investimento e de manutenção menores
o Uma vez instalado o sistema, o processo produtivo não deve ser mudado de lugar para garantir a
sua eficiência
• O dispositivo de captação deve ser colocado o mais perto possível da emissão do contaminante e de forma
envolvente da fonte;
• O trabalhador não deve estar colocado entre a captação e a fonte;
• Para uma captação eficiente, o ar aspirado deve ser compensado com entrada de ar exterior. Recomenda-
se que o ar entrado tenha um caudal 10% superior ao caudal de aspiração;
• As saídas de ar poluído não devem ser colocadas perto das entradas do ar novo.
Ventilação e desenfumagem:
• A ventilação permite evitar a eclosão de incêndios, assegurando a evacuação, à medida que se produzem,
dos gases ou vapores inflamáveis emitidos por certos produtos armazenados ou utilizados.
• A desenfumagem permite:
o Evitar a propagação de incêndios;
o Evitar o pânico;
o Facilitar a intervenção dos socorros exteriores.
Manifesta-se pela aparição nos locais de trabalho (escolas, escritórios) dos seguintes sintomas, num número (20%)
significativo de ocupantes desses locais:
Ruídos
Mistura de sons cujas frequências diferem entre si por valor inferior à discriminação em frequências da orelha;
• Subjetivamente, o ruído é um som desagradável e indesejável.
• Objetivamente, o ruído é um sinal acústico aperiódico, originado da super posição de vários movimentos
de vibração com diferentes frequências, as quais não apresentam relação entre si.
• Quantitativamente, a sua duração em tempo, espectro de frequência em Hertz (Hz) e intensidade sonora
(nível de pressão sonora) em dB (deciBel).
• Qualitativamente
o Contínuos
o Intermitentes
o De impacto ou impulso
• Perda auditiva:
o Exposição aguda
o Exposição crónica
• Tipos:
o Trauma acústico
Perda auditiva súbita, provocada por ruído repentino e de grande intensidade, como uma explosão. Em certos casos,
a audição pode ser recuperada total ou parcialmente com tratamento.
A exposição repetida ao ruído excessivo pode levar, ao cabo de alguns anos, a uma perda auditiva irreversível –
permanente.
• 0 – 25 dB audição normal
• 26 – 40 dB perda auditiva leve
• 41 – 70 dB perda auditiva moderada
• 71 – 90 dB perda auditiva severa
• Mais de 90 dB perda auditiva profunda
Medidas de proteção:
Vibrações
Quando um corpo exibe um movimento oscilatório em torno de uma posição de referência diz-se que está a vibrar.
Prevenção e proteção:
• Vigilância médica
• Proceder em cada caso ou situação a medições
• Implementação de medidas adequadas que previnam ou diminuam o mais possível os riscos das vibrações:
o Vigilância do estado da máquina;
o Modificação da frequência de ressonância, alterando a massa ou a rigidez do elemento afetado;
o Interposição de materiais isolantes e absorventes.
Moderadores individuais:
• Autoestima;
• Expectativas de autoeficácia;
• Competência;
• Crenças religiosas;
• Suporte social;
• Coping.
Consequências individuais:
• Cancro;
• Depressão;
• Distúrbios de ansiedade;
• Burnout;
• Perdas de memória.
Consequências organizacionais:
• Custos diretos:
o Absentismo e Turnover;
o Greves;
o Desempenho;
o Acidentes de trabalho.
• Custos indiretos:
o Clima organizacional;
o Oportunidades perdidas.
Distress:
Um factor de distress é uma exigência que resulta em dano para o corpo ou para a mente.
Os acontecimentos não são, por si só, fonte de distress, tornando-se apenas capazes de causar distress quando são
interpretados como tal.
Sintomas:
Eustress:
Já está provado que existe uma relação entre stress ocupacional e o desenvolvimento de doença, desde doenças
cardíacas, até perturbações da saúde mental.
Coping:
➢ o que se pensa e o que se faz para lidar com as exigências internas ou externas que são avaliadas como
excedendo os recursos pessoais;
➢ O padrão de coping de uma pessoa torna-se no seu estilo de coping.
1. Avaliação primária:
Passo inicial, no qual o sujeito avalia se a exigência que enfrenta é potencialmente ameaçadora ou causadora de
dano. Se a exigência é avaliada como irrelevante, o processo de coping termina.
2. Avaliação secundária:
Se a situação é vista como potencialmente ameaçadora e perigosa, o sujeito passa a avaliar os recursos que possui
para lidar com a situação.
3. Coping:
O sujeito atua, implementando as ações que considera necessárias para lidar com a situação.
Recursos de coping:
• exercício;
• competências sociais, de resolução de problemas e comunicação;
• apoio social;
• recursos materiais.
Opções de coping:
• Focado na emoção:
Trata-se de lidar preferencialmente com a reação emocional (e.g., medo, raiva, culpa). Esta abordagem é útil quando
não se pode alterar a situação.
• Focado no problema:
O sujeito lida construtivamente com o stress, tentando alterar as condições em que se encontra.
Método P e Q
Uma das formas de lidar com o diálogo interno é aumentar a consciência relativamente ao aparecimento de
pensamentos negativos e consequentes reações emocionais como a ansiedade e a frustração.
Depois de detetar a existência de um pensamento negativo deverá usar o método P (pausa) e Q (questão).
Modelo de Karasek
RISCOS PSICOSSOCIAIS
As condições de vida e o bem-estar no trabalho não são influenciadas apenas pela segurança e pela saúde nos locais
de trabalho, mas também por fatores psicossociais, como as relações interpessoais ou a organização do trabalho.
• Exigências quantitativas;
• Ritmo de trabalho;
• Exigências cognitivas e emocionais;
• Influência no trabalho
• Recompensas;
• Conflitos Laborais;
• Apoio social de colegas e superiores.
Os efeitos adversos dos problemas de Saúde Psicológica e do stress ocupacional para as organizações:
• Aumento da produtividade;
• Níveis elevados de bem-estar, concentração e motivação;
• Diminuição dos problemas (e custos) de saúde física e psicológica;
• Diminuição dos conflitos laborais e da violência no local de trabalho;