Gestao Da Educacao Permanente em Enfermagem e Saude
Gestao Da Educacao Permanente em Enfermagem e Saude
Gestao Da Educacao Permanente em Enfermagem e Saude
Capítulo 14 253
própria organização do trabalho.2
Atualmente, os serviços de saúde carecem de EPS, considerando o rápido avanço
do conhecimento e necessidade de incorporação tecnológica, assim como de novas formas
de gestão que assumam a responsabilidade tecnocientífica, social e ética do cuidado em
saúde.3 Diante de tal desafio, é preciso haver um processo permanente de desenvolvimento
profissional, por meio de ações intencionais e planejadas, para o aprimoramento de
competências profissionais e gerenciais, que empreendam um trabalho articulado entre
instituições formadoras e gestão do sistema de saúde em suas várias esferas. A base
dessas ações é o fortalecimento das relações horizontais no cotidiano do trabalho em saúde
que favoreçam o diálogo e a participação ativa dos atores envolvidos nesse processo de
transformação. Essas ações refletem no processo de trabalho das equipes de saúde, e
desta forma, nas práticas organizacionais, interinstitucionais e intersetoriais.2
Os serviços de saúde são constituídos por uma vasta diversidade tecnológica,
desde tecnologias leves, leve-dura e dura, e por profissionais de diferentes áreas do
conhecimento. Entretanto, apesar de as profissões na saúde apresentarem seu nicho de
conhecimento bem definido, a interação desse conhecimento precisa acontecer e é nesse
sentido que a Politica Nacional de educação Permanente em Saúde (PNEPS) prevê uma
abordagem interdisciplinar dos problemas e ações relacionadas aos processos de trabalho
em saúde.2
Dentre os profissionais que atuam nos serviços de saúde, cabe destacar a atuação do
enfermeiro na implementação das práticas de EPS, visto que se apresenta constantemente
a frente de ações que visam a democratização dos espaços de trabalho, o desenvolvimento
da capacidade de aprender e de ensinar, a busca de soluções criativas para os problemas,
o desenvolvimento do trabalho em equipe multidisciplinar e interdisciplinar, a melhoria da
qualidade do cuidado em saúde e a humanização do atendimento.1
Neste tocante, este capítulo abordará a EPS segundo os preceitos da PNEPS
com o olhar ampliado para os todos os atores envolvidos no processo de pensar e fazer
saúde, porém, destacando o potencial do profissional enfermeiro nos diversos cenários dos
serviços de saúde diante da importância de sua atuação junto à equipe multiprofissional e
empenho na construção da interdisciplinaridade.
O capítulo apresentará o contexto histórico e as bases conceituais da EPS, como
a EPS vem sendo construída em diferentes cenários da Rede de Atenção À Saúde (RAS)
no Sistema Único de Saúde (SUS), os avanços e desafios que a PNEPS tem enfrentado
nesse processo, assim como novas abordagens utilizadas na prática para sua efetiva
implementação.
Capítulo 14 254
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: ASPECTOS HISTÓRICOS E MARCO
CONCEITUAL
A construção e implementação da EPS é um processo que se caracteriza por (des)
continuidades, rupturas e (re)construções influenciado por mudanças na gestão, a qual
determinou diferentes expressões políticas, ideológicas e epistemológicas nos serviços de
saúde.4
Na década de 1970, o conceito de EPS foi inicialmente trabalhado pela Organização
Pan-Americana da Saúde (OPAS) e, nessa mesma década, a EPS passou a ser base da
política educacional da Organização das nações unidas para Educação, ciência e cultura
(UNESCO). O objetivo central da EPS nessa época se baseava no chamado “adestramento”
de profissionais de saúde5 cujo enfoque estava no processo de preparação de pessoal para
a área de saúde numa perspectiva de instrumentalização para o trabalho, com ênfase
tecnicista e ancorado por uma educação baseada na transmissão de conhecimento.4
No final desse período, quando o movimento pela Reforma Sanitária no Brasil teve
seu início, já se pensava na criação de uma política pública específica para a educação
na saúde, pois era necessário repensar as propostas tidas como tradicionais, as quais não
estavam de acordo com as necessidades dos serviços1-6. Nesse sentido, em 1976, com
o apoio da OPAS, é criado o Programa de Preparação Estratégica de Pessoal de Saúde
(Ppreps), o qual buscava uma formação baseada nas necessidades e possibilidades dos
serviços de saúde.5
No entanto, foi com a construção do SUS na década de 1980 e a redação da
Constituição Federal de 1988, artigo 200, inciso III, a qual atribui ao SUS a competência de
“ordenar a formação de recursos humanos na área da Saúde”7 que a formação profissional
passou a ser um fator essencial para o processo de consolidação da Reforma Sanitária
brasileira.
Nesse período, a EPS assume como termos norteadores a “capacitação” e
“profissionalização” em seu discurso de educação e formação em saúde, especialmente
com a criação do Programa Nacional de Agentes Co munitários de Saúde (Pacs) em 1991
e do o Programa de Saúde da Família (PSF) em 1994, assim como, posteriormente no ano
de 2000, com o Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem
(Profae). Esses processos resultaram na necessidade de reformulação dos currículos dos
cursos da área da saúde e da participação ativa das Instituições de Ensino Superior (IES)
nas ações de EPS.4
Em 2003 é criada no Ministério da Saúde (MS) a Secretaria de Gestão de Trabalho
e da Educação em Saúde (SGTES), constituindo-se como órgão responsável por formular
as políticas que orientariam a gestão, a formação, a qualificação e a regulação dos
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trabalhadores de saúde do Brasil, por meio do diálogo entre diferentes atores de instituições
e entidades representativas da gestão do SUS, como o Conselho Nacional de Secretários
de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems)
e o Conselho Nacional de Saúde (CNS). Nesse mesmo ano, na XII Conferência Nacional de
Saúde e no Conselho Nacional de Saúde, a PNEPS foi aprovada como política específica
no interesse do SUS, o que se pode constatar por meio da Resolução n.º 335/2003.6,8
Em 2004, a EPS foi estabelecida como política pública por meio da Portaria n.º
198/04, sendo uma estratégia de consolidação do SUS para capacitar trabalhadores em
saúde por meio de um processo permanente de educação. A partir dos Polos de Educação
Permanente em Saúde (PEPS), essa portaria amplia o âmbito da atuação da EPS da
tradicional parceria ensino-serviço, previsto pela OPAS, para outros segmentos compondo
o chamado Quadrilátero da EPS: ensino, gestão, atenção e controle social, com destaque
para os seguintes atores: trabalhadores, gestores, usuários, professores/acadêmicos.9
No âmbito das IES, foram criados o Programa Nacional de Reorientação da Formação
Profissional em Saúde (Pro-Saúde) e o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde
(PET-Saúde), com vistas e incentivar mudanças curriculares nos cursos de graduação na
área da saúde.4
A proposta da PNEPS prevê que toda a política de formação e desenvolvimento
profissional para o SUS seja baseada no conceito de EPS e articule as necessidades com
a capacidade resolutiva dos serviços de saúde, com as possibilidades de desenvolvimento
profissional e com a gestão social sobre as políticas públicas de saúde. Assim, o conceito
assumido pela PNEPS considera a EPS como aprendizagem no local de trabalho, em que o
aprender e o ensinar estão incorporados no cotidiano das organizações e em que se inclui
a rede de serviços oferecida pelo SUS, a fim de que se trabalhe de forma articulada. Além
disso, a EPS também reconhece os contextos e histórias e assegura adequado acolhimento
e responsabilização pela saúde das pessoas e população.2
A PNEPS defende que as metodologias ativas de conhecimento, baseadas
na pedagogia problematizadora e na aprendizagem significativa – a qual considera
o conhecimento anterior e a experiência dos participantes –, devem permear todas as
práticas educativas em saúde de forma a fazer sentido aos envolvidos.2 Problematização,
nesse contexto, significa uma reflexão crítica sobre a prática, porém isso não se pode fazer
isoladamente, o que pressupõe um rompimento da lógica individualista para a valorização
do trabalho em equipe. Tal ação implicaria em estimular, nesses atores/trabalhadores,
transformações no seu modo de agir e de pensar, de forma a envolvê-los ativamente na
dinâmica das instituições, num movimento de horizontalização de saberes e decisões.10
A PNEPS foi revista e alterada pela Portaria n.º 1.996/2007, a qual dispõe a respeito
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das diretrizes para a implementação da PNEPS. De acordo com essa portaria, os PEPS
passariam a se reorganizar em Centros de Integração Ensino Serviço (CIES), agora
coordenados pelos Colegiados de Gestão Regional (CGR) e orientados pelo Plano de Ação
Regional para a Educação Permanente em Saúde (PAREPS). Os CIES são responsáveis
pela formulação, condução e desenvolvimento da PNEPS.11
Tanto a Portaria n.º 198/2004 como a n.º 1.996/2007 sugerem que os processos
de qualificação dos profissionais tenham foco nas necessidades reais do ambiente de
trabalho, com o propósito de impactá-las e transformá-las. Apresentam a proposta de
serem estruturados a partir da problematização dos processos de trabalho, da valorização
do papel da equipe multidisciplinar/interdisciplinar, do trabalho coletivo e do caráter
socioeducativo, sem diminuir a importância da formação técnica específica.9,11 Destacam o
SUS, diante de sua dimensão e amplitude, como cenário favorável para o desenvolvimento
de práticas educativas em saúde, visto que os locais de produção do cuidado favorecem a
prática da produção pedagógica, pois propiciam o encontro criativo entre os trabalhadores
e destes com os usuários.12
Em relação ao financiamento da PNEPS, a Portaria 198/2004 previa que os
recursos financeiros destinados a PNEPS seriam repassados diretamente aos PEPS,
porém algumas práticas em relação à compra e venda de cursos, conhecidas como ‘balcão
de cursos’, fizeram com que essa portaria fosse revisada em 2007. Desta forma, com
a portaria 1996/2007, o repasse passa a ser de fundo a fundo, por meio do Bloco de
Financiamento da Gestão do SUS, ou seja, do MS para as Secretarias Estaduais de Saúde
e destas para as Comissões Intergestores Bipartite (CIB), no entanto, essa modificação
acabou dificultando o repasse da verba destinada ao desenvolvimento da política. Outro
dificultador do repasse financeiro foi o fato de que os recursos passaram a ser liberados
pautados em linhas prioritárias estabelecidas pelo MS, e não pelos CIES.1,9,11
Em 2017, a Conferência Panamericana de Saúde apontou alguns desafios no
processo de educação dos profissionais de saúde, dentre elas o perfil profissional, as
condições de trabalho, produtividade e desempenho.8 No mesmo ano o MS lançou o
Programa para o Fortalecimento das Práticas de Educação Permanente em Saúde no
SUS (PROEPS-SUS) por meio da portaria n.º 3.194/2017 em resposta a necessidade de
financiamento e planejamento das ações de EPS de forma a torná-las efetivas na prática
profissional. O programa é direcionado ao âmbito da atenção básica e caracterizado pelo
repasse financeiro do MS diretamente aos municípios, ficando os estados, juntamente aos
municípios e CIES, a atribuição de elaborar o Plano Estadual de Educação Permanente em
Saúde (PEEPS).12
Ainda, buscando dar visibilidade à experiências inovadoras no campo da EPS, o
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Departamento de Gestão da Educação na Saúde (Deges/SGTES/MS), em parceria com a
Opas/Organização Mundial da Saúde (OMS), lançou o Edital do Laboratório de Inovações
em Educação na Saúde com ênfase na Educação Permanente em Saúde.12 Para subsidiar
tecnicamente o processo de planejamento e programação das ações de EPS nos estados, foi
elaborado um manual, intitulado ‘Orientações para o planejamento das ações de Educação
Permanente em Saúde no SUS’, encaminhado a todas as Secretarias Estaduais de Saúde
(SES) e Secretarias Municipais de Saúde (SMS) para auxiliar a elaboração dos Planos
de Educação Permanente. Em 2018, foi realizada, em Brasília, a Oficina Nacional, para
apresentação de propostas preliminares sobre o sistema de monitoramento e avaliação
das ações de EPS8, sendo estes um grande desafio a ser superado.
Nesse tocante pode-se afirmar que a EPS caminha em um processo de construção,
marcado por constantes investidas por parte do MS no sentido de tornar sua implantação
efetiva nos serviços de saúde. No entanto, observa-se que o principal entrave para essa
efetivação está nas raízes históricas desse processo, cujo foco inicial estava na centralidade
do trabalho em detrimento dos sujeitos. Ao passar essa centralidade para os sujeitos pode-
se perceber a importância dialógica das relações entre os diferentes atores envolvidos, no
entanto, essa mudança de perspectiva fez com que sua base conceitual permanecesse
nebulosa e confusa.4,13
Dito isto, ressalta-se a ausência de consenso em relação aos termos Educação
Continuada (EC) e EPS. Considerando que autores defendem que a EC pode estar contida
na EPS, por vezes ser mais ampla, ou ainda que os termos são sinônimos. No entanto,
o MS faz uma distinção entre esses dois conceitos e coloca que a EC está baseada em
ações de caráter pontual, fragmentadas, com metodologias tradicionais de ensino. Já a
EPS apresenta-se como estratégia capaz de oferecer oportunidades de participação da
equipe nas discussões, decisões e aperfeiçoamento do trabalho com objetivo de integrar
os atores envolvidos no processo de cuidado e garantir a melhoria contínua da assistência.2
Enquanto a EC possui como componentes de sua matriz conceitual a pedagogia
da transmissão; momentos educacionais delimitados; identificação de necessidades e
objetivos por outros de fora do contexto laboral; determinação centralizada de prioridades;
participação regulada; e educação uniprofissional. A EPS propõe a “educação no trabalho,
pelo trabalho e para o trabalho”; a pedagogia da problematização; participação ampliada;
enfoque estratégico; a interprofissionalidade e a interdisciplinaridade.14
Cabe destacar aqui que a interdisciplinaridade pode ser entendida como um
trabalho que envolve diversas ações, saberes e relações de interação dinâmica entre
diversas disciplinas, exigindo permeabilidade entre os saberes para que se possa exercer
o cuidado resolutivo e a transformação no processo de trabalho e na forma de fazer saúde.2
Capítulo 14 258
A interprofissionalidade, por sua vez, se trata da integração de práticas e tem sido apontada
como uma ação exitosa no âmbito das residências em saúde, especialmente pela sua
articulação intencional e colaborativa entre diferentes profissões, trazendo ações mais
resolutivas e integrais15, o que pode contribuir para mudanças no âmbito da graduação e
criar novos mecanismos na EPS.
Retomando, não se trata de um conceito estar errado e o outro certo, mas que talvez
estes possam se complementar na dinâmica da construção da EPS nos serviços de saúde.
Entretanto, evidencia-se que a ênfase na troca de saberes e experiências, a valorização
do saber do profissional e o envolvimento desses no processo de EPS são práticas que
fortalecem a autonomia e a interdisciplinaridade/interprofissionalidade nos serviços de
saúde.
Capítulo 14 259
em saúde com sua complexa organização e imprevisibilidade, a EPS descortina-se
como um processo educativo, dialógico, problematizador, relacional e ético-político,
ao incorporar os saberes, as invenções e as relações concretas do mundo do trabalho
vivo à aprendizagem, promovendo significados e possibilitando a construção de espaços
coletivos para autoanálise, autogestão, reflexão e avaliação do sentido e da afecção dos
atos produzidos pelos trabalhadores.19
Nesse cenário, o enfermeiro é reconhecido por sua liderança, seja por características
naturais do profissional, seja por sua formação, e desempenha suas atividades juntamente
a equipe multiprofissional no sentido de promover o acolhimento dos usuários, garantir
a integralidade do cuidado e a resolutividade das necessidades de saúde da população
atendida.20
No entanto, observa-se que a atuação do enfermeiro por vezes limita-se ao
atendimento da demanda espontânea em detrimento do planejamento de outras atividades
como a consulta de enfermagem, visita domiciliar, educação em saúde, reuniões de equipe,
e da EPS. Nesse tocante, diante dos vários desafios, existe a necessidade de valorização
da EPS enquanto parte do cuidado e do processo de trabalho em saúde a qual pode ser
incorporada no cotidiano do trabalho na APS.21
A EPS constitui-se como estratégia fundamental para as transformações do
processo de trabalho na APS criando espaços para a atuação crítica, reflexiva, propositiva,
compromissada e tecnicamente competente. Sendo necessária a descentralização e
disseminação da capacidade pedagógica entre seus trabalhadores, gestores, serviços e
sistema de saúde.22
Assim, na busca da transformação do modelo assistencial, biomédico curativista,
é fundamental valorizar a EPS produzida pelo encontro dos sujeitos em ato, bem como
o uso das tecnologias leves na práxis do cotidiano17, onde as rodas de conversa e
reuniões de equipe no cenário da APS se destacam pela aprendizagem sig nificativa e
uso da problematização do pro cesso de trabalho com foco na transformação das práticas
profissionais e da organização do trabalho.23 A EPS deve ser reconhecida como mola
propulsora do desenvolvimento/reflexão, e utilizada como mecanismo diário que desperta
o protagonismo de todos envolvidos no processo garantindo trocas de saberes, revisão das
práticas, interações e ainda a organização da atenção na APS.17
Contudo, inúmeros são os desafios de compreensão da EPS como potencial de
transformação do processo de trabalho. Uma revisão integrativa de literatura identificou
que a maioria dos estudos selecionados apontou para uma conceituação equivocada
da EPS centralizando atividades apenas no modelo de EC, e isso pode ser reflexo da
educação fragmentada reproduzida muitas vezes durante a formação profissional ancorada
Capítulo 14 260
no modelo biomédico. Este tipo de ação educativa, apesar de ser necessária em alguns
momentos, pode desencadear a alienação na forma de pensar e reproduzir práticas já
instituídas, fortalecendo o modelo de atenção tradicional. Ainda essa falta de clareza em
relação a base conceitual da EPS, e desta forma a ausência de uma cultura de educação
ancorada na EPS, faz com que permaneçam ações descontinuas e com pouca aderência e
envolvimento dos profissionais às iniciativas e práticas de educação.23
Outras fatores interferem no desenvolvimento da EPS no cenário da APS como
sobrecarga de trabalho pela falta de profissionais, alta rotatividade de profissionais
e gestores, não valorização das iniciativas de EPS pelos gestores, assim como perfil
inadequado, falta de experiência e conhecimentos sobre o contexto do SUS por estes,
falta de planejamento nas ações de EPS, participação incipiente dos usuários, enfoque
uniprofissional das ações, falta de ações e instrumentos de monitoramento e avaliação do
processo de EPS entre outras.13,23
Como avanços da área citam-se algumas iniciativas no sentido de promover
a qualificação dos trabalhadores através da realidade buscando a transformação do
processo de trabalho, como o Programa para o Fortalecimento das Práticas de Educação
Permanente em Saúde no SUS (PROEPS-SUS)24; a integração ensino-serviço-comunidade
com a criação dos Contratos Organizativos de Ação Pública Ensino-Saúde (COAPES)25; a
aproximação ensino-serviço com o Pro e Pet-Saúde23; a concepção do 1º Laboratório de
Inovação em Educação na Saúde da América Latina12; e a Educação Interprofissional em
Saúde (EIP) como reorientação da formação em saúde.26
Ainda tecnologias duras se destacam como iniciativas de EPS na APS como
recursos tecnológicos utilizados para a educação à distância e o Telesaúde.23 Estudo
brasileiro destacou o uso da Telenfermagem, com foco no tema sobre amamentação,
como instrumento tecnológico eficaz no apoio técnico-assistencial e ético-político dos
trabalhadores na APS, visando auxiliar no desenvolvimento de competências que permitam
uma postura crítica e reflexiva das equipes de saúde, conservando aspectos como a
interação humana e o respeito a individualidade do ser humano. Para tanto este recurso
deve ser inserido ainda na formação dos profissionais de enfermagem apresentando-se
como uma estratégia inovadora e promissora por impactar diretamente na EPS.27
Cabe destacar a EIP como estratégia potencial para fortalecimento do SUS por
ser uma intervenção em que membros de mais de uma profissão da saúde aprendem em
conjunto, de forma interativa, tanto nas instituições formadoras como no cenário laboral,
com o propósito explícito de melhorar a colaboração interprofissional e consequentemente
a produção de saúde.26,28
Nesse sentido, a interação ensino-serviço é de suma importância para o
Capítulo 14 261
desenvolvimento da EPS na APS por favorecer a troca de experiências e conhecimentos
entre universidades e serviço, como nos casos da tutoria e da residência multiprofissional.23
A residência multiprofissional possui potencial para atuar na mudança de atitude dos
profissionais na área de saúde, sensibilizando-os para uma atuação além dos paradigmas
vigentes, sendo capaz de proporcionar a integração de diferentes disciplinas ao articular
saberes específicos e compartilhar ações. Ainda, os residentes são considerados
importantes atores na identificação de nós críticos e na criação de alternativas estratégicas
e inovadoras na gestão do SUS.29
Como resposta ao a falta de ações e instrumentos de monitoramento e avaliação
do processo de EPS, pode-se mencionar aqui no âmbito da APS o Programa de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) como uma iniciativa ministerial
que busca garantir um padrão de qualidade neste ponto da RAS e, apesar de algumas
limitações do instrumento de avaliação externa em relação às práticas de EPS, este de
certa forma, busca avaliar tais ações ao questionar sobre a participação, ações realizadas
e o tipo de ações realizadas, utilização de recursos tecnológicos, a participação das IES
em atividades de ensino, pesquisa e/ou extensão, a frequência e articulação destas com o
processo de trabalho.13
Em suma, para que EPS seja adotada como referência política e conceitual, sendo
o eixo norteador de ações e práticas previstas na APS, é necessária a interface entre
ensino, serviço e comunidade, bem como a sensibilização e o envolvimento dos gestores e
a atuação comprometida com o cuidado, a saúde e a educação, a partir da prática reflexiva
dos profissionais de saúde fundamentados nas premissas e diretrizes do SUS.23
Capítulo 14 262
organizações complexas que lidam com objetos complexos, envolvendo o processo de
saúde, doença e os riscos advindos desta. São compostas por uma grande diversidade/
variabilidade tecnológica e constituídas por profissionais de diferentes áreas do
conhecimento que detêm autonomia exercida de forma desigual relacionada ao poder que
acumulam evidenciando uma “hierarquia” institucional.31
O enfermeiro no cenário hospitalar configura-se um ator importante no processo
de transição e reestruturação dos serviços, uma vez que possui formação gerencial
e está constantemente envolvido nas ações que abrangem a inclusão do paciente nos
cuidados de saúde, o aperfeiçoamento da equipe de enfermagem, a integração da equipe
multiprofissional, a humanização do cuidado, a segurança do paciente, a qualidade, entre
outras.32
Cabe destacar aqui a importância da liderança na atuação do enfermeiro para
instrumentalização e inovação do processo de trabalho, por meio da gestão do cuidado
e da produção e/ou utilização de tecnologias, a exemplo, dos sistemas de informação
para implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), a qual
além de facilitar o controle das ações e a tomada de decisão do enfermeiro, contribui
para a segurança do paciente.33 Quanto a isso, pode-se afirmar que o aprimoramento de
competências no profissional enfermeiro tem relação direta com a segurança do paciente e
com a qualidade assistencial no contexto hospitalar.34
Ao gerenciar a EPS na atenção hospitalar, o enfermeiro precisa reconhecer e
considerar a necessidade de abertura de espaços formais e informais no cotidiano laboral,
o fortalecimento da supervisão, o uso de tecnologias e práticas inovadoras de educação
(Capacitação in loco/Simulação), o apoio institucional/gerencial, a interação das instituições
formadoras, das equipes de saúde e desta com o paciente (inserção do paciente na
problematização da realidade laboral).35
Segundo a PNEPS a EPS apresenta-se como espaço de aprendizado no
trabalho a partir da discussão dos problemas que emergem da prática profissional de
forma multiprofissional e interdisciplinar.2 A reflexão sobre o processo de trabalho e a
transformação das práticas devem ocorrer no serviço, buscando resolver os problemas
do cotidiano local. É configurada como “aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o
ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações”.28
Frente aos pressupostos conceituais da EPS, considera-se um nó crítico o momento
em que se deixa de refletir sobre a prática, tornando o cuidado automático e meramente
funcional, sem que haja compreensão da atuação e a reflexão sobre os erros e acertos
do processo. Isso é percebido quando o objetivo da prática se torna exclusivamente o
cumprimento de tarefas e rotinas padronizadas de forma mecânica, deixando de lado
Capítulo 14 263
o “pensar sobre as ações”. É preciso haver um movimento contrário à mecanização do
cuidado e nesse sentido está a importância do desenvolvimento de ações ancoradas na
PNEPS.
A EPS encontra dificuldade para efetivar-se na prática devido a dificuldades no
entendimento de sua base conceitual e por vezes por conservar um modelo tradicional de
educação no trabalho que não mais atende às necessidades dos atores que constituem
esse cenário, incluindo o paciente.35 O entendimento conceitual e o desenvolvimento da
PNEPS no cotidiano e nas interações produzidas neste são essenciais, pois permitem a
responsabilização e comprometimentos dos profissionais e gestores deixando assim de ser
uma ação restrita ao Estado.36
Além dessa falta de compreensão conceitual, a pouca percepção dos gestores em
relação a importância das ações de EPS e desta forma a não priorização desse eixo no
processo de planejamento, a alta rotatividade dos cargos de gestão, a fragmentação do
processo de trabalho, a forte hierarquia institucional, a frágil articulação ensino-serviço,
a ausência de recurso próprio, ações pontuais e uniprofissionais de educação, as
relações de poder, a infraestrutura deficiente, a ausência de indicadores e instrumentos
de monitoramento e avaliação das ações de EPS acabam por dificultar a implantação da
PNEPS nos hospitais.32
Outros desafios enfrentados na implementação de ações de EPS nas instituições
hospitalares esbarram no fluxo aumentado de trabalho, no estresse, adoecimento físico
e emocional do trabalhador que por vezes resulta em absenteísmo, gerando repetidos
cenários inesperados e dificultando a adesão profissional às práticas educativas.
Cabe ressaltar que devido ao seu histórico, ao grande aparato tecnológico e
acelerado avanço do conhecimento em relação as práticas de saúde, o ambiente hospitalar
possui uma forte tendência de evidenciar a área técnica do trabalho em saúde, sendo
esta a maior preocupação dos profissionais e, de certa forma supervalorizada neste meio.
Entretanto, cabe mencionar que apesar de muito importante neste cenário, o acúmulo de
saberes técnicos é apenas um dos aspectos para a transformação das práticas, e não o
seu enfoque principal, visto que, a formação e o desenvolvimento dos profissionais de
saúde comportam além de habilidades técnicas aspectos relacionados à produção de
subjetividade e de conhecimento sobre o SUS.9
Neste cenário, os núcleos são importantes espaços de encontro e diálogo entre
a equipe multiprofissional, gestores e representantes das IES, e desta forma, starts para
ações de EPS.
Apesar de comumente a atuação do Núcleo de Educação Permanente (NEP)
nos hospitais estar direcionada a alguns profissionais específicos, em especial para a
Capítulo 14 264
enfermagem, os encontros do NEP são espaços multiprofissionais para articular a gestão
da EPS com a do trabalho propriamente dito e pensar mecanismos de efetivá-la. Assim,
os problemas podem ser identificados e o plano de atuação definido em uma construção
coletiva, caracterizando um espaço colegiado com enfoque na gestão participativa. A
gestão participativa é considerada um meio para ruptura do modelo hegemônico de saúde
com potencial para repercutir de maneira direta na produção em saúde.37
A EPS apresenta-se como uma ferramenta de gestão anti-hegemônica que busca
espaços de troca de experiências, apontando que a interação dos profissionais entre si e
com os usuários é base para o sucesso dos processos de cuidado. Desta forma, percebe-
se que, para alcançar o desenvolvimento e sucesso institucional, é preciso substituir
os modelos de cuidado em que o desempenho individual e independente se sobressai,
por aqueles em que o trabalho é realizado por uma equipe profissional interdependente,
colaborativa e interprofissional.26
Nessa lógica, as práticas educativas realizadas no ambiente hospitalar devem
ser caracterizadas por práticas de desenvolvimento profissional, produzidas a partir das
necessidades evidenciadas no cotidiano dos profissionais de saúde e fazerem parte
de uma conformação ampliada dentro de um objetivo institucional, de forma que o seu
resultado reflita na melhoria do cuidado e esteja voltado para mudança de prática e de
atitude profissional.35
Diante da dificuldade para conquistar adesão aos projetos de desenvolvimento
profissional, o NEP carece ampliar seu olhar para além das práticas educativas propriamente
ditas, buscando a integração com outras estâncias institucionais e extra institucionais para
que este movimento ganhe força e adquira visibilidade de forma a potencializar a atuação
profissional e melhorar o cuidado em saúde.35 Nesse ponto, cabe mencionar a importância
do NEP fazer parte do organograma institucional, assim como o plano de EPS estar incluso
no planejamento estratégico da instituição, legitimando desta forma o apoio dos gestores.
Nesse sentido, cabe enfatizar a importância da integração do NEP com outros
núcleos e comissões dentro da instituição considerando os objetivos em comum. Ressalta-
se nesse sentido o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) o qual possui também a
função de apoiar a direção na criação e desenvolvimento de ações de educação e melhoria
da qualidade e da segurança do paciente38, assim como o Núcleo de qualidade Hospitalar
(NQH), que tem dentre outras atribuições a padronização das práticas em saúde e a
implantação de indicadores de qualidade, ações que carecem de EPS visto que exigem
uma mudança cultural.32
Além da valorização dos núcleos, que engloba o apoio da gestão, a utilização de
metodologias ativas, de tecnologias da informação, e de instrumentos de avaliação que vão
Capítulo 14 265
além da quantificação de cursos e participantes8, a residência multiprofissional, a interação
público-privado, o apoio da macrogestão em saúde, o estímulo da liderança do enfermeiro,
espaços colegiados, rodas de conversa, espaços informais, ações in loco e a construção
da cultura da EPS são importantes estratégias na implantação da EPS nos hospitais, pois
visam a interdisciplinaridade e a gestão participativa nesse cenário.32
Experiências com metodologias ativas de ensino-aprendizagem, a exemplo da
simulação, tem sido relatada com sucesso, pois permitem o protagonismo dos sujeitos
envolvidos no processo na resolução dos problemas, trazendo a própria vivência e
alternativas criativas, tornando-as mais efetivas a longo prazo. Para isso, as abordagens
devem ser direcionadas de maneira dialógica, sempre que possível in loco, não
necessariamente excluindo atividades tradicionais de atualização profissional em sala de
aula, mas integrando diferentes tecnologias e práticas.35
Ainda, destaca-se a importância de ter profissionais em formação dentro das
instituições hospitalares, seja graduação ou pós-graduação, residências e tutorias, e
que essa interação e troca seja apoiada e incentivada pelos gestores.35 Já em relação
as avaliação das ações de EPS neste cenário, há muito que se avançar. Em geral, as
instituições utilizam instrumentos que consideram apenas o número de participantes
e número de horas de curso, como também a avaliação de desempenho profissional e
de diagnóstico de necessidades de aperfeiçoamento. Desta forma, a inovação, nesse
tocante, é necessária e urgente para que se possa mensurar ou qualificar os resultados
das práticas de EPS, dando visibilidade e valorizando tais iniciativas. O intuito é gerar mais
conhecimentos, novos comportamentos e qualidade na atenção à saúde.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após 16 anos da publicação da portaria que cria a PNEPS no SUS, observamos que
muito se alcançou, porém ainda há o que ser feito, em todos âmbitos da gestão pública e
cenários de cuidado.
Nesta trajetória, diversas estratégias, políticas e programas foram sendo criados
entre eles, a construção de um saber comum a todas as áreas da saúde, a fim de agregar
as contribuições dos diferentes núcleos para uma prática renovadora na saúde.
Estratégias como essa, promovem mudanças nos processos de trabalho e de
aprendizagem, buscando a humanização do cuidado, valorização das vivências e melhores
condições de trabalho e atenção à saúde.
Nesse movimento, precisamos resgatar os espaços pedagógicos que articulem
os conhecimentos e capacidades racionais, bem como a singularidade dos sujeitos
quando pensamos na EPS. Essa aliança pode auxiliar na interação de diferentes autores,
Capítulo 14 266
elaboração de projetos, ações e, também, no fortalecimento da autonomia e protagonismo.
Assim, o trabalho educativo nos diversos cenários pode ressignificar a relação da educação
na saúde e promoção de saúde.
Para tanto, é preciso desconstruir as barreiras do assistir, aprender, gerir e ensinar
tradicional e hegemônico e buscar uma nova educação, com ações dinâmicas, complexas
e inter-relacionadas com o contexto geral que envolve a EPS. Esperamos que o texto
tenha ajudado o leitor a revisitar, brevemente, a história da EPS, seus movimentos na APS
e na Atenção hospitalar, permitindo tecer profícuas reflexões sobre a EPS e sua complexa
consolidação.
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