E-Book Como Utilizar A Calculadora

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CRÉDITO ORIENTADO E ASSISTIDO

e-Book:

Como utilizar a
Calculadora de
Planejamento
Financeiro
Empresarial
com foco em crédito

Instruções de preenchimento
e informações conceituais
ABERTURA

A Calculadora de Planejamento Financeiro Empresarial com foco em crédito foi estruturada para
ajudar você, empresário, que deseja obter crédito para o seu negócio. Ou mesmo para você,
empreendedor, que está iniciando a jornada empresarial e necessita de investimento para
formalizar a sua empresa e colocar o seu plano de negócios para rodar.

Este e-book foi produzido para auxiliar você no preenchimento dos dados na planilha de forma
prática e simples. Também foi preparado para reforçar os conceitos mais importantes de gestão
financeira, que serão incorporados na rotina de forma prática e essencial para dar mais segurança
nas tomadas de decisão do seu negócio.

A Calculadora dispõe de 4 abas estruturadas em uma planilha Excel. Em cada aba será possível
identificar um conjunto de informações relevantes sobre a gestão financeira do seu negócio e
perceber como o seu negócio se comportará do ponto de vista dos principais indicadores financeiros
sobre a obtenção de crédito ou medidas de gestão que possam influenciar diretamente o
crescimento da empresa.

Além da aba INÍCIO, onde constam as informações gerais, você encontrará na Calculadora:

1. DADOS: neste espaço você poderá inserir os dados gerais do seu negócio ou mesmo fazer
projeções caso ainda não tenha uma empresa. As informações poderão ser preliminares no
primeiro momento e assim que você tiver mais clareza da necessidade real de crédito, poderá
revisitar a calculadora e validar o planejamento financeiro do seu negócio.

2. FLUXO PROJETADO: nesta aba você poderá informar o saldo existente no caixa da empresa e
lançar as saídas programadas de acordo com o fluxo de caixa da empresa. Nessa aba, após a
identificação da real necessidade de crédito e da avaliação das linhas disponíveis que são mais
adequadas para você, será possível fazer o lançamento do Novo Financiamento ou da
Renegociação projetando o cenário futuro que seu negócio passará. Este lançamento poderá
ser realizado na revisão do seu planejamento financeiro com foco em crédito. Ele proporcionará
a visualização mais segura dos indicadores financeiros do seu negócio e proporcionará a
visualização da capacidade de pagamento e de outros recursos para garantir a saudabilidade
financeira na tomada de decisão.

3. RESULTADO: neste campo será possível visualizar todos os indicadores mais relevantes para
saber como anda a saudabilidade financeira do seu negócio, tais como Lucro; Lucratividade;
Rentabilidade; Prazo de retorno do investimento; Necessidade de Capital de Giro; Necessidade
de financiamento para Capital de Giro. E ainda também permitirá fazer projeções com base na
proposta de novas metas na quantidade de vendas ou no aumento de preços de vendas.

4. GARANTIAS: neste campo será possível visualizar o percentual máximo de garantias


proporcionado pelo FAMPE, que vai contribuir com a sua negociação no ato de apresentação
de uma proposta de crédito para uma instituição operadora do Fundo que é parceira do Sebrae.

A seguir, você encontrará as orientações de preenchimento da Calculadora e poderá se aprofundar


nos detalhes de cada um dos recursos e conceitos relativos ao planejamento financeiro com foco
em crédito.

Boa leitura!
CALCULADORA DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO EMPRESARIAL: tudo que você precisa fazer para
planejar com segurança o crédito mais adequado para o seu negócio.

Os conteúdos disponibilizados neste e-book auxiliarão você, de forma detalhada, a preencher os


dados necessários para realizar o planejamento financeiro do seu negócio. E tem muito mais!
Também disponibilizará os conceitos mais relevantes que todo empresário precisa dominar para
garantir uma gestão financeira saudável, manter a sustentabilidade e projetar o crescimento do seu
negócio.

Em cada um dos capítulos a seguir, você encontrará as orientações e comandos detalhados sobre
cada etapa de preenchimento dos dados na planilha que representa a Calculadora de Planejamento
Financeiro Empresarial, assim como conceitos e informações relevantes que poderão ampliar os
seus conhecimentos sobre gestão e planejamento financeiro empresarial.

Saiba como preencher a Calculadora de Planejamento Financeiro Empresarial e como ampliar seus
conhecimentos em gestão financeira.

Baixe a Calculadora no Portal Sebrae (www.sebrae.com.br/creditoconsciente), leia as instruções na


aba INÍCIO e depois siga os passos.
Passo a passo de preenchimento da Calculadora de Planejamento Financeiro Empresarial

Passo 1 – Aba ‘DADOS’

Aqui você encontrará um conjunto de informações referentes a gestão financeira do seu negócio,
esteja ele já constituído ou apenas no papel.

As orientações de preenchimento também estão disponíveis na Calculadora, mas com este e-book
você poderá revisitar os principais conceitos e ampliar o seu conhecimento.

Vamos lá?

Dados Gerais do Negócio

Cada um dos campos detalhados a seguir dispõe de uma ou mais orientações para você preencher
os dados relativos à sua empresa ou mesmo fazer uma prospecção de um futuro negócio desejado.

Siga o preenchimento de cada campo indicado na sequência e observe as orientações. Lembre-se


que na própria Calculadora você encontrará dicas muito valiosas. Basta aproximar o cursor no canto
direito superior das células que têm um destaque vermelho conforme indicado:
Campo: RECEITA TOTAL

Para negócios em funcionamento, lance o valor médio das vendas dos últimos três meses.

Se você está planejando um novo negócio, lance o valor da meta estabelecida para a receita mensal.

Campo: CUSTO COM MERCADORIAS

Para um comércio, este é o valor do custo de aquisição das mercadorias vendidas.

Para serviços prestados, este é o valor do custo de aquisição das mercadorias utilizadas na prestação
dos serviços vendidos.

Para negócios em funcionamento, use o valor médio dos últimos três meses.

Se você está planejando um novo negócio, lance o custo com mercadorias de acordo com a meta
estabelecida para as vendas mensais.

Na tabela de CUSTOS INDIRETOS VARIÁVEIS você encontrará os campos relativos aos custos que
acompanham as mudanças nas vendas.

Campos: TAXAS

Preencher as taxas percentuais para cada item de acordo com a realidade vivenciada pela sua
empresa ou faça uma estimativa sobre o modelo de negócio da empresa que deseja constituir.

Campos: % DA RECEITA TOTAL

Preencher o percentual das vendas sobre o qual incide cada taxa de custo variável.

Atenção: a soma dos percentuais lançados PODE SER DIFERENTE de 100%.

Campo: CUSTO INDIRETOS FIXOS

Neste campo, lance a soma de todos os itens de custos fixos mensais. Por exemplo: aluguel,
condomínio, energia, água, telefonia, internet, prolabore, salários, contabilidade, combustível,
manutenção, taxas fixas, impostos fixos (MEI) etc.

Para negócios em funcionamento, lance o valor médio dos custos fixos nos últimos três meses.

Se você está planejando um novo negócio, lance o valor dos custos fixos que serão necessários para
a empresa entrar em funcionamento e conseguir atingir as metas estabelecidas para as vendas
mensais.
Saiba mais:

Aqui você encontrará informações relevantes sobre conceitos que vão te ajudar a aprimorar
seus conhecimentos em gestão financeira e tomar as decisões mais assertivas para aprimorar
os resultados da sua empresa.

Receita total
É a soma das quantidades vendidas no mês de todos os produtos e serviços multiplicados pelos
respectivos preços.

Vendas e Faturamento
É fundamental partirmos das vendas medidas em quantidades, não apenas para o controle real da
empresa, mas também para reforçar a ideia de que estamos trabalhando em regime de
competência. Ou seja, estamos somando as receitas originadas pela venda de diversos produtos
(dentro do mês), independentemente de quando foram pagas pelos nossos clientes. Porém, esta
defasagem entre a venda e o recebimento financeiro não estão sendo ignorados. O saldo do fluxo
de caixa reflete a boa administração dos prazos concedidos aos clientes.

Custos
A classificação dos custos pode obedecer a critérios diferentes. Aqui serão apresentados dois
critérios. Um destes critérios é a relação entre os custos e o volume da produção: custos fixos e
variáveis. E outro critério considera a relação entre o custo e o próprio produto ou serviço: custos
diretos e indiretos.
Para a Calculadora de Planejamento Financeiro o conceito utilizado foi o de Custos Diretores e
Indiretos.

Custos Diretos ou ‘Custos com Mercadorias’


Estes são os custos diretamente relacionados aos produtos ou serviços comercializados. O principal
custo direto é o custo com aquisições de mercadorias (Comércio), matéria prima (indústria) ou
materiais para a realização de serviços (serviços).
O Total dos custos diretos pode ser encontrado somando as quantidades utilizadas no mês (saídas
do estoque) de todas as matérias primas, materiais e/ou mercadorias, multiplicadas pelos
respectivos preços.
Observação: Outros custos podem ser classificados como diretos, mesmo sendo fixos ou variáveis.

Custos Indiretos
É a soma de todos os outros custos da empresa exceto os custos com aquisições (diretos).
Custos Fixos
São fixos em relação ao volume de produção. Ou seja, a qualquer nível de produção e de vendas
serão os mesmos. Por exemplo, o aluguel.

Custos Variáveis
São custos que variam em função da produção. Como exemplo, temos os custos com a aquisição de
mercadorias ou matéria prima.
Em geral, os custos variáveis são preferíveis quando comparados com os custos fixos. Assim, a
empresa em meses de fraco movimento será menos onerada pelos seus custos. Isto significa que se
pudermos transformar custos fixos em variáveis otimizaremos os resultados da empresa.
Porém, nem todos os custos fixos podem ser transformados em variáveis. E ainda, alguns custos
fixos podem se tornar insignificantes durante períodos de grande volume de vendas e assim serem
preferíveis aos custos variáveis.

Lucro da Empresa
É a diferença entre as receitas e custos da empresa em determinado período. Em uma análise por
competência encontraremos o lucro econômico. Este é o lucro apurado pelo Demonstração do
Resultado do Exercício – DRE.

Análise do Resultado Econômico


Veja a seguir como calcular
O RESULTADO DO SEU o Lucro do seu negócio.
NEGÓCIO
L = RT - CT CD=Custos Diretos

Lucro = Receita Total – Custo Total


CI =Custos Indiretos
CT = CD + CI

CT = CUSTO TOTAL
CD = CUSTOS DIRETOS
C I = CUSTOS INDIRETOS

L = RT – (CD+CI) RT = CD + CI + L
Veja a seguir como calcular a Lucratividade do seu negócio.
O RESULTADO DO SEU NEGÓCIO

RT = CD + CI + L

CUSTOS
DIRETOS

LUCRO
LUCRATIVIDADE =
CUSTOS RECEITA
RECEITA TOTAL INDIRETOS
TOTAL

LUCRO

Receita Total = Vendas


Custo Direto = Custo de aquisição dos produtos e impostos diretos
Custo Indireto = Todos outros custos

LUCRATIVIDADE

LTv = L x 100
LTv = Lucratividade em %
RT

Dica: Perceba que a lucratividade é uma medida de eficiência do seu negócio na tarefa de
transformar as vendas em lucro.
Imagine que em dois meses diferentes você obteve faturamentos iguais, mas em um deles você
teve o Custo Total menor do que no outro, pois, por algum motivo você foi mais eficiente nos seus
processos. Agora compare as lucratividades de cada mês e perceba que para uma mesma Receita
Total a empresa alcançou lucratividades diferentes, pelo fato de ter melhorado a sua capacidade de
transformar as vendas em lucro.

Campos: PRAZOS DE RECEBIMENTO E % DA RECEITA TOTAL

Preencha com os percentuais da Receita Total referentes a cada modalidade de recebimento.

Atenção: a soma dos percentuais lançados DEVE SER IGUAL a 100%.

Campos: PRAZOS DE PAGAMENTO E % DA RECEITA TOTAL

Preencha com os percentuais da Receita Total referentes a cada modalidade de pagamento.

Atenção: a soma dos percentuais lançados DEVE SER IGUAL a 100%.


Campos: GIRO DO ESTOQUE (em dias) E % DAS COMPRAS

Este é o tempo (em média) que as mercadorias ficam paradas no seu estoque. Uma maneira de
estimar este valor é a partir do tempo entre cada compra de mercadoria.

Por exemplo:

Mercadorias que são compradas diariamente ficam 1 dia paradas no estoque.

Mercadorias que são compradas semanalmente ficam (em média) 3,5 dias paradas no estoque.

Mercadorias que são compradas mensalmente ficam (em média) 15 dias paradas no estoque.

Atenção: a soma dos percentuais lançados DEVE SER IGUAL a 100%.

Se você ainda não tem estas informações sobre o seu negócio, preencha um percentual com 100%
e no campo do Giro de Estoque preencha com uma média geral estimada para o tempo (dias) que
as mercadorias ficam no seu estoque.

Saiba mais:

Aqui você encontrará informações relevantes sobre conceitos que vão te ajudar a aprimorar
seus conhecimentos em gestão financeira e tomar as decisões mais assertivas sobre prazos e
necessidade de capital de giro da sua empresa.

TIPOS DE CONTROLE: Fluxo de Caixa e Resultado (DRE-gerencial)


A principal diferença entre o Fluxo de Caixa e o Resultado Econômico é temporal. Enquanto o
Demonstrativo de Resultados (DRE-gerencial) é estanque, o Fluxo de Caixa é dinâmico.
Pode-se dizer que o DRE-gerencial é uma fotografia dos números referentes a um determinado mês
de operação da empresa. Nele apuram-se os custos e a receita e consequentemente o lucro
econômico, independentemente da realização financeira destes. O DRE-gerencial é o "lado" real da
empresa, já o Fluxo de Caixa é o "lado" financeiro. Analogamente o Fluxo de Caixa seria um filme
do dia a dia da empresa no qual se vê apenas entradas e saídas de recursos financeiros em seu
caixa.
Para melhor compreensão, podemos considerar que o DRE-gerencial representa os fatos geradores
de entradas e saídas (regime de competência) e o Fluxo de Caixa mostra a realização financeira
destes fatos, as quais não ocorrem necessariamente em simultaneidade com os fatos geradores
(regime de caixa).
Entretanto é indispensável se ter os dois controles, pois o DRE-gerencial não considera os prazos
concedidos aos clientes, os prazos recebidos dos fornecedores e nem os prazos de rotação dos
estoques. Porém, tais prazos são considerados intrinsecamente no Fluxo de Caixa. Como prova
disso temos que os saldos do Fluxo de Caixa são tão melhores quanto melhor forem administrados
estes prazos.

Dica: Para as decisões e análises ligadas a questões financeiras, primeiramente, lembre-se que
existem dois “mundos” nas finanças empresariais: o “mundo” do Caixa e o “mundo” do Resultado
Econômico. E lembre-se que a ligação entre estes dois mundos é a Política de Prazos da empresa.
Procure manter o controle do fluxo de caixa em dia e não deixe da analisar o resultado econômico
do seu negócio. Administrar o seu negócio olhando somente para o Fluxo de Caixa é administrar
olhando para as consequências financeiras. Isto seria equivalente a tentar descobrir a doença de
uma pessoa se baseando nas informações de um termômetro.

Prazos
Um dos grandes problemas do segmento das pequenas empresas é a necessidade de capital de
giro. Por isso, deve-se salientar a importância de se ter conhecimento das variáveis que afetam esta
necessidade.
Estas variáveis são fundamentalmente os prazos concedidos aos clientes, os prazos de permanência
das mercadorias nos estoques da empresa e os prazos obtidos com os fornecedores.
Uma maneira simples de dimensionarmos a Necessidade Líquida de Capital de Giro (NLCG) da
empresa é visualizarmos o ciclo financeiro da empresa. Para tanto, devemos primeiro calcular os
prazos médios:
- Prazo Médio Concedido aos Clientes;
- Prazo Médio de permanência das mercadorias no estoque (rotação estoque);
- Prazo Médio obtido com os fornecedores.

Prazo Médio Concedido aos Clientes


Este prazo será calculado com uma média ponderada onde os prazos considerados serão os
concedidos aos clientes e os pesos serão iguais à participação relativa de cada cliente na receita
total. Sendo assim, se um cliente é responsável por 80% do faturamento mensal da empresa os
prazos concedidos a ele criarão uma necessidade de recursos no caixa muito maior do que os prazos
concedidos a um cliente que se responsabiliza por 10% do faturamento mensal, por exemplo.

Dica: Vendas à vista aceleram a entrada de dinheiro no caixa da empresa. E isso é muito bom para
o equilíbrio do Fluxo de Caixa.

Prazo Médio obtido com Fornecedores de Mercadorias


Este prazo é estimado através de uma média ponderada. Este recurso matemático nos permite
calcular uma média dos prazos obtidos com cada fornecedor, porém atribuindo um peso a
cada produto. Este peso é diretamente proporcional à participação do produto no custo com
matéria-prima total. Sendo assim, variações no prazo de pagamento de um determinado
produto responsável por 80% do custo com matéria-prima, afetará a média dos prazos com
muito mais intensidade do que o mesmo ocorrendo com um produto responsável por 10 % do
custo total com matéria-prima.
Dica: Quanto mais prazo para pagar seus fornecedores, menor será a velocidade de saída de
dinheiro no caixa. O que é bom para o equilíbrio do Fluxo de Caixa, pois diminui a necessidade de
capital de giro para a sua empresa.

Prazo Médio obtido com Fornecedores de serviços


Em geral os serviços que uma empresa contrata estão relacionados na sua lista de custos fixos.
Portanto, são serviços mensais dos quais os valores a serem pagos uma vez por mês ficam em
média 15 dias no caixa da empresa. Esta permanência temporária compensa em alguma
proporção a ausência temporária de recursos geralmente provocada pelos prazos concedidos
aos clientes e/ou pelos prazos de permanência das mercadorias no estoque.
Por isso, é indispensável considerar o Prazo Médio obtido com Fornecedores de serviços igual
a 15 dias.

Prazo Médio de Permanência de Mercadorias nos Estoques


(Prazo de Rotação do Estoque)
Para calcular este e os demais prazos médios também usaremos o recurso da média ponderada
visto acima. Neste caso o peso a ser atribuído a cada produto também está relacionado à sua
participação relativa no custo total com matéria-prima. Porém os prazos considerados serão os de
permanência no estoque. Logo, uma mercadoria que permaneça muito tempo no estoque gera uma
necessidade de recursos no caixa da empresa, muito maior do que outra que permaneça pouco
tempo, sendo elas do mesmo valor.

Dica: Procure manter estoques pequenos, até o ponto em que isso não prejudique as suas vendas.
Estoque enxuto é bom para o equilíbrio do Fluxo de Caixa, pois o dinheiro que estaria parado no
estoque em forma de mercadorias ficará no caixa para fazer frente ao giro do seu negócio.

Ciclo Financeiro e a Necessidade de Capital de Giro


A necessidade de capital de giro de uma empresa é a necessidade de caixa para se fazer frente
às despesas indispensáveis ao funcionamento dela. O esquema abaixo ressalta que a política
de prazos da empresa é quem determina o ciclo financeiro e consequentemente a NLCG
(necessidade líquida de capital de giro).

O esquema a seguir tem o papel de contribuir com o entendimento sobre a permanente


necessidade de se administrar a política de prazos da empresa. Sempre procurando
aumentar a “velocidade” de entrada de dinheiro no seu caixa e diminuir a “velocidade” de
saída do dinheiro do seu caixa.
Política de Prazos e Ciclo Financeiro

O CICLO FINANCEIRO

PRAZO OBTIDO PARA PAGAR CICLO FINANCEIRO

PRAZO DE
PERMANENCIA NO PRAZO CONCEDIDO AOS CLIENTES
ESTOQUE

ENTRADA NO VENDA PAGAMENTO RECEBIMENTO


ESTOQUE

Em linhas gerais, para dimensionarmos a Necessidade de Capital de Giro precisamos saber


quanto deverá ser pago (todas as despesas) durante o ciclo financeiro.
Uma aproximação deste valor é o custo total diário médio da empresa. Este pode ser obtido
da seguinte forma:
CT Custo Total  30 = CT diário
Portanto a Necessidade Líquida de Capital de Giro para o exemplo será:
CT diário (R$) x ciclo financeiro (dias) = Necessidade Líquida de Capital de Giro.
O valor encontrado para a NLCG é o valor aproximado de dinheiro que deverá ser usado para
fazer frente aos pagamentos durante o ciclo financeiro.

Dica: A Necessidade Capital de Giro não é um defeito da sua empresa. A Necessidade Capital de
Giro é da natureza dos negócios. Com recursos próprios ou de terceiros (financiamentos) esta
necessidade tem que ser enfrentada para que o negócio funcione com o caixa equilibrado. Procure
sempre a maneira mais barata para enfrentá-la.
Dimensione a sua Necessidade de Capital de Giro. Se você não possui capital de giro próprio,
procure financiar a valor da sua necessidade com recursos próprios ou de terceiros com o
menor custo que conseguir. Verifique se a sua lucratividade suporta o custo do financiamento.

PRAZOS E NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO

Toda empresa tem, a todo momento, dinheiro seu no caixa dos outros e dinheiro dos outros
no seu caixa. Isso acontece porque os prazos concedidos aos clientes e as mercadorias
paradas no estoque mantêm fora do caixa os recursos financeiros que deveriam estar
disponíveis, gerando assim necessidades financeiras para fazer frente aos pagamentos dos
custos operacionais totais (Necessidades). Por outro lado, os prazos de pagamento obtidos
com os fornecedores de mercadorias e serviços, retêm recursos no caixa da empresa
(Coberturas) que podem ser utilizados para fazer frente aos custos operacionais totais.
Quando a diferença entre as Necessidades e as Coberturas Financeiras é positiva (maior que
zero), há uma Necessidade Líquida de Capital de Giro. O valor desta diferença é o dinheiro
que a empresa precisa providenciar, como investimento financeiro, para fazer frente aos
seus custos operacionais.

ESTIMATIVA DA NECESSIDADE LÍQUIDA DE CAPITAL DE GIRO - NLCG

Necessidade Financeiras – Coberturas Financeiras

Necessidades Financeiras
A ausência de recursos no caixa gerada pelos prazos concedidos aos clientes cria uma
necessidade financeira na proporção do valor dos custos totais. Ou seja, aqueles custos que
não seriam pagos por causa da falta de dinheiro no caixa gerada pelos prazos concedidos aos
clientes. Estima-se este valor com os seguintes dados:
• Quantidade de dias, em média, que o dinheiro proveniente das vendas já realizadas
demora para entrar no caixa (prazo médio concedido aos clientes).
• Valor médio diário do custo total.
O estoque é outro retentor de recurso financeiros que deveriam estar disponíveis no caixa
para fazer frente aos custos com aquisição de mercadorias. Estima-se este valor com os
seguintes dados:
• Quantidade de dias, em média, que as mercadorias ficam paradas no estoque. O
que depende do ritmo das compras.
• Valor médio diário das saídas do estoque. O que depende do ritmo das vendas.

Coberturas Financeiras
A ausência de recursos no caixa gerada pelos prazos concedidos aos clientes e pelas
mercadorias paradas no estoque pode ser compensada por coberturas financeiras
provenientes dos pagamentos aos fornecedores que ainda não foram realizados por causa
dos prazos obtidos com estes. Estima-se este valor com os seguintes dados:

Financiamento obtido com fornecedores de mercadorias:


• Quantidade de dias, em média, que o dinheiro destinado para pagamentos aos
fornecedores de mercadorias demora para sair do caixa (prazo médio obtido com
fornecedores de mercadorias).
• Valor médio diário das compras de mercadorias.
Financiamento obtido com fornecedores de serviços:
• Quantidade de dias, em média, que o dinheiro destinado para pagamentos aos
fornecedores de serviços (que em geral são as despesas fixas) demora para sair do
caixa (prazo médio obtido com fornecedores de serviços).
• Valor médio diário das despesas fixas mensais.

EXEMPLO:
Dados:
Receita total = R$ 120.000,00
Custo Fixo = R$ 40.000,00 (média diária R$ 1.333,33)
Custo Mensal Médio com Mercadorias = R$ 60.000,00 (média diária R$ 2.000,00)
Custo Total = R$ 100.000,00 (média diária R$ 3.333,33)
Lucro = R$ 20.000,00
Política de Prazos:
Prazo médio concedido aos clientes: 30 dias.
Prazo médio de permanência das mercadorias no estoque: 15 dias.
Prazo médio obtido com fornecedores de serviços: 15 dias.
Prazo médio obtido com fornecedores de mercadorias: 20 dias.
Necessidades:
(30 dias x R$ 3.333,33) + (15 dias x R$ 2.000,00) = R$ 130.000,00
Coberturas:
(20 dias x R$ 2.000,00) + (15 dias x R$ 1.333,33) = R$ 60.000,00
Necessidade Líquida de Capital de Giro:
R$ R$ 130.000,00 - R$ 60.000,00 = R$ 70.000,00
Campo: INVESTIMENTO FIXO

Valor dos móveis, equipamentos, máquinas, instalações etc.

Se você está planejando um novo negócio, lance o valor do investimento que será necessário para
a empresa entrar em funcionamento e conseguir atingir as metas estabelecidas para as vendas
mensais.

Campo: CAPITAL DE GIRO PRÓRPRIO

Valor da soma de todo dinheiro que a empresa tem guardado para fazer frente aos pagamentos dos
seus custos quando falta dinheiro no caixa. É o investimento financeiro da empresa.

Saiba mais:
Aqui você encontrará informações relevantes sobre conceitos que vão te ajudar a aprimorar
seus conhecimentos em gestão financeira e tomar as decisões mais assertivas sobre
investimento e rentabilidade da sua empresa.

Levantamento do Investimento
Devemos considerar que existem dois tipos diferentes de investimento, os investimentos fixos e os
investimentos financeiros.
Investimentos fixos são aqueles destinados à compra de máquinas e equipamentos, instalações e
veículos, móveis e utensílios, equipamentos de informática e obras civis – ou seja, aquisição de
ativos para o negócio. Os investimentos fixos não são consumidos no processo operacional normal
da empresa, ao contrário dos estoques de matéria-prima, por exemplo. Constituem o patrimônio
do negócio (seu “ativo imobilizado”, para utilizar terminologia contábil).
Exemplos:
Máquinas e Equipamentos
Móveis e utensílios
Veículos
Investimentos financeiros são aqueles destinados à formação de capital de giro para o negócio. O
capital de giro é o montante de recursos em dinheiro necessários ao funcionamento normal da
empresa: compra de matéria-prima, financiamento de vendas, operações a descoberto, etc.

Proteção do Investimento
Os custos de manutenção, depreciação e seguro são os chamados CUSTOS DE PROTEÇÃO DO
INVESTIMENTO. São indiretos e têm outra particularidade que os diferencia dos demais: são
chamados de “custo não monetário”, pois não implicam o pagamento de obrigações mensais,
mas apenas o provisionamento desses recursos. Esta provisão pode ser feita em uma conta
bancária, remunerada pelo menos com os mesmos índices da caderneta de poupança. Nessa
conta, o dinheiro poderá render juros até o momento da troca dos bens da empresa,
pagamento das manutenções ou renovação dos seguros.

Análise da Rentabilidade e do Prazo de Retorno do Investimento


Agora que você apurou o investimento total e o resultado econômico da sua empresa, você
poderá compará-los e saber quantos meses serão necessários para que, com o lucro de sua
empresa você recupere o investimento realizado e assim obter a rentabilidade do seu negócio.
Isto não significa que necessariamente, o lucro da empresa será guardado (aplicado, poupado)
integralmente, até que se junte um montante igual ao que foi investido inicialmente. Tanto o
prazo de retorno quanto a rentabilidade, são índices utilizados comparativamente nas análises
de alternativas de investimentos. São úteis para comparar o desempenho econômico de um
negócio com o investimento realizado para sua implantação.

Prazo de Retorno do Investimento


O prazo de retorno do investimento (PRI) é também um indicador de atratividade do negócio,
pois mostra o tempo necessário para que o empreendedor recupere tudo o que investiu no seu
negócio. É obtido sob a forma de unidade de tempo e consiste basicamente numa modalidade
de cálculo inversa à da rentabilidade. Por exemplo, se uma empresa tem um PRI de 2,5 anos,
isso significa que, dois anos e seis meses após o início das atividades, o empresário terá
recuperado, sob a forma de lucro, tudo o que investiu no empreendimento.

Rentabilidade
Rentabilidade é um indicador de atratividade do negócio, pois mostra ao empreendedor a
velocidade de retorno do capital investido. É obtido sob a forma de valor percentual por
unidade de tempo e mostra a taxa de retorno do capital investido em um determinado período
(por exemplo, mês ou ano).

Análise do Investimento Total

INVESTIMENTO TOTAL

INVESTIMENTO TOTAL = INVESTIMENTO FIXO + INVESTIMENTO FINANCEIRO

I = I FIX + I FIN

INVESTIMENTO FIXO INVESTIMENTO


FINANCEIRO
OBRAS E REFORMAS
INSTALAÇÕES
CAPITAL DE GIRO
VEÍCULOS
EQUIPAMENTOS
MÓVEIS
Dica: O Capital de Giro é investimento. Portanto, ele tem as mesmas características dos
investimentos fixos. São indicadores atemporais, ou seja, não são medidos por mês ou por ano.
Os equipamentos de uma empresa estão disponíveis para uso, o tempo todo. Assim como o
capital de giro deve estar também.

A RENTABILIDADE

LUCRO
RENTABILIDADE =
INVESTIMENTO TOTAL

INVESTIMENTO TOTAL
PRAZO DE RETORNO DO INVESTIMENTO =
LUCRO
Dica: Sempre que for investir no seu negócio verifique a sua rentabilidade. Calcule a
rentabilidade atual e compare coma a rentabilidade que será alcançada após o investimento.
Procure fazer investimentos que não prejudiquem a rentabilidade.
Antes de se comprometer com financiamentos verifique a sua capacidade de pagamento. Ou
seja, verifique se o lucro mensal que a sua empresa gera suporta o valor da soma das parcelas
mensais dos financiamentos, parcelamentos e outros compromissos não operacionais.

Passo 2 – Aba ‘FLUXO DE CAIXA PROJETADO’

Agora que você já preencheu as informações na aba ‘DADOS’ vamos partir para o lançamento das
dívidas e compromissos do seu negócio no fluxo projetado.

Vamos lá?

Campo: SALDO DO CAIXA

Lance o saldo atual do caixa da empresa.

Lance somente o valor em dinheiro que está disponível na conta(s) corrente(s) utilizada no dia a dia.

Caso você tenha uma reserva para capital de giro (Capital de Giro Próprio) NÃO lance aqui.

Lembre-se, a reserva para capital de giro deve ficar em uma conta separa da conta corrente do dia
a dia. Mantenha seus recursos para capital de giro em uma conta poupança ou em uma conta de
investimento com rendimentos mensais e de fácil movimentação (alta liquidez). Pois, caso você
precise de capital giro com urgência, você poderá resgatar dinheiro com rapidez.
Campos: SAÍDAS

Nos campos abaixo lance as dívidas que já existem e que já estão parceladas, como financiamentos
bancários ou empréstimos com parentes.

Lance também os parcelamentos de investimentos como reformas, aquisição de equipamentos,


veículos etc.

Utilize uma linha para cada dívida e lance os valores das parcelas no campo correspondente ao mês
de vencimento de cada uma delas.

IMPORTANTE:

Em uma das linhas, lance as parcelas do crédito (empréstimo/financiamento) que você pretende
contratar.

Em seguida faça uma análise nos valores da sua Capacidade de Pagamento mensal.

Verifique se o lucro do seu negócio, atual ou projetado, será capaz de suportar o parcelamento do
seu endividamento total.

ATENÇÃO!

É indispensável que, a cada mês, você atualize os lançamentos desta tabela para verificar se as datas
de vencimento das parcelas das dívidas estão de acordo com as datas da tabela.

As datas da tabela são atualizadas automaticamente, por isso é necessário que você atualize os
lançamentos, para que a última parcela de cada dívida esteja lançada no mês/ano corretos.

Saiba mais:
Aqui você encontrará informações sobre conceitos das finanças empresariais relevantes que
vão ajudar você a aprimorar seus conhecimentos em gestão financeira e tomar as decisões
mais seguras a capacidade de pagamento da sua empresa.

A capacidade de pagamentos da empresa está diretamente ligada ao lucro médio que a


empresa consegue gerar mensalmente.

É muito importante saber que as dívidas são pagas com o lucro da empresa.
Por isso, você precisa primeiro calcular o lucro médio mensal que a empresa consegue gerar,
para posteriormente verificar se a soma das parcelas mensais de todas as dívidas da empresa
é menor ou igual do que o valor do seu lucro.
Passo 3 – Aba ‘RESULTADO’

Pronto! É hora de analisar a situação em que a sua empresa ou futuro negócio se encontra. Esse é
um primeiro retrato diante das informações que você lançou. Ele permitirá visualizar os principais
indicadores financeiros e indicará se o contexto em que você vive no momento aponta para a
necessidade de obtenção de crédito. Ou ainda, se há alguma estratégia que possa ser adotada,
como aumento das vendas, reajustes dos preços, dentre outras.

Campo: AUMENTO MÉDIO DAS QUANTIDADES VENDIDAS

Neste campo você poderá aumentar ou diminuir as quantidades dos produtos e/ou serviços
comercializados pela empresa.

Ao lançar um valor percentual você simulará uma variação geral nas quantidades vendidas e
consequentemente irá alterar os indicadores de resultado apresentados neste painel.

Use este campo para variar percentualmente as vendas da empresa e simular cenários diferentes
para os seus resultados financeiros.

Observe a mudança nos valores de todos os indicadores apresentados.

Faça exercícios de planejamento e utilize-os para orientar suas ações empreendedoras,


estabelecendo metas que podem ser atingidas por meio do aumento das vendas (RECEITA TOTAL).

Por exemplo, você pode estimar o aumento necessário nas vendas que o ajudará a atingir uma
determinada meta de Lucro.

Campo: AUMENTO MÉDIO DE PREÇOS DE VENDA

Neste campo você poderá aumentar ou diminuir, de forma geral (todos), os preços de venda dos
produtos e/ou serviços comercializados pela empresa.

Ao lançar um valor percentual você simulará uma variação geral nos preços de venda e
consequentemente irá alterar os indicadores de resultado apresentados neste painel.

Use este campo para variar percentualmente os preços de venda e simular cenários diferentes para
os seus resultados financeiros.

Observe a mudança nos valores de todos os indicadores apresentados.


Dica!

Faça exercícios de planejamento e utilize-os para orientar suas ações empreendedoras,


estabelecendo metas que podem ser atingidas por meio do aumento dos preços de venda. Por
exemplo, você pode estimar o aumento médio necessário nos preços de venda que o ajudará a
atingir uma determinada meta de Lucro. Contudo, saiba que os preços de venda praticados são
fortemente influenciados por fatores de mercado. Por isso, procure fundamentar suas análises e o
seu planejamento financeiro com observações sobre os preços de produtos e/ou serviços similares
ou substitutos aos seus que são praticados no mercado. Observe a concorrência.

Saiba mais:
Aqui você encontrará informações relevantes sobre conceitos que vão te ajudar a aprimorar
seus conhecimentos em gestão financeira e tomar as decisões mais assertivas diante de um
bom planejamento financeiro da sua empresa.

O planejamento financeiro pode ser considerado como a base de verificação do sucesso do


seu Plano de negócio.
Faz parte da gestão das empresas competitivas o planejamento e o monitoramento dos
resultados empresariais. O Plano de Negócio é uma forma de pensar no futuro da empresa e
deve ser elaborado em detalhes e de maneira organizada.
Um Plano de Negócio deve levar em conta diversos temas como por exemplo, clientes,
fornecedores, concorrentes, finanças e layout, aspectos legais, gestão de pessoas, inovação
etc. Porém, os gestores e empresários sabem que estes temas se afetam mutuamente, o que
exige uma visão sistêmica sobre os seus negócios.
O Planejamento financeiro facilita esta visão do todo e ainda dá medida aos indicadores de
desempenho empresarial, que são as consequências numéricas do plano quando colocado
em prática. Por isso, é indispensável fundamentar o planejamento empresarial com um
planejamento financeiro confiável.
Em um Plano de Negócio os empreendedores determinam os principais objetivos
empresariais a serem alcançados. Desde os de longo prazo até os mais próximos em termos
de data. Além dos resultados almejados, o Plano de Negócio deve conter algumas análises
estratégicas que considerem os pontos fortes e os pontos fracos da empresa para o
aproveitamento de oportunidades e para o enfrentamento de ameaças. Lembre-se que o seu
planejamento pode e deve ser elaborado a qualquer momento da vida de um
empreendimento.
Depois de elaborado pela primeira vez ele deve ser atualizado frequentemente e utilizado
para comparar os resultados nele planejados com os resultados que vem sendo obtidos pela
empresa. Esta prática permite que os gestores das empresas tomem decisões mais acertadas
e aumenta consideravelmente as chances de sucesso dos seus negócios.
Os empreendedores de sucesso não ficam tentando adivinhar como será o futuro dos seus
empreendimentos. Eles utilizam seus planos de negócio para expressar (representar, projetar)
a empresa que eles desejam ter no futuro.
PLANEJAMENTO, ATITUDE E CRIATIVIDADE

Planejar é desenhar. Portanto exige dedicação e criatividade!


Planejar não é um exercício de adivinhação.
Planejar é desenhar, determinar, definir e expressar o que você quer realizar.
Encarar o planejamento como um exercício de adivinhação é um dos fatores responsáveis pelo
desestímulo a planejar. Porque é muito frustrante para alguém que pretende modelar um
negócio ou fazer qualquer tipo de planejamento não conseguir prever algumas informações
indispensáveis para os cálculos ou inferências que apoiam as conclusões do planejador.
Contudo, é justamente por causa desta imprevisibilidade que o planejamento deve ser
encarado como uma atividade de desenho. Ou seja, as variáveis e parâmetros devem ser
colocados no planejamento como elementos que compõem o desenho do negócio que você
pretende ter no futuro, próximo ou distante. Fazendo isso, em algum momento você terá uma
“gravura” desenhada por você. O seu modelo ideal de negócio. O negócio que você quer ter.
O que é diferente de “o negócio que vai dar para ter”. Mesmo porque, “o negócio que vai dar
para ter” nem exige planejamento algum. Pois, qualquer coisa que vier a acontecer foi negócio
que deu para ter.

Nada te impede de determinar quanto de lucro você quer que sua empresa esteja gerando
daqui a cinco ou dez anos e nem de desenhar - projetar - como isso irá acontecer. Se você como
planejador não consegue saber quanto deverá vender no futuro para obter o lucro projetado,
você pode, em vez de tentar adivinhar, determinar esta quantidade como uma meta a ser
atingida. Isso deverá te estimular a buscar justificativas mercadológicas que fortaleçam sua
meta. O que pode ser feito por meio de prototipagens do modelo de negócio idealizado.

Metodologias, planilhas e sistemas ajudam os planejadores a obterem mais qualidade,


eficiência e organização nos seus planejamentos. Mas, métodos e ferramentas não planejam
sozinhos. São meios pelos quais os planejadores se expressam desenhando e modelando suas
ideias de negócios. Planejar exige atitude e criatividade.

Outra questão importante: planejar não é providenciar um atestado de viabilidade. Isso deve
ser feito em um segundo momento.

Primeiro desenhamos o modelo nas condições e circunstâncias ideais. Depois vamos às


análises e aos testes de viabilidade, que poderão avaliar se as condições e circunstâncias são
realistas ou não. Estes testes e análises poderão indicar a necessidade de remodelação do
desenho inicial ou até mesmo a inviabilidade da ideia de negócio.

É um equívoco tentar fazer as duas coisas ao mesmo tempo: modelar o negócio e atestar sua
viabilidade econômica. A segunda atividade pode bloquear a criatividade tão preciosa para a
primeira.
Passo 4 – Aba ‘GARANTIAS’

Nesta aba você poderá identificar a real necessidade de garantia e conhecer as condições
oportunizadas pelo Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas – FAMPE.

Campo: FINANCIAMENTO

Lance o valor do financiamento pretendido.

Campo: GARANTIAS EXIGIDAS PELO BANCO

Lance o valor total das garantias exigidas pelo banco.

Campo: FAMPE

Lance aqui o valor de aval do FAMPE.

Saiba mais:
Aqui você encontrará informações relevantes sobre conceitos que vão te ajudar a aprimorar
seus conhecimentos sobre crédito e garantias para a sua empresa.

O FAMPE é o fundo de aval do Sebrae que existe para te ajudar a completar o valor exigido
pelo banco como garantia para o financiamento pretendido.
O valor do aval do FAMPE é equivalente a 80% do valor do financiamento. Contudo, existem
limites para o valor que pode ser utilizado por uma empresa para substituir as garantias
exigidas pelo banco com o uso do FAMPE.
Verifique os Limites de Garantia do FAMPE por Porte e Modalidade e conheça mais sobre o
FAMPE no Portal Sebrae.
O custo para a empresa que utilizar o aval do FAMPE será informado pelo banco e incluído nas
prestações do financiamento e é calculado segundo a fórmula: 0,1% x prazo da operação x
valor da garantia solicitada.

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