Orfeu Rebelde Word - Cópia

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1º slide: Olá hoje venho vos apresentar um poema que se intitula de “Orfeu Rebelde” da

autoria de Miguel Torga

2º slide: Miguel Torga foi um escritor português, um dos mais importantes poetas do
século XX. Destacou-se também como contista, ensaísta, romancista e dramaturgo,
deixando mais de 50 obras publicadas.
Miguel Torga não era o seu nome, mas sim o seu pseudónimo o seu verdadeiro nome é
Adolfo Correia da Rocha, nasceu em São Martinho de Anta no dia 12 de agosto de 1907
e faleceu em 1995.
Ainda estudante de medicina, Miguel Torga Iniciou sua vida literária e publicou seus
primeiros livros de poemas:
3º slide: temos aqui alguns exemplos
4º slide: e temos aqui também o exemplo de alguns prémios que o autor recebeu

5º slide: bem vou agora passar á leitura do poema antes de começarmos com a sua
interpretação. (leio o poema)
Confesso que não é um poema muito fácil de interpretar e que numa primeira leitura
entendemos a mensagem que o autor nos pretende transmitir, e por isso para ser mais
fácil vou interpretar cada estrofe.

6º slide: antes de ir interpretar cada estrofe, queria desmitificar um pouco o significado


do titulo. No título há uma alusão a Orfeu que foi um poeta da mitologia grega,
conhecido pelo seu canto melodioso, que encantava a natureza e que causava um
enorme impacto naqueles que o rodeavam. Foi, também, um poeta que utilizou o seu
canto como forma de lutar contra a morte.
Já a parte do “rebelde”, relaciona-se com o facto de, ao longo do poema, ser percetível
que este não é um canto harmonioso e sim um grito de revolta

7º slide: Nesta primeira estrofe existe uma espécie de autocaracterizarão do poeta, pelo
que no primeiro verso este assume-se como sendo um poeta revoltado, sendo a poesia a
expressão de si mesmo.
Já no verso seguinte, encontramos uma comparação, através da qual o sujeito poético
compara o seu estado de fúria ao estado de um indivíduo possuído.
Nos versos seguintes, o sujeito poético faz menção a uma arma (“canivete”) e este dá-
nos a perceber que pretende que o seu grito contra a morte e a passagem do tempo, se
prolongue na eternidade, na medida em que a eternização dos momentos é lhe
permitida pela escrita.
Nos últimos versos desta estrofe, o sujeito poético utiliza o canto como uma forma de
combater os aspetos que eu já falei (nomeadamente, a morte) e por isso, este pensa
também neste como sendo uma força libertadora do sofrimento eterno.

8º Nesta segunda estrofe, encontramos presente o contraste entre o sujeito poético (o


“eu” )e os “outros”, que são descritos como sendo “felizes” e “rouxinóis”. Com esta
alusão aos rouxinóis, o sujeito poético pretendia associar os outros a um canto mais
feliz, a uma poesia mais romântica e sentimentalista, representando, assim, a harmonia.
O uso das ("...") reticencias mostra que o sujeito poético podia continuar a utilizar
vocábulos positivos de forma a descrever os outros que são o oposto de si mesmo, mas
decidiu não o fazer de forma a continuar a mostrar a sua revolta.
Nos dois versos seguintes (“Que o céu e a terra, pedras conjugadas/Do moinho cruel
que me tritura”) encontramos presente uma espécie de metáfora da vida, na qual a
força, com a qual estes elementos atormentam o sujeito, simboliza a pressão exercida
sob este.
No penúltimo verso desta estrofe, existe uma comparação entre a força das nortadas e
dos gritos, ou seja, o sujeito poético pretende demonstrar que a força incutida na sua
revolta se assemelha à força característica dos elementos da.
Já no último verso, é possível perceber que a agressividade do sujeito poético pode-se
traduzir, também, na aspiração por afeto (algo que lhe falta).

9º slide: Aqui encontramos a presença da função interventiva da poesia, pelo que, nos
primeiros versos desta estrofe, o sujeito poético afirma possuir, tanto o instinto dos
animais, como o corpo de um poeta, que recusa a morte mesmo sabendo que a vida é
efémera, pois, para ele, ser poeta é uma forma de enfrentar a morte.
Nos seguintes versos, a comparação e a metáfora existentes reforçam, uma vez mais, a
postura de rebeldia assumida pelo sujeito poético e retomam, também, a ideia de a
poesia ser vista como uma arma.
Por fim, nos últimos versos, existe aqui uma espécie de contraste/oscilação entre o
horror e a exaltação, pois o sujeito poético afirma que vai cantar a realidade tal como
ela é.

10º slide: Agora a nível de estrutura formal podemos observar que o poema é composto
por 3 sextilhas. Apresenta rima cruzada e emparelhada, o esquema rimático é (ler
slide)

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