Demonstrações Contábeis
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Elaboração e Análise
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 03
3 – ANÁLISE VERTICAL................................................................................................................ 23
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 30
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INTRODUÇÃO
Usuários Internos
*
Aumentar ou reduzir investimentos
Sócios e *
Aumentar o capital ou emprestar recursos
gestores *
Expandir ou reduzir as operações
*
Comprar/vender a vista ou a prazo
Usuários Externos
Instituições * Conceder ou não empréstimos
financeiras * Estabelecer termos do empréstimo (volume, taxa, prazo e garantias)
Avaliação com vistas à concessão ou não de crédito, em que valor e
Clientes e a que prazo
fornecedores em * Informações sobre a continuidade operacional da entidade,
geral especialmente quando têm um relacionamento a longo prazo com ela
ou dela dependem como fornecedor importante
* Adquirir ou não o controle acionário
* Investir ou não em ações na bolsa de valores
Investidores
* Avaliação do risco inerente ao investimento e potencial de retorno
proporcionado (dividendos)
Observar se as demonstrações contábeis de uma empresa de capital
Comissão de
berta respondem aos requisitos legais do mercado de valores
Valores
mobiliários como periodicidade de apresentação padronização e
Mobiliários
transparência
Poder Judiciário * Solicitação e apreciação objetiva de perícia
Fiscalização
* Buscar indícios de sonegação de tributos
tributária
* Avaliar o vulto dos equipamentos e instalações, do capital de giro
Comissões de próprio, da solidez econômico-financeira, buscando identificar se há
licitação garantia acessória para o início ou continuidade no fornecimento dos
bens e serviços
* Informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus
empregadores (solvência, distribuição de lucros, etc.)
Empregados e
Avaliação da capacidade que tem a entidade de prover sua
sindicatos
remuneração, seus benefícios de aposentadoria e oferta de
oportunidades de emprego.
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A Ciência Contábil faz uso de várias técnicas para conseguir o seu objetivo maior
(informação). Dentre elas podemos destacar o fluxo:
Auditoria
Antes de dar início a qualquer análise contábil, o analista deve atentar para alguns
aspectos fundamentais, tais como:
(c) Se as notas explicativas relatam os fatos que não são esclarecidos pelas demais
demonstrações;
(h) Comparar os índices encontrados com índices-padrão, ou seja, índices das empresas
concorrentes.
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(a) ativos;
(b) passivos;
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O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos de várias
entidades, tais como CFC, Bovespa, Ibracon, etc., em função das necessidades de convergência internacional das normas
contábeis (redução de custo de elaboração de relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de
custo de capital); centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o fazem); representação e
processos democráticos na produção dessas informações (produtores da informação contábil, auditor, usuário, intermediário,
academia, governo). O comitê tem como objetivo o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre
procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade
reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a
convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.
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Conforme determina o artigo 176 da Lei das Sociedades por Ações, ao fim de cada
exercício social a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia,as
seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do
patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I - Balanço Patrimonial;
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(b) ativo não-circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos,
imobilizado e intangível.
(c) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
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IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e
controle desses bens;
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ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência
conferida pelo § 3o do art. 177 da Lei 6.404/76.
(c) estoques;
(d) ativos financeiros (exceto os mencionados nas alíneas “a”, “b” e “g”);
(e) total de ativos classificados como disponíveis para venda (Pronunciamento Técnico CPC
38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração) e ativos à disposição para
venda de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido
para Venda e Operação Descontinuada;
(i) imobilizado;
(j) intangível;
(l) provisões;
(o) impostos diferidos ativos e passivos, como definido no Pronunciamento Técnico CPC
32;
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O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos
seguintes critérios:
(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no
decurso normal do ciclo operacional da entidade;
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou
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normal mesmo quando não se espera que sejam realizados no período de até doze meses
após a data do balanço. Os ativos circulantes também incluem ativos essencialmente
mantidos com a finalidade de serem negociados (por exemplo, ativos financeiros dentro
dessa categoria classificados como disponíveis para venda de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e
Mensuração) e a parcela circulante de ativos financeiros não circulantes.
O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos
seguintes critérios:
(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
(c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; ou
(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo
menos doze meses após a data do balanço.
Outros passivos circulantes não são liquidados como parte do ciclo operacional
normal, mas está prevista a sua liquidação para o período de até doze meses após a data
do balanço ou estão essencialmente mantidos com a finalidade de serem negociados.
Exemplos disso são os passivos financeiros classificados como disponíveis para venda de
acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38, saldos bancários a descoberto e a parte
circulante de passivos financeiros não circulantes, dividendos a pagar, imposto de renda e
outras dívidas a pagar não comerciais. Os passivos financeiros que proporcionem
financiamento a longo prazo (ou seja, não façam parte do capital circulante usado no ciclo
operacional normal da entidade) e cuja liquidação não esteja prevista para o período de
até doze meses após a data do balanço são passivos não circulantes.
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meses após a data do balanço, dentro do qual a entidade pode retificar o descumprimento
e durante o qual o credor não pode exigir a liquidação imediata do passivo em questão.
A entidade deve divulgar, seja no balanço patrimonial seja nas notas explicativas,
rubricas adicionais às contas apresentadas, classificadas de forma adequada às operações
da entidade.
(d) as provisões são segregadas em provisões para benefícios dos empregados e outros
itens; e
(e) o capital e as reservas são segregados em várias classes, tais como capital subscrito e
integralizado, prêmios na emissão de ações e reservas.
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II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e
o lucro bruto;
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
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RECEITA BRUTA
Venda de Mercadorias
Venda de Serviços
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA
Tributos sobre vendas
Devoluções de vendas
Descontos Incondicionais
(=) RECEITA LÍQUIDA DAS VENDAS
(-) CUSTOS DAS VENDAS
CMV / CPV / CSP
(=) RESULTADO BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas com Vendas
Despesas Administrativas
Resultado Financeiro
Outras Despesas Operacionais
(=) RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO
(+) OUTRAS RECEITAS
(-) OUTRAS DESPESAS
(=) RESULTADO ANTES DO IRPJ e CSLL
(-) PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA
(-) PROVISÃO PARA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
(=) RESULTADO DEPOIS DO IRPJ e CSLL
(-) PARTICIPAÇÕES
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Conforme dispõe o CPC 26, as entidades devem apresentar todos os itens de receita
e despesa reconhecidos no período em duas demonstrações: demonstração do resultado
do período e demonstração do resultado abrangente do período; esta última começa com
o resultado líquido e inclui os outros resultados abrangentes.
(a) receitas;
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(b) ganhos e perdas decorrentes de baixa de ativos financeiros mensurados pelo custo
amortizado;
(d) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método da
equivalência patrimonial;
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Receitas X
Outras Receitas X
Variação do estoque de produtos acabados e em elaboração X
Consumo de matérias-primas e materiais X
Despesa com benefícios a empregados X
Depreciações e amortizações X
Outras despesas X
Total da despesa (X)
Resultado antes dos tributos X
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é exigida divulgação adicional quando for usada a classificação com base no método da
função das despesas.
De Contingências
De Incentivos Fiscais
De Lucros a Realizar
Dividendos a Distribuir
Dividendos Distribuídos
Parcela de Lucros Incorporada ao Capital
Saldo no Final do Período
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VARIAÇÃO DO DISPONÍVEL
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O método direto consiste em realizar uma narrativa das entradas e saídas de caixa
e equivalentes de caixa. Já o método indireto visa mostrar a variação do caixa e dos
equivalentes de caixa através das variações ocorridas nas outras contas patrimoniais, com
seus respectivos ajustes.
Método Direto
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos a empregados
Pagamentos de impostos e contribuições
Juros pagos
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Compra de imobilizado
Recebimento pela venda de equipamentos
Caixa líquido usado nas atividades de investimento
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimento por empréstimos a longo prazo
Pagamento de passivo por arrendamento
Caixa líquido usado nas atividades de financiamento
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Método Indireto
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro Líquido do Exercício
(+) Depreciação
Aumento/Diminuição em valores a receber de clientes
Aumento/Diminuição em estoques
Aumento/Diminuição em fornecedores
Aumento/Diminuição em tributos a pagar
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Aquisição de imobilizado
Recebimento pela venda de equipamentos
Caixa líquido usado nas atividades de investimento
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimento por empréstimos a longo prazo
Pagamento de obrigações por arrendamento
Caixa líquido usado nas atividades de financiamento
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II - divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não
estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras;
III - fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras
e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e
IV - indicar:
(d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros
e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;
(e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;
(a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis
e das políticas contábeis específicas utilizadas;
(c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações
contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão.
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(a) dar destaque para as áreas de atividades que a entidade considera mais
relevantes para a compreensão do seu desempenho financeiro e da posição financeira,
como agrupar informações sobre determinadas atividades operacionais;
(c) seguir a ordem das contas das demonstrações do resultado e de outros resultados
abrangentes e do balanço patrimonial, tais como:
Com respeito a esses ativos e passivos, as notas explicativas devem incluir detalhes
elucidativos acerca:
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3. ANÁLISE VERTICAL
3.1. Definição
Balanço Patrimonial
Valores em milhões de reais (R$) 20X2 20X1
R$ Vertical R$ Vertical
ATIVO 1.615,00 100% 1.620,00 100%
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4. ANÁLISE HORIZONTAL
4.1. Definição
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Exemplo:
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O endividamento indica o montante dos recursos de terceiros que está sendo usado,
na tentativa de gerar lucros. Por isso existe grande preocupação com o grau de
endividamento e com a capacidade de pagamento da empresa, pois, quanto mais
endividada ela estiver maior será a possibilidade de que não consiga satisfazer as
obrigações com terceiros.
ET = Passivo Exigível
Ativo total
Indica que, para cada real (R$) de dívidas com terceiros (PE), existem x reais de
capital próprio (PL); quanto maior for o capital próprio, maior segurança haverá para os
credores que emprestam capital para a empresa. A fórmula para esse cálculo é:
GT = Patrimônio Líquido
Passivo Exigível
Indica o quanto se obtém de Lucro Líquido por cada unidade vendida. O cálculo é
realizado da seguinte forma:
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Para cálculo deste indicador, pode-se usar o valor do ativo médio ou total.
Pay-back = 100
RAT
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REFERÊNCIAS
MARION, José Carlos.Análise das Demonstrações Contábeis.7. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
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Apêndice – Exercícios
Balanço Patrimonial
Valores em reais (R$)
20X3 20X2 20X1
ATIVO 1.180.242,00 727.500,00 490.000,00
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