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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PSICOLOGIA

Amanda de Carvalho Fontes

Técnicas Projetivas e Expressivas


Avaliação Psicológica

Rio de Janeiro
2023
“O supersticioso, por ignorar a motivação dos
próprios atos casuais e porque o fato desta
motivação luta por ocupar um lugar no campo de
seu reconhecimento, se vê forçado a transportá-la
ao mundo exterior por meio de um deslocamento.
(...) Creio, com efeito, que grande parte daquela
concepção mitológica do mundo que ainda
perdura no fundo das religiões mais modernas
não é outra coisa que psicologia projetada no
mundo exterior”
(FREUD, 1901/1948, p.756)
RESUMO

O relatório a seguir tem como objetivo principal caracterizar, de forma geral, os métodos de
avaliações psicológicas, além de abordar alguns dos muitos testes expressivos e projetivos que
estudamos na graduação no curso de Psicologia. Resumidamente, é esperado que o leitor
compreenda acerca do que vem a ser a Avaliação Psicológica como um todo, e
consequentemente, integre-se em relação aos instrumentos utilizados para realização de tal
avaliação. Com destaque nos Testes Projetivos e Expressivos de Avaliação Psicológica, pode-
se acompanhar seus conceitos e definições, assim como detalhes e especificações de alguns
deles. Serão também apresentadas interpretações feitas em sala de aula sobre os testes
Palográfico e HTP, sintetizados pelos estudantes e supervisionado pela docente Fabiola Soares
Araujo.

Palavras-chave: Psicologia. Avaliação Psicológica. Testes Projetivos e Expressivos.


Palográfico. HTP. CAT-A. TAT. Rorschach. Zulliger.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................5
1.1 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA.............................................................................................5
1.2 TESTES PSICOLÓGICOS...................................................................................................5
1.3 TESTES OBJETIVOS..........................................................................................................6
2 METODOLOGIA.................................................................................................................7
2.1 TESTES PROJETIVOS........................................................................................................7
2.2 TESTES EXPRESSIVOS.....................................................................................................8
3 MÉTODO...............................................................................................................................9
3.1 PALOGRÁFICO...................................................................................................................9
3.2 HTP.......................................................................................................................................9
3.3 CAT-A.................................................................................................................................10
3.4 TAT......................................................................................................................................10
3.5 RORSCHACH....................................................................................................................11
3.6 ZULLIGER.........................................................................................................................11
4 RESULTADOS....................................................................................................................12
4.1 PALOGRÁFICO.................................................................................................................12
4.2 HTP.....................................................................................................................................13
5 CONCLUSÃO....................................................................................................................14
6 REFERÊNCIAS.................................................................................................................15
1 INTRODUÇÃO

No presente relatório, serão abordados conceitos referentes à Avaliação Psicológica


com ênfase em Testes Projetivos e Expressivos. Consequentemente, trataremos acerca de
alguns testes estudados em sala sob orientação da docente Fabiola Soares Araújo, juntamente
com seus resultados e sínteses.
Apesar de ser empregada como ponto de partida, também serão citadas outras
metodologias além da Psicanálise para melhor compreensão do texto como um todo, pois elas
também foram altamente colaborativas para a compreensão dos testes estudados.

1.1 Avaliação Psicológica

Hutz, psicólogo requisitado na área de avaliação psicológica, a define como um


conjunto de procedimentos que visão a coleta de dados para estabelecer hipóteses clínicas,
produzir diagnósticos, mapear o funcionamento do ser, dentro ou fora de um grupo, traçando
assim, características dos comportamentos do mesmo em contextos peculiares. (Hutz, 2009)
Por ser um processo sistemático e científico, envolve diversas técnicas, sendo elas entrevistas
e anamneses, protocolos ou registros de observações, questionários, e testes psicológicos.
Certamente, as informações coletadas a partir do levamento dessa avalição possui múltiplos
propósitos, visto que esse levantamento pode fornecer contribuições para diversas áreas como
educação, saúde, trabalho e outros setores em que seja requerida (CFP N°013/2003)

1.2 Testes Psicológicos

Segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP), os testes psicológicos têm como


objetivo principal identificar, descrever, qualificar e mensurar características psicológicas,
utilizando procedimentos estruturados ou não para a avaliação, sempre em consonância com a
comunidade científica. Como princípio básico para uso profissional da psicologia e do
psicólogo, todo teste psicológico precisa ser validado e testado seguindo as regras
estabelecidas pelo CFP. Lembrando que o uso de testes com parecer desfavorável, ou ainda

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não avaliados pelo SATEPSI, será considerado um comportamento inaceitável em termos
éticos, conforme disposto no art. 1° e 2° do Código de Ética e Profissional do Psicólogo (CFP
N°31/2022).
De forma geral, os testes psicológicos são distribuídos a partir da utilização de seus
instrumentos, sendo esses testes, escalas, inventários, questionários, métodos projetivos e
expressivos (CFP N°31/2022). Apesar dos testes objetivos serem de extrema importante para
a avaliação psicológica, nesse relatório daremos ênfase aos testes projetivos e expressivos de
avaliação. Mesmo assim, veremos no tópico a seguir uma breve explicação sobre o que vem a
ser as técnicas objetivas de avaliação para melhor compreensão do relatório.

1.3 Testes Objetivos

Os testes objetivos foram desenvolvidos no início do século XIX, tendo como seus
principais fundadores Francis Galton, James Cattel e Alfred Binet. Apesar de terem raízes
europeias, as técnicas objetivas tiveram um enfoque maior nos Estados Unidos, avançando
assim mundo a fora (Boring, 1950).
Por serem testes que visam obter respostas diretas e estruturadas, os testes objetivos
são conhecidos por permitirem uma mensuração mais precisa e quantificativa das
características avaliadas, que podem incluir inteligência, depressão, ansiedade, aptidões,
personalidade e muitos outros. Uma das vantagens do mesmo é sua padronização, o que
permite uma avaliação mais imparcial da parte do psicólogo e um resultado comparável com
qualquer outro individuo, sendo mais rápido e objetivo de fato, já que as respostas são pré-
determinadas (Croanbach, 1996). Apesar da padronização ser considerada um ponto positivo,
muitos são aqueles que criticam as técnicas objetivas, pois, por serem padronizadas, não
refletem a par da subjetividade do sujeito e o colocam em um “molde”, sendo considerados
passíveis de manipulação devido às respostas pré-determinadas. (Hongan, 2006). Por isso,
muitos profissionais aconselham a utilização de outras métodos juntamente com as técnicas
objetivas para obter uma compreensão mais completa do individuo avaliado.
Desta forma, veremos acerca das técnicas projetivas e expressivas de avaliações, que
apesar de terem como objetivo principal a avaliação do ser, divergem das técnicas objetivas,

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principalmente em suas origens, aplicações e interpretações, buscando aspectos diferentes,
apesar de ter o indivíduo como ênfase.
2 METODOLOGIA

2.1 Testes Projetivos

Baseando-se na psicologia clínica e na teoria psicanalítica de Sigmund Freud por volta


do século XIX, os testes projetivos vieram através da necessidade de acessar os conteúdos
inconscientes e compreender melhor a personalidade e os processos psicológicos do
indivíduo. Foi proposto por Freud que a mente humana é composta por elementos conscientes
e inconscientes, sendo os pensamentos, emoções e desejos reprimidos no inconsciente,
influenciando diretamente no comportamento de cada indivíduo (ANZIEU, 1988).
Em 1939, Frank lança o termo Método Projetivo, baseando-se nos testes de Jung,
Rorschach e Murray, abordando uma dinâmica holística da personalidade, onde os elementos
se interagem e a pessoa expressa em uma atividade construtiva e interpretativa a fantasia
anterior. Esses estímulos que serão apresentados, podem ser pouco ou nada estruturados,
sendo demandados diante do sujeito e tendo uma resposta sempre projetiva, revelando sua
maneira particular de ver, sentir e interpretar a situação, provocando assim projeções em
condições menos ambíguas e indefinidas (Van Kolck, 1975; Alves, 1998).
Os testes projetivos envolvem a apresentação de imagens, histórias e manchas tintas
ou outros estímulos de respostas livres, tendo como retorno a interpretação simbólica e
subjetiva do sujeito diante dos estímulos pouco ou nada estrutura dos comentados
anteriormente. Eles oferecem uma oportunidade única para a expressão criativa e simbólica
do sujeito, fornecendo insights importantes para o processo de diagnostico, autoconhecimento
e tratamento.

“Na produção de sintomas da paranoia ressalta,


em primeiro termo, aquele processo que
designamos com o nome de projeção. Nele uma
percepção interna é reprimida e como sua
substituição, seu próprio conteúdo, depois de

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sofrer uma deformação, vai surgir na consciência
como percepção vinda do exterior."
(FREUD, 1911/1948, p.686)
2.2 Testes Expressivos

“Aspecto do movimento que tem traços suficientemente distintos para diferenciar um


indivíduo do outro”, (BELL, 1951) é o conceito usado por Allport e Vernon em 1933 nos
Estudos sobre o Movimento Expressivo, que segundo os autores, a personalidade pode ser
avaliada em três diferentes dimensões. A primeira seria descrita como os traços, atitudes e
interesses ou sentimentos que estruturam o interior da nossa personalidade; a segunda sendo
dimensão da expressão e do comportamento e a terceira dimensão diz acerca da percepção e a
interpretação do comportamento pelo outro. No geral, as dimensões têm ênfase naquilo que
não está explicito, e que pode muitas vezes ser dito, porém dito de forma metafórica ou
gramatical, além de também estarem ligadas aos estudos das expressões faciais e linguagem
não-verbal abordadas mais tarde por outros filósofos (Moragas, 1965).
Os testes expressivos além de basearem-se na teoria Psicanalítica, também inclui como
fonte inspiratória as abordagens Gestalt e Humanista, além da psicologia da personalidade e a
psicologia clínica como um todo. Assim como os testes projetivos, tem o interesse maior em
aspectos não descritos, permitindo a expressão espontânea e criativa do sujeito, e a
observação de padrões, simbolismo e significados subjacentes. Dentre os instrumentos
expressivos, podem ser utilizados desenhos, pinturas, jogos, esculturas, entre outros.

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3 MÉTODO

3.1 Palográfico

 Individual e Coletivo; 16 até 60 anos; Informatizado e Não Informatizado.

Teste expressivo criado por Salvador Escala Milá, focado na análise na escrita do
indivíduo, tendo como objetivo revelar aspectos da personalidade, emoções, traços
comportamentais e funcionamentos cognitivos. No geral, é observado o tamanho dos palos,
fluência, e regularidade dos mesmos. Sua aplicação é dividida em duas etapas, sendo a
primeira uma forma de compreensão da execução do teste, diminuindo assim as inibições
naturais decorrentes do momento da avaliação (Alves & Esteves, 2009). É muito utilizado em
contextos de seleção pessoa, pesquisa acadêmica e para orientação profissional.

3.2 HTP

 Individual; A partir de 8 anos; Não Informatizado.

Teste projetivo elaborado por John N. Buck, onde a interpretação de tal teste é feita
através de critérios específicos das figuras, incluindo a forma, proporção, detalhes, cores (se
aplicável), simetria e outros. Essas características são avaliadas e podem projetar aspectos
inconscientes, conflitos internos e até mesmo o estado emocional do indivíduo em questão.
Sua aplicação é feita de forma individual, sendo solicitado que o avaliado desenhe uma casa,
uma árvore e uma figura humana. E então, é necessário que o mesmo responda um
questionário após o término do desenho, assim como descrever o desenho para o avaliador,
caso necessário (Corman, 1979) É muito utilizado em contexto clínico, mas também pode ser
um grande auxiliar no contexto de avaliação psicológica.

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3.3 CAT-A

 Individual; 5 até 10 anos; Não Informatizado.

Teste projetivo temático criado por Leopold Bellak e Sonya Sorel Bellak, que se
baseia no princípio de que a criança projeta suas experiencias, emoções e conflitos internos
em suas representações gráficas (DUSS, 2950). Durante o teste são analisados aspectos
verbais e não verbais, incluindo expressões faciais, postura corporal, tom de voz, e outros.
Através do teste é possível investigar questões familiares, traumas, ansiedades, aspectos
psicológicos e problemas de comportamento relevantes para o desenvolvimento da criança.
Para a execução do teste, são apresentadas 10 pranchas com desenhos de situações
especificas, onde a criança é convidada a contar uma história sobre o que está acontecendo na
cena mostrada. A criança então, irá projetar sua visão, sentimentos e interpretação de
experiências pessoais na interpretação da cena. É bastante utilizado em contexto clínico e de
avaliação psicológica.

3.4 TAT

 Individual; 14 até 40 anos; Não Informatizado.

Instrumento psicológico projetivo, elaborado por Henry A. Muray e Christina D. Tem


como objetivo revelar aspectos da personalidade, emoções, sentimentos, impulsos, além de
ser um recurso importante para o estudo da interpretação do comportamento, neuroses e
psicoses. (Murray, 1964). Ao apresentar algumas pranchas, o individuo é convidado a
examinar o conteúdo da mesma e é solicitado que invente uma história a partir dela. É
necessário que as histórias contadas pelo examinado seja avaliada de forma criteriosa, pois
cada detalhe pode ser de extrema importância para a interpretação das histórias contadas. Da
mesma forma que no CAT-A, o individuo ao contar a história, projeta suas

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vivencias/experiencias passadas, medos, desejos e conflitos. Sendo altamente auxiliador na
compreensão dos aspectos do avaliado, ele pode ser usado em contexto avaliativo e clínico.
(Brelet-Fourlard & Chabert, 2005)

3.5 Rorschach

 Individual; 17 até 69 anos; Informatizado e Não Informatizado.

Instrumento projetivo conhecido por ser fonte inspiratória para todos os testes
projetivos, também conhecido como “Teste de Borrão/Manchas de Tintas” é um instrumento
criado por Rorschach com o objetivo de analisar os processos cognitivos, a personalidade e
aspectos do individuo avaliado. Ao apresentar algumas pranchas com manchas de tintas
simétricas e abstratas, é solicitado que o avaliado descreva o que ele interpreta em cada uma
das manchas, sendo assim, a análise será feita a partir das respostas dadas pelo avaliado, que
após a codificação dos resultados, revelará aspectos inconscientes como os famosos
mecanismos de defesas, abordados por Freud, padrões de pensamentos, sentimentos
reprimidos e outras informações relevantes sobre o mesmo. Os resultados de Rorschach são
utilizados em conjunto com outras técnicas de avaliação, e podem ser utilizados em contexto
clínicos, pesquisas antropológicas, na área jurídica e outras áreas. (Anzieu, 1978; Adrados,
1973)

3.6 Zulliger

 Individua e Coletivo; 18 até 83 anos; Não Informatizado.

Sendo muito semelhante ao teste Rorschach, o teste projetivo Zulliger ou Z-Teste


criado por Hans Zulliger, também é um teste de manchas de tintas simétricas e abstratas, onde
podem ser percebidos aspectos sobre a personalidade, pensamento lógico, objetividade,
ansiedade, depressão e outros. Assim como no Rorschach, são exibidas pranchas para o
avaliado e é solicitado que o mesmo descreva o que está vendo na mancha da tinta, porém,
diferentemente de Rorschach, também é necessário que o avaliado narre uma sequência de
eventos e descreva a situação que está sendo apresentada na prancha. O instrumento é uma

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ferramenta utilizada como complementação em uma avaliação psicológica mais ampla,
juntamente com outras técnicas de avaliação para fornecer um resultado mais completo do
que se visa avaliar. Vale ressaltar que ele não é um teste unicamente individual, podendo ser
feito em contextos organizacionais, coletivos, clínicos e processos de seleção, dentre outros.
(Vaz, 2002; Zulliger & Salomon, 1970)
4 RESULTADOS

4.1 Palográfico

 Feminino; 22 anos; Brasileira, Sudeste; Cursando Ensino Superior.

Em comparação a indivíduos com características semelhantes (Feminino; 22 anos;


Brasileira, Sudeste; Cursando Ensino Superior), com levantamento do Palográfico, foi
observado um nível acima da média nas realizações produtivas, no entendo, também foi
apresentado uma certa instabilidade ao exercer tais constância nessas realizações, que pode
representar indivíduos que, apesar de apresentar um trabalho considerado mais complexo, é
comum que tenha uma variabilidade na constância durante a realização do trabalho executado,
adaptando-se assim as tarefas rotineiras. Eventualmente, essa irregularidade pode ser
diretamente ligada a fatores como stress, desmotivação e até mesmo fatores emocionais
durante a realização da tarefa. (Alves e Esteves, 2004)
Observou-se uma tendência ao perfeccionismo e preocupação de forma elevada aos
detalhes, apresentando assim uma dificuldade de produção de uma maneira mais ampla,
abrangendo uma liberdade mais restrita. Por consequência, o indivíduo pode demonstrar
sentimentos de inferioridade e inibição, tento um olhar mais pessimista caso a execução não
saia como o esperado. Mesmo assim, indivíduos com essas características, demonstram-se
capazes de ter um alto nível de intelectualidade e capacidade crítica, além de uma observação
meticulosa acerca da tarefa executada.

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4.2 HTP

 Feminino; 22 anos; Brasileira, Sudeste; Cursando Ensino Superior.

Ao analisar fatores familiares e sociais, foi identificado a preferência do indivíduo de


se manter protegido e isolado no seu mundo interno, demonstrando características de
recolhimento ou até mesmo inadequação em relação àquele ambiente. A tensão no ambiente
também é um fator de destaque nas projeções do indivíduo, que podem ser observadas de
forma frequente tais como questões familiares. A fuga da realidade e aproximação a fantasia
também são questões presentes nesse âmbito, realçando ainda mais a inclinação do avaliado
em se manter em seu mundo interno, talvez por uma carência dessa segurança/apoio no meio
familiar, percebidas em suas projeções.
Em relação a características do eu, o avaliado demonstrou uma instabilidade
emocional e tendencia a regressão, que por muitas vezes podem estar associadas as
preocupações sexuais e capacidade de adiar a autogratificação, também vistas em seus
desenhos. É notória a preocupação com o externo demostrando assim traços introvertidos, de
insegurança e retraimento, assim como uma necessidade de dependência e atitude defensiva.
Uma outra peculiaridade analisada é a impulsividade e ambivalência sexual, levando assim a
uma necessidade de gratificação imediata, revelando novamente essa instabilidade emocional.
São evidenciadas também, uma fixação no passado e uma certa antecipação do futuro que
podem estar acompanhados aos comportamentos e/ou pensamentos paranoicos relatados no
desenho.
Portanto, de maneira geral, é notório um retraimento social e introversão presente nos
três desenhos, além de sentimento de inadequação social que pode tanto estar ligado a uma
inclinação ao isolamento de fato ou uma dificuldade de adaptar-se ao meio em questão,
levando a essa necessidade de segurança, incapacidade e impotência. É necessário que haja
um certo manejo dessa impulsividade presente, pois como pôde ser visto, podem levar a
situações conflituosas e de instabilidade.

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5 CONCLUSÃO
Todos os testes, tanto projetivos e expressivos, são de extrema importante para uma
compreensão geral do ser, visando sempre o entendimento da psique do mesmo e o
autoconhecimento de forma com que o teste sempre agregue novos aspectos, sendo eles
“agradáveis” ou não para o indivíduo. Os testes devem ser feitos sempre por profissionais
capacitados e que forneçam a experiência da realização do teste algo responsável e
esclarecedor.
Por serem testes que projetam e/ou expressam conteúdos implícitos, o cuidado é
sempre necessário para a leitura do teste, tanto na parte da codificação tanto na maneira de se
formar a síntese desses testes. Por isso, é recomendado que a maioria desses instrumentos
venham acompanhados de outras avaliações psicológicas, sendo elas a psicoterapia de fato ou
até mesmo outros testes, questionários e formas de compreensão do ser de forma científica no
geral.
Por último, vale ressaltar que vimos em resumo, apenas uma parte dos instrumentos
projetivos/expressivos de avaliação, dentro do próprio SATEPSI é possível encontrar muitos
outros testes avaliativos, semelhantes ou não com o que vimos em aula, tais quais foram
descritos no relatório lido. Destaca-se também que os testes feitos em sala, Palográfico e HTP,
ainda que executados e levantados em sala seguindo as diretrizes de ética do CFP, as sínteses
foram feitas de forma individual e estão suscetíveis a erro, já que foram feitas por nós alunos.
Agradeço a oportunidade de poder trabalhar com tal tipo de instrumento, que mesmo
breve, considero uma experiência rica em conhecimento para minha formação. O relatório
lido tem como objetivo apenas resumir o grande mundo da avaliação psicológica, dando
ênfase nos testes projetivos e expressivos, tendo em visto que se trata de um assunto
altamente complexo e de muita subjetividade, este é apenas um resumo do que, nos alunos,
acompanhamos em sala de aula.

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6 REFERÊNCIAL TEÓRICO

ALVES, I. C. B. As Técnicas no Psicodiagnóstico e Sua Função na Psicoterapia. 1998.

ANASTASI, A. Testes Psicológicos. São Paulo: EPU, 1977.

ANZIEU, D. Os Métodos Projetivos. Rio de Janeiro: Campus, 1980.

BORING, E. G. A History of Experimental Psychology. Nova York: Appleton-Century-


Crofts, 1950.

CORMAN, L. O teste do desenho da família. São Paulo: Mestre Jou, 1979.

NUNES, C. Importância da especificação dos contextos de aplicação e propósitos nos


manuais de testes psicológicos. In: Conselho Federal De Psicologia (Eds.).

ESTEVES, C., Franzim Neto, L. & Fonseca, R. S. (2011). Análise da produtividade e nível de
oscilação rítmica (NOR)

PASQUALI, L. Instrumentos Psicológicos: Manual Prático de Elaboração. Brasília: LabPam,


1999.

RORSCHACH, H. Psicodiagnóstico. São Paulo: Mestre Jou, 1978.

TRINCA, W. Investigação Clínica da Personalidade. BH: Interlivros, 1976.

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ZULLIGER, H.; SALOMON, F. El test Z – um test individual y colectivo. Buenos Aires:
Kapelusz, 1970.

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