Dis Ppgep 2008 Wobeto Edson
Dis Ppgep 2008 Wobeto Edson
Dis Ppgep 2008 Wobeto Edson
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
__________________________________________________________________
© 2008
Todos os direitos autorais reservados a Edson Inácio Wobeto. A reprodução de
partes ou do todo deste trabalho só poderá ser com autorização por escrito do autor.
Endereço: Av. Frederico Linck, 784, ap 24, Bairro Rio Branco, Novo Hamburgo, RS,
93336-001
Fone (0xx)51 3273-9780, Cel (0xx)51 9901-8959; email: [email protected]
___________________________________________________________________
3
COMISÃO EXAMINADORA:
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ter me dada força para superar as longas jornadas de estudo e trabalho,
e por ter guiado meus passos.
Ao Prof. Dr. Felipe Martins Muller, pela oportunidade dada e pelos conhecimentos
transmitidos.
Ao Sr. Alberto Duailibe e ao Sr. Leandrus Ribas dos Santos pelo apoio e amizade
que garantiram a realização do trabalho.
A todos amigos que fiz durante a realização do mestrado, pelas horas de estudo
compartilhadas e pelo apoio mutuo.
Novamente aos meus filhos e esposa, pelo apoio e compreensão com minha
ausência.
Aos meus pais e irmãos e demais familiares que auxiliaram nos momentos difíceis.
A todos que de uma forma direta ou indireta contribuíram para a realização desse
trabalho.
6
EPÍGRAFE
RESUMO
Dissertação de Mestrado
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
Universidade Federal de Santa Maria
ABSTRACT
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
RESUMO .............................................................................................................. 7
LISTA DE TABELAS ......................................................................................... 9
LISTA DE FIGURAS .......................................................................................... 10
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13
1.1 Processo Produtivo das Fundições .............................................................. 16
1.2 Estrutura do Trabalho ..................................................................................... 22
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 24
2.1 PCP ................................................................................................................... 24
2.2 Programação da Produção............................................................................. 28
2.3 Sequenciamento da Produção ....................................................................... 29
2.4 Problemas de sequenciamento em Máquinas Paralelas Idênticas.............. 34
2.5 Trabalhos Específicos no Setor de Fundições.............................................. 35
3 ESTUDO DE CASO ....................................................................................... 38
3.1 Descrição do Processo Produtivo ................................................................. 38
3.1.1 Departamento Comercial................................................................................ 39
3.1.2 PCP ................................................................................................................ 39
3.1.3 Modelaria........................................................................................................ 43
3.1.4 Macharia......................................................................................................... 43
3.1.5 Moldagem....................................................................................................... 48
3.1.6 Fusão ............................................................................................................. 50
3.1.7 Vazamento ..................................................................................................... 53
3.1.8 Desmoldagem ................................................................................................ 54
3.1.9 Quebra de canal............................................................................................. 55
3.1.10 Demais Processos ....................................................................................... 55
3.2 Descrição do Problema................................................................................... 56
3.2.1 Primeiro Estágio - Macharia ........................................................................... 56
3.2.2 Segundo Estágio - Moldagem ........................................................................ 63
3.3 Objetivo do Trabalho....................................................................................... 67
3.4 Metodologia Utilizada...................................................................................... 67
3.5 GRASP (Greedy Randomized Adaptive Search Procedure) ........................ 68
3.6 EDD (Earliest Due Date) .................................................................................. 69
12
1 INTRODUÇÃO
Modelo
Confecção do
Moldagem Moldes Vazamento
Macho
Sucata
Areia
Controle de
Qualidade
Fim Expedição
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 PCP
quando for considerado mais de uma máquina (m>1) disponível para programação
esse número cresce para n!m. Diante desse contexto, a tarefa de programação da
produção se torna muito complexa, sendo a natureza combinatória dessa
programação de difícil resolução, pois o número de soluções cresce de forma
exponencial de acordo com as variáveis envolvidas.
Segundo MacCarthy e Liu (1993, apud Landmann, 2005), o problema da
programação pode ser definido como a alocação de recursos no tempo, para a
execução de um conjunto de tarefas. O ato de programar a produção irá definir a
ordem de entrada das tarefas que deverão ser executadas na produção, ou seja, irá
determinar como as tarefas devem ser conduzidas de uma máquina para outra.
Existem várias trabalhos importantes na área de programação da produção,
sendo que os seguintes pesquisadores são muito referenciados nessa área: Morton
e Pentico (1993), Santos e França (1995), Cheng, Gupta e Wanga (2000), Pinedo
(1995), Blazewikz (1996), Baker (1995), Arroyo e Vianna (2007), entre outros.
montar a máquina para execução de uma nova tarefa. Em geral esse tempo de
preparação da máquina é chamado de tempo de setup. Com relação ao tempo de
preparação, existe o tempo de preparação que é independente da seqüência,
quando o tempo de preparo depende somente da tarefa a ser executada, e
dependente da seqüência, quando o tempo de preparação depende também da
tarefa que está em execução.
O problema de sequenciamento ainda pode envolver os custos relativos á
antecipação da produção, onde as empresas deverão tomar a decisão se desejam
manter estoques referentes a uma possível antecipação, devido ao custo e riscos de
eventuais cancelamentos de pedidos dos clientes, ou enfrentar problemas com
possíveis atrasos. Em um ambiente produtivo ideal não pode haver antecipações e
nem atrasos na produção, mas esses são problemas de difícil resolução conforme
pode ser visto no estudo de caso. A data desejada para atendimento de uma
demanda é chamada de due date.
Existem várias pesquisas que abordam a antecipação da produção, bem
como a entrega de produtos fora da data demandada, e para a resolução desses
problemas em geral, é atribuído uma penalidade ou um custo unitário, sendo que a
mesma deve ser considerada como uma restrição a ser abordada no momento da
programação da produção.
Allahverdi et al (1999), classifica o problema de sequenciamento envolvendo
tempo de preparação das máquinas, de acordo com as seguintes características:
- non-batch setup: quando envolve o tempo de troca entre diferentes tarefas;
- batch setup: quando existe tempo de troca entre diferentes agrupamentos de
tarefas. Na descrição do estudo de caso será possível verificar um exemplo desse
problema, pois existe a necessidade de agrupar a produção dos machos por família
de tipo de processo de fabricação.
Ainda com relação ao tempo gasto com a preparação de uma máquina, é
possível incorporar esse tempo ao tempo de processamento da tarefa, isso em
alguns casos, já em outros casos, onde o tempo de preparo é significativo não é
possível fazer essa incorporação.
Segundo Cheng, Gupta e Wanga (2000), um típico problema de programação
Flow Shop pode ser formalmente declarado como segue: um conjunto N = {1, 2, ...,
n} de n tarefas é para ser processado em m estágios seqüências. Existe uma
máquina para cada fase. Todas as máquinas estão permanentemente disponíveis.
33
Uma tarefa deve ser processada em uma máquina num dado momento sem
preempção e uma máquina processa não mais que uma tarefa naquele momento. O
objetivo consiste em programar tarefas de forma a minimizar alguma medida de
desempenho, tais como o makespan, o tempo total de conclusão, o máximo atraso
(demora), o atraso total, o atraso ponderado, a soma do peso de antecipação e
demora, entre outros.
Com relação ao problema Flow Shop envolvendo setup, Cheng, Gupta e
Wanga (2000) sugerem a seguinte classificação:
- Flowshop com seqüência de tarefas independentes de tempo de setup
(SIJST)
- Flowshop com seqüência de tarefas dependentes de tempo de setup
(SDJST)
- Flowshop com seqüência independente de família de tempo de setup
(SIFST)
- Flowshop com grupo de seqüência independente de tempo de setup
(SIGST)
- Flowshop com lotes de seqüência independente de tempo de setup
(SIBST)
- Flowshop com família de seqüência dependente do tempo de setup
(SDFST)
- Flowshop com grupo de seqüência dependente de tempo de setup
(SDGST)
- Flowshop com lotes de seqüência dependente de tempo de setup
(SDBST)
Para resolução de um flowshop com dois critérios, tempo final de
processamento (makespan) e atraso máximo em relação ás datas de entrega, Leite
e Arroyo (2006) propuseram uma meta-heurística composta de duas fases, chamada
de G-BT, que é a combinação do algoritmo GRASP, utilizado na primeira fase para
gerar a solução inicial, com o algoritmo de Busca Tabu, utilizado na segunda fase
para refinar a solução inicial. A meta-heurística G-BT possui como entrada os pesos
ou preferências dos critérios e as respectivas condições de parada do algoritmo
GRASP e Busca Tabu. O algoritmo GRASP é estruturado em duas fases, sendo que
na primeira fase, chamada de construtiva, é utilizada a regra de prioridade TLB
(tardiness lower bound) para ordenar as tarefas da lista de candidatos. Na segunda
fase, chamada de busca local, a solução da primeira fase é melhorada, através da
geração de soluções vizinhas feitas através da troca de tarefas, buscando um ótimo
local. A Busca Tabu utiliza duas estratégias de geração de vizinhança, a inserção de
tarefas e a troca de tarefas, sendo que a última apresentou os melhores resultados.
34
cada máquina tem uma velocidade positiva σ1 que são normalizadas de modo que σ1
Cmax = max {C i }
finalização máximo das tarefas (makespan) definido como: i =1,...,m
, onde Ci
é o tempo de execução de todas as tarefas alocadas a máquina Mi, significando o
somatório dos tempos de processamento de todas as tarefas alocadas a máquina Mi
3 ESTUDO DE CASO
Expedição Acabamento
Pedidos dos
Final
Cliente
Departamento
Comercial Matéria
Ordem de Fabricação Gusa + Sucata
Prima:
do Modelo da Peça Pedidos dos Clientes - Gusa
e do Modelo do Macho Aprovados no ERP - Retorno Peça
- Sucata
Matéria
Modelaria PCP
Prima
Peças
Ordem de Produção Ordem de Produção
Fora da
Conformidade
Ordem de Produção
Controle de
Modelo Moldes Semi- Fusão Qualidade
Moldagem
Prontos (Fornos)
Macho
Macharia Fechamento Teste da Liga
Rebarbação
Areia + Areia +
Resinas Betonita Moldes Metal
Peça
Prontos Líquido
Matéria
Prima
Vazamento Limpeza
Areia
Retorno
Peça Peça
Informações
Peça Quebra de
Desmoldagem
Materiais Canal
3.1.2 PCP
quais são as possíveis máquinas para sua produção não estão no sistema, ou seja,
estão restritas ao conhecimento do planejador.
O planejador deverá levar em conta a existência dos turnos de trabalho,
atualmente existem três turnos para a moldagem, bem como, programar as paradas
para as refeições e para a manutenção dos equipamentos. Além disso, poderá
existir produção nos finais de semana e feriados, o que requer que o planejador
saiba os dias dessa produção extra, bem como a quantidade de turnos e de pessoal
previstos para trabalhar, a fim de adequar o planejamento da produção à capacidade
produtiva.
Feitos os ajustes necessários, ou seja, todas as máquinas da moldagem
estão seqüenciadas para a produção, é gerada as Ordens de Produção para a
Macharia, Moldagem e para a Fusão. As ordens geradas são impressas e entregue
aos respectivos setores.
As Ordens de Produção da Macharia são impressas com três dias de
antecedência, período esse julgado suficientemente necessário, para atender a
programação do PCP. Na prática isso muitas vezes não ocorre, devido ao processo
de produção dos machos utilizar um número restrito de máquinas, sendo que muitas
vezes trabalham de forma concorrente na produção dos mesmos. Como o sistema
utilizado pelo Setor de PCP, não planeja a produção das máquinas da macharia,
pois este, somente define a quantidade a ser produzida e controla se os machos
estão prontos ou não, cabe ao responsável pela macharia fazer esse planejamento e
informar ao PCP quando não for possível cumprir o que estava planejado. Quando
ocorrer esse fato, é necessário que o programador faça os ajustes necessários na
programação fina da produção.
As Ordens de Produção da Moldagem são impressas com um dia de
antecedência ou até no mesmo dia, sendo as mesmas individualizadas para cada
uma das máquinas disponíveis. Elas são enviadas para fábrica após liberação das
respectivas placas de moldar.
As Ordens de Produção da Fusão são impressas no mesmo instante que as
ordens da moldagem. Da mesma forma como ocorre na Macharia, o sistema
utilizado pelo PCP, não tem como variável principal planejar a produção de acordo
com a capacidade dos fornos e sim de acordo com a capacidade das máquinas de
moldagem, cabendo ao responsável pela fusão fazer esse planejamento e informar
ao PCP, caso não possa cumprir o que foi planejado. Quando ocorre esse fato, mais
42
3.1.3 Modelaria
3.1.4 Macharia
44
caixas, a matriz ou caixa do macho pode ser aquecida ou gasada para o início da
cura, após esse processo o macho é retirado.
Após a produção do macho é feito o processo de acabamento. Na empresa
estudada o acabamento é feito junto ao processo de produção do macho. Ele pode
ser uma simples raspagem com uma lâmina, seguido da colagem das peças
(quando necessário), bem como, podem ser feitos pequenos reparos através de uma
espátula e um componente de enchimento (massa de grafite), e ainda pode envolver
o processo de pintura da peça, dependendo da necessidade. A pintura de um macho
serve para evitar veiamento, arraste de areia, escama, ou seja, a pintura da uma
proteção vítrea dando mais resistência ao macho no momento do vazamento.
A fundição em estudo possui quatro tipos de processos de fabricação de
machos, que são conhecidos como Cura Fria (Cold-Box), Shell Molding (Caixa
Quente), CO2 e Estufa.
O tipo de processo conhecido como Cold Box utiliza o sistema de cura fria e
possui duas famílias de tipo de processo de fabricação de macho. A primeira família
é chamada de Isocure, que consiste de uma resina (Fenólica e outra isocianato) e
um catalisador líquido para todos os machos por ela composta. As resinas são
misturadas com a areia na quantidade pré determinada em um misturador e então
transportada para um silo. Depois da injeção pneumática da mistura areia-resina na
caixa de macho (sopragem do macho), o gás do catalisador é passado através da
massa de areia do macho. Uma reação ocorre e o macho sólido é retirado da caixa
de moldar.
A outra família desse tipo de processo é conhecida como Ecolotec e possui o
mesmo sistema de fabricação, só mudando o tipo de resina (resina fenólica) e o tipo
de catalisador.
As duas famílias citadas desse tipo de processo de fabricação utilizam o
mesmo equipamento, o que requer que antes da produção do macho seja verificado
qual é a família de tipo de processo a ser utilizada. Essa verificação é necessária
para que haja uma maximização do aproveitamento das máquinas, onde o
sequenciamento da produção é feito após o agrupamento das peças por família de
tipo de processo, evitando assim uma perda maior de tempo com a mudança da
resina e catalisador. O tempo gasto para realizar a troca de resina, ou seja, para
mudar de família de tipo de processo de fabricação é conhecido como setup de
família de processo.
47
• Cada macho possui um tempo de vida útil. Esse tempo de vida muda de
acordo com o tipo de processo de fabricação e da família utilizada para a
confecção da peça. Se por algum motivo a programação da produção, da
moldagem, mudar o que estava programado e os machos já haviam sido
feitos, será necessário observar a vida útil de cada macho pronto, ou seja,
será necessário tomar a decisão de produzir uma peça para não perder o
macho ou deixar de produzir uma peça e perder os machos prontos.
• O tempo de fabricação de cada macho depende do tamanho do mesmo,
independente de tipo de processo de fabricação. O tempo de fabricação
deve ser levado em conta no momento do planejamento da produção dos
machos.
• O tempo de setup de ferramental, que é o tempo de mudança do
ferramental de uma peça para outra, pode variar de peça para peça, ou
seja, é necessário acrescer esse tempo no planejamento da produção
quando houver a mudança da peça produzida.
• O tempo de setup para a troca de família de tipo de processo é de
aproximadamente 30 minutos.
• Entre 60% e 70% da produção de machos, na fundição estudada, é feita
através de tipo de processo de cura fria (Isocure e Ecolotec).
3.1.5 Moldagem
uma das linhas de produção, que esteja disponível, e aguardam para serem
vazadas. Após o vazamento, as caixas aguardam o tempo necessário de
resfriamento de cada peça para seguirem para a desmoldagem. O controle para
saber qual caixa pode ser desmoldada é feita de forma individual, ou seja, caixa a
caixa, pois podem existir na mesma linha de produção peças com diferente tempo
de resfriamento, bem como as caixas onde o vazamento for feito por primeiro terão
suas peças solidificas antes do que as que foram vazadas por último.
3.1.6 Fusão
ser próprias da empresa ou dos clientes ou ainda pode ser uma norma internacional.
O ideal é juntar as peças que possuem o mesmo tipo de composição numa mesma
fornada, minimizando assim o tempo de espera de produção das peças. A Tabela 1
mostrar os componentes e o percentual necessário dos mesmos, para que a peça
fique dentro das especificações.
A norma específica à dureza (uma faixa) das peças, onde o material tem que
atender algumas propriedades tipo alongamento, escoamento, entre outras.
Também especifica a matriz, se ela é Ferrítica (mais mole) ou Perlítica (mais dura)
ou se há uma combinação entre ambas.
A correção química é feita diretamente nas panelas, ou seja, os componentes
fundidos formam uma massa, que é analisada quimicamente, para que sejam feitas
as devidas correções antes do vazamento.
Atualmente existem três fornos da fundição, sendo que cada um possuiu dois
cadinhos (locais onde são depositados a matéria prima a ser fundida). Existem dois
fornos com a mesma capacidade, que é de 2 (duas) toneladas por cadinho, e com o
mesmo tipo de funcionamento, o forno opera a 1.300 kw. Como são fornos mais
antigos existe uma limitação com relação ao processo de fusão, onde somente um
cadinho é fundido por vez. Isso gera uma perda de tempo e muitas vezes um re-
trabalho dos fornos para aquecer novamente o líquido que já foi fundido. Com o
passar do tempo o líquido começa a resfriar e perder as características ideais para o
vazamento e necessita ser reaquecido. Aí surge mais um problema, pois o forno
pode estar com um novo cadinho em processo de fusão.
O terceiro forno possuiu uma capacidade de quatro toneladas por cadinho,
sendo que o forno opera a 2.000 KW. Nesse forno é possível colocar os dois
cadinhos ao mesmo tempo e escolher o percentual de energia de fusão para cada
um deles. Ex.: O 1º cadinho está com 90 % da capacidade do forno em processo de
52
3.1.7 Vazamento
3.1.8 Desmoldagem
Ordem de Produção
(Itens + Qtde)
Planejamento
da Produção
Caixa
M02 M06 M08 Acabamento
Quente
Estoque
M10 M12
Cura a
Acabamento
Frio
M11 M13
Ordem de Produção
Concluída (Item, Data e
Qtde)
Ordem de Produção
(Itens + Qtde)
Planejamento
da Produção
Verificar
Itém a
Produzir
Início de
Turno?
Ordem de Produção
Concluída (Item, Data e
Check List Qtde)
Trocar
Ferramental? Estoque
Qtde
Atendida?
Trocar
Ferramental
Estoque
Término Intermediário
Turno?
Trocar
Resina?
Ordem de Produção
(Itens + Qtde)
Planejamento
da Produção
Verificar
Itém a
Produzir
Início de
Turno?
Ordem de Produção
Concluída (Item, Data e
Check List Qtde)
Qtde
Atendida?
Trocar
É Ferramental? Estoque
Término
Turno?
Trocar
Qtde Ferramental
Atendida?
Estoque
Intermediário
Pré-aquecer Aquecer a
Máquina Máquina
Parada
Intervalo?
Fabricar
Acabamento
Macho
bem como um tempo para troca de ferramental. O tempo total de produção é igual à
soma do tempo de produção mais o tempo de troca de ferramental.
Uma observação importante, com relação à produção dos machos, é de que
um molde pode comportar vários machos, ou seja, vários machos são produzidos ao
mesmo tempo. Para efeitos da programação da produção, a quantidade a ser
produzida deve ser dividida pela quantidade de macho que cada molde possui. Com
relação ao tempo de produção, o molde independente da quantidade de machos,
deve ser considerado como se fosse uma peça.
Ordem de Produção
(Itens + Qtde)
Planejamento
da Produção
Matéria F01
Prima 04 5 Linhas de Produção C02
Manual 01 Carrinhos
Ordem de Produção
Macharia Desmoldagem Concluída (Item, Data e
Qtde)
Quebra Canal
Acabamento
Limpeza
Final
Rebarbação Qualidade
macharia, sendo que o resultado dessa etapa servirá como restrição para o segundo
sub-problema, que é a programação da produção da moldagem. Dessa forma o
problema a ser abordado é o de máquinas paralelas com famílias de setup
dependente da seqüência.
Por se tratar de um estudo de caso em uma fundição, é possível considerar
um terceiro sub-problema (estágio), que seria o da fusão, mas como foi explicado no
item 3.2 (Descrição do Problema) o mesmo não será abordado, por se tratar de um
problema resolvido.
Para a resolução do problema da programação da produção, tanto para a
macharia como para a moldagem foi utilizada a meta-heurística GRASP, sendo o
funcionamento da mesma descrita no próximo item e sua implementação descrita no
próximo capítulo.
A utilização de heurísticas para tratar do problema proposto se deve ao fato
da extrema complexidade, conforme visto na descrição do estudo de caso e também
por ser um problema real, onde o tempo de resolução é considerado um fator crítico
para a solução. Diante do exposto, pode-se dizer que as heurísticas são de extrema
importância para obter uma solução razoável num tempo computacional viável.
4 DESENVOLVIMENTO DO GRASP
Parâmetros:
F : número de familias
B : número de batchs ou lotes
M : número de máquinas
pim : tempo de processamento de uma tarefa da familia i na máquina m
s * se os batchs i e j são de famílias diferentes
sij =
0 caso contrário
C : um número suficientemente grande
di : data de entrega das tarefas da familia i
ni : número total de tarefas da família i
Variáveis:
Modelo:
Min ∑
F
Li
i =1 (01)
s.a.
∑∑ x ikm = ni
k =1 m =1 ∀i (04)
F B
∑∑ w
i =1 k =1
ikjhm =1
i≠ j ∀j , h, m (05)
F B
∑∑ w
j =1 h =1
ikjhm =1
i≠ j ∀i, k , m (06)
F B
∑∑ w 01 jhm =1
j =1 h =1 ∀m (07)
F B
∑∑ w ik 01m =1
i =1 k =1 ∀m (08)
Li ≥ 0 ∀i (10)
F = 7;
M = 3;
B = 3;
C = 100000;
S0 = [5 10 10 10 10 10 30];
S = [0 40 0 10 40 40 30;
35 0 40 40 10 10 60;
0 40 0 10 40 40 30;
5 40 10 0 40 40 30;
35 10 40 40 0 10 60;
35 10 40 40 10 0 60;
5 40 10 10 60 60 0];
P = [1.1091 1.3714 1.1091 1.7636 1.3833 1.7667 2.1400];
N = [110 70 310 110 60 60 250 ] ;
Due dates são apresentadas no gráfico
Solução:
L 470.362647
x_6_3_1 5.000000
x_5_1_1 60.000000
x_7_1_1 2.000000
x_1_3_1 53.000000
x_4_2_1 108.000000
y_6_3_1 10.000000
y_5_1_1 28.833541
y_7_1_1 171.831547
y_1_3_1 206.111547
y_4_2_1 269.893847
w_6_3_6_2_1 1.000000
w_5_1_5_2_1 1.000000
w_7_1_7_2_1 1.000000
w_1_3_1_1_1 1.000000
w_4_2_4_3_1 1.000000
x_2_1_2 70.000000
73
x_4_1_2 2.000000
x_1_3_2 57.000000
x_7_2_2 111.000000
y_2_1_2 10.000000
y_4_1_2 150.998001
y_1_3_2 164.525201
y_7_2_2 232.743901
w_2_1_2_3_2 1.000000
w_4_1_4_3_2 1.000000
w_1_3_4_1_2 1.000000
w_7_2_1_3_2 1.000000
x_6_3_3 55.000000
x_7_2_3 137.000000
x_3_2_3 310.000000
y_6_3_3 30.000000
y_7_2_3 177.166650
y_3_2_3 500.346650
w_6_3_6_1_3 1.000000
w_7_2_7_1_3 1.000000
w_3_2_7_2_3 1.000000
A instância foi construída com uma simplificação dos dados obtidos junto à
fundição estudada.
tamanho da lista inicialmente será igual a três, pois existem três tarefas com a
mesma data de entrega, no caso do exemplo a data é 12/08/2007.
Os elementos da LRC são adicionados na solução, de forma que cada
máquina contenha somente as tarefas possíveis de sua execução. Escolhe-se
aleatoriamente, através de uma distribuição probabilística, descrita anteriormente,
uma tarefa candidata a ser inserida na solução.
A inserção da tarefa escolhida se dá através de uma função avaliativa, que
verifica primeiramente qual é a máquina preferencial dessa tarefa, e em seguida,
confere se essa máquina está vazia, se estiver insere a tarefa nela, caso não estiver
vazia, verifica se existem outras máquinas possíveis para a execução da mesma, se
não existir insere a tarefa na máquina preferencial independente de sua carga. Caso
existam outras máquinas possíveis, insere a tarefa na máquina que estiver menos
carregada, ou seja, a que terminar suas tarefas por primeiro. A Figura 21 apresenta
um gráfico contendo a distribuição das tarefas de acordo com o critério acima citado.
Passo 3:
- Verifica se existe uma tarefa Jj, em M1, tal que, Pj < d.
Além de verificar se existem tarefas que tenham um tempo de produção
menor que a diferença entre a máquina mais carregada para a menos carregada,
também deverá ser verificado se a mesma pode ser produzida pela máquina para
81
qual será movida. Se não puder, será escolhida uma outra tarefa para mover, que
atenda os dois critérios. Caso não exista nenhuma tarefa, que possa ser movida
para a máquina menos carregada, o algoritmo irá buscar a próxima máquina menos
carregada, e assim por diante até esgotar a possibilidade de mover alguma tarefa da
máquina mais carregada para uma menos carregada. Se não conseguir mover
nenhuma tarefa, a próxima máquina mais carregada irá assumir o lugar da mais
carregada e fazer o mesmo processo e assim sucessivamente até esgotar a
possibilidade de mover alguma tarefa. A cada movimento válido, o algoritmo irá fazer
novamente essa verificação.
Verificando na Tabela 6, é possível identificar que pela diferença de tempo,
todas as tarefas que estão alocadas na máquina m = 9, ou seja, que pertencem ao
conjunto {39, 40, 41 e 42}, poderão ser movidas para a máquina m = 8. Aplicando a
segunda verificação, o conjunto de peças possíveis para a movimentação passou a
ser esse {39, 41}.
Caso exista alguma tarefa que atenda a verificação acima descrita, o
algoritmo executará os seguintes passos:
- remova Jj em M1, e recalcule sua carga, C1 = C1 – Pj;
- valide o movimento, caso a tarefa movida cause atraso na entrega
das demais tarefas, o mesmo não será aceito e a próxima peça do
conjunto será removida;
- caso o movimento seja aceito, aloque Jj em Mm e recalcule sua carga,
Cm = Cm + Pj;
- vá para o Passo 2.
Caso não exista mais nenhuma tarefa a ser movida, vá para o Passo 4.
Passo 4: Pare, a iteração do GRASP está terminada.
Através do exemplo, acima descrito, é possível identificar o funcionamento da
adaptação feita ao algoritmo 0/1-INTERCHANGE. O algoritmo original é finalizado
quando não existe mais nenhuma tarefa para ser retirada, isso da máquina mais
carregada para outra menos carregada, e o makespan é apresentado. Já a
adaptação feita, permite que a próxima máquina mais carregada assuma como
sendo a mais carregada, e reinicia o algoritmo. A cada movimento válido, é
verificado novamente qual é a máquina mais carregada. O algoritmo só será
finalizado quando não existir a possibilidade de mover nenhuma tarefa entre as
máquinas. O resultado apresentado será o makespan de menor a igual ao da
máquina mais carregada apresentado após a primeira fase.
82
m Cm
1 889,78
2 868,57
3 892,89
4 903,6
5 916,29
6 1060,5
7 1008,58
8 1017,32
9 1877,88
Tabela 7: Tempo de produção após o término da iteração.
distorção provavelmente não irá ocorrer, pois a macharia não tem como
característica a produção de uma quantidade elevada de uma mesma peça, pelo
fato das mesmas apresentarem um tempo de vida útil muito pequeno, e com as
constantes necessidades de reprogramação da produção, conforme citadas no
Capítulo 3, as mesmas poderão ser perdidas.
Existem técnicas que trabalham com o dimensionamento de lotes, como a
utilizada por Santos-Meza et al. (2002) citada no Capítulo 2, que poderiam melhorar
a alocação das máquinas, no caso da existência da necessidade de produção de
uma quantidade elevada de uma mesma peça, mas essas técnicas não serão
objetos de estudo desse trabalho, pelos motivos citados acima.
Para a construção da solução inicial, da mesma maneira como foi feito para o
tipo de processo de Caixa Quente, primeiramente são ordenadas as tarefas a serem
produzidas, utilizando para isso a data de entrega como critério principal, a família
de tipo de processo como segundo critério e o tempo de produção das tarefas como
terceiro critério. A Tabela 8 mostra as tarefas ordenadas de acordo com esses
critérios.
da segunda fase. Como pode ser observado houve uma melhora significativa em
relação á ocupação das máquinas, bem como com uma diminuição do tempo de
produção da máquina m = 13, isso devido à inserção de mais de um ferramental na
produção das peças.
M Cm
10 3453,44
11 2241,65
12 1851,92
13 5725,05
Tabela 9: Resultados da fase construtiva
M Cm
10 2704,14
11 2624,95
12 2222,92
13 3576,89
Tabela 10: Resultados da fase de busca local.
A tabela esta ordenada pelo campo Ordem de Produção, sendo que o campo
Data de Produção apresenta a data para qual a mesma foi programada, isso se
deve ao fato de que o programador do PCP já fez as devidas alterações para
atender as necessidades de produção. Como não é conhecida qual tarefa pode ter a
sua data de produção postergada, o algoritmo foi construído para não aceitar
soluções que apresentem atrasos na entrega das tarefas, restringindo assim a busca
por melhores soluções.
Novamente a heurística EDD será utilizada para ordenar as tarefas, onde a
data de produção é usada como critério principal, sendo a família de tipo de
processo como segundo critério e o tempo de produção das tarefas como terceiro
critério. Após a ordenação, que pode ser vista na Tabela 12, o método construtivo
está pronto para ser iniciado.
Antes de fazer a inserção de uma tarefa na LRC é necessário que uma
função avaliativa verifique se existem machos prontos na quantidade necessária
para a confecção da mesma. Caso não existam machos prontos, a tarefa não será
inserida na LRC até que essa restrição seja atendida. Como o GRASP, para essa
etapa, foi construído para não aceitar soluções com atrasos como sendo válidas,
isso devido ao contexto citado, é assumido que para essa situação, no momento da
construção da LRC todos os machos necessários já foram entregues. Numa
situação normal, onde atrasos são permitidos, a não disponibilidade dos machos irá
acarretar no atraso da produção dessa tarefa, podendo até mesmo acarretar o
atraso da produção de um modo geral, caso não for possível antecipar a produção
de outras tarefas, pelo mesmo motivo, a indisponibilidade de machos.
Os candidatos são inseridos numa Lista Restrita de Candidatos (LRC), sendo
o tamanho da lista definido de acordo com a quantidade de tarefas existentes para a
data programada, juntamente com a família de processo de fabricação das peças,
que nesse caso é o ferro Nodular ou Cinzento. Dessa forma a LRC, será composta
somente por peças pertencentes a uma mesma família com uma mesma data de
produção.
5 RESULTADOS COMPUTACIONAIS
Capítulo 3. Devido a esse fato, não existe no sistema informatizado, utilizado pela
empresa em estudo, uma possibilidade de comparar o que foi programado com o
que foi executado, ficando assim, prejudicado a comparação dos resultados obtidos
através da execução do GRASP, com os resultados obtidos pela produção do setor.
Diante desse impasse são propostas duas comparações, a fim de que seja possível
comprovar os resultados obtidos.
BIBLIOGRAFIA
ANEXO A
ANEXO B