Acao de Anulacao de Doacao de Imovel

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AO MM.

JUÍZO DE DIREITO DA 00ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CIDADE/UF


NOME DO CLIENTE, nacionalidade, estado civil, profissã o, portador do CPF/MF nº
0000000, com Documento de Identidade de nº 000000, residente e domiciliado na Rua
TAL, nº 00000, bairro TAL, CEP: 000000, CIDADE/UF, por seu Advogado e bastante
procurador ao final assinado, conforme instrumento de mandato em anexo (doc. 00), com
escritó rio profissional na Rua TAL, nº 00000, bairro TAL, CEP: 000000, CIDADE/UF , onde
recebe correspondências e intimaçõ es para os atos processuais, vem, respeitosamente, à
honrosa presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 166 do Có digo Civil, promover a
presente
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE DOAÇÃO DE IMÓVEL
em que deverá seguir o rito ordiná rio, em face de FULANO DE TAL, nacionalidade, estado
civil, profissã o, portador do CPF/MF nº 0000000, com Documento de Identidade de nº
000000, residente e domiciliado na Rua TAL, nº 00000, bairro TAL, CEP: 000000,
CIDADE/UF, pelas razõ es de fato e de direito que passa a expor.

DOS FATOS
No DIA/MÊ S/ANO, por meio de escritura pú blica lavrada em notas do tabelionato desta
cidade, foi doada ao Requerido, a nua propriedade do imó vel objeto da Matrícula nº 00000,
constituído de um prédio e seu respectivo terreno situado na Rua TAL, nº 00, distrito e
município de CIDADE/UF, com a á rea de 00 m2 (00 metros quadrados), de propriedade de
FULANO, conforme documentos em anexo (doc.nº 00).
O referido bem constituía a integralidade do patrimô nio do doador. A certidã o anexa,
expedida pelo ofício imobiliá rio, dá conta de que o mesmo nã o é detentor da propriedade
de nenhum outro bem imó vel.
DO DIREITO
DA INFRAÇÃO AOS DISPOSITIVOS LEGAIS
A teor do art. 3º do Có digo Civil, as pessoas portadoras de enfermidade ou com deficiência
mental que nã o tiverem discernimento para a prá tica de atos da vida civil sã o consideradas
absolutamente incapazes.
Dizem os arts. 166, I, e 3º, II, do Có digo Civil:
“Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I – Celebrado por pessoa absolutamente incapaz.”
“Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
(...).
II – Os que por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário
discernimento para a prática desses atos.”
Analisando os dispositivos transcritos verifica-se que o doador nã o tinha a capacidade civil
para outorgar a escritura de doaçã o, pois já TAL (mencionar a causa da incapacidade civil),
conforme (doc. nº 00).
E, no caso em tela, o doador foi coagido a se despojar de seu ú nico bem patrimonial, mesmo
com a reserva do usufruto vitalício, pois já nã o andava mais, usava cadeiras de rodas e
dependia de outrem para todos os atos da sua vida.
A JURISPRUDÊNCIA
A jurisprudência é firme no sentido de que a debilidade mental, para dar causa a nulidade
de ato praticado pela parte, até mesmo antes da eventual interdiçã o, deve ser
satisfatoriamente provada, sob pena de nã o ser considerada, como se pode verificar:
“..............” (ementas)
OS DONATÁRIOS
FULANO DE TAL, donatá rio do ú nico bem que constituía o patrimô nio do doador, é pessoa
que sempre tentou ocupar imó veis alheios por meio de invasõ es e outras aquisiçõ es de
propriedade já anuladas judicialmente, como prova em anexos (doc. nº 00).
DA CAPACIDADE CIVIL DO DOADOR
Quando ocorreu a doaçã o, o doador residia sozinho, usava cadeiras de rodas, dependia de
terceiros e nã o manifestava livremente a sua vontade, inclusive, por este motivo já estava
interditado judicialmente desde DIA/MÊ S/ANO conforme provam os documentos juntados
(doc. 00).
DO PEDIDO
Em razã o do exposto, com amparo no art. 166 c/c o art. 3º do Có digo Civil, e na forma do
art. 282 e seguintes do Novo Có digo de Processo Civil, requer:
a) A citaçã o do Requerido, para que conteste, caso queira, a presente açã o de anulaçã o de
doaçã o.
b) Que a presente açã o seja julgada PROCEDENTE, devendo ao final ser DECLARADA NULA
A DOAÇÃ O feita a SICRANO, por BELTRANO, por infringir as disposiçõ es dos arts. 3º e 166
do Có digo Civil e a determinaçã o do retorno do bem doado ao patrimô nio do doador,
condenando-se o Requerido nas custas processuais, honorá rios advocatícios e demais
cominaçõ es legais.
c) Requer provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos,
especialmente pelo depoimento pessoal do Requerido, oitiva de testemunhas, juntada de
documentos, expediçã o de ofícios e precató rias, perícias e demais provas que se fizerem
necessá rias.
À presente atribui-se o valor de R$ 0000 (REAIS) para os efeitos fiscais.
Termos em que,
Pede Deferimento.
CIDADE, 00, MÊ S, ANO
ADVOGADO
OAB Nº
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