Monografia Transição de Aritmética para Álgebra Vista Como Obstáculo para o Processo de Ensino e Aprendizagem
Monografia Transição de Aritmética para Álgebra Vista Como Obstáculo para o Processo de Ensino e Aprendizagem
Monografia Transição de Aritmética para Álgebra Vista Como Obstáculo para o Processo de Ensino e Aprendizagem
ESTATÍSTICA
Quelimane
2022
ULvICTORINO ERNESTO
MORGI
2022
MORGI ERNESTO VICTORINO
Quelimane
2022
UNIVERSIDADE LICUNGO
FICHA CATALOGRÁFICA
Júri:
_______________________________________________________________
Presidente do Juri:
_______________________________________________________________
Arguente: dr.
_______________________________________________________________
Supervisor: Dr.
Quelimane aos________/__________________/______________
Declaração de honra
Declaro por minha honra que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal
e das orientações do meu supervisor, declaro ainda que este trabalho não foi publicado em
qualquer outra instituição de formação para a obtenção de qualquer grau académico.
Uma palavra muito especial de apreço cabe ao meu orientador, Professor Doutor, Luís
Tang pela disponibilidade e amabilidade que teve em ajudar –me com as suas brilhantes
capacidades técnicas na orientação deste trabalho.
Agradeço aos meus docentes do curso, que deram um grande contributo no meu
aprendizado.
Meus agradecimentos!
Resumo
Victorino, Morgi Ernesto (2022). A transição de aritmética para álgebra vista como
obstáculo no ensino e aprendizagem. Universidade Licungo, Faculdade de Ciências e
Tecnologia-FCT, Quelimane, Moçambique
Ai- Aluno i
UL -Universidade Licungo
CAPITULO I: INTRODUÇÃO................................................................................................14
1.Introdução..............................................................................................................................14
1.1 Problematização..................................................................................................................15
1.2 Objetivos........................................................................................................................15
1.3 Justificativa.........................................................................................................................16
3.1.5 População........................................................................................................................30
3.1.6 Amostra............................................................................................................................31
5. Conclusão..............................................................................................................................40
5.1. Sugestões............................................................................................................................40
5. Referencia Bibliográfica.......................................................................................................41
14
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.Introdução
“A Matemática é vista, e muitas vezes repassada, como sendo uma disciplina de alto
nível de dificuldade, em que poucos conseguem aprendê-la, este facto torna seu ensino e
aprendizado muito mais difíceis, pois cria uma ideia errónea do que é a Matemática, muitas
vezes sendo ministrada aos alunos como algo pronto e acabado” (Vieira,2013). Nesta
perspectiva, a maior parte dos alunos tem visto os conteúdos de matemática como
inalcançável aos seus intelectos, muitas vezes devido a obstáculos enfrentados e um passado
de fracasso e insucesso acabam por acreditar que é difícil aprender a matemática.
“Hoje o ensino da álgebra faz parte da vida escolar desde o ensino fundamental. Ao
mesmo tempo, vem apresentando fracasso que passou a ser também um elemento de exclusão,
uma vez que grande parte dos alunos não conseguem compreender e acabam realizando as
actividades mecanicamente sem ter um entendimento do que estão a efetuar, e assim
transformando a álgebra num simples aglomerado de sinais, símbolos e regras” ( Badiman,
2007).
1.1 Problematização
Assim, com essas constatações levantasse a seguinte questão: Quais são os principais
obstáculos que os alunos enfrentam na transição da aritmética para álgebra?
1.2 Objetivos
1.3 Justificativa
O estudo é de extrema pertinência no campo científico e social, visto que, para além de
investigar os principais obstáculos na transição da aritmética para álgebra, contribui no
processo de ensino e aprendizagem da matemática, a despertar o interesse e curiosidade para a
comunidade científica e não cientifica, velando pelas dificuldades que os alunos apresentam
no tema em destaque, e não só, contribui para uma aprendizagem não mera mecanizada mas
significativa, trazendo uma visão para a contextualização da aritmética e álgebra.
pela necessidade de desenvolver uma pesquisa que apontasse pelos principais obstáculos que
os alunos enfrentam na transição aritmética para álgebra.
Neste capítulo fez-se referência (por meio de citações) á trabalhos anteriores que de
certa forma contribuíram significativamente para realização do presente estudo, neste caso
obras de autoria dos grandes pesquisadores que tratam directa ou indirectamente sobre
assuntos inerente a transição da aritmética para álgebra.
Parte aproximadamente 1600 anos antes de Cristo, quando vivia no Egito um escriba
chamado Aahmesu, conhecido nos meios científicos como Ahmes; ele é o autor de uma das
mais antigas obras de Matemática de que se tem notícia: o Papiro de Ahmes. A maior parte
dos problemas do Papiro de Ahmes refere-se a assuntos do dia-a-dia dos antigos egípcios:
Alguns, no entanto, não se referiam a coisas concretas, mas aos próprios números. Nesses
problemas, o número procurado era sempre representado pela mesma palavra: montão. Um
problema do tipo “Um montão, sua metade, seus dois terços, todos juntos são 26. Diga-me:
Qual é a quantidade?” Era resolvido de um modo muito engenhoso utilizando a regra do falso
(Boyer, 1974). Tratava-se da “Álgebra Retórica”.
Na Grécia, segundo mesmo autor aproximadamente 400 anos antes de Cristo, Diofante
de Alexandria, foi o primeiro matemático a fazer uso sistemático de símbolos algébricos, isto
é, de abreviações nos problemas e nas operações com os números.
No século VIII, da nossa era, al-Khowarizwi escreveu dois livros sobre aritmética e
álgebra que tiveram papéis muito importantes na história da matemática. O livro mais famoso
dele chama-se Hisab al-jabr wa-almuqãbalah, literalmente, “ciência da redução e da
confrontação” (Struik, 1989), ou seja, Livro sobre as operações al-jabr e qabalah. Do termo
al-jabr, vem “álgebra” que significa restauração e refere-se à transposição de termos para o
outro lado de uma igualdade; o termo qabalah significa redução ou equilíbrio e refere-se ao
cancelamento de termos semelhantes em lados opostos de uma equação. Al-Khowarizmi
resolvia as equações de modo semelhante ao que usamos hoje. Ele utilizava apenas três
elementos: raízes, quadrados e números. Apesar de sua genialidade, ele, assim como outros
grandes matemáticos de diversas épocas, não foi capaz de expressar as equações totalmente
em símbolos, sem usar nenhuma palavra. A expressão de equações totalmente em símbolos só
aconteceria mais de 700 anos depois, como consequência das profundas mudanças por que
passou a Europa na transição da Idade Média para a Idade Moderna.
numéricos sobre o preço do pão ou da cerveja, sobre a idade das pessoas ou os lados de
figuras, mas sim as próprias expressões algébricas (Chambadal,1978)
De acordo com o mesmo autor, até o século XVII, a álgebra era uma generalização
da aritmética. No início do século XIX, a álgebra estende-se a elementos que não são mais
“números” e a operações que não são necessariamente as quatro operações da aritmética. A
álgebra dita “moderna” começa com a teoria dos grupos, devida em parte a Gauss, e
sobretudo a Evariste Galois
Na Segunda metade do século XIX, a álgebra tem como principal objeto o estudo das
estruturas algébricas abstratas; surgem a teoria dos corpos, devida a Kjummer; e a noção de
ideal de um anel, devida a Dedekind. Uma nova etapa é transposta por volta de 1925 com os
trabalhos de Emy Noether e de F. Artin sobre a estrutura da álgebra e sobre a síntese das
idéias anteriores. Desde o fim do século XIX, a álgebra teve numerosas aplicações em análise,
em geometria, em mecânica, em física teórica (Chambadal,1978). Desta forma, pensamos
que, na história da matemática, a aritmética esteja relacionada à manipulação de quantidades
conhecidas (algoritmos, procedimentos de cálculo), enquanto a álgebra surge para resolver
problemas que envolviam quantidades desconhecidas.
Uma pesquisa que adotou esta abordagem foi a Seção de álgebra do Projeto
“Strategies and Errors in Secundary Mathematics” (SESM), levada a efeito no Reino Unido,
entre 1980 e 1983 (Cf. Booth, 1984). Entrevistas com os alunos que cometiam erros
21
mostraram que muitos podiam ter origem nas idéias dos alunos sobre aspectos como: o foco
da atividade algébrica e a natureza das respostas; o uso da notação e da convenção em
álgebra; o significado das letras e das variáveis; os tipos de relações e métodos utilizados em
aritmética.
Para Booth (1984), esta lista de possíveis causas das dificuldades das crianças no
aprendizado de álgebra não é, de modo algum, exaustiva. Para ele a álgebra não é isolada da
aritmética; e que ela é, em muitos aspectos, a “aritmética generalizada”, apontando nisto uma
das fontes de dificuldade. Para compreender a generalização das relações e procedimentos
aritméticos é preciso primeiro que tais relações e procedimentos sejam apreendidos dentro do
contexto aritmético. Se não forem reconhecidos ou se os alunos tiverem concepções erradas a
respeito deles, seu desempenho em álgebra poderá ser afetado. Neste caso, algumas
dificuldades que o aluno tem em álgebra não são tanto de álgebra propriamente dita, mas de
dificuldades conceituais em aritmética que não foram corrigidos. Um apanhado das
dificuldades conceituais da aritmética que interferem na apropriação da álgebra catalogadas
nas pesquisas em Educação Matemática, mostram que, segundo Da Rocha Falcão (1995) e
Souza e Diniz (1996), convém considerar que algumas das dificuldades observadas pelos
estudantes iniciantes em álgebra são de fato problemas “herdados” da aritmética, e que apenas
perduram num novo contexto. Destacamos o significado dos símbolos e as operações
inversas.
Ainda o mesmo autor afirma que essas dificuldades foram encontradas nos alunos ao
realizar exercícios algébricos, pois nos exercícios aritméticos é fácil para eles realizarem
exercícios mecânicos, mas ao combiná-los com as letras não percebem que são operações
aritméticas.
das operações quanto nas regras dos sinais; erros na hierarquia das operações; substituição das
letras presentes nas expressões algébricas por números; Dificuldades em reconhecer e aplicar
casos de fator.
A definição de aritmética e álgebra pode ser feita sobre vários contextos. Teles (2004)
sugere os seguintes: o da Matemática Acadêmica, o do senso comum, e o da Educação
Matemática. A partir de pesquisas em enciclopédias de matemática ela conclui que
“...definições evidenciam que o uso de letras não é o critério hoje para diferenciar álgebra e
aritmética na matemática acadêmica.” (Teles, 2004, p. 2).No que diz respeito ao senso
comum, os dicionários da língua portuguesa trazem a definição de aritmética referindo-se aos
números, e de álgebra voltada à etimologia da palavra referindo-se, principalmente, à
resolução de equações. O dicionário Priberam da Língua Portuguesa em sua versão online
define aritmética como sendo a “Ciência que estuda as propriedades elementares dos números
racionais.” Este mesmo dicionário define álgebra como “Ciência do cálculo das grandezas
representadas por letras.”
É fácil perceber a separação entre aritmética e álgebra feita pelo senso comum, e isso
ocorre muitas vezes também quando os assuntos são ensinados aos alunos.
Através de uma pesquisa realizada com alunos da oitava à décima série, com idade
entre treze e dezasseis anos, no Reino Unido de 1980 a 1983 constata que os erros cometidos
pelos alunos ao resolver problemas relacionados à álgebra podiam se originar das ideias deles
sobre aspectos como (Booth, 1995, p. 24).
Outra dificuldade apresentada pelos alunos segundo Booth (1995) é quanto ao uso da
notação em álgebra. Símbolos antes usados em aritmética assumem um significado diferente
no contexto algébrico. Os símbolos operatórios + e = por exemplo, em aritmética significam
efetuar uma operação e dar um resultado como resposta, respetivamente. Em álgebra o
símbolo + pode indicar o resultado da adição e não simplesmente a ação de somar como na
expressão 2 a+5 b e o sinal = representa uma relação de equivalência e não um comando para
24
escrever uma resposta. Muitos alunos costumam simplificar a expressão anterior dando como
resposta 7 ab simplesmente juntando os termos. Daí percebe-se também confusão quanto à
justaposição dos termos; em álgebra sabemos que ela representa o produto entre eles,
entretanto em aritmética há casos em que ela representa a soma, como na escrita de números
1 1
mistos, por exemplo: 2 =2+ e também está implícito no valor posicional como em 43 = 4
2 2
dezenas + 3 unidades (Booth, 1995). Abordagens que valorizem os diversos conceitos desses
e outros símbolos em aritmética podem favorecer posteriormente o estudo da álgebra,
apresentando aos alunos situações como 5=2+ 3 ou 1+ 4=2+3 e fazendo a leitura correta
desses símbolos, evitando dizer “2 mais 3 dá 5” por exemplo. (p54).
Ponte (2005) destaca algumas das principais dificuldades dos alunos na passagem da
Aritmética para a Álgebra, ou seja, aos problemas associados ao desenvolvimento do
pensamento algébrico. O autor destaca proposta do currículo de Portugal que propõe a
utilização de maneira flexível para desenvolver estratégias úteis de manipulação dos números
e das operações e a exploração de problemas envolvendo padrões numéricos envolvendo
propriedades dos números, como os múltiplos e os divisores.
Com relação ao uso de estratégias, Amerom (2003) pesquisou meios didáticos que
capacitassem o estudante a realizar uma transição propícia da Aritmética para a Álgebra. A
autora, ao aplicar uma seqüência didática, constatou a mobilização de estratégias próprias dos
alunos (na faixa de 10 a 12 anos), a partir de cálculos aritméticos, o que favoreceu a
estruturação do problema e facilitou o entendimento dos alunos do potencial inerente à
ferramenta algébrica.
proporciona uma conexão entre a aritmética e a álgebra no ensino básico, uma vez que
apresenta formas abstratas de trabalhar os números, com base em formas aritméticas
concretas. (Sousa, 2019).
Ponte (2005) destaca algumas das principais dificuldades dos alunos na passagem da
Aritmética para a Álgebra, ou seja, aos problemas associados ao desenvolvimento do
pensamento algébrico. O autor destaca proposta do currículo de Portugal que propõe a
utilização de maneira flexível para desenvolver estratégias úteis de manipulação dos números
e das operações e a exploração de problemas envolvendo padrões numéricos envolvendo
propriedades dos números, como os múltiplos e os divisores.
28
Portanto, para materialização do presente estudo, usou-se obras que abordam sobre
este tema, observação direta, teste, entrevista semi-estruturada, e a experiencia em sala de
aula.
De acordo com Silva e Menezes (2001) e Gil (1999), as pesquisas podem ser
classificadas quanto à natureza, forma de abordagem do problema, objetivo e procedimento
técnico.
29
Á pesquisa qualitativa é uma forma de pesquisa que se identifica por dados analisados
de acordo com o conteúdo social e as amostras são reduzidas. Os autores ressaltam que a
pesquisa qualitativa se preocupa em “analisar e interpretar aspetos mais profundos,
descrevendo a complexidade do comportamento humano, fornecendo uma análise mais
detalhada sobre as investigações, hábitos, atitudes, tendências de comportamento” (Marconi
& Lakatos, 2007, p. 269).
3.1.5 População
De acordo com Gil (2002, p.34) considera que “população, ou universo, como o
conjunto dos elementos que têm características comuns, que podem ser contadas, pesadas,
medidas, ordenadas de alguma forma e que sirvam de base para as propriedades que se quer
investigar. Nesta perspectiva, o trabalho teve como população os alunos da 11ª classe da ESG
25 de Setembro.
3.1.6 Amostra
Neste estudo foi realizado uma entrevista semi-estruturada, que teve a finalidade de
investigar, os principais obstáculos enfrentados pelos alunos na transição da aritmética para
álgebra. A entrevista trouxe perguntas abertas, referente a álgebra e aritmética pressupondo
diferentes respostas por partes dos alunos, esta serviu para analisar e interpretar os resultados
esperados por parte do autor. Para Manzini (1990/1991, p. 154), a entrevista semi-estruturada
31
3.2.2 Observação
Nesta pesquisa foi utilizada a observação para apurar a realidade dos alunos em
relação aos obstáculos enfrentados na transição da aritmética para álgebra, com base na
observação foi possível verificar os procedimentos metodológicos apresentados pelos alunos
no acto da resolução das tarefas sugerida. De acordo com Lakatos & Marconi (2002, p.88),
observação é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações, é utiliza os sentidos
na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas
também em examinar factos ou fenómenos da realidade.
De acordo com Marconi & Lakatos (2011) Pesquisa bibliográfica é toda bibliografia
tornada pública, tais como: jornais, revistas, livros, ou até mesmo gravações em fita
magnética (.57). Nesta óptica, os procedimentos técnicos que o autor utilizou para obtenção
de alguns resultados para o estudo são: artigos científicos, teses, dissertações, livros e outros
tipos de texto de caracter cientifico que contribui significativamente no estudo aprofundado
para o desenvolvimento do conhecimento inerente a transição da aritmética para álgebra vista
como obstáculos no ensino e aprendizagem.
A técnica utilizada para análise de dados foi análise dos conteúdos. A conceitualização
da análise de conteúdo pode ser concebida de diferentes formas, tendo em vista a vertente
teórica e a intencionalidade do pesquisador que a desenvolve, seja adoptando conceitos
relacionados à semântica estatística do discurso, ou ainda, visando à inferência por meio da
identificação objectiva de características das mensagens (Bardin, 2012).
3.2.4.1.Pré-análise
A pré-análise foi o primeiro contato com os dados obtidos dos alunos através da
entrevista, portanto, fez-se a respetiva leitura flutuante do material para ver do que se trata,
selecionou-se os documentos que foram coletados para a análise, de seguida preparou-se o
material.
Este capítulo apresenta análise discussão dos resultados obtidos através de um trabalho
realizado no campo, portanto, a proveniência das respostas foi através de entrevista semi-
estruturada.
Dos 8 alunos entrevistados, sete (7) alunos colocaram a sua concepção sobre a
Álgebra, apenas um (1) aluno não conseguiu responder alegando “não fazer ideia”, para 2ª, 3ª
4ª questão, 2 alunos responderam e seis (6) alunos não conseguiram responder, alegando que
“ não fazerem ideia”. Para a quarta (4ª) questão sobre Divisão de expressões algébrica, dois
(2) alunos responderam e seis (6) não puderam responder alegando “ não fazer ideia”. Para a
5ª questão, para traduzir a tarefa da linguagem natural para linguagem algébrica, cinco (5)
alunos responderam e dois (2) alunos preferiram não responder alegando “não fazer ideia”.
O A2 apresenta o conceito da aritmética num sentido não linear, pois este define
arimética como “ Ramo mais elementar e antigo da matematica ”, aparentemente não existe a
coligação entre o conceito da aritmética com a vida deste.
Para o A8, apesar do aluno perceber que aritmética remete-nos a cálculos, não existe
eficiência conceitual da aritmética, visto que o aluno se apreende ao conceito da aritmética
como sendo “procedimentos usados nas notas de avaliações de qualquer aluno para saber a
sua media”.
Para o A1 existe uma confusão do conceito da aritmética, que acredita que Aritmética
é um tema estatístico, portanto a concepção deste aluno evidenciam dificuldades no conceito
de aritméticas.
Para o A3, apresenta défice no conceito de aritmética uma vez que percebe aritmética
como “soma de todos os valores divididos por um número”, apesar do aluno saber o sinal
operacional (+) presente num cálculo aritmético existe um desconhecimento significativos do
conceito de aritmética.
36
Para a segunda (2ª) questão: O A6, A5, A2, A4, A3, acertam todas as alíneas, mas
desconhecem o critério efetuado para achar os resultados afirmando que “veem feito assim
nas classes anterior”, com base nestas constatações, apesar das alíneas estarem correctas está
patente a memorização do conteúdo.
Para o A1, afirma que “28 e divisível por 2, por ser um número par, 81 é divisível por
3 por ser impar, e que 1335 e 345 são impar só é possível dividir por 5 e 3”. Para resposta
deste aluno verifica-se falta de compreensão do critério de divisibilidade apesar de ter acerte a
questão por método de tentativa. Para o aluno A8, não entende o critério de divisibilidade.
Para a terceira (3ª) questão: Para operações com frações no mesmo exercício, os
alunos tendiam a confundir e a converter de uma fração mista para uma fração imprópria,
adicionando a parte inteira com o numerador da parte fracionaria e multiplicando a parte
inteira com o denominador da parte fracionaria, invertiam o sinal posicional dos valores
superiores em modulo, para efetuar a subtração de frações e com denominador diferente, no
37
Para Questão 3: A interpretação do problema os alunos chegam à solução sem fazer nenhum
procedimento, é difícil para eles traduzir da linguagem natural para a linguagem algébrica.
Com base nos resultados obtidos através da entrevista com os alunos da Escola
Secundaria Geral 25 de Setembro, cuja idade compreendia de 16 a 21 anos de idade,
verificou-se que:
Com base nas tarefas atribuídas constatou-se que, os alunos apresentam dificuldades
nas regras de sinais, operação com frações, não obstante, os alunos apresentaram fraco
domínio de tradução e interpretação da tarefa na linguagem natural para a linguagem
algébrica.
Tudo isso leva a crer que há uma dificuldade em “aceitar a ausência de fechamento” (Collins,
1975).
No entando, verificou-se que os alunos para a questão três (3) da parte da Álgebra,
apresentaram dificuldade, quando fossem para a interpretação da tarefa na linguagem natural
para a linguagem algébrica, os alunos não mostravam os procedimentos, e outros tinham a
preferência de deixar em branco, alegando “não faco ideia”. Porem, A influência destes
pressupostos afectam significativamente aos estudantes apresentarem dificuldades.
5. Conclusão
Com base nos resultados obtidos pode verificou-se que os principais obstáculos
enfrentados pelos alunos são regras de Sinais, Critério de Divisibilidade, operações com
frações, empregabilidade de raiz a quarta, hierarquia dos termos semelhantes: Soma;
multiplicação; divisão de polinómios, e interpretação tarefa na linguagem natural para a
linguagem algébrica.
5.1. Sugestões
5. Referencia Bibliográfica
Bardin, L. (2006). Análise de conteúdo (L. de A. Rego & A. Pinheiro, Trads.). Lisboa:
Edições 70.
Cervo, A. L.; Bervian, P. A (1983). Metodologia Científica. 3 Ed. São Paulo: McGraw-Hill
do Brasil.
Gil, A. C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6ª. Ed. São Paulo: Atlas, 216 p.
Gil, Antônio Carlos. (1999) Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. Ed. São Paulo: Atlas.
Lins, R.C. Gimenes, J.( 1997). Perspectivas em aritmética e álgebra para o século XXI.
Campinas: Papirus,
Ludke, M.; André, M. (1986). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo:
EPU.
41
Anexos
43
Guião de entrevista
1. Género
Masculino
Feminino
2. Idade
15 -17 Anos
17-19 Anos
19-22 Anos
Parte de Aritmética
1. Oque você entende sobre Aritmética?
44
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
2. Indique qual dos números é Divisível por 2, 3, 5. E diga qual foi o procedimento para
a sua resposta?
a) 28______
b) 81_______
c) 1335_____
d) 345______
3. Efectue
1 1
a) 3 +1
4 6
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
b) [( ) ( )] ( )
2−1
3
5
6 1
+ ×
5 3
÷ 5−
6
5
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
45
4. Das afirmações abaixo diga se é verdadeiro (V) ou falso (F). Diga como você fez para
achar o resultado.
7 4 3
a) − =
4 6 2
3
b) ( 5 4 ) =512
c) √4 74 + 84 =7+8
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Parte de Álgebra
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3. O Jorge e a Aida foram a uma sorvetaria. Na hora de pagar a conta eles decidiram da
seguinte maneira; o Jorge pagaria o tripulo do que a Aida pagasse. O valor da conta foi
de 160 meticais. Qual é o valor em metical que cada um deveria pagar?
46